Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia
Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia Sermões Vol. III, Editio Princeps - LusoSofia
-fS Ser ma m] da primeira Dominga devs affornbrar a todos, gar, 8c mais digna de fentihe, que haja de baftar efta mento 5 he efta. E quanta Trombeta para refuícitar os gente bem nafcida íe verá mortos , Si que não-bafte pa- naquelle dia mal refufcitara efpertar os mortaes ? Cre- da ! Entre a refurreiçaõ nades mortaes, que ha de ha- tural , Sc a fobrenatural ha ver iuizo? Húa de duas he húa grande difíerença j, que certa:ou o naõ credes, ou o na refurreiçaõ n^una^ cada nao tendes,. Virá o dia final, hum refuícita como nafce: & entaõ fentirà noffa iníenfi- na refurreiçam íobrenatural, bilidade íem remédio o que cada hum refuícita como* agora podéra fer com pro- vive. Na refurreiçaõ natural veito. Quanto melhor fora nafce Pedro ,.8c refuícita Pechorar agora , Sc arrepender dro: Na refurreiçaõ fobreagora , como faziáo aquel- natural nafce peícador,& reles-, & aquellas penitentes do fufeita Principe : Sfdebitism Mm Ermo,do que chorar ,6c ar. regeneratione judtcames duo Ig.28„ repender depois, quando pa- decim Tribus ifrael. Oh que ra as lagrimas não ha de ha- grande confolaçao efta para ver mifericordia, nem para aquelles, a quem nam alcanos arrependimentos perdaõ. çou a fortuna dos altos naf- Agora vivemos como que- cimentos í Bem me parecia remosj St ainda mal porque a mim, que nam podia faldepois havemos de refuíci- tar Deos a dar húa grande ía« fcar eomo naõ quizeramos» tisfaçaõ no dia do Juizo à defigualdade com q nafceoi §'.. H. ©s homens, fendo todos da mefma natureza. Naõ fe faz 201Ç Grandes coufas, Sc aggravo na defigualdade do íaftimofamente grandes ha- nafcer , a quem fe deu aeleii?erà que ver, Sc confiderar çaõ do refuícitar. A reíurreinaquelle ac-rjo da refurreiçaõ çam he hum fegundo nafeipm-veríal !r Mas entre todas mento com alvedrio. a&confíderaçoens, a que me 2^6- Tanta propriedade parece mais própria defte lu- confiderou Job nefte fegúdo
doAdvmo. 149 nafcriBetito,, que atè outr© tureza, ou a fortuna fey ef» pay , outra eiãy diífe que caífa comvoíco no náíci«= ~y tiuriamos na fepultura: Pu. mento $ fabey , que ainda tredmidtxi, Pater meus es tu: i.714 Mater mea>fy foror m?a,verhaveis de nafcer outra vez, Si tão honradamente como mibus. Temos oucro pay, & quizerdes : então emendaoutra mãy na fepultura , em reis a natureza, então vos que jazem- noífcs -oíTos; vingareis da fortuna, porque alli fomos outra vez 207 Que maior vingan* gerados, dalli íabimos ou- ça da fortuna que as muda-! tra vez nafcido?. Notay ças taõ notáveis, que fe vea-gora : Statutum efi hommi- ráõ naquelle dia ! Viráõnabus. femel mori: Quiz Deos, queiie dia as almas do gra-n* que morreffemos huma fó de,, 8c do piqueno, bufcar vez, & q n3Íceffemos duasí íeus corpos à fepultura ,, St porque como o morrer bem tal vez à mefma Igreja: Sc dependia de nofTo alvedrio ,. biftava iiúí íó morte-5 mas como o nsfcer bem naõ citava na noffa-mão ,cram nec-eflarios dous nakirneotos: para que podeffemes emem que lu-ccederá pela maior parte ? O piqueno achará íeus oífosem hum adroíem pedra, nem íetreiro, Si reíufcitará tam illuftre como as Eftrellas: O grande pelo cõ-« dar no fegundo, tudo o que tratio* achara íeu corpoem- nos faltafle no primeiro. Bem podéra Deos fazer que nafceffem os homens todos iguaes,mas ordenou fua providencia, , que ouveffe no mundo efta mal fofrida defigualdade, para que ameíma dor do primeiro nafei mento nos excitaffe à me- ba-lfemado em caixas de Pórtico , aos hombros de Leoens , ou Elefantes de mármore, com foberbos, 8cmagnificos Epitafios,8í rèfufcítsrá mais vil que a mefma vileza. Oh que metamorphofi tam trifte , mas que verdadeira! Vede fe ha lhoria do fegundo, Homens de dar Deos boa fatiff çsõ humildes , & defprezados aos homens da dcfigualdado povo, boa nova: Se a na- de ,com que hr je naícem. O Tom. 3. K iij íer
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que haja de baftar efta mento 5 he efta. E quanta<br />
Trombeta para refuícitar os gente bem nafcida íe verá<br />
mortos , Si que não-bafte pa- naquelle dia mal refufcitara<br />
efpertar os mortaes ? Cre- da ! Entre a refurreiçaõ nades<br />
mortaes, que ha de ha- tural , Sc a fobrenatural ha<br />
ver iuizo? Húa de duas he húa grande difíerença j, que<br />
certa:ou o naõ credes, ou o na refurreiçaõ n^una^ cada<br />
nao tendes,. Virá o dia final, hum refuícita como nafce:<br />
& entaõ fentirà noffa iníenfi- na refurreiçam íobrenatural,<br />
bilidade íem remédio o que cada hum refuícita como*<br />
agora podéra fer com pro- vive. Na refurreiçaõ natural<br />
veito. Quanto melhor fora nafce Pedro ,.8c refuícita Pechorar<br />
agora , Sc arrepender dro: Na refurreiçaõ fobreagora<br />
, como faziáo aquel- natural nafce peícador,& reles-,<br />
& aquellas penitentes do fufeita Principe : Sfdebitism Mm<br />
Ermo,do que chorar ,6c ar. regeneratione judtcames duo Ig.28„<br />
repender depois, quando pa- decim Tribus ifrael. Oh que<br />
ra as lagrimas não ha de ha- grande confolaçao efta para<br />
ver mifericordia, nem para aquelles, a quem nam alcanos<br />
arrependimentos perdaõ. çou a fortuna dos altos naf-<br />
Agora vivemos como que- cimentos í Bem me parecia<br />
remosj St ainda mal porque a mim, que nam podia faldepois<br />
havemos de refuíci- tar Deos a dar húa grande ía«<br />
fcar eomo naõ quizeramos» tisfaçaõ no dia do Juizo à<br />
defigualdade com q nafceoi<br />
§'.. H. ©s homens, fendo todos da<br />
mefma natureza. Naõ fe faz<br />
201Ç Grandes coufas, Sc aggravo na defigualdade do<br />
íaftimofamente grandes ha- nafcer , a quem fe deu aeleii?erà<br />
que ver, Sc confiderar çaõ do refuícitar. A reíurreinaquelle<br />
ac-rjo da refurreiçaõ çam he hum fegundo nafeipm-veríal<br />
!r Mas entre todas mento com alvedrio.<br />
a&confíderaçoens, a que me 2^6- Tanta propriedade<br />
parece mais própria defte lu- confiderou Job nefte fegúdo