Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia

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04.07.2013 Views

Í8^ Ser mam da '•- 151 Oh íe tomaffemos oshofpedes, que osnãoquiefte avizo como feyto a to- zeífe defpedir tam lecamendos, Sz íe entendeffe cada te ,8c ao menos lhes diffeffe hum que falia com elle. algumas palavras de ediíica. Quando Chrifto diífe a Mar> çaõ, com qne tornaíTcmcon- ^uc tha: Maria cplimam partem iolados. E que refponderia xo.Azelegit : quando diífe ao ou- Aríenio ? Refpondeo, que tro moço rico : Vende qua aflim o faria, íe ambos tam. 'Matt. habes,fy dapaupsrtbm: quan- bem lhe prometeíTem de fa- 19.11 dodíffe ao que tinha farado zer oque elle lhes diffeffe. na Pifcina: Jam nolt peccare: Aceytáraò facilmente a con« foan. as palavras eraõ ditas á hum díçam, 8c o que diffe Arfe. $• 14* fó, mas o documento falia- nio , como refere Metafra. va com todos'. Tire cada ftes , foram eftas palavras: hum o nome de Arfenio , 8c Ubi effe Arjenium aadmitu, ponha no mefmo lugar o hoc efi vobis cavendum-,neveíeu, & defenganefe , que no litts amplius cá ventre. Se oudéíèrto , Si no povoado, virdes dizer onde eftá Arfe* qu rn de coração fe quer nio, o que hayeis de obferfaivar , ha de fugir dos ho- var , he que naó torneis mais mens. Aflim o fez ellecon- ao lugar onde elle eftiver. ftantemente , & vede como. Efte foy o Sermaõ,que fez Tanto que íe íoube que Ar- aquelles tam authonzados íenio era paffado a África, ouvintes, com o qual elles íe informados do lugar onde fe partiram tam edifi:ados,co finha recolhido, vieram !o- mo compungidos : 8c como go a vifitado , Theofilo Bif- prudentes que eram , & verpo de Alexandria, & o Prefi- dadeyros amigos que tinham dente daquella Real Cida. fido de Arfenio, de tal forre de: & como Arfenio os re- cumpriram o que tinham cebeífe nam com a« corte- promettido, Sc íe conformazias , que tinha deyxado nó ram com a fua refüluçamj Paço, mas com as que fam que nem eíperaram delle du* próprias do deíerto, mode- tra correípondencÍa,nem inftia, & filencio i rogaram lhe quietaram mais o íeu íilécio. Viviàõ

Quarta Dominga da Quarefma T% 253 Vivião no mefmo homem naõ dura muito a deferto nam juntos , mas mefma vontade, por fer inapartados, cada hum na íua eonftante, Si varia. Aííim cova, ouchoupana, outros provava, Si concluía a fua Anacoretas , 8c com eftes razão Arfenio , St defta de-* fallava algumas vezes Arfe- moftração infallivel fe tira nio ,ouvindo-os como a me- huma da tres conclufoenst ftres da difciplina mona- igualmente certas: ou que cal, Si vida eremitica. Eco. os que cuidaõ que vivemmo hum dos mais anciãos com Deos, 8c com os homésí lhe pergunuíTe , qual fora o íe enganão : ou que cs que mociVo daquella fua retira, vivem com os homens,nam da tão eftranha í a repofta vivem com Deos: ou que que deu , foy eflâ: Nonpojfe quem quiser viver com fe cum Deo fimul, fy cum ho- Deos, ha dê deixar cs ho* rntnibus vivere. Queo moti- mens. vo que tivera para fogir do 254. Se o mefmo Deos mundo, fora ter experimen» não concorda às vontedeá tado no mefmo mundo, que dos homens com a íua,comó viver juntamente com os ho- poderá hum homem po«? mens, Si mais com Deos> mais qüe faça, ou fe desfaça, não he poífivel. Edeclaran- concordar as vontades dos", doa razgõ defta impoíTibi 1 i. hòmens eom i dê Deos? De dade, dizia que era: por* David diííe Deos, que tinha que as vontades dos homens achado hum homem con* rarsmenre fe.ajuftaõ com a forme feu eorsçáo, o qua| vontade de Deos: & por- faria todas as íuas Vontades 7 que fendo a võtade de Deos Invem David virum fccún- AU húa fó, 8c íem pre a mefma; dum cor meum , qui faciet om- z, ' *s dos homens pelo contra» nes voluntates meos. E com rio faó tantas, tão diverías; fer efte homem fingular en- Sz tio encontradas, quantos tre todos oshomens , & efte *aõ os- mefmos homens, & Rey aexceiçaõ dé todosòs> íeus intereííes, Si appetites: Reys, quando elle mandou & porque ainda no mefmo tirar a vida a Vrias, quando -©•fez

Quarta Dominga da Quarefma T%<br />

253 Vivião no mefmo homem naõ dura muito a<br />

deferto nam juntos , mas mefma vontade, por fer inapartados,<br />

cada hum na íua eonftante, Si varia. Aííim<br />

cova, ouchoupana, outros provava, Si concluía a fua<br />

Anacoretas , 8c com eftes razão Arfenio , St defta de-*<br />

fallava algumas vezes Arfe- moftração infallivel fe tira<br />

nio ,ouvindo-os como a me- huma da tres conclufoenst<br />

ftres da difciplina mona- igualmente certas: ou que<br />

cal, Si vida eremitica. Eco. os que cuidaõ que vivemmo<br />

hum dos mais anciãos com Deos, 8c com os homésí<br />

lhe pergunuíTe , qual fora o íe enganão : ou que cs que<br />

mociVo daquella fua retira, vivem com os homens,nam<br />

da tão eftranha í a repofta vivem com Deos: ou que<br />

que deu , foy eflâ: Nonpojfe quem quiser viver com<br />

fe cum Deo fimul, fy cum ho- Deos, ha dê deixar cs ho*<br />

rntnibus vivere. Queo moti- mens.<br />

vo que tivera para fogir do 254. Se o mefmo Deos<br />

mundo, fora ter experimen» não concorda às vontedeá<br />

tado no mefmo mundo, que dos homens com a íua,comó<br />

viver juntamente com os ho- poderá hum homem po«?<br />

mens, Si mais com Deos> mais qüe faça, ou fe desfaça,<br />

não he poífivel. Edeclaran- concordar as vontades dos",<br />

doa razgõ defta impoíTibi 1 i. hòmens eom i dê Deos? De<br />

dade, dizia que era: por* David diííe Deos, que tinha<br />

que as vontades dos homens achado hum homem con*<br />

rarsmenre fe.ajuftaõ com a forme feu eorsçáo, o qua|<br />

vontade de Deos: & por- faria todas as íuas Vontades 7<br />

que fendo a võtade de Deos Invem David virum fccún- AU<br />

húa fó, 8c íem pre a mefma; dum cor meum , qui faciet om- z, '<br />

*s dos homens pelo contra» nes voluntates meos. E com<br />

rio faó tantas, tão diverías; fer efte homem fingular en-<br />

Sz tio encontradas, quantos tre todos oshomens , & efte<br />

*aõ os- mefmos homens, & Rey aexceiçaõ dé todosòs><br />

íeus intereííes, Si appetites: Reys, quando elle mandou<br />

& porque ainda no mefmo tirar a vida a Vrias, quando<br />

-©•fez

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