Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia
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ii8«S Sermamda guem a cubiça, que adulaõ a que arrependido doprrmei. graça, que adoraó a poten- ro inftituto da fua vida,& cia? Pois fabe que todos,ou de íe ter moftrado ao munfaó inimigos, ou o podem do, tomara por ultimo confer ,que vai ocneímo:Qrtam íelho recolherfe comísgo magnasmiraniium,tam mag» dentroemí-y mefmo-,& cuinus mvidenttum oopulm eft. tivar a própria Alma com Quam grande h« o povo dos taes exercícios, que elle fó que te admiraó, taõ grande os podeffe fentir,.& nenhumhe o numero dos que te in- homem os podeffe ver: Quin vejao, A admiração eftará pottus quaro aliquid ufu bo» por algum tempo fufpenfa, num , quod fmtiarnyno» quod 6* muda , como coftuma.} eficndam. mas a inveja reconcentrada 250 Eftas foraõ as rarebentará com mais força* zoens porque íe retiravam como de mina, & o que fo- aos deíertos,& fugiãoda eõraõ spplaufos, íeráõ eftra- raunicação dos homens, agos. Antes nostenhaô inve- quelles grandes Filofofos." ja» qu? compaixão, fentença hum dos quaes perguntado,, foy nafeida na Gentilidade, que fruto tinha coJhido de que depois fez Chriftaã Saó todos íeus eftu dos-, nfpon- Naz.i. Gregorio Nazianzeno, mas deo: Saber viver fó comigo*. nnx., no meímo Nazianzeno mo- AíSm o refere Eftobéo ,SiO' ftrou a experiência , que an- calificou o mefmo Seneca,, tes fe deve eleger o eftado da dizendo: Primum argumen*. compaixão, que o da in vejajr tum bene compefita melio exi»porque a,de íeus emulos o fiimo,poffecenfifiere, fy fecumi períeguió de tal modo ( ou moraria O primeiro argu» tam íem modo} que obriga- mento não de íe ter alienado 1 do a íe lançar ao mar como ojuizo,como ao principio-íer. Jonas , ^ meíma inveja lhe dizia, mas de eftar muito em veyo ater compaixão. Em íeu lugar r& bem compofto, quanto* ella nam chega a fe he faber hum homem morar defpicar affim,, naó defcan- comfigo:Secummorari.M»& |8i. Por iflb Seneca conclue,. paffemos da Filoíofia à Chri*-
Quarta Dominga da Quarefma, "*" itf Chriftandade , St dos docu- fenio, naõ íe fiando nam do* menros da razão fem fé, aos que era, nem do que lhe pro» da Fé, ôc razaõ , que íáó os metia aquella fortuna. Du-; dos Santos. vidofo pois da reíoluçaõ que devia tomar, nam pedio §, III» confeiho aos amigos de mayor authoridade , & mais 251 Arfenio aquelle in- fieis,, nem rrenos íe quiz figne Varaõ era todos os ei- aconfelhar comfigo ,- mas re* tados y pedido pelo Empera- correndo a Decs, que fóhe o Meta dor TheodofLo ,& nomeado Norte feguro nas bonanças» fraii. pelo Papa Saõ D-imaío pa- ou tempeftades de hum mar Me 19. ra Meftre de Arcadio,, já de- tam incerto> ouvio húa voz f»t & elarado fucceífor do Impe- do Ceo , que lhe dizia: Ar» tnmtt, rioycrataõeftimado domef- feni ,fuge hommes, fy falvus ' mo Emperador, quê entran* eris. Ar íe nio, foge dos hodohiu vez a ouvir dar lição mens-, & falvartehas. Com a feu filho,& vendo que Ar- efte aviío, que nam era nefenio eftava em pé, Sc Arca- ceffario fer em VOTT para íe dio affentado, reprehendeoa entender , fem pedir licença ambos daqaella que elles ao Emperador ("porque ianam tinhão por indecência} bia que lha nam havia de & mandou que dalli por di- dar) fe embarcou oceultaante Aríenio enfinaífe aífen- menre Arfenio, de Conftan-tado,.& Arcadio ouviffe em tinopla para o Egypto ,r Ss pé, Si com a cabeça defeu- metendofe pelo mais iate»berta. Com efte credito,, Se rior- do deíerro, alli efcolhee* favor de hum taõ grande para perpetua morada humjb Monarcha, §c com o aplau- cova ,,na qual porque fe íoufo de todo o Paço,8c Corte,, be enterrar em vida, tanto* que por reverencia, ou liíon- verificou o Oráculo do Ceo» ja íempre feguem, ou mo- em fe íalvat, como o tinha ftraó kguir o affeélo dos obedecido em fugir dos ho- Principes i- vivia com tudo. mens: Fugf. hommesrfyfdí» inquieto,, otdcfcontcate Ar- vuseris.
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que devia tomar, nam pedio<br />
§, <strong>III</strong>» confeiho aos amigos de mayor<br />
authoridade , & mais<br />
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Meta dor TheodofLo ,& nomeado Norte feguro nas bonanças»<br />
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dio affentado, reprehendeoa entender , fem pedir licença<br />
ambos daqaella que elles ao Emperador ("porque ianam<br />
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Arcadio ouviffe em tinopla para o Egypto ,r Ss<br />
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Monarcha, §c com o aplau- cova ,,na qual porque fe íoufo<br />
de todo o Paço,8c Corte,, be enterrar em vida, tanto*<br />
que por reverencia, ou liíon- verificou o Oráculo do Ceo»<br />
ja íempre feguem, ou mo- em fe íalvat, como o tinha<br />
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