MARANHÃO - Geia Plural
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Sumário<br />
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Pode o ambiente do<br />
trópico úmido suportar<br />
agrossistemas sustentáveis,<br />
ou a agricultura itinerante<br />
será sempre uma ameaça às<br />
florestas remanescentes?<br />
Pesquisas temáticas da<br />
Universidade Federal do<br />
Maranhão<br />
31<br />
66<br />
Implementação de<br />
um conversor de alta<br />
eficiência e baixo custo<br />
para sistema fotovoltaico<br />
de bombeamento de água<br />
104<br />
4 - Apresentação<br />
5 - A Ciência na Histório do<br />
Maranhão<br />
ÍNDICE<br />
NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012<br />
24 - Novas tecnologias na educação<br />
para auxiliar a difusão do<br />
conhecimento<br />
28 - A procura pelo saber<br />
45 - A energia maremotriz no<br />
Maranhão: uma análise crítica<br />
83 - Ectoparasitos de animais<br />
silvestres no Maranhão<br />
92 - Recursos pesqueiros do litoral<br />
maranhense: pesca e<br />
biomonitoramento<br />
128 - Controle de qualidade e métodos<br />
analíticos para drivados de<br />
petróleo e biocombustíveis<br />
152 - Tecnologia e inovação, a criação<br />
da área de PD&I da Alcoa no<br />
Brasil<br />
172 - Tecnologia de ponta é usada nas<br />
operações portuárias da VALE<br />
174 - Desenvolvimento e prototipagem<br />
de um centro de gestão da<br />
proteção da rede elétrica da<br />
CEMAR<br />
185 - Maranhão em se plantando, tudo<br />
dá<br />
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Laboratório de Genética<br />
e Biologia Molecular do<br />
CESC/UEMA: pesquisa<br />
ictiofauna do Itapecuru<br />
218<br />
Curtimento de pele de<br />
pescada amarela com<br />
o uso de tanquinho de<br />
lavar<br />
241<br />
Projeto AeroDesign<br />
UEMA: Maranhão<br />
alçando maiores voos<br />
Pesquisadores da UFMA<br />
ÍNDICE<br />
NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012<br />
194 - O sistema híbrido eólico-solar de<br />
geração elétrica sustentável da<br />
ilha de Lençóis: uma solução<br />
viável para atendimento elétrico<br />
de ilhas do litoral do Maranhão<br />
203 - Levantamento da flora apícola em<br />
São José de Ribamar - MA<br />
224 - Leishmaniose visceral canina:<br />
uma doença que perdura trinta<br />
anos na ilha de São Luís<br />
235 - Conhecendo a fauna silvestre<br />
maranhense: aspectos biólogicos<br />
de Jurará<br />
248 - Central geradora elétrica<br />
flutuante: hidreletricidade,<br />
ecologia e sustentabilidade<br />
às populações ribeirinhas do<br />
Itapecuru.<br />
252 - Avaliação das propriedades de<br />
um composto à base de mel de<br />
abelhas e extrato de acerola<br />
272 - Pesquisadores do IFMA<br />
285 - Pesquisadores da UEMA<br />
267 330<br />
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Sumário<br />
APRESENTAÇÃO<br />
A quarta edição da revista <strong>Plural</strong> é totalmente dedicada<br />
à divulgação das atividades científicas no Maranhão. Com<br />
o apoio e a colaboração dos dirigentes da Universidade<br />
Federal do Maranhão/UFMA, da Universidade Estadual<br />
do Maranhão/UEMA, do Instituto Federal de Educação,<br />
Ciência e Tecnologia/IFMA, além de outras instituições de<br />
ensino e pesquisa, reunimos um conjunto de informações<br />
que ajudarão nossos leitores a aprofundar os seus<br />
conhecimentos sobre os profissionais que lidam com Ciência<br />
em nosso estado.<br />
No próximo mês de julho, no período de 22 a 27, São Luís<br />
sediará a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para<br />
o Progresso da Ciência, que abordará, como tema central,<br />
“Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar<br />
a Pobreza”. Assim, com esta edição especial, esperamos<br />
dar uma pequena contribuição para divulgar o talento,<br />
a dedicação e o pioneirismo de estudantes, professores,<br />
pesquisadores e profissionais que fazem Ciência no<br />
Maranhão.<br />
Jorge Murad<br />
Presidente do Conselho Deliberativo<br />
Instituto <strong>Geia</strong><br />
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A CIÊNCIA NA HISTÓRIA<br />
DO <strong>MARANHÃO</strong><br />
(AlgumAs indicAções ligeirAs)<br />
O atraso no<br />
domínio das<br />
ciências não<br />
decorreu de ato<br />
de vontade, mas<br />
de condições<br />
objetivas. Não<br />
se tratava, de<br />
forma alguma –<br />
como a ideologia<br />
do colonialismo<br />
pretendeu fixar<br />
– de inaptidão<br />
natural do<br />
brasileiro para a<br />
ciência. No campo<br />
da ciência, o Brasil<br />
continuava a ser<br />
apenas objeto...<br />
(Nelson Werneck<br />
Sodré, Síntese de<br />
história da cultura<br />
brasileira. 11ª ed.<br />
São Paulo: Difel,<br />
1983, p. 74)<br />
Não há pergunta que não traga em si uma parte<br />
de sua resposta. A pergunta sobre o que se tem<br />
feito com a ciência e pela ciência no Maranhão, e<br />
quem a fez, indica, para não fugir à regra, o roteiro<br />
a seguir na procura da resposta. A questão está em<br />
que a resposta pode ser, de saída e sem mais, negativa<br />
– “no Maranhão não há, não houve, ciência”<br />
– sobretudo se estivermos atentos a certa queda<br />
para fazer pouco e dar por menos, que parece ser<br />
marca distintiva e indelével, ao longo de quatro séculos,<br />
do temperamento maranhense.<br />
Tenhamos presente, no entanto, a pedagogia antiga<br />
segundo a qual a prudência vem depois da<br />
sabedoria e por ela se orienta: ou seja, conhecer<br />
precede fazer, não importando o quanto de rudimentar<br />
seja ainda o conhecimento. Tomando essa<br />
lição como método, abriremos vereda para a entrada<br />
da ciência no Maranhão, desde os primórdios de<br />
sua história.<br />
Deveu-se à ciência – e não a simples acaso ou<br />
a lances de sorte, ou aventura – o fato de os franceses<br />
haverem chegado, com sucesso, ao Maranhão<br />
antes dos portugueses. Os marinheiros<br />
bretões tinham melhor conhecimento dos mares<br />
para onde escorrem as águas do Amazonas.<br />
Sumário<br />
Sebastião Moreira Duarte<br />
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Os capitães lusos mal sabiam<br />
para que lado ficavam as terras<br />
que lhes doara el-rei. Naufragaram<br />
um depois do outro, antes de<br />
aqui chegarem.<br />
Por outro lado, é o Maranhão<br />
que logo entra na ciência, faz-se<br />
objeto de estudo para aqueles herdeiros<br />
do Renascimento, tocados<br />
pela curiosidade de saber. Apenas<br />
quatro meses passados do 8 de<br />
setembro inaugural, frei Claude<br />
d’Abbeville, ainda em 1612, volta<br />
à França e escreve a História da<br />
missão dos padres capuchinhos<br />
na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas,<br />
que é ao mesmo tempo<br />
o relato de um místico encantado<br />
e um compêndio de geografia,<br />
linguística, antropologia, zoologia<br />
e botânica da nova terra. 1 Tanta<br />
informação ainda parece pouca a<br />
seu superior Yves d’Evreux, que<br />
quase o repreende por apressado<br />
Sumário<br />
e incompleto, quando dá a publicar,<br />
com o título de Viagem ao Norte,<br />
a sua Continuação da história<br />
das coisas memoráveis havidas<br />
no Maranhão nos anos de 1613 e<br />
1614. 2 Do significado dessas obras<br />
para a cultura ocidental se dirá<br />
bastante, se se lembrar que servirão<br />
de reforço à criação do mito<br />
do “Bom Selvagem”, fermento da<br />
filosofia de Rousseau, da Revolução<br />
Francesa e do Romantismo.<br />
Retomada a terra pelos portugueses,<br />
estes a conhecem melhor,<br />
mas não se surpreendem menos<br />
quando lhe descrevem a fauna e<br />
a flora, e as abundantes riquezas<br />
do solo. Epítome dessa impressão<br />
está na propaganda feita por Simão<br />
Estácio da Silveira em sua<br />
Relação sumária das cousas do<br />
Maranhão, de 1624, escrita com<br />
o objetivo de atrair povoadores<br />
para a nova conquista. 3 Dele fi-<br />
1 O livro de Claude d’Abbeville saiu em Paris, pela Imprimerie de François Huby, em 1614. A tradução portuguesa, a<br />
cargo de César Marques, demorou muito e saiu muito defeituosa (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha<br />
do Maranhão e terras circunvizinhas. São Luís: Tipografia do Frias, 1874). Uma segunda tradução foi feita por Sérgio<br />
Milliet (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças. São Paulo: Martins,<br />
1945) e reeditada, a partir de 1975, pela Editora Itatiaia, de Belo Horizonte. Há poucos anos, voltou a velha tradução de<br />
César Marques (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre). Todas essas edições estão esgotadas.<br />
2 Impresso com o título Svitte de l’histoire des choses plvs memorables advenues en Maragnan ès années 1613 & 1614<br />
(Paris, 1615), o livro de Yves d’Evreux não foi a público, atendendo a interesses diplomáticos entre França e Espanha.<br />
Ferdinand Denis reeditou-o a partir de um exemplar que encontrou na Biblioteca de Paris, dando-lhe o título Voyage<br />
dans le nord du Brésil fait durant les années 1613 et 1614 par le Père Yves d’Evreux (Leipzig: & Paris: Librairie A Franck/<br />
Albert L. Herold, 1864) e uma introdução. A tradução portuguesa é também de César Marques: História da missão dos<br />
padres capuchinhos (Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614) e reapareceu outras vezes (2ª ed.: Rio de<br />
Janeiro: Livraria Leite Ribeiro, 1929; 3ª ed.: São Paulo: Siciliano, 2002; 4ª ed.: Brasília: Senado Federal, 2007; 5ª ed.:<br />
Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009).<br />
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Sumário<br />
zeram fama as palavras: “Eu me<br />
resolvo que esta é a melhor terra<br />
do mundo, donde os naturais<br />
são muito fortes e vivem muitos<br />
anos, e consta-nos que, do que<br />
correram os portugueses, o melhor<br />
é o Brasil, e o Maranhão é<br />
Brasil melhor.” Outro catálogo de<br />
coisas maranhenses é a História<br />
dos animais e árvores do Maranhão,<br />
de Frei Cristóvão de Lisboa<br />
(1583-1652), ou a ele atribuído,<br />
importante compêndio da botânica<br />
e zoologia (pré)-amazônica do<br />
século XVII. 4<br />
Cresce a população, forma-se o<br />
núcleo da capital, busca-se dominar<br />
o vasto território, expandem-<br />
-se aldeias pelo interior. Chegam<br />
os educadores: os jesuítas, cruzados<br />
medievais mandados ao novo<br />
continente, místicos teimosos capazes<br />
do último sacrifício e, nada<br />
menos, os intelectuais mais refinados<br />
que nos pode mandar a catolicidade<br />
europeia. Iríamos longe,<br />
se tivéssemos de contar o número<br />
de jesuítas que, por quase dois<br />
séculos, deram o melhor de sua<br />
3 A Relação sumária... de Diogo de Campos Moreno (Lisboa: Geraldo da Vinha, 1624), de apenas 23p. na edição original,<br />
foi reeditada nas Memórias para a história do extinto Estado do Maranhão, de Cândido Mendes de Almeida (Rio de Janeiro:<br />
Nova Tip. de J. Paulo Hildebrand, 1874, t. III, p. 1-31; Paraíba do Sul: Tip. de C. M. de A.; Revista do Instituto do<br />
Ceará; t. XIX (1905), p. 124-54; Lisboa: Imprensa Nacional, 1911; Boston, MA: Massachusetts Historical, 1929; Anais da<br />
Biblioteca Nacional, v. 94 (1874), p. 97-105). Sua última edição saiu pela Editora Siciliano (Coleção Maranhão Sempre),<br />
em 2001.<br />
4 Frei Cristóvão de Lisboa veio ao Maranhão como Visitador e Inquisidor Apostólico. Sua obra saiu inicialmente pelo<br />
Arquivo Histórico Ultramarino/Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, em 1967. Além de recente edição portuguesa,<br />
foi reeditada três vezes no Brasil, a última das quais em 1998 (São Luís: Alumar; Coleção Documentos Maranhenses).<br />
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abnegação para formar o intelecto<br />
de nossos curumins coloniais,<br />
não sem intrigas incríveis e maquinações<br />
inconfessáveis, ainda<br />
que “tudo para a maior glória de<br />
Deus”. Exemplo maior deles é o<br />
Padre Antônio Vieira (1608-1697),<br />
sem dúvida, a voz mais vigorosa<br />
de que se tem notícia, como orador<br />
sacro, capaz de reunir em si<br />
o melhor de Erasmo e o pior de<br />
Maquiavel. No Maranhão, ou por<br />
causa do Maranhão, Vieira pronunciou<br />
sermões e escreveu cartas<br />
que são verdadeiros tratados<br />
de teologia, filosofia, ciência política,<br />
do planejamento e diplomacia.<br />
Mas os jesuítas, como é notório,<br />
sabiam, com o mesmo ardor<br />
da profissão religiosa, trabalhar<br />
no terreno estrito da técnica e das<br />
coisas práticas. Causará assombro,<br />
ainda hoje, visitarmos o sítio<br />
Tamancão, à beira da baía de São<br />
Marcos, em São Luís, e, por suas<br />
ruínas, conhecermos o quanto de<br />
ciência foi aplicada a uma indústria<br />
de descascar arroz que aí eles<br />
construíram a meados do século<br />
XVIII, com energia gerada do movimento<br />
das marés.<br />
Estoque não menor de ciência<br />
terá despendido, em inícios do século<br />
XIX, o físico-mor da Capitania<br />
do Maranhão, Antônio José<br />
Sumário<br />
Padre Antônio Vieira<br />
da Silva Pereira, no complexo industrial<br />
em que girava uma indústria<br />
de velas, outra de fogos de<br />
artifício, um curtume e uma cerâmica,<br />
segundo se depreende dos<br />
alicerces e paredes que restam do<br />
sítio Santo Antônio das Alegrias,<br />
conhecido como Sítio do Físico,<br />
também em São Luís.<br />
Engenheiros por aqui andaram<br />
muitos. O que por primeiro<br />
se registra é Francisco Frias de<br />
Mesquita, aqui chegado em companhia<br />
de Jerônimo de Albuquerque.<br />
Para não perdermos a cronologia,<br />
fixemos, de passagem, o<br />
nome do coronel Antônio Bernar-<br />
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dino Pereira do Lago (...-1847), do<br />
Real Corpo de Engenheiros, que,<br />
com seu colega Joaquim Cândido<br />
Guilhobel, “desenhista, e dizem<br />
que [...] muito hábil” (César Marques),<br />
nos deixou, às vésperas da<br />
Independência, uma Carta Geral<br />
da Capitania do Maranhão, “a<br />
primeira de semelhante natureza<br />
que se fazia” (César Marques),<br />
além de um Itinerário da Província<br />
do Maranhão e uma Estatística<br />
histórico-geográfica da Província<br />
doMaranhão. 5 Pereira do Lago<br />
foi também meteorologista, autor<br />
das primeiras pesquisas do gênero,<br />
nesta terra.<br />
Às vésperas da Independência,<br />
aparecem os pioneiros da ciência<br />
econômica da velha Capitania:<br />
Joaquim José Sabino de Resende<br />
Faria e Silva (1759-1843), com<br />
sua Memória político-econômica<br />
sobre o Maranhão, 6 e Raimundo<br />
José de Sousa Gaioso (1747-<br />
Sumário<br />
1813), autor do Compêndio histórico-político<br />
dos princípios da<br />
lavoura do Maranhão, 7 textos que<br />
prenunciam a mudança de paradigmas<br />
econômicos e a ruptura<br />
política inevitável.<br />
Ainda às vésperas da Independência,<br />
o major Francisco de Paula<br />
Ribeiro (...-1823), em sua faina de<br />
explorador dos sertões, evidencia<br />
intuições de antropólogo, quando<br />
propõe uma política indigenista<br />
que harmonize a ocupação do território<br />
com a necessidade de convivência<br />
pacífica com os nossos<br />
silvícolas. 8<br />
Ao novo país que se forma, o<br />
Maranhão chega de forma tardia<br />
e traumática, mas cedo toma posição<br />
de frente no plano intelectual.<br />
De Coimbra, aonde foram<br />
mandados a estudar, voltam os<br />
filhos dos nossos barões da terra,<br />
enriquecidos com o crescimento<br />
econômico do final do século an-<br />
5 O Itinerário... de Pereira do Lago, de 1820, ganhou letra de forma na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro<br />
(p. 385-422), a partir de manuscrito existente na Secretaria de Governo do Maranhão. Reeditou-a o Departamento de<br />
Cultura do Estado, a cargo de Domingos Vieira Filho, em 1938. Uma edição recente integra a Coleção Maranhão Sempre<br />
(São Paulo: Siciliano, 2001). A Estatística (Lisboa: Na Typ. Da Academia Real das Ciências, 1822) teve a última edição,<br />
em 2001, pela mesma Editora.<br />
6 A Memória... de Sabino, deixada em manuscrito e guardada na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, foi objeto de tese<br />
doutoral de Milton Torres, publicada com o título de O Maranhão e o Piauí no espaço colonial (São Luís: Instituto <strong>Geia</strong>,<br />
2006; Coleção <strong>Geia</strong> de Temas Maranhenses).<br />
7 O Compêndio... de Gaioso (Paris: Oficina de P. N. Rougeron, 1818) recebeu edição fac-similar em 1970, aos cuidados<br />
da extinta Sudema, no Maranhão. Foi republicada, com ortografia atualizada, pelo Instituto <strong>Geia</strong>, em 2011.<br />
8 Ver os seus escritos reunidos aos cuidados de Manuel de Jesus Barros Martins, sob o título de Memórias dos sertões<br />
maranhenses (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre).<br />
9 VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. 4ª ed. Brasília: Editora da UnB, 1963, p. 185. (Biblioteca Básica<br />
Nacional).<br />
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terior. Forma-se o Grupo Maranhense,<br />
epíteto dado por José Veríssimo<br />
àqueles que fizeram valer<br />
a São Luís a antonomásia de Atenas<br />
Brasileira. 9 Como de costume<br />
à época, os homens de letras se<br />
desdobram em homens de ciência.<br />
E, cada um em sua área, os primeiros:<br />
Manuel Odorico Mendes<br />
(1799-1864), na filologia e nos estudos<br />
clássicos; Francisco Sotero<br />
dos Reis (1800-1871), na gramática;<br />
João Francisco Lisboa (1812-<br />
1863), na historiografia; Joaquim<br />
Gomes de Sousa (1829-1863), na<br />
matemática. E mais famoso que<br />
todos, Antônio Gonçalves Dias<br />
(1823-1864), o qual, cientista tanto<br />
quanto poeta, como Goethe, foi<br />
historiador, antropólogo, naturalista,<br />
pesquisador de campo. 10<br />
Odorico será, por largo tempo,<br />
o único brasileiro a traduzir todo<br />
o Virgílio e todo o Homero. Seu<br />
trabalho lhe dará o prestígio de<br />
Patrono dos Tradutores Brasileiros.<br />
(O outro tradutor da obra inteira<br />
dos dois clássicos surge já<br />
no século XX, e será também um<br />
maranhense: Carlos Alberto Nu-<br />
Sumário<br />
nes); Francisco Sotero dos Reis<br />
será mestre da Gramática; de<br />
João Francisco Lisboa, que polemizou<br />
com Varnhagen, o historiógrafo<br />
cortesão do Brasil Imperial,<br />
temos o depoimento do próprio<br />
Varnhagen, de que ele foi “o nosso<br />
primeiro e único historiador, o pai<br />
da nossa História”.<br />
Caso, porém, de causar nada<br />
menos que espanto no culto à ciência<br />
prestado por um maranhense<br />
é Joaquim Gomes de Sousa.<br />
Nascido em Itapecuru-Mirim, 11 já<br />
aos 15 anos encontramo-lo matriculado<br />
no curso de Medicina<br />
do Rio de Janeiro. Aos 18, requer<br />
exame das matérias da Engenharia,<br />
que estudara sozinho. No ano<br />
seguinte, mediante concurso, se<br />
faz catedrático da Faculdade que<br />
relutara em recebê-lo como aluno.<br />
Ao certame, que se realiza em<br />
etapas, vem assistir, incrédulo, o<br />
próprio imperador Pedro II. E não<br />
fica nisso o nosso Sousinha: em<br />
1854, aos 25 anos, na França –<br />
como depõe Humberto de Campos<br />
–, “corre a assistir uma aula<br />
do famoso professor Crouchy, que<br />
10 Odorico Mendes, Sotero dos Reis, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa e Gonçalves Dias estão biografados no<br />
Pantheon maranhense, de Antônio Henriques Leal. Ver, respectivamente, na 2ª ed. (Rio de Janeiro: Alhambra, 1987.<br />
Coleção Documentos Maranhenses, da Academia Maranhense de Letras): t. I, p. 7-54 e notas, p. 139-44; p. 65-94; p. 237-<br />
254 e notas, p. 145-166; t. II, p. 295-387 e notas, p. 431-51; p. 3-168 e apêndice, p. 169-289. Por extensa e mais conhecida,<br />
omite-se a bibliografia desses autores.<br />
11 Em São Luís, o nome de Gomes de Sousa está associado ao casarão de seus pais, situado à Rua do Sol, onde hoje está<br />
o Museu Histórico do Maranhão.<br />
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era, na opinião geral, o maior matemático<br />
do tempo. Em meio da<br />
aula, apresentada por este uma<br />
equação como não integralizável,<br />
Gomes de Sousa ergue-se, e pede:<br />
“– Dá licença?<br />
“E, dirigindo-se à pedra, mostra<br />
por duas vezes, o engano do sábio<br />
que, diz-se, o abraçou, comovido,<br />
e se tornou depois o maior de seus<br />
amigos.” 12<br />
Ainda em Paris, conclui o curso<br />
de Medicina interrompido no<br />
Rio de Janeiro. Sua fama corre a<br />
Europa. Recebido no Instituto de<br />
França, aí apresenta memórias<br />
que se intitulam Dissertação sobre<br />
o modo de indagar novos astros<br />
sem auxílio das observações<br />
diretas e Métodos gerais de integração<br />
e da integral da equação diferencial<br />
do problema do som. Na<br />
Inglaterra, discorre sobre a Propagação<br />
dos movimentos nos meios<br />
elásticos, compreendendo o movimento<br />
nos meios cristaloides, e<br />
teoria da luz, e sobre a Fisiologia<br />
geral das ciências matemáticas e<br />
uniformização dos métodos analíticos,<br />
entre outras.<br />
Vida luminosa como a que levou<br />
Gomes de Sousa extinguir-se-<br />
-ia como um meteoro (1.6.1863).<br />
Sumário<br />
“Esse homem formidável, que foi<br />
matemático, médico, astrônomo,<br />
geólogo, financista, engenheiro,<br />
historiador, jurista, crítico literário,<br />
um completo erudito, em<br />
suma”, viveu apenas “trinta e<br />
quatro anos, três meses e quinze<br />
dias.” 13<br />
Mas o número de cientistas maranhenses<br />
do século XIX não se<br />
fecha com o Grupo Maranhense.<br />
Quatro, em especial, dos maiores<br />
do Brasil em seu tempo, obrigam-<br />
-nos a relembrá-los neste rápido<br />
escorço: Frei Custódio Alves da<br />
Pureza Serrão, Cândido Mendes<br />
de Almeida, Raimundo Teixeira<br />
Mendes e Raimundo Nina Rodrigues.<br />
Frei Custódio Alves Serrão<br />
(1799-1873), religioso do convento<br />
do Carmo de Alcântara, depois<br />
secularizado, estudante em Coimbra<br />
pelos últimos anos do Período<br />
Colonial, teve os mesmos mestres<br />
que Odorico Mendes, mas não se<br />
notabilizou pelo culto aos clássicos<br />
como o seu colega. Consagrou-<br />
-se, em vez, às ciências naturais.<br />
De Portugal, depois de formado,<br />
transfere-se para o Rio de Janeiro,<br />
em cuja Academia Militar (1826-<br />
1832) foi sucessivamente lente de<br />
12 CAMPOS, Humberto de. Carvalhos e roseiras. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1962, p. 64-65.<br />
13 Idem, op. cit., p. 68.<br />
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Geologia, Botânica, Química, Física<br />
e Mineralogia. “Em dia com os<br />
progressos e descobertas da ciência”<br />
– lembra seu biógrafo Antônio<br />
Henriques Leal – “mal começava a<br />
firmar-se na Europa a teoria atômica,<br />
já o sábio professor punha<br />
seus discípulos ao corrente dela,<br />
explicando-a primeiro da cadeira,<br />
e depois em 1840, pela imprensa,<br />
em um folheto que tive o prazer<br />
de consultar admirando nele<br />
a clareza da exposição de suas<br />
ideias científicas sobre a matéria,<br />
e os argumentos bem deduzidos<br />
e vigorosos com que as sustentou<br />
e desenvolveu.” 14 Como diretor<br />
do Museu Nacional e, depois, do<br />
Jardim Botânico da Lagoa Rodrigo<br />
de Freitas, alcançou reconhecimento<br />
nacional. Foi também<br />
membro do Conselho da Casa da<br />
Moeda e, como botânico, do Instituto<br />
Fluminense de Agricultura.<br />
“O Dr. Fr. Custódio” – conclui<br />
Henriques Leal – “não era só botânico,<br />
nem só mineralogista, mas<br />
também astrônomo, e ao lado dos<br />
microscópios e maçaricos tinha<br />
o seu telescópio, que aparelhava<br />
para se engolfar na contemplação<br />
das maravilhas celestes”. 15<br />
Cândido Mendes (1818-1881),<br />
14 Pantheon maranhense, ed. cit., t. II, p, 416.<br />
15 Op. cit., p. 422-23.<br />
Sumário<br />
natural de Brejo de Anapurus, foi<br />
o Geógrafo Brasileiro do século<br />
XIX, além de jurista e historiador.<br />
O País lhe deve o Atlas do Império<br />
do Brasil (1868); a Província natal,<br />
a exata configuração de seu<br />
mapa geográfico, por ele defendido<br />
em A Carolina ou a definitiva<br />
fixação dos limites entre as Províncias<br />
de Goiás e do Maranhão<br />
(1852-54). Seu saber jurídico ficou<br />
reconhecido, em especial, por<br />
seus comentários e anotações ao<br />
Código Filipino (1874), de grande<br />
utilidade, até hoje, para os estudiosos<br />
da matéria.<br />
Cândido Mendes<br />
12 / 415
Raimundo Teixeira Mendes<br />
Raimundo Teixeira Mendes<br />
(1855-1927), caxiense, filósofo e<br />
engenheiro, exerceu um duplo<br />
apostolado: o do Positivismo e o<br />
da República brasileira. Ao lado<br />
de Miguel Lemos, é figura central<br />
da Religião da Humanidade no<br />
Brasil. Republicano por motivação<br />
religiosa, foi o idealizador da<br />
Bandeira Nacional. Pouco é falar<br />
dele, se, às virtudes de seu intelecto,<br />
não se somar o exemplo de<br />
dignidade em que viveu e serviu<br />
à causa republicana, a ponto de<br />
impor-se ao respeito e à venera-<br />
16 In Apontamentos de literatura maranhense, 2ª ed. São Luís: Sioge, p.194.<br />
Sumário<br />
ção de autoridades que não comungavam<br />
na sua mesma fé.<br />
Raimundo Nina Rodrigues<br />
(1862-1906), nascido em Vargem<br />
Grande, médico, criminalista e etnógrafo,<br />
foi o criador da Medicina<br />
Legal e da antropologia negra<br />
no Brasil. “Internacionalmente<br />
reconhecido por seu saber” – comenta<br />
Jomar Moraes -, mereceu<br />
inúmeras distinções de entidades<br />
estrangeiras dedicadas à Ciência.”<br />
16 A autópsia por ele feita do<br />
crânio de Antônio Conselheiro, o<br />
líder da revolta de Canudos, correu<br />
o mundo em francês e inglês,<br />
e surpreendeu a expectativa dos<br />
homens de ciência de seu tempo<br />
quando o deu por “normal”.<br />
Neste ponto, antes que avancemos<br />
com o elenco dos que fizeram<br />
ciência no Maranhão<br />
no Período Republicano, convém<br />
responder a uma pergunta<br />
e fazer algumas considerações.<br />
A pergunta: não foram poucos<br />
os cientistas desta terra nos tempos<br />
da Colônia e do Império, além<br />
de pouco diversificados no espectro<br />
de suas qualificações profissionais?<br />
A questão é problemática para<br />
os que se detêm a ver o mundo<br />
pela ótica de nossos dias, do modo<br />
13 / 415
de vida que levamos hoje, e do que<br />
isso implica em termos de necessidades<br />
habituais. Consideremos,<br />
porém, que a história dos tempos<br />
passados, no Brasil e fora do Brasil,<br />
não registra conflitos sociais<br />
ou desequilíbrios econômicos provocados<br />
por um baixo estoque de<br />
alto saber – e isso talvez nos ajude<br />
no devido enquadramento da<br />
questão.<br />
A ciência não aparece de forma<br />
hipostática sobre o tempo e o meio,<br />
como surgindo do nada, à espera<br />
de ser admirada ou posta em uso.<br />
No caso brasileiro e maranhense,<br />
a nossa sociedade produzia a<br />
ciência por quanto dela carecia,<br />
num ambiente de lenta mudança,<br />
papéis sociais quase estáticos,<br />
marcadamente rural e extrativista,<br />
no qual as necessidades básicas<br />
de sustento e bem-estar eram<br />
satisfeitas pela lei do mais fácil,<br />
acionando-se as mãos mais que<br />
a mente. Nossos bacharéis eram<br />
filhos de coronéis. Escapava-lhes,<br />
por anacrônico, o sentido utilitário<br />
do conhecimento científico. A<br />
ciência jurídica continha a suma<br />
do que precisavam, de imediato,<br />
para acomodar eventuais proble-<br />
Sumário<br />
mas de instabilidade social ou<br />
econômica. Daí que, sem maiores<br />
consequências, pudessem cultivar<br />
um saber ornamentício, que<br />
lhes garantisse prestígio ao clã familiar<br />
e dilatasse pelos anos a vir<br />
a ordem do sistema agrário-patriarcal.<br />
17<br />
Veja-se, a propósito, que, na<br />
passagem da Colônia para o País<br />
independente, os nossos juristas<br />
e beletristas imperiais mudaram<br />
de escola, sem mudarem a escola.<br />
De Coimbra, passaram para Olinda.<br />
No panorama nacional, não<br />
há diferença, sob este aspecto, entre<br />
Gonçalves Dias e Castro Alves.<br />
(A exceção também fazia parte da<br />
regra: havia, é certo, uns poucos<br />
que estudaram medicina ou algum<br />
tipo de engenharia – e iam<br />
se formar em outra praça, até no<br />
Exterior, mas sem se afastarem,<br />
no geral, do que lhes solicitava o<br />
“perfil profissiográfico” da Província<br />
estagnada).<br />
Já antes, porém, por efeitos da<br />
Revolução Industrial, havia chegado<br />
a hora em que o mundo haveria<br />
de guiar-se por novos parâmetros.<br />
A ideia de progresso<br />
difundia-se como o elemento que<br />
17 Neste saber para efeitos decorativos encantava-se a classe aristocrática maranhense e enganavam-se os nossos<br />
visitantes. Daniel Kidder anotará em 1841 que “os maranhenses alegam possuir, e não sem razão, um grau de<br />
desenvolvimento intelectual e moral comparável aos seus patrícios das maiores cidades do Império”. (Reminiscências de<br />
viagens e permanências nas Províncias do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, p. 235)<br />
14 / 415
asseguraria, com toda certeza, a<br />
felicidade universal. A humanidade<br />
alcançava, enfim, o “moderno”,<br />
e este se prometia como a última<br />
e irreversível fronteira da civilização.<br />
A nova idade obrigava ao uso<br />
mais do cérebro que do braço humano.<br />
Está aí identificado o marco diferenciador,<br />
sinalizando, também<br />
para nós, a virada histórica para<br />
a agenda de aggiornamento, que<br />
tardamos a cumprir, porque o modelo<br />
de sociedade – e até as facilidades<br />
da natureza – garantiam um<br />
bem-estar sem esforço para uns<br />
poucos, mas que nem para esses<br />
iria muito adiante. Sem muito nos<br />
darmos conta, perdemos o passo<br />
da História. Pagamos o preço do<br />
atraso. Calculamo-lo mal.<br />
Assim atravessaremos os tempos.<br />
A nossa produção econômica,<br />
de base não mais que extrativista,<br />
chegará a momentos de pico,<br />
e será levada até ao mercado internacional,<br />
como aconteceu, por<br />
exemplo, nas décadas da Companhia-Geral<br />
do Comércio do Grão-<br />
-Pará e Maranhão (1755-1775),<br />
mas isso só enquanto outros centros<br />
produtivos não incorporavam<br />
avanços mecânico-tecnológicos<br />
que, fechando o arco do tempo,<br />
tornariam obsoleto o parque industrial<br />
maranhense, pouco mais<br />
Sumário<br />
de um século diante. Inexistente o<br />
capital humano, por utilização da<br />
ciência útil, ineficiente se fez até o<br />
investimento do capital financeiro<br />
em nossa indústria incipiente.<br />
É este o sentido da crise<br />
republicana, que nos trouxe um<br />
choque de modernidade, mas ao<br />
qual, no isolamento maranhense,<br />
não poderíamos responder, porque<br />
sequer pudemos adverti-lo. A<br />
república – aqui e lá fora, no cenário<br />
nacional – foi um gesto voluntarista<br />
de militares e intelectuais<br />
de gabinete, uma violência<br />
que apanhou “bestializado” não<br />
apenas ao povo, mas boa parte<br />
de nossa elite. Queríamos os fins.<br />
Não tínhamos os meios. Não os<br />
enxergávamos de perto, nem fazíamos<br />
ideia de onde encontrá-los.<br />
Guiamo-nos – aqui mais do que lá<br />
fora – pelo instinto de acomodação<br />
que do “crepúsculo vesperal da<br />
monarquia” (Humberto de Campos)<br />
prolongava-se na “tristíssima<br />
e caliginosa noite” (Antônio Lobo)<br />
em que, ilhado, mergulhou o Maranhão<br />
por décadas a fio. Nada<br />
dava certo. Nada iria dar certo.<br />
Não faltaram luzes no semáforo,<br />
tênues embora, que acenassem<br />
à necessidade de devassar caminhos<br />
mais esclarecidos para a<br />
República nestas plagas: as conferências<br />
da “Universidade Popu-<br />
15 / 415
lar” dos positivistas – pouco eficazes,<br />
pelo formato fragmentário em<br />
que se organizavam – e a voz do<br />
poeta Sousândrade que, recém-<br />
-vindo de longe, via, em contraste,<br />
a sonolência em que permanecia<br />
o Maranhão, e chegou a oferecer a<br />
própria residência para que, pela<br />
universidade que nela se abrisse,<br />
entrasse o sopro renovador<br />
do século que viria, com sua cobrança<br />
inexorável. A sonolência<br />
continuou. O Poeta visionário, ridicularizado,<br />
morreu pobre e esquecido.<br />
Aqui, outra vez, as exceções<br />
– que é bom não esquecer, por<br />
tudo quanto revestem de exemplar<br />
– não fogem à regra senão<br />
para confirmá-la, isto é, para expor<br />
às claras a falta que o domínio<br />
do conhecimento aplicado fez<br />
em nosso meio. Registremos, no<br />
ramo farmacêutico, misturados<br />
com nomes estrangeiros que se<br />
facilmente se veem nos almanaques<br />
maranhenses de fins do século<br />
XIX, as iniciativas de João<br />
Vital de Matos e Jesus Norberto<br />
Sumário<br />
Gomes, “pioneiras de uma indústria<br />
farmacêutica que teria um<br />
apreciável desenvolvimento ainda<br />
na primeira metade ou, pelo menos,<br />
no primeiro quartel do século<br />
XX.” 18<br />
Faltavam ao Maranhão as instituições<br />
de alta cultura, imprescindíveis<br />
para dar suporte à sua<br />
produção de riqueza. Carecíamos<br />
de universidade. Na verdade, chegava<br />
à plena evidência o impasse:<br />
não tínhamos universidade porque<br />
não tínhamos riqueza, não<br />
tínhamos riqueza porque não tínhamos<br />
universidade, pois uma<br />
coisa não se dá antes nem depois<br />
da outra. Com isso, perdíamos<br />
mais que a universidade: não<br />
tínhamos as escolas de mais baixo<br />
nível, e continuávamos “o estado<br />
essencialmente agrícola”, dominado<br />
por coronéis analfabetos explorando<br />
lavradores analfabetos,<br />
satisfeitos na arcaica agricultura<br />
rudimentar.<br />
Nossas elites urbanas estremeceram<br />
perante tamanho atraso<br />
e pretenderam remediá-lo, mas<br />
18 MEIRELES, Mário M. Apontamentos para a História da Farmácia no Maranhão, in Dez estudos históricos. São<br />
Luís: Alumar, 1984, p. 183. (Coleção Documentos Maranhenses). “João Vital de Matos & Irmãos” – continua Mário<br />
Meireles – [foram] “proprietários da Pharmacia Mattos, na Rua do Quebra-Costa, nº 17, com seu Elixir de Carnaúba,<br />
e sua conhecidíssima Tintura Preciosa, sem se contar com mais uma dezena de produtos outros e que tudo já lhe dera,<br />
anteriormente, medalhas de prata na Exposição da Festa Popular do Trabalho, no Maranhão, e na Grande Exposição<br />
Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos da América do Norte, além de uma de ouro na última Exposição Nacional<br />
do Rio de Janeiro. [...] Jesus Norberto Gomes [...] foi por muito tempo na Rua do Sol, defronte ao Largo do Carmo,<br />
fabricante dos conhecidíssimos produtos Jesus – o Hidrocálcio, o Antigripal e o Guaraná” (p. 188-89), produto, este<br />
último, que tem perdurado até os nossos dias.<br />
16 / 415
com vistas para seu serviço e seus<br />
interesses, apenas. Passamos assim<br />
todo o período da Primeira<br />
República e a primeira parte da<br />
Segunda. E foi por essa forma que<br />
surgiram em São Luís, a duras<br />
resistências, em 1918 (1º de junho,<br />
data de seu funcionamento),<br />
a Faculdade de Direito do Maranhão,<br />
19 e, no ano seguinte (1º de<br />
setembro), a Escola de Enfermagem<br />
do Instituto de Assistência à<br />
Infância, que ainda enfrentou dificuldades<br />
para ser reconhecida<br />
como faculdade. 20 Em 1922 (12<br />
de março), apareceu uma Escola<br />
de Belas-Artes, que não foi muito<br />
à frente. No mesmo ano (3 de<br />
maio), a Escola de Farmácia, 21 a<br />
que se agrega, em 1925, um Curso<br />
de Odontologia, sendo a Casa<br />
Sumário<br />
designada, a partir de então, Escola<br />
de Farmácia e Odontologia do<br />
Maranhão. 22 Em 1929, tentou-se<br />
a Faculdade de Medicina, malograda,<br />
embora, para mantê-la, se<br />
tenha cogitado até da criação de<br />
uma loteria. 23 Malogrou também,<br />
em 1932, a Escola de Agronomia,<br />
24 fechada em 1939, por não<br />
atender ao que lhe exigia a Inspeção<br />
Escolar. Esse quadro é ainda<br />
mais desolador em 1941, quando<br />
o Departamento Nacional de Ensino<br />
(correspondente ao atual Conselho<br />
Nacional de Educação) cassa<br />
a equiparação das duas únicas<br />
faculdades maranhenses – Direito<br />
e Farmácia e Odontologia –, e<br />
estas encerram suas atividades,<br />
obrigadas a recolher seus arquivos<br />
ao Ministério da Educação e<br />
19 Instalada inicialmente no Beco da Sé, a Faculdade de Direito passou depois para a Rua do Sol, em frente ao Teatro<br />
Artur Azevedo, onde fez tradição por muitos anos, até, rebaixada à condição de Departamento Acadêmico, ser transferida,<br />
com a Universidade Federal, para o campus universitário do Bacanga.<br />
20 Não deixa de ser sintomática a participação de estrangeiros na criação desta e de outras instituições. A Escola de<br />
Enfermagem muito deveu ao português Fran Paxeco, animador cultural polivalente a quem muito deve o Maranhão, e às<br />
enfermeiras inglesas Margareth Laurie e Gertrudes Colet. Significativo também é o fato que tais escolas nasceram pela<br />
ação de pessoas de boa vontade, contentando-se o Governo a reconhece-las de utilidade pública e a votar-lhes subsídios<br />
orçamentários.<br />
21 A Escola de Farmácia abriu portas à Rua do Sol, onde funcionava o Grupo Escolar Raimundo Correia. Em 1925,<br />
adquiriu sede própria: a casa que fora residência de Antônio Lobo, na Praça de Santo Antônio.<br />
22 A carência de profissionais nesta área era tal, lembra Mário Meireles, que o Estado, alguns anos antes, autorizara (lei<br />
nº 764, de 23.4.1917) cirurgiões-dentistas do Pará a virem trabalhar no Maranhão. Ver O Ensino Superior no Maranhão:<br />
Esboço Histórico, in Dez estudos históricos, cit., p. 69.<br />
23 Com a palavra, outra vez, Mário Meireles, para um detalhe que retrata bem o “espírito” que andava em meio às nossas<br />
classes sociais ao tratarem do problema: “Conta-se, a respeito, que um dos maiores industriais da terra, procurado<br />
pela missão organizadora [do que poderia ser a Faculdade de Medicina] a fim de dar sua ajuda, teria respondido que o<br />
procurassem quando fosse para a feitura do telhado do prédio que naturalmente seria preciso construir para abrigar a<br />
pretendida faculdade; antes... não daria nada! Por outro lado, na própria comunidade, apontava-se, como óbice maior<br />
para a concretização dela, a dificuldade na obtenção dos cadáveres necessários ao estudo de Anatomia.” (Op. cit., p. 66).<br />
24 Funcionava essa Escola à Rua da Palma, esquina com a de Sant’Ana.<br />
17 / 415
Cultura. Reabertas com o aporte<br />
de recursos da Fundação Paulo<br />
Ramos (19.7.1944), só serão reconhecidas<br />
três anos depois. Por fim,<br />
em fins de 1950 (1º de dezembro)<br />
– transcorrida, portanto, a metade<br />
do século XX –, as duas casas<br />
de educação são federalizadas.<br />
Nesse ínterim, surge uma terceira<br />
unidade de ensino superior<br />
no Maranhão, a Escola de Enfermagem<br />
São Francisco de Assis, a<br />
cargo das Irmãs Terceiras Capuchinhas.<br />
25 Também de iniciativa<br />
religiosa foi o que afinal se chamou<br />
Faculdade de Serviço Social<br />
do Maranhão, já em 1960, embora<br />
o respectivo curso tivesse sido<br />
aberto desde 1953. Também por<br />
esse tempo, a união de esforços da<br />
Academia Maranhense de Letras<br />
e da Arquidiocese do Maranhão<br />
fizera nascer (15.8.1952) a Faculdade<br />
de Filosofia de São Luís do<br />
Maranhão. Através da mesma Arquidiocese<br />
criou-se, em condições<br />
muito precárias, uma Faculdade<br />
Sumário<br />
de Ciências Médicas (3.7.1958), 26<br />
e, ainda mais precária, uma Faculdade<br />
de Ciências Econômicas<br />
(11.8.1958, com curso reconhecido<br />
só dez anos depois, quando<br />
já incorporado à Universidade Federal).<br />
27 Estava a caminho a Universidade<br />
Católica do Maranhão<br />
(18.1.1958), de penosa história e<br />
curta duração, e a qual mais não<br />
faria que incorporar e agregar faculdades<br />
já existentes. Andavam<br />
já os anos 60, quando a meados<br />
daquela década, já administração<br />
de José Sarney, o Governo empenhou-se<br />
numa dupla frente: forçar,<br />
em Brasília, a criação da Universidade<br />
Federal do Maranhão<br />
(21.10.1966) 28 e, na esfera estadual,<br />
abrir os cursos e faculdades<br />
que formariam a Federação de Escolas<br />
Superiores e, depois, a Universidade<br />
Estadual (31.3.1981).<br />
Está aí, em linhas sumárias, o<br />
doloroso percurso de quase um<br />
século para o surgimento de uma<br />
plataforma de ensino superior<br />
25 Com seu Regimento datado de 15.7.1948, essa Escola, instalada à Rua Rio Branco, em São Luís, só foi reconhecida<br />
pela autoridade federal em 11.3.1952. Sua criação deveu-se ao Dr. Carlos Macieira e à madre Josefa Maria de Aquiraz,<br />
superiora da referida ordem religiosa mantenedora.<br />
26 Aberta inicialmente nas dependências do Hospital Presidente Dutra, mudou-se, por injunções legais, para um prédio<br />
do Largo dos Amores, que abrigava um Grupo Escolar.<br />
27 Esta Faculdade oferecia seu curso à Rua Formosa, esquina com a Rua Direita, em São Luís.<br />
28 Josué Montello, que era membro do então Conselho Federal de Educação, afirmava que um dos principais opositores<br />
da criação da UFMA era Anísio Teixeira, a mais respeitada autoridade em educação à época. Seu argumento era que o<br />
Maranhão não reunia um corpo docente à altura de formar uma universidade. De fato, o que aconteceu quando fundou-<br />
-se a Universidade, e por alguns anos adiante, foi que os melhores professores do Liceu Maranhense passaram a integrar<br />
o quadro de magistério da Universidade, esvaziando, em alguma meida, aquela escola secundária do prestígio de que<br />
desfrutava.<br />
18 / 415
para o Maranhão. Observe-se que<br />
a maior parte dos cursos oferecidos<br />
por nossas universidades<br />
destinam, ainda hoje, à formação<br />
de professores, desfocados, ainda<br />
assim, das necessidades prementes<br />
de mestres na área técnico-<br />
-científica em nossas escolas. As<br />
licenciaturas, como se sabe, não<br />
emprestam grande nome às instituições<br />
que as mantêm, mas empenham<br />
custos comparativamente<br />
inferiores. Não será, todavia,<br />
Foto: Albani Ramos<br />
Sumário<br />
de cursos dessa natureza que se<br />
há de esperar o cabedal de ciência<br />
que sirva de força motriz do<br />
desenvolvimento do Estado. Não<br />
se menciona também, até aqui,<br />
a pós-graduação: esta, iniciada<br />
em meados da década 80, só nos<br />
anos 90 despontará com alguma<br />
visibilidade.<br />
Posto e exposto o panorama em<br />
que se instalam e funcionam os estabelecimentos<br />
de onde se espera<br />
sair a ciência maranhense e para<br />
o Maranhão, estamos em condição<br />
de voltar com melhor entendimento<br />
à questão posta no início.<br />
Reapresentemo-la com mais clareza:<br />
tem a produção acadêmica<br />
da universidade maranhense se<br />
ocupado da problemática de seu<br />
Meio, a ponto de, incorporando-a<br />
a seus estudos, restituir-lhe soluções<br />
“de nível superior”, garantindo<br />
interpretações conscientes,<br />
intervenções seguras, ações eficazes,<br />
transformações irreversíveis?<br />
A resposta é: ainda não - e poderia<br />
surpreender se fosse outra.<br />
Mas não façamos, de saída, nenhum<br />
exercício de autopunição<br />
por isso. Neguemos, em sentido<br />
provisório pelo menos, a famosa<br />
declaração – que é de um maranhense<br />
– segundo a qual intelectual<br />
gosta mesmo é de pobreza.<br />
Alarguemos o foco da questão,<br />
19 / 415
para apresentarmos mais abertamente<br />
algumas premissas de nosso<br />
argumento:<br />
1. Não existe, na história do<br />
pensamento humano, instituição<br />
em que o intelectual possa engajarse,<br />
quo talis, com maior sentido<br />
de serviço público, do que a universidade.<br />
Essa é uma verdade<br />
que atravessa a academia grega e<br />
chega à aldeia pós-moderna, e, se<br />
afirma a permanência da universidade,<br />
fala também da grandeza<br />
e elevação desse serviço;<br />
2. É tarefa da universidade, para<br />
que possa bem servir à civilização<br />
e à cultura pátria, pôr a serviço<br />
do maior número de indivíduos<br />
o patrimônio de ciência e técnica<br />
de que se fez herdeira, e que<br />
lhe compete guardar, transmitir<br />
e ampliar. É indissociável dessa<br />
missão, por ser a ela inerente, o<br />
comprometimento político – em<br />
seu amplo e verdadeiro significado<br />
– e o compromisso ético;<br />
3. As universidades situadas<br />
na periferia do mundo, política<br />
e ética acrescentam, aos<br />
encargos do cotidiano acadêmico,<br />
a responsabilidade pelo<br />
correto equacionamento e busca de<br />
solução viável para os problemas<br />
Sumário<br />
do atraso econômico, social e cultural<br />
de seus países. Em síntese:<br />
para a inclusão de todos no projeto<br />
que o corpo social implementa na<br />
realização da humanidade do ser<br />
humano;<br />
4. A universidade brasileira, em<br />
geral, tem sido largamente inadimplente<br />
da dívida que arrolamos.<br />
Nas palavras de um de seus líderes<br />
mais inspirados: “Há crença<br />
generalizada que a universidade<br />
não tem conseguido cumprir esses<br />
objetivos, nem mesmo quanto<br />
à quantidade de profissionais.<br />
Certamente temos motivos sobejos<br />
para envaidecer-nos de muitos<br />
cientistas brasileiros que, nas<br />
universidades, vêm contribuindo,<br />
pela investigação científica original,<br />
para o progresso da ciência<br />
[...]. Os cientistas autênticos são,<br />
porém, muito poucos em relação<br />
às enormes demandas da Nação,<br />
assim como são poucas as faculdades<br />
realmente boas entre as<br />
centenas existentes. A verdade é<br />
que prevalece a inicial afirmativa<br />
do precário rendimento de nossas<br />
universidades.” 29<br />
5. Corre-se o risco de ser injusto<br />
com a Universidade maranhense,<br />
se, em ajuizarmos o seu desempe-<br />
29 Palavras do Prof. Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, em texto mimeografado, sem data, intitulado A Problemática<br />
da Universidade Brasileira.<br />
20 / 415
nho, deixarmos de levar em conta<br />
o que diz o fundador de uma das<br />
mais renomadas universidades<br />
do Brasil.<br />
Ponto final? Não. Reconheçamos,<br />
para sermos justos, que,<br />
para o intelectual maranhense,<br />
nenhuma instituição se compara<br />
à sua universidade em termos<br />
de serventia pública a essa região<br />
brasileira. Com, ainda, esta diferença<br />
fundamental: nenhuma repartição<br />
pública do Estado tem<br />
praticado, de forma tão continuada,<br />
incontentável e exasperante,<br />
a autocrítica e a avaliação de desempenho.<br />
Outra observação que me parece<br />
pertinente é a seguinte: não é<br />
tão verdade, como se pode deduzir<br />
por uma visão superficial, que<br />
a nossa Universidade é carente de<br />
inserção social, ou seja, que não<br />
tem respostas, através da ciência,<br />
às necessidades de melhoria da<br />
qualidade de vida dos maranhenses.<br />
Aquilo que se tem visto como<br />
sua impotência ou inapetência em<br />
atacar esses problemas decorre,<br />
segundo penso, de um salvacionismo<br />
exacerbado, o qual se exaspera<br />
pela insolução de problemas<br />
crônicos, às vezes autênticos círculos<br />
viciosos, e quer apressar-<br />
-se em resolvê-los sozinho, sobrepondo-se<br />
ou substituindo outras<br />
Sumário<br />
agências da coisa pública – o que<br />
também representa um desvio<br />
da própria missão universitária.<br />
Essa sobrecarga não é nenhum<br />
serviço à instituição. Pelo contrário,<br />
pode estar aí uma das causas<br />
originais da flagelação autofágica<br />
a que as universidades às vezes<br />
se entregam e em que se danam.<br />
A revista em que se inscreve<br />
este artigo há de documentar o<br />
que digo com o catálogo atualizado<br />
dos mais destacados pesquisadores<br />
das Universidades do Maranhão.<br />
Ratificando, então, nosso juízo<br />
anterior, de que a Universidade<br />
maranhense ainda não responde<br />
aos desafios de nossa realidade,<br />
21 / 415<br />
Foto: Albani Ramos
ao nível em que também ela mesma<br />
espera, meditemos um pouco<br />
sobre as razões por que isso tem<br />
acontecido, em primeiro lugar<br />
para que não transpareça qualquer<br />
sentimento negativo nessa<br />
constatação e, muito especialmente,<br />
para que isto sirva de convocação<br />
às gerações futuras, a quem a<br />
presente geração entregará a universidade<br />
que fez com as energias<br />
e os meios de que dispunha, a fim<br />
que essa obra, sempre em construção,<br />
possa, às mãos dos jovens<br />
de hoje e cientistas maduros de<br />
amanhã, realizar em plenitude o<br />
ideal de um universidade de alto<br />
saber plenamente assestada aos<br />
objetivos e necessidades do grande<br />
Estado – e do País – que eles<br />
estarão fazendo ainda melhor:<br />
1. A Universidade brasileira – e<br />
os seus quadros, dentro dela – ainda<br />
exibe uma forte impregnação<br />
intelectualista-individualista, que<br />
é uma das características da inteligência<br />
brasileira. O protótipo do<br />
cientista brasileira é o estudioso,<br />
o inventor, o pesquisador solitário.<br />
Lembremos Santos Dumont:<br />
alguém sabe dizer qual foi a equipe<br />
de trabalho alistada no projeto<br />
pioneiro de Santos Dumont? Estaria<br />
a Universidade maranhense,<br />
temporã e isolada por força da<br />
geografia e da cultura, imune a<br />
Sumário<br />
esse individualismo, que, visivelmente<br />
entre nós, soube refugiar-<br />
-se no cultivo das belas-letras?<br />
Ainda nos tempos pós-modernos,<br />
ignoramos o estatuto da ciência<br />
moderna, que valoriza mais o laboratório,<br />
o colegiado de pesquisadores,<br />
que o cientista isolado,<br />
dono exclusivo de suas próprias<br />
descobertas;<br />
2. Já deixamos demonstrado<br />
como a nossa mais alta instituição<br />
de ensino e pesquisa tardou,<br />
por décadas, a firmar-se. Chega-<br />
22 / 415<br />
Foto: Albani Ramos
mos tarde e pobremente, para dar conta de um produto que demanda<br />
tempo e paciência para se mostrar. A ciência não pode nascer por<br />
geração espontânea. Tributária de seutempo e meio, a Universidade<br />
maranhense haverá de contar com o apoio e o reconhecimento da sociedade<br />
a que serve – sobretudo, de suas forças produtivas – para que<br />
se eleve a padrões ainda mais altos de serviço público, e os cidadãos<br />
maranhenses possam alistá-la com orgulho entre as obras que efetivamente<br />
lhes pertencem.<br />
3. Sobretudo, perdemos um tempo precioso em iniciarmos programas<br />
de pós-graduação na Universidade maranhense. Sem pós-graduação,<br />
pesquisa não há. E sem pesquisa, pós-graduação não é. A pesquisa e<br />
a pós-graduação são requisitos fundamentais para o reconhecimento<br />
público de uma universidade;<br />
4. Por último, e a despeito da aceleração que teve a nossa Universidade<br />
na qualificação de seus quadros nos últimos anos, nossos recursos<br />
humanos de alto nível são ainda insuficientes para a escala imensa de<br />
possibilidades e problemas com que se depara a nossa Província.<br />
A Universidade do Maranhão é, em sua história, um recorte mimético<br />
da história do Maranhão.<br />
E que se lembrem todos – sobretudo os que nela estudam hoje para que<br />
a façam melhor amanhã – que a melhor universidade é a universidade<br />
dos melhores.<br />
Sebastião Moreira Duarte<br />
M.Sc Administração Universitária, University of Alabama; PhD em Literatura Latino<br />
Americana, University Illinois, membro da Academia Maranhense de Letras.<br />
Sumário<br />
23 / 415
NOvAS TeCNOlOgIAS NA<br />
eDuCAçÃO pARA AuxIlIAR<br />
A DIfuSÃO DO<br />
CONHeCIMeNTO<br />
A quarta edição da revista eletrônica<br />
<strong>Plural</strong> traz como tema<br />
central a produção da ciência<br />
e tecnologia no Maranhão. Em<br />
uma mesma plataforma digital, o<br />
leitor poderá ter acesso, nos formatos<br />
áudio, imagem e texto, às<br />
informações sobre as pesquisas<br />
científicas que mais se destacam<br />
no Estado, no âmbito nacional e<br />
internacional. O assunto se torna<br />
ainda mais relevante no ano<br />
em que a Universidade Federal<br />
do Maranhão realiza, pela segunda<br />
vez, o maior evento científico<br />
da América Latina, a 64ª Reunião<br />
Anual da Sociedade Brasileira<br />
para o Progresso da Ciência<br />
– SBPC. A temática nos leva a refletir<br />
sobre a importância do uso<br />
das Tecnologias da Informação<br />
e Comunicação - as TICs (PCs,<br />
telefonia móvel, internet, TV por<br />
Sumário<br />
Josie Bastos<br />
assinatura, tecnologias digitais<br />
de captação de imagens e sons,<br />
entre outros) - no campo da educação<br />
como ferramenta de produção<br />
e difusão do conhecimento.<br />
Hoje, é cada vez maior o leque<br />
de opções metodológicas que o<br />
professor encontra para introduzir<br />
um tema, trabalhar com<br />
os alunos de forma presencial<br />
ou virtualmente. Nos veículos de<br />
comunicação não é diferente. O<br />
mesmo conteúdo exibido na tela<br />
da TV, impresso no jornal ou em<br />
uma revista pode ser veiculado,<br />
até mesmo em tempo real, no<br />
mesmo formato ou com adaptações,<br />
na mídia digital. Este instrumento<br />
potencializa ainda mais a<br />
difusão do saber em sala de aula<br />
associado a outros instrumentos<br />
de investigação e análise. Para<br />
24 / 415
Demo (2009), um estudioso da<br />
área de Educação, o atual processo<br />
de aprendizagem requer<br />
a condição do sujeito participativo,<br />
envolvido na posição ativa<br />
de construção e reconstrução do<br />
conhecimento. Nesta perspectiva,<br />
o uso das ferramentas digitais<br />
se torna essencial, já que<br />
atua como suporte para a produção<br />
de uma formação integrada<br />
aliada à tecnologia. Uma fórmula<br />
capaz de produzir efeitos significativos<br />
entre os indivíduos, visto<br />
que eles não só consomem, mas<br />
se tornam atores do processo de<br />
difusão da informação.<br />
No entanto, apesar de sua importância<br />
e seu alcance, o uso das<br />
novas tecnologias é um desafio<br />
que até agora não foi enfrentado<br />
pela maioria das instituições de<br />
ensino brasileiras. Para Demo<br />
(2009), o que se vê são apenas<br />
adaptações, mudanças pouco<br />
profundas. Sua crítica é quanto<br />
à persistência do emprego de<br />
uma pedagogia restrita às concepções<br />
mais tradicionais. Para<br />
ele, este modelo está fadado ao<br />
fracasso diante de um mundo de<br />
informações e tecnologias disponíveis.<br />
Introduzir as plataformas<br />
virtuais dinâmicas em ferramentas<br />
que auxiliam o aprendizado<br />
e a formação depende, acima de<br />
Sumário<br />
tudo, do próprio docente. Toda a<br />
proposta pedagógica que investe<br />
na aplicação das TICs somente<br />
consegue alcançar resultados<br />
desejáveis se passar pelas mãos<br />
do educador, pois é ele que desempenha<br />
um papel de produtor<br />
de mensagens em meios tecnológicos<br />
como um usuário ativo<br />
e crítico. As TICs podem possibilitar<br />
novos modos de alfabetização,<br />
mais envolventes, atuais,<br />
possibilitando a formação de novas<br />
habilidades para o século<br />
XXI.<br />
Nas instituições de ensino, estes<br />
recursos impulsionam uma<br />
nova forma de repassar o conhecimento<br />
em favor da autoridade<br />
do argumento contra o argumento<br />
da autoridade. Ensinar com as<br />
novas mídias é, acima de tudo,<br />
mudar os paradigmas convencionais<br />
de ensino, pesquisar novos<br />
caminhos de integração entre<br />
o ser humano e a tecnologia,<br />
do presencial e virtual em sala<br />
de aula, no trabalho e na vida.<br />
As plataformas tecnológicas significam<br />
novas oportunidades de<br />
aprendizagem e formação. Um<br />
direito de todos, disponíveis no<br />
mercado no intuito de potencializar<br />
o conhecimento continuamente.<br />
No início deste ano, o Ministé-<br />
25 / 415
io da Educação anunciou o investimento<br />
de cerca de R$ 150<br />
milhões para a compra de 600<br />
mil “tablets” para uso dos professores<br />
do ensino médio de escolas<br />
públicas federais, estaduais<br />
e municipais. A intenção é<br />
incentivar o uso intensivo das<br />
TICs no processo de ensino-<br />
-aprendizagem. Um projeto arrojado<br />
e desafiador se levarmos em<br />
consideração os déficits educativos<br />
e as desigualdades regionais<br />
tão elevadas no país. O projeto<br />
compreende o uso do computador<br />
interativo (equipamento desenvolvido<br />
pelo MEC que reúne<br />
projeção, computador, microfone,<br />
DVD, lousa e acesso à internet,<br />
e o tablet). Aos computadores<br />
serão integradas as lousas<br />
eletrônicas, compostas de caneta<br />
e receptor, acopladas ao computador<br />
interativo. Os professores<br />
poderão trabalhar os conteúdos<br />
pedagógicos disponíveis em uma<br />
parede ou quadro rígido, sem a<br />
necessidade de manuseio do teclado<br />
ou do PC. A iniciativa do<br />
Ministério revela a importância<br />
de iniciativas reais de mudanças<br />
na educação brasileira, que demanda<br />
soluções práticas e inovadoras.<br />
Na educação superior, vemos<br />
o crescimento exponencial do<br />
Sumário<br />
Ensino a Distância, que hoje se<br />
destaca pelo uso de ambientes<br />
virtuais interativos de aprendizagem.<br />
Nessa modalidade, como<br />
afirmam Torres e Fialho (2009),<br />
o uso das tecnologias interativas<br />
- como a internet e a videoconferência<br />
- “prioriza os processos<br />
de comunicação” (p.457). Eles<br />
compreendem que a tecnologia<br />
da informação tornou a comunicação<br />
uma das principais características<br />
da EAD contemporânea,<br />
um modelo que vem se<br />
fortalecendo a partir da década<br />
de 90 e encontra-se, desde então,<br />
consolidado nas grandes<br />
universidades do mundo. De<br />
acordo com Alves (2009), o Brasil<br />
conta com 158 instituições<br />
credenciadas pelo Governo Federal<br />
para ministrar cursos de<br />
graduação e pós-graduação lato<br />
sensu (dados de 2008). Acredita-<br />
-se, também, haver mais de 500<br />
entidades públicas ou privadas<br />
utilizando a EAD como ferramenta<br />
de ensino-aprendizagem<br />
para promoção de cursos livres e<br />
programas ministrados por empresa<br />
(dentre as quais denominadas<br />
de “universidades corporativas”).<br />
No estado, o Núcleo de<br />
Educação a Distância (NEAD) da<br />
Universidade Federal Maranhão<br />
vem utilizando, de forma otimi-<br />
26 / 415
zada, o uso das TICs para promover<br />
um aprendizado colaborativo<br />
on-line, agregando as mídias anteriores<br />
às tecnologias interativas.<br />
Atualmente, a democratização<br />
deste processo leva o ensino<br />
da graduação e pós-graduação<br />
a um número considerável de<br />
alunos no interior com mais de<br />
11 mil matriculados e uma meta<br />
para chegar a 20 mil nos próximos<br />
anos. Exemplos como estes<br />
citados acima, tanto na educa-<br />
REFERÊNCIAS<br />
Sumário<br />
ção fundamental como na superior,<br />
demonstram o quanto o uso<br />
das TICs se torna fundamental<br />
no processo de hibridização de<br />
tecnologias do ensino-aprendizagem.<br />
A educação, como campo<br />
ilimitado de investigação científica,<br />
deve assumir, desde sempre,<br />
seu lugar de incerteza, e, como<br />
tal, se constituir como ambiente<br />
propício para experimentação<br />
e inovação com o uso de toda a<br />
tecnologia possível.<br />
ALVES, João Roberto Moréia. A história da EAD no Brasil. In: LITTO,<br />
Michael Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo:<br />
Pearson Education do Brasil, 2009.<br />
DEMO, Pedro. Aprendizagem e Novas tecnologias. Revista Brasileira<br />
de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física – São Paulo<br />
Vol. 1, n. 1, p.53-75, Agosto/2009. Disponível em http://www.<br />
facec.edu.br/seer/index.php/docenciaepesquisaeducacaofisica/<br />
article/viewFile/80/140. Acesso em: 18 jul.2011<br />
TORRES, Lupion Patrícia, FIALHO, Pereira Antônio Francisco.<br />
Educação a distancia: passado, presente e futuro. In: LITTO, Michael<br />
Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo: Pearson<br />
Education do Brasil, 2009.<br />
Josie Bastos<br />
Jornalista, Coordenadora e Editora do Núcleo de TV da Assessoria de Comunicação da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
27 / 415
A pROCuRA pelO SAbeR<br />
Sumário<br />
Juliana Braga Furtado<br />
Vocação é vocação. Desde pequena, sabia<br />
que queria ser pesquisadora, cientista por<br />
assim dizer. Minhas brincadeiras favoritas<br />
tinham a ver com pesquisa: adorava fazer projetos!<br />
Lembro como se fosse ontem de um caderno<br />
que tinha, onde desenhava os pássaros que via<br />
no jardim, e anotava observações sobre seus comportamentos.<br />
E da vez em que limpei e organizei<br />
um quartinho pequeno que havia na garagem de<br />
casa, para chamá-lo de meu laboratório. Meu sonho?<br />
Descobrir! Qualquer coisa, não era exigente.<br />
Um inseto novo, uma informação nova, uma cor<br />
nova que fosse. E assim, a escolha da profissão me<br />
veio fácil: biologia. Uma área tão linda e tão ampla<br />
em possibilidades, que me encantou mais do que<br />
qualquer outra. E realmente não me imagino com<br />
outra profissão.<br />
Devo à minha mãe a minha experiência profissional.<br />
Sem a insistência dela, nunca teria ido a<br />
São Paulo estudar, e hoje vejo o quanto essa experiência<br />
me ajudou a crescer, não só como profissional,<br />
mas como pessoa. Sempre fui estudiosa<br />
e perfeccionista, o que me facilitou, rapidamente,<br />
conseguir um estágio, já no meu segundo semestre<br />
de faculdade, em um dos laboratórios mais conhecidos<br />
pelos profissionais da área: o laboratório de<br />
Biologia Celular e Histologia da Faculdade de Medicina<br />
da USP, uma vez administrado pelo famoso<br />
professor Junqueira (dos livros Biologia Celular e<br />
28 / 415
Molecular, e Histologia Básica, escritos por ele e por um<br />
outro colega). Lá me desenvolvi como pesquisadora. Tive<br />
contato com excelentes profissionais e participei de várias<br />
pesquisas; fiz minha iniciação científica e meu trabalho<br />
de conclusão do curso; fui em congressos, palestras,<br />
simpósios, nacionais e internacionais. Foram três<br />
anos e meio que nunca esqueço, e que valorizo muito.<br />
Mas apesar do meu amor pela biologia celular e histologia,<br />
na faculdade desenvolvi dois amores ainda maiores:<br />
citogenética e biologia molecular.<br />
Sabe a importância que um bom professor tem na sua<br />
vida? Um bom professor pode te apresentar a um amor<br />
que você não imaginaria ter, fazer você se encantar e não<br />
querer trabalhar com outra coisa. Devo a duas excelentes<br />
professoras os meus amores de hoje. Então, quando<br />
foi a hora de me formar, decidi perseguir essas áreas e<br />
fui fazer a prova de especialização em Citogenética e em<br />
Biologia Molecular, no Hospital Israelita Albert Einstein.<br />
Lembro que na entrevista fui questionada se realmente<br />
tinha interesse em fazer as duas especializações de uma<br />
vez só, porque seria muito cansativo, trabalhoso e difícil.<br />
Mas nunca tive dúvidas: apesar da Citogenética dominar<br />
meu coração, sabia que a Biologia Molecular seria essencial,<br />
pois é o futuro de todas as técnicas laboratoriais. E<br />
passei, nas duas provas.<br />
Foi um ano maravilhoso! Estar no meio de alguns dos<br />
melhores profissionais dessas áreas e aprender com eles,<br />
não tem preço. Aprendi muito, e no final do ano, decidi<br />
que era hora de levar os meus conhecimentos para o Maranhão<br />
e, enfim, voltar para casa. Sei que sem a minha<br />
experiência em São Paulo, não seria a profissional que<br />
sou hoje, mas o meu coração sempre esteve no Maranhão.<br />
E continuo fazendo pesquisas, projetos, trabalhos, artigos.<br />
O Maranhão me faz ainda mais querer descobrir, e<br />
quem sabe poder ajudar de alguma forma a população,<br />
Sumário<br />
29 / 415
o povo maranhense. Sou muito feliz por conseguir trabalhar<br />
no que amo, no lugar que amo, com pessoas que<br />
amo.<br />
Saber é poder. Realmente, a única coisa que ninguém<br />
nunca poderá tirar de você são os seus conhecimentos.<br />
Isso que me encanta tanto na pesquisa, na ciência... essa<br />
procura pelo saber, pelo descobrir o que ninguém sabe.<br />
Esse poder que o conhecimento traz, me fascina. Desde<br />
sempre.<br />
Juliana Braga Furtado<br />
Bióloga, especialista em Biologia Molecular e Citogenética<br />
Sumário<br />
30 / 415
Sumário<br />
Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />
Emanoel Gomes de Moura<br />
Mariana da Silva Corrêa<br />
Natália de Jesus F. Costa<br />
A AgRICultuRA ItINERANtE, o AmbIENtE<br />
E oS AgRICultoRES<br />
A agricultura itinerante na fronteira amazônica é uma<br />
das maiores ameaças à floresta tropical, porque a vegetação<br />
tem historicamente sido vista pelos agricultores como<br />
uma fonte de nutrientes capaz de sustentar o crescimento<br />
das culturas e das pastagens. O termo “itinerante” indica o<br />
movimento de uma área para outra, mas esta agricultura<br />
também pode ser conhecida como agricultura de corte-e-<br />
-queima, que se refere à forma de preparo da área vegetada<br />
para o plantio, a fim de aproveitar a cinza para adubar<br />
31 / 415
o solo. As fases envolvidas na agricultura itinerante são:<br />
corte da cobertura vegetal, secagem, queima da biomassa,<br />
cultivo, abandono da área (pousio), novo desmatamento e<br />
assim, sucessivamente. Isto significa que no trópico úmido<br />
brasileiro ainda não foram superados os desafios tecnológicos<br />
para o estabelecimento e a manutenção de sistemas<br />
agrícolas mantidos em uma mesma área e capazes de serem<br />
produtivos e sustentáveis.<br />
Entre outras causas, a baixa fertilidade natural dos solos<br />
e a ausência de alternativas tecnológicas são os principais<br />
fatores que induzem as comunidades a fazer uso predatório<br />
da vegetação natural como forma de garantir a subsistência<br />
das famílias, o que constitui uma das fontes de pressão<br />
sobre os recursos naturais. Nas regiões de transição para<br />
a Amazônia, como a do norte do estado do Maranhão, por<br />
exemplo, as áreas com a vegetação original já devastada<br />
têm hoje um enorme passivo social representado por um<br />
Sumário<br />
32 / 415<br />
Foto: Albani Ramos
grande contingente de agricultores sobrevivendo abaixo<br />
da linha de pobreza, em municípios com os menores IDHs<br />
do Brasil, (PNUD, 2000).<br />
Como em muitas outras partes do trópico, a existência do<br />
sistema do corte-e-queima na periferia amazônica desencadeia<br />
uma série de efeitos negativos tanto ao nível local<br />
quanto global. No nível local, o crescimento da população<br />
aumenta a demanda por terras cultiváveis o que resulta na<br />
diminuição do tempo de pousio. Assim, queimadas sucessivas<br />
em intervalos cada vez mais curtos conduzem à extinção<br />
de espécies mais sensíveis à queima, e ao predomínio<br />
das mais resistentes, diminuindo então a biodiversidade<br />
da região e empobrecendo os seus ecossistemas (Figura 1).<br />
Estabelece-se assim um círculo vicioso em que as carências<br />
aumentam a pressão sobre os recursos e a degradação<br />
crescente dos recursos aumenta as carências (MOURA et<br />
al., 2009).Tudo isso sem a esperada contrapartida em termos<br />
de retornos econômicos ou sociais.<br />
No contexto global, estima-se que 36% de todas as emissões<br />
de CO 2 ocorridas no Brasil se devem aos incêndios<br />
descontro-<br />
Figura 1. Área recém-queimada em pousio, com predominância massiva da palmeira de babaçu<br />
resistente ao fogo.<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
lados,geralmenteconduzidos para a<br />
implantação<br />
de lavouras<br />
ou pastagens.<br />
Aproximadamente<br />
195 toneladas<br />
de CO 2<br />
são emitidas<br />
por hectare de<br />
floresta queimada.<br />
Do ponto de<br />
vista agronô-<br />
33 / 415
mico, as vantagens do corte-e-queima que eram óbvias no<br />
passado, quando se dispunha de vegetação abundante e<br />
baixa densidade demográfica, não são mais evidentes, e o<br />
sistema não pode mais nem alimentar as famílias, muito<br />
menos oferecer-lhes a dignidade que merecem. Por tudo<br />
isso, um dos maiores desafios daqueles que lidam com a<br />
pesquisa em agricultura no trópico úmido é o de oferecer<br />
alternativas tecnológicas que permitam o manejo sustentável<br />
do solo nas condições do trópico úmido. Isto significa<br />
estabelecer um conjunto de práticas que permitam o cultivo<br />
intensivo e constante da mesma área sem perda da fertitildade<br />
do solo e sem queda da produtividade das culturas.<br />
Como complicador adicional, deve ser ressaltado que o paradigma<br />
da agricultura extensiva e monocultural estabelecido<br />
e adotado nas regiões sul e sudeste do Brasil, baseado<br />
na saturação do solo com nutrientes derivados de adubos<br />
Sumário<br />
34 / 415<br />
Divulgação
solúveis, não é adequado para as condições ambientais do<br />
trópico úmido, além de não satisfazer as peculiaridades das<br />
comunidades da região composta, em sua grande maioria,<br />
de agricultores familiares.<br />
umA AltERNAtIvA pRopoStA pEloS<br />
pESquISAdoRES do mARANhão<br />
Por isso, levando em conta as condicionantes sociais e<br />
ambientais da região do trópico úmido, pesquisadores do<br />
Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da Universidade<br />
Estadual do Maranhão (MOURA et al 2010, AGUIAR<br />
et al 2010) conceberam e aprimoraram um agrossistema<br />
denominado de “plantio direto na palha de leguminosas em<br />
aleias”, que combina as vantagens do “plantio direto na palha”<br />
com os benefícios do “cultivo em aleias”.<br />
O “plantio direto na palha” consiste no plantio sem o preparo<br />
do solo com grade ou arado, logo após a colheita e, portanto,<br />
em cima da palha da cultura anterior. Este sistema<br />
se adapta às regiões com chuvas o ano todo e nas quais as<br />
culturas de inverno e de verão são semeadas em sucessão<br />
e quase sem nenhum intervalo entre a colheita de uma e a<br />
semeadura da outra. Este sistema oferece inúmeras vantagens<br />
porque: i) diminui o escorrimento da água na superfície<br />
do solo e melhora o controle da erosão; ii) protege o<br />
solo contra o aumento da temperatura e o mantém úmido<br />
por mais tempo; iii) aumenta a atividade dos organismos<br />
e a matéria orgânica do solo. Infelizmente no Maranhão a<br />
época de plantio das culturas de verão (dezembro/janeiro)<br />
é precedida de um período de seca intenso (agosto/novembro)<br />
que não possibilita a produção de palha de plantas<br />
anuais suficiente para a adoção desse sistema.<br />
Por sua vez, o “sistema de cultivo em aleias” foi criado<br />
para uso em encostas de morros e consiste em plantar as<br />
culturas entre fileiras de árvores (alas), que se destinam a<br />
seccionar o comprimento da rampa, diminuir o escorrimento<br />
superficial da água das chuvas e controlar a erosão do<br />
Sumário<br />
35 / 415
solo. Neste sistema os galhos e folhas das árvores podem<br />
ser utilizados para alimentação de animais, como fonte de<br />
energia, ou processamento do chá.<br />
O sistema de “plantio direto na palha de leguminosas em<br />
aleias” combina os dois sistemas porque, além do plantio<br />
direto, os ramos das árvores são cortados e aplicados entre<br />
as fileiras das culturas com as seguintes vantagens: i) produz<br />
palha rica em nutrientes no período seco, porque utiliza<br />
espécies de árvores adaptadas e preparadas para crescer<br />
neste período; ii) retorna para a superfície os nutrientes<br />
das camadas mais profundas do solo por onde crescem as<br />
raízes das árvores; iii) ajuda no controle do mato, porque<br />
os ramos e folhas aplicados ao solo sufocam as sementes<br />
das ervas, diminuindo sua germinação; iv) aumenta a fertilidade<br />
do solo, principalmente pela fixação e reciclagem<br />
de nitrogênio, garantindo a sustentabilidade dos sistemas<br />
agrícolas (Figura 2).<br />
O controle de ervas espontâneas, sem herbicida e sem<br />
Figura 2. Milho semeado em plantio direto na palha de leguminosas em aleias no município de Miranda<br />
do Norte<br />
Sumário<br />
36 / 415<br />
Divulgação
gradagem do solo, deve ser feito por supressão permanente,<br />
ocupando a área com leguminosas anuais, que devem<br />
ser semeadas entre o final e o início do período chuvoso<br />
junto à cultura de feijão caupi, ambas inoculadas com estirpes<br />
selecionadas na região do trópico úmido. Além disso,<br />
sem mudança de área e sem o uso do fogo, o plantio todo<br />
ano da mesma área contínua oportuniza um aumento exacerbado<br />
de algumas pragas, o que pode ser diminuído com<br />
a rotação de culturas e com o plantio de faixas alternadas<br />
de culturas de portes maiores, como a mandioca e o milho,<br />
entre aquelas de menor porte, como o arroz e a abóbora,<br />
que devem ser também alternadas ano a ano (Figura 3).<br />
Os baixos teores de Cálcio e Fósforo dos solos, aliados ao<br />
alto grau de exigências das leguminosas nestes nutrientes,<br />
exigem uma aplicação de calcário e fosfato inicial elevando<br />
seus níveis a um patamar adequado para que o sistema de<br />
aléias exerça seu potencial de reciclagem de nutrientes.<br />
Para a adoção desse sistema alternativo, os agricultures<br />
desta região precisam ter certeza do aumento da produtivi-<br />
Figura 3. Arroz, mandioca e milho cultivados em aleias de sombreiro (uma leguminosa arbórea)<br />
em faixas alternadas, no município de Miranda do Norte.<br />
Sumário<br />
37 / 415<br />
Divulgação
dade e da sustentabilidade de suas pequenas áreas designadas<br />
às culturas.<br />
RESultAdoS obtIdoS pEloS pESquISAdoRES<br />
quE AtEStAm A EFICIÊNCIA do SIStEmA<br />
A experiência proposta neste artigo já foi instalada com<br />
êxito em várias áreas de agricultores, depois de avaliada em<br />
área experimental, com recursos principalmente do CNPq,<br />
CNPq/MDA e FAPEMA. Nestes ensaios os pesquisadores da<br />
Agroecologia testaram várias leguminosas arbóreas, combinadas<br />
ou isoladas, que permitiram diferentes níveis de cobertura<br />
do solo e que produziram folhas e galhos de qualidades<br />
variadas, como se verifica na Tabela 1. Foi observada<br />
uma grande variação temporal dos dados de massa vegetal<br />
produzida pelas leguminosas, mostrando que o estabelecimento<br />
e sustentabilidade do sistema de plantio direto na<br />
palha de leguminosas em aleias podem ser primeiro afetados<br />
pela produtividade anual das leguminosas. As mais<br />
diferentes foram o ingá, que só se estabeleceu no terceiro<br />
ano, e o guandu, que teve seu pico de produtividade no segundo<br />
e não produziu nenhuma brotação já no quinto ano.<br />
Para efeito de cobertura de solo, o sombreiro foi a leguminosa<br />
de melhor desempenho tanto pela quantidade quanto<br />
pela durabilidade dos resíduos produzidos, seguida pelo<br />
ingá. No caso da leucena, embora a quantidade produzida<br />
possa ser considerada relevante, as condições de umidade<br />
e temperatura do experimento, associada à alta qualidade<br />
de seus resíduos, diminuem sensivelmente sua capacidade<br />
de proteção do solo.<br />
Para o balanço de nutrientes no sistema depois de cinco<br />
anos, deve ser ressaltada a significativa contribuição da<br />
leucena e do sombreiro para manutenção dos níveis de potássio,<br />
o que pode ser importante para implantação de sistemas<br />
orgânicos, nos quais a adição de adubos potássicos<br />
constitui um de seus principais problemas. As quantidades<br />
recicladas de cálcio e magnésio foram relevantes para<br />
Sumário<br />
38 / 415
manter em níveis razoáveis os teores destes elementos no<br />
sistema, o que tem grande importância para regiões em<br />
que são raras as fontes desses elementos. No caso do nitrogênio,<br />
observou-se grande variação entre os teores produzidos<br />
pelas leguminosas, o que abre espaço importante para<br />
estudos sobre o aumento do sincronismo entre a liberação<br />
e absorção de N, principalmente em sistemas com espécies<br />
como o sombreiro.<br />
Tabela 1. Produção de massa vegetal seca e nutrientes<br />
reciclados pelos ramos de quatro leguminosas arbóreas<br />
em aleias, em cinco anos de corte. Adaptado de<br />
Leite et al., (2008)<br />
Ano de corte 1996 1997 1998 1999 2001 Total<br />
Tratamentos Matéria seca em Mg ha -1<br />
Guandu (Cajanus. Cajan) 0,97 a 8,50 a 3,55b 2,43c 0,00d 15.45<br />
Ingá (Ingá edulis) 0,00b 0,88c 3,21b 3,27c 4,95c 12.31<br />
Leucena (Leucaena leucochephala) 0,04b 3,50b 6,39a 8,21b 6,61b 28.75<br />
Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 0,22b 6,98 a 7,64a 12,40a 10,82ª 38.06<br />
Nutrientes (kg ha -1 )<br />
N P K Ca Mg<br />
Guandu (Cajanus. Cajan) 408,7 22,1 283,6 76,5 33,7<br />
Ingá (Ingá edulis) 1261,9 68,1 688,6 161,8 131,1<br />
Leucena (Leucaena leucochephala) 1189,8 68,1 934,7 248,9 119,5<br />
Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 385,9 21,3 119,8 185,5 38,9<br />
Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa ao nível de 5% pelo teste deTukey.<br />
Para um melhor aproveitamento do extenso período chuvoso<br />
que a região apresenta, os pesquisadores recomendam<br />
o cultivo de uma segunda safra de final das chuvas.<br />
Sumário<br />
39 / 415
Junto da cultura de segunda safra, deve ser semeada uma<br />
leguminosa de ciclo anual, para ocupar a área no final do<br />
período chuvoso, diminuir a incidência de ervas espontâneas<br />
e produzir resíduos de alta qualidade para compensar<br />
a baixa qualidade das folhas da leguminosa arbórea utilizada<br />
para cobertura do solo. Com este objetivo foram testadas<br />
várias espécies de leguminosas anuais, para plantio<br />
junto à cultura de safrinha, quanto à capacidade de aporte<br />
e reciclagem de nutrientes e supressão de ervas daninhas.<br />
Entre as espécies testadas, o feijão de porco se destacou,<br />
sobretudo por sua maior resistência à seca. Esta característica<br />
lhe permitiu maior produção de matéria seca com a<br />
consequente maior reciclagem de nutrientes (Figura 4).<br />
Figura 4. Capacidade potencial de aporte ou ciclagem<br />
de N, P, K, Ca e Mg da parte aérea de leguminosas<br />
cultivadas em um sistema de aleias com sombreiro,<br />
Miranda do Norte - MA, 2003. Adaptado de Araújo<br />
et al., (2007)<br />
A mesma característica deu ao feijão de porco maior capacidade<br />
de supressão de ervas daninhas no final do perí-<br />
Sumário<br />
40 / 415
odo chuvoso, o que pode ser crítico nos sistemas de plantio<br />
direto sem preparo do solo (Tabela 2). Neste sistema, deve<br />
ser evitada, ao máximo, a produção de sementes das ervas<br />
espontâneas, sob pena de se ter que utilizar o controle químico<br />
das ervas no início do período chuvoso.<br />
Tabela 2. Média e desvio padrão da densidade, número<br />
de espécies, índice de diversidade e biomassa das<br />
ervas espontâneas em um agrossistema com várias leguminosas<br />
anuais. Adaptado de Araújo et al., (2007)<br />
Tratamento Densidade Nº de espécies Diversidade Biomassa<br />
Plantas m-2 espécies m-2 (Índice de<br />
Shannon-<br />
-Wiener)<br />
g m-2 Mucura 59,0 (±12,2) 5,2 (±1,1) 1,0 (±0,2) 377,9 (±93,8)<br />
Guandu 51,8 (±11,3) 5,2 (±1,7) 0,9 (±0,4) 392,9 (±58,4)<br />
Feijão-de-porco 44,8 (±6,1) 3,8 (±0,8) 0,8 (±0,2) 158,6 (±49,8)<br />
Calopogônio 53,4 (±9,5) 6,4 (±1,6) 1,0 (±0,2) 414,6 (±24,4)<br />
Controle 73,8 (±16,5) 6,4 (±1,1) 1,0 (±0,2) 428,4 (±122)<br />
Para efeito de avaliação do sistema, tem sido enfatizado<br />
o plantio e acompanhamento da cultura do milho, utilizada<br />
como indicadora da qualidade do solo, inclusive com a<br />
concordância dos agricultores que entendem que “se uma<br />
terra dá milho então se pode plantar qualquer “ligume””.<br />
Os resultados alcançados até agora mostram que o sistema<br />
tornou-se produtivo mesmo para cultura mais exigente<br />
em solo de muito baixa fertilidade natural. Como se<br />
observa, na Figura 5, a aplicação combinada dos galhos de<br />
leguminosas ao solo propiciou produção crescente ano a<br />
ano para todos os tratamentos com leguminosas. Alguns<br />
tratamentos, como a combinação leucena + sombreiro,<br />
produziu o dobro de grãos do que não recebeu os ramos de<br />
leguminosas.<br />
Sumário<br />
41 / 415
Figura 5 – Produção de grãos de milho de um sistema<br />
em aleias com quatro espécies de leguminosas combinadas<br />
(L leucena, G guandu, A acácia S sombreiro e<br />
Test testemunha), Aguiar et al., (2010).<br />
Peso de grãos (Mg ha -1 )<br />
4,0<br />
3,5<br />
3,0<br />
2,5<br />
2,0<br />
1,5<br />
1,0<br />
0,5<br />
0,0<br />
b<br />
b<br />
a<br />
a<br />
c<br />
c<br />
a<br />
a<br />
b b b<br />
c<br />
b<br />
S + G L + G A + G S + L L + A Test<br />
Estas diferenças confirmam o caráter sustentável do sistema<br />
de plantio direto na palha de leguminosas arbóreas,<br />
o que o torna adequado para o manejo dos solos de baixa<br />
fertilidade natural da região, podendo, portanto, ser recomendado<br />
aos agricultores para substituição do modelo tradicional<br />
de corte e queima que não assegura sustentabilidade<br />
nem econômica nem ambiental.<br />
REComENdAçõES E CoNSIdERAçõES FINAIS<br />
Além disso, várias outras condições devem ser cumpridas<br />
a fim de não frustrar as expectativas dos agricultores. A<br />
primeira é que este sistema só deve ser recomendado para<br />
regiões onde a estação das chuvas não é interrompida por<br />
veranicos, como acontece em muitas regiões tropicais, porque,<br />
neste caso, as leguminosas arbustivas e as culturas<br />
de rendimento competiriam por água. A segunda condição<br />
é que os efeitos, tanto do corte das leguminosas quanto da<br />
correção do solo, só vão ocorrer a partir do segundo ano em<br />
Sumário<br />
c<br />
b<br />
Tratamentos<br />
a<br />
a<br />
c<br />
b<br />
a<br />
2003<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
42 / 415
diante, o que significa que o sistema só irá atingir a maturidade<br />
completa no terceiro ano de plantio. Além disso, deve<br />
ser enfatizado que é necessário que o conteúdo de cálcio<br />
e fósforo no solo esteja em um nível satisfatório, para que<br />
as leguminosas alcancem seu potencial de reciclagem de<br />
nutrientes, especialmente do nitrogênio. Para o futuro, a<br />
recomendação do uso massivo deste sistema aqui descrito<br />
deve levar em conta que a substituição de um modelo de<br />
agricultura simples, como o do corte-e-queima, por outro<br />
mais complexo, como o plantio direto na palha de leguminosas<br />
em aleias, não poderá ser realizado com êxito sem o<br />
apoio eficiente do poder público aos agricultores familiares.<br />
Este apoio deve incluir o aumento da disponibilidade de<br />
vetores tecnológicos básicos, como corretivos, fertilizantes<br />
fosfatados para construção da aptidão das terras, que no<br />
trópico úmido são quase sempre de baixa fertilidade natural.<br />
Além disso, deve também ser facilitada a aquisição de<br />
pequenos equipamentos, principalmente de plantio e colheita,<br />
que diminuam a penosidade e aumente a produtividade<br />
do trabalho. Deve ser ressaltado ainda que tudo isso<br />
deve ser conduzido ao lado de um programa de assistência<br />
técnica que seja competente, comprometido e dedicado ao<br />
desenvolvimento dos territórios e das comunidades rurais.<br />
REFERÊNCIAS<br />
AGUIAR, A. C. F., BICUDO, S. J., COSTA SOBRINHO, J.<br />
R. S., MARTINS, A. L. S., COELHO, K. P., MOURA, E. G.<br />
(2010): Nutrient recycling and physical indicators of an alley<br />
cropping system in a sandy loam soil in the Pre-Amazon<br />
region of Brazil. Nutr. Cycl. Agroecosyst. 86, 189-198.<br />
ARAÚJO, J. C.; MOURA, E. G.; AGUIAR, A. C. F.; MEN-<br />
DONÇA, V. C. M. (2007) Supressão de plantas daninhas<br />
por leguminosas anuais em sistema agroecológico na Pré-<br />
-Amazônia. Planta Daninha, v.25, n.2, p.267-275.<br />
MOURA, E. G., MOURA, N. G., MARQUES, E. S., PINHEI-<br />
RO, K. M., COSTA SOBRINHO, J. R. S., AGUIAR, A. C. F.<br />
Sumário<br />
43 / 415
(2009): Evaluating chemical and physical quality indicators<br />
for a structurally fragile tropical soil. Soil Use Manag.<br />
25, 368–375.<br />
LEITE, A. A. L.; FERRAZ JÚNIOR, A. S. L.; MOURA, E. G.;<br />
AGUIAR, A. C. F. (2008). Comportamento de dois genótipos<br />
de milho cultivados em sistemas de aleias preestabelecidos<br />
com diferentes leguminosas arbóreas. Bragantia 67, 875-<br />
882.<br />
MOURA, E. G., ARAUJO J. R. G., MONROE, P. H. M., NAS-<br />
CIMENTO, I. O., AGUIAR, A. C. F. (2010). Patents on Periphery<br />
of the Amazon Rainforest. Recent Patents on Food,<br />
Nutrition & Agriculture 1:142-148.<br />
PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano 2000. Disponível<br />
em: www.pnud.org.br. Acesso em: 27 dez 2010.<br />
Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />
Doutora em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de<br />
Mesquita Filho e Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Emanoel Gomes de Moura<br />
Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista<br />
Júlio de Mesquita Filho e Professor da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Mariana da Silva Corrêa<br />
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Natália de Jesus F. Costa<br />
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Sumário<br />
44 / 415
A eNeRgIA MAReMOTRIZ NO<br />
<strong>MARANHÃO</strong>: uMA ANálISe CRíTICA<br />
Luiz A. Ribeiro<br />
Márcio Vaz dos Santos<br />
Osvaldo R. Saavedra<br />
Pedro Bezerra Neto<br />
Os grandes desafios associados ao setor energético<br />
mundial, tais como a crescente demanda<br />
de energia e limitações relacionadas<br />
ao uso de recursos fósseis, têm proporcio nado um<br />
aumento significativo no desenvolvimento e utilização<br />
de fontes renováveis de energia (Bezerra, Saavedra,<br />
Camelo e Ribeiro, 2010). Especificamente no<br />
contexto da energia eletromaremotriz, o uso de pequenos<br />
aproveitamentos pode ser uma alternativa<br />
bastante atrativa. Como exemplo, dezenas de pequenas<br />
usinas encontram-se em operação na China,<br />
a maior delas com uma potência instalada de<br />
304kW (Charlier, 2009).<br />
O surgimento de novas tecnologias para a exploração<br />
de baixas quedas tem contribuído para tornar<br />
comercialmente viável esse tipo de exploração. Atualmente,<br />
ocusto da energia produzida em uma usina<br />
eletromaremotriz de pequeno porte se equipara,<br />
por exemplo, ao de geração em uma pequena central<br />
hidrelétrica (PCH).<br />
De acordo com estudos preliminares encomendados<br />
pela ELETROBRÁS na década de 80 (Sondotécnica,<br />
1981), o Brasil apresenta um potencial eletromaremotriz<br />
bastante significativo, principalmente<br />
na costa do Maranhão, Pará e Amapá. Esse potencial<br />
energético é da ordem de 72TWh, o equivalente a<br />
45 / 415
16,8% do consumo nacional do Brasil em 2008, de acordo<br />
com dados do Balanço Energético Nacional (EPE, 2009).<br />
Apenas na baía de Turiaçu, no Maranhão, a potência extraível<br />
é da ordem de 3.402 MW (Sondotécnica, 1981),<br />
ou seja, aproximadamente 40% da potência instalada<br />
da UHE de Tucuruí. Entretanto, apesar desse enorme<br />
potencial energético, a exploração de toda essa energia<br />
enfrenta, na conjuntura atual, obstáculos ambientais,<br />
logísticos e econômicos sérios. Este trabalho trata do levantamento<br />
de potencial maremotriz da baia de Turiaçu,<br />
no Maranhão, e discute a viabilidade tanto técnica, econômica,<br />
como ambiental da sua exploração.<br />
Fig. 1 - Turiaçu em vermelho. Maranhão em marrom claro.<br />
(Fonte: Wikipédia).<br />
Sumário<br />
turiaçu e o litoral<br />
maranhense<br />
Na Fig. 1 ilustra-se a<br />
posição geográfica de Turiaçu,<br />
a 195 km da capital<br />
São Luís, na região da<br />
Amazônia Legal. Esse município<br />
tem aproximadamente<br />
32.491 habitantes<br />
e está dentro da Área de<br />
Proteção Ambiental (APA)<br />
das Reentrâncias Maranhenses,<br />
criada em junho<br />
de 1991, que abrange todo<br />
o litoral ocidental do estado,<br />
desde a Baía de São<br />
Marcos até o rio Gurupi.<br />
Esta área possui reentrâncias<br />
e muitos estuários cobertos<br />
de manguezais que<br />
são importantes berçários<br />
para milhares de espécies<br />
de peixes, crustáceos, mo-<br />
46 / 415
luscos e pássaros. O clima é chuvoso de dezembro a agosto.<br />
Sua precipitação média anual é de 2.000mm (Oliveira,<br />
Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos,<br />
2009). As principais atividades econômicas são a pesca,<br />
a agricultura de subsistência, a caça e o garimpo. Os<br />
manguezais são explorados também com a retirada de<br />
madeira para construção de casas, barcos e produção de<br />
carvão. Há potencial para atividades turísticas, embora<br />
existam muitas áreas inacessíveis.<br />
Na Fig. 2 mostra-se a região portuária do estuário de<br />
Turiaçu durante uma baixa-mar. Pela ponta superior da<br />
proa do barco, nivelada com a altura do cais acostável,<br />
tem-se uma percepção visual da altura da maré.<br />
Fig. 2 - Região portuária do estuário de Turiaçu durante a baixa-mar. (Fonte: NEA).<br />
Sumário<br />
47 / 415<br />
Divulgação
litoral ocidental maranhense<br />
Na Fig. 3 tem-se uma visão panorâmica do litoral maranhense,<br />
destacando-se no círculo a baía de Turiaçu.<br />
Fig. 3 - Localização da área em estudo na zona costeira maranhense. Fonte: (NEA).<br />
A Fig. 4 é a mesma 3 incluindo-se as curvas de níveis<br />
máximos de alturas de marés para o litoral maranhense.<br />
Nota-se que na baía de Turiaçu a preamar alcança uma<br />
altura máxima de 7m.<br />
Fig. 4 Altura maxima de mare para o litoral maranhense. Fonte (NEA)<br />
Sumário<br />
48 / 415
Fig. 5 - Litoral ocidental maranhense com mangue. Fonte: (NEA).<br />
Fig. 6 - Litoral maranhense sem mangue. Fonte: (NEA).<br />
Sumário<br />
Na Fig. 5 apresenta-se<br />
a região de<br />
manguezal do litoral<br />
ocidental maranhense,<br />
com uma<br />
área de mais de<br />
3.000km² de extensão.<br />
Essa região<br />
corresponde a 60%<br />
da área de manguezais<br />
de todo o Estado<br />
(Oliveira, Leite<br />
Neto, Costa Júnior,<br />
Camelo, Saavedra,<br />
Santos, 2009).<br />
A Fig 6 é uma<br />
representação de<br />
como seria o litoral<br />
maranhense sem<br />
mangue. Nesta figura<br />
simula-se o<br />
mangue como sendoágua.Comparando-se<br />
as figuras 5 e<br />
6, pode-se concluir<br />
que represamentos<br />
interpretando áreas<br />
de manguezal<br />
como se fossem sólidas<br />
e apropriadas<br />
para esse tipo de<br />
construção demandam<br />
barragens de<br />
dimensões consideravelmente<br />
maiores<br />
do que poderia parecer<br />
em uma avaliação<br />
preliminar.<br />
49 / 415
Fig. 7 - Detalhe da área de estudo da baía de Turiaçu com mangue<br />
e terra firme. Fonte: (NEA).<br />
Tab. 1 - Volumes de renovação de maré para baía de Turiaçu<br />
(área de estudo mostrada na Fig. 7)<br />
Aréa inundável<br />
(km²)<br />
Volume (m³) na altura<br />
média de 4,7 m<br />
Sumário<br />
A Fig. 7 simula uma<br />
barragem hipotética represando<br />
toda a baía de<br />
Turiaçu. Os volumes de<br />
renovação de maré para<br />
essa represa são apresentados<br />
na Tab. 1. Nesta<br />
tabela pode-se apreciar<br />
os volumes de renovação<br />
de maré tanto na área de<br />
mangue quanto no curso<br />
d´água do canal, para<br />
uma altura média de 4,7<br />
e 7m, respectivamente.<br />
Considerando as marés<br />
de sizígia, o volume de<br />
água que tem de ser renovada<br />
é da ordem de 5,8<br />
bilhões de m³. O potencial<br />
energético associado<br />
a esse volume é de grandes<br />
proporções, entretanto<br />
não-acessível como<br />
discorrido mais adiante<br />
neste documento.<br />
Volume (m³) na altura<br />
máxima de 7 m<br />
MANGUE 548,09 602.899,000 1.096.180,000<br />
CURSO D’ ÁGUA 685,03 3.219.641,000 4.795.210.000<br />
TOTAL 1.233,12 3.822.540,000 5.891.390,000<br />
50 / 415
A Fig. 8 representa o curso d’água de um canal genérico<br />
em área de mangue ilustrando várias camadas em função<br />
da altura da maré. Essas camadas são parte da dinâmica do<br />
ecossistema dos mangues e influenciam diretamente na discussão<br />
sobre a possibilidade de aproveitamento do potencial<br />
maremotriz. As águas do canal são divididas em volume residente,<br />
da cota 0 a -20m, e de renovação, da cota -2,0 a 4,0m.<br />
O volume residente do canal, região em azul, comporta a água<br />
que não está sujeita a renovação.<br />
Deve-se observar que o mangue já começa dentro do canal<br />
e se localiza a partir da cota 0m (referência Datum Imbituba,<br />
SC) até 4m. As cotas de -0,8 a 2,2m inundam diariamente,<br />
renovando seu volume de água. Da cota 2,2 a 4,0m a inundação<br />
é quinzenal. Também ficam em exposição (sem inundação)<br />
quinzenalmente as cotas de -0,8 a -2,0m. O lavado corresponde<br />
às cotas de 0 a -2,0m. Uma parte do lavado, de 0 a<br />
-0,8m, inunda diariamente; a outra, de -0,8 a -2,0m, somente<br />
se expõe quinzenalmente. Define-se a altura média de maré,<br />
h, como a média entre as preamares de sizígia e quadratura,<br />
menos a média entre baixa-mares também de quadratura e<br />
sizígia, donde, conforme a Fig.8, h = (3,1m) - (-1,4m) = 4,4m.<br />
Para se fazer a seleção, avaliação e estimativa do potencial<br />
maremotriz de qualquer localidade – e possivelmente decidir<br />
Fig. 8 - Perfil típico da área de manguezal. Fonte: (NEA).<br />
Sumário<br />
51 / 415
pelo seu aproveitamento –, segue-se uma estratégia norteadora<br />
de critérios e procedimentos gerais.<br />
Resumo do inventário feito na baía de turiaçu<br />
A baía de Turiaçu apresenta a maior área inundada por maré<br />
no Maranhão – 616 km2 – e a maior quantidade de energia<br />
estimada extraível – 9.114GWh; com maré de 4,7m de altura<br />
média, atingindo até 7m de pico (Sondotecnica, 1981). Na Fig.<br />
1 mostram-se as áreas avaliadas preliminarmente (Oliveira,<br />
Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009),<br />
onde se aponta com a seta vermelha três propostas de barragens<br />
nas linhas 29, 29A e 29B, respectivamente, ficando a<br />
jusante abaixo de cada linha. Na Tab. 1 mostram-se dados de<br />
maré relativos a essas três barragens.<br />
Localização Geográfica<br />
Conforme a Fig. 9, são propostas três alternativas de<br />
barragens, identificadas pelos números 29, 29A e 29B. Cada<br />
uma com comprimentos aproximados de 21,5km, 17km e<br />
10,5km, respectivamente (ver Tab. 2). Na mesma Figura, nota-se<br />
que as cabeceiras destas barragens teriam suas bases<br />
em áreas de manguezal, isto é, áreas inundadas diariamente<br />
e sem estrutura geológica adequada para dar suporte a estas<br />
barragens. Além do mais, para as três alternativas observa-se<br />
a inviabilidade de alcançar aqueles lugares por outra via que<br />
não seja marítima. A construção de estradas envolveria atravessar<br />
pelo menos 20km de mangue e reentrâncias a partir<br />
da sede de Turiaçu, com inúmeras pontes e aterros de custos<br />
extremos, tanto financeiros quanto ambientais.<br />
Deve-se também considerar que no período de preamar todos<br />
esses manguezais ficam submersos, limitando a capacidade<br />
de represamento das hipotéticas barragens. Além disso,<br />
há grande perda de volume represado nos próprios manguezais.<br />
As áreas envolvidas na avaliação da Sondotécnica são<br />
Sumário<br />
52 / 415
grandes e compreendem volumes da ordem de milhões de m³ de<br />
água. A construção de barramentos para os aproveitamentos<br />
são inviáveis do ponto de vista de escoamento dos volumes de<br />
água, uma vez que, para acontecer os volumes de renovação<br />
envolvidos em cada ciclo de maré, seria necessária a adoção<br />
de ‘centenas’ de unidades de turbinas ou a construção de vertedouros,<br />
os quais corresponderiam à maior parte do barramento.<br />
Fig. 9 - Baía de Turiaçu. Fonte: (Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).<br />
Tab. 2 - Dados da baía de Turiaçu relativos às três propostas de barragens indicadas na<br />
Fig. 9 (Fonte: Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).<br />
Altura média<br />
da maré (m)<br />
Comprimento<br />
aproximado d barragem (km)<br />
Sumário<br />
Área da baía<br />
(km²)<br />
Potência<br />
extraível<br />
(MW)<br />
Distância da<br />
Cidade de Turiaçu<br />
Energia<br />
anual (10³)<br />
Turiaçu 29 4,7 21,5 616 3.402 37,5 km 9.114<br />
Turiaçu 29 A 4,7 17 494 2.728 29,5 Km 7.309<br />
Turiaçu 29 B 4,7 10,5 290 1.602 20,5 Km 4.209<br />
53 / 415
Impacto Ambiental<br />
O ecossistema dos manguezais tem sua existência intimamente<br />
ligada ao regime de alternância de marés; isto é, períodos<br />
de submersão e períodos de exposição. O represamento<br />
d’água através de barragens compromete essa alternância<br />
com resultados nefastos para a flora e fauna de mangues.<br />
Esse aspecto é extremamente crítico e deve ser avaliado na sua<br />
adequada dimensão para cada alternativa de aproveitamento.<br />
Nos três aproveitamentos em análise, a questão ambiental<br />
é dominante, porque implica também em extensos aterros de<br />
manguezais para alcançar as cabeceiras das barragens sugeridas.<br />
A construção de barramentos nos locais sugeridos, além do<br />
impacto já anunciado no parágrafo anterior, causa mudanças<br />
nos regimes de correntes marítimas que adentram os canais.<br />
As consequências dessas mudanças afetam o volume<br />
de renovação das águas do mangue, com implicações para a<br />
sobrevivência do manguezal.<br />
viabilidade técnica Econômica<br />
As potências extraíveis, na ordem de 3,402 GW, corresponde<br />
a uma potência instalada extremamente elevada para a<br />
demanda da região. Isso leva à necessidade de escoar esta<br />
potência para grandes centros de consumo, demandando a<br />
instalação de linhas de transmissão em alta tensão, que deverão<br />
atravessar a mesma área de manguezal já referida, além<br />
da distância a percorrer a partir da sede de Turiaçu até à subestação<br />
concessionária de alta tensão mais próxima.<br />
Para aproveitamento total do potencial extraível, a represa<br />
deveria ser esvaziada a cada seis horas, o que implicaria geração<br />
intermitente, ficando a linha de transmissão inoperante<br />
durante algum período, que varia de acordo com o modo de<br />
operação (efeito simples ou duplo, por exemplo).<br />
Por outro lado, as dimensões das barragens sugeridas a<br />
serem construídas em área de manguezal implicam em um<br />
Sumário<br />
54 / 415
movimento de material extremamente alto e não disponível,<br />
nesse nível de escala, na região.<br />
Logo, conclui-se que os potenciais energéticos, apesar de<br />
serem significativos, têm sua exploração fortemente comprometida<br />
por questões de viabilidade econômica, geográfica e<br />
ambiental.<br />
Os fatores críticos que comprometem esses empreendimentos<br />
são:<br />
• Tamanho do empreendimento e distância;<br />
• Dificuldade de acesso; e<br />
• Localização em áreas de manguezais.<br />
Da análise realizada nesta seção, à luz de critérios atuais<br />
de viabilidade, envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico-financeiro,<br />
acessibilidade, etc., os aproveitamentos<br />
discutidos se tornam inviáveis. Poder-se-ia concluir que a exploração<br />
maremotriz nessa região é inviável? Não a priori. A<br />
resposta depende, para cada caso, da intensidade de cada fator<br />
analisado. Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos<br />
maremotrizes devem localizar-se mais próximos de<br />
terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem<br />
positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar<br />
a geração da demanda, melhorando significativamente<br />
as chances de viabilidade.<br />
pequenos aproveitamentos para exploração maremotriz<br />
na baía de turiaçu<br />
Na Fig. 10 vê-se uma fotografia aérea do município de<br />
Turiaçu registrada em maio de 2009. A baía é realçada em<br />
azul e a seta aponta para a localização da cidade. Dentro da<br />
elipse mostram-se os dois canais e reentrâncias que ficam bem<br />
próximos da cidade os quais são o objeto da atual proposta<br />
para estudos exploratórios.<br />
Os fatores que contribuem para um aproveitamento energético<br />
maremotriz de pequena escala se tornar viável são:<br />
a) Distância do mercado – facilidade de acesso (redução de<br />
custo de construção);<br />
Sumário<br />
55 / 415
) Geração compatível com a demanda;<br />
c) Possibilidade de aproveitamento parcial do potencial da<br />
represa;<br />
d) Impacto ambiental relativamente reduzido; e<br />
e) Possibilidade de exploração apenas hidrocinética (sem<br />
barragem).<br />
A avaliação, bem como o peso de cada um destes fatores no<br />
empreendimento, depende de cada caso, exigindo necessariamente<br />
a realização de um estudo específico. De fato, não há<br />
garantia de que todos os pequenos empreendimentos sejam<br />
viáveis. Mas, a possibilidade de se tornarem viáveis é muito<br />
maior do que para grandes projetos, como os casos analisados<br />
nas seções anteriores.<br />
Fig. 10 - Município apontado pela seta e Estuário de Turiaçu destacado em azul. Fonte Google<br />
Sumário<br />
56 / 415
acias Escolhidas<br />
Na Fig.11 mostram-se os pequenos canais e reentrâncias,<br />
em tom cinza, e o manguezal adjacente que ficam<br />
no entorno da cidade. Note-se, também, sobretudo,<br />
as pequenas porções de terra firme que podem servir<br />
de base para as cabeceiras das barragens correspondentes<br />
às sub-bacias de 1 a 4 – estas representadas na Fig. 12 e descritas<br />
nas seções seguintes.<br />
Fig. 11- Destaque para canais, reentrâncias e manguezal. Fonte: (NEA).<br />
Na Fig. 12 são destacadas as quatro bacias escolhidas para<br />
análise especifica de potencial maremotriz, levando em conta<br />
o critério de proximidade de mercado, facilidade de acesso,<br />
etc. Em sua legenda descrevem-se suas principais características.<br />
Sumário<br />
57 / 415
Fig. 12 - Bacias escolhidas para estudo. Fonte: (NEA).<br />
Na Tabela 3 identificam-se as quatro bacias – 1, 2, 3 e 4<br />
– em análise, com a relação de áreas inundáveis por maré e<br />
volumes de renovação hídrica. A partir desses dados pode ser<br />
deduzido o volume residente. Os volumes de renovação referidos<br />
nesta tabela são por maré. Deve-se observar que as marés<br />
maranhenses são do tipo semidiurno – duas preamares e<br />
duas baixa-mares diárias.<br />
Tab. 3 - Relação das áreas inundáveis por maré e volumes de<br />
renovação hídrica para as sub-bacias (1, 2, 3 e 4) em estudo.<br />
Bacia Descrição Área inundável<br />
total (km 2 )<br />
1<br />
Sumário<br />
Volume de renovação<br />
médio (milhões m³)<br />
Volume de renovação<br />
máxima (milhões m³)<br />
Mediana a sudoeste de Turiaçu 39,6 10,6 32,9<br />
2 Mediana a sudeste de Turiaçu 10,6 8 23,1<br />
3 De pequeno porte adjacente à sede municipal 3.822.540,000 5.891.390,000 2,2<br />
4<br />
De pequeno porte adjacente à sede municipal<br />
( integrante da sub-bacia mediana a sudoeste<br />
3,5 1,8 5,4<br />
58 / 415
A seguir são apresentados resultados de estudos específicos<br />
realizados para cada uma das sub-bacias referidas que,<br />
por simplificação, passarão a ser denominadas apenas de bacias.<br />
bacia 1<br />
A bacia 1 – mediana localizada a sudoeste da cidade de Turiaçu<br />
– é identificada por linha tracejada em branco na Fig.<br />
12, abrangendo o braço esquerdo do canal bifurcado. Das<br />
quatro bacias, esta tem a maior área inundável, abrangendo<br />
uma grande extensão de manguezal. Na Fig. 13 mostra-se o<br />
volume em função da cota do reservatório.<br />
A barragem necessária para fechamento do canal é relativamente<br />
pequena, com um comprimento aproximado de 240m,<br />
com encosta das cabeceiras em terra firme, porém passando<br />
por um trecho de manguezal. Além deste fator, esse aproveitamento<br />
pode ser comprometido em termos de viabilidade<br />
pelo fato de que uma extensa área de manguezal pode vir a<br />
ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento<br />
do reservatório), causando o afogamento da flora local.<br />
Fig. 13 - Volume em função da cota de maré na Bacia 1. Fonte: (NEA).<br />
Sumário<br />
59 / 415
acia 2<br />
A Bacia 2 está localizada a sudeste de Turiaçu envolvendo<br />
o braço direito do canal bifurcado adjacente ao porto, envolta<br />
pelo tracejado marrom na Fig.12.<br />
Na Fig. 14 mostra-se o volume em função de cada cota do<br />
reservatório.<br />
Analogamente ao caso anterior, a barragem necessária para<br />
fechamento desse canal é pequena, com um comprimento<br />
aproximado de 190m, com uma cabeceira em terra firme e<br />
a outra em área de manguezal. Igual ao caso anterior, esse<br />
aspecto, somado ao fato que uma extensa área de manguezal<br />
pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de<br />
esvaziamento do reservatório), também pode inviabilizar esse<br />
aproveitamento em termos de impacto ambiental.<br />
Fig. 14 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 2. Fonte: (NEA).<br />
bacia 3<br />
A Bacia 3 corresponde a uma microbacia adjacente à cidade<br />
de Turiaçu, envolvendo uma pequena reentrância próxima<br />
da cidade. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota<br />
do reservatório.<br />
Sumário<br />
60 / 415
A barragem necessária para fechamento dessa reentrância<br />
tem um comprimento aproximado de 800m (da ordem da<br />
barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em terra<br />
firme, porém passando por área de manguezais. Igual aos casos<br />
anteriores, esse aspecto, somado ao fato que uma área de<br />
manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica<br />
de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão<br />
da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento<br />
em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.<br />
bacia 4<br />
Essa última microbacia é próxima à cidade de Turiaçu,<br />
envolvendo outra pequena reentrância, como indicado na<br />
Fig. 12. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota do<br />
reservatório.<br />
A barragem necessária para fechamento dessa reentrância<br />
tem um comprimento aproximado de 700m (também da ordem<br />
da barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em<br />
terra firme, porém passando por área de manguezais. Igual<br />
aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que área<br />
Fig. 15 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 4. Fonte: (NEA).<br />
Sumário<br />
61 / 415
de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica<br />
de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão<br />
da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento<br />
em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.<br />
discussão<br />
Com relação às bacias estudadas deve-se aplicar a sequência<br />
geral de procedimentos, descrita no Capítulo 3, para escolher<br />
e avaliar sítios candidatos para aproveitamento de energia<br />
maremotriz, com especial atenção no que diz respeito à<br />
preservação da flora e fauna, bem como com relação à construção<br />
de barragem.<br />
Estudos complementares também devem ser feitos para<br />
avaliação dos impactos ambientais positivos e negativos decorrentes<br />
da construção de uma barragem. A escolha de um<br />
local para implantação de uma usina eletromaremotriz depende<br />
do mínimo de impacto ambiental negativo, menor risco de<br />
construção, da viabilidade econômica e da justificativa social.<br />
A escolha acaba condicionada à metodologia de aquisição e<br />
do processamento de dados, bem como à meticulosidade da<br />
pesquisa e da disponibilidade de fontes confiáveis.<br />
No que se refere à preservação do manguezal represado<br />
pela barragem, uma adequada operação do reservatório, que<br />
permita reproduzir o ciclo normal de maré para o mangue,<br />
isto é, que o volume a ser turbinado por ciclo garanta que no<br />
final deste o mangue fique exposto, possibilita que o aproveitamento<br />
atenda adequadamente a critérios ambientais. Essa<br />
estratégia pode tornar viáveis grande quantidade de canais e<br />
reentrâncias plausíveis de exploração em pequena escala.<br />
Comentários Finais e Conclusões<br />
O relatório da Sondotécnica/Eletrobrás fornece um panorama<br />
otimista do potencial energético, sem considerar a acessibilidade<br />
dessa energia do ponto de vista econômico, logístico<br />
e de impactos ambientais. A riqueza desse relatório, além de<br />
Sumário<br />
62 / 415
ser o marco zero nos estudos maremotrizes no Brasil, está no<br />
fato de prover o mapa de potencialidades das marés no litoral<br />
brasileiro.<br />
Entretanto, no contexto atual, devem ser considerados vários<br />
aspectos altamente críticos que definirão se os potenciais<br />
identificados são realmente extraíveis. No presente relatório,<br />
esses aspectos críticos foram conjugados com o estuário piloto<br />
de Turiaçu, sem perda de generalidade, de forma a constituir<br />
um documento técnico que dê suporte a decisões futuras<br />
no que tange a exploração de maremotriz para geração de<br />
energia elétrica.<br />
Da análise realizada à luz de critérios atuais de viabilidade,<br />
envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico financeiro,<br />
acessibilidade, etc., os aproveitamentos objeto de discussão<br />
se tornam inviáveis. A questão que surge é: ao apresentar<br />
cenários semelhantes, todos os demais locais são inviáveis?<br />
A resposta é necessariamente não, dependendo, para cada<br />
caso, da intensidade de cada fator crítico.<br />
Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos<br />
maremotrizes devem localizar-se mais próximos de terra firme<br />
e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem positivamente<br />
para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração<br />
da demanda. Essa tendência vem acompanhada com<br />
a redução da ordem dos aproveitamentos, os quais basicamente<br />
envolvem canais com volume de água a ser represado<br />
eventualmente bastante menor do que os discutidos neste<br />
documento e com dimensões de barragens bem realistas – da<br />
ordem da construída no Rio Bacanga.<br />
Em outras palavras, aproveitamentos maremotrizes se tornam<br />
mais viáveis e possíveis de implementar quando são<br />
de pequena escala. Essa constatação está sintonizada com<br />
uma realidade da região norte-nordeste, onde há um número<br />
grande de pequenas comunidades isoladas, sem energia,<br />
atendidas parcialmente, ou com serviço de baixa qualidade.<br />
Pode-se concluir que a energia maremotriz em pequena escala<br />
torna-se uma alternativa para mitigar os níveis de exclusão<br />
Sumário<br />
63 / 415
elétrica, propiciando estímulos à melhoria dos cenários sócio-<br />
-econômicos dessas comunidades. Isso pode se traduzir também<br />
como empreendimento com ênfase em retorno social.<br />
Portanto, a viabilidade econômica e ambiental, assim como a<br />
melhor forma de implantar o aproveitamento, deve ser objeto<br />
de estudo individualizado.<br />
É opinião dos autores que esforços devem ser realizados no<br />
sentido de aprofundar estudos objetivando pequenos aproveitamentos<br />
maremotrizes, de forma a se ter um panorama<br />
em detalhe dos micro-estuários atualmente com viabilidade<br />
técnico-econômica, assim como daqueles que no futuro próximo<br />
podem vir a se tornar viáveis em função das demandas<br />
de mercado e desenvolvimento.<br />
Agradecimentos<br />
Este trabalho contou com os apoios da ELETROBRAS através<br />
do Convênio ECV 085/2005, do Projeto BRA 99/011/<br />
PNUD através de C.A. 07/47-3952 e do CNPq.<br />
Referências<br />
Bezerra Neto, P.; Saavedra, Osvaldo R.; Camelo, Nelson José;<br />
Ribeiro, L. A. S. (2010), Viabilidade de Pequenos Aproveitamentos<br />
para Geração de Energia Eletromaremotriz. In: XVIII<br />
Congresso Brasileiro de Automática, 2010, Bonito: UNESP,<br />
2010. v. 1. p. 66286.<br />
Charlier, Roger Henri. 2009. Ocean Energy. Tide and Tidal<br />
Power. Springer-Verlag Berlin Heidelberg.<br />
EPE – Empresa de Pesquisa Energética. 2009. Balanço Energético<br />
Nacional 2009. Resultados Preliminares. Rio de Janeiro.<br />
Brasil.<br />
Leite Neto, P. B., Oliveira, D. Q., N. J. Camelo, O. R. Saavedra.<br />
2009. Estudo do Potencial para Geração de Energia Elétrica<br />
a partir de Fonte Maremotriz. 8th Latin-American Congress:<br />
Electricity Generation and Transmission, 2009, Ubatuba.<br />
Anais do VIII CLAGTEE. Guaratinguetá : UNESP. v. 1.<br />
p. 709.<br />
Sumário<br />
64 / 415
MJ2 Technologies. 2010. www.vlh-turbine.com<br />
Oliveira, D. Q., Leite Neto, P. B., Costa Júnior, A. L., Camelo,<br />
N. J., O. R. Saavedra, Santos, M. C. F. V. (2009). Relatório do<br />
Potencial Maré-Motriz do Estuário e Memória Técnica – Estuário<br />
de Turiaçu. Projeto BRA 99/011/PNUD, Ministério de<br />
Minas e Energia – PLPT.<br />
Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Eletrobrás. (1981).<br />
Aproveitamentos Maremotrizes na Costa Maranhão – Pará –<br />
Amapá. Inventário Preliminar.<br />
Luiz A. Ribeiro<br />
Professor da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Márcio Vaz dos Santos<br />
Doutor em Ciências Ambientais pela University of Virginia, Estados Unidos.<br />
Osvaldo R. Saavedra<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário<br />
Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.<br />
Pedro Bezerra Neto<br />
Engenheiro Elétrico pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
65 / 415
peSquISAS TeMáTICAS<br />
DA uNIveRSIDADe<br />
feDeRAl DO <strong>MARANHÃO</strong><br />
Agrotóxicos<br />
O<br />
Núcleo de Análise de Resíduos de Pesticidas (NARP)<br />
da UFMA vem realizando trabalhos de pesquisa<br />
relacionados com a problemática ambiental causada<br />
pela intensa aplicação de pesticidas. O Estado do Maranhão<br />
localiza-se em uma região que vem sendo bastante<br />
aproveitada nos grandes projetos de monoculturas agrícolas.<br />
Nesses projetos, é comum ocorrer consumo considerável<br />
de pesticidas. A região tem grande disponibilidade de<br />
recursos hídricos e, além disso, conta com elevadas taxas<br />
pluviométricas. Esses fatores levam à necessidade de um<br />
monitoramento frequente dos recursos naturais, no sen-<br />
Sumário<br />
66 / 415
tido de controlar possíveis problemas de contaminação<br />
ambiental. O NARP desenvolve e aplica metodologias analíticas<br />
para determinação dos resíduos de pesticidas presentes<br />
em amostras ambientais, embora já tenha, também,<br />
analisado outros tipos de matrizes (p. ex., alimentos). As<br />
técnicas utilizadas nas determinações incluem metodologias<br />
convencionais (por exemplo, cromatografia líquida e a<br />
gás) e outras inovações (por exemplo, biossensores), com<br />
as quais é possível a determinação, bem como o estudo de<br />
monitoramento dos resíduos de pesticidas e seus respectivos<br />
produtos de degradação, prevendo, assim, a persistência<br />
e a transformação destes compostos em ambientes<br />
naturais. Vários desses trabalhos têm sido feitos a partir<br />
de informações fornecidas ou solicitações feitas pelo órgão<br />
ambiental do Estado, o qual identifica os pontos de estudo.<br />
Dessa forma, tem sido possível apontar problemas de contaminação<br />
e participar de estratégias de minimização dos<br />
impactos gerados pelos uso de pesticidas na região. Mais<br />
recentemente, o grupo tem desenvolvido projetos envolvendo<br />
outras classes de contaminantes orgânicos, p. ex.: resíduos<br />
de fármacos, plastificantes, etc. O grupo também<br />
iniciou em 2009 ensaios toxicológicos com substâncias potencialmente<br />
tóxicas em ambientes marinhos.<br />
principais pesquisadores<br />
• Gilvanda Silva Nunes<br />
• Paulo Roberto Brasil de Oliveira Marques<br />
• Natilene Mesquita Brito<br />
• Ricardo Luvizotto Santos<br />
• Ney de Barros Bello Filho<br />
• Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco<br />
• Ozelito Possidônio de Amarante Junior<br />
• Thomas Bonierbale<br />
Sumário<br />
67 / 415
iocombustíveis e Derivados de petróleo<br />
O Núcleo de Combustíveis, Catálise e Ambiental - NCCA<br />
vem desenvolvendo várias pesquisas voltadas tanto para a<br />
produção e uso de biocombustíveis (etanol e biodiesel), tais<br />
como otimização da síntese de biodiesel com e sem microondas,<br />
novos catalisadores heterogêneos para a produção de<br />
biodiesel, reaproveitamento dos resíduos do refino dos óleos<br />
vegetais e dos subprodutos do processo do biodiesel, desenvolvimento<br />
de métodos analíticos para o controle e qualidade<br />
do biodiesel e de suas matérias primas e do etanol. Outras<br />
pesquisas estão em andamento no laboratório, como a preparação<br />
de microemulsões combustíveis para serem empregadas<br />
em comunidades isoladas, transformações dos subprodutos<br />
do processo de produção de biodiesel, utilização<br />
de sensores capacitivos para monitoramento de adulteração<br />
de combustíveis e dessulfurização do diesel de petróleo utilizando<br />
líquidos iônicos.<br />
Sumário<br />
68 / 415
principais pesquisadores<br />
• Fernando Carvalho Silva (Coordenador do Núcleo)<br />
• Adeílton Pereira Maciel (Pesquisador)<br />
• Kátia Regina Marques Moura (Pesquisador)<br />
• Thoma Bonierbale (Pesquisador)<br />
• Francisco Sávio Mendes Sinfrônio (Pesquisador)<br />
• Antônio Carlos Sales Vasconcelos (Colaborador)<br />
• Jomar Sales Vasconcelos (Colaborador)<br />
• Antônio Gouveia de Souza (Colaborador)<br />
• Jose Hílton Gomes Rangel (Colaborador)<br />
Sumário<br />
69 / 415
iodiversidade e conservação<br />
O grupo, denominado inicialmente “Ecologia Evolutiva”,<br />
foi criado em 1999, a partir da integração dos seus pesquisadores<br />
no sentido de elaborar e desenvolver projetos em<br />
conjunto, que respondessem a perguntas ecológicas e levassem<br />
ao entendimento da estruturação e funcionamento<br />
de populações e comunidades em ecossistemas maranhenses.<br />
Nessa perspectiva, desenvolvemos importantes projetos,<br />
em conjunto com outros grupos de pesquisa, apoiados<br />
pelo Programa Norte de Pesquisa e Pós-Graduação, pelo<br />
PROBIO, entre outros. O trabalho do grupo contribui decisivamente<br />
para tomadas de decisão na área ambiental no<br />
âmbito regional, uma vez que fornece dados básicos sobre<br />
as populações e comunidades do presente e do passado<br />
(Cretaceo) nos ecossistemas maranhenses. Pesquisando<br />
em áreas que vêm sofrendo contínuo processo de empobrecimento<br />
ambiental decorrente da fragmentação de seus<br />
ecossistemas, esperamos levar a região a agregar valor sócio-ambiental<br />
adequado.<br />
principais pesquisadores<br />
• Silma Regina Ferreira Pereira<br />
• Patrícia Maia Correia de Albuquerque<br />
• Gilda Vasconcellos de Andrade<br />
• José Manuel Macário Rebêlo<br />
Ciência Animal e Agroecologia<br />
Os grupos de ciência animal e agroecologia da UFMA estão<br />
sediados em Chapadinha. Eles têm por objetivo desenvolver<br />
produtos para o controle de parasitos animais, enfocando<br />
desde a procura de novas moléculas através da<br />
Sumário<br />
70 / 415
etnobotânica e estudo químico e bioquímico de plantas,<br />
com os respectivos ensaios biológicos para testes contra<br />
protozoários, artrópodes e helmintos parasitos dos animais<br />
domésticos e finalizando a cadeia com a síntese e manipulação<br />
de moléculas visando o desenvolvimento de medicamentos<br />
veterinários; e gerar conhecimentos e transformá-<br />
-los em alternativas tecnológicas para o desenvolvimento<br />
da agricultura familiar da região do Baixo Parnaíba, trabalhando<br />
com o uso sustentável dos agroecossistemas como<br />
um todo, levando em consideração o manejo de solos, plantas<br />
daninhas, doenças e pragas, formando um conjunto de<br />
práticas aplicáveis na agricultura familiar.<br />
principais pesquisadores<br />
• Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />
• Lívio Martins Costa Júnior<br />
• Cristiane Rêgo Oliveira<br />
• Izumy Pinheiro Doihara<br />
• Edneia de Lucena Vieira<br />
• Jane Mello Lopes<br />
• Alexandra Martins dos Santos Soares<br />
• André Luiz Gomes da Silva<br />
• Múcio Flávio Barbosa Ribeiro<br />
• Cláudio Gonçalves da Silva<br />
• Nelder de Figueiredo Gontijo<br />
• Daniel Praseres Chaves<br />
• Olga Lima Tavares Machado<br />
• Edison Fernandes da Silva<br />
• Sinval Garcia Pereira<br />
• Fredgardson Costa Martins<br />
Sumário<br />
71 / 415
eletroquímica<br />
A implantação do Grupo de Eletroquímica da Universidade<br />
Federal do Maranhão (GELQ-UFMA) foi iniciado em<br />
1994, junto ao projeto de implantação do curso de Mestrado<br />
em Química e a sua infra-estrutura inicial financiada<br />
com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado<br />
do Maranhão (FAPEMA). As linhas de pesquisa atuais do<br />
GELQ-UFMA objetivam o desenvolvimento, a caracterização<br />
e o estudo das propriedades eletroquímicas de novos<br />
materiais de eletrodos e superfícies quimicamente modificadas<br />
para 1) a eletrocatálise de reações envolvidas em<br />
sistemas eletroquímicos de geração e armazenamento de<br />
energia, como as células a combustível, e 2) a eletroanálise<br />
de espécies de interesses farmacêutico, biológico e ambiental<br />
para aplicações na área de sensores eletroquímicos.<br />
principais pesquisadores<br />
• Auro Atsushi Tanaka<br />
• Manuel de Jesus Santiago Farias<br />
• Ilanna Campelo Lopes<br />
• Marlus Pinheiro Rolemberg<br />
• Isaide de Araújo Rodrigues<br />
• Quésia Guedes da Silva<br />
• Jaldyr de Jesus Gomes Varela Júnior<br />
• Roberto Batista de Lima<br />
• José Wilson da Silva<br />
• Sônia Maria Carvalho Neiva Tanaka<br />
Sumário<br />
72 / 415
energias Alternativas<br />
O grupo tem apresentado uma considerável produção<br />
científica envolvendo estudos com aplicações de técnicas<br />
inteligentes e de confiabilidade em problemas de sistemas<br />
de potência. Atendendo à vocação natural do Estado, criou<br />
o Laboratório de Energias Alternativas. Apesar do grupo ser<br />
novo nesta região, já há iniciativas concretas de cooperação<br />
com o setor produtivo local, em especial com as empresas<br />
de energia elétrica. O principal marco foi a execução do<br />
projeto de energias alternativas na Ilha dos Lençóis, com a<br />
implantação de um sistema híbrido de energia. O sistema<br />
híbrido solar-eólico-diesel instalado possui um conjunto<br />
de elementos interdependentes composto por três turbinas<br />
eólicas, cabos de transmissão subterrânea de energia das<br />
turbinas para a casa de força, painéis voltaicos, bancos de<br />
baterias, entre outros. Além do desenvolvimento de uma<br />
nova tecnologia para o Estado, o projeto foi bastante marcante<br />
devido aos desafios propostos e vencidos pela equipe,<br />
pois a região é de difícil acesso e isso dificultou a atuação<br />
do grupo, além do transporte dos equipamentos, que teve<br />
grandes percalços. O projeto é financiado pelo Ministério<br />
de Minas e Energia, teve duração de três anos e um investimento<br />
médio de 1 milhão e meio de reais.<br />
principais pesquisadores<br />
• Osvaldo Ronald Saavedra Mendez<br />
• José Eduardo Onoda Pessanha<br />
• Ricardo Bernardo Prada<br />
• Luiz Antônio de Souza Ribeiro<br />
• Vicente Leonardo Paucar Casas<br />
• Maria da Guia da Silva<br />
• Anselmo Barbosa Rodrigues<br />
Sumário<br />
73 / 415
Farmacologia, Imunologia e<br />
toxicologia de produtos Naturais<br />
As plantas superiores são utilizadas com finalidade curativa<br />
desde épocas remotas e ainda hoje são consumidas<br />
por cerca de 80% da população mundial na forma de chás,<br />
infusões, xaropes, etc. Além disso, cerca de 35% dos constituintes<br />
das formulações farmacêuticas, desenvolvidas pela<br />
industria mundial, são de origem vegetal. O trabalho desse<br />
grupo visa fornecer metodologia e informações que possibilitem<br />
a utilização segura de plantas e/ou seus produtos a<br />
partir da avaliação dos efeitos biológicos, toxicológicos e caracterização<br />
química. Dentre os efeitos biológicos será dado<br />
Sumário<br />
74 / 415
enfoque aos aspectos imunológicos e farmacológicos São<br />
objetivos do grupo: fornecer subsídios à utilização segura<br />
de plantas medicinais usadas pela população maranhense;<br />
desenvolver e gerenciar ações interdisciplinares relacionadas<br />
ao aproveitamento das plantas medicinais; possibilitar<br />
a exploração racional das plantas medicinais locais; determinar<br />
parâmetros de controle de qualidade das matérias<br />
primas vegetais e seus produtos intermediários e acabados.<br />
Fatores considerados relevantes na definição do tema<br />
central do projeto: viabilizar o uso de plantas medicinais de<br />
acordo com as normas de segurança, eficácia e qualidade;<br />
organizar os dados científicos sobre plantas medicinais em<br />
um banco de dados acessível à população.<br />
principais pesquisadores<br />
• Flávia Raquel Fernandes do Nascimento<br />
• Rosane Nassar Meireles Guerra<br />
• Antônio Carlos Romão Borges<br />
• Maria do Socorro de Sousa Cartágenes<br />
• Maria Nilce de Sousa Ribeiro<br />
• Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />
• Marilene Oliveira da Rocha Borges<br />
• Flávia Maria Mendonça do Amaral<br />
• Silma Regina Ferreira Pereira<br />
• Ivone Garros Rosa<br />
• Valério Monteiro Neto<br />
• Lucilene Amorim Silva<br />
Sumário<br />
75 / 415
Materiais<br />
Nesta temática, vários materiais com potenciais aplicações<br />
tecnológicas têm sido investigados, desde aqueles com<br />
interesse da indústria do petróleo, farmacêutica, da agricultura<br />
e para aplicações ótica - eletrônica. Assim, diversos<br />
tipos de materiais como ferroelétricos, multiferroicos,<br />
condutores iônicos, isolantes, materiais com alta constante<br />
dielétrica, catalisadores, termistores, semicondutores e<br />
magnéticos, sob a forma de cerâmicos, monocristais e poliméricos<br />
têm sido sintetizado e caracterizados. A caracterização<br />
envolve técnicas de difração de raios-X, dilatometria,<br />
ressonância paramagnética eletrônica, espectroscopia Raman,<br />
espectroscopia óptica, luminescência e técnicas fototérmicas,<br />
análise térmica e medidas magnéticas, calorimétricas<br />
e de transporte, caracterização elétrica e dielétrica.<br />
As pesquisas estão centralizadas em São Luis e Imperatriz.<br />
principais pesquisadores<br />
• Carlos William de Araújo Paschoal<br />
• Jerias Alves Batista<br />
• Éder Nascimento Silva<br />
• Adenílson Oliveira dos Santos<br />
• Luzeli Moreira da Silva<br />
• Alan Silva de Menezes<br />
• Márcio José Barboza<br />
• Alysson Steimacher<br />
• Marta Célia Dantas Silva<br />
• Pedro de Freitas Façanha Filho<br />
• Cleber Candido da Silva<br />
• Ricardo Jorge Cruz Lima<br />
• Franciana Pedrochi<br />
Sumário<br />
76 / 415
Núcleo de Computação Aplicada<br />
O Núcleo de Computação Aplicada (NCA) é um espaço<br />
destinado à produção e desenvolvimento de tecnologia de<br />
ponta. O NCA agrega em um mesmo ambiente, as atividades<br />
de três laboratórios da UFMA: o de Sistemas Avançados<br />
da Web (Laws), de Mídias Interativas (Labmint) e o de<br />
Processamento e Análise de Imagens (Labpai), que realizam<br />
pesquisas nas áreas de processamento de imagens,<br />
visão computacional, visualização e interação com dados<br />
complexos e sistemas de informações geográficas.<br />
A implantação do NCA insere a UFMA na rede temática<br />
de Computação Científica e Visualização, conhecida como<br />
rede Galileu, criada em 2006, que integra universidades<br />
de todo o país, como USP, PUC e Universidade Federal do<br />
Rio de Janeiro. Estas Universidades, e agora a UFMA, estão<br />
em parceria com a empresa Petrobrás para desenvolver<br />
tecnologias e recursos humanos de alto nível, proporcionados<br />
após o investimento da empresa brasileira de Petróleo,<br />
que já destinou para o Núcleo avançado da UFMA, cerca de<br />
1,5 milhões de reais.<br />
Ao todo, trabalham no laboratório, quarenta e três alunos<br />
de graduação, vinte e dois na pós-graduação, incluindo<br />
mestrandos e doutorandos e quatro doutores em Computação.<br />
Odontologia<br />
Grupo de pesquisa em Odontologia vem trabalhando com<br />
pesquisas exploratórias e explicativas, realizando levantamentos<br />
epidemiológicos das doenças bucais em diversas<br />
comunidades do Estado do Maranhão. Já foram realizados<br />
alguns trabalhos clínicos visando a melhoria da qualidade<br />
de vida das diversas comunidades através da saúde bucal.<br />
Sumário<br />
77 / 415
principais pesquisadores<br />
• Cláudia Maria Coelho Alves<br />
• Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira<br />
• Elizabeth Lima Costa<br />
• Alex Luiz Pozzobon Pereira<br />
• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz<br />
• Ana Emília Figueiredo de Oliveira<br />
• Fernanda Ferreira Lopes<br />
• Antônio Luiz Amaral Pereira<br />
• Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz<br />
• Bruno Braga Benatti<br />
• Rubenice Amaral da Silva<br />
• Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />
• Silvana Amado Libério<br />
• Soraia de Fátima Carvalho Souza<br />
• Eider Guimarães Bastos Vanessa<br />
• Camila da Silva<br />
políticas públicas<br />
O Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas<br />
Direcionadas à Pobreza desenvolve atividades de pesquisa,<br />
de consultoria, assessoria e capacitação de recursos<br />
humanos, privilegiando a temática pobreza, trabalho, políticas<br />
sociais e análise e avaliação de Políticas Públicas.<br />
Entre os trabalhos mais relevantes, temos: assessorias à<br />
Política de Assistência Social: Conferências, Planos e Política<br />
de Assistência Social do Maranhão, 2001 e 2006;<br />
Programas de Transferência de Renda implementados por<br />
municípios e estados brasileiros; avaliação do Plano Estadual<br />
de Qualificação Profissional do Maranhão, 1996-2002,<br />
com avaliações política, do processo de implementação e<br />
Sumário<br />
78 / 415
de impactos na população alvo; avaliações do Programa<br />
Primeiro Emprego do Estado do Maranhão (1998, 2005),<br />
o processo de implementação e os impactos do Programa;<br />
avaliação do Programa Comunidade Solidária, sua implementação<br />
no Estado do Maranhão, 1999/2000; avaliação<br />
da implantação do Sistema Descentralizado e Participativo<br />
da Política de Assistência Social no Estado do Maranhão,<br />
1998/1999; avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho<br />
Infantil no Maranhão, 2003; avaliação das Políticas<br />
de Assistência Social, da Habitação e do Trabalho e Renda<br />
no Maranhão, 1999/2002, considerando implementação e<br />
impactos; pesquisas sobre Programas de Transferência de<br />
Renda no Brasil, com produção divulgada nacional e internacionalmente;<br />
capacitação de profissionais e membros de<br />
Conselhos de Gestão e capacitação em Avaliação de Políticas<br />
e Programas Sociais para profissionais, no Estado do<br />
Maranhão e em outros estados; avaliação da implantação<br />
e implementação do Sistema Único de Assistência Social<br />
(SUAS), 2006/2010.<br />
principais pesquisadores<br />
• Maria Ozanira da Silva e Silva<br />
• Annova Míriam Ferreira Carneiro<br />
• Maria Virgínia Moreira Guilhon<br />
• Cleonice Correia Araújo<br />
• Salviana de Maria Pastor Santos Sousa<br />
• Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira<br />
• Talita Teresa Gomes Furtado<br />
• Valéria Ferreira Santos de Almada Lima<br />
Sumário<br />
79 / 415
processamento e Análise<br />
de Imagens Médicas<br />
O grupo de informática aplicada vem desenvolvendo diversas<br />
pesquisas voltadas a aplicação de modelos computacionais<br />
a problemas de ordem prática. A principal tem o<br />
objetivo de investigar novas técnicas para o melhoramento,<br />
segmentação e identificação de imagens médicas e o desenvolvimento<br />
de metodologias e ferramentas que auxiliem<br />
o diagnóstico de patologias com base em imagens e técnicas<br />
de realidade virtual, dando origem a diversos projetos<br />
de impacto, como detecção e diagnóstico precoce de câncer<br />
de mama baseado em análise de imagens médicas multimodais<br />
e imagens médicas: processamento, análise e visualização<br />
para detecção e diagnóstico de câncer de mama e<br />
pulmão. O grupo trabalha, também, no desenvolvimento<br />
de ferramentas e tecnologias de software para o desenvolvimento<br />
de sistemas de informações geográficas em duas e<br />
três dimensões, baseados na Web e em computação móvel<br />
que possam disponibilizar funcionalidades de análise espacial<br />
e processamento de imagens de satélite.<br />
principais pesquisadores<br />
• Alexandre César Muniz de Oliveira<br />
• Carlos de Salles Soares Neto<br />
• Ângelo Rodrigo Bianchini<br />
• Geraldo Braz Júnior<br />
• Anselmo Cardoso de Paiva<br />
• Mário Antônio Meireles Teixeira<br />
• Aristófanes Corrêa Silva<br />
• Simara Vieira da Rocha<br />
Sumário<br />
80 / 415
programa de Transplante Renal<br />
do Hospital universitario<br />
O Programa de Transplante Renal do Hospital Universitário<br />
da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA)<br />
vem sendo desenvolvido há doze (12)anos somando 359<br />
transplantes até o dia de hoje, somando doadores vivos e<br />
falecidos, com resultados equiparáveis aos de outros serviços<br />
nacionais e internacionais. O pimeiro transplante renal<br />
aconteceu em 18 de março de 2000, a equipe do Transplante<br />
Renal destaca esta data como um marco, apontando<br />
um grande avanço na medicina do Maranhão. Para que<br />
fosse realizado esse serviço no Estado o HUUFMA teve de<br />
modernizar e ampliar sua estrutura, a exemplo podemos<br />
citar, a melhoria e compra de novos equipamentos para o<br />
Laboratório de Análises Clínicas e Coleta, a criação do Laboratório<br />
de Histocompatibilidade e Genoma, e do Serviço<br />
de Urologia e Litotripsia. Estes serviços dão suporte à realização<br />
dos transplantes de órgãos.<br />
O primeiro transplante realizado com doador falecido aconteceu<br />
em 07 de outubro de 2005. O Serviço de Transplante<br />
Renal do HUUFMA é um celeiro para fomento e desenvolvimento<br />
de pesquisas científicas, servindo assim, não<br />
só para os graduandos mais também para os profissionais<br />
que trabalham nesta linha.<br />
Saúde Coletiva<br />
O grupo tem realizado pesquisas de relevância para o conhecimento<br />
da realidade da saúde materno-infantil no Estado,<br />
como por exemplo o trabalho Saúde, nutrição e mortalidade<br />
infantil no maranhão, livro publicado em 1997.<br />
Em 2000, publicou outro livro, Avaliação de qualidade de<br />
maternidades, onde foram estudadas 4 maternidades públicas.<br />
Nesse trabalho, as maternidades foram hierarquiza-<br />
Sumário<br />
81 / 415
das pelo nível de qualidade, levando-se em conta a estrutura,<br />
o processo e o resultado, utilizando-se a metodologia<br />
de Donabedian. O grupo tem realizado pesquisas sobre a<br />
epidemiologia da cesárea, tendo publicado recentemente<br />
artigo onde foi observada associação entre cesárea e baixo<br />
peso ao nascer. Há indicações de que o excesso de cesáreas<br />
eletivas pode estar sendo a causa de baixo peso ao nascer<br />
entre partos prematuros. Foram concluídas recentemente<br />
pesquisas sobre: gravidez na adolescência e prematuridade,<br />
expansão da hanseníase em São Luís, fatores associados<br />
à inadequação do uso da assistência pré-natal, tendências<br />
da incidência e da mortalidade por AIDS no Maranhão<br />
e expansão espacial da leishmaniose visceral americana<br />
em São Luís. Intercâmbios vêm sendo desenvolvidos com<br />
o NESCA (Núcleo de Estudos de Saúde da Criança e do<br />
Adolescente) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,<br />
USP, para realização da pesquisa conjunta “Comparação<br />
de indicadores epidemiológicos de dois estudos de coorte<br />
populacional sobre saúde perinatal”.<br />
principais pesquisadores<br />
• Antônio Augusto Moura da Silva<br />
• Alcione Miranda dos Santos<br />
• Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves<br />
• Raimundo Antônio da Silva<br />
• Arlene de Jesus Mendes Caldas<br />
• Valdinar Sousa Ribeiro<br />
• Elba Gomide Mochel<br />
• Vânia Maria de Farias Aragão<br />
• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz<br />
• Wellington da Silva Mendes<br />
• Fernando Lamy Filho<br />
• Wildoberto Batista Gurgel<br />
• Ivan Abreu Figueiredo<br />
• Zeni Carvalho Lamy<br />
• Liberata Campos Coimbra<br />
Sumário<br />
82 / 415
Foto: Jaqueline Matias<br />
eCTOpARASITOS De<br />
ANIMAIS SIlveSTReS<br />
NO <strong>MARANHÃO</strong><br />
Carrapato Amblyomma rotundatum<br />
Objetivou-se identificar os ectoparasitos de animais silvestres<br />
recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres,<br />
São Luís, Maranhão. Os ectopararasitos identificados<br />
foram: piolhos Acidoproctus sp., Trinoton sp., Ciconiphilus<br />
sp, Austromenopon<br />
sp., Quadraceps<br />
sp., Saemundssonia<br />
sp. e Trichodectes<br />
canis; carrapato Amblyommarotundatum<br />
e Rhipicephalus<br />
sanguineus; pulgas<br />
Ctenocephalides felis<br />
e larvas de Cochliomyia<br />
hominivorax.<br />
Os resultados apresentadosdocumentam<br />
a infestação de<br />
mamíferos, répteis<br />
e aves silvestres por<br />
ectoparasitos.<br />
Sumário<br />
Ana Clara G. Santos<br />
Mayra A.P. Figueiredo<br />
Rita de Maria S.N.C. Guerra<br />
83 / 415
INtRodução<br />
O Brasil é um dos seis países com maior diversidade biológica<br />
do mundo, com estimativas de dois milhões de espécies<br />
e aproximadamente duzentas mil catalogadas (Lewinsohn<br />
& Prado 2002). Gerenciar este patrimônio biológico<br />
requer o estabelecimento de estratégias, planos e programas<br />
que assegurem a utilização sustentável dos recursos<br />
naturais (Dias 2001).<br />
Diante dessa conjuntura tem se intensificado as pesquisas<br />
sobre a fauna silvestre no Brasil, para tentar amenizar<br />
o desequilíbrio ecológico causado pela retirada histórica<br />
desses animais do hábitat natural. Os Centros de Triagens,<br />
os zoológicos e os criadouros são locais importantes para<br />
as pesquisas sobre animais silvestres em situação de cativeiro,<br />
principalmente a pesquisa clínica e laboratorial. Possibilitam<br />
conhecer as condições que podem tornar parasitos<br />
naturais em patogênicos, quando os animais estão sob<br />
o estresse do cativeiro (Arrojo 2002), evitando o óbito dos<br />
animais por doenças com agente e tratamento conhecidos<br />
(Catão-Dias 2003).<br />
Dessa forma, o estudo das doenças parasitárias e da interação<br />
parasito-hospedeiro de animais silvestres cativos<br />
e de vida livre é uma ferramenta importante para auxiliar<br />
nos programas de conservação e preservação, prevenindo<br />
impactos negativos sobre a biodiversidade e a saúde pública<br />
(Catão-Dias 2003). A relevância da pesquisa da fauna<br />
parasitária é reconhecida e exigida em protocolos de reintrodução<br />
(UICN 1998, FELASA 1999) e na rotina clínica de<br />
animais silvestres.<br />
O objetivo desse trabalho foi identificar os ectoparasitos<br />
dos animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem<br />
de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro<br />
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)<br />
de São Luís, Maranhão.<br />
Sumário<br />
84 / 415
University of Nebraska<br />
mAtERIAl E mÉtodoS<br />
O CETAS localiza-se no Bairro da Maiobinha, São Luís,<br />
Maranhão, recebe animais apreendidos pela Polícia Florestal,<br />
Bombeiros e da população. Por existir apenas esse centro<br />
no estado, atualmente exerce a função de centro de manejo<br />
e de triagem dos animais silvestres. As coletas de amostras<br />
ocorreram quando da admissão dos animais no CETAS. Os<br />
animais foram inspecionados no período de agosto de 2006<br />
a julho de 2008 para pesquisa de ectoparasitos.<br />
Para a coleta dos ectoparasitos, os animais eram inspecionados<br />
manualmente e visualmente e os espécimes coletados<br />
acondicionados em frascos com álcool a 70°GL e<br />
encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária<br />
do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual<br />
do Maranhão para triagem, processamento e identificação.<br />
Em casos suspeitos de sarna e de otite parasitária,<br />
realizaram-se raspados de pele e swabs de ouvido, respectivamente,<br />
para pesquisa de ácaros. A identificação dos artrópodes<br />
foi realizada com chaves propostas por Aragão &<br />
Fonseca (1961), Furman & Catts (1970), Linard & Guimarães<br />
(2000) e Price et al. (2003).<br />
Sumário<br />
Larvas de Cochliomyia hominivorax<br />
85 / 415
Espécie de hospedeiro<br />
examinado<br />
RESultAdoS E dISCuSSão<br />
Os resultados encontram-se sumarizados no Quadro 1.<br />
Quadro 1. Espécies de hospedeiros examinados, números<br />
de animais amostrados, ectoparasitos identificados<br />
em animais silvestres no período de agosto/2006<br />
a julho/2008 no Centro de triagem de Animais Silvestres<br />
(Cetas) Maranhão, Brasil<br />
Nº de animais<br />
amostrados<br />
Nº de animais<br />
positivos para<br />
Ectoparasitos<br />
Jibóias (Boa constrictor) e iguanas (Iguana iguana) estavam<br />
infestadas por carrapatos adultos da espécie Amblyomma<br />
rotundatum, ectoparasito já identificado em outros<br />
répteis no Maranhão (Guerra et al. 2000). A literatura<br />
cita diversos hospedeiros heterotérmicos para esse carrapato<br />
(Teixeira et al. 2003, Dantas-Torres et al. 2005).<br />
Detectou-se parasitismo por piolhos da espécie Trichodectes<br />
canis em raposinha (Cerdocyon thous) e em quati<br />
(Nasua nasua). Resultados semelhantes aos obtidos por<br />
Dominguez (2003) na Espanha, que identificou em caní-<br />
Sumário<br />
Ectoparasito<br />
identificado<br />
Boa constrictor 07 06 Amblyomma rotundatum<br />
Iguana iguana 01 01 Amblyomma rotundatum<br />
Cerdocyon thous 03 02 Trichodectes canis<br />
Nasua nasua 08 08 Trichodectes canis<br />
Nasua nasua 08 04 Ctenocephalides felis<br />
Galactis cuja 02 02 Rhipicephalus sanguineus<br />
Galactis cuja 02 01 Cochliomyia hominivorax<br />
Tamandua tetradactyla 01 01 Amblyomma sp.<br />
Thalasseus maximus 03 03 Austromenopon<br />
Thalasseus maximus 03 Quadraceps<br />
Thalasseus maximus 03 Saemundssonia<br />
Dendrocygna viduata 24 24 Acidoproctus<br />
Dendrocygna autumnalis 10 10 Acidoproctus<br />
Butorides striatus 02 02 Ciconiphiluis<br />
86 / 415
deos silvestres de vida livre esta espécie de piolho.<br />
As pulgas da espécie Ctenocephalides felis foram identificada<br />
em quati. No Brasil, este pulicídeo já foi registrado<br />
em quatis por Linard & Guimarães (2000) e Rodrigues et<br />
al. (2006) - estes últimos autores assinalam também o parasitismo<br />
por Rhopalopsyllus lutzi lutzi. Comentam ainda<br />
que os quatis podem manter espécies de ectoparasitos e<br />
intercambiá-los entre os ambientes rural e urbano, considerando<br />
que sua amostragem foi proveniente de um fragmento<br />
de mata na área urbana.<br />
Em furão (Galictis cuja) identificaram-se adultos Rhipicephalus<br />
sanguineus e em tamanduá-mirim (Tamandua<br />
tetradactyla) larvas Amblyomma sp. Labruna et al. (2002)<br />
relataram o encontro de Amblyomma cajennense em nove<br />
hospedeiros, Mymercophaga tridactyla, Tamandua tetradactyla,<br />
Puma concolor, Cerdocyon thous, Tayassu tajacu,<br />
Mazana gouazoubira, Hydrochaeris hydrochaeris, Alouatta<br />
caraya e Cebus apella. Torres-Mejia & Fuente (2006) também<br />
identificaram Amblyomma sp. em T. tetradactyla na<br />
Colômbia, confirmando a polixevia deste gênero.<br />
Larvas de terceiro estágio do díptero Cochliomyia hominivorax<br />
foram identificadas em lesão cutânea de furão. Este<br />
achado comprova que os animais silvestres também estão<br />
expostos as miíases.<br />
As aves são frequentemente parasitadas por piolhos. Fato<br />
que pode ser observado no presente estudo onde se constatou<br />
em trinta-réis-real (Thalasseus maximus) o parasitismo<br />
por Austromenopon sp., Quadraceps sp. e Saemundssonia<br />
sp. Resultados semelhantes foram obtidos por González-<br />
-Acuña et al. (2006), no Chile, ao identificarem espécies dos<br />
gêneros Quadraceps e Saemundssonia em aves da ordem<br />
Charadriiformes, família Laridae, mesma classe taxonômica<br />
de T. maximus. Espécies dos gêneros Austromenopon e<br />
Quadraceps são comumente registradas parasitando membros<br />
da família Laridae (González-Acuña et al. 2006).<br />
Em irerê (Dendrocygna viduata) e marreca cabocla (Den-<br />
Sumário<br />
87 / 415
Pulga Ctenocephalides felis<br />
drocygna autumnalis) verificou-se o parasitismo por piolhos<br />
do gênero Acidoproctus. Segundo Arnold (2006), o gênero<br />
Acidoproctus é freqüentemente encontrado em aves da ordem<br />
Anseriformes (famílias Anatidae e Anseranatidae), embora<br />
Brum et al. (2005) não tenham registrado este gênero<br />
nas aves anseriformes da família Anatidae (Netta peposaca<br />
e Cygnus melancoryphus) amostradas no Rio Grande<br />
do Sul. Posteriormente a espécie Acidoproctus fuligulae foi<br />
assinalada neste estado por Paulsen & Brum (2007), indicando<br />
que estudos desta natureza devem ser contínuos,<br />
objetivando verificar as associações parasitárias. Valim et<br />
al. (2005) registram por primeira vez no Brasil parasitismo<br />
em Dendrocygna bicolor por Acidoproctus rostratus.<br />
Em socozinho (Butorides striatus), identificou-se o gênero<br />
Ciconiphilus. Este gênero contém espécies de piolhos cuja<br />
distribuição está limitada a determinados hospe-deiros das<br />
ordens Ciciniformes e Anseriorformes. Silva et al.(2009)<br />
registraram o encontro de Ciconiphilus pectiniventris em<br />
Cygnus atratus (Anseriformes, Anatidae) e Price & Graham<br />
(1997) relatam que várias espécies de aves das ordens Ciconiformes<br />
e Anseriformes são hospedeiros desta espécie<br />
de piolho. O gênero Trinoton foi identificado em sabiá-laranjeira<br />
(Turdus rufiventris) e irerê, e o díptero Hippoboscidae<br />
Pseudolynchia sp. em<br />
socozinho.<br />
Segundo Valim et al.<br />
(2005), a análise de malófagos<br />
provenientes de<br />
aves apreendidas ou<br />
cativas poderá fornecer<br />
subsídios que permitam<br />
compreender a fauna de<br />
piolhos no Brasil, especialmenteconsiderando-se<br />
a dificuldade<br />
de<br />
Sumário<br />
88 / 415
amostrar animais de vida livre.<br />
A pesquisa de microscopia de pele e os swabs de ouvidos<br />
foram negativos para todos os felinos amostrados, assim<br />
como para os macacos-pregos, saguis dos tufos brancos e<br />
raposinhas.<br />
Estudos desta natureza contribuem para o conhecimento<br />
da fauna parasitária de animais silvestres ao tempo em<br />
que permitem estabelecer novas áreas de ocorrência e distribuição<br />
geográfica de ectoparasitos, especialmente em<br />
locais pouco estudados como o estado do Maranhão. De<br />
igual forma oportunizam conhecer os potenciais vetores de<br />
zoonoses.<br />
REFERÊNCIAS<br />
Aragão H.B. & Fonseca F. 1961. Notas de Ixodologia. VII.<br />
Lista e chave para os representantes da fauna ixodológica<br />
brasileira. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 59:115-149.<br />
Arnold D.C. 2006. Review of the genus Acidoproctus (Phthiraptera:<br />
Ischnocera: Philopteridae), with description of the<br />
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Ana Clara G. Santos<br />
Doutora em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e<br />
Professora da Universidade Estadual do Maranhão<br />
Mayra A.P. Figueiredo<br />
Mestranda em Medicina Veterinária (área Patologia Animal) na Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho-Unesp.<br />
Rita de Maria S.N.C. Guerra<br />
Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da<br />
Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Sumário<br />
91 / 415
ReCuRSOS peSqueIROS<br />
DO lITORAl<br />
MARANHeNSe: peSCA e<br />
bIOMONITORAMeNTO<br />
INtRodução<br />
Estudos científicos sobre a biologia e a pesca da<br />
fauna marinha e estuarina do litoral maranhense<br />
vêm sendo desenvolvidos desde a década de 70 do<br />
século XX. Contudo, ainda existem lacunas nesse campo<br />
do conhecimento, especialmente no que se refere aos recursos<br />
pesqueiros da plataforma continental e da costa leste<br />
do Estado do Maranhão (Almeida et al 2007). Além disso,<br />
são recentes os estudos que utilizam metodologias de biomonitoramento<br />
dos recursos aquáticos maranhenses.<br />
As pescarias realizadas no litoral do Maranhão, apesar de<br />
serem consideradas todas de caráter artesanal, não representam<br />
um conjunto homogêneo. Estudos realizados pelo<br />
nosso grupo de pesquisa do “Laboratório de Pesca, Biodiversidade<br />
e Dinâmica Populacional de Peixes” da UEMA<br />
permitiram identificar unidades distintas no Maranhão,<br />
resultando em 21 Sistemas de Produção Pesqueira (SPP),<br />
distribuídos em 24 municípios litorâneos (Almeida et al.,<br />
2009).<br />
Sumário<br />
Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta<br />
Zafira da Silva de Almeida<br />
92 / 415
Na comparação desses 21 sistemas de produção pesqueira<br />
(SPP) artesanais do litoral maranhense por meio de<br />
50 atributos – considerando-se as dimensões social, ecológica,<br />
tecnológica, econômica e de manejo -, evidenciou-se<br />
a formação de três grupos de sistemas: “de subsistência”,<br />
“intermediário” e “semi-industrial” (Almeida et al., 2011).<br />
Esses grupos foram diferenciados principalmente pelas<br />
tecnologias de pesca e níveis de renda dos pescadores.<br />
Para gerenciar os diferentes sistemas de produção pesqueira<br />
são necessárias propostas construídas com base<br />
prioritariamente na organização social e políticas públicas,<br />
mas que tenham a dimensão ecológica como eixo norteador.<br />
Nesse sentido, novas metodologias e novos estudos<br />
direcionados para o monitoramento dos recursos aquáticos<br />
são importantes para subsidiar uma gestão ambiental<br />
ampla e integrada do litoral maranhense. Algumas dessas<br />
metodologias já vêm sendo testadas na costa maranhense<br />
pelo nosso grupo de pesquisa, que tem validado biomarcadores<br />
de contaminação aquática em peixes da Baía de São<br />
Marcos-MA (Carvalho-Neta et al., 2012).<br />
Embarcações de Fibra de vidro - MAR<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
93 / 415
AS mEtodologIAS<br />
A utilização da metodologia conhecida como Rapfish mostrou-se<br />
adequada para a comparação do desempenho dos<br />
sistemas de produção pesqueira do litoral maranhense e<br />
permitiu tanto caracterizar as modalidades de pesca como<br />
avaliá-las a partir de indicadores de sustentabilidade, em<br />
uma abordagem multidimensional. Esse método tem sido<br />
recomendado para o diagnóstico rápido de pescarias, visando<br />
identificar problemas de depleção ou colapso, quando<br />
informações científicas mais precisas não são disponíveis.<br />
O método permitiu ordenar os 21 sistemas de produção<br />
pesqueira do estado do Maranhão de acordo com os níveis<br />
de sustentabilidade em cada uma das áreas temáticas<br />
analisadas (Almeida et al., 2011). Esses resultados podem<br />
servir como subsídio para decidir sobre quais medidas de<br />
manejo seriam mais adequadas para cada situação.<br />
Por outro lado, em termos de biomonitoramento dos<br />
ambientes aquáticos, vários estudos têm apontado a necessidade<br />
da utilização de metodologias que utilizem biomarcadores<br />
em peixes. Essas metodologias possibilitam<br />
a obtenção de diferentes tipos de respostas biológicas dos<br />
peixes que podem ser comparadas e confrontadas, proporcionando<br />
um diagnóstico mais preciso e confiável da situação<br />
da área estudada (Carvalho-Neta e Abreu-Silva, 2010).<br />
A utilização de biomarcadores em estudos com peixes tem<br />
apresentado muitas vantagens, tais como: detecção precoce<br />
da existência de contaminação por substâncias tóxicas<br />
biologicamente significativas; identificação de espécies<br />
ou de populações em risco de contaminação; avaliação da<br />
magnitude da contaminação; e determinação do grau de<br />
severidade dos efeitos causados pelos contaminantes nas<br />
populações de peixes de interesse comercial.<br />
oS SIStEmAS pESquEIRoS<br />
No Maranhão, o baixo custo de equipamentos e o livre<br />
Sumário<br />
94 / 415
Pescaria com tapagem<br />
acesso aos recursos<br />
aquáticos colaboraram<br />
para o aumento<br />
do número de pescadores<br />
explorando os<br />
sistemas nos últimos<br />
anos (Silva, 1980; Beckman,<br />
2006). Tais<br />
fatos implicaram na<br />
intensificação das<br />
pescarias no Estado,<br />
as quais, embora<br />
artesanais, vêm<br />
causando impactos<br />
tanto aos recursos<br />
pesqueiros quanto ao<br />
ambiente.<br />
Os sistemas de pesca artesanais de grande escala têm<br />
surgido recentemente e parte da frota é oriunda de outros<br />
estados do Nordeste. Isso resultou da crise provocada pela<br />
sobre-explotação dos recursos em outros pesqueiros, a<br />
exemplo do ocorrido com pargo e lagosta em vários estados<br />
da região nordeste do Brasil.<br />
Os sistemas pesqueiros do Pargo e da Lagosta do litoral<br />
maranhense, analisados pela metodologia Rapfish, apresentaram<br />
bons indicadores de sustentabilidade, principalmente<br />
nas dimensões social e econômica. Isso ocorreu porque<br />
os sistemas apresentam bons rendimentos financeiros,<br />
devido à grande demanda do mercado pelos seus produtos,<br />
bem como subsídios do governo, o que permite investimentos<br />
de capital, como pode ser observado nas comunidades<br />
de Barrerinhas e Raposa. Por outro lado, os referidos recursos<br />
são explorados intensamente, percebendo-se a ausência<br />
de uma política de gestão, o que conduz ao esgotamento<br />
dos estoques pesqueiros. Adicionalmente, a captura<br />
da lagosta é feita com rede de malha que é arrastada pelo<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
95 / 415
fundo, considerada destruidora do substrato marinho. Por<br />
isso, para esse grupo de sistemas, é imperioso a formulação<br />
de medidas eficientes de controle do esforço pesqueiro para<br />
evitar o colapso dessa atividade econômica, ora próspera.<br />
Apesar da existência de medidas que regulamentam essas<br />
pescarias no Nordeste do Brasil, o controle do esforço<br />
de pesca nunca foi adequadamente implantado (Dias Neto<br />
e Marrul Filho, 2003). No Maranhão, o IBAMA, com base<br />
na legislação nacional (IN n. 206 de 14/11/2008), realiza o<br />
monitoramento e fiscalização do defeso da lagosta (período<br />
reprodutivo), que ocorre de dezembro a maio. Entretanto,<br />
a fiscalização é ineficiente. Outro fator agravante, é que os<br />
pesqueiros do sistema encontram-se em uma Unidade de<br />
Conservação estadual (Parcel de Manuel Luís), considerada<br />
de grande vulnerabilidade ecológica.<br />
Dentro do grupo de sistemas artesanais de grande escala<br />
o sistema que se destacou como mais sustentável foi o que<br />
utiliza espinhel, por ser uma pescaria que utiliza uma arte<br />
seletiva e cujos pescadores apresentam melhores indicadores<br />
sociais. Isso ocorre, em parte, porque a frota é pequena<br />
e de atuação esporádica. O incremento do número de<br />
barcos nessas pescarias de espinhel pode ser considerado<br />
perigoso, particularmente pela captura de tubarões e meros,<br />
que são espécies k-estrategistas. O ordenamento da<br />
atividade pesqueira que possa ser efetivamente aceito pelos<br />
pescadores e controlado de forma coletiva deve ser objetivo<br />
da gestão ambiental, como forma de buscar maior eficiência<br />
e governança no manejo pesqueiro dessas modalidades<br />
de pesca. Contudo, pelo estado de exploração das espécies<br />
alvo e pelos antecedentes de sobre-explotação no Estado<br />
ou em estados vizinhos, a principal recomendação para essas<br />
modalidades de pesca deve ser o controle ou mesmo a<br />
redução do esforço total, bem como a efetiva implantação e<br />
fiscalização de áreas de exclusão da pesca (no take zones),<br />
principalmente nos arredores das unidades de conservação.<br />
Essas medidas poderão garantir a recuperação dos es-<br />
Sumário<br />
96 / 415
Pescada-amarela (Cynoscion acoupa)<br />
toques, se corretamente implantadas.<br />
Os sistemas que compõem a frota de escala intermediária<br />
são os de maior expressividade da pesca maranhense,<br />
responsáveis pela grande contribuição social e econômica<br />
da pesca, em nível estadual. Nesse grupo ocorre a maior<br />
utilização das artes multi-específicas, envolvendo recursos<br />
como as pescadas, peixes serras, bagres e camarões. Essas<br />
formas de pesca geram impactos importantes sobre o<br />
ambiente, destruindo o habitat e capturando espécies de<br />
fauna acompanhante, com grande incidência de indivíduos<br />
juvenis de espécies k-estrategistas, a exemplo de tubarões.<br />
Para a melhor gestão e o alcance de melhores indicadores<br />
de sustentabilidade das pescarias intermediárias recomenda-se<br />
maior fiscalização no tamanho das redes e abertura<br />
de malha, cumprindo a legislação existente (Portaria 121<br />
de 24/08/1998). Essas medidas devem ser pensadas de<br />
forma que a pescaria seja viável economicamente. Assim,<br />
serão necessários estudos econômicos que definam as melhores<br />
condições de rentabilidade da pesca. Para o manejo<br />
Sumário<br />
97 / 415<br />
Divulgação
desses sistemas intermediários, existe um grande desafio<br />
representado pela necessidade de resolução dos conflitos<br />
existentes entre os pescadores de cada sistema. A regulamentação<br />
de áreas de pesca se faz assim necessária, mas<br />
deverá ser feita da forma mais participativa possível.<br />
Dentre os sistemas intermediários e de pequena escala,<br />
as pescarias mais sustentáveis são as que utilizam linhas e<br />
anzóis e as manuais. Sistemas como os do sururu e aqueles<br />
que ultilizam redes gozeira destacam-se sustentavelmente<br />
por realizarem curtas viagens e apresentarem tecnologias<br />
simples, o que não impacta gravemente o ecossistema (Almeida<br />
et al, 2006). Os sistemas que utilizam embarcação<br />
de pequeno a médio porte apresentam rendimentos individuais<br />
baixos, mas produção total alta. Embora os estudos<br />
sobre a biologia e pesca do sistema pescada amarela sejam<br />
incipientes, já apontam para indícios da diminuição do tamanho<br />
do pescado, decréscimo na abertura de malhas de<br />
200mm para 100mm e aumento no número das embarcações.<br />
Surge, assim, a necessidade de medidas de manejo<br />
efetivas, como defeso (período reprodutivo), proteção de<br />
áreas de reprodução, determinação do tamanho mínimo de<br />
captura e aumento do tamanho de malha das redes.<br />
As pescarias manuais, consideradas de pequena escala,<br />
possuem condições de sustentabilidade precárias, principalmente<br />
pelos baixos indicadores sociais e pelos conflitos<br />
na conservação ambiental. É nítida a degradação dos ambientes<br />
estuarinos, principalmente nas áreas de captura<br />
de sururu e sarnambi. Os bancos de sururu vêm sendo<br />
destruídos pelo uso de pás na retirada do molusco, além<br />
das queimadas para utilização do recurso como isca. Atualmente<br />
esses recursos estão diminuindo em tamanho no<br />
mercado. O primeiro passo a ser tomado deve ser o fortalecimento<br />
da organização social, acompanhado de desenvolvimento<br />
de processos de alternativas de renda, visando à<br />
recuperação das áreas de pesca.<br />
No Maranhão, constata-se uma contínua diminuição dos<br />
Sumário<br />
98 / 415
Caranguejo-uçá<br />
estoques e redução do tamanho dos espécimes do caranguejo<br />
e do siri. Neste segundo caso, o declínio do recurso<br />
pode ser atribuído à sobrepesca e à captura preferencial de<br />
fêmeas ovadas. No caso do caranguejo, as alterações no tamanho<br />
das populações e dos espécimes são agravadas pela<br />
crescente demanda por esse recurso, principalmente devido<br />
ao decréscimo do recurso em outros estados brasileiros.<br />
Contudo, o sistema caranguejo foi um dos mais sustentáveis<br />
na categoria de pescarias de pequena escala. Isto pode<br />
ser atribuído à relativamente boa organização social dos<br />
coletores, assim como a existência das medidas de manejo<br />
tradicionais durante o período de acasalamento e na proteção<br />
das fêmeas. Um problema para esta atividade é que<br />
durante o período de acasalamento, devido à facilidade da<br />
captura, um grande número de pessoas oportunistas das<br />
regiões vizinhas se desloca para os manguezais na busca<br />
dos caranguejos. Para essa situação, sugere-se a determinação<br />
de áreas exclusivas de exploração para os coletores,<br />
com licenças individuais, os quais ficariam legalmente<br />
amparados para a captura durante os períodos legalmente<br />
autorizados.<br />
Sumário<br />
99 / 415<br />
Divulgação
Com exceção do caranguejo, nos sistemas de produção<br />
pesqueira de pequena escala, os maiores problemas são a<br />
ausência de manejo tradicional e/ou governamental, falta<br />
de pontos de referência sobre os volumes a serem capturados<br />
ou sobre as biomassas dos estoques e do dimensionamento<br />
dos impactos humanos sobre o ambiente e sobre as<br />
espécies alvo e da fauna acompanhante.<br />
Alguns órgãos como o IBAMA e o Serviço Brasileiro de<br />
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) já atuam<br />
nas comunidades costeiras na busca de formas de manejo<br />
que garantam a sustentabilidade da pesca, com ações de<br />
sensibilização, capacitação para o exercício de atividades<br />
que representem alternativas de renda, criação de conselhos<br />
deliberativos e preparação no exercício da gestão compartilhada.<br />
A grande extensão da costa maranhense e a falta de pessoal<br />
qualificado para o correto controle dos problemas ambientais<br />
são os principais fatores que contribuem para o<br />
ineficiente quadro da fiscalização e crescimento desordenado<br />
da pesca no Estado. As propostas de manejo devem<br />
ser constituídas através de eixos norteadores que são: gerenciamento<br />
da pesca, sustentabilidade do recurso, organização<br />
social e educação ambiental e devem respeitar as<br />
características tecnológicas e culturais de cada modalidade<br />
ou sistema de pesca. Os investimentos em pesquisas ambientais<br />
e sócio-econômicas sobre estas modalidades permitirão<br />
uma melhor compreensão e adequação de futuras<br />
medidas de monitoramento e manejo dos recursos aquáticos<br />
maranhenses.<br />
o bIomoNItoRAmENto doS RECuRSoS AquÁtICoS<br />
Os estudos de biomonitoramento com espécies de peixes<br />
de interesse comercial do litoral maranhense têm mostrado<br />
alterações bioquímicas (enzimáticas), lesões hepáticas<br />
e lesões branquiais graves nos organismos capturados em<br />
regiões próximas aos complexos portuários da baía de São<br />
Sumário<br />
100 / 415
Divulgação<br />
Serra (Scomberomorus brasiliensis)<br />
Marcos (Carvalho<br />
Neta et al., 2012).<br />
Por outro lado, os<br />
peixes das Unidades<br />
de Conservação<br />
não têm apresentado<br />
alterações morfológicas,indicando<br />
a importância<br />
dessas áreas para a<br />
proteção dos estoques<br />
pesqueiros.<br />
A experiência adquirida<br />
durante as pesquisas com biomonitoramento de<br />
peixes de importância comercial permitiu inferir a necessidade<br />
de algumas linhas de ação, sugeridas por Carvalho<br />
Neta (2010) a seguir:<br />
• estudos adicionais, com base nos mecanismos genéticos<br />
e proteômicos, para tornar o modelo de biomonitoramento<br />
baseado em biomarcadores bioquímicos e histopatológicos<br />
mais acurado;<br />
• análises histopatológicas de brânquias e fígados com<br />
uso de microscopia eletrônica, para que se possa definir<br />
com maior resolução a escala das lesões observadas nos<br />
peixes de áreas potencialmente contaminadas;<br />
• implementação de biomonitoramento baseado em biomarcadores,<br />
a partir de iniciativas de órgãos públicos ou<br />
privados comprometidos com o meio ambiente, visto que<br />
requer a manutenção de equipamentos instalados em campo<br />
que devem ser inspecionados em uma rotina técnica.<br />
A metodologia testada para biomonitoramento a partir da<br />
validação de biomarcadores em peixes oferece a possibilidade<br />
de se inferir dados sobre o ambiente monitorado com<br />
seletividade e relativo baixo custo, a partir de um modelo<br />
funcional capaz de prever consequências biológicas da contaminação<br />
aquática em peixes de importância comercial do<br />
litoral maranhense.<br />
Sumário<br />
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Zafira da Silva de Almeida<br />
Doutora em Zoologia pela Universidade Federal do Pará e Professora da Universidade<br />
Estadual do Maranhão.<br />
Sumário<br />
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IMpleMeNTAçÃO De uM<br />
CONveRSOR De AlTA efICIÊNCIA e<br />
bAIxO CuSTO pARA SISTeMA<br />
fOTOvOlTAICO De<br />
bOMbeAMeNTO De águA Guilherme de C. Farias<br />
João Victor M. Caracas<br />
Luis Felipe M. Teixeira<br />
Luiz A. de S. Ribeiro<br />
Este artigo apresenta o projeto de um conversor para sistemas<br />
de bombeamento d’água composto por um motor de<br />
indução trifásico alimentado a partir de uma fonte fotovoltaica.<br />
A motivação para o desenvolvimento do mesmo foi o<br />
lançamento do edital da competição International Future<br />
Energy Challenge (IFEC), patrocinada pelo Instituto de Engenheiros<br />
Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), com o objetivo<br />
de melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes.<br />
O sistema desenvolvido foi capaz de operar sob restrições<br />
de potência variável (radiação solar), maximizando a energia<br />
produzida pelo painel e a quantidade de água bombeada,<br />
além de possuir alta eficiência, baixo custo (90 dólares<br />
americanos), operação autônoma, robustez, expectativa de<br />
vida alta. O protótipo desenvolvido é uma solução comercialmente<br />
viável, permitindo assim a utilização em locais<br />
que necessitam desse tipo de sistema. O projeto conseguiu<br />
2 prêmios (Outstanding Performance Award and Best Technical<br />
Presentation Award) na referida competição no ano<br />
2011, além de ser o protótipo de menor tamanho e custo<br />
da competição.<br />
Sumário<br />
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INtRodução<br />
O IFEC (International Future Energy Challenge) é uma<br />
competição internacional para alunos de engenharias elétrica,<br />
eletrônica e áreas afins, que visa incentivar a inovação,<br />
conservação e uso eficiente da energia elétrica. A competição<br />
é promovida pelo IEEE (Institute of Electrical and<br />
Electronic Engeniering), que é o maior órgão mundial de<br />
pesquisa, regulamentação e incentivo ao desenvolvimento<br />
nas áreas relacionadas à energia elétrica. O IFEC, além de<br />
já possuir um grande prestígio internacional, está se tornando<br />
referência nas universidades brasileiras, tornando-<br />
-se um importante evento da área.<br />
A competição é realizada em regime bienal nos quais são<br />
sempre propostos 2 tópicos de interesse mundial. Cada Universidade<br />
pode realizar uma solução para participar e resolver<br />
o desafio proposto por apenas um dos tópicos. Essa<br />
Sumário<br />
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Divulgação
proposta é julgada e as Universidades classificadas participam<br />
do desafio. Na edição do evento (IFEC’11), o tópico B<br />
da competição teve como objetivo incentivar o desenvolvimento<br />
de acionamentos elétricos de bombas d’água voltados<br />
para a otimização de sistemas de tratamento de água<br />
alimentados por sistemas solares.<br />
A Universidade Federal do Maranhão foi selecionada para<br />
participar da competição no ano de 2011. Esta equipe era<br />
composta por três alunos: Eng. João Victor Mapurunga<br />
Caracas, Guilherme de Carvalho Farias e Luis Felipe Moreira<br />
Teixeira e pelo professor Dsc. Luiz Antonio de Souza<br />
Ribeiro, todos do Departamento de Engenharia Elétrica da<br />
UFMA.<br />
Inicialmente foram inscritas 30 equipes de todo o mundo.<br />
A primeira eliminatória foi baseada na análise da solução<br />
proposta, sendo classificadas somente 13 equipes para<br />
a etapa seguinte. A segunda etapa foi realizada em um<br />
Workshop ocorrido no mês de março/2011, na conferência<br />
Applied Power Eletronics Conference and Exposition, realizada<br />
na cidade Fort Worth - Texas nos EUA.<br />
Das 13 equipes que participaram do workshop, 13 foram<br />
selecionadas para a final do evento, a saber: Cologne University<br />
of Applied Sciences – Germany; Delhi Technological<br />
University – India; Federal University of Ceara – Brazil;<br />
Federal University of Maranhao – Brazil; Federal University<br />
of Mato Grosso do Sul – Brazil; Los Andes University – Colombia;<br />
University of Illinois at Urbana-Champaign – USA;<br />
University of Puerto Rico-Mayaguez – Puerto Rico; Consortia<br />
of UT-Dallas and Texas Christian University – USA;<br />
Yangzhou University – China.<br />
O último encontro foi realizado no Rio de Janeiro em julho<br />
de 2011. Neste período, um grupo de juízes, formado<br />
por pesquisadores e profissionais internacionais na área de<br />
eletrônica de potência, avaliou as equipes e o desempenho<br />
dos protótipos desenvolvidos. Após dois dias de testes experimentais,<br />
apresentações e análises dos relatórios técnicos,<br />
Sumário<br />
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a equipe da UFMA conseguiu 2 prêmios da competição:<br />
Outstanding Performance Award (Melhor Desempenho) e<br />
Best Technical Presentation Award (Melhor Apresentação<br />
Técnica).<br />
Este trabalho apresenta a solução proposta pela equipe<br />
da UFMA para solucionar o problema proposto pela competição.<br />
Nas próximas seções serão descritos os problemas<br />
de água existentes no mundo, as soluções existentes e a<br />
nossa proposta.<br />
pRoblEmA FuNdAmENtAl<br />
A água cobre ¾ da superfície do nosso planeta. De toda<br />
água existente no planeta, cerca de 97,5% é salgada e apenas<br />
2,5% é doce; e somente 0,4% dessa água é encontrada<br />
em rios, lagos e na atmosfera [1]. Considerando que, grande<br />
parte da água doce é encontrada em geleiras ou em regiões<br />
subterrâneas.<br />
A vida não seria possível sem a presença de água, que é<br />
responsável pela constituição de 70 % do corpo humano. A<br />
sociedade tem negligenciado a possibilidade de esgotamento<br />
dos recursos hídricos. Mas é importante que se observe<br />
alguns dados importantes:<br />
• Cerca de 1,1 bilhão de pessoas sofrem com dificuldade de<br />
acesso à fonte de água potável. Desse total, uma grande<br />
parcela encontra-se isolada em áreas rurais;<br />
• Em todo mundo, mais de 6.000 crianças morrem todos<br />
os dias vítimas de algum tipo de doença provocada por<br />
água contaminada;<br />
• Segundo a ONU, aproximadamente em 2050, 2 bilhões<br />
de pessoas sofrerão com a escassez de recursos hídricos;<br />
• O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas<br />
(IPCC) alerta que em 2020 aproximadamente 250 milhões<br />
de africanos sofrerão com a escassez de água;<br />
• Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa de<br />
água, deverão aparecer nas próximas décadas.<br />
Sumário<br />
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III. Solução do pRoblEmA<br />
Uma solução proposta para esse problema seria aproveitar<br />
a água de três formas:<br />
• Utilizar água subterrânea, que é de melhor qualidade, por<br />
estar localizada em lençóis mais profundos, sendo livres<br />
de contaminação;<br />
• Utilizar a água dos mares, que existe em grande quantidade<br />
no mundo. Neste caso é necessária a dessalinização<br />
da mesma;<br />
• Tratar a água do esgoto dos grandes centros urbanos,<br />
pois em grande parte do mundo essa água não é reutilizada<br />
de forma adequada.<br />
Em todas essas opções é necessário um sistema de bombeamento,<br />
podendo este ser elétrico ou a diesel. Como o<br />
diesel é derivado do petróleo, é uma fonte de poluição do<br />
meio ambiente, não sendo uma boa alternativa para tais<br />
aplicações.<br />
Uma das formas mais eficientes e promissoras para resolver<br />
esse problema é o bombeamento de água com uso<br />
de energia elétrica. Para tornar o sistema sustentável, a<br />
energia elétrica deve ser proveniente de fontes renováveis,<br />
sendo a solar fotovoltaica interessante, pois essa energia é<br />
encontrada em qualquer lugar do mundo: regiões urbanas,<br />
rurais e até em alto mar.<br />
Tais sistemas não são novos e já são utilizados por mais<br />
de três décadas [2-3]. Porém, até hoje, a maioria deles é<br />
baseado em um sistema de armazenamento intermediário<br />
utilizando baterias ou usam motores de corrente contínua<br />
para acionar a bomba de água [4].<br />
As baterias permitem que o sistema sempre funcione em<br />
sua potência nominal, mesmo em condições temporárias<br />
de baixa radiação solar. Isso facilita o acoplamento da dinâmica<br />
elétrica do painel solar e do motor utilizado para o<br />
bombeamento [5].<br />
Geralmente, as baterias utilizadas nesse tipo de sistema<br />
têm uma expectativa de vida útil baixa, de aproximada-<br />
Sumário<br />
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mente dois anos, em média [6]. Essa expectativa é extremamente<br />
baixa se comparada à vida útil de 15 anos de um<br />
módulo fotovoltaico. Além disso, apresentam um alto custo<br />
de instalação e manutenção, tornando esse tipo de sistema<br />
economicamente inviável para regiões com população<br />
de baixo poder aquisitivo. A falta de reposição de baterias<br />
é responsável pelo fracasso total desses sistemas em áreas<br />
isoladas.<br />
Classicamente, esses sistemas geralmente utilizam motores<br />
de baixa tensão em corrente contínua, evitando-se assim<br />
uma etapa de conversão entre o painel e o motor FV [7].<br />
Infelizmente, este tipo de motor tem baixa eficiência e alto<br />
custo de manutenção e não é adequado para aplicações em<br />
regiões isoladas.<br />
O desafio consiste em acionar uma bomba de água com<br />
motor de indução trifásico de 0,16Hp a partir de um painel<br />
solar de 205W. Para isso foi necessário o projeto de um<br />
conversor de energia capaz de fazer a interface entre o painel<br />
fotovoltaico e a bomba, adequando a energia produzida<br />
pelo painel à necessária para se acionar a bomba. Portanto,<br />
este trabalho propõe um novo conversor para sistemas de<br />
bombeamento e tratamento de água a partir de fontes fotovoltaicas.<br />
pRopoStA dE pRoJEto<br />
O trabalho propõe um conversor para bombeamento fotovoltaico<br />
de água, usando motor de indução trifásico. A<br />
escolha deste motor se deve fundamentalmente às suas características<br />
favoráveis: elevado grau de robustez, disponibilidade<br />
para compra no mercado, baixo custo, maior eficiência<br />
e menor custo de manutenção, em comparação a<br />
outros tipos de motores de mesma potência. Este motor<br />
será alimentado por um único painel fotovoltaico. Assim,<br />
toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos é imediatamente<br />
transferida para o motor. A Figura 1 mostra o<br />
diagrama de blocos do sistema proposto.<br />
Sumário<br />
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Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema Proposto<br />
O conversor deve ser capaz de acoplar a dinâmica do painel<br />
fotovoltaico com aquela do motor de indução trifásico<br />
da forma mais eficiente possível, e ainda ser capaz de bombear<br />
o máximo de água possível com menor energia. Além<br />
disso, o conversor deve possuir:<br />
• Alta eficiência – devido à baixa quantidade de energia disponível;<br />
• Baixo custo – para permitir a sua implantação onde é mais<br />
necessária e sua efetiva melhoria da qualidade de vida das<br />
classes com menor poder aquisitivo da sociedade;<br />
• Operação autônoma – sem necessidade de interferência<br />
humana e, portanto, sem necessidade de formação de mão<br />
de obra qualificada para a operação do sistema;<br />
• Robustez – mínima manutenção possível, devendo ser<br />
simples e possuir poucos componentes;<br />
• Alta expectativa de vida – comparável à de 15 anos de vida<br />
útil de um painel fotovoltaico.<br />
Para que o sistema seja eficiente, a energia do painel deve<br />
ser maximizada de modo que o mesmo deve operar em seu<br />
ponto de máxima potência, fazendo com que o motor bombeie<br />
o máximo de água possível.<br />
Partindo do pressuposto de que um motor de indução<br />
comercialmente disponível será de 380/220V, 60hz, o conversor<br />
projetado deve ser capaz de:<br />
• Aumentar a tensão do painel fotovoltaico para criar um<br />
Sumário<br />
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arramento CC de alta tensão antes que a mesma seja invertida<br />
para 220V alternada, já que a tensão do módulo<br />
fotovoltaico é bem menor do que a tensão necessária;<br />
• Aplicar a lógica MPPT (seguidor de máxima potência) para<br />
rastrear o ponto de máxima potência do painel fotovoltaico;<br />
• Controlar o motor de forma eficiente para que ele possa<br />
realizar as variações dinâmicas dos níveis de potência causadas<br />
pelas variações nos níveis de radiação;<br />
• Ser autônomo, permitindo uso por qualquer pessoa sem<br />
experiência técnica.<br />
ImplEmENtAção do CoNvERSoR<br />
O hardware do conversor foi divido em dois estágios: o<br />
primeiro é responsável pela elevação à tensão CC de um<br />
painel para nível que possa ser usado pelo motor; o segundo<br />
estágio é responsável em transformar a tensão CC em<br />
tensão CA para motor.<br />
Conversor CC/CC<br />
Devido à baixa tensão do painel fotovoltaico, é necessário<br />
um conversor CC/CC, responsável por elevar a tensão do<br />
painel a um nível que possa acionar o motor de indução trifásico.<br />
Alem disso, ele deve ter alta eficiência e ser capaz de<br />
operar o painel fotovoltaico no seu ponto de potência máxima<br />
(MPP). Alem disso, a ondulação de corrente na entrada<br />
deste conversor deve ser pequena para que não haja grande<br />
oscilação do painel em torno do seu ponto de máxima<br />
potência. Dessa forma aproveita-se o máximo da energia<br />
solar disponível a cada instante [8-10].<br />
Neste trabalho é proposto o uso como conversor CC/CC<br />
chamado Two Inductor Boost Converter (TIBC), com alguma<br />
modificação para melhorar sua eficiência [11-12]. A Figura<br />
2 mostra sua topologia clássica.<br />
Os conversores alimentados em corrente têm algumas<br />
vantagens. Normalmente, eles têm um indutor na entra-<br />
Sumário<br />
111 / 415
Figura 2. Topologia clássica do conversor Two-inductor isolated boost (TIBC)<br />
da para que o sistema possa ser dimensionado para ter<br />
corrente de entrada com ondulação baixa, eliminando assim<br />
a necessidade de elevados capacitores de entrada, que<br />
normalmente são eletrolíticos. Esses capacitores têm baixa<br />
expectativa de vida, resultando em um pequeno período de<br />
vida do conversor e afetando a vida útil e MTBF do sistema.<br />
Essas características fazem dele uma escolha atraente<br />
para alcançar a especificação necessária do sistema. Alem<br />
do alto ganho de tensão CC, o conversor TIBC, quando<br />
comparado a outros conversores alimentados em corrente,<br />
apresenta menor estresse nas chaves, menor perda de condução<br />
e uma boa utilização do transformador [13-14].<br />
Na implementação clássica do TIBC, as perdas elevadas<br />
de chaveamento são elevadas. No entanto, ele pode ser facilmente<br />
modificado para um conversor quase-ressonante,<br />
adicionando-se um circuito tanque ressonante ao enrolamento<br />
secundário do transformador [15]. Esse circuito tanque<br />
é formado principalmente pela indutância de magnetização<br />
do transformador e um capacitor, como mostra a<br />
Figura 3 (a).<br />
Adicionando-se esse capacitor é possível alcançar comutação<br />
com corrente nula (ZCS) para todas as chaves e diodos<br />
retificadores, fazendo o conversor ser capaz de operar<br />
com uma boa eficiência em altas frequências.<br />
Outra modificação importante no TIBC é o uso de um<br />
Sumário<br />
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Figura 3. Modificação do conversor TIBC: (a) Circuito tank ressonante; (b) Dobrador de tensão;<br />
(c)snubber<br />
retificador dobrador de tensão no enrolamento secundário<br />
do transformador, como mostrado na Figura 3(b). Com<br />
essa modificação, é possível reduzir a relação de espiras<br />
do transformador. Dessa maneira, um transformador mais<br />
barato pode ser usado.<br />
Classicamente, o TIBC tem uma carga de operação mínima.<br />
Isso ocorre porque os indutores são carregados mesmo<br />
que não haja corrente na saída, ou seja, mesmo se o conversor<br />
estiver vazio. Como resultado, esse conversor tem<br />
um inconveniente ao ser utilizado em sistemas de acionamento<br />
de motores, uma vez que o motor tem uma carga<br />
variável com baixa demanda de energia em alguns momentos.<br />
A literatura técnica aborda algumas soluções para esse<br />
problema: em [15-16] e adicionado um transformador auxiliar<br />
em série com os indutores de entrada. Este trabalho<br />
propõe a utilização de um snubber de tensão, Figura 3 (c),<br />
juntamente com um controlador de histerese para superar<br />
essa condição de carga mínima. A adição deste snubber<br />
também ajuda a melhorar a eficiência e reduzir o tamanho<br />
do transformador, uma vez que parte da energia será<br />
transferida através do mesmo.<br />
Sumário<br />
113 / 415
Conversor CC/CA<br />
A topologia mais clássica para o inversor trifásico CC/AC<br />
é o padrão de seis interruptores em ponte H. O baixo custo,<br />
projeto simples e fácil controle contribuem para sua ampla<br />
utilização. A Figura 4 mostra uma visão geral dessa topologia.<br />
As perdas nesse inversor são as perdas de comutação,<br />
de condução e o consumo de energia dos drivers.<br />
Figura 4. Inversor Trifásico<br />
Controle do Sistema<br />
Um dos aspectos mais importantes do controle desse sistema<br />
é o fato de que essa aplicação permite o uso de uma<br />
tensão de saída não controlada e ciclo de trabalho fixo do<br />
primeiro estágio (conversor CC/CC). Isso é vantajoso porque<br />
o conversor CC/CC tem uma melhor eficiência quando<br />
o ciclo de trabalho for o mais alto possível. Nesses casos,<br />
a energia é transferida durante todo o ciclo de trabalho, e<br />
para um mesmo nível de tensão e potência do conversor, a<br />
corrente que passa pelas chaves é menor, e, portanto, causam<br />
menores perdas de condução.<br />
A operação com ciclo de trabalho fixo faz o conversor trabalhar<br />
com ganho (K) constante, quase independente da<br />
tensão de entrada. Com o projeto correto de K, o conversor<br />
sempre poderá transferir energia do painel fotovoltaico para<br />
que o motor opere mesmo em condições de baixa irradiação<br />
solar. A Figura 5 mostra a característica I x V de um painel<br />
Sumário<br />
114 / 415
Figura 5. Variação da Tensão do Ponto de Máxima Potência de<br />
um Painel Fotovoltaico<br />
Sumário<br />
solar típico. Pode-se<br />
observar que a tensão<br />
para operação no ponto<br />
de máxima potência<br />
(Vmpp) tem pequena<br />
variação para diferentes<br />
níveis de irradiação<br />
solar. Esses pontos<br />
são representados<br />
pela linha azul. Alem<br />
disso, essa variação é<br />
aproximadamente linear.<br />
Também é importante<br />
analisar que existe<br />
uma tensão mínima<br />
do barramento CC necessária<br />
para operar o<br />
motor em um determi-<br />
nado nível de potência.<br />
Ignorando o efeito de escorregamento do motor em máquinas<br />
de indução e considerando que a bomba de água<br />
centrífuga tem o seu conjugado proporcional ao quadrado<br />
da frequência, e que a frequência no controle V/Hz é proporcional<br />
à tensão, pode-se concluir que a energia do motor<br />
pode ser expressa como uma função cúbica da tensão<br />
do barramento.<br />
A Figura 6 mostra uma comparação entre a tensão de<br />
saída do conversor CC/CC (linha azul) para um ganho K<br />
constante e a tensão CC mínima necessária para operar o<br />
motor (linha preta) em toda faixa de potência máxima. Pode<br />
ser visto que para um projeto correto de K, a tensão de saída<br />
do conversor do primeiro estágio sempre será maior do<br />
que a tensão mínima necessária para acionar o motor<br />
Para que o painel fotovoltaico trabalhe sempre no seu<br />
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Figura 6. Comparação entre a tensão mínima de entrada do inversor para operação com V/Hz<br />
constante e a tensão de saída do conversor CC/CC para um ganho K constante.<br />
ponto de máxima potência, foi implementado um algoritmo<br />
para rastreá-lo. Este ponto não está fixo e varia de acordo<br />
com a luminosidade do sol e da temperatura do painel.<br />
Assim, para maximizar a quantidade de energia produzida<br />
e, consequentemente, a quantidade de água bombeada, é<br />
importante para manter o ponto de operação do painel PV<br />
no MPP.<br />
O algoritmo Hill Climbing (Subida da Montanha) baseia-<br />
-se na curva da potência do painel PV, mostrada na Figura<br />
7.Esta curva pode ser dividida em dois lados, à esquerda e<br />
à direita do ponto de máxima potência (Pmpp). Ao analisar<br />
a variação de potência e tensão, pode-se deduzir em qual<br />
lado da curva o painel está operando atualmente. Assim,<br />
pode-se ajustar a referência da tensão de saída para se alcançar<br />
o ponto de interesse (Pmpp).<br />
O valor de saída do algoritmo Hill Climbing é usado como referência<br />
para um controlador PI. Este controlador é usado para<br />
regular a tensão do painel. A combinação do algoritmo Hill-<br />
Sumário<br />
116 / 415
Figura 7. Algoritmo Hill-Climbing<br />
-Climbing e o controlador PI forma a estratégia MPPT.<br />
O controle do inversor trifásico é baseado em modulação<br />
por largura de pulso (PWM). A estratégia utilizada é a Injeção<br />
de Terceira Harmônica (THIPWM). O principio THIPWM<br />
é injetar uma componente de terceira harmônica na forma<br />
de onda da componente fundamental da tensão, como<br />
mostro na Figura 8. As três tensões de fase de referência do<br />
modulador são:<br />
Onde M é o índice de modulação em amplitude e m o fator<br />
de escala da terceira componente harmônica. Segundo<br />
a teoria, o valor ótimo de m é [18]:<br />
Sumário<br />
117 / 415
Figura 8. Tensão de linha do THIPWM<br />
Em comparação com a modulação senoidal (SPWM), o<br />
THIPWM é capaz de gerar uma tensão maior de saída com<br />
a mesma tensão do barramento CC, uma vez que o índice<br />
de modulação pode ser maior. Dessa forma, para uma dada<br />
tensão de saída é necessária uma tensão menor no barramento<br />
CC menor. O THIPWM também reduz os harmônicos<br />
na corrente de saída, reduzindo as perdas de potência<br />
do sistema. As perdas por chaveamento também são reduzidas,<br />
já que nessa modulação há menos chaveamento que<br />
na modulação senoidal.<br />
O índice de modulação é calculado com base no controle<br />
Volt-Hertz. O controle Volt-Hertz é usado para manter a<br />
capacidade do motor de produzir conjugado nominal independente<br />
da velocidade de operação. Sabendo que o fluxo<br />
do motor é diretamente proporcional à tensão e inversamente<br />
proporcional à frequência da tensão de entrada, se<br />
mantivermos a relação tensão/ frequência constante, a capacidade<br />
do motor em fornecer conjugado nominal é mantida,<br />
apesar da velocidade. Isso é feito através do cálculo<br />
de um índice de modulação proporcional à tensão de saída<br />
para desejada frequência.<br />
Sumário<br />
118 / 415
pRoJEto do SIStEmA<br />
O hardware foi projetado para se obter um sistema final<br />
com custo baixo, portanto, um produto acessível à população<br />
carente. O motor usado na bomba centrífuga é um motor<br />
de indução trifásico de 0,2HP. Considerando a potência<br />
nominal e eficiência do motor, um painel fotovoltaico 210W<br />
foi escolhido. As principais características utilizadas para o<br />
projeto do conversor são apresentadas na Tabela 1.<br />
Parâmetros Values<br />
Modelos do PV KD210GX<br />
Potência do PV 210W<br />
Tensão de circulo aberto do PV (Voc) 29.9 V<br />
Corrente de curto-circuito do PV (ISC) 6.98 A<br />
Tensão máxima de MPP (Vmpp, max) 26.6 V<br />
Potência nominal do motor 0.2 HP<br />
Tensão nominal do motor ( Vrms) 220 V3 ø<br />
Tensão nominal do barramento 350 V<br />
Frequência nominal do motor 60kHz<br />
Ondulação de corrente na entrada ≤ 5%<br />
Frequência de chaveamento do 1º estágio 100kHz<br />
Frequência de chaveamento do 2º estágio 7,7 kHz<br />
Tabela 1. Especificações do Sistema<br />
Figura 9. Etapas de desenvolvimento do conversor<br />
Sumário<br />
Eficiência, custo baixo<br />
e robustez do sistema<br />
dependem diretamente<br />
da escolha dos<br />
componentes e do projeto<br />
do leiaute da placa<br />
do conversor. Para<br />
obter o nível esperado<br />
mais elevado de eficiência,<br />
cada componente<br />
foi cuidadosamente<br />
selecionado. A Figura 9<br />
mostra todas as etapas<br />
de desenvolvimento do<br />
conversor.<br />
Uma das principais<br />
preocupações sobre a<br />
implementação do protótipo foi evitar o uso de capacitores<br />
eletrolíticos. Capacitores eletrolíticos possuem uma vida<br />
útil baixa, e MTFB baixo. Com o tempo de uso do capacitor,<br />
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o dielétrico se degrada rapidamente. Isso faz com que ocorram<br />
mudanças na capacitância e tensão de junção. Alem<br />
disso, o ESR também é alterado e o capacitor começa a perder<br />
mais energia, aumentando as chances de falha. A vida<br />
útil de capacitores eletrolíticos é de cerca de 2000 horas. É<br />
um tempo muito pequeno se comparado ao tempo de vida<br />
de 15 anos de um painel solar.<br />
Por outro lado, capacitores de tântalo normalmente têm<br />
uma vida útil de mais de 10 anos. Eles têm uma melhor<br />
resposta às mudanças na temperatura e têm um menor<br />
ESR. A principal desvantagem do capacitor de tântalo é a<br />
sua natureza de baixa tensão. Mas se for considerado que<br />
em tais aplicações a robustez é fundamental, esses capacitores<br />
devem ser usados.<br />
O sistema de controle foi todo implementado em um controlador<br />
digital de sinal (DSP). A Figura 10 apresenta uma<br />
visão geral do sistema de controle. Com base na tensão<br />
e corrente do painel, Vpv e Ipv, respectivamente, o MPPT<br />
estima uma referência de frequência, fop, que serve para<br />
regular a tensão do painel, modificando a quantidade de<br />
energia transferida para o motor. Um controlador de Volt-<br />
-Hertz calcula a tensão de saída com base na frequência de<br />
operação. A tensão de saída é então usada para calcular o<br />
índice de modulação em amplitude, M, do PWM, gerando<br />
os sinais de saída para acionamento do inversor.<br />
Figura 10. Visão geral do sistema de controle<br />
Sumário<br />
120 / 415
O microcontrolador utilizado é o dsPIC30F4011 da Microchip.<br />
Ele tem um módulo de controle de motores com<br />
seis saídas PWM, o que pode ser configurado como saídas<br />
complementares, e geração de tempo morto. Ele também<br />
tem um modulo A/D de 10-bit, que é usado para fazer as<br />
medições necessárias para implementar o controle do conversor<br />
CC/CC e o inversor CC/AC, para execução do algoritmo<br />
MPPT, do controle V/Hz e da modulação THIPWM.<br />
Algumas rotinas do código foram escritas em assembler<br />
para manter o tempo de execução e frequência do processador<br />
o mais baixo possível. Quando o processador está<br />
entre as tarefas, ele é colocado em um estado ocioso para<br />
reduzir o consumo de energia. Os periféricos foram configurados<br />
para continuar funcionando quando em estado<br />
ocioso. Dessa forma, a potência consumida pelo circuito de<br />
controle foi drasticamente reduzida.<br />
RESultAdoS EXpERImENtAIS<br />
A Figura 11 mostra uma foto do protótipo desenvolvido.<br />
Ele foi testado num sistema de bombeamento de água<br />
usando como fonte um painel solar. Uma operação completamente<br />
autônoma foi observada. Isso incluiu a correta<br />
entrada em funcionamento e desligamento do sistema de<br />
acordo com o nível de irradiação solar.<br />
Os ensaios de desempenho foram realizados com uma fonte<br />
de potência programável. A mesma foi configurada para<br />
simular o perfil do painel durante um dia normal de radiação.<br />
A Figura 12 mostra as curvas de tensão e corrente. O<br />
sistema foi capaz de operar próximo do ponto ideal de tensão<br />
(V mpp ) e corrente (I mpp ) de máxima potência, mostrados pelas<br />
curvas verdes, durante o tempo programado. Isso comprova<br />
que o algoritmo de MPPT funcionou corretamente.<br />
A análise da rotina de MPPT também foi realizada usando<br />
um módulo fotovoltaico real. Uma análise em tempo real do<br />
ponto de operação foi feita. Esta analise consistia em verificar<br />
se o sistema é capaz de manter-se estavelmente no<br />
Sumário<br />
121 / 415
Figura 11. Protótipo desenvolvido<br />
Figura 12. Curvas de tensão e corrente durante o teste de emulação do painel: as curvas<br />
vermelhas mostram a tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito; as<br />
curvas verdes são a tensão e corrente ideais no ponto de máxima potência; as curvas<br />
azuis são a tensão e corrente do sistema durante o teste.<br />
MPP do painel solar. A Figura 13(a) mostra a curva I-V e o<br />
ponto de operação do sistema, enfatizado pelo ponto mais<br />
claro e a seta. A Figura 13(b) mostra a curva I-V e o ponto<br />
de operação do sistema para diferentes valores de radiação<br />
solar. Observa-se que o sistema foi capaz de manter-se no<br />
ponto de máxima potência mesmo em situação dinâmicas.<br />
Devido a alta frequência do sinal PWM de saída do conversor<br />
que alimenta o motor não é trivial medir a sua eficiência,<br />
pelo menos sem usar equipamentos de elevado<br />
valor. Considerando que o motor de indução converte em<br />
energia mecânica somente as componentes fundamentais<br />
de tensão e corrente, a medição de eficiência foi baseada na<br />
Sumário<br />
122 / 415
Figura 13. (a) Operação em tempo real no MPP do módulo PV;<br />
Figura 13. (b) Operação em diferentes pontos Mpp para<br />
diferentes curvas IxV<br />
componente fundamental de potência de saída. A Figura<br />
14 mostra a eficiência medida considerando a potência de<br />
entrada e potência fundamental de que alimenta o motor.<br />
Uma eficiência máxima de 91% foi obtida.<br />
A Figura 15 apresenta a distribuição dos custos de todo<br />
Sumário<br />
123 / 415
Figura 14. Eficiência medida considerando somente a potência fundamental de<br />
saída<br />
o sistema e do protótipo. A partir da Figura 15(a) pode ser<br />
visto que o custo do conversor é aproximadamente 10% do<br />
custo total do sistema. A Figura 15(b) mostra a distribuição<br />
dos custos das partes do próprio conversor. O preço total<br />
do protótipo, considerando produção em larga escala, é de<br />
U$ 90,90.<br />
CoNCluSão<br />
Figura 15. Distribuição de preços: (a) sistema; (b) conversor.<br />
Sumário<br />
124 / 415
Neste trabalho foi apresentado um conversor fotovoltaico<br />
para sistema de bombeamento de água usando motor de<br />
indução trifásico. O conversor projetado alcançou alta eficiência<br />
devido a abordagem inovadora para o conversor CC/<br />
CC e seu sistema de controle e conseguiu atender todas as<br />
expectativas do projeto, tais como: tamanho, peso e volume<br />
satisfatórios, um MTBF e vida útil elevadas, já que não<br />
possui capacitores eletrolíticos; uma alta eficiência, tanto<br />
por causa da topologia escolhida e componentes utilizados,<br />
quanto por causa das técnicas de controle aplicadas, maximizando<br />
a energia do painel fotovoltaico e da bomba; baixo<br />
custo, já que o conversor é simples e não utiliza muitos<br />
componentes eletrônicos.<br />
Os resultados experimentais sugerem que o conversor<br />
proposto poder ser uma solução viável para esse problema<br />
da falta de água. Em nível da competição, a equipe conseguiu<br />
desenvolver o protótipo com menor custo, menor peso<br />
e volume e com maior desempenho no bombeamento de<br />
água.<br />
AgRAdECImENtoS<br />
Os autores gostariam de agradecer a motivação e o apoio<br />
financeiro providos pelo Instituto de Engenharia Elétrica<br />
da Universidade Federal do Maranhão, pelo Laboratório de<br />
Engenharia de Sofware e Rede (LESERC/UFMA), pela CP<br />
Eletrônica, pela Elétrica Visão, pela Alumar, e pela Texas<br />
Instruments.<br />
REFERÊNCIAS<br />
[1] Wikipedia, a enciclopédia livre (2012, abril)[Online].<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua.<br />
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[3] Hahn, A. Technical maturity and reliability of photovoltaic<br />
pumping systems. In: 13th European Photovoltaic So-<br />
Sumário<br />
125 / 415
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July 2010.<br />
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[10] Wolfs, P.; Quan Li; , “An analysis of a resonant half<br />
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modes,” Power Electronics Specialists Conference,<br />
2002. pesc 02. 2002 IEEE 33rd Annual , vol.3, no., pp.<br />
1313- 1318 vol.3, 2002.<br />
[11] Yan, L.; Lehman, B.; , “Isolated two-inductor boost converter<br />
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Conference and Exposition, 2003. APEC ‘03. Eighteenth Annual<br />
IEEE , vol.2, no., pp. 879- 885 vol.2, 9-13 Feb. 2003.<br />
[12] Y. Jang, Two-Inductor Boost Converter, US Patent<br />
6,239,584, May 29, 2001.<br />
[13] Quan Li; Wolfs, P.; , “The Power Loss Optimization of<br />
a Current Fed ZVS Two-Inductor Boost Converter With a<br />
Resonant Transition Gate Drive,” Power Electronics, IEEE<br />
Sumário<br />
126 / 415
Transactions on , vol.21, no.5, pp.1253-1263, Sept. 2006.<br />
[14] W. C. P. De Aragao Filho and I. Barbi, ¡§A comparison<br />
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pp. 313V320, 1996.<br />
[15] Li, Donghao; Liu, Bo; Yuan, Bo; Yang, Xu; Duan, Jason;<br />
Zhai, Jerry; , “A high step-up current fed multi-resonant<br />
converter with output voltage doubler,” Applied Power<br />
Electronics Conference and Exposition (APEC), 2011 Twenty-Sixth<br />
Annual IEEE, vol., no., pp.2020-2026, 6-11 March<br />
2011.<br />
[16] [15] Yungtaek Jang; Jovanovic, M.M.; “New two-inductor<br />
boost converter with auxiliary transformer” APEC 2002.<br />
IEEE, Page(s): 654 -660 vol.2, 2002.<br />
[17] Liang Yan; Lehman, B.; “Isolated two-inductor boost<br />
converter with one magnetic core” APEC ‘03. IEEE , Volume:<br />
2,Page(s): 879 -885, 2003.<br />
[18] Holmes, D.G; Lipo, T.A; Pulse Width Modulation for<br />
Power Converters: principles and pratice, IEEE John Wiley<br />
& Sons, 2003.<br />
Guilherme de C. Farias<br />
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
João Victor M. Caracas<br />
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Luiz A. de S. Ribeiro<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Luis Felipe M. Teixeira<br />
Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
127 / 415
CONTROle De<br />
quAlIDADe e MÉTODOS<br />
ANAlíTICOS pARA<br />
DeRIvADOS De<br />
peTRÓleO<br />
e bIOCOMbuSTíveIS.<br />
eleTROANálISeS De MeTAIS eM COMbuSTíveIS<br />
Neste artigo é apresentada uma visão geral sobre Qualidade<br />
de Combustíveis, focando de modo particular as ações<br />
desenvolvidas pela ANP, no que diz respeito ao padrão de<br />
qualidade nacional (especificações) para os combustíveis<br />
automotivos. Mostra-se também, a atuação do laboratório<br />
LAPQAP/UFMA no programa PMQC, da ANP, bem como alguns<br />
dos principais resultados deste laboratório em termos<br />
de pesquisas sobre o desenvolvimento de sensores e métodos<br />
eletroanalíticos voltados para a Qualidade de Combustíveis.<br />
Sumário<br />
Aldaléa L.Brandes Marques<br />
Cristina A.Lacerda<br />
Edmar P.Marques<br />
Glene H. R.Cavalcante<br />
Jemmla M. Trindade<br />
Lorena C. Martiniano<br />
Vivia Ruth Abrantes<br />
128 / 415
INtRodução<br />
Entre os principais requisitos dos combustíveis estão características<br />
importantes, como baixo custo por conteúdo<br />
energético, disponibilidade, facilidade de transporte e armazenamento,<br />
possibilidade de utilização dentro de tecnologias<br />
disponíveis, baixo custo operacional e de investimento,<br />
qualidade frente às especificações, etc. Durante muitos<br />
anos, os derivados de petróleo preencheram a maioria destas<br />
características e se tornaram o tipo mais utilizado de<br />
combustível industrial. Nas décadas recentes, outros tipos<br />
de combustíveis têm sido utilizados e pesquisados, principalmente<br />
aqueles que produzem menor impacto ambiental<br />
que os combustíveis fósseis.<br />
Os combustíveis líquidos continuam sendo amplamente<br />
utilizados na indústria e em veículos automotivos, pelas<br />
facilidades de armazenamento, operação e transporte,<br />
e os derivados de petróleo estão presentes na grande maioria<br />
destas aplicações. A caracterização destes combustíveis<br />
líquidos compreende a medição de propriedades que são<br />
definidas através de especificações determinadas pelo governo,<br />
através de uma agência reguladora. Os padrões de<br />
combustíveis para veículos estão diretamente relacionados<br />
aos níveis de contaminantes que causam a poluição do ar.<br />
A redução na emissão depende também da aplicação de<br />
tecnologias de controle de poluição nos veículos, onde a<br />
qualidade dos combustíveis tem um papel fundamental no<br />
uso de tais tecnologias.<br />
Os derivados de petróleo, principalmente a gasolina, têm<br />
sido usados como combustíveis para os veículos com motores<br />
de combustão interna por mais de um século. E apesar<br />
de estar sendo observado um aumento na produção de<br />
biocombustíveis no mundo, possibilitando o uso de carros<br />
Flex, há preocupação com o uso de matéria vegetal para<br />
produção de biocombustíveis, principalmente considerando<br />
possíveis crises na área de alimentos no mundo.<br />
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e<br />
Sumário<br />
129 / 415
Biocombustíveis (ANP), 45% da energia e 18% dos combustíveis<br />
consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do<br />
mundo, 86% da energia são procedentes de fontes energéticas<br />
não-renováveis. O Brasil tem, portanto, alcançado posições<br />
pioneiras no uso de biocombustíveis, entre os países<br />
que buscam fontes renováveis de energia, como alternativas<br />
estratégicas ao petróleo. Por outro lado, considerando<br />
a importância de um padrão de qualidade mundial, o Brasil<br />
também tem buscado o estabelecimento de parâmetros<br />
que atendam especificações com as necessárias evoluções<br />
tecnológicas que atendam aos requisitos ambientais.<br />
Neste sentido, após a quebra do monopólio do setor petróleo,<br />
no Brasil, muitos laboratórios e grupos de pesquisa<br />
foram implantados, e muitas pesquisas têm sido desenvolvidas<br />
buscando o desenvolvimento e aprimoramento de<br />
métodos analíticos, rápidos, eficazes e precisos nesta área,<br />
por exemplo, na detecção de contaminantes em concentrações<br />
cada vez mais baixas.<br />
quAlIdAdE dE CombuStÍvEIS No bRASIl<br />
Os padrões de qualidade para os combustíveis geralmente<br />
são regulados por agências governamentais, como é o<br />
caso da ANP, no Brasil. As normas atuais, em termos de<br />
especificações, dos principais combustíveis são as apresentadas,<br />
a seguir, na Tabela 1, cujo detalhamento pode ser<br />
encontrado no site da ANP (www.anp.gov.br).<br />
COMBUSTÍVEL<br />
Gasolina Diesel Etanol Biodiesel<br />
Portaria ANP nº<br />
309/2011<br />
Tabela 1<br />
Resolução ANP nº<br />
42/2009<br />
Sumário<br />
Resolução ANP nº<br />
07/2011<br />
Resolução ANP nº<br />
07/2008<br />
130 / 415
Especificações são definições técnicas preparadas pelas<br />
partes interessadas, em consenso e transparência, sob a<br />
égide de organizações de normatização e adotadas voluntariamente.<br />
Infelizmente, em muitos países, as pessoas intencionalmente<br />
adicionam substâncias orgânicas mais baratas<br />
em uma tentativa de aumentar margens de lucro. Essa<br />
prática ilegal é chamada “adulteração”.<br />
Os padrões de qualidade para os combustíveis estão relacionados,<br />
por um lado, com a eficiência do combustível<br />
para os motores, mas também, por outro lado, com a ausência<br />
de contaminantes e de substâncias adulterantes. A<br />
adulteração de combustíveis é um caso preocupante, de<br />
grande ocorrência em todo o território nacional, e tem levado<br />
a ANP a intensificar esforços no sentido de coibir essa<br />
ação ilícita. Ela afeta os cofres públicos através da sonegação<br />
de impostos, uma vez que solventes como aguarrás<br />
mineral, querosene, solventes de borracha, nafta, e outros<br />
mais leves são cobrados por diferentes impostos (PEREI-<br />
RA et al., 2006). Eles também podem danificar gravemente<br />
os motores e produzir emissões que aumentam a poluição<br />
ambiental.<br />
A adição de solventes como o tolueno provoca a deterioração<br />
de tubos e mangueiras de borracha. Os resíduos tendem<br />
a depositar-se no diafragma da bomba de gasolina.<br />
Um diafragma sujo tem seu poder de sucção diminuído,<br />
o que será sentido pelo veículo caso este necessite vencer<br />
obstáculos como rampas e ladeiras. Além da ação sobre<br />
o veículo, o uso de combustíveis adulterados afeta o meio<br />
ambiente, uma vez que a combustão torna-se irregular e<br />
a emissão de compostos como NOx e SOx, causadores de<br />
chuva ácida, e CO, que é altamente asfixiante, aumenta.<br />
Dentre os motivos que favorecem a prática de adulteração<br />
temos a abertura de mercado, após quase meio século<br />
de monopólio, o que foi agravado pela redução do subsídio<br />
ao álcool hidratado e anidro e pela liberação da importação<br />
Sumário<br />
131 / 415
de solventes, tornando os custos destes bastante inferiores<br />
aos da gasolina. Além disso, a elevada incidência de<br />
impostos que recaem sobre a gasolina representada pelos<br />
tributos ICMS, CIDE, PIS e COFINS contribuem para a alta<br />
ocorrência deste tipo de fraude.<br />
Na tentativa de coibir fraudes, a ANP realiza periodicamente<br />
coletas de amostras de combustíveis em todo o país,<br />
e sobre estas amostras são realizados diversos ensaios a fim<br />
de verificar a conformidade ou não com as especificações.<br />
A ANP tem como uma de suas principais atribuições assegurar<br />
a qualidade dos combustíveis, derivados de petróleo<br />
e biocombustíveis comercializados em todo o território<br />
brasileiro, conforme o Art. 8º da Lei nº 9.478/1997, a Lei do<br />
Petróleo. Esta ação é feita através do Programa de Monitoramento<br />
da Qualidade dos Combustíveis Líquidos - PMQC.<br />
Através deste programa, os índices de não conformidade<br />
dos combustíveis (gasolina, etanol, óleo diesel, óleos lubrificantes<br />
e, mais recentemente, o biodiesel) comercializados<br />
nos postos revendedores do Brasil são monitorados periodicamente.<br />
O PMQC foi instituído em 1998, e desde 2005 atua em todas<br />
as unidades da Federação, sendo coordenado pela Superintendência<br />
de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos<br />
(SBQ), e regulamentado, atualmente, pela Resolução<br />
ANP nº 8, de 9 de fevereiro de 2011, que revogou a Resolução<br />
ANP nº 29, de 26/10/2006. Através de indicadores de<br />
qualidade, o PMQC tem a finalidade de detectar focos de<br />
não-conformidade, identificando a existência de produtos<br />
que não atendem às especificações técnicas determinadas<br />
pela ANP. As amostras são analisadas em relação a diversos<br />
parâmetros técnicos no Centro de Pesquisas e Análises<br />
Tecnológicas da ANP (CPT, localizado em Brasília) e nos<br />
22 laboratórios de universidades e instituições de pesquisa<br />
contratados pela Agência.<br />
No Maranhão, o Laboratório de Análises e Pesquisa em<br />
Química Analítica de Petróleo e Biocombustíveis - LAPQAP,<br />
Sumário<br />
132 / 415
da UFMA, é responsável pela execução do PMQC/ANP, onde<br />
os resultados das análises, obtidos regularmente, são enviados<br />
ao Escritório Central da Agência, no Rio de Janeiro.<br />
Através de um Programa Interlaboratorial de Combustíveis,<br />
realizado semestralmente pela ANP, do qual participam<br />
todas as instituições contratadas, a qualidade e a padronização<br />
dos serviços destes laboratórios são avaliadas. São<br />
verificados os procedimentos de coleta, transporte e armazenamento<br />
de amostras, bem como a realização das análises<br />
e tratamento e envio de resultados. Gradualmente, estes<br />
laboratórios vêm adotando a Norma BR ISO IEC 17025,<br />
que estabelece requisitos para acreditação de ensaios e de<br />
calibração de equipamentos. Como resultado do PMQC, os<br />
índices de não-conformidade dos combustíveis vêm caindo<br />
nitidamente, no país, conforme demonstra a Figura 1 abaixo,<br />
que é disponibilizado no site da ANP (www.anp.gov.br).<br />
Figura 1 - Evolução nos índices de não-conformidade dos combustíveis brasileiros na década 2000-2010<br />
(Fonte: www.anp.gov.br).<br />
A ANP disponibiliza em seu site (www.anp.gov.br) todas<br />
as informações sobre a qualidade dos combustíveis automotivos<br />
usados no Brasil, onde são encontradas informações<br />
atualizadas, regionais e estaduais.<br />
Sumário<br />
133 / 415
A AtuAção do lApqAp/uFmA No pRogRAmA dE<br />
“quAlIdAdE dE CombuStÍvEIS” dA ANp<br />
O laboratório LAPQAP da UFMA (criado pelo projeto de<br />
pesquisa de mesmo nome, Resolução UFMA/CONSEPE No<br />
221/2001) foi pioneiro no Estado do Maranhão em pesquisas<br />
na área de petróleo e combustíveis, tendo aprovado vários<br />
projetos desde o lançamento do primeiro Edital FINEP,<br />
em 1999, dentro do Programa CTPETRO (Ciência e Tecnologia<br />
para o Setor Petróleo e Gás Natural), tendo já aprovado<br />
dezenas de projetos ao longo dos últimos 11 anos.<br />
Além de ser um dos integrantes da Rede Nacional do<br />
PMQC/ANP, sendo responsável, oficialmente, pelo monitoramento<br />
da qualidade dos combustíveis no Estado do Maranhão,<br />
o Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP)<br />
também participa de outros importantes programas do Governo<br />
Federal através de órgãos como a ANP, PETROBRAS<br />
e FINEP.<br />
A equipe do LAPQAP desenvolve atividades de ensino,<br />
pesquisa e extensão, voltadas para diversos temas, como<br />
desenvolvimento e aplicações de metodologias analíticas,<br />
especialmente usando técnicas eletroquímicas, espectroscópicas<br />
e cromatográficas, aplicadas a diversas matrizes de<br />
interesse ambiental, toxicológico, petróleo e qualidade de<br />
combustíveis.<br />
As atividades de análises de combustíveis (monitoramento<br />
da qualidade) são desenvolvidas por uma equipe técnica<br />
especializada, enquanto que as atividades de pesquisas são<br />
desenvolvidas, conjuntamente, com o LPQA (Laboratório<br />
de Pesquisa em Química Analítica), por alunos de graduação<br />
e pós-graduação e pesquisadores pós-doutorandos da<br />
UFMA, orientados e supervisionados por professores desta<br />
universidade, vinculados aos dois laboratórios LPQA e LA-<br />
PQAP, ambos vinculados ao Núcleo de Estudos em Petróleo<br />
e Energia - NEPE, da UFMA.<br />
Este núcleo de petróleo foi criado a partir das atuações<br />
acadêmicas, voltadas para petróleo e biocombustíveis, dos<br />
Sumário<br />
134 / 415
pesquisadores dos laboratórios LAPQAP e LPQA.<br />
A Figura 2 mostra uma visão das amostras de combustíveis<br />
armazenadas para análise (A) e um dos equipamentos<br />
mais importantes na análise de derivados de petróleo (Destilador<br />
automático) (B).<br />
Figura 2 - (A) Amostras de combustíveis acondicionadas para análise, em baixa temperatura.<br />
Figura 2 - (B) Destiladores automáticos sendo usados na análise de combustíveis por um dos técnicos especializados<br />
do laboratório.<br />
Sumário<br />
135 / 415
Inúmeras atividades acadêmicas do NEPE/LAPQAP envolvem<br />
a oferta de cursos na área de combustíveis em geral<br />
por pesquisadores da UFMA e também ministrados por especialistas,<br />
convidados, da PETROBRAS e de outras instituições<br />
de pesquisa do país. Destaca-se, na área de ensino,<br />
a recente aprovação junto à ANP, do Programa de Formação<br />
de Recursos Humanos voltado para Biocombustíveis<br />
e Energia. Este programa atende a vários cursos do CCET<br />
(Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFMA). São eles:<br />
Química, Química Industrial, Engenharia Química, Engenharia<br />
Elétrica e Informática. Estes cursos são nos níveis<br />
de Doutorado, Mestrado e Graduação.<br />
Uma visão mais abrangente das atividades de ensino, pesquisa<br />
e extensão (projetos de pesquisa, formação de recursos<br />
humanos, publicações, etc.) dos laboratórios LAPQAP<br />
e LPQA podem ser visualizadas no site www.nepe.ufma.br.<br />
mÉtodoS ANAlÍtICoS pARA<br />
mEtAIS Em CombuStÍvEIS<br />
Os combustíveis, especialmente derivados de petróleo,<br />
são considerados como matrizes complexas, em termos<br />
de composição, os quais são, geralmente, classificados em<br />
dois grupos: hidrocarbonetos e heterocompostos [BEENS,<br />
2000]. Os hidrocarbonetos contêm apenas hidrogênio e<br />
carbono, enquanto que, para os hetero-compostos, além de<br />
hidrogênio e carbono, contêm também enxofre, nitrogênio,<br />
oxigênio, vanádio, níquel ou ferro. São vários os tipos de<br />
hidrocarbonetos, entre eles, alcanos acíclicos (parafinas) e<br />
cíclicos (naftenos), alcenos (olefinas) e aromáticos.<br />
Em petróleo pesado, são encontrados metais como níquel<br />
e vanádio, na forma de complexos de porfirinas [BAKER,<br />
1978, DOUKKALI, 2003]. Outros elementos, menos abundantes,<br />
tais como Ba, Be, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Pt, Rh, Se,<br />
Si, Sn, Tl e Zn) também podem estar presentes no petróleo<br />
e em suas frações, em concentrações ao nível de traços [MI-<br />
LNER,1952; ZENG,1992].<br />
Sumário<br />
136 / 415
A avaliação da qualidade da matéria prima e dos produtos<br />
da indústria petroquímica, como os combustíveis, passa,<br />
necessariamente, pela quantificação dos elementos químicos<br />
metálicos e metaloides. Assim, com o objetivo de avaliar<br />
a qualidade dos produtos, muitas plantas petroquímicas<br />
e refinarias necessitam monitorar, cuidadosamente, traços<br />
de vários elementos químicos presentes [MCELROY et al.,<br />
1998; VARNES, 1985].<br />
Este tema passou a ter maior importância, principalmente,<br />
em países tropicais, onde a umidade pode influenciar<br />
na oxidação dos biocombustíveis. A introdução de metais<br />
pode ocorrer também a partir do material dos tanques e<br />
containers durante o período de armazenamento. Metais<br />
de transição têm habilidade de catalisar a oxidação de combustíveis<br />
em geral, mas no caso do biodiesel, a análise destes<br />
elementos é um aspecto relevante nos estudos sobre a<br />
estabilidade do biodiesel.<br />
A determinação destes metais, mesmo a nível de traços,<br />
em combustíveis (derivados de petróleo ou em biocombustíveis)<br />
é de elevada importância tanto para a indústria de<br />
uma maneira geral, como para o meio ambiente, devido às<br />
possíveis emissões veiculares, além da diminuição da qualidade<br />
dos combustíveis, causando precipitação e danos no<br />
motor.<br />
Vários metais podem estar presentes no petróleo bruto, na<br />
forma de complexos organometálicos [AL-SWAIDAN, 1996]<br />
e informações sobre a concentração destes metais são de<br />
interesse para estudos geológicos (origem, migração e tipos)<br />
e ambientais (em muitas regiões os derivados de petróleo se<br />
constituem na principal fonte de emissão de espécies metálicas<br />
na atmosfera) [KHUHAWAR, 1996]. Entre os principais<br />
problemas à indústria petrolífera, a presença de metais<br />
provoca a corrosão de equipamentos e o envenenamento de<br />
catalisadores, afetando o processo de craqueamento de petróleo<br />
[DOUKKALI, 2002; MILNER, 1952; ZENG, 1992; AL-<br />
-SWAIDAN, 1996; KHUHAWAR, 1996; KARCHMER, 1952].<br />
Sumário<br />
137 / 415
O mercúrio é o elemento que mais preocupa a indústria petrolífera<br />
porque, além dos danos materiais causados, seus<br />
operários ficam facilmente expostos aos conhecidos danos<br />
tóxicos causados pela contaminação por este metal no ambiente<br />
de trabalho [WILHELM, 2000].<br />
Geralmente, as técnicas analíticas usadas para a determinação<br />
de metais em combustíveis são as espectroscópicas.<br />
A Tabela 2 mostra que em uma publicação recente (SOINA,<br />
2010), a determinação de metais em combustíveis derivados<br />
de petróleo, muitos metais são determinados apenas<br />
por técnicas espectroscópicas.<br />
Tabela 2 - Parâmetros de alguns métodos padrão para elementos em produtos de petróleo (SOINA, 2010)<br />
1—determination of Ni, V, Fe, Na in raw oils and<br />
waste fuel<br />
2—determination of Ba, B, Ca, Cu, Mg, Mo, P, S, Zn<br />
in lubricant oils by inductively coupled plasma optical<br />
emission spectrometry;<br />
3—determination of Al and Si in fuel oils;<br />
4—determination of metal traces in turbine fuel;<br />
Sumário<br />
5—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in waste oil;<br />
6 —determination of element traces in wastes;<br />
7—determination of Al, Si, V, Ni, Fe, Ca, Zn, and Na in<br />
residual oils;<br />
8—determination of metal traces in petroleum products<br />
and organics;<br />
9—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in lubricant oils.<br />
138 / 415
Por outro lado, pode-se ver também na Tabela 2 que os<br />
métodos de preparação das amostras são geralmente por<br />
meio de tratamentos de digestão exaustivos. Esse tipo de<br />
preparo de amostra para análise, além de ser demorado, é<br />
feito com o uso de muitos reagentes que introduzem contaminantes,<br />
causando erros nos resultados. Atualmente,<br />
novas estratégias estão sendo analisadas (STRADIOTTO,<br />
2007; MARQUES, 2012), onde amostras complexas, como<br />
as de combustíveis, podem ser diluídas em um solvente orgânico<br />
adequado (Stradiotto, 2007), ou microemulsionadas<br />
(AUCELIO, 2007).<br />
Em uma recente revisão na literatura (ainda não publicada),<br />
mas apresentada em conferência, recentemente (MAR-<br />
QUES, 2012), verificou-se que houve grande evolução nos<br />
estudos envolvendo o uso de técnicas eletroquímicas para<br />
a análise de metais em combustíveis na última década. Inclusive,<br />
verificou-se que a maior contribuição é do Brasil<br />
(grupo do Instituto de Química da UNESP, liderado pelo<br />
Prof. Nelson Ramos Stradiotto, com quem o grupo da UFMA<br />
(LAPQAP) mantém parceria).<br />
Apesar da importância sobre a análise de metais em combustíveis,<br />
inclusive por métodos alternativos, ainda existem<br />
poucas aplicações de técnicas eletroquímicas na análise<br />
de metais em combustíveis. A Figura 3 mostra o resultado<br />
desta recente revisão,<br />
onde pode se<br />
ver que houve um<br />
nítido crescimento<br />
no interesse<br />
em pesquisas envolvendo<br />
o tema<br />
“Eletronálise em<br />
Combustíveis”,<br />
tendo sido encontrado<br />
menos de<br />
Figura 3 - Número de publicação na última década envolvendo pesquisas sobre<br />
eletroanálise em combustíveis.<br />
Sumário<br />
100 trabalhos.<br />
139 / 415
A pesquisa foi realizada na base Web of Science, usando<br />
as palavras-chave Fuel, biofuel, Gasoline, diesel, ethanol,<br />
electrode, electroanalysis, em um total de 93 trabalhos.<br />
A Figura 4 mostra a distribuição destas publicações envolvendo<br />
o tema “Eletroanálise em Combustíveis” nos diferentes<br />
combustíveis, no período 2002-2012.<br />
Figura 4 - Distribuição das publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em<br />
Combustíveis” no período 2002-2012.<br />
Nesta pesquisa, verificou-se ainda que 80% das publicações<br />
são de pesquisadores brasileiros, sendo que o grupo<br />
de Nelson Stradiotto representa 31% desta produção.<br />
Apesar do desenvolvimento de pesquisas sobre métodos<br />
para análise de metais em combustíveis por técnicas espectrométricas<br />
(GHISI, MARQUES et al., 2011; SOUSA, MAR-<br />
QUES, 2007), “Eletroanálise em Combustíveis” é uma das<br />
principais áreas de atuação do grupo de pesquisa do LA-<br />
PQAP da UFMA (CARDOSO, MARQUES et al., 2010; TRIN-<br />
DADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE, MARQUES et<br />
al, 2012). O grupo tem recebido destacado apoio da PE-<br />
TROBRAS e mantém importante parceria com o CENPES,<br />
através de projetos de pesquisa que vêm sendo financiados<br />
desde o ano de 2005.<br />
Vários trabalhos estão sendo desenvolvidos e que usam<br />
estes novos procedimentos de preparo de amostras com detecção<br />
eletroquímica, conforme é apresentado a seguir. Al-<br />
Sumário<br />
140 / 415
guns desses trabalhos foram concluídos recentemente, estão<br />
em fase final de publicação (MARTINIANO, MARQUES,<br />
et al., 2012; ABRANTES, MARQUS, et al., 2012) e serão<br />
apresentados, resumidamente, a seguir. Outros trabalhos<br />
do grupo já foram publicados, e envolvem a determinação<br />
de metais em combustíveis (CARDOSO, MARQUES et<br />
al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE,<br />
MARQUES et al, 2012).<br />
A seguir, apresentam-se os principais resultados alcançados<br />
nos estudos realizados e que resultaram em publicações,<br />
em qualificados periódicos especializados, alguns em<br />
fase final de publicação.<br />
dEtERmINAção SImultâNEA dE Cu E pb<br />
Em ÁlCool CombuStÍvEl<br />
Um procedimento eletroanalítico foi desenvolvido para a<br />
determinação simultânea de metais em álcool combustível<br />
utilizando a técnica Voltametria de Redissolução Anódica<br />
(ASV). Neste estudo, a amostra de etanol foi apenas<br />
diluída, sendo os íons metálicos quantificados diretamente<br />
em amostras de álcool combustível utilizando apenas um<br />
eletrólito suporte no meio reacional e subsequente análise<br />
voltamétrica após um tempo de pré-concentração.<br />
Neste estudo os parâmetros experimentais ótimos foram<br />
os seguintes: concentração de HNO 3 : 5,0 x 10 -3 mol.L -1 , t pré :<br />
6 minutos, E dep :-700mV, v: 20mV.s -1 , Amp.: 50mV, pH: 2.0<br />
e composição da solução mista água/etanol: 80/20%. As<br />
concentrações dos íons Cd(II), Pb(II) e Cu(II) foram estudadas<br />
na faixa de concentração entre 2,0 x 10 -9 e 1,0 x<br />
10 -8 mol.L -1 . A Figura 5 mostra um gráfico representativo da<br />
análise.<br />
Os limites de detecção encontrados para Cd(II), Pb(II) e<br />
Cu(II) foram de 4,2 x 10 -10 mol.L -1 , 4,6 x 10 -10 mol.L -1 e 9,0 x<br />
10 -10 mol.L -1 , respectivamente. Os limites de quantificação<br />
foram 1,4 x 10 -9 mol.L -1 , 1,5 x 10 -9 mol.L -1 e 2,0 x 10 -9 mol.L -1<br />
para Cd(II), Pb(II) e Cu(II), respectivamente.<br />
Sumário<br />
141 / 415
A aplicação do procedimento otimizado em amostras de<br />
etanol combustível comercial apresentou boa resposta analítica<br />
e as concentrações dos metais foram determinadas<br />
pelo método de adição padrão, apresentando os seguintes<br />
resultados: 4,7 x 10 -8 mol.L -1 para Pb(II) e 1,7 x 10 -7 mol.L -1<br />
para Cu(II). Cd(II) não foi encontrado nas amostras analisadas.<br />
A avaliação estatística apresentou bons resultados de<br />
precisão, referente a coeficiente de variação (CV) para Pb(II)<br />
18.7% e Cu(II) 8.6%. A exatidão foi avaliada comparando os<br />
resultados obtidos pelo método proposto com Espectrofotometria<br />
de Absorção Atômica com Forno de Grafite (GFAAS),<br />
para quantificação das espécies metálicas em etanol combustível<br />
comercial e os resultados mostraram boa concordância<br />
entre as duas técnicas.<br />
Ip (A)<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
método para determinação simultânea de pb(II) e Cu(II)<br />
em biodiesel pela técnica voltametria de Redissolução<br />
Anódica<br />
Nesse estudo, um eletrodo de filme de mercúrio foi usado<br />
para determinar direta e simultaneamente Pb(II) e Cu(II)<br />
em Biodiesel, pela técnica Voltametria de Redissolução<br />
Anódica, sem nenhum procedimento de digestão da amostra.<br />
Observou-se dois picos voltamétricos, em -410mV para<br />
Sumário<br />
Chumbo<br />
Cobre<br />
Cádmio<br />
0,0 1,0x10 -7 2,0x10 -7 3,0x10 -7 4,0x10 -7 5,0x10 -7 6,0x10 -7<br />
Concentração (mol L -1 )<br />
Figura 5 - (A) Voltamogramas para diferentes concentrações de Pb(II) e Cu(II) em solução etanólica utilizando VRADP. Condições:<br />
mistura 80/20%, solução 5,0 x 10 -3 mol.L -1 ácido nítrico/etanol, E dep : -700 mV. t pré : 6 min., pH 2,0, Amp: 50mV, v: 20 mV.<br />
s -1 , concentrações Pb(II) e Cu(II): 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10 x 10 -9 mol.L -1 . (B) Respectivas curvas analíticas para os íons metálicos<br />
Pb(II) e Cu(II). Dados obtidos através da Figura 5 (A).<br />
142 / 415
(Pb(II)) e -100mV para (Cu(II)). A resposta linear foi obtida<br />
para Pb(II) e Cu(II) na faixa de concentração de 2,0 x 10 -8 -<br />
1,0 x 10 -7 mol L -1 , com limites de detecção de 2,91x 10 -9 mol<br />
L -1 e 4,69 x 10 -9 mol L -1 para Pb(II) e Cu(II), respectivamente.<br />
Neste estudo, as amostras foram microemulsionadas,<br />
antes das anáslises eletroquímicas.<br />
A utilização de microemulsões provou ser um modo muito<br />
interessante para superar os problemas associados com<br />
a elevada viscosidade de biodiesel e a força iônica necessária<br />
para as medições eletroquímicas neste meio orgânico. Os<br />
resultados obtidos por voltametria de redissolução anódica,<br />
no modo pulso diferencial, apresentou valores satisfatórios<br />
para exatidão e precisão e o procedimento foi empregado<br />
com sucesso em amostras de biodiesel. O procedimento é<br />
simples.<br />
A Figura 6 mostra os resultados obtidos para a análise<br />
de uma amostra de biodiesel, na determinação de<br />
Cu(II) e Pb(II), ao nível de traços. Observam-se picos de<br />
forma bem definidas e bons resultados em termos de desempenho<br />
analítico, indicando uma boa alternativa para a<br />
Figure 6 - Voltamogramas (A) curvas de adição padrão (B) para quantificação de Pb(II) and Cu(II) em microemulsão de Biodiesel.<br />
[metal]: 2.0 x 10 -8 para 9 x 10 -7 mol.L -1 ; E dep : -700mV, Amplitude: 50mV; υ: 20mV.s -1 ; t p : 300 s.<br />
Sumário<br />
143 / 415
Valor adicionado<br />
Pb(II) e Cu(II)<br />
(mol L -1 )<br />
quantificação desses metais em combustíveis.<br />
A Tabela 3 mostra resultados estatísticos que mostram<br />
bons resultados em termos de desempenho analítico e exatidão<br />
do procedimento.<br />
Valor recuperado<br />
(mol L -1 )<br />
dESIgN EXpERImENtAl ACoplAdo A voltAmEtRIA<br />
dE REdISSolução ANódICA pARA dEtERmINAção<br />
SImultâNEA dE ZN +2 , Cu +2 , pb +2 E Cd +2 Em gASolINA<br />
Neste trabalho, um método rápido acoplando Voltametria<br />
de Redissolução Anódica (ASV) e design experimental foi<br />
desenvolvido para determinação simultânea de Zn2+ , Cd2+ ,<br />
Pb2+ , e Cu2+ em amostras de gasolina. As amostras foram<br />
digeridas em microondas antes das medidas voltamétricas. O<br />
limite de determinação foi de 0,24µgL –1 de Zn2+ ; 8,58 x 10- 4 –1 2+ –1 2+ –1 2+ µgL de Cd ; 0,13µgL para Pb , e 0,87 µgL de Cu .<br />
Verificou-se que as interferências de íons metálicos concomitantes<br />
foram desprezíveis . Amostras de gasolina coletadas<br />
na cidade de São Luís (MA) foram analisadas e<br />
os resultados demonstraram que este método é confiável e<br />
preciso.<br />
Sumário<br />
% de<br />
recuperação<br />
Pb(II) Cu(II) Pb(II) Cu(II)<br />
3,0 x 10 -8 2,85 x 10 -8 3,14 x 10 -8 95,0 104,7<br />
6,0 x 10 -8 5,55 x 10 -8 6,22 x 10 -8 92,5 103,7<br />
9,0 x 10 -8 8,92 x 10 -8 9,26 x 10 -8 99,1 102,9<br />
1,2 x 10 -7 1,17 x 10 -7 1,31 x 10 -7 97,5 109,2<br />
1,5 x 10 -7 1,41 x 10 -7 1,65 x 10 -7 94,0 110,0<br />
Table 3. Testes de recuperação para determinação de Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel<br />
144 / 415
Os principais resultados, em termos de desempenho<br />
analítico do método, são apresentados na Figura 7 e na<br />
Tabela 4.<br />
Figura 7 - (A) Otimização de parâmetros através de Planejamento Experimental; (B) Voltamogramas para determinação<br />
simultânea dos metais Zn, Cd, Pb e Cu, em condições otimizadas apresentadas em (A).<br />
tabela 4: valores de concentração de Zn, Cd, pb e Cu obtidos<br />
por ASv em amostra de gasolina digerida com a mistura nítrico<br />
peróxido.<br />
Metal Curva analítica R 2<br />
Sumário<br />
Concentração<br />
(µg L -1 )<br />
X ± st/√n<br />
Zn Y = 1,40 10-7 + 5,42 10-6 X 0,999 1,57 ±0,07<br />
Cd Y = 7,68 10-10 + 4,44 10-6 X 0,999 ND<br />
Pb Y = 9,784 10-7 + 3,44 10-5 X 0,998 1,08 ± 0,04<br />
Cu Y = 3,08 10-8 + 1,3 10-6 X 0,997 0,52 ± 0,03<br />
X: valor médio (n = 3), t: t de student (P < 0.05), s: desvio padrão. ND = não detectado<br />
145 / 415
CoNCluSão<br />
Mesmo considerando a crescente busca por combustíveis<br />
alternativos, os combustíveis derivados de petróleo ainda<br />
continuam tendo destaque e importância fundamental na<br />
matriz enérgética mundial.<br />
A adulteração de combustíveis é um tema preocupante e<br />
relevante, que tem levado os governos a dispender muitos<br />
esforços visando manter a qualidade dos combustíveis. O<br />
objetivo é evitar danos econômicos para a sociedade em geral.<br />
Um aspecto importante para minimizar o problema é<br />
através do monitoramento da qualidade dos combustíveis,<br />
a exemplo do bem sucedido programa PMQC/ANP no Brasil.<br />
Entre os novos métodos analíticos descritos na literatura<br />
para avaliação da qualidade dos combustíveis, os estudos<br />
envolvendo métodos eletroquímicos para combustíveis tiveram<br />
um importante crescimento na última década, onde o<br />
Brasil teve uma participação significativa que chega a 80%<br />
da produção científica mundial. Na UFMA, o grupo de pesquisa<br />
do LAPQAP, vinculado ao NEPE, vem desenvolvendo<br />
pesquisas sobre este tema, o que representa uma importante<br />
contribuição quanto aos métodos alternativos para<br />
a qualidade de combustíveis. Estas pesquisas vêm sendo<br />
desenvolvidas em parceria com o CENPES/PETROBRAS e<br />
são financiadas pela própria PETROBRAS.<br />
Sumário<br />
146 / 415
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Sumário<br />
148 / 415
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Sumário<br />
149 / 415
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Doutora em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e<br />
Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Cristina A.Lacerda<br />
Doutora em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (USP) e<br />
Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Edmar P.Marques<br />
Doutor em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e Professor<br />
da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Glene H. R.Cavalcante<br />
Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Maranhão e Gerente Técnico do<br />
Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP).<br />
Jemmla M. Trindade<br />
Doutor em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade<br />
Federal do Maranhão.<br />
Lorena C. Martiniano<br />
Doutora em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professora da Universidade<br />
Federal do Maranhão.<br />
Vivia Ruth Abrantes<br />
Mestre em Química pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
150 / 415
Sumário<br />
151 / 415
TeCNOlOgIA e INOvAçÃO,<br />
A CRIAçÃO DA áReA De pD&I<br />
DA AlCOA NO bRASIl<br />
Inovação é um processo fundamental para que qualquer<br />
instituição possa crescer sustentavelmente no<br />
meio que está inserida. Sua ausência pode implicar<br />
em diminuição de valor, estagnação e desaparecimento. O<br />
modelo tradicional de inovação caracteriza-se pela criação<br />
isolada de diferencial competitivo como resultado da aplicação<br />
de uma quantidade elevada de recursos financeiros<br />
próprios, em ambiente interno à empresa. Apesar do benefício,<br />
da propriedade intelectual exclusiva, este modelo<br />
não tira proveito dos recursos que outras organizações poderiam<br />
adicionar ao processo de P&D para ampliar seus<br />
limites, diminuir custos e obter benefícios compartilhados<br />
e sustentáveis de longo prazo. Este artigo relata a criação<br />
da área de PD&I da Alcoa, fundamentada numa filosofia de<br />
inovação em rede, com quatro focos temáticos: materiais,<br />
clientes, energia e meio ambiente, sua institucionalização,<br />
desafios e impactos sobre a sustentabilidade da companhia.<br />
O economista austríaco Joseph Schumpeter propôs a<br />
existência dos seguintes tipos de inovações: introdução<br />
de um novo produto ou mudança qualitativa em produto<br />
existente; inovação de processo que seja novidade para<br />
uma indústria; abertura de um novo mercado; desenvolvimento<br />
de novas fontes de matéria-prima ou outros insumos;<br />
mudanças na organização industrial1. De forma<br />
análoga, mas um pouco mais geral, definiremos inovação<br />
Sumário<br />
Jorge Borges Gallo<br />
Otávio Carvalheira<br />
152 / 415
como “qualquer mudança em produtos, processos, serviços,<br />
abordagem de mercado ou desenho organizacional que<br />
resulte em significativa geração de valor para a empresa e<br />
para as comunidades em que atua”.<br />
Segundo o relatório Global Survey2, elaborado pela Aon<br />
Risk Solutions a cada dois anos, o risco relacionado à falta<br />
de inovação ficou em 6º lugar na lista de 2011. “Na dura<br />
batalha para conquistar os corações e mentes dos clientes,<br />
que exigem a mais nova, melhor e mais rápida entrega de<br />
serviços e produtos, as empresas podem rapidamente perder<br />
mercado se falharem no investimento em produtos inovadores”,<br />
aponta o estudo, ficando atrás da desaceleração<br />
econômica, seguida de mudanças regulatórias/legislativas,<br />
aumento da concorrência, danos à reputação/marca e interrupção<br />
de negócios.<br />
Considerando o desafio de mudar paradigmas de consumo<br />
e produção a fim de deixar um legado sustentável às gerações<br />
futuras, concluiremos que inovação é, simplesmente,<br />
a chave para o desenvolvimento sustentável de empresas<br />
e países, embora nem todos já tenham se apercebido disto.<br />
De fato, pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômica<br />
Aplicada (IPEA)3 concluiu que apenas 1,57% do total<br />
das empresas brasileiras são efetivamente inovadoras,<br />
mas que estas são responsáveis por nada menos do que<br />
26% do faturamento industrial total do país e faturam 100<br />
vezes mais que aquelas que ainda não capturaram o que<br />
está acontecendo.<br />
1. A AlCoA E INovAção<br />
Fundada no espírito inovador de Charles Martin Hall, que<br />
deu início à indústria do Alumínio (em 01/10/1888, com a<br />
Pittsburgh Reduction Company em Pittsburgh, PA, EUA),<br />
a Alcoa possui hoje mais de 2.600 patentes ativas, o maior<br />
centro de pesquisas em metais não ferrosos (Alcoa Technical<br />
Center, PA, EUA) e investe anualmente cerca de 1% de<br />
seu faturamento em PD&I, a fim de re-construir continuamente<br />
suas estruturas para o futuro.<br />
Sumário<br />
153 / 415
Figura 1: Edifício Alcoa na UFSCar<br />
Pode-se conhecer a história da Alcoa, bem como outros<br />
fatos marcantes da indústria do alumínio, consultando-se<br />
um sítio da rede mundial de computadores, disponibilizado<br />
pela companhia4. São dados, abaixo, alguns exemplos significativos<br />
de Inovações históricas lá descritas:<br />
• Primeiro processo industrial de produção de alumínio –<br />
1886<br />
• Primeiro uso sustentável de energia para produzir alumínio<br />
– 1893<br />
• Primeiro Centro de Pesquisa sobre alumínio – 1930<br />
• Primeira produção em larga escala de latas de alumínio –<br />
1968<br />
• Primeira roda de alumínio – 1948<br />
As inovações da Alcoa continuam a revolucionar o mundo<br />
por meio do engajamento de cientistas, técnicos e engenheiros<br />
nas mais de trezentas localidades em trinta e quatro<br />
países, nos seis continentes5.<br />
A comunidade científica da Alcoa é conectada globalmente<br />
com centros de pesquisas e universidades no Brasil, Rússia,<br />
Índia, China, Austrália, Europa e Estados Unidos.<br />
No Brasil, cabe destaque à implantação da Divisão de<br />
Produtos Químicos a partir do desenvolvimento do processo<br />
inovador de produção de<br />
aluminas especiais em calcinador<br />
de leito fluidizado e<br />
ao pioneiro convênio com o<br />
Grupo de Engenharia e Microestrutura<br />
de Materiais,<br />
estabelecido no edifício Alcoa<br />
(Figura 1), o primeiro de<br />
uma série de bem sucedidas<br />
experiências de interação<br />
universidade/indústria<br />
coordenadas pela antiga<br />
Área de Aplicações, Desenvolvimentos<br />
e Vendas de<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
154 / 415
Produtos Especiais, a qual viria a servir de núcleo para a<br />
implantação da Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação<br />
da Alcoa.<br />
2. RAZõES pARA CRIAR umA<br />
ÁREA dE pd&I No bRASIl<br />
Motivações para instalação de áreas de PD&I no país podem<br />
ser divididas em permanentes e conjunturais. No primeiro<br />
grupo destacam-se as respeitáveis infra-estruturas<br />
científica, industrial, financeira e de telecomunicações, o<br />
mercado doméstico com significativo poder de compras,<br />
biodiversidade e proporção de fontes de energias renováveis,<br />
a presença marcante de corporações transnacionais e<br />
a liderança exercida na América Latina, região com um dos<br />
maiores potenciais para crescimento econômico do globo.<br />
No segundo grupo incluem-se os eventos Copa do Mundo<br />
de 2014, Olimpíadas de 2016 e as grandes obras de infra-<br />
-estrutura em andamento no âmbito do Programa de Aceleração<br />
do Crescimento (PAC) do governo federal.<br />
Adicionalmente, a regulamentação da lei de inovação no<br />
final de 2005, que estimulou a criação de ambientes especializados<br />
e cooperativos de inovação no Brasil, e o grande<br />
esforço de superação da grande crise de 2008 despertaram<br />
na Alcoa a necessidade de desenvolver no país uma disciplina<br />
que a tornasse menos suscetível a efeitos externos e<br />
mais robusta na capacidade de gerar crescimento sustentável.<br />
Aos poucos foi ficando claro que esta seria a competência<br />
para inovar.<br />
O Brasil foi apontado entre os seis melhores países para<br />
investir em P&D, numa pesquisa realizada pela The Economist<br />
Inteligence Unit, em 2004, com 104 executivos seniores<br />
de empresas de todo o mundo, ultrapassado apenas por<br />
China, EUA, Índia Reino Unido e Alemanha6.<br />
Um estudo promovido pela ABDI (Agência Brasileira para<br />
o Desenvolvimento Industrial) comparou as estratégias de<br />
inovação de sete dos países mais inovadores do mundo (Es-<br />
Sumário<br />
155 / 415
tados Unidos, Canadá, Irlanda, França, Inglaterra, Finlandia<br />
e Japão) com as do Brasil e concluiu que “O desafio da<br />
inovação no Brasil não é devido à falta de recursos ou de<br />
capacidade empreendedora, mas fazer com que os desconectados<br />
esforços realizados por governo, universidades e<br />
iniciativa privada convirjam para gerar inovações reais em<br />
produtos e serviços”7. Para estar em sintonia com a realidade<br />
de inovação do país, a Área de Inovação da Alcoa deveria,<br />
portanto, ter um forte componente de interação com<br />
universidades, centros de pesquisa, clientes, fornecedores<br />
e órgãos do governo com foco em PD&I.<br />
3. ElEmENtoS NECESSÁRIoS pARA<br />
umA ÁREA dE pd&I<br />
A partir de um extenso debate com diversas partes interessadas,<br />
internas e externas à companhia, entendeu-se<br />
que a criação de uma área de PD&I deveria partir do estabelecimento<br />
de uma filosofia de inovação adequada à estratégia<br />
da Alcoa e à conjuntura do Brasil, de um modelo de<br />
governança, de um time de pessoas com as competências<br />
necessárias para atuar sustentavelmente conforme a filosofia<br />
de atuação escolhida e dos campos temáticos considerados<br />
essenciais para o crescimento sustentável.<br />
3.1. Filosofia de inovação<br />
Crescentes aumentos da complexidade tecnológica, dos<br />
custos de mão de obra especializada e da infra-estrutura<br />
científica têm provocado a migração da filosofia tradicional<br />
de PD&I (pela qual cada empresa mantém internamente todos<br />
os recursos necessários para gerar inovação) para um<br />
modelo baseado na interconexão com entidades externas,<br />
tais como outras empresas, universidades e institutos de<br />
pesquisa, que tem sido denominado de Inovação em Rede8 e<br />
é ilustrado na Figura 2. Destaca-se o termo “Partes Interessadas”,<br />
que refere-se aos agentes que podem ganhar ou perder<br />
Sumário<br />
156 / 415
com as inovações<br />
e devem<br />
cooperar para<br />
que as mesmas<br />
sejam<br />
sustentáveis.<br />
Os dois modelos<br />
não são<br />
mutuamente<br />
exclusivos.<br />
Pode-se, por<br />
exemplo, tratardeterminados<br />
campos<br />
estratégicos<br />
para a empresa<br />
de uma forma mais fechada, a qual exigirá recursos<br />
mais intensos e um forte esquema de sigilo enquanto outros<br />
campos que requererem maior compartilhamento de<br />
recursos são tratados de forma aberta.<br />
Optou-se pelo modelo de inovação em rede, dados os motivos<br />
acima e a necessidade de sintonia entre partes interessadas<br />
para alavancar a inovação no Brasil.<br />
Figura 2: Modelo de Inovação em Rede entre Partes Interessadas<br />
3.2. modelo de governança<br />
É comum que investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento<br />
e Inovação em empresas diluam-se na rotina operacional<br />
sem que haja planejamento prévio dessa atividade.<br />
Em consequência, os esforços acabam sendo realizados<br />
sem que a empresa tenha condições de alinhá-los com sua<br />
estratégia e muito menos de antever o quanto e no que deve<br />
investir para crescer sustentavelmente. Nestes casos, a empresa<br />
navega ao sabor das crises, dependendo de fatores<br />
externos e conjunturais, além de não conseguir usufruir<br />
dos benefícios oferecidos pelos mecanismos públicos de estímulo<br />
à inovação, tais como subvenções, apoio a formação<br />
Sumário<br />
157 / 415
e contratação de mestres e doutores e incentivos fiscais (Lei<br />
de Inovação e MP do Bem). Não por acaso, tais benefícios<br />
exigem formulação, apresentação e execução de projetos de<br />
forma específica para PD&I, muito diferente da cultura de<br />
projetos de gastos de capital, típica da visão convencional<br />
de engenharia.<br />
A razão pela qual é feita esta exigência decorre do fato<br />
destes estímulos não terem sido criados como um fim em<br />
si mesmo, mas para que as empresas que atuam no país<br />
construam estruturas permanentes que as habilitem a inovar<br />
de forma sustentável, mesmo quando os estímulos forem<br />
retirados, o que inevitavelmente ocorrerá, dada a grande<br />
carência de investimentos em diversos outros setores<br />
do nosso país. O modelo de governança da área de PD&I<br />
da Alcoa deveria, portanto, dotar a empresa de uma forma<br />
permanente para identificar, selecionar, elaborar, implementar<br />
e medir o resultado de seus projetos de inovação.<br />
A área de PD&I deveria atuar em sintonia com as prioridades<br />
estratégicas da Alcoa, definidas como: Crescimento<br />
Sustentável, Vantagens Alcoa e Execução Disciplinada.<br />
O requisito de crescimento sustentável exige alinhamento<br />
com a realidade do país com relação aos três pilares da sustentabilidade<br />
(Econômico, Financeiro e Ambiental) e assim<br />
determina o universo temático dos esforços a serem despendidos<br />
(capitulo 4.4). A área de PD&I deveria ser construída<br />
sob o alicerce das Vantagens Alcoa (ilustradas por<br />
sua competência histórica para inovar), o que exigiria forte<br />
conexão com os centros de pesquisas da Alcoa no exterior<br />
e com as diferentes unidades de negócio que compõem a<br />
companhia. Por fim, a execução disciplinada exigiria um<br />
modelo de governança composto por ferramentas de gestão<br />
de projetos de inovação e mecanismos de alinhamento com<br />
estratégias da companhia. Portanto, os componentes do<br />
modelo de governança da área de PD&I da Alcoa foram definidos<br />
como: Comitê de Inovação, Ferramentas para seleção<br />
e priorização de projetos, Gestão de projetos por análise de<br />
Sumário<br />
158 / 415
estágios, Degraus de Implementação, A3, Orçamento Específico,<br />
Sistema de registro do conhecimento e Centralização<br />
das comunicações sobre PD&I.<br />
3.2.1. Comitê de inovação<br />
Constituído pelo presidente e pelos diretores da Alcoa<br />
AL&C, tem a função de garantir o alinhamento dos esforços<br />
de PD&I com a estratégia da Alcoa no Brasil e no mundo e<br />
deliberar sobre prioridades e recursos a serem utilizados. O<br />
comitê reúne-se a cada quatro meses, é liderado pelo Presidente<br />
da Alcoa na região e coordenado pelo Gerente da<br />
Área de PD&I.<br />
3.2.2. Ferramentas para seleção<br />
e priorização dos projetos<br />
Cada projeto é avaliado de acordo com os critérios de sustentabilidade<br />
e a análise de riscos definidos abaixo, com os<br />
valores presentes dos ganhos descontados dos investimentos<br />
a cada ano, até cinco anos após o início do projeto, conforme<br />
mostrado na Figura 3.<br />
Figura 3: Matriz para análise de viabilidade dos projetos<br />
Sumário<br />
159 / 415
Sustentabilidade<br />
Previsão de impacto em negócios é de curto, médio ou<br />
longo prazo?<br />
Quão grandes são os potenciais para criação de valor, tais<br />
como: aumentos de volume de vendas, margem de lucro<br />
e vida útil ou reduções de custos, de consumo de energia,<br />
de passivo ambiental ou de emissões de CO 2 ?<br />
O novo conceito reduziria ou eliminaria passivos ambientais?<br />
O novo conceito melhora as condições de saúde e segurança<br />
dos funcionários?<br />
Análise de riscos<br />
Quão distante está a condição atual da condição alvo necessária<br />
para viabilizar criação de valor? (Recursos financeiros,<br />
tecnológicos, humanos, logísticos, etc…)<br />
Existem aspectos regulatórios ou legais que restringem a<br />
aplicação do conceito?<br />
Existem conflitos de propriedade intelectual?<br />
A inovação proposta é convencional, incremental ou de<br />
ruptura?<br />
3.2.3. Análise de estágios<br />
O processo pelo qual as inovações ocorrem pode ser descrito<br />
como uma sequência que vai de um estalo criativo<br />
(Eureka!) até o momento da consolidação de seus resultados<br />
finais, mais ou menos conforme as etapas descritas na<br />
Figura 4, fundamentada nas diretrizes para gerenciamento<br />
de inovações do Departamento de Energia dos EUA9. As<br />
portas mencionadas na figura referem-se a tomadas de decisão<br />
por equipes multidisciplinares sobre o prosseguimento<br />
para a fase seguinte.<br />
Sumário<br />
160 / 415
Figura 4: Modelo de Gerenciamento dos projetos de inovação<br />
3.2.4. degraus de Implementação<br />
Os projetos selecionados seguem na sequência dos estágios<br />
até a passagem pela porta 3, quando o conceito é considerado<br />
provado em escala laboratorial. Neste momento<br />
tem início a etapa de implementação, avaliada por meio dos<br />
Sumário<br />
161 / 415
Degraus de Implementação (DI), ilustrados na parte inferior<br />
da Figura 5. Os DIs são validados pelas controladorias de<br />
cada localidade da Alcoa e monitorados globalmente.<br />
Figura 5: Relação entre análise de estágios e degraus de implementação.<br />
Note-se na Figura 5 a característica forma do funil da<br />
inovação, que ilustra o fato de que as áreas de PD&I devem<br />
ter a liberdade de lidar com os conceitos que serão abandonados<br />
ao longo do caminho para ser capaz de adquirir a<br />
capacidade de desenvolver os que no final darão origem às<br />
verdadeira inovações.<br />
3.2.5. A3<br />
Destaca-se na Figura 6 outro componente importante da<br />
cultura de gestão de projetos da Alcoa, o chamado A3, que<br />
deve ser elaborado após a etapa de definição do conceito do<br />
projeto. Os A3 são elaborados conforme a sequência abaixo:<br />
Contextualização<br />
Situa o problema ou a oportunidade em relação à estratégia<br />
da companhia, identifica partes interessadas e define<br />
metas;<br />
Sumário<br />
162 / 415
Situação atual<br />
Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições<br />
de contorno relevantes, capturados por observação<br />
minuciosa da realidade do momento;<br />
Situação Alvo<br />
Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições<br />
de contorno relevantes, que devem ser modificados<br />
na situação atual a fim de resolver o problema ou capturar<br />
a oportunidade;<br />
plano de ação<br />
Explicita escopo, responsabilidades e prazos em todas as<br />
atividades necessárias para provar que a transformação<br />
da situação atual na situação alvo resolve o problema ou<br />
captura a oportunidade (e.g. prova o conceito).<br />
3.2.6. Orçamento específico de PD&I<br />
Figura 6: As partes que compõem o A3<br />
A correta atribuição das despesas de P&D estabelece o<br />
histórico de gastos por projeto e por instituição parceira,<br />
utilizado na preparação do formulário de P&D da declara-<br />
Sumário<br />
163 / 415
ção de imposto de renda da companhia e permite a verificação<br />
da conformidade das informações por meio de auditorias,<br />
viabilizando desta forma a captura de incentivos fiscais<br />
proporcionado pela lei de Inovação e pela MP do Bem.<br />
A previsão, registro e execução de um orçamento específico<br />
capacita a empresa a sintonizar seus esforços de inovação<br />
conforme as demandas definidas pela estratégia escolhida<br />
e pelas contingências do caminho.<br />
Por fim, a previsibilidade proporcionada por um orçamento<br />
específico confere autonomia e agilidade para tomada de<br />
decisão por parte do gestor de P&D, por não precisar submeter<br />
a aprovações específicas cada recurso necessário à<br />
realização das atividades cotidianamente requeridas à execução<br />
dos projetos.<br />
3.2.7. Sistema de registro e difusão do conhecimento<br />
Definiu-se pela elaboração e arquivo de relatórios denominados<br />
“Relatórios de PD&I” sempre que uma atividade<br />
qualquer tenha completado um ciclo de começo, meio e fim<br />
e pela disponibilização dos mesmos na intranet da companhia<br />
para um grupo de funcionários previamente cadastrados<br />
e treinados para discernir o que pode e o que não pode<br />
ser divulgado.<br />
Definiu-se também que a área de PD&I teria entre suas<br />
atribuições a difusão do conhecimento e a permeação dos<br />
conceitos de inovação por todas as áreas da companhia.<br />
3.2.8. Centralização das comunicações sobre pd&I<br />
A fim de garantir o rigor das informações comunicadas<br />
a órgãos do governo (IBGE, MCT, Receita Federal, ABDI),<br />
bem como a outras instituições públicas ou privadas que<br />
trabalham com dados sobre inovação, definiu-se que a área<br />
de PD&I seria a instância da Alcoa no país responsável por<br />
coletar e divulgar estas informações.<br />
Sumário<br />
164 / 415
3.3. Sustentabilidade humana e<br />
alocação da equipe de pd&I<br />
Decidiu-se pela utilização da antiga área de Aplicações,<br />
Desenvolvimentos e Vendas de Produtos Especiais como<br />
núcleo de pessoas para a criação da área de PD&I dadas a<br />
competência de inovação em rede que aquela equipe havia<br />
acumulado ao longo da implantação da Divisão de Produtos<br />
Químicos e o já existente grande número de conexões com<br />
Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Seis funcionários<br />
da antiga área foram transferidos para a nova área<br />
de PD&I, um dos quais com doutorado e três com mestrado,<br />
todos strictu sensus em renomadas instituições de ensino<br />
superior do Brasil ou do exterior. Os dois funcionários<br />
restantes estão em processo de realização do mestrado.<br />
Decidiu-se que, em adição ao papel de parceria tecnológica<br />
necessária à realização dos projetos, os convênios<br />
com universidades passariam a ter um papel de formação<br />
continuada de talentos, recrutados dentro da Alcoa, bem<br />
como de novos estudantes de graduação, iniciação científica,<br />
mestrado e doutorado, recrutados dentro da instituição<br />
parceira. Desta maneira, os recursos humanos necessários<br />
à transformação de ciência em inovação viriam a ser formados<br />
naturalmente na medida em que as diferentes redes<br />
temáticas forem sendo nucleadas, conectadas e implementadas.<br />
O grande desafio humano de uma área de PD&I é encontrar<br />
um balanço entre especialização e generalização<br />
que permita às pessoas realizarem investigações rigorosas,<br />
criar e testar soluções fora da caixa, enquanto garantem a<br />
abordagem sistêmica necessária à realização da inovação.<br />
Este compromisso coloca os membros da área de PD&I em<br />
constantes situações paradoxais, particularmente diante<br />
da velocidade exigida pela dinâmica da vida corporativa.<br />
Assim, os pesquisadores correm sempre o risco de serem<br />
sugados por um redemoinho de empreendimentos superficiais<br />
que inviabiliza a atenção necessária à realização de<br />
Sumário<br />
165 / 415
investigações eficientes e eficazes. Sem a competência para<br />
lidar com este paradoxo, os recursos humanos potencialmente<br />
inovadores não são realmente capazes de ir além do<br />
convencional.<br />
Por fim, decidiu-se que a área de PD&I responderia para<br />
a Diretoria Comercial da Divisão de Produtos Primários, a<br />
fim de garantir o alinhamento com o foco dos clientes da<br />
Companhia.<br />
4 CAmpoS tEmÁtICoS dE pd&I NA AlCoA<br />
O primeiro desafio de uma área de inovação em rede é o<br />
de escolher as áreas do conhecimento dentro das quais serão<br />
iniciados os processos de nucleação, conexão e implementação<br />
de parcerias, os chamados Campos Temáticos<br />
de PD&I.<br />
A correta identificação destes campos garantirá o alinhamento<br />
da organização com relação ao custo benefício dos<br />
referidos processos. Caso contrário, corre-se o risco de não<br />
haver apoio suficiente para superar a etapa inicial naturalmente<br />
lenta e trabalhosa do estabelecimento das redes,<br />
durante a qual as áreas de PD&I devem simultaneamente<br />
construir o futuro e dar resultados de curto prazo, sem os<br />
quais a empresa não sobrevive. A Figura 7 ilustra que, para<br />
conseguir adquirir a<br />
Figura 7: Curto prazo versus longo prazo<br />
competência para criar<br />
inovações de forma sustentável,<br />
uma empresa<br />
deve ser capaz de superar<br />
essa etapa.<br />
Uma característica interessante<br />
de um campo<br />
temático é que ele é<br />
de certa forma similar à<br />
semente de uma planta,<br />
que não contém tudo<br />
que a mesma precisa<br />
Sumário<br />
166 / 415
para crescer, apenas propicia a base sobre a qual todas as<br />
suas estruturas serão construídas. Assim, os campos devem<br />
ser escolhidos de forma a propiciar a construção de<br />
redes sociais em PD&I, que, maduras, proporcionarão os<br />
recursos necessários para o crescimento sustentável da<br />
companhia junto com o meio em que vive. Não é necessário<br />
que se crie tantos campos quantos forem as disciplinas relevantes<br />
para a companhia.<br />
A Alcoa decidiu construir suas redes de PD&I nos quatro<br />
campos temáticos ilustrados na Figura 8 e focar os projetos<br />
de inovação em suas intersecções.<br />
Figura 8: As quatro redes temáticas de PD&I da Alcoa<br />
4.1. Clientes<br />
A rede Clientes é composta pelas conexões científicas e<br />
tecnologias com impacto no crescimento sustentável da Alcoa<br />
e de seus clientes, tais como: equipes de PD&I e de<br />
Sumário<br />
167 / 415
Assistência Técnica dos Clientes, Instituições Científicas<br />
e Tecnológicas com as quais os clientes tenham parcerias<br />
estabelecidas, Associações Técnicas e Institucionais das<br />
quais os clientes façam parte, Áreas Internas da Alcoa no<br />
Brasil e no exterior, que tenham impacto nos projetos com<br />
clientes, tais como: Centros de Pesquisas, Engenharia de<br />
Aplicações, Marketing, Vendas, Compras (no caso da Alcoa<br />
comprar produtos deste cliente), Engenharias de Processo<br />
e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />
A missão da rede clientes é: Desenvolver inovações de<br />
ruptura, com foco do cliente, que propiciem de forma sustentável<br />
aumento de valor agregado ou de volume nas vendas<br />
dos produtos Alcoa<br />
4.2. materiais<br />
A rede Materiais é composta pelas conexões científicas e<br />
tecnologias com impacto na utilização dos materiais estratégicos<br />
para o crescimento sustentável da Alcoa, tais como:<br />
Equipes de PD&I e de Assistência Técnica dos fornecedores,<br />
Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais os<br />
fornecedores tenham parcerias estabelecidas, Associações<br />
Técnicas e Institucionais das quais os fornecedores façam<br />
parte, Áreas Internas da Alcoa no Brasil e no exterior que<br />
tenham impacto nos projetos com fornecedores, tais como:<br />
Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas (no<br />
caso da Alcoa vender produtos para este fornecedor), Engenharias<br />
de Processo e de Manutenção, Área de Logística,<br />
EHS, etc.<br />
A missão da rede Materiais é: Desenvolver inovações de<br />
ruptura em materiais que propiciem de forma sustentável<br />
redução de custos de materiais, aumento de disponibilidade<br />
operacional de equipamentos e redução da geração de<br />
resíduos industriais.<br />
Sumário<br />
168 / 415
4.2.1. meio Ambiente<br />
A rede Meio Ambiente é composta pelas conexões científicas<br />
e tecnologias com impacto na sustentabilidade ambiental<br />
da Alcoa, tais como: Equipes de PD&I e de Assistência<br />
Técnica de Clientes e Fornecedores e Instituições<br />
Científicas e Tecnológicas com as quais tenham parcerias<br />
estabelecidas, e Associações Técnicas e Institucionais das<br />
quais façam parte e Áreas Internas da Alcoa, no Brasil e<br />
no exterior,que tenham impacto em sustentabilidade, tais<br />
como: Área de Sustentabilidade, Centros de Pesquisas,<br />
Compras, Marketing, Vendas, Engenharias de Processo e<br />
de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />
A missão da rede Meio Ambiente é criar inovações que<br />
resultem em: Redução de Geração, Reciclagem, Vendas ou<br />
Disposição Sustentável para os resíduos industriais da Alcoa<br />
e Redução de emissões de CO2.<br />
3.3.4. meio Ambiente<br />
A rede Energia é composta pelas conexões científicas e<br />
tecnologias com impacto na utilização eficiente de Eenergia<br />
pela Alcoa, tais como: Agência Nacional de Energia Elétrica,<br />
Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes<br />
e Fornecedores e Instituições Científicas e Tecnológicas e<br />
outras Associações do setor energético, Áreas Internas da<br />
Alcoa, no Brasil e no exterior, que tenham impacto em eficiência<br />
energética, tais como: Divisão de Energia, Centros<br />
de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas, Engenharias<br />
de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />
A missão da rede Energia é criar inovações que resultem<br />
em: Aumentos de Eficiência Energética e do Uso de Fontes<br />
de Energia Limpas e Renováveis e Redução de emissões de<br />
CO2.<br />
Sumário<br />
169 / 415
5. pRINCIpAIS dESAFIoS dA ÁREA dE pd&I AlCoA<br />
Tendo sido parida em Março de 2010, a área de PD&I da<br />
Alcoa se encontra na etapa inicial, ilustrada na Figura 7,<br />
a qual consiste na construção do ecossistema necessário<br />
(estrutura contábil, nucleações, conexões, cultura de inovação,<br />
etc.) para o cumprimento das missões de cada rede<br />
e na simultânea geração de inovações de curto prazo que<br />
provem sua importância.<br />
Os principais projetos em cada rede são respectivamente<br />
para as redes de Clientes, Materiais, Meio Ambiente e<br />
Energia: Desenvolvimento de novas ligas de alumínio, desenvolvimento<br />
de novos conceitos ou novos fornecedores de<br />
refratários para uso da Alcoa, desenvolvimento de vendas<br />
ou reciclagem para resíduos de bauxita e carbonáceos e<br />
aumento de eficiência energética dos processos industriais<br />
da companhia.<br />
REFERÊNCIAS<br />
The measurement of Scientific and Technological Activities,<br />
The Oslo Manual, Third Edition, OECD 2005<br />
2011 Aon Global Risk Management Survey<br />
Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas<br />
industriais brasileiras/ João Alberto De Negri, Mario Sergio<br />
Salerno, Brasília: IPEA, 2005.<br />
Alcoa Celebrates 120 Years of Innovation<br />
Passeio Virtual pelo salão de exposições de Inovações da<br />
Alcoa no Centro de Pesquisas de Pittsburgh (ATC).<br />
Scattering the seeds of invention: the globalisation of<br />
research and development, The Economist Intelligence<br />
Unit, 2004.<br />
International Strategies for innovation: A study of seven<br />
countries and Brazil, Brazil Institute special report –<br />
Woodrow Wilson International Center for Scholars, 2008.<br />
Das redes sociais à Inovação, Maria Inês Tomaél, Adriana<br />
Rosecler Alcará e Ivone Guerreiro Di Chiara, Scielo, Ci. Inf.,<br />
Sumário<br />
170 / 415
Brasília, v. 34, n. 2, p. 93-104, maio/ago. 2005.<br />
Stage-Gate Innovation Management Guidelines, Managing<br />
risk through structured project decision-making, Version<br />
1.3, US Department of Energy, February 2007.<br />
Jorge Gallo e Otávio Cavalheira<br />
Gerente de PD&I da Alcoa América Latina e Caribe, com Mestrado em retardantes de chama<br />
para polímeros e Doutorado em aluminas para cerâmicas de alto desempenho pelo Depto. de<br />
Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Entre Julho de 2008 e Setembro<br />
de 2009, atuou como pesquisador visitante no Centro de Pesquisas da Alcoa em Pittsburgh, nos<br />
EUA, considerado o maior centro de pesquisa em materiais não ferrosos do planeta, onde realizou<br />
pesquisas com materiais cerâmicos avançados para utilização no processo eletrolítico de produção<br />
de alumínio.<br />
Retornando ao Brasil, elaborou conceito e criou, juntamente com o Diretor Comercial da Alcoa,<br />
Otávio Carvalheira, a primeira Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa na região<br />
da América Latina e Caribe, onde vem atuando desde então com o desafio de gerar inovações de<br />
grande impacto na sustentabilidade de negócios da companhia na região.<br />
Sumário<br />
171 / 415
TeCNOlOgIA De pONTA<br />
É uSADA NAS OpeRAçõeS<br />
pORTuáRIAS DA vAle<br />
Como prática de adotar inovação em seus projetos, a Vale<br />
possui um modelo reduzido da sua área do porto, em São<br />
Luís (MA). O modelo permite a simulação de manobras de<br />
navios, antes que elas se tornem reais.<br />
O protótipo - espécie de maquete “gigante” ou miniatura<br />
da área portuária operada pela Vale - foi desenvolvido pelo<br />
renomado Laboratório de Hidráulica da Fundação Centro<br />
Tecnológico de Hidráulica – FCTH, que é referência nacional<br />
na construção de modelos semelhantes. A FCTH é ligada<br />
à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/<br />
USP. Dentre os objetivos do modelo reduzido, estão: avaliar<br />
movimentos e forças de amarração associadas sobre os navios<br />
atracados e nas defensas dos píeres, visando verificar<br />
as condições de limites operacionais e de segurança; estudar<br />
e propor obras e otimização de planos de amarração,<br />
em prol de uma maior segurança nas operações; estudar as<br />
Sumário<br />
172 / 415<br />
Informativo Vale
manobras de navios rádio-controlados para diversas condições<br />
de marés, entre outras.<br />
Por meio do modelo reduzido, os especialistas da USP, da<br />
Vale e da Praticagem simulam manobras de aproximação,<br />
atracação, desatracação e afastamento de diferentes modelos<br />
de navios. O modelo reproduz todas as áreas da baía de<br />
São Marcos que influenciam as operações portuárias.<br />
Parceria - A FCTH foi escolhida pela Vale para desenvolver<br />
o modelo reduzido por conta do seu reconhecido know-how.<br />
A parceria da Vale com a FCTH iniciou-se em 1981, com o<br />
desenvolvimento do primeiro estudo da Área Portuária do<br />
Maranhão. O acervo técnico do laboratório é o mais completo<br />
da área de hidráulica no país e abrange levantamentos<br />
hidrográficos, estudos de correntes marítimas e trajetórias<br />
de sedimentos, acompanhando a implantação dos projetos<br />
portuários existentes na baía de São Marcos.<br />
Este acervo constitui-se em importante base de dados que<br />
fundamenta estudos e projetos de expansão desta área portuária,<br />
de grande importância econômica para o Maranhão.<br />
Sumário<br />
173 / 415
DeSeNvOlvIMeNTO e<br />
pROTOTIpAgeM De uM<br />
CeNTRO De geSTÃO<br />
DA pROTeçÃO DA ReDe<br />
elÉTRICA DA CeMAR<br />
Este trabalho descreve o desenvolvimento de um<br />
protótipo de Centro de Gestão da Proteção (CGP).<br />
O sistema do CGP tem por objetivo a recuperação<br />
e o armazenamento de dados dos relés digitais do sistema<br />
de proteção da rede elétrica para posterior análise e<br />
apresentação das informações. O acesso a estes dados é<br />
feito através de um Web browser executado em um notebook<br />
ou desktop ou através do aplicativo cliente do CGP<br />
executado em um dispositivo móvel (por exemplo, smartphone).<br />
O CGP prevê redundância da infraestrutura de<br />
comunicação com a Internet através da comunicação via<br />
telefonia móvel 3G. Os conceitos de aplicação Web, paradigma<br />
orientado a objetos, computação móvel, telefonia<br />
móvel 3G, serviços Web, segurança e plataforma Java<br />
foram explorados no desenvolvimento do projeto. O sis-<br />
Sumário<br />
Adrianno B. R. A. Bastos<br />
Denivaldo C. P. Lopes<br />
Johnneth S. Fonsêca<br />
Leonardo Paucar<br />
Nierbeth C. Brito<br />
Renato M. Souza<br />
Ronnie S. Loureiro<br />
Zair Abdelouahab<br />
174 / 415
tema CGP tem possibilitado a análise e a interpretação<br />
dos eventos ocorridos no sistema elétrico da Companhia<br />
Energética do Maranhão (CEMAR).<br />
Introdução<br />
A implantação de centros de gestão da proteção por<br />
parte das companhias de distribuição tem como objetivos<br />
básicos facilitar a aquisição de dados dos relés, configuração<br />
dos relés digitais, aquisição de ajustes implantados,<br />
sequência de eventos, medições e arquivos de oscilografias<br />
[1], [2], [3].<br />
A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) possui<br />
relés digitais [3] no sistema de proteção das subestações,<br />
o que permite obter informações instantâneas sobre as<br />
variáveis monitoradas como tensão, corrente, demanda,<br />
etc. Entretanto, os seguintes problemas constituem um<br />
empecilho para a disponibilidade destes dados:<br />
• A rede de dados que interliga as subestações, onde<br />
se localizam os relés digitais, pode perder a conectividade,<br />
deixando os relés digitais inacessíveis;<br />
• As variáveis monitoradas são armazenadas<br />
temporariamente nos relés digitais e, quando a memória<br />
limitada esteja cheia de dados, estes são sobrescritos,<br />
ocorrendo a perda de dados e do histórico das<br />
variáveis medidas.<br />
O objetivo deste trabalho de pesquisa e desenvolvimento<br />
(P&D) é a concepção e o desenvolvimento de um sistema<br />
do Centro de Gestão da Proteção (CGP), que forneça:<br />
• Redundância da infraestrutura de comunicação<br />
com os relés digitais via telefonia móvel 3G [4];<br />
• Um sistema de software que permita o acesso aos<br />
dados dos relés digitais e o armazenamento de forma<br />
persistente em um banco de dados. O acesso às informações<br />
do CGP pode ser feito via Web browser ou<br />
via um aplicativo para dispositivo móvel (por exemplo,<br />
smartphone).<br />
Sumário<br />
175 / 415
A metodologia da infraestrutura de comunicação consiste<br />
na definição de arquiteturas de hardware nas quais<br />
um modem 3G permite a redundância da rede de comunicação<br />
com a Internet. A metodologia de desenvolvimento<br />
do sistema de software do CGP consiste na concepção<br />
de uma arquitetura organizada em camadas, cada uma<br />
independente da outra e com funcionalidades bem definidas.<br />
O produto resultante deste projeto P&D é formado por<br />
arquiteturas de hardware e por um sistema de software.<br />
A arquitetura de hardware suporta a redundância da via<br />
de comunicação graças à telefonia móvel 3G. O sistema<br />
de software do CGP permite que os eventos ocorridos<br />
nas subestações possam ser recuperados, armazenados<br />
e, posteriormente, analisados para auxiliar nas tomadas<br />
de decisão sobre manobras, configuração, medição e planejamento<br />
da rede elétrica da concessionária.<br />
Sistema do centro de gestão da proteção<br />
Nesta seção descrevem-se o contexto de utilização do<br />
sistema do CGP proposto, a metodologia e as tecnologias<br />
empregadas, as arquiteturas de hardware e de software<br />
e testes.<br />
Contexto de utilização<br />
A Figura 1 apresenta o contexto de utilização do sistema<br />
CGP. Na parte inferior desta figura, tem-se o relé<br />
digital conectado a um transceiver/remota e este último<br />
conectado ao servidor de acesso da CEMAR, dando assim<br />
acesso remoto ao relé digital. Este acesso pode ser feito<br />
via um Laptop + modem 3G ou smartphone com comunicação<br />
3G ou via um notebook ou desktop com comunicação<br />
com a Internet via Web browser. A redundância<br />
da comunicação é garantida através da configuração e<br />
instalação de um modem 3G no switch da rede da subestação<br />
de energia elétrica.<br />
Sumário<br />
176 / 415
O acesso remoto dos relés tem como vantagem a configuração<br />
remota, análise em tempo real, comissionamento<br />
remoto, suporte à equipe de manutenção local na solução<br />
de problema, e o monitoramento de equipamentos<br />
distantes.<br />
Figura 1. Contexto do sistema CGP.<br />
metodologia e tecnologias<br />
Durante a pesquisa, buscou-se desenvolver um sistema<br />
computacional que privilegiasse uma organização em<br />
camadas, cada uma com uma funcionalidade bem definida<br />
e fraco acoplamento entre os níveis adjacentes. Sendo<br />
assim, optou-se por uma arquitetura em camadas conforme<br />
a Figura 2. Também utilizou-se a análise e projeto<br />
orientado a objetos e a programação orientada a objeto.<br />
Além disso, alguns conceitos de concorrência são utiliza-<br />
Sumário<br />
177 / 415
dos para que o sistema possa ser acessado por múltiplos<br />
usuários.<br />
Figura 2. Arquitetura de hardware baseada em remota e concentradora.<br />
Uma vez definida a arquitetura em diagramas de blocos,<br />
optou-se por criar modelos em Unified Modeling Language<br />
(UML) [5], para melhor expressar o sistema independente<br />
de tecnologia ou plataforma. Em seguida, definiram-se<br />
as tecnologias e plataformas a serem usadas em<br />
cada nível.<br />
As principais tecnologias empregadas no desenvolvimento<br />
do CGP são as seguintes:<br />
• Modelagem: Unified Process (UP) [5] foi utilizado<br />
como metodologia de desenvolvimento. Unified Modeling<br />
Language (UML) foi utilizada para análise de requisitos<br />
e projeto do Sistema CGP;<br />
• Implementação: Plataforma e Linguagem Java<br />
(J2SDK, J2EE, JME) [6]; Banco de dados relacional<br />
Oracle; e a interoperabilidade foi garantida graças a<br />
tecnologia de Serviços Web [7], segurança de comunicação<br />
baseada em assinatura digital e RSA (algoritmo<br />
de chaves assimétricas) [8].<br />
Sumário<br />
178 / 415
Arquiteturas de hardware<br />
Três arquiteturas de hardware foram propostas, após<br />
análise da planta de subestações de energia elétrica da<br />
CEMAR. A Figura 2 apresenta a arquitetura de hardware<br />
que exigiu menos mudanças na planta atual da CEMAR.<br />
O modem de telefonia móvel 3G é conectado ao switch.<br />
Para esta arquitetura, foi pesquisado no mercado<br />
um modem 3G com capacidade de perceber a ausência<br />
de conectividade com a Internet e comutação automática<br />
para rede de telefonia móvel 3G. Assim, a tolerância a<br />
falhas da rede de comunicação é garantida, deixando o<br />
sistema sempre disponível.<br />
Sistema de Software Cgp: Arquitetura e funcionalidade<br />
Arquitetura em camada do Sistema Cgp<br />
Figura 3<br />
Sumário<br />
179 / 415
A Figura 3 apresenta a arquitetura em camadas do CGP<br />
que são descritas como:<br />
• Interface Homem-Máquina: permite o acesso ao<br />
sistema do CGP através de um browser Web ou um<br />
dispositivo móvel;<br />
• Controle de sessão: gerencia sessões de usuários,<br />
permitindo que as tarefas sejam realizadas mesmo com<br />
desconexões da rede, guardando o espaço de trabalho<br />
dos usuários;<br />
• Lógica do Negócio: gerencia e executa as funcionalidades<br />
de acesso e controle de um relé digital de<br />
forma uniforme e independente do tipo de relé;<br />
• Acesso a Informação ou controle de atuação: permite<br />
gerenciar os acessos múltiplos tanto de consulta<br />
de dados quanto de controle de atuação;<br />
• Aquisição de Dados e Atuação: este nível comunica<br />
diretamente com relés digitais (por exemplo, SEL 351),<br />
utilizando protocolos tal como LMD/SEL ou DNP3.<br />
A modularidade da arquitetura em camadas do sistema<br />
do CGP permite que qualquer camada seja substituída,<br />
por exemplo, uma camada de Aquisição de Dados e<br />
Atuação que comunica via LMD/SEL pode ser substituída<br />
por uma camada que comunica via DNP3 sem haver<br />
necessidade de alteração na camada de Acesso a Informação<br />
ou controle de atuação.<br />
Implantação e testes do Cgp<br />
O Sistema do CGP foi implantado na subestação São<br />
Francisco da CEMAR. A Figura 4 ilustra uma captura de<br />
tela apresentando informações obtidas pelo CGP.<br />
Sumário<br />
180 / 415
Figura 4. Sistema do CGP: demandas.<br />
A Figura 5 apresenta o sistema do CGP sendo acessado<br />
por um smartphone. A execução do sistema CGP móvel<br />
é mostrada na Figura 6 através de um smartphone.<br />
Figura 5. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: acessando<br />
eventos via smartphone.<br />
Sumário<br />
181 / 415
Figura 6. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: execução<br />
com smartphone.<br />
Figura 7. Equipamentos instalados na subestação São<br />
Francisco da CEMAR<br />
Na Figura 7 são mostrados parte<br />
dos equipamentos adquiridos para<br />
o projeto: relés digitais SEL-351A e a<br />
plataforma SEL-3351, instalados na<br />
Subestação São Francisco da CEMAR.<br />
Conclusão<br />
Neste trabalho, um sistema computacional<br />
protótipo de Centro de<br />
Gestão da Proteção-CGP da CEMAR<br />
foi desenvolvido através das tecnologias<br />
3G, serviços Web, Java, computação<br />
móvel, o que possibilitou a<br />
implementação de um sistema de<br />
software e a definição de três arquiteturas<br />
de hardware. O protótipo<br />
de CGP foi testado com sucesso no<br />
Sumário<br />
182 / 415
Centro de Operação do Sistema da CEMAR, em São Luís<br />
do Maranhão, demonstrando a utilidade da tecnologia<br />
3G para comunicação como canal redundante.<br />
Um dos principais resultados obtidos pelo projeto foi a<br />
recuperação e armazenamento de inúmeras informações<br />
contidas nos relés digitais que podem servir para diferentes<br />
tipos de análise, tal como crescimento da demanda.<br />
Como o sistema de software do CGP foi implementado de<br />
uma forma modular e utilizando a tecnologia Java, ele<br />
facilmente poderá ser adaptado a diversos tipos de hardware,<br />
além das opções de reusabilidade e integração.<br />
Trabalhos futuros relacionados com o sistema CGP podem<br />
incluir, por exemplo, tratamento de dados servindo<br />
na pesquisa para tomada de decisão operacional, utilizando<br />
algum método de inteligência artificial e análise de<br />
detecção e diagnóstico de falhas para manutenção.<br />
Referências<br />
[1] F. Zavoda, “The key role of intelligent electronic devices<br />
(IED) in advanced Distribution Automation (ADA),”<br />
China International Conference on Electricity Distribution<br />
- CICED, pp. 1-7, Dec. 2008.<br />
[2] M. Qureshi et al. “A Communication Architecture for<br />
Inter-substation Communication,” IEEE 8th Int. Conf. on<br />
Computer and Information Technology Workshops - CIT,<br />
Sydney, pp. 577-582, July 2008.<br />
[3] D. V. Coury, M. Oleskovicz e R. Giovanini, Proteção<br />
Digital de Sistemas Elétricos de Potência: dos Relés Eletromecânicos<br />
aos Microprocessados Inteligentes, São<br />
Carlos: EESC-USP, 2007.<br />
[4] H. Holma and A. Toskala, HSDPA/HSUPA for UMTS:<br />
High Speed Radio Access for Mobile Communications, 1 st<br />
edition, Wiley, 2006.<br />
[5] J. Arlow and I. Neustadt, UML 2 and the Unified Process,<br />
2nd ed., Addison Wesley, 2005.<br />
[6] H. M. Deitel, P. Deitel, Java How to Program, 8 th edi-<br />
Sumário<br />
183 / 415
tion, Prentice Hall, 2009.<br />
[7] G. Alonso, F. Casati, H. Kuno, and V. Machiraju, Web<br />
Services: Concepts, Architectures and Applications, 1 st<br />
edition, Springer, 2010.<br />
[8] W. Stallings, Cryptography and Network Security:<br />
Principles and Practice, 5 th Edition, Prentice Hall, 2010.<br />
Adrianno B. R. A. Bastos<br />
Engenheiro Elétrico.<br />
Denivaldo C. P. Lopes<br />
Doutor em Informática pelo Université de Nantes, França e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Johnneth S. Fonsêca<br />
Mestre em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do<br />
Maranhão<br />
Leonardo Paucar<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Nierbeth C. Brito<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Renato M. Souza<br />
MBA em Gestão de Negócios em Energia Elétrica pela Fundação Getúlio Vargas - RJ e<br />
Executivo de Projetos e Obras Alta Tensão da Companhia Energética do Maranhão.<br />
Ronnie S. Loureiro<br />
Especialista em Engenharia Elétrica pelo Instituto Federal do Maranhão e<br />
trabalha na Companhia Energética do Maranhão.<br />
Zair Abdelouahab<br />
Mestre em Computing Science pela University Of Glasgow , Doutor em<br />
Computer Studies pela University Of Leeds e Professor da Universidade Federal do<br />
Maranhão.<br />
Sumário<br />
184 / 415
<strong>MARANHÃO</strong>:<br />
eM Se plANTANDO,<br />
TuDO Dá!<br />
Promover o progresso da<br />
educação é o caminho mais<br />
seguro para a estruturação<br />
sólida de uma sociedade<br />
desenvolvida. No Maranhão,<br />
uma linha de investimentos<br />
que tem crescido<br />
bastante no país é a aplicação<br />
de recursos na pesquisa científica.<br />
E, ao contrário do que muitos<br />
pensam, investir em ciência, tecnologia<br />
e inovação, além de estímulo<br />
intelectual, também traz<br />
resultados financeiros.<br />
A Fundação de Amparo à Pesquisa<br />
e ao Desenvolvimento Científico<br />
e Tecnológico do Estado do<br />
Maranhão (FAPEMA), maior agência de fomento<br />
à pesquisa local, acredita que este é um<br />
meio bastante nobre de se chegar a esse objetivo.<br />
“Somente para 2012, estão previstos 40 editais que<br />
somam mais de R$ 26 milhões em investimentos na<br />
Ciência, Tecnologia & Inovação do Maranhão, destinados<br />
a bolsas, auxílios, convênios federais, programas<br />
de divulgação científica, inserção de pesquisadores<br />
nas empresas e projetos estratégicos para<br />
Sumário<br />
Ivandro Coêlho<br />
Priscila Cardoso<br />
185 / 415<br />
Informativo FAPEMA
o Maranhão, em todas as áreas do conhecimento”, conta<br />
Rosane Guerra, diretora-presidente da Fundação.<br />
O interesse e a capacidade dos pesquisadores em apresentar<br />
projetos inovadores e revolucionários têm chamado<br />
a atenção da FAPEMA. Alguns trabalhos apoiados pela<br />
Fundação merecem destaque, tanto pela qualidade no desenvolvimento<br />
da pesquisa, como pela perspectiva de retornos<br />
financeiros.<br />
É mAmão Com AçÚCAR!<br />
Uma das pesquisas apoiadas pela FAPEMA busca aumentar<br />
a produtividade do mamão na área do Baixo Parnaíba.<br />
Analisando a realidade do estado, a professora Dra.<br />
Maria da Cruz Chaves Lima Moura, do Centro de Ciências<br />
Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão<br />
(CCAA/UFMA), desenvolve um projeto que tem como<br />
objetivo selecionar variedades de mamão mais adaptadas<br />
às condições de clima e solo da região, levando em consideração<br />
a produtividade e o tipo preferido pelo consumidor.<br />
“O Maranhão é tradicionalmente importador de produtos<br />
hortifrutis, entre eles, o mamão. Apesar de ser uma fruta<br />
com grande potencial produtivo e de consumo para o estado,<br />
há um déficit na oferta desse produto, que é trazido<br />
principalmente do estado do Pará”, explica a pesquisadora.<br />
O projeto – intitulado “Seleção de Genótipos de Mamoeiro<br />
(carica papaya l.) para Produção Comercial<br />
na Microrregião de Chapadinha,<br />
Nordeste Maranhense”<br />
– teve início<br />
em 2010, no município<br />
de Brejo.<br />
“Estamos testando<br />
dez variedades<br />
de mamoeiro<br />
dos grupos ‘Solo’<br />
e ‘Formosa’ para<br />
Sumário<br />
186 / 415
saber qual a mais produtiva e a que tem mais preferência<br />
no consumo local e regional”, informou a professora Maria<br />
Moura, coordenadora do projeto. Para ela, esse processo de<br />
introdução e avaliação de genótipos de mamão é necessário<br />
porque ainda não se conhece o desempenho desses materiais<br />
genéticos nas condições de solo e clima da região.<br />
De acordo com a professora Maria Moura, a exploração<br />
comercial da cultura do mamoeiro poderá se transformar<br />
numa excelente oportunidade para a diversificação agrícola<br />
do Maranhão. Além disso, a pesquisa também vai proporcionar<br />
o treinamento dos viveiristas e produtores do Baixo<br />
Parnaíba, fortalecendo o mercado local não só do produto,<br />
mas das sementes selecionadas.<br />
Para a pesquisadora, outro aspecto importante da pesquisa<br />
é o fortalecimento da agricultura familiar. Atualmente, o<br />
cenário produtivo da região é mais voltado para a produção<br />
de grãos, principalmente a soja, destinados à exportação.<br />
Segundo ela, a cultura do mamão pode ser uma alternativa<br />
de produção de alimentos para essa região. “A vantagem da<br />
cultura do mamão não é apenas agronômica, mas social,<br />
uma vez que ela absorve uma grande parcela da agricultura<br />
familiar. Trata-se de um produto bastante rentável e que<br />
pode ser produzido em pequenas áreas”, explicou a professora<br />
Maria Moura.<br />
tERApIA dAS FloRES<br />
Pesquisas voltadas para a área da saúde também recebem<br />
o apoio da FAPEMA. Nesta, o pesquisador Tonicley<br />
Alexandre da Silva descobriu outra função para as flores.<br />
Em seu trabalho de mestrado em Ciências da Saúde, pela<br />
Universidade Federal do Maranhão, o nutricionista investigou<br />
os efeitos de diferentes partes do cajueiro no tratamento<br />
da diabetes. Depois de retirar extratos vegetais de folhas,<br />
cascas e flores e administrá-los oralmente em camundongos<br />
que apresentavam predisposição para diabetes, ele observou<br />
um efeito muito positivo das flores.<br />
Sumário<br />
187 / 415
Flor cajueiro<br />
A descoberta suscitou o interesse do pesquisador em investigar<br />
a fundo o efeito das flores do cajueiro no tratamento<br />
e na prevenção dos sintomas que a doença provoca no<br />
organismo. “A literatura já mostrava vários estudos feitos a<br />
partir da casca, das folhas e de outras partes do cajueiro,<br />
mas nada relacionado às flores no tratamento da diabetes.<br />
Em nossa pesquisa, observamos que as flores também têm<br />
essa propriedade e a concentração encontrada nelas, em<br />
relação a outros extratos, é muito maior”, explica Tonicley<br />
Silva.<br />
Segundo o pesquisador, a alta concentração do princípio<br />
ativo derruba um grande obstáculo que inviabilizava<br />
a comercialização do medicamento extraído do cajueiro.<br />
“Antes, seria necessária uma quantidade muito grande de<br />
substrato (folhas e cascas) para se conseguir uma quanti-<br />
Sumário<br />
188 / 415
Flor cajueiro<br />
dade de produto capaz de ter esse efeito benéfico. Com as<br />
flores, observamos que uma pequena quantidade já teria o<br />
mesmo efeito de uma grande quantidade de outras partes<br />
da planta”, garante o nutricionista e também doutorando<br />
em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio).<br />
Na pesquisa, Tonicley Silva obteve grandes resultados<br />
com a utilização das flores do cajueiro, como a diminuição<br />
da fome e da sede dos animais e a redução da glicose sanguínea.<br />
Além disso, observou um aumento na produção<br />
de insulina (hormônio responsável por transportar glicose<br />
do sangue para dentro das células) e uma diminuição de<br />
triglicerídeos, causadores de problemas cardiovasculares e<br />
de doenças relacionadas ao metabolismo de gordura no organismo.<br />
A descoberta do novo produto pode significar o desenvolvimento<br />
de uma nova opção terapêutica para o tratamento<br />
da diabetes, com possibilidade de menos efeitos colaterais<br />
que as já disponíveis no mercado. “Além disso, se conseguirmos<br />
descobrir um princípio ativo a partir de uma planta<br />
que é nativa, não só do nosso estado, mas do Nordeste,<br />
que é uma região de certa forma carente, possibilitaremos a<br />
exploração dessa espécie que é abundante, proporcionando<br />
um incremento da renda dessa população que trabalha<br />
com a planta”, pontua Tonicley, que garante ter, até 2014,<br />
os resultados finais da pesquisa.<br />
Sumário<br />
189 / 415
EtANol vERdE<br />
Outra pesquisa,<br />
que promete aliar<br />
retorno financeiro<br />
e sustentabilidade,<br />
busca otimizar<br />
a produção de etanol<br />
no Baixo Parnaíba<br />
sem agredir<br />
o meio ambiente.<br />
O trabalho está<br />
sendo desenvolvidos<br />
pela professora<br />
Francirose Shi- Adubação nitrogenada realizada no segundo ano.<br />
gaki, do Centro de<br />
Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do<br />
Maranhão (CCAA/UFMA).<br />
Intitulado “Seleção de variedades de cana de açúcar para<br />
o estado do Maranhão visando a produção sustentável de<br />
etanol”, a pesquisa tem como objetivo principal indicar variedades<br />
de cana de açúcar mais adaptadas às condições<br />
de solo e clima da região do Baixo Parnaíba, além de avaliar<br />
as técnicas de manejo para a produção sustentável do<br />
etanol. O projeto foi implantado em 2009, numa fazenda de<br />
produção de cachaça da cidade de Brejo, depois que os pesquisadores<br />
constataram que a produção de cana de açúcar<br />
na região era baixa porque os produtores utilizavam variedades<br />
ultrapassadas e também não aplicavam técnicas de<br />
manejo mais eficientes, como a adubação nitrogenada e a<br />
irrigação.<br />
A primeira etapa do projeto foi dedicada à seleção de variedades<br />
e a segunda, à avaliação do impacto ambiental. Na<br />
terceira fase, os pesquisadores realizam análises tecnológicas<br />
da cana de açúcar produzida no experimento, visando<br />
a produção do etanol. “A intenção inicial era selecionar algumas<br />
variedades e tentar utilizar subprodutos da própria<br />
Sumário<br />
190 / 415<br />
(Fonte: pesquisadora Francirose Shigaki
produção - no caso de Brejo, o vinhoto - para substituir<br />
a adubação nitrogenada. Depois fazer o manejo adequado<br />
com essas variedades para observar o potencial de produtividade<br />
de acordo com as condições edafoclimáticas (solo<br />
e clima) da região”, explicou a pesquisadora.<br />
O resultado desse trabalho de seleção e manejo correto foi<br />
um aumento de produtividade obtido no primeiro ano com<br />
a cana plantada em torno de 120 toneladas por hectares,<br />
considerada maior que a produtividade da região, que é de<br />
50 toneladas. “A gente quer ver agora se a variedade que<br />
apresentou maior produtividade no primeiro ano também é<br />
melhor no segundo e assim sucessivamente nos próximos<br />
anos de rebrota”, declarou a professora Francirose.<br />
Sumário<br />
191 / 415<br />
191 / 415
um FutuRo mAIS INtERAtIvo<br />
Tecnologia e Inovação também ganham espaço quando o<br />
assunto é investimento em pesquisa científica. A FAPEMA<br />
está apoiando o projeto do pesquisador Márcio Carneiro<br />
que visa revolucionar a TV Digital, explorando uma de suas<br />
facetas que nem todo mundo conhece: a interatividade.<br />
Muita gente acha que a TV digital traz consigo apenas o<br />
conceito de excelência no que diz respeito a som e imagem,<br />
mas poder agregar a esse fluxo um terceiro tipo de conteúdo,<br />
como aplicações e softwares, já é uma realidade.<br />
Por meio da interatividade na TV digital, informações antes<br />
acessadas apenas pela internet estariam disponíveis,<br />
agora, com o simples auxílio do controle remoto. A diferença<br />
é que isto seria possível com menos restrições, já<br />
que, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto<br />
Sensus, apenas 44,9% da população brasileira tem acesso<br />
à rede mundial de computadores. “Nesse caso, a interatividade<br />
na TV digital pode até ser considerada uma política<br />
pública, porque é uma forma de inclusão social, de você<br />
oferecer serviços públicos para todo o Brasil, independente<br />
de classe social, porque a televisão está em todos os lugares”,<br />
argumenta Márcio Carneiro, jornalista e pesquisador<br />
nas áreas de Convergência e TV Digital.<br />
Mas, afinal, se a interatividade na TV é tão fantástica assim,<br />
por que ainda não foi disseminada? Um dos maiores<br />
problemas encontrados pelas emissoras de televisão é o<br />
custo. Além de pessoal com conhecimento em linguagem de<br />
programação, o desenvolvimento de um aplicativo funcional<br />
e com layout chamativo levaria meses. “Quem desenvolve<br />
um aplicativo geralmente não tem domínio sobre design e<br />
acaba apresentando um software bruto, pouco atrativo, o<br />
que facilita a reprovação do produto pela empresa”, justifica<br />
Carneiro, que também é Coordenador do Laboratório de<br />
TV do Curso de Comunicação Social da UFMA.<br />
A solução encontrada por Márcio Carneiro foi democratizar<br />
a interatividade via TV digital e sistemas IPTV. Para<br />
Sumário<br />
192 / 415
isso, ele desenvolveu um software voltado especificamente<br />
para jornalistas, editores, publicitários, ou seja, para<br />
os responsáveis pela produção do conteúdo da televisão.<br />
“Com o T-Autor, os produtores de conteúdo passam a ter<br />
mais liberdade, numa tendência que segue o que já existe<br />
no ambiente de Internet. Para as empresas, o programa<br />
permite a inclusão da interatividade nos fluxos de trabalho<br />
com redução de custos, menor necessidade de pessoal<br />
especializado, agilidade no desenvolvimento e muito mais<br />
possibilidades de criar e experimentar novos formatos, utilizando<br />
a ferramenta para testes e versões finalizadas para<br />
veiculação”, esclarece.<br />
O projeto recebe apoio da FAPEMA por meio do PAPPE<br />
(Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa), que visa estimular<br />
a inovação, aumentando a competitividade das empresas<br />
maranhenses. “E a inovação onde está? Está em<br />
trazer algo que antes era restrito a programadores para as<br />
pessoas que efetivamente fazem televisão. Não existe nada<br />
parecido no mercado tão focado para esse público”, justifica.<br />
No mundo virtual, por meio das redes sociais, principalmente<br />
dos blogs, as pessoas saíram da posição passiva e<br />
passaram a ser também autores de conteúdo. Na TV, isso<br />
também será possível. “Imagine um professor preparando<br />
uma videoaula de geografia. Com o T-Autor, ele poderia,<br />
por exemplo, tornar a exposição bem mais dinâmica,<br />
criando um menu que desse acesso a mapas, dados históricos,<br />
informações adicionais e assim por diante”, vislumbra<br />
Carneiro.<br />
Com o desenvolvimento destas novas ferramentas, uma<br />
coisa é certa: ninguém mais vai adormecer vendo televisão.<br />
Ivandro Coêlho<br />
Assessor de imprensa da FAPEMA<br />
Priscila Cardoso<br />
Assessora de imprensa da FAPEMA<br />
Sumário<br />
193 / 415
O SISTeMA HíbRIDO<br />
eÓlICO-SOlAR De<br />
geRAçÃO elÉTRICA<br />
SuSTeNTável DA IlHA<br />
De leNçÓIS: uMA<br />
SOluçÃO vIável<br />
pARA ATeNDIMeNTO<br />
elÉTRICO De IlHAS DO<br />
lITORAl<br />
DO <strong>MARANHÃO</strong><br />
Sumário<br />
Luis Antonio de Souza Ribeiro<br />
João Victor M. Caracas<br />
José Gomes de Matos<br />
Osvaldo R. Saavedra<br />
Shigeaki L. Lima<br />
194 / 415
Introdução<br />
Parte significativa da população mundial não tem acesso<br />
à energia elétrica e, consequentemente, não tem acesso<br />
a serviços relacionados à educação, saúde, telecomunicações,<br />
lazer, segurança, etc. A situação é semelhante no<br />
Brasil, onde boa parte da população carece de serviços e<br />
confortos da vida contemporânea que são provenientes do<br />
acesso à eletricidade. São diversos os fatores que geraram<br />
e mantêm essa situação, tais como: restrições econômicas<br />
e ambientais, residências com baixo consumo, população<br />
dispersa e inexistência de atividade econômica que demande<br />
energia, entre outros. São aspectos que dificultam a realização<br />
de investimentos na construção e/ou expansão de<br />
sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia<br />
elétrica, principalmente nas regiões mais pobres e distantes<br />
dos centros urbanos, como é o caso de muitas comunidades<br />
do Brasil, um país com dimensões continentais.<br />
Nesse aspecto, destaca-se o caso do Maranhão, um estado<br />
grande e com diversas comunidades habitando ilhas isoladas<br />
de seu extenso litoral.<br />
O Programa Luz para Todos do Governo Federal tem como<br />
meta que todos os consumidores, residenciais ou não, tenham<br />
acesso à energia e sejam atendidas até determinado<br />
prazo. Em outras palavras, isso significa que todas as concessionárias<br />
em operação no Brasil devem abastecer eletricamente<br />
a totalidade (ou 100%) das residências que não<br />
disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não importando<br />
mais se esses consumidores estão dispersos ou<br />
se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões,<br />
que, para ser atendido, demanda soluções clássicas, mas<br />
também soluções inovadoras.<br />
Este trabalho se concentra na problemática de como atender<br />
às comunidades que residem nas numerosas ilhas do<br />
litoral brasileiro, e mais especificamente, no litoral do Maranhão.<br />
Com esse objetivo, o Instituto de Energia Elétrica da<br />
Sumário<br />
195 / 415
UFMA, através do seu Núcleo de Energia Alternativa, desenvolveu,<br />
instalou e vem mantendo em operação desde<br />
julho de 2008 um sistema piloto inovador para atender a<br />
esses tipos de comunidades. Os recursos para implantação<br />
do sistema foram disponibilizados pelo Ministério de Minas<br />
e Energia.<br />
O sistema de geração foi concebido de forma a apresentar<br />
as seguintes características relevantes:<br />
a) Transparência: Este aspecto constitui uma das principais<br />
contribuições inovadoras do Projeto. O fornecimento<br />
de energia elétrica tem sido feito transparentemente e com<br />
continuidade para o usuário do sistema, sem que ele perceba<br />
de qual fonte está recebendo a energia.<br />
b) Confiabilidade: a tecnologia aplicada no Projeto tem se<br />
apresentado segura e robusta, com alternativas automáticas<br />
que têm evitado o não atendimento da comunidade,<br />
ainda em condições de falha parcial do sistema de geração.<br />
c) Respeito ao meio ambiente: A geração de energia elétrica<br />
tem sido feita atendendo a critérios de preservação e<br />
respeito ao meio ambiente.<br />
d) Integração da comunidade: O projeto foi implantado<br />
tendo a comunidade como um parceiro do empreendimento,<br />
articulando para que a mesma percebesse a importância<br />
do projeto, interessando-se, assim, pela sua sustentabilidade<br />
e continuidade.<br />
descrição do Sistema<br />
A topologia/configuração do sistema de geração foi definida<br />
considerando os aspectos em termos das necessidades<br />
da comunidade, assim como das potencialidades energéticas<br />
do local, tendo sido verificado o seguinte:<br />
- O potencial de energia solar na Ilha dos Lençóis é elevado,<br />
em função da mesma estar situada próxima da linha do<br />
Equador;<br />
- A documentação técnica relativa às velocidades de vento<br />
para a região apontou que a ilha tem potencial energético<br />
Sumário<br />
196 / 415
adequado para esse tipo de geração, registrando-se ventos<br />
médios anuais da ordem de 7 a 8 m/s;<br />
- A Ilha se encontra em uma reserva extrativista, controlada<br />
pelo ICMBIO (RESEX de Cururupu-Ma), portanto,<br />
a utilização de fontes energéticas renováveis para atendimento<br />
da sua comunidade é altamente desejável.<br />
Com estas constatações e com o estudo de demanda da<br />
Ilha, foi desenvolvida uma solução híbrida de geração, usando<br />
como fontes primárias o sol e o vento. Fisicamente, o<br />
sistema de geração é formado pelos seguintes subsistemas,<br />
conforme mostrado no diagrama de blocos da Figura 1:<br />
Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema.<br />
• Um subsistema de geração eólica, composto por três turbinas<br />
de 7.5kW cada;<br />
Sumário<br />
197 / 415
• Um subsistema de geração solar, formado por 162 módulos<br />
fotovoltaicos de 130Wp cada, o que totaliza uma<br />
potência de pico instalada de 21kW;<br />
• Um subsistema de armazenamento de energia, formado<br />
por 120 baterias de 220Ah;<br />
• Um subsistema de inversão de tensão, formado por 2 inversores<br />
de 20kVA, que operam em paralelo e tem a função<br />
de adequar a energia gerada a partir do sol e do vento,<br />
de tal forma que ela possa ser consumida pela comunidade<br />
no padrão de tensão comercial de 220V e frequência<br />
de 60Hz;<br />
• Um sistema de backup composto por um gerador a diesel<br />
de 53kVA, que tem a função de suprir os consumidores<br />
no caso de períodos prolongados de falta de vento e ou de<br />
sol ou ainda no caso de defeito ou necessidade de manutenção<br />
do sistema de geração a partir das fontes renováveis.<br />
A figura 2 apresenta uma vista geral da Ilha dos Lençóis,<br />
com um relevo predominantemente de dunas. A ilha é habitada<br />
basicamente por pescadores, com uma população em<br />
torno de 400 pessoas (aproximadamente 90 residências).<br />
Figura 2. Vista panorâmica da Ilha de Lençóis.<br />
Sumário<br />
198 / 415<br />
Divulgação
Figura 3. Casa de controle do sistema de geração.<br />
Figura 4. Vista do painel fotovoltaico de 21kWp.<br />
Figura 5. Subsistema de geração eólica.<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
A Figura 3 mostra<br />
a casa de controle<br />
que foi construída<br />
para o sistema de geração.<br />
Sobre a cobertura<br />
dessa casa está<br />
instalado o painel fotovoltaico<br />
de 21kWp,<br />
conforme mostrado<br />
na Figura 4.<br />
A figura 5 mostra<br />
as três turbinas eólicas,<br />
de 7.5kW (modelo<br />
Bergey Excel R<br />
7.5 kW). Essas turbinas<br />
têm rotor com<br />
diâmetro de 7 metros<br />
e estão instaladas em<br />
torre de aço galvanizado<br />
de 30 metros de<br />
altura.<br />
Resultados e<br />
discussão<br />
O sistema híbrido<br />
de geração elétrica da<br />
Ilha de Lençóis está<br />
em operação desde<br />
julho de 2008. Nesse<br />
período o sistema<br />
tem sido capaz de<br />
suprir a comunidade<br />
com energia elétrica<br />
24 horas por dia, inclusive<br />
com iluminação<br />
pública. A Figura<br />
199 / 415
Figura 6. Uso da energia por típica família da Ilha.<br />
Sumário<br />
6, por exemplo, mostra<br />
uma típica família<br />
da Ilha de Lençóis usufruindo<br />
dos benefícios<br />
do projeto, através da<br />
iluminação elétrica e do<br />
entretenimento a partir<br />
do uso da televisão. Já<br />
a Figura 7 mostra detalhes<br />
do sistema de iluminação<br />
das vias públicas<br />
que foi instalado<br />
na ilha. Trata-se de um<br />
sistema eficiente, com<br />
lâmpadas de baixa potência, porém capaz de atender plenamente<br />
às necessidades da comunidade.<br />
A chegada da energia elétrica à Ilha de Lençóis, com a<br />
implantação do sistema híbrido de<br />
geração pelo IEE-UFMA, representou<br />
um vetor para uma considerá-<br />
Figura 7. Sistema de Iluminação das vias públicas.<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
vel melhoria na qualidade de vida<br />
dos seus habitantes. O acesso à<br />
informação e ao lazer, através da<br />
chegada da televisão, juntamente<br />
com a possibilidade de melhor<br />
conservação dos alimentos, através<br />
do uso da geladeira ou freezers,<br />
são exemplos óbvios do incremento<br />
positivo que teve a qualidade de<br />
vida das pessoas.<br />
No plano educacional, a escola<br />
municipal existente pôde funcionar<br />
em três turnos, com destaque<br />
para a oferta de cursos noturnos<br />
de alfabetização de adultos, o que<br />
era inviável antes da chegada da<br />
energia.Outro ponto a destacar<br />
foi a melhoria do atendimento no<br />
200 / 415
posto de saúde local, tendo em vista a possibilidade de conservação<br />
de medicamentos e vacinas, bem como a esterilização<br />
de ferramentas e equipamentos para pequenos procedimentos<br />
médicos.<br />
A atividade turística da Ilha tem sido significadamente<br />
incrementada, com o surgimento de várias pousadas criadas<br />
por moradores locais, tornando atrativa e confortável a<br />
estadia dos turistas que têm visitado a Ilha.<br />
Em termos científicos e tecnológicos, o desenvolvimento<br />
do projeto resultou em considerável expertise da equipe do<br />
IEE-UFMA na área de geração de energia elétrica a partir<br />
de fontes renováveis, notadamente as fontes solar e eólica.<br />
Importantes parcerias foram feitas entre a UFMA e empresas<br />
privadas, face ao caráter emblemático do projeto. Em<br />
especial, vale destacar a parceria formada entre a UFMA e<br />
a CP ELETRÔNICA (ver www.cp.com.br), a qual foi primordial<br />
para o desenvolvimento, com tecnologia 100% brasileira,<br />
dos inversores de tensão que estão sendo utilizados no<br />
sistema elétrico da Ilha de Lençóis.<br />
Conclusões<br />
As tecnologias fotovoltaica e eólica têm sido eficazes no<br />
abastecimento de comunidades isoladas. São soluções que<br />
vêm se mostrando robustas e adequadas para áreas de difícil<br />
acesso, dispersas, com restrições ambientais ou com<br />
baixo poder aquisitivo. O Estado do Maranhão, em particular,<br />
apresenta um elevado número de ilhas e comunidades<br />
isoladas. São regiões onde a velocidade do vento é significativa<br />
durante vários meses do ano e onde é grande a disponibilidade<br />
de radiação solar.<br />
Em atenção a estes antecedentes, o IEE-UFMA, através<br />
do Núcleo de Energias Alternativas, desenvolveu este projeto<br />
piloto inovador para levar energia elétrica para as ilhas<br />
da região, de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentado<br />
e estável dessas comunidades. A área piloto escolhida<br />
foi a Ilha de Lençóis, onde foi feita a instalação de<br />
Sumário<br />
201 / 415
três turbinas eólicas juntamente com um sistema fotovoltaico<br />
de geração, de forma que toda a demanda pudesse ser<br />
atendida com energia limpa e de qualidade, sem agredir a<br />
natureza.<br />
O desenvolvimento do Projeto foi guiado por uma série<br />
de premissas, todas orientadas para a realização de um<br />
empreendimento que atendesse a todos os critérios de<br />
qualidade de serviço, confiabilidade, redução de custos,<br />
sustentabilidade. Este Projeto é uma amostra real de que é<br />
possível aproximar a Universidade dos setores mais carentes<br />
da sociedade, atendendo sua necessidade de realização<br />
de pesquisa aplicada e ao mesmo tempo solucionando problemas<br />
cruciais dessas comunidades carentes, como, por<br />
exemplo, acesso a energia elétrica.<br />
O projeto foi financiado pelo MME, no âmbito do Programa<br />
Luz para Todos do Governo Federal, como um modelo<br />
a ser replicado nas demais ilhas existentes na região.<br />
Agradecimentos<br />
Os autores agradecem o apoio do MME e da UFMA.<br />
João Victor M. Caracas<br />
Mestrando de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
José Gomes de Matos<br />
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Luis Antonio de Souza Ribeiro<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />
Universidade Federal do Maranhão.<br />
Osvaldo R. Saavedra<br />
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário<br />
Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.<br />
Shigeaki L. Lima<br />
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
202 / 415
levANTAMeNTO DA flORA<br />
ApíCOlA eM SÃO JOSÉ De<br />
RIbAMAR-MA<br />
O<br />
conhecimento da flora<br />
apícola (nectarífera e polinífera)<br />
é um passo importante<br />
para a exploração racional<br />
e para programas de conservação<br />
de abelhas, facilitando as<br />
operações de manejo, como, também,<br />
possibilitando a identificação,<br />
preservação e multiplicação<br />
das espécies vegetais mais importantes<br />
(WIESE, 1995). Para a<br />
criação racional de abelhas, as<br />
informações sobre as floradas<br />
podem determinar a capacidade<br />
de sustentação das colônias<br />
num dado ambiente. Além disso,<br />
possibilitam o planejamento das<br />
atividades por meio do calendário<br />
apícola, onde é identificado o<br />
período de extração do mel, da<br />
alimentação artificial, da multiplicação<br />
das colônias, de instalação<br />
de caixas-isca, bem como<br />
da migração das colônias. (MO-<br />
REIRA, 1991).<br />
Sumário<br />
Eleuza Gomes Tenório<br />
Francisco V. de Paula Lima Filho<br />
Sabe-se que a maior parte do<br />
néctar aproveitado na apicultura<br />
brasileira provém de plantas<br />
nativas, não cultivadas. O conhecimento<br />
detalhado da época<br />
de floração das plantas visitadas<br />
auxilia na determinação das espécies<br />
vegetais que contribuem<br />
para formação do mel produzido.<br />
No Maranhão, tanto a apicultura<br />
quanto a meliponicultura têm se<br />
tornado uma atividade econômica<br />
alternativa para os agricultores.<br />
Por outro lado, o incremento<br />
dessas atividades também<br />
contribui para a manutenção<br />
de áreas com vegetação natural,<br />
que são importantes na preservação<br />
de reservas. Entretanto,<br />
essas atividades ressentem-se<br />
de trabalhos de cunho extensivo<br />
sobre as plantas nectaríferas<br />
e poliníferas, como dados sobre<br />
espécies, variedades, épocas de<br />
florescimento, concentração dos<br />
203 / 415
açúcares do néctar, métodos de<br />
propagação do vegetal, etc.<br />
A identificação dos grãos de pólen<br />
tem sido utilizada para a determinação<br />
geográfica e botânica<br />
do mel, indicando o tipo floral do<br />
mel produzido. Todas essas informações<br />
refletem diretamente<br />
sobre os aspectos relacionados à<br />
comercialização desse produto.<br />
Assim, este trabalho visa identificar<br />
as plantas que poderão<br />
compor o pasto apícola utilizado<br />
tanto por abelhas africanizadas<br />
Apis mellifera quanto por abelhas<br />
indígenas sem ferrão, como,<br />
por exemplo, a Melipona fasciculata<br />
(tiúba), na região de São<br />
José de Ribamar–MA.<br />
material e métodos<br />
Área do estudo<br />
O estudo foi realizado numa<br />
propriedade particular da zona<br />
rural de São José de Ribamar,<br />
localidade Quinta, situada na<br />
extremidade leste da ilha de São<br />
Luís (02° 34’ 07’’S, 44° 08’ 12’’W),<br />
a 31 quilômetros da capital do<br />
estado. O município apresenta<br />
solo do tipo Latosso Amarelo<br />
e vegetação caracterizada pela<br />
presença de mata ciliar, manguezais,<br />
mosaico de pastagens e<br />
de agricultura familiar, florestas<br />
Sumário<br />
abertas e vegetação degradada<br />
com capoeiras e babaçuais (NU-<br />
GEO–UEMA).<br />
O clima é tropical mesotérmico<br />
e úmido, com duas estações bem<br />
definidas. A chuvosa, de janeiro<br />
a junho, concentra, em média,<br />
94% do total anual das chuvas;<br />
a estação seca, de junho a dezembro,<br />
concentra apenas 6%.<br />
O total pluviométrico médio é de<br />
1.900 milímetros anuais. As temperaturas<br />
são elevadas durante<br />
o ano todo (média de 26ºC), com<br />
variação anual pequena, principalmente<br />
nos meses de abril,<br />
maio e junho (RIOS, 2001).<br />
Coleta do material botânico<br />
Para o reconhecimento da florada<br />
presente na área, as Angiospermas<br />
encontradas floridas<br />
foram coletadas mensalmente<br />
durante os anos de 2008, 2009<br />
e 2010.<br />
O material botânico coletado<br />
foi desidratado, identificado, catalogado<br />
e depositado no Herbário<br />
da Universidade Estadual do<br />
Maranhão–UEMA. O botão floral<br />
fechado de cada espécie vegetal<br />
também foi coletado para identificação<br />
e caracterização dos<br />
grãos de pólen de acordo com Erdtman<br />
(1960), utilizando o método<br />
da acetólise.<br />
Para identificação das famílias,<br />
204 / 415
tabela 1<br />
o sistema de classificação adotado<br />
foi o APG II (SOUZA & LO-<br />
RENZI, 2008). Os grãos de pólen<br />
observados no microscópio óptico<br />
(aumento 40x e 100x) foram<br />
fotografados e separados em tipos<br />
polínicos de acordo com sua<br />
morfologia. A identificação ocorreu<br />
por comparação com a palinoteca<br />
da flora inventariada da<br />
área e pela literatura especializada.<br />
Sumário<br />
Resultados e discussão<br />
Plantas identificadas na área do estudo<br />
FAmÍlIA<br />
AmARANthACEAE<br />
ANACARdIACEAE<br />
ARECACEAE<br />
AStERACEAE<br />
bIgNoNIACEAE<br />
NomE CIENtÍFI-<br />
Co<br />
NomE<br />
vulgAR<br />
As plantas identificadas na<br />
área de estudo representam 36<br />
famílias, 77 gêneros e 91 espécies<br />
discriminadas na Tabela 1.<br />
As famílias mais representativas<br />
foram Fabaceae (com destaque<br />
para as subfamílias mimosoideae<br />
e Caesalpinioideae) e,<br />
malvaceae, seguidas de Asteraceae,<br />
Arecaceae, myrtaceae e<br />
Solanaceae (Figura 1).<br />
poRtE<br />
Alternanthera tenella Apaga-fogo Herbáceo<br />
Alternanthera brasiliana Carrapichinho Herbáceo<br />
Gomphrena sp. -<br />
Anacardium occidentales Caju Arbóreo<br />
Mangifera indica Manga Arbóreo<br />
Tapira guianensis Pau pombo Arbóreo<br />
Cocos nucifera Coco d’água Arbóreo<br />
Euterpe oleraceae Juçara Arbóreo<br />
Mauritia flexuosa Buriti Arbóreo<br />
Orbignya phalerata Babaçu Arbóreo<br />
Emilia coccinea Pincel Herbáceo<br />
Elephantopus mollis Lingua-de-vaca Herbáceo<br />
Wulffia baccata Camará Herbáceo<br />
Tabebuia sp. Ipê amarelo<br />
Tecoma stans<br />
Ipezinho-de-<br />
-jardim<br />
bIXACEAE Bixa orellana Urucum<br />
CARYoCARACEAE Cariocar brasiliense Pequi<br />
CommElIACEAE Commelina benghalensis Trapoeraba<br />
mESES dE FloRAção<br />
J F m A m J J A S o N d<br />
205 / 415
FAmÍlIA<br />
CoNvolvulACEAE<br />
CuCuRbItACEAE<br />
EuphoRbIACEAE<br />
FAbACEAE: Caesalpinioideae<br />
FAbACEAE: Faboideae<br />
FAbACEAE: mimosoideae<br />
NomE CIENtÍFI-<br />
Co<br />
Ipomea sp.<br />
NomE<br />
vulgAR<br />
Jitirana vermelha<br />
Ipomea tribola Corda de viola<br />
Ipomoca finbriosepala Jitirana<br />
Merremia umbellata<br />
Jitirana amarela<br />
*Citrullus lanatus Melancia<br />
*Cucurbita pepo Abóbora<br />
Momordica chantaria<br />
Melão de São<br />
Caetano<br />
Cnidoscolus urens Cansanção<br />
Croton lobatus -<br />
Sumário<br />
poRtE<br />
Caesalpinia sp. Pau-brasil Arbóreo<br />
Cassia fistula Chuva de ouro Arbóreo<br />
Cassia sp. Cássia Arbóreo<br />
Delonix regia Flamboyant Arbóreo<br />
Senna obtusifolia Fedegoso Herbáceo<br />
Senna occidentalis Fedegoso Herbáceo<br />
Arachis pintoi<br />
Amendoim forrageiro<br />
Herbáceo<br />
Crotalaria spectabilis Chocalho Herbáceo<br />
Centrosema sp. - Herbáceo<br />
Centrosema brasilianum - Herbáceo<br />
Acacia polyphylla - Arbóreo<br />
Inga edulis Ingá Arbóreo<br />
Leucaena leucocephala Leucena Arbóreo<br />
Mimosa caesalpiniifolia Sabiá Arbóreo<br />
Mimosa invisa Mimosa Herbáceo<br />
FAbACEAE: mimosoi- Mimosa pudica Sensitiva Herbáceo<br />
deae<br />
Mimosa sp. - -<br />
Mimosa sp.<br />
Espinheiro preto<br />
Arbóreo<br />
hYdRolEACEAE Hydrolea spinosa Amoroso Herbáceo<br />
hYpERICACEAE Vismia guianensis Lacre<br />
lAmIACEAE<br />
Hyptis suaveolens Bamburral Herbáceo<br />
Ocimum campechianum Alfavaca Herbáceo<br />
Hyptis atrorubens Mentinha Herbáceo<br />
lAuRACEAE Persea americana Abacate Arbóreo<br />
Arvoreta<br />
lYthRACEAE Punica granatum Romã ou Arbusto<br />
mAlpIghIACEAE Byrsonima crassifolia Murici Arvoreta<br />
Malpighia emarginata Acerola Arvoreta<br />
mESES dE FloRAção<br />
J F m A m J J A S o N d<br />
206 / 415
FAmÍlIA<br />
mAlvACEAE<br />
NomE CIENtÍFI-<br />
Co<br />
NomE<br />
vulgAR<br />
*Abelmoschus esculentos Quiabo<br />
*Gossypium sp. Algodão<br />
*Hibiscus acetosela Vinagreira roxa<br />
*Hibiscus sabdariffa Vinagreira<br />
*Hibiscus sp.<br />
Vinagreira<br />
branca<br />
Hibiscus rosa-sinensis Hibisco<br />
Sumário<br />
poRtE<br />
Luchea sp. Açoita-cavalo Arbóreo<br />
Sida acuta Relógio Herbáceo<br />
Sida cordifolia Malva-branca Herbáceo<br />
Sida sp. - Herbáceo<br />
Triumfetta rhomboidea Carrapichão Herbáceo<br />
Pavonia cancellata Malva-rasteira Herbáceo<br />
mElAStomAtA-<br />
CEAE<br />
Tipo Melastomataceae - -<br />
moRACEAE Artocarpus heterophyllus Jaca Arbóreo<br />
moRINgACEAE Moringa oleifera Moringa Arbóreo<br />
mYRtACEAE<br />
Eucalyptus sp. Eucalipto Arbóreo<br />
Eugenia sp. - -<br />
Syzygium malaccense Jambo Arbóreo<br />
Psidium guajava Goiaba Arvoreta<br />
NYCtAgINACEAE Bougainvillea glabra Primavera Arbustivo<br />
oChNACEAE Ouratea sp. - Arbusto<br />
poACEAE<br />
*Pennisetum purpureum Capim-elefante Herbáceo<br />
*Zea mays Milho Herbáceo<br />
poNtEdERIACEAE Eichhornia crassipes Aguapé Herbáceo<br />
poRtulACACEAE Talinum triangulare João Gomes Herbáceo<br />
RubIACEAE<br />
Ixora sp. Alfinete Herbáceo<br />
Morinda citrifoli Noni Arbóreo<br />
Spermacoce capitata Vassourinha Herbáceo<br />
Spermacoce verticillata<br />
Vassourinha-<br />
-de-botão<br />
Herbáceo<br />
SApINdACEAE Sapindus saponaria Sabonete Arbóreo<br />
SApotACEAE Manilkara zapota Sapoti Arbóreo<br />
SolANACEAE<br />
*Capsicum sp. Pimenta Herbáceo<br />
Nicandra physalodes Juá-de-capote Herbáceo<br />
*Solanum lycopersicum Tomate Arbustivo<br />
Solanum sp. - Arbustivo<br />
tuRNERACEAE Turnera subulata Chanana Herbáceo<br />
vERbENACEAE Lantana camara Chumbinho<br />
mESES dE FloRAção<br />
J F m A m J J A S o N d<br />
207 / 415
principais Famílias encontradas na área de estudo<br />
Figura 1<br />
As subfamílias de Fabaceae -<br />
Caesalpinioideae, Faboideae e<br />
Mimosoideae - têm sido reportadas<br />
como de grande importância<br />
no fornecimento de pólen<br />
para as abelhas em algumas regiões<br />
do Maranhão (REIS-NE-<br />
TO, 2003). Em um levantamento<br />
apibotânico realizado no município<br />
de Itapecuru-Mirim, foram<br />
identificados 18 diferentes tipos<br />
polínicos nas amostras de pólen<br />
coletadas, distribuídos em 10 famílias<br />
botânicas, tendo como as<br />
subfamílias mais importantes<br />
Sumário<br />
Mimosoideae e Caesalpinioideae<br />
(BRITO & MUNIZ, 2007).<br />
Diversos autores (KERR et<br />
al., 1986/87; RAMALHO et al.,<br />
1990; MARQUES-SOUZA et al.,<br />
2007) constataram a importância<br />
de espécies da subfamília<br />
Caesalpinioideae na dieta de várias<br />
espécies de meliponíneos e<br />
de A. mellifera, com uma maior<br />
frequência de coleta para as<br />
abelhas sem ferrão. Essa família<br />
apresenta muitas espécies vegetais<br />
– as cássias, por exemplo<br />
(MARQUES-SOUZA, 1996). Além<br />
208 / 415
do gênero Cassia, outras famílias<br />
botânicas, tais como Myrtaceae,<br />
Mimosaceae, Melastomataceae<br />
e Arecaceae possuem<br />
anteras poricidas, apresentando<br />
pólen abundante e pulverulento<br />
(RAMALHO et al., 2007).<br />
De acordo com Nunes-Silva et<br />
al. (2010), anteras do tipo poricida<br />
apresentam mecanismos de<br />
liberação de pólen que restringem<br />
a retirada de todos os grãos<br />
em uma única visita, fazendo<br />
com que seja liberada somente<br />
uma pequena porcentagem. Esse<br />
mecanismo garante a visita de<br />
vários polinizadores, promovendo<br />
maior sucesso na dispersão<br />
do pólen. Neste caso, as abelhas<br />
usam sua musculatura torácica<br />
para vibrar as anteras e liberar os<br />
grãos de pólen, processo conhecido<br />
por polinização por vibração<br />
ou “buzz pollination” (NUNES-<br />
-SILVA et al., 2010). Como as<br />
abelhas A. mellifera não vibram<br />
as anteras, elas têm dificuldades<br />
na coleta de pólen dessas espécies,<br />
ao contrário das espécies<br />
de Melipona, que utilizam o método<br />
de vibração em suas coletas<br />
(MARQUES-SOUZA, 1996).<br />
As espécies da subfamília Mimosoideae,<br />
além de abrangerem<br />
plantas essencialmente nectaríferas,<br />
que produzem muito néc-<br />
Sumário<br />
tar, são constituídas ainda de<br />
plantas poliníferas, aquelas que<br />
produzem muito pólen e relativamente<br />
pouco néctar, sendo<br />
super-representadas nos espectros<br />
polínicos, que servem de<br />
fontes para as abelhas eussociais<br />
(KERR et al.,1986/1987;<br />
BARTH, 1989; RAMALHO et al.,<br />
1990).<br />
Carvalho et al.(2001, 2006)<br />
afirmaram que espécies do gênero<br />
Mimosa florescem ao longo de<br />
todo o ano. Tal fato torna esse gênero<br />
importante fonte de recurso<br />
para as abelhas, principalmente<br />
no período de escassez de outras<br />
plantas. A potencialidade apícola<br />
do gênero Mimosa é bastante<br />
representativa na região.<br />
A família Malvaceae apresentou<br />
maior número de espécies<br />
de plantas encontradas na área<br />
(Tabela 1), algumas cultivadas.<br />
A família Arecaceae foi muito<br />
bem representada por Orbignya<br />
phalerata (babaçu), Euterpe<br />
oleracea (juçara) e Mauritia flexuosa<br />
(buriti). Venturieri et al.<br />
(2005) destacaram os meliponíneos<br />
como os principais responsáveis<br />
pela manutenção dessas<br />
palmeiras. Consideram-se ainda<br />
como os melhores insetos para<br />
a polinização em cultivos comerciais<br />
de açaizeiro, com vistas ao<br />
209 / 415
aumento da produção de frutos,<br />
corroborando a importância<br />
desse grupo de abelhas na manutenção<br />
de cultivos agrícolas<br />
(WIESE, 1995).<br />
As palmeiras são muito requisitadas<br />
pelas abelhas para coleta<br />
de recursos devido à abundância<br />
de pólen em suas inflorescências<br />
e pela duração do seu florescimento,<br />
além de ser de fácil acesso<br />
(OLIVEIRA et al., 2009). Em<br />
estudos realizados na região da<br />
baixada maranhense, Martins<br />
(2008) comprovou a relevância<br />
do pólen de babaçu para M. fasciculata<br />
nos meses de setembro<br />
a fevereiro. Ramalho et al. (1990)<br />
também destaca a família Arecaceae<br />
como importante fonte de<br />
recursos para os Trigonini e espécies<br />
do gênero Melipona.<br />
Luz (2007), ao estudar os recursos<br />
tróficos de A. mellifera,<br />
mostrou a importância das palmeiras<br />
para a alimentação dessas<br />
abelhas, sendo bastante representada<br />
nos meses de maio e<br />
junho. Alguns autores observaram<br />
ainda que as palmeiras são<br />
importantes fontes de pólen para<br />
outras abelhas, como Pebleia<br />
sp. e também para os Trigonini<br />
(CARVALHO et al., 1999).<br />
Outros autores (ABSY et al.,<br />
1984; KERR, 1996), em traba-<br />
Sumário<br />
lhos com M. fasciculata, a palmeira<br />
O. phalerata foi o tipo polínico<br />
mais representativo em<br />
todas as coletas.<br />
De acordo com Silva et al<br />
(2004), Solanum L. é um dos<br />
mais importantes gêneros da família<br />
Solanaceae, que tem ampla<br />
distribuição, principalmente nas<br />
áreas tropicais e subtropicais da<br />
América do Sul e constitui fonte<br />
potencial de pólen para diferentes<br />
espécies de abelhas com<br />
e sem ferrão.<br />
Um tipo polínico da família<br />
Melastomataceae foi identificado<br />
pela Drª Maria Lúcia Absy<br />
(INPA). As espécies dessa família<br />
são normalmente citadas como<br />
espécies que produzem pólen e<br />
néctar (MARQUES-SOUZA et al.,<br />
2007). Entretanto, há divergências<br />
quanto ao recurso oferecido<br />
pelas espécies de Melastomataceae.<br />
Plantas dessa família são<br />
fontes de pólen (FARIA-MUCCI<br />
et al., 2003; FRACASSO & SA-<br />
ZIMA, 2004) e, segundo Souza e<br />
Lorenzi (2008), não apresentam<br />
disco nectarífero.<br />
A família Myrtaceae tem grande<br />
importância apícola no Brasil,<br />
estando presente em quase<br />
todos os estudos que envolvem<br />
a determinação de espécies vegetais<br />
de interesse para abelhas<br />
210 / 415
(GRESSLER et al., 2006; MAR-<br />
QUES-SOUZA et al., 2007). Na<br />
área do estudo, foram encontradas<br />
as espécie Eucalyptus sp.,<br />
Eugenia sp. Syzygium malaccense<br />
(jambo) e Psidium guajava<br />
(goiaba)<br />
A espécie Spermacoce capitata<br />
(vassourinha), da família Rubiaceae,<br />
é uma planta daninha<br />
(SOUZA & LORENZI, 2008), que<br />
floresce o ano todo e é reconhecidamente<br />
importante para produção<br />
de mel, fato comprovado<br />
pela presença de grãos de pólen<br />
em alta concentração no espectro<br />
polínico de amostras de abelhas<br />
A. mellifera (BRITO & MU-<br />
NIZ, 2007).<br />
Abaixo, seguem alguns trabalhos<br />
em que foram identificadas<br />
as principais espécies visitadas<br />
pelas abelhas africanizadas e pelas<br />
abelhas tiúba no Estado do<br />
Maranhão.<br />
Segundo os levantamentos de<br />
Reis-Neto (2003) em Paço do Lumiar,<br />
as espécies de maior frequência<br />
encontradas no espectro<br />
polínico do mel de A. mellifera foram<br />
das famílias Fabaceae: Faboideade<br />
e Lameaceae. Em São<br />
Luís, na Vila Embratel, Arecaceae<br />
(Orbygnia sp. e Mauritia sp.),<br />
além de Passifloraceae, foram as<br />
mais importantes. Já no campus<br />
Sumário<br />
da UEMA e na FESL (Fazenda<br />
Escola de São Luís), as famílias<br />
Lamiaceae (Hyptis sp.), Rubiaceae<br />
(Spermacoce sp.) e Fabaceae:<br />
Mimosoideae (Mimosa sp.) foram<br />
as mais representativas.<br />
Brito & Muniz (2007) identificaram<br />
no espectro polínico do<br />
mel de A. mellfera no município<br />
de Itapecuru-Mirim. Observaram<br />
os gêneros Cassia sp, Acacia<br />
polyphylla, Mimosa pudica, Eugenia<br />
biflora, Spermacoce verticillata<br />
e Turnera ulmifolia como<br />
importantes recursos para essa<br />
espécie de abelha.<br />
Segundo os trabalhos de Martins<br />
(2008) realizados no município<br />
de Palmeirândia, verificou-se<br />
que as famílias mais visitadas<br />
por M. fasciculata para obtenção<br />
de pólen foram: Fabaceae<br />
(26%), Arecaceae (13,30%), Anacardiaceae<br />
(9%), Bixaceae (8%) e<br />
Lecythidaceae (7%). As espécies<br />
em destaque foram Senna alata<br />
(14%), Orbgnya phalerata (13%),<br />
Astronium sp. (6%), Gustavia augusta<br />
(6%), Pontederia parviflora<br />
(5%) Solanum juripeba (5%), que<br />
foram responsáveis por 49,18%<br />
de todo carregamento polínico<br />
dessa espécie de abelha.<br />
De acordo com os dados obtidos<br />
por Costa (2009), que analisou<br />
o espectro polínico do mel de A.<br />
211 / 415
tabela 2<br />
mellifera do município de Anajatuba,<br />
foram encontrados 39 tipos<br />
polínicos distribuídos em 15 famílias.<br />
Fabaceae, Arecaceae e<br />
Myrtaceae foram as de maior destaque,<br />
caracterizando as amos-<br />
Sumário<br />
tras de mel como heteroflorais.<br />
Carvalho et al. (2009) analisaram<br />
o espectro polínico e o<br />
carregamento de pólen de M.<br />
fasciculata no município de Anajatuba,<br />
onde verificaram que es-<br />
Aspecto geral e detalhes da flor e do grão de pólen<br />
das plantas importantes para apicultura e para a meliponicultura.<br />
ESpÉCIE ASpECto gERAl FloR pólEN<br />
F. Arecaceae - Orbignya<br />
phalerata<br />
(babaçu)<br />
F. Arecaceae Euterpe oleraceae<br />
(juçara)<br />
F. Convolvulaceae - Ipomoca<br />
finbriosepala<br />
(jitirana)<br />
F. Lamiaceae - Hyptis suaveolens<br />
(bamburral)<br />
212 / 415
F. Lamiaceae - Hyptis atrorubens<br />
(hortelanzinho)<br />
F. Fabaceae: Mimosoidea<br />
– Mimosa caesalpiniifolia<br />
(sabiá)<br />
F. Fabaceae: Mimosoidea –<br />
Mimosa sp. (espinheiro preto)<br />
F. Fabaceae: Mimosoidea -<br />
Mimosa pudica (mimosa)<br />
F. Malvaceae Sida acuta (relógio)<br />
F. Myrtaceae Eucalyptus sp.<br />
(eucalipto)<br />
F. Rubiaceae - Spermacoce<br />
capitata<br />
(vassourinha)<br />
ESpÉCIE ASpECto gERAl FloR pólEN<br />
F. Solanaceae - Solanum sp<br />
Sumário<br />
213 / 415
sas abelhas visitaram 98 tipos<br />
polínicos. Os mais frequentes<br />
foram Mouriri sp. (16,81%), O.<br />
pharelata (16,8%), T 64 (8,8%),<br />
Solanum juripeba (7,88%), Solanum<br />
sp. (7,26%), Spermacoce<br />
sp. (5,31%), T60 (3,66%), M. caesalpiniifolia<br />
(3,33%) e Syzygium<br />
cumini (3,27%).<br />
Barbosa (2010), que avaliou os<br />
tipos de grãos de pólen presentes<br />
nos potes da colônia, bem como<br />
o espectro polínico do mel de M.<br />
fasciculata mês a mês nos municípios<br />
de Matinha e São João<br />
Batista, destacou as espécies M.<br />
pudica, M. caesalpiniifolia, Solanum<br />
sp., O. phalerata, Bauhinia<br />
sp., Centrosema sp. e Protium<br />
sp como importantes fontes de<br />
pólen. Já o mel foi caracterizado<br />
como monofloral de Protium sp.<br />
(em junho), de M. pudica e de M.<br />
caesalpiniifolia (outubro e fevereiro).<br />
Algumas das espécies importantes<br />
para produção de mel no<br />
estado do Maranhão foram en-<br />
Referências<br />
Sumário<br />
contradas na área de estudo,<br />
conforme a Tabela 2, que apresenta<br />
o aspecto geral da planta<br />
e detalhes da flor e do grão de<br />
pólen.<br />
Conclusão<br />
A vegetação variada encontrada<br />
na comunidade Quinta, município<br />
de São José de Ribamar,<br />
mostra um grande potencial tanto<br />
para a apicultura quanto para<br />
a meliponicultura.<br />
Agradecimentos<br />
Ao Prof. Helder Luís Chaves<br />
Dias, do Departamento de Zootecnia<br />
da UEMA, pela área do<br />
estudo e auxílio na identificação<br />
das plantas. À Profª Ana Maria<br />
Maciel Leite, do Herbário da<br />
UEMA, pelo auxílio na herborização<br />
e identificação das plantas.<br />
À Drª Maria Lúcia Absy, do<br />
INPA, pela técnica de montagem<br />
das lâminas e pelo auxílio na<br />
identificação polínica. Ao BNB,<br />
pelo apoio financeiro.<br />
Absy, M.,L.; Camargo, J. M. F.; Kerr, W.; Miranda,<br />
I. P. A. Espécies de plantas visitadas por Meliponinae<br />
(Hymenoptera, Apoidea) para coleta de pólen na Região do Médio Amazonas.<br />
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Barbosa, M. M. A utilização do pólen na interpretação da flora meliponícola<br />
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– MA. 2009. 44f. Monografia (Graduação em Agronomia). Universidade<br />
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aos 90 anos de Jesus Santiago Moure, Criciúma – UNESC, v. 10, p.<br />
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Sumário<br />
216 / 415
dae): Uma análise comparativa com Apis mellifera L. (Hymenoptera:<br />
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292p.<br />
Eleuza G. Tenório<br />
Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa e Professora da Universidade<br />
Estadual do Maranhão<br />
Francisco Valdécio de Paula Lima Filho<br />
Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão<br />
Sumário<br />
217 / 415
lAbORATÓRIO De<br />
geNÉTICA e<br />
bIOlOgIA<br />
MOleCulAR DO<br />
CeSC/ueMA<br />
peSquISA<br />
ICTIOfAuNA DO<br />
ITApeCuRu<br />
Sumário<br />
218 / 415<br />
Wagner Moreira
O Laboratório de<br />
Genética e Biologia<br />
Molecular (GEN-<br />
BIMOL) do Centro<br />
de Estudos Superiores<br />
de Caxias da<br />
UEMA está desenvolvendo<br />
pesquisas<br />
sobre a fauna de<br />
peixes (ictiofauna)<br />
do Rio Itapecuru.<br />
Os estudos buscam<br />
conhecer e<br />
propor um modelo<br />
de utilização sustentável<br />
dos recursos<br />
naturais da região.<br />
Funcionando há cerca de dois anos, o GEN-<br />
BIMOL é coordenado pelos professores-<br />
-doutores Claudene Barros e Elmary Fraga.<br />
O Laboratório desenvolve atividades ligadas à<br />
genética e à biologia molecular. Nele, professores<br />
e alunos realizam pesquisas básicas e avançadas<br />
que vão da extração de DNA a sequenciamento<br />
de genes.<br />
Alguns projetos realizados no laboratório também<br />
recebem a colaboração da Universidade Federal<br />
do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de<br />
Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu da<br />
Universidade de São Paulo (MZUSP) e Museu Paraense<br />
Emílio Goeldi (MPEG). Dentre os atuais<br />
estudos desenvolvidos por docentes e acadêmicos<br />
do GENBIMOL, alguns se referem à classificação<br />
genética de peixes. “Com o sequenciamento<br />
de DNA é possível mapear espécies de peixes<br />
e, a partir disso, detectar a variabilidade genética<br />
entre elas, para que possamos subsidiar programas<br />
de manejo e conservação”, explica o pesquisador<br />
Elmary.<br />
A caracterização genética de peixes de importância<br />
econômica da bacia do rio Itapecuru,<br />
como a pescada corvina (Plagioscion squamosissimus),<br />
o surubim (Pseudoplatystoma fasciatus),<br />
o curimatá (Prochilodus sp), constituem parte do<br />
grupo de espécies investigadas no Laboratório do<br />
CESC/UEMA.<br />
Os estudos básicos sobre a biologia da “ictiofauna”<br />
do rio Itapecuru visam a geração de modelos<br />
de funcionamento do ecossistema e ao subsídio<br />
de uma proposta de uso racional dos recursos<br />
naturais. De acordo com a proposta dos pesquisadores,<br />
a compreensão dos aspectos da dinâmica<br />
populacional é importante para o estabele-<br />
Sumário<br />
219 / 415
cimento de políticas de manejo e para o planejamento dos<br />
períodos de captura e defeso dos peixes. Esse procedimento<br />
ordenado e sistematizado irá possibilitar, conforme os professores,<br />
a integração com os setores produtivos da região.<br />
Além do estímulo às políticas de preservação, o estudo da<br />
genética dos recursos pesqueiros da bacia do rio Itapecuru<br />
favorece também a formação de recursos humanos, com o<br />
incremento das pesquisas acadêmicas e a consolidação do<br />
Curso de Ciências Biológicas da UEMA, em Caxias.<br />
Segundo estudantes deste laboratório, os trabalhos nele<br />
executados favorecem o conhecimento genético e estimulam<br />
a aproximação do aluno com a biotecnologia. “Com<br />
esse contato, percebe-se a relevância da genética no estudo<br />
da biodiversidade”.<br />
O professor Elmary afirma que a pesquisa sobre a fauna<br />
dos peixes da bacia do rio Itapecuru tem uma importância<br />
vital, já que a maioria das pessoas, daquela região, depende<br />
economicamente do rio. “Estudar a fauna de peixes é<br />
necessário porque, assim, saberemos dos problemas e estaremos<br />
mais preparados para fazer um monitoramento e<br />
sugerir soluções”, reitera.<br />
Claudene Barros<br />
Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará e Professora da<br />
Universidade Estadual do Maranhão em Caxias.<br />
Elmary Fraga<br />
Doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará e Professor da<br />
Universidade Estadual do Maranhão, em Caxias.<br />
Sumário<br />
220 / 415
Sumário<br />
221 / 415
Sumário<br />
222 / 415
Sumário<br />
223 / 415
leISHMANIOSe vISCeRAl<br />
CANINA: uMA DOeNçA que<br />
peRDuRA TRINTA ANOS NA<br />
IlHA De SÃO luíS<br />
No final da década de 90, verificou-se<br />
um aumento do número<br />
de casos, expansão geográfica<br />
e a urbanização da leishmaniose<br />
visceral no Brasil. As alterações<br />
climáticas, desmatamentos,<br />
migração para centros urbanos,<br />
saneamento básico precário e<br />
descontinuidade das ações de<br />
controle, são incriminados como<br />
fatores responsáveis pela endemicidade<br />
desta zoonose. O cão é<br />
considerado o principal reservatório<br />
epidemiológico da LV no ambiente<br />
doméstico, sendo que os<br />
casos caninos geralmente precedem<br />
os humanos. Por ser o distrito<br />
do Tirirical o maior notificador<br />
de casos caninos e humanos da<br />
LV, nos últimos vinte anos no mu-<br />
Ana Lúcia Abreu Silva<br />
Nádia Selene Guimarães Vendrusculo<br />
Sumário<br />
nicípio de São Luís-MA, realizou-<br />
-se um estudo com o objetivo de<br />
determinar a prevalência e distribuição<br />
espacial da LVC em localidades<br />
da zona urbana e rural do<br />
distrito, a fim de encontrar relação<br />
com as condições socioeconômicas,<br />
ambientais e a ocorrência<br />
do fenômeno El Niño. 270 cães,<br />
de seis localidades, foram avaliados<br />
utilizando a técnica molecular<br />
PCR, com aplicação de questionário<br />
aos proprietários para<br />
identificação de possíveis fatores<br />
de risco, assim como a realização<br />
do georreferenciamento das residências<br />
no momento da colheita.<br />
Verificou-se uma prevalência canina<br />
de 37,04% (n=100) no distrito,<br />
sendo a zona rural a que ob-<br />
224 / 415
teve maior prevalência (42,22%),<br />
porém sem diferença estatística.<br />
A análise univariada não associou<br />
nenhuma variável perguntada no<br />
questionário como fator de risco<br />
para LVC. Condições precárias de<br />
saneamento básico, a proximidade<br />
com o aterro municipal, aliadas<br />
à baixa renda dos moradores,<br />
à alta densidade populacional e<br />
à expansão urbana desordenada<br />
nas localidades estudadas são<br />
provavelmente algumas das causas<br />
responsáveis pelas altas taxas<br />
de prevalência nesse distrito. Observou-se<br />
que o efeito indireto do<br />
El Niño também contribuiu com<br />
uma maior prevalência da leishmaniose<br />
canina no município de<br />
São Luís, devido ao aumento da<br />
migração.<br />
Introdução<br />
A leishmaniose visceral (LV) ou<br />
calazar é causada por um protozoário<br />
do gênero Leishmania e<br />
transmitida por um inseto denominado<br />
de flebótomo, também popularmente<br />
conhecido como cangalhinha,<br />
péla égua, arrupiado,<br />
mosquito palha. A doença foi descrita<br />
inicialmente na Grécia em<br />
1835 e recebeu o nome de ponos<br />
ou hapoplinakon. Trinta e quatro<br />
anos depois recebeu, na Índia, a<br />
denominação de kalaazar, que em<br />
Sumário<br />
hindu significa febre negra. Essa<br />
denominação foi devido ao discreto<br />
aumento da pigmentação da<br />
pele em pacientes com a doença<br />
(MARZOCHI et al., 1985).<br />
Somente em 1908, na Tunísia,<br />
foi confirmada a participação do<br />
cão na cadeia epidemiológica da<br />
leishmaniose. Posteriormente foram<br />
relatados casos da doença<br />
canina em países asiáticos como<br />
Índia e China; e na Espanha, Itália,<br />
Grécia, Malta, França, Argélia<br />
e em outros países mediterrâneos.<br />
O primeiro surto de LV no Brasil<br />
foi relatado no Ceará por Pessôa,<br />
em 1953, que chamou a atenção<br />
para novos aspectos epidemiológicos<br />
da doença, isto é, a predominância<br />
na área rural, mas<br />
também de ocorrência nas zonas<br />
suburbanas e urbanas. Em 1956,<br />
no Brasil, Deane e Alencar elucidaram<br />
os aspectos epidemiológicos<br />
da Leishmaniose no Ceará,<br />
definiram se tratar de zoonose e<br />
encontraram um reservatório silvestre<br />
infectado, a raposa (Lycalopex<br />
vetulus), e sugeriram métodos<br />
diagnósticos que facilitaram as<br />
investigações e conhecimento da<br />
doença (MARZOCHI et al., 1985).<br />
Estudos realizados por pesquisadores<br />
da Universidade Estadual<br />
do Maranhão (UEMA) demonstraram<br />
que a prevalência em duas<br />
225 / 415
localidades do município de São<br />
José de Ribamar foi de 21% (Quinta)<br />
e 25% (Vila Sérgio Tamer), ambos<br />
na Ilha de São Luís (GUIMA-<br />
RÃES et al., 2005). No município<br />
de São Luís, dados recentes mostram<br />
que em determinadas localidades<br />
do distrito do Tirirical a soroprevalência<br />
pode atingir índices<br />
superiores a 70% (OLIVEIRA et<br />
al., 2006).<br />
O cão apresenta variação no<br />
quadro clínico da leishmaniose<br />
visceral, passando de animais<br />
aparentemente sadios a oligossintomáticos,<br />
podendo chegar a estágios<br />
graves da doença, com intenso<br />
parasitismo cutâneo (FEITOSA<br />
et al., 2000; SILVA et al., 2001;<br />
RONDON et al., 2008). Os principais<br />
sinais clínicos apresentados<br />
pelo cão são: lesões cutâneas<br />
(foto ), aumento do fígado, baço,<br />
aumento dos linfonodos, lesões<br />
oculares. Vale ressaltar que ape-<br />
Divulgação<br />
Figura 01: Cão com leishmaniose visceral apresentando lesões cutâneas<br />
na região da cabeça e crescimento exagerado das unhas<br />
Sumário<br />
nas o diagnóstico sorológico ou<br />
exame parasitológico podem confirmar<br />
se o animal está infectado<br />
pela Leishmania.<br />
A maioria dos cães infectados<br />
não apresenta sinais clínicos (CA-<br />
BRAL et al.,1998; GUIMARÃES<br />
et al., 2005), e há evidências de<br />
que as taxas de prevalência da<br />
infecção são maiores que as encontradas<br />
por estudos sorológicos.<br />
Por isso, testes diagnósticos<br />
confiáveis são requisitados para a<br />
detecção da leishmaniose visceral<br />
canina (LVC) em cães sintomáticos<br />
e assintomáticos (LACHAUD<br />
et al., 2002).<br />
material e métodos<br />
A presente pesquisa trata-se de<br />
um estudo epidemiológico analítico<br />
observacional transversal, desenvolvido<br />
segundo as etapas: seleção<br />
da área de estudo, seleção da<br />
população, amostragem, colheita<br />
de dados e análise estatística.<br />
Seleção da área de estudo<br />
O município de São Luís, capital<br />
do Estado do Maranhão, está<br />
localizado a oeste da Ilha de São<br />
Luís (Ilha do Maranhão), situada<br />
ao norte do Estado que pertence<br />
à região Nordeste do Brasil. A<br />
área está localizada entre as co-<br />
226 / 415
ordenadas geográficas 02°28’12’’e<br />
02°48’09’’ de latitude sul e<br />
44°10’18’’ e 44°35’37’’ de longitude<br />
oeste. Possui o clima tropical<br />
chuvoso (quente úmido), segundo<br />
classificação de Köeppen, com a<br />
temperatura variando de 22ºC a<br />
33ºC, com média de 26,7ºC, umidade<br />
relativa do ar acima de 85% e<br />
precipitação pluviométrica média<br />
anual de aproximadamente 2.000<br />
mm, apresentando duas estações<br />
bem definidas, uma chuvosa, de<br />
janeiro a julho, e a outra, seca, de<br />
agosto a dezembro (PREFEITURA<br />
DE SÃO LUÍS, 2006; LABMET/<br />
NUGEO/CCA/UEMA, 2010).<br />
Segundo registros de inquéritos<br />
sorológicos realizados pelo Centro<br />
de Controle de Zoonoses (CCZ) de<br />
São Luís, desde a década de 80, o<br />
município é uma área endêmica<br />
para LV, com prevalências anuais<br />
bem próximas, demonstrando assim<br />
sua plena adaptação às condições<br />
ambientais da região.<br />
Os sete distritos sanitários em<br />
que o município de São Luís está<br />
dividido apresentam áreas territoriais,<br />
densidades populacionais<br />
e características socioeconômicas<br />
diferentes (PREFEITURA DE SÃO<br />
LUÍS, 2008).<br />
Como critério de seleção da área<br />
de estudo, escolheu-se para esta<br />
pesquisa, entre os distritos sanitá-<br />
Sumário<br />
rios, o distrito do Tirirical, por ser<br />
o que possui a maior prevalência<br />
da leishmaniose visceral humana<br />
e canina nas duas últimas décadas<br />
(OLIVEIRA et al., 2006).<br />
Durante o período de fevereiro<br />
a agosto de 2009, este estudo foi<br />
realizado em seis localidades no<br />
distrito do Tirirical, distribuídas<br />
da seguinte forma: três localidades<br />
da zona urbana e três da zona<br />
rural, de acordo com a classificação<br />
adotada pela secretaria municipal<br />
de Saúde do município de<br />
São Luís (SEMUS).<br />
Seleção da população<br />
A população em estudo foi constituída<br />
por cães domiciliados nas<br />
zonas urbana e rural do distrito do<br />
Tirirical, de ambos os sexos, com<br />
ou sem raça definida, com idade<br />
mínima de quatro meses, cujos<br />
proprietários aceitaram participar<br />
após o conhecimento dos objetivos<br />
e importância do estudo mediante<br />
consentimento livre e esclarecido.<br />
Amostra<br />
Para se estabelecer o tamanho<br />
da amostra (n), foi adotado, como<br />
valor de referência, a prevalência<br />
observada por Oliveira et al.<br />
(2006), que foi de 78%, no distrito<br />
do Tirirical. A fórmula adotada<br />
227 / 415
foi a de Thrusfield (2004), considerando-se<br />
uma margem de erro<br />
de 5% e um nível de confiança de<br />
95%, obtendo um tamanho amostral<br />
mínimo de 263 amostras (n=<br />
263), sendo que nas ações de campo<br />
foi colhido o sangue periférico<br />
de 45 cães por localidade, totalizando,<br />
assim, 270 amostras (n =<br />
6 localidades x 45 cães = 270).<br />
Colheita de dados<br />
A colheita de dados foi constituída<br />
pelas etapas de colheita das<br />
amostras, georreferenciamento,<br />
aplicação do questionário epidemiológico,<br />
realização da técnica<br />
molecular PCR para o diagnóstico<br />
da infecção canina, e, posteriormente,<br />
pelo geoprocessamento<br />
dos dados obtidos nas etapas anteriores.<br />
Aplicação do questionário<br />
epidemiológico<br />
Em cada residência foi aplicado<br />
um questionário para identificar<br />
possíveis fatores de risco para a<br />
LV nas localidades. Foram consideradas<br />
as variáveis socioeconômicas<br />
do proprietário (idade,<br />
escolaridade e renda familiar),<br />
variáveis do animal (idade, raça,<br />
cor e comprimento do pêlo, estado<br />
geral, presença de sinais clíni-<br />
Sumário<br />
cos de LV, assistência veterinária,<br />
acesso à rua), e ambientais (presença<br />
de mosquitos, métodos de<br />
proteção, criação de outras espécies,<br />
presença de animais silvestres,<br />
proximidade de mata); assim<br />
como avaliação do conhecimento<br />
do proprietário sobre a enfermidade.<br />
técnica molecular Reação em<br />
Cadeia da polimerase (pCR)<br />
As etapas extração de DNA, preparação<br />
do mix, amplificação do<br />
DNA e eletroforese foram realizadas<br />
no Laboratório de Patologia<br />
Molecular do curso de Medicina<br />
Veterinária da Universidade Estadual<br />
do Maranhão-UEMA.<br />
Utilizou-se o kit comercial (Wizard<br />
® Genomic DNA Purification<br />
Kit 500 isolations - Promega®),<br />
um sistema de extração e<br />
purificação de DNA, que submete<br />
uma alíquota de 300 µL de sangue<br />
periférico a lavagens sucessivas<br />
com soluções pré-determinadas,<br />
obtendo-se no final do processo um<br />
material adequado à amplificação.<br />
A extração do DNA foi realizada<br />
de acordo com o protocolo do<br />
fabricante.<br />
Resultados e discussão<br />
No estudo realizado no Distri-<br />
228 / 415
to do Tirirical, no ano de 2010,<br />
Verificou-se que do total de 270<br />
cães testados, 37,04% (n=100) foram<br />
positivos para o DNA de L.<br />
chagasi. Os valores de prevalência<br />
do trabalho são superiores aos<br />
encontrados por Carvalho Filho<br />
(2008), que verificou uma prevalência<br />
de 22,16% em cães de raça<br />
pura do município de São Luís-<br />
-MA; por Barboza et al. (2006), na<br />
região metropolitana de Salvador-<br />
-BA, que obtiveram 18,40% de<br />
um total de 147 amostras analisadas;<br />
por Naveda et al. (2006),<br />
que verificaram a prevalência de<br />
1,4% em 2.185 cães da cidade de<br />
Pedro Leopoldo-MG. Já Cortada<br />
et al. (2004) encontraram 75,3%<br />
de positividade em cães de Anastácio-MS.<br />
Tais diferenças podem<br />
estar relacionadas a fatores como<br />
área avaliada, método diagnóstico<br />
empregado, além do tamanho da<br />
amostra utilizada. Entretanto, os<br />
resultados dos estudos indicam<br />
que a infecção por este parasito<br />
ocorre em prevalências importantes<br />
nas áreas estudadas.<br />
Observou-se que a prevalência<br />
da infecção por L. chagasi encontrada<br />
neste estudo (37,04%), fazendo<br />
o uso da PCR, foi alta, porém<br />
menor do que a encontrada no<br />
trabalho de Cortada et al. (2004).<br />
Isto se deve ao fato de que esses<br />
Sumário<br />
autores utilizaram testes sorológicos,<br />
que possuem boa sensibilidade,<br />
porém baixa especificidade,<br />
com muitos falso-positivos levando<br />
a resultados superestimados.<br />
Cães acima de 36 meses apresentaram<br />
1,06 mais chances de<br />
apresentar a doença que cães em<br />
idade inferior, associado provavelmente<br />
ao longo período de incubação<br />
da doença e ao convívio<br />
com outros animais que podem<br />
estar infectados<br />
Em humanos, a leishmaniose se<br />
mostra como doença oportunista<br />
comum em indivíduos imunossuprimidos<br />
de áreas endêmicas<br />
(MONTALBÁN et al., 1989). Já o<br />
presente estudo mostrou que animais<br />
portadores de doenças prévias/anteriores<br />
não apresentaram<br />
um maior risco para a ocorrência<br />
de LV.<br />
O desconhecimento dos meios<br />
de transmissão da LV aumentou a<br />
ocorrência da doença em 1,20, no<br />
presente estudo. Tal fato se deve<br />
à ausência da implantação de medidas<br />
individuais, como utilização<br />
de repelentes cutâneos, mosquiteiros,<br />
telas com malhas finas em<br />
portas e janelas e a solicitação por<br />
medidas de controle massal como<br />
busca ativa de doentes e encaminhamento<br />
para diagnóstico e<br />
tratamento; inquérito sorológico<br />
229 / 415
canino; apreensão e eliminação<br />
sumária dos cães soropositivos;<br />
borrifação sistemática de inseticida<br />
residual nos domicílios e peri-domicílios<br />
e programas de educação<br />
comunitária.<br />
A permanência do ciclo de transmissão<br />
do parasito em várias áreas<br />
de risco é provavelmente causada<br />
por uma série de fatores inter-<br />
-relacionados, entretanto, pouco<br />
estudados, como presença de<br />
animais silvestres e sinantrópicos<br />
atuando como reservatórios da<br />
L. chagasi, humanos infectados,<br />
cães assintomáticos e animais<br />
domésticos (suínos, galinhas, cavalos<br />
etc.) atuando na alimentação<br />
e na atração dos vetores para<br />
o peri-domicílio (CABRERA et al.,<br />
2003; DEREURE et al., 2003).<br />
A LVC, no Brasil, coexiste com a<br />
doença humana em todos os focos<br />
conhecidos, sendo, porém, mais<br />
prevalente. Souza et al (2005)<br />
confirmaram essa situação ao estudar<br />
a ocorrência da LV em Belo<br />
Horizonte (MG), onde verificou,<br />
através da análise espacial da epidemia,<br />
que havia correlação entre<br />
a LV canina e a humana, e que os<br />
casos caninos precediam os casos<br />
humanos. Neste estudo, a presença<br />
de casos humanos na família<br />
aumentou em 1,30 a probabilidade<br />
de ocorrência da LV em cães.<br />
Sumário<br />
O relato sobre a presença de L.<br />
chagasi em espécies silvestres é<br />
comum na literatura, no entanto,<br />
o atual conhecimento sobre a relação<br />
dessas espécies como fator<br />
de risco para cães é insuficiente<br />
para proporcionar uma posição<br />
mais definida sobre o tema. Cabrera<br />
et al. (2003), em estudo realizado<br />
em área com casos caninos<br />
de LV no Rio de Janeiro, observaram<br />
que os cães pertencentes<br />
às casas onde marsupiais foram<br />
capturados estavam 2,6 vezes<br />
mais expostos a infecção por L.<br />
chagasi. Segundo Deane (1953), a<br />
raposa não é essencial na transmissão<br />
do parasito, apesar de ser<br />
considerada como um importante<br />
reservatório silvestre.<br />
Um dos principais fatores de risco<br />
é o fenômeno da urbanização,<br />
intimamente relacionado com o<br />
aumento da migração. Fatores<br />
socioeconômicos, demográficos,<br />
culturais, políticos e ambientais<br />
têm forçado mais pessoas a abandonar<br />
suas aldeias e vilas e mudar-se<br />
para as periferias pobres<br />
das cidades. Mudanças ocorreram<br />
nos padrões de migração ao longo<br />
do tempo em países em desenvolvimento<br />
e urbanizados, tais como<br />
o fluxo de migração deixou de ser<br />
rural-rural para rural-urbano, e<br />
finalmente urbano-urbano. Este<br />
230 / 415
fato tem levado a um rápido surgimento<br />
de megacidades, onde as<br />
condições de moradia e saneamento<br />
são inadequadas, criando<br />
assim um ambiente propício para<br />
a transmissão de doenças como as<br />
leishmanioses (DESJEUX, 2001;<br />
WHO, 2002).<br />
Em 1950, menos de um terço<br />
da população mundial vivia em cidades;<br />
atualmente, 50% está urbanizada<br />
e, dentro dos próximos<br />
50 anos, mais de cinco bilhões de<br />
pessoas serão moradoras das cidades.<br />
Na América do Sul, mais<br />
de 70% da população está urbanizada.<br />
Esta tendência faz com<br />
que doenças rurais se desloquem<br />
para áreas urbanas, onde a alta<br />
concentração de populações humanas<br />
e de vetores favorece o aumento<br />
da incidência de infecção<br />
(WHO, 2002).<br />
A proximidade do aterro é uma<br />
hipótese razoável a ser considerada<br />
que justifique o distrito do Tirirical<br />
possuir a maior prevalência<br />
da LV humana e canina dentre<br />
os distritos, e principalmente a<br />
localidade mais próxima do aterro.<br />
Esta hipótese corrobora com<br />
Rebêlo et al. (1999) e Moreno et<br />
al. (2002), que citaram a problemática<br />
do lixo acumulado sem<br />
armazenagem e tratamento corretos<br />
como um dos fatores contri-<br />
Sumário<br />
buintes para ocorrência da doença;<br />
e com Campos et al. (2009),<br />
que ao estudarem o aterro sanitário<br />
da Ribeira, verificaram um<br />
agravamento da contaminação,<br />
pois nenhuma medida de controle<br />
dos resíduos sólidos e efluentes<br />
vem sendo executada, o que tem<br />
causado vários impactos ao ambiente,<br />
entre os quais pode-se citar:<br />
exposição de lixo a céu aberto<br />
com o aparecimento de micro<br />
e macro vetores transmissores de<br />
doenças (artrópodes, roedores e,<br />
principalmente, insetos), presença<br />
de urubus (risco para o tráfego<br />
aéreo, devido à proximidade com<br />
o aeroporto Marechal Cunha Machado)<br />
e exposição de chorume a<br />
céu aberto, contaminando o solo,<br />
o lençol freático e, consequentemente,<br />
o Igarapé do Sabino ou da<br />
Ribeira, um dos afluentes do rio<br />
Tibiri.<br />
Considerações finais<br />
Trinta anos após o primeiro<br />
surto da leishmaniose visceral em<br />
humanos, a doença continua a<br />
vitimar anualmente milhares de<br />
cães em toda a Ilha de São Luís.<br />
É necessário medidas que visem<br />
a redução do números de casos<br />
da doença em cães.<br />
O cão atua como sentinela nas<br />
áreas endêmicas para a leishmaniose.<br />
231 / 415
Referências<br />
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de Vigilância em Saúde.<br />
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232 / 415
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233 / 415
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acesso em setembro de 2009.<br />
Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da<br />
Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Nádia Selene Guimarães Vendrusculo<br />
Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Maranhão.<br />
234 / 415
Jurará (Kinosternon scorpioides)<br />
CONHeCeNDO A fAuNA<br />
SIlveSTRe MARANHeNSe:<br />
ASpeCTOS bIOlÓgICOS DO<br />
JuRARá<br />
O<br />
jurará (Kinosternon scorpioides)<br />
é um quelônio<br />
semi-áquático de água<br />
doce que tem sido alvo de grande<br />
atividade exploratória no delta<br />
do Amazonas e, no Estado do<br />
Maranhão, na região da Baixada<br />
Sumário<br />
Alana Lislea de Sousa<br />
Maranhense. Estudos mostram<br />
que na cidade de São Bento – MA,<br />
a atividade extrativista dessa espécie,<br />
por muitos anos, fez parte<br />
da economia local, com a venda<br />
para o consumo alimentar devido<br />
ao sabor apreciado de sua carne,<br />
235 / 415<br />
Divulgação
a qual é consumida como prato<br />
exótico em bares e restaurantes,<br />
servida sob a forma de casquinha<br />
em sua própria carapaça. A venda<br />
desses animais era destinada, em<br />
sua maioria, para a cidade de São<br />
Luís, comercializados principalmente<br />
nas praias e feiras, ainda vivos,<br />
em pencas de dúzias, à semelhança<br />
do que até hoje é praticado<br />
com os caranguejos. A partir da<br />
implementação da Lei 9605/98,<br />
que trata de crimes ambientais, e<br />
a política adotada de fiscalização<br />
coibindo este modo de venda, esta<br />
atividade passou a ser realizada<br />
de forma clandestina, com entrega<br />
sob encomenda. Ações do consumo<br />
intensivo, associado com as<br />
práticas de manejo na agricultura<br />
na região da baixada, como o método<br />
de queimada da roça para um<br />
novo plantio, as mudanças climáticas,<br />
o desmatamento, o próprio<br />
desconhecimento da biologia da<br />
Sumário<br />
espécie ao longo dos anos põem<br />
em perigo os estoques disponíveis<br />
da espécie na natureza, o que já é<br />
percebido pelos pescadores mais<br />
idosos em relatos, e o desconhecimento<br />
da espécie pelos mais jovens.<br />
Sabe-se que estes animais<br />
apresentam comportamento biológico<br />
influenciado pelo clima da<br />
região, sendo que no período das<br />
chuvas eles são encontrados nos<br />
lagos que se formam, momento<br />
favorável à cópula da espécie, que<br />
ocorre dentro da água e também à<br />
sua sobrevivência pela maior disponibilidade<br />
alimentar. O período<br />
do verão intenso coincide com o<br />
momento de desova das fêmeas,<br />
e também ao processo de estivação<br />
“dormência metabólica”, pois<br />
é hábito desses animais se enterrarem<br />
buscando abrigo no solo<br />
protegido por vegetações, além do<br />
depósito de ovos para a incubação<br />
natural (Fig. 01).<br />
Fig: 01 – Jurará (Kinosternon scorpioides). Em A - Ninho com ovos e em B – Animal em estivação.<br />
236 / 415<br />
Divulgação
Este é um mecanismo biológico<br />
de sobrevivência da espécie quando<br />
da baixa oferta de alimentos,<br />
aguardando um período favorável<br />
de temperatura e de disponibilidade<br />
alimentar, entretanto torna-<br />
-se crítico para a sobrevivência<br />
dos animais pois eles estão mais<br />
vulneráveis a serem coletados ou<br />
mesmo com a queima do solo para<br />
o momento do preparo da terra<br />
para o plantio da agricultura de<br />
subsistência. Como característica<br />
morfológica o jurará possui uma<br />
carapaça forte, de coloração marrom<br />
escura, verde oliva ou preta,<br />
com manchas vermelhas ou alaranjadas,<br />
dorsalmente existem<br />
três quilhas, e está ligado ao plastrão<br />
através de uma ponte larga.<br />
Fig: 02 – Dimorfismo sexual de Jurará Kinosternon scorpioides.<br />
Em A – macho e em B – fêmea.<br />
Sumário<br />
Este é amarelo e possui dobradiças<br />
no lobo anterior e posterior<br />
que permite fechar total ou parcialmente<br />
a carapaça, servindo de<br />
proteção contra ataques na cabeça,<br />
pernas e cauda (PRITCHARD<br />
& TREBBAU, 1984). O dimorfismo<br />
sexual é evidente, sendo as fêmeas<br />
robustas e maiores que os<br />
machos (Fig 02). O comprimento<br />
médio de carapaça e do plastrão<br />
das fêmeas é de 15,26 e 13,35cm,<br />
e para machos é de 14,79 e<br />
12,30cm, respectivamente (CAS-<br />
TRO, 2006). A carapaça nos machos<br />
é mais baixa, a cauda é três<br />
vezes mais longa que a da fêmea,<br />
possuindo uma unha córnea cuja<br />
finalidade no macho é prender a<br />
fêmea no momento do acasalamento.<br />
O plastrão é côncavo para<br />
Divulgação<br />
237 / 415
facilitar a cópula, cabeça bastante<br />
pigmentada chegando a ser negra<br />
e unhas mais longas e curvas. A<br />
fêmea apresenta sua cauda menor<br />
que a do macho, o plastrão é<br />
reto e a cabeça é mais clara (CAS-<br />
TRO, 2006; PEREIRA et al., 2007;<br />
CARVALHO et al., 2010). O jurará<br />
é uma espécie de hábito alimentar<br />
diversificado, sendo carnívoros<br />
e onívoros oportunistas, podendo<br />
se alimentar de girinos, peixes,<br />
materiais em decomposição<br />
e pequena quantidade de vegetais<br />
(PRITCHARD, 1979). Nos últimos<br />
anos este quelônio vem sendo objeto<br />
de estudo de um grupo de pesquisadores<br />
do Curso de Medicina<br />
Veterinária da Universidade Estadual<br />
do Maranhão, com a criação<br />
de projetos que possam melhorar<br />
Sumário<br />
a condição de preservação deste<br />
quelônio no Estado do Maranhão.<br />
Dessa forma, o passo inicial foi<br />
a criação do Núcleo de Estudos<br />
e Preservação de Animais Silvestres<br />
- NEPAS do Curso de Medicina<br />
Veterinária da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, em 1996,<br />
atualmente licenciado como Criadouro<br />
Científico pelo Instituto<br />
Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Renováveis – IBAMA/<br />
MA (1899339/2008) para o jurará,<br />
que vem permitindo a execução<br />
dos estudos os quais dão suporte<br />
à linha de pesquisa sobre a<br />
morfofisiologia, reprodução e conservação<br />
da espécie do Curso de<br />
Mestrado em Ciência Animal da<br />
UEMA (Fig 3).<br />
Fig: 03 – Instalações do Criadouro Científico de Jurará (Kinosternon scorpioides).<br />
Divulgação<br />
238 / 415
Denota-se que as pesquisas vêm mostrando a viabilidade reprodutiva<br />
da espécie em cativeiro, tanto em ninho natural quanto artificial,<br />
bem como a importância desses estudos sobre os aspectos morfofisiológicos<br />
desta espécie para o Estado do Maranhão. Destaca-se o conhecimento<br />
da biologia da reprodução como o primeiro passo de ações visando<br />
o manejo reprodutivo da espécie com as informações já obtidas<br />
e aquelas ainda a serem esclarecidas, pois servirão de referência não<br />
somente para o conhecimento morfológico, mas também para a padronização<br />
biológica e ecológica para a própria espécie, o que ainda não foi<br />
relatado cientificamente até o presente momento, possibilitando que<br />
estas possam ser aplicadas em programas de manejo, conservação e<br />
de educação ambiental, bem como ainda subsidiar a criação comercial,<br />
podendo ser a espécie adotada em políticas publicas de governo<br />
como alternativa econômica aos pequenos produtores ribeirinhos da<br />
Baixada Maranhense, além de estarmos favorecendo para que esta espécie<br />
não venha a desaparecer da fauna silvestre maranhense.<br />
Agradecimentos<br />
Ao IBAMA-MA; CAPES/Projeto Procad Amazônia; FAPEMA, FMVZ/<br />
USP e UEMA.<br />
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do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária, Universidade Rural da Amazônia, Belém,<br />
2006.<br />
PEREIRA, L.A.; LEMOS, J.J.S.; SOUSA, A.L. Extrativismo de jurará<br />
Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766 (Reptila, Chelonia, Kinosternidae)<br />
e avaliação sócio-ambiental dos pescadores no Município de<br />
Sumário<br />
239 / 415
São Bento-MA. In: SILVA, A.C.; FORTES, J.L.O. Diversidade Biológica<br />
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PRITCHARD,P.C.H. Encyclopédia of turtles. New Jersey:<br />
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PRICHARD, P. C.; P. TREBBAU. The Turtles of Venezuela. Society the<br />
study of amphibians and reptiles. Ithaca. 403p. 47plates. 16 maps.<br />
1984.<br />
Alana Lislea de Sousa<br />
Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo<br />
e Professora da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Sumário<br />
240 / 415
CuRTIMeNTO De pele<br />
De peSCADA AMARelA<br />
COM O uSO De<br />
TANquINHO De lAvAR<br />
Uma ideia sustentável e economicamente viável<br />
Sumário<br />
Jacirene França de Souza<br />
241 / 415<br />
Divulgação
Divulgação<br />
A atividade pesqueira, essencialmente<br />
na capital maranhense,<br />
foi o ponto de partida para o desenvolvimento<br />
do projeto “Curtimento<br />
da pele de pescada amarela<br />
com o uso de tanquinho de lavar:<br />
uma ideia sustentável e economicamente<br />
viável”. A pescada amarela<br />
(Cynoscion acoupa), hoje, representa<br />
o maior percentual em<br />
peso obtido no município de São<br />
Luís. É um peixe de grande porte,<br />
alto valor comercial e praticamente<br />
não existe nenhum aproveitamento<br />
de seus subprodutos. O<br />
método de curtimento através do<br />
tanquinho de lavar representa um<br />
processo inovador, com o objetivo<br />
de atingir comunidades envolvidas<br />
com a atividade pesqueira.<br />
O projeto tem ainda como objetivo<br />
favorecê-las através da consciência<br />
ecológica, da educação ambiental,<br />
da geração de renda e da<br />
garantia da sustentabilidade através<br />
do aproveitamento de subprodutos<br />
de peixes, essencialmente<br />
a pele da pescada amarela. Junto<br />
ao processo de curtimento está inserida<br />
a pesquisa, a tecnologia e o<br />
conhecimento em tendências voltadas<br />
ao desenvolvimento de produtos.<br />
O aproveitamento dos subprodutos,<br />
apesar de não ser uma<br />
atividade comum no Estado, pode<br />
representar abertura de mercado,<br />
extensão da prática de curtimento<br />
nas comunidades e melhor qualidade<br />
de vida.<br />
Sumário<br />
242 / 415
INtRodução<br />
Desde o início das civilizações, a pesca representa<br />
um meio para a sobrevivência de uma grande<br />
parcela da população mundial, sendo uma importante<br />
atividade, no ponto de vista econômico, social<br />
e cultural. No Brasil, a pesca extrativa marinha e<br />
estuarina representa a principal fonte de alimento<br />
de origem aquática, gerando aproximadamente 800<br />
mil empregos diretos e indiretos, dos quais dependem<br />
cerca de 3 milhões de pessoas. Em decorrência<br />
disso, a importância dessa atividade no contexto da<br />
produção de alimentos e geração de empregos para<br />
as populações atuais e futuras não deve ser subestimada<br />
(PAULY; WATSON, 2003).<br />
Sumário<br />
243 / 415<br />
Divulgação
Divulgação<br />
O Maranhão, dentre as inúmeras<br />
características peculiares, destaca-se<br />
também pela pesca, uma<br />
vez que essa atividade é realizada<br />
por todo o litoral do Estado,<br />
destacando-se algumas regiões<br />
especiais ccomo os municípios<br />
de São Luís, Raposa, São José<br />
de Ribamar, Barreirinhas,<br />
Icatu, etc. Segundo os dados<br />
do Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística–<br />
IBGE, esses municípios<br />
detêm 28% do total em<br />
peso (ALMEIDA et al.,<br />
2002).<br />
A piscicultura, hoje,<br />
no Estado, está voltada<br />
para a produção de carne, especialmente<br />
em filés; entretanto, a necessidade do<br />
aproveitamento integral dos subprodutos gerados pelo cultivo<br />
de peixes é crescente, principalmente devido à porcentagem elevada<br />
dos resíduos após filetagem.<br />
Como resíduos do processamento de peixes considera-se a cabeça,<br />
nadadeiras, pele e vísceras que, dependendo da espécie, pode<br />
chegar a 66% em relação ao peso total (CONTRERAS-GUZMÁN,<br />
1994). E dentre esses resíduos está a pele como o principal subproduto.<br />
As peles, atualmente, estão sendo desperdiçadas ou subutilizadas<br />
devido à falta de conhecimento das técnicas possíveis para a<br />
sua transformação e aplicação na indústria de confecção de vestuários,<br />
de calçados ou de artefatos em geral.<br />
Portanto, com a viabilidade no processamento de peles de peixes<br />
com o uso do tanquinho de lavar e um estímulo na criação, haverá<br />
uma agregação de valor à atividade, tornando-a interessante como<br />
mais uma fonte alternativa na propriedade, principalmente para as<br />
Sumário<br />
244 / 415
comunidades produtoras.<br />
A pele do peixe é um<br />
produto nobre e de<br />
alta qualidade, possuindo<br />
a resistência<br />
como característica<br />
peculiar. Para Adeodato<br />
(1995), a pele de<br />
peixe, em uma mesma<br />
espessura, fornece<br />
um couro mais<br />
resistente que o de<br />
bovino, devido à forma<br />
de disposição e<br />
entrelaçamento das<br />
fibras colágenas.<br />
A Pescada amarela<br />
(Cynoscion acoupa)<br />
é um peixe de grande<br />
porte e costuma alcançar<br />
de 1 a 3m de<br />
comprimento, sendo<br />
encontrada em fundos<br />
excedentes na lama e na areia, em estuários do rio, a uma<br />
profundidade de aproximadamente 25m; costuma ser bastante comum<br />
no litoral maranhense.<br />
JuStIFICAtIvA<br />
A atividade pesqueira no Esta do é uma prática comum, mas o seu<br />
aproveitamento está voltado para o corte (90%), ou seja, a sua produção<br />
está voltada para a comercialização da carne.<br />
Grande parte dos subprodutos é desperdiçada, como a pele, os<br />
otólitos, as escamas, entre outros, os quais poderão adquirir inúmeras<br />
funcionalidades quando bem aproveitados. Tanto na área da<br />
estética quanto da saúde, eles poderão ser estudados e desenvolvi-<br />
Sumário<br />
Divulgação<br />
245 / 415
dos, adquirindo grande potencial de mercado.<br />
O método de curtimento através do tanquinho<br />
de lavar viabiliza o processo,<br />
tornando-o mais barato e<br />
acessível às comunidades.<br />
O uso de dornas dificulta<br />
em quase 95% o desenvolvimento<br />
da técnica, uma vez<br />
que o acesso à compra torna-<br />
-se mais difícil e o custo é oito<br />
vezes maior.<br />
A viabilidade no processamento<br />
de peles de pescada<br />
amarela através do tanquinho<br />
de lavar, com um estímulo na<br />
criação, permitirá uma agregação<br />
de valor à atividade,<br />
tornando-a interessante como<br />
mais uma fonte alternativa de<br />
renda para a comunidade.<br />
O exemplo disso é a<br />
comunidade pesqueira de<br />
Mato Grosso do Sul, que tem<br />
como renda principal a confecção<br />
de acessórios de moda,<br />
o cinto, a bolsa, e a biju, a<br />
partir de subprodutos como<br />
escamas e peles.<br />
Com isso, percebe-se que a<br />
elaboração do couro a partir<br />
das peles residuais da filetagem<br />
de pescados pode representar uma fonte<br />
alternativa de renda para as comunidades ribeirinhas<br />
com a confecção de artigos de moda ou produtos<br />
em geral.<br />
Além disso, Rubens Pimentel, da Business Research Office (BRO),<br />
Divulgação<br />
Sumário<br />
246 / 415
uma empresa de desenvolvimento de soluções na área de meio ambiente<br />
e social, que presta serviço com um canal de distribuição<br />
dos produtos de couro de peixe, ressaltou que a pele agrega 30%<br />
de valorização ao peixe, além de ser uma iniciativa ecologicamente<br />
positiva, visto que a pele de peixe descartada na natureza provoca<br />
poluição biológica.<br />
obJEtIvoS<br />
objetivo geral<br />
Promover o desenvolvimento social, econômico e ecológico de comunidades,<br />
através do aproveitamento de peles de pescada amarela<br />
a partir do curtimento viabilizado com o uso de tanquinho de lavar.<br />
Objetivos Específicos<br />
• Desenvolver a consciência ecológica;<br />
• Aproveitar as peles de pescada amarela;<br />
• Desenvolver a técnica de curtimento através de tanquinho<br />
de lavar;<br />
• Promover a geração de emprego e renda para as comunidades<br />
Jacirene França de Souza<br />
Especialista em Artes Visuais Cultura e Criação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Comercial (SENAI/MA) e Professora do Centro Unificado do Maranhão-UniCEUMA.<br />
Sumário<br />
247 / 415
CeNTRAl geRADORA<br />
elÉTRICA fluTuANTe:<br />
Hidreletricidade,<br />
ecologia e<br />
SuStentabilidade<br />
àS populaçõeS<br />
ribeirinHaS do<br />
itapecuru.<br />
Sumário<br />
Rógerio da Silva Logrado Júnior<br />
248 / 415<br />
Divulgação
“...com apenas<br />
15 anos, fui<br />
o 2° lugar do<br />
Prêmio Jovem<br />
Cientista, um<br />
dos prêmios<br />
científicos mais<br />
importantes<br />
da América<br />
Latina; além<br />
desse prêmio,<br />
com 16 anos fui<br />
escolhido um<br />
dos 10 jovens<br />
gênios do país<br />
na edição de<br />
aniversário da<br />
revista Galileu,<br />
em agosto de<br />
2011.”<br />
gênese e consequências<br />
Logo que iniciei o meu primeiro trabalho<br />
científico, sobre a influência da Papaína<br />
caricacia no tratamento de espinhas e<br />
verrugas, sem resultados significativos em produções<br />
de fármacos para o tratamento da acne,<br />
ou quando estudei a influência da astronomia<br />
nas culturas ocidentais e asiáticas, trabalho este<br />
baseado em mera explanação, jamais pensei que<br />
fosse realizar um trabalho científico que causasse<br />
repercussão nacional e que pudesse realmente<br />
interferir de maneira positiva na vida da sociedade.<br />
Um dia, ao ver nos jornais a problemática<br />
existente em relação aos ribeirinhos maranhenses,<br />
resolvi desenvolver um projeto que pudesse<br />
resolver um dos problemas aos quais estes estão<br />
submissos, a dificuldade no fornecimento de<br />
energia permanente e independente de enchentes.<br />
Depois de árduo trabalho, consegui produzir,<br />
juntamente ao meu orientador, o professor Antônio<br />
Motta Ferro, uma central geradora que pode<br />
fornecer energia limpa, barata e não dependente<br />
das condições de enchente ou vazante dos rios, o<br />
que me deixou profundamente satisfeito e já me<br />
proporcionou 2 prêmios, um em nível nacional e<br />
outro em nível continental.<br />
O primeiro problema que encontrei foi procurar<br />
um projeto que pudesse servir de base para o<br />
meu trabalho. Em pesquisa na internet, encontrei<br />
2 projetos que determinaram minhas diretrizes:<br />
o primeiro, realizado em Massachussets, era<br />
uma hélice submersa que produzia energia elétrica<br />
a partir de energia hidráulica, porém o uso de<br />
hélices era muito dispendioso em relação a manutenção,<br />
a qual deveria ser realizada periodica-<br />
Sumário<br />
249 / 415
mente, devido a alta sedimentação dos rios brasileiros, o<br />
que afetaria a integridade das referidas hélices. O outro<br />
projeto foi o de uma roda d’água fixa no rio, que se mostrou<br />
uma alternativa à hélice.<br />
Depois de estudos hidrográficos, realizou-se uma delimitação<br />
do rio em que o trabalho seria desenvolvido.<br />
Escolheu-se o rio Itapecuru, pela relativa proximidade à<br />
capital e pela alta sedimentação (provocada pelo assoreamento),<br />
característica necessária ao desenvolvimento do<br />
projeto. A sedimentação é necessária para gerar torque<br />
na roda d`água, que seria reforçado por um sistema de<br />
polias acoplado a esta. Após isso, solucionou-se o problema<br />
da flutuação da roda por meio da utilização de balsa<br />
de garrafas PET (alternativa sustentável) e o problema de<br />
oxidação das instalações elétricas por meio da utilização<br />
de magnésio como metal de sacrifício.<br />
Após o fim do trabalho, o projeto concluiu-se desta maneira:<br />
central de energia com 2 partes, cada parte com 64<br />
células, cada célula com 6 garrafas PET de 2 litros, dando<br />
um coeficiente de empuxo de 1536kg. A balsa possui<br />
uma roda d’água com eixo fixado dos dois lados (para evitar<br />
o deslocamento na direção do próprio eixo provocado<br />
pela rotação); esta roda está ligada por um sistema de 3<br />
polias separadas (o sistema de polias acopladas não se<br />
mostrou eficiente ) a um gerador Alterima (alternador), o<br />
qual está ligado por um circuito a 3 ou 6 baterias de 12<br />
volts, que funcionam como “No Break”; o ponto final deste<br />
circuito é a habitação a ser subsidada. Os resultados<br />
apresentados foram: para 1 roda d’água de palheta de 1<br />
metro, fornecimento de energia a 16 pontos de luzes, um<br />
motor de ¼ HP (geladeira) e televisor ou computador de<br />
mesa, sendo mais eficiente para televisor.<br />
O projeto limitou-se a protótipos, porém se mostrou<br />
eficiente e barato. Rendeu 2 prêmios: com apenas 15<br />
anos, fui o 2° lugar do Prêmio Jovem Cientista, um dos<br />
prêmios científicos mais importantes da América Latina;<br />
Sumário<br />
250 / 415
além desse prêmio, com 16 anos fui escolhido um dos 10<br />
jovens gênios do país na edição de aniversário da revista<br />
Galileu, em agosto de 2011. Espero que esse projeto sirva<br />
de incentivo para que outros jovens possam desenvolver<br />
trabalhos que ajudem a vida das pessoas e busquem<br />
solucionar os flagelos da sociedade, não pelos resultados<br />
individuais que eles possam trazer, e sim pelos resultados<br />
coletivos que poderão ser alcançados por meio dos<br />
árduos esforços de quem realmente se importa com o<br />
meio em que vive.<br />
Rógerio da Silva Logrado Júnior<br />
Estudante de Medicina da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
251 / 415
AvAlIAçÃO DAS pROpRIeDADeS<br />
De uM<br />
COMpOSTO À bASe De<br />
Mel De AbelHAS e ex-<br />
TRATO De ACeROlA<br />
O mel é um produto singular no que se refere às suas<br />
propriedades nutricionais e potencialidades terapêuticas.<br />
No entanto, a despeito disso, seu conteúdo vitamínico,<br />
em especial a vitamina C, é consideravelmente baixo.<br />
O preparo de misturas feitas com mel de abelhas e<br />
suco (extrato) de acerola pode ser comercialmente interessante,<br />
visto que junta as qualidades do mel ao potencial<br />
vitamínico da fruta, reconhecidamente rica em ácido<br />
ascórbico, além de conter significativas quantidades de<br />
antocianinas e carotenoides. Este trabalho objetivou obter<br />
uma mistura de mel e acerola, denominada de “composto<br />
de mel”, no qual pudessem ser preservadas as principais<br />
propriedades do mel e da acerola, observando-se<br />
a manutenção destas propriedades ao longo do tempo. O<br />
extrato da acerola foi obtido de duas maneiras, pela concentração<br />
da fruta e também por secagem do suco em<br />
microondas. Avaliando-se os teores de ácido ascórbico,<br />
acidez, hidroximetilfurfural e umidade na mistura mel-<br />
-acerola, não foram observadas alterações significativas<br />
destas propriedades durante um mês de estudo.<br />
Sumário<br />
Daniel S. Albuquerque<br />
Teresa Cristina R. S. Franco<br />
Wanleysson L. D. Martins<br />
252 / 415
INtRodução<br />
Nobre produto das abelhas, desde a antiguidade se reconhece<br />
no mel a importância como alimento e produto<br />
terapêutico. Rico em açúcares simples, facilmente absorvidos<br />
no organismo, o mel também possui ácidos orgânicos,<br />
que lhe conferem a resistência aos organismos<br />
patogênicos, além de aminoácidos, proteínas, enzimas e<br />
sais minerais importantes na alimentação humana. Para<br />
além das propriedades importantes do mel, a apicultura<br />
resulta em benefícios que se estendem ao ambiente<br />
como um todo visto que, ao elaborar o mel, as abelhas<br />
desempenham a polinização, mantendo, assim, a biodiversidade<br />
ecológica (SILVA et al., 2005, EVANGELISTA-<br />
-RODRIGUES et al., 2005).<br />
No Brasil, a produção e a comercialização do mel de<br />
abelhas Apis mellifera apresentam considerável potencial<br />
devido ao clima e vegetação que influenciam diretamente<br />
na composição, variedade e qualidade do mel. As<br />
condições edafoclimáticas do país também beneficiam a<br />
produção de frutas e, no caso do nordeste, a acerola (Malpighia<br />
glabra L.) tem mercado garantido pelo principal<br />
atrativo da fruta, seu teor de vitamina C, até 100 vezes<br />
superior a outras frutas como laranja ou limão (CHAVES<br />
et al., 2004, ARONSON, 2001, p.29).<br />
Originária da região das Antilhas, América Central e<br />
norte da América do Sul, a acerola, ou “cereja-das-antilhas”,<br />
teve seu elevado teor de vitamina C descoberto na<br />
década de 40, despertando, a partir de então, interesse<br />
pela utilização da vitamina C da fruta (LIMA, 2003, p.4).<br />
A vitamina C, quimicamente chamada de ácido ascórbico,<br />
é fundamental para o organismo humano, pois previne<br />
doenças como o escorbuto, combate a debilidade,<br />
fadiga, perda de apetite, infecções e dores musculares e<br />
articulares. Poderoso antioxidante, a vitamina C também<br />
combate os radicais livres e influencia positivamente na<br />
absorção do ferro e na síntese do colágeno na pele (BASU<br />
Sumário<br />
253 / 415
& SCHORAH, 1982, p.10). Assim como a maioria das vitaminas,<br />
entretanto, a vitamina C não é fabricada pelo<br />
ser humano, devendo ser fornecida pela alimentação diária<br />
(MOSER & BENDICH, 1991, p. 195).<br />
A Ingestão Diária Recomendada (IDR) pela Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária é de 60mg de vitamina C<br />
(AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1998).<br />
Essa dosagem pode ser facilmente obtida pelo consumo<br />
da acerola, visto que, em 100g da fruta in natura, aproximadamente<br />
1.400mg de vitamina C podem estar presentes.<br />
Outra vantagem benéfica para o consumo da acerola<br />
é a presença de precursores das vitaminas A e do complexo<br />
B (RIGHETTO, 2003, p.5-6).<br />
Os teores de vitamina C na acerola dependem, entretanto,<br />
do seu grau de maturação, tendo sido observadas<br />
perdas significativas após 5 dias do fruto maduro.<br />
Também mantida sob refrigeração, a vitamina C decresce<br />
significativamente no intervalo de 20 dias (RIGHET-<br />
TO, 2003, p.1). Uma forma, então, de manter a vitamina<br />
C da acerola é transformar a fruta em extrato, mantendo<br />
em ambiente que reduza a perda da vitamina C. O mel,<br />
embora rico em várias substâncias, tem baixíssimo teor<br />
vitamínico. Por outro lado, a presença de vários constituintes,<br />
dentre estes, açúcares e substâncias ácidas, fazem<br />
do mel um alimento que “não estraga”.<br />
No presente trabalho, objetivou-se aliar as potencialidades<br />
do mel e da acerola através da elaboração de um<br />
único produto, um composto de mel com extrato de acerola,<br />
concentrado em vitamina C, nas proporções de menor<br />
prejuízo para as propriedades de cada componente.<br />
Sumário<br />
254 / 415
mAtERIAl E mÉtodoS<br />
Equipamentos, reagentes e amostras<br />
Para as medidas de umidade, relacionadas com o índice<br />
de refração, utilizou-se um refratômetro digital portátil<br />
da Atago, modelo PAL-RI, com faixas de medição de<br />
nd de 1,3330 a 1,4098, resolução 0,0001. Medidas de<br />
absorbância foram realizadas no espectrofotômetro Ultravioleta-visível<br />
CARY 50, da Varian. Para medidas de<br />
pH, utilizou-se o pHmetro Hanna (Hanna Instruments),<br />
com eletrodo de pH HI 1110B (de vidro combinado),<br />
modelo pH 21, padronizado com soluções-tampão pH<br />
4,01 e 7,00 obtidas da Merck. No preparo das soluções<br />
padrões foram utilizados a balança analítica Bel Mark<br />
210 A e o Ultrapurificador de Água DirectQ, da Millipore.<br />
Os reagentes ferricianeto de potássio trihidratado, acetato<br />
de zinco dihidratado, bissulfito de sódio, amido<br />
puro, iodeto de potássio e iodato de potássio utilizados<br />
no preparo das soluções foram obtidos da Merck. Hidróxido<br />
de sódio foi obtido da Quimex. Os ácidos clorídrico<br />
e sulfúrico foram adquiridos, respectivamente, da<br />
Merck e da Vetec.<br />
A solução de KIO 3 foi preparada a 0,01Eq.gL -1 , para<br />
que se fizesse a titulação da amostra diluída em solução<br />
de H 2 SO 4 a 20% em presença de 1mL de solução de<br />
amido a 1% e de KI a 10%. Demais soluções foram em<br />
concentração 0,05Eq.gL -1 , com devida padronização.<br />
Amostras de mel foram obtidas na cidade de Santa Luzia<br />
do Paruá, no estado do Maranhão. As amostras de mel<br />
foram coletadas no período de agosto/2007, em apiário<br />
previamente definido para o estudo. Optou-se por fazer<br />
coleta neste apiário em função da localização, conhecimento<br />
do histórico e acompanhamento da colmeia. Coletou-se<br />
cerca de 15kg de mel, armazenados em frascos de<br />
vidro, vedados com tampa plástica e envoltos em papel<br />
Sumário<br />
255 / 415
alumínio, a fim de evitar degradação de alguns compostos<br />
por ação da luz. Foi feita a vedação dos frascos visando<br />
também impedir a entrada de ar e início de processos<br />
fermentativos. As amostras foram conservadas em temperatura<br />
ambiente, por 12 meses.<br />
As amostras de acerola foram obtidas diretamente de<br />
mercados populares dos bairros da cidade de São Luís,<br />
obedecendo aos padrões de consumo como maturidade,<br />
aparência, tempo de exposição ao consumidor e higiene<br />
do vendedor. Depois de coletadas, as amostras foram<br />
acondicionadas em embalagens comerciais de polietileno,<br />
conservadas em recipientes refrigerados e transportadas<br />
para o laboratório.<br />
preparo das amostras<br />
As acerolas foram higienizadas e secas para, em seguida,<br />
serem trituradas intensa e rapidamente em aparelho<br />
liquidificador. O produto triturado foi ainda peneirado<br />
em peneira de nylon, resultando em uma massa de extrato<br />
de acerola densa e viscosa, com textura semelhante<br />
ao mel.<br />
A adição de extrato de acerola ao mel foi feita na proporção<br />
1 parte de acerola para 9 partes de mel, e as<br />
amostras do composto resultante foram acondicionadas<br />
em recipientes plásticos, em ambiente refrigerado a 10 ±<br />
0,5°C.<br />
As amostras do mel composto a 10% (m/m) foram lavadas<br />
com solução de ácido sulfúrico 20% e filtradas.<br />
Em seguida, na presença de amido e iodeto de potássio,<br />
as amostras foram tituladas com iodato de potássio.<br />
determinação do teor de ácido ascórbico (vitamina C)<br />
O teor de vitamina C foi analisado segundo o método<br />
utilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, ou seja, através<br />
de titulação da amostra com solução de iodato de potássio<br />
(INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985, p. 283-287).<br />
Sumário<br />
256 / 415
A titulação, feita em triplicata, utilizou 10g da amostra<br />
processada que foi filtrada com 20,0mL de solução de<br />
ácido sulfúrico a 20%. Foram acrescentados à amostra<br />
depois de filtrada 1,0mL da solução de iodeto de potássio<br />
e 1,0mL da solução de amido a 1,0%. A titulação foi feita,<br />
em seguida, com solução de iodato de potássio (KIO 3 )<br />
a 0,01Eg.gL -1 , com o teor de ácido ascórbico calculado a<br />
partir da quantidade reagente deste.<br />
determinação de parâmetros físico-químicos para o<br />
mel e composto de mel-acerola utilizados no estudo<br />
A determinação da umidade foi feita procedendo-se à<br />
leitura do índice de refração e da temperatura em um<br />
refratômetro do tipo Abbé. Usou-se como referência a tabela<br />
de Chataway. A correção de temperatura foi feita<br />
acrescentando-se à leitura do índice de refração o valor<br />
de 0,00023 para cada grau acima de 20ºC e subtraindo-<br />
-se 0,00023 para cada grau abaixo de 20°C.<br />
A determinação de hidroximetilfurfural (HMF) foi feita<br />
preparando-se 50mL de uma solução com 10g de amostra<br />
de mel, 0,5mL de solução de Carrez 1(15g de ferricianeto<br />
de potássio trihidratado em 100mL de solução<br />
aquosa), 0,5mL de solução de Carrez 2 (30g de acetato de<br />
zinco dihidratado em 100mL de solução aquosa) e água<br />
deionizada. Filtrou-se a solução da amostra com papel<br />
de filtro, descartando-se os 10mL iniciais. Em seguida,<br />
pipetou-se 5mL do filtrado em dois tubos de ensaio, adicionando-se<br />
no primeiro tubo 5mL de água desionizada<br />
e no segundo 5mL de bissulfito de sódio como referência.<br />
Mediu-se a absorbância da amostra nos comprimentos<br />
de onda de 284 e 336nm. Para o cálculo da quantidade<br />
de hidroximetilfurfural (HMF), utilizou-se a relação citada<br />
no Manual do Instituto Adolfo Lutz (1985, p. 382).<br />
A determinação da acidez baseou-se no método titulométrico,<br />
utilizando-se soluções de hidróxido de sódio<br />
0,05Eq.g L -1 e de ácido clorídrico 0,05Eq.gL -1 . Pesou-se<br />
Sumário<br />
257 / 415
* Fonte: BRASIL, Instrução Normativa No. 11, de 20/10/2000.<br />
# Fonte: Portaria No 6 de 25/07/1985, do Ministério da Agricultura.<br />
10g de amostra de mel e acrescentou-se 75mL de água livre<br />
de CO . Titulou-se sob agitação com NaOH a 0,05Eq.<br />
2<br />
gL-1 até o pH chegar a 8,5, com velocidade de aproximadamente<br />
5mL/minuto. Acrescentou-se 10mL de NaOH a<br />
0,05Eq.gL-1 imediatamente e titulou-se com HCl a 0,05Eq.<br />
gL-1 até o pH atingir 8,3, com a mesma velocidade. Para o<br />
valor do branco, colocou-se em um béquer 75mL de água<br />
e titulou-se com NaOH a 0,05Eq.gL-1 até atingir pH 8,5.<br />
Trabalhou-se com o potencial hidrogeniônico medido no<br />
pHmetro para valores obtidos na titulação ácido-base.<br />
RESultAdoS E dISCuSSão<br />
Caracterização do mel utilizado no estudo<br />
Avaliação Parâmetro (unidade)<br />
Pureza<br />
Maturidade<br />
Deterioração<br />
Demais Parâmetros<br />
Amostras<br />
de mel em<br />
estudo<br />
Sumário<br />
Limites da<br />
Legislação*<br />
Sol.insolúveis (%, m/m) 0,03 a 0,04 £ 0,1<br />
Cinzas (%, m/m) 0,24 a 0,27 £ 0,6<br />
Açúc. redutores (%, m/m) 68,5 a 73,4 ³ 65,0<br />
Sacarose (%, m/m) 5,4 a 5,9 £ 6,0<br />
Umidade (%, m/m) 17,8 a 18,0 £ 20<br />
Acidez (mEgg kg -1 )<br />
HMF (mg kg -1 )<br />
Ativ. Diastásica<br />
Cor<br />
18,75 a<br />
36,63<br />
3,72 a<br />
4,28<br />
10,28 a<br />
12,75<br />
Âmbar<br />
claro<br />
(A =<br />
0,358)<br />
£ 50,0<br />
£ 60<br />
³ 8<br />
Branco<br />
d’água a âmbar-escuro<br />
pH 3,26 a 3,39 3,3 – 4,6 #<br />
Características organolépticas<br />
Líquido denso e viscoso,<br />
odor agradável e característico,<br />
sabor próprio e<br />
doce.<br />
Tabela 1. Avaliação físico-química das amostras de mel em estudo.<br />
Previamente foram<br />
feitas as determinações<br />
dos principais<br />
parâmetros de qualidade<br />
do mel em estudo,<br />
feito pelo grupo<br />
de pesquisa envolvido<br />
no trabalho. Os<br />
resultados das análises<br />
físico-químicas<br />
são apresentados na<br />
Tabela 1. Pelos parâmetros<br />
avaliados,<br />
observou-se que o<br />
mel em estudo atendeu<br />
adequadamente<br />
ao padrões de qualidade<br />
estabelecidos<br />
na Instrução Normativa<br />
No. 11, de 20 de<br />
outubro de 2000, do<br />
Ministério da Agri-<br />
258 / 415
cultura e Abastecimento (Brasil, 2000).<br />
Quanto à origem, conforme informações diretamente<br />
obtidas com os apicultores, o mel foi produzido por abelhas<br />
africanizadas que obtinham de plantas silvestres a<br />
matéria-prima do mel, sendo, portanto, um mel polifloral.<br />
As plantas visitadas pelas abelhas da colmeia foram<br />
tipicamente a chanana, assa-peixe, vassourinha de botão,<br />
hortelanzinho, bamburral, juçara, embaúba, maria-<br />
-mole, cajueiro, laranjeira e seringueira. Os citados nomes<br />
são populares e, para a identificação das floradas do<br />
mel, seria necessário um estudo mais detalhado envolvendo<br />
a identificação do nome científico de cada planta e<br />
a análise polínica do referido mel.<br />
Obtenção do extrato de acerola e verificação da estabilidade<br />
da vitamina C no extrato adicionado ao mel<br />
Embora o mel possua uma resistência considerável à<br />
deterioração e ação de microorganismos, um parâmetro<br />
que precisou ser investigado ao manipular o mel foi seu<br />
teor de umidade, visto que em valores superiores a 20%<br />
poderia ocorrer a proliferação de leveduras osmofilíticas,<br />
com consequente fermentação do produto apícola (Moreira<br />
& Maria, 2001). Desta forma, a adição da acerola<br />
ao mel implicou, necessariamente, em processos de eliminação<br />
de água, ou obtenção de um “extrato” da fruta,<br />
de forma a não comprometer a mistura mel-acerola ao<br />
longo do tempo.<br />
Em contrapartida, para garantir a estabilidade do ácido<br />
ascórbico, reconhecidamente termolábil e instável quando<br />
exposto a substâncias oxidantes, ou ainda quando<br />
sujeito a aquecimentos e/ou exposição à luz solar, o mínimo<br />
de manipulação foi feito com a acerola. Assim sendo,<br />
optou-se por proceder à secagem da fruta de forma<br />
branda, sem exposição aos citados fatores de instabilidade<br />
da vitamina C (RIGHETTO, 2003, p. 12).<br />
Sumário<br />
259 / 415
No processo de obtenção do extrato da acerola a ser<br />
adicionado ao mel, outro parâmetro a considerar foi a<br />
simplicidade do processo de secagem e obtenção do extrato<br />
da fruta. Os primeiros testes foram feitos em microondas,<br />
porém perdas médias de 43,5% da vitamina<br />
C foram observadas. Considerando que a intenção do<br />
trabalho era de propiciar ao produtor rural um aumento<br />
de vida útil e também a agregação de valor aos seus<br />
produtos, optou-se por tornar o processo o mais simples<br />
possível, realizando-se, então, apenas a rápida trituração<br />
da fruta em liquidificador, peneiramento e posterior<br />
adição ao mel. A Tabela 2 apresenta os valores médios de<br />
vitamina C obtidos para acerola in natura e no extrato,<br />
antes da adição no mel.<br />
Fruta<br />
Teor<br />
(mg/100g)<br />
Coef. de Variação<br />
(%)<br />
Acerola in natura 1.441,4 1,82<br />
Acerola em extrato 973,7 4,04<br />
Tabela 2: Teor de vitamina C na acerola – fruta in natura e no extrato<br />
concentrado (n=5).<br />
A perda observada para a vitamina C foi de 32,4%. Ainda<br />
assim, optou-se por utilizar o referido método na obtenção<br />
do extrato da fruta, considerando-se que o teor<br />
de vitamina C ainda era relativamente elevado, podendo<br />
significar um razoável acréscimo de vitamina C ao mel.<br />
Para o mel puro, a concentração de vitamina C antes da<br />
adição do extrato de acerola foi desprezível.<br />
A estabilidade no teor da vitamina C no composto de<br />
mel com acerola foi também avaliada, determinando-se a<br />
concentração de vitamina C logo após o preparo da mistura<br />
‘extrato de acerola – mel’ na proporção 1:10 e após<br />
15 e 30 dias de armazenamento da mistura em ambiente<br />
refrigerado. A Tabela 3 mostra os resultados obtidos.<br />
Sumário<br />
260 / 415
Tempo (dias) 0 15 30<br />
Vitamina C<br />
(mg/100g)<br />
Coeficiente de Variação<br />
(%)<br />
83,8559 80,3993 80,0569<br />
1,52 1,30 0,54<br />
Tabela 3: Variação no teor de vitamina C na mistura extrato de<br />
acerola – mel, na proporção 1:10 (armazenado em geladeira; n=5).<br />
Os valores obtidos evidenciaram uma significativa estabilidade<br />
do “composto de mel com acerola” na condição<br />
de refrigeração e no recipiente de armazenamento a<br />
que foi submetido, resultando em uma sutil perda de vitamina<br />
C (de 4,53% em 30 dias). Levando-se em consideração<br />
o intervalo de tempo entre produção, distribuição,<br />
prateleira e consumo de determinados produtos naturais<br />
comercializados no mercado comum, como algumas<br />
geleias e outros produtos naturais (cerca de 30 dias),<br />
pode-se afirmar que o “composto de mel com acerola”<br />
proposto neste trabalho tem condições de ser comercializado,<br />
tendo-se uma perda de vitamina C relativamente<br />
pequena. Etapas posteriores do estudo deverão ser feitas,<br />
de forma a avaliar se tais perdas aumentam em tempos<br />
superiores aos 30 dias de armazenamento. Durante<br />
o período de estudo não foi observada a cristalização do<br />
composto de mel.<br />
Avaliação das propriedades do mel no composto<br />
mel-acerola em função do tempo de armazenamento<br />
Foram investigados os principais parâmetros de deterioração<br />
(HMF e acidez) e de fermentação do mel (umidade)<br />
após a adição da acerola ao mel. A Tabela 4 apresenta<br />
os resultados das análises referentes ao monitoramento<br />
dos parâmetros físico-químicos do mel que poderiam ser<br />
alterados com a adição do extrato de acerola.<br />
Sumário<br />
261 / 415
Parâmetro Mel puro<br />
Sumário<br />
Tempo (dias)<br />
0 15 30<br />
HMF (mg/kg) 17,12 17,95 19,25 20,36<br />
Umidade (%) 18,4 25,1 23,2 23,0<br />
Acidez (meq/kg) 36,30 81,24 43,43 43,33<br />
Tabela 4: Parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fermentação<br />
do mel (umidade) após a adição do extrato de acerola<br />
ao mel.<br />
Os valores<br />
obtidos permitiramtraçar<br />
o comportamento<br />
dos níveis de<br />
HMF, umidade<br />
e acidez<br />
em função do<br />
tempo (Figura<br />
1). Conforme<br />
a legisla-<br />
ção brasileira vigente, que determina os valores padrões<br />
para os parâmetros físico-químicos do mel, todos os valores<br />
obtidos para índice de HMF foram satisfatórios, visto<br />
que o valor máximo permitido é de 60mg/kg, observando-se<br />
apenas um pequeno aumento no valor deste após<br />
a adição do extrato ao mel. Este aumento não representou<br />
necessariamente efeito da adição do extrato, visto<br />
que, normalmente, a concentração do hidroximetilfurfural<br />
tende a aumentar ao longo do tempo de armazenamento<br />
do mel puro.<br />
Figura 1: Variação nos principais parâmetros de<br />
avaliação do mel (deterioração e fermentação) após a<br />
adição da acerola à mistura.<br />
262 / 415
Quanto ao parâmetro umidade, os valores obtidos após<br />
a adição do extrato ao mel foram superiores ao máximo<br />
permitido pela legislação, ou seja, de 21%. Tal diferença,<br />
no entanto, não representou um problema para a<br />
conservação do composto de mel, considerando que, no<br />
mesmo período de estudo, ocorreu um aumento da acidez,<br />
que depois diminuiu em função do tempo, contribuindo,<br />
assim, para a inibição no desenvolvimento de<br />
microorganismos na mistura mel-acerola. Embora o limite<br />
estabelecido pela legislação para o teor de acidez no<br />
mel fosse inferior a 50mEqgkg -1 , os teores de acidez na<br />
mistura também foram inferiores a este valor no intervalo<br />
do tempo de estudo da mistura. Observou-se ainda<br />
que a umidade aumentou logo após a adição do extrato,<br />
já que este é rico em água proveniente da fruta, porém<br />
diminuiu gradativamente ao longo do tempo devido à baixa<br />
umidade presente no ambiente de armazenamento da<br />
mistura.<br />
CoNCluSõES<br />
A simplicidade no processo de preparo do composto<br />
de mel e acerola evidenciou a possibilidade de adição do<br />
extrato de acerola ao mel, obtendo-se, ao longo de um<br />
mês, um produto de fácil comercialização, cujas principais<br />
propriedades da fruta e do mel foram mantidas.<br />
Desta forma, foi possível garantir a agregação de valor ao<br />
mel e maior longevidade à acerola.<br />
O custo de produção foi analisado, verificando-se ser<br />
relativamente baixo, dependendo em maior extensão do<br />
valor do mel e em menor escala do preço da fruta, vendida<br />
a preços bastante accessíveis. Considerando-se a<br />
proporção de acerola e mel na mistura estudada e os<br />
preços de ambos os produtos no comércio local, verificou-se<br />
para o preparo do composto de mel e acerola<br />
gastos de aproximadamente 92% em mel e 8% em ace-<br />
Sumário<br />
263 / 415
ola. Em termos de equipamentos, também verificou-se<br />
custo relativamente baixo para a produção do composto<br />
de mel, representando, assim, considerável rentabilidade<br />
na venda do composto de mel, com real agregação de<br />
valor comercial ao produto.<br />
Diante da pesquisa realizada e dos resultados obtidos,<br />
concluiu-se que a produção do composto de mel e acerola<br />
é economicamente viável para o pequeno produtor.<br />
A vitamina C, principal constituinte da fruta, permaneceu<br />
relativamente estável, representando um ganho de<br />
qualidade ao produto proposto.<br />
O presente estudo também evidenciou a qualidade do<br />
mel utilizado no estudo, observando-se cumprir os critérios<br />
de qualidade exigidos pela legislação brasileira.<br />
Para a mistura acerola e mel não se observou alterações<br />
físico-químicas significativas que pudessem comprometer<br />
a qualidade do mel após a adição do extrato de acerola.<br />
Levando-se em consideração a estabilidade da vitamina<br />
C no extrato de acerola adicionado ao mel e os principais<br />
parâmetros físico-químicos, a produção do composto de<br />
mel foi considerado exequível, tendo-se como vantagem<br />
adicional, além das propriedades intrínsecas dos componentes<br />
naturais, o potencial de produção de ambas as<br />
matérias-primas no local em estudo.<br />
AgRAdECImENtoS<br />
Ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., pelo financiamento<br />
do projeto. W.L.D. Martins e D. S. Albuquerque agradecem,<br />
respectivamente, ao CNPq, pela Bolsa de Apoio<br />
Técnico, e ao PIBIC/UFMA, pela bolsa de Iniciação Científica.<br />
REFERÊNCIAS<br />
SILVA, C. L., QUEIROZ, A. J. M., FIGUEIRÊDO, R. M. F.<br />
Caracterização físico-química de méis produzidos no Es-<br />
Sumário<br />
264 / 415
tado do Piauí para diferentes floradas. Revista Brasileira<br />
de Engenharia Agrícola e Ambiental, 8, 2/3, 260-265,<br />
2004.<br />
EVANGELISTA-RODRIGUES, A., SILVA, E. M. S., BE-<br />
SERRA, E. M. F., RODRIGUES, M. L. Análise físico-química<br />
dos méis das abelhas Apis mellifera e Melipona<br />
scutellaris produzidos em regiões distintas no Estado da<br />
Paraíba. Cienc. Rural. 35, 5, 1166-1171. 2005.<br />
CHAVES, M. C. V., GOUVEIA, J. P.G., ALMEIDA, F.<br />
A. C., LEITE, J. C. A., SILVA, F. L. H. Caracterização<br />
físico-química do suco da acerola. Revista de Biologia e<br />
Ciências da Terra, 4, 2, 2004.<br />
ARONSON, J. K. Forbidden fruit. Nature Medicine, v. 7,<br />
n. 1, p. 29-30, 2001.<br />
LIMA, R. S. Caracterização físíco-química da acerola e estudo<br />
da estabilidade da vitamina C nos extratos para uso<br />
em cosmetologia. 2003, (Monografia) – Curso de Química<br />
Industrial, Universidade Federal do Maranhão, 2003.<br />
BASU, T. K.; SCHORAH, C. J. Vitamin c in health and<br />
desease. Londres: AVI Pub. Co., 1982. 152 p.<br />
MOSER, U.; BENDICH, A. Vitamin C. In: MACHLIN. L. J.<br />
Handbook of vitamins. 2º ed. New York: Marcel Dekker<br />
Inc., 1991. p. 195-232.<br />
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria<br />
nº 41 de 14 de janeiro de 1998, anexo A. Regulamento<br />
técnico para rotulagem nutricional de alimentos<br />
embalados. República Federativa do Brasil, Brasília, DF,<br />
14 de janeiro de 1998. Disponível em: http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php<br />
Acesso em: 09<br />
abr. 2008.<br />
RIGHETTO, A. M. Caracterização físico-química e estabilidade<br />
de suco de acerola verde microencapsulado por<br />
atomização e liofilização. 2003. (Tese de Doutorado) – Faculdade<br />
de Engenharia de Alimentos. Universidade Estadual<br />
de Campinas, Campinas – SP, 2003, 178 p.<br />
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Insti-<br />
Sumário<br />
265 / 415
tuto Adolfo Lutz: métodos químicos e físicos para análise<br />
de alimentos. 3ª. ed. São Paulo: O Instituto, 1985. p.<br />
483.<br />
BRASIL, INSTRUÇÃO NORMATIVA N o. 11, de 20 de outubro<br />
de 2000. Disponível em http://e-legis.anvisa.gov.<br />
br/leisref/public/showAct.php?id= 12462&word=mel.<br />
Acesso em 23/11/2005.<br />
BRASIL, Portaria SIPA N o. 06 de 25 de Julho de 1985,<br />
Ministério da Agricultura, 1985.<br />
MOREIRA, R. F. A., MARIA, C. A. B. Glicídios no mel.<br />
Química Nova, v. 24, 4, 516 – 525, 2001.<br />
Daniel S. Albuquerque<br />
Graduado em Química industrial pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Teresa Cristina R. S. Franco<br />
Doutora em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e<br />
Diretora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Wanleysson L. D. Martins<br />
Especialista em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário do Maranhão.<br />
Sumário<br />
266 / 415
Conceito da Aeronave 2012<br />
pROJeTO<br />
AeRODeSIgN<br />
ueMA:<br />
<strong>MARANHÃO</strong><br />
AlçANDO<br />
MAIOReS<br />
vOOS<br />
O<br />
Projeto AeroDesign é um programa<br />
de fins educacionais realizado<br />
pela Society of Automotive<br />
Engineers (SAE BRASIL), através da<br />
Seção São José dos Campos – SP, tendo<br />
como principal objetivo proporcionar a<br />
difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimento<br />
de Engenharia Aeronáutica<br />
entre estudantes e futuros profissionais<br />
deste importante seguimento e modalidade<br />
vinculados às instituições de ensino<br />
superior em todo Brasil e pelo mundo,<br />
através de aplicações práticas e da<br />
competição entre equipes.<br />
O Projeto AeroDesign no Maranhão é<br />
um Projeto Especial do curso de Engenharia<br />
Mecânica da Universidade Estadual<br />
– UEMA que, nos últimos 10 (dez)<br />
anos, várias equipes de alunos representaram<br />
o Estado na Classe Regular (onde<br />
somente alunos de graduação podem<br />
participar), tendo a oportunidade de experimentar<br />
a prática de atividades concernentes<br />
ao projeto de aeronaves jun-<br />
Sumário<br />
267 / 415
to ao grande centro de referência nacional na área: o Departamento<br />
Central de Tecnologia Aeronáutica, onde encontram-se importantes<br />
órgãos e empresas, tais como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica),<br />
o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e a EM-<br />
BRAER.<br />
A Competição SAE BRASIL AeroDesign tem o apoio institucional do<br />
Ministério da Educação, por alinhar-se e vir ao encontro de objetivos<br />
das políticas e diretrizes deste Ministério.<br />
hIStóRICo do mARANhão NA CompEtIção<br />
Z-01<br />
Z -02<br />
Sumário<br />
A competição SAE<br />
AeroDesign ocorre nos<br />
Estados Unidos desde<br />
1986, tendo sido concebida<br />
e realizada pela<br />
SAE International. A<br />
partir de 1999 esta competição<br />
passou a constar<br />
também no calendário<br />
de eventos estudantis<br />
da SAE BRASIL. Ao longo<br />
de todos esses anos<br />
de existência, o AeroDesign<br />
no Brasil tornou-se<br />
visivelmente um evento<br />
crescente em quantidade<br />
e qualidade dos projetos<br />
participantes.<br />
Aero UEMA – 2001/<br />
2002: Aero UEMA foi a<br />
primeira equipe do curso<br />
de Engenharia Mecânica<br />
da Universidade Estadual<br />
do Maranhão, sendo<br />
formada por 12 estudantes;<br />
268 / 415
Equipe Vortex – 2004:<br />
Devido à graduação dos<br />
integrantes do projeto,<br />
Z-03<br />
fez-se necessário a reorganização<br />
que fez surgir em<br />
2004 a Equipe Vortex, que<br />
participou da 6ª edição da<br />
competição. Nos proximos<br />
2 anos não houve condições<br />
para que o Projeto<br />
fosse desenvolvido.<br />
Equipe Zeus – 2007-<br />
2011: No ano de 2007, a<br />
equipe concluiu o projeto,<br />
porém não foi possível<br />
viajar devido a falta de<br />
recursos financeiros para<br />
custear a viagem, mas em<br />
2008 a Equipe Zeus Aero<br />
Design leva o nome da<br />
UEMA a participar pela 4ª<br />
vez da competição. Com<br />
o Z-01, obteve a 56ª colocação,<br />
na 10ª edição da<br />
competição;<br />
Em 2009, novamente a<br />
equipe Zeus Aero Design<br />
participou, agora com o<br />
aeromodelo Z-02, e obteve a 55ª colocação, na 11ª edição da competição;<br />
Em 2010, com a admissão de novos integrantes (8 acadêmicos viajaram<br />
para SJC) a Equipe passou por mudanças na organização das<br />
comissões de projeto, permitindo um salto para a 34ª posição no quadro<br />
geral, na 12ª Edição do SAE Brasil AeroDesign;<br />
Em 2011, dando continuidade ao trabalho diferenciado, a equipe<br />
apostou no aprofundamento na abordagem de Projetos Aeronáuticos<br />
e no uso de materiais compósitos e fabricação avançada, culminando<br />
na 17ª colocação geral da Competição, além do 1º lugar na Retirada de<br />
Athos 2011<br />
Sumário<br />
269 / 415
“Hoje entendemos o<br />
que motivou os primeiros<br />
estudantes da UEMA a<br />
ousarem instalar o Projeto<br />
SAE Brasil AeroDesign<br />
em nossa instituição:<br />
a necessidade do<br />
intercâmbio de informações<br />
e conhecimentos, a<br />
experiência de organizar<br />
e gerenciar grupos e<br />
projetos, além do ambiente<br />
de competição, fazem com<br />
que o AeroDesign seja um<br />
diferencial na formação do<br />
profissional que o mercado<br />
de trabalho procura”.<br />
João Luís de Meneses,<br />
estudante do 7º período<br />
Carga, com direito a menção honrosa;<br />
Equipe Zeus 2012<br />
Para este ano, graças ao respeito e<br />
o nível técnico que se alcançaram ao<br />
longo da evolução do projeto, os acadêmicos<br />
decidiram apostar na representação<br />
do Estado não somente na<br />
Classe Regular (constituída de 7 estudantes<br />
de graduação), mas também<br />
na Classe Advanced (4 estudantes),<br />
onde os requisitos do Regulamento<br />
de Competição são mais próximos<br />
daqueles encontrados na Regulamentação<br />
Aeronáutica, e os acadêmicos<br />
de graduação da UEMA estarão competindo<br />
diretamente com estudantes<br />
de pós-graduação nas áreas de Engenharia<br />
da Mobilidade.<br />
ImpoRtâNCIA do pRoJEto:<br />
vISão doS AluNoS<br />
Para o componente da equipe Zeus,<br />
João Wilker Barros, do 6ª período de<br />
Engenharia Mecânica, a Competição<br />
SAE BRASIL representa “um laboratório,<br />
onde temos a oportunidade de<br />
colocar em prática os conteúdos que<br />
aprendemos em sala de aula, bem<br />
como podemos alinhar desenvolvimento<br />
acadêmico com o tecnológico,<br />
tendo a pesquisa aeronáutica como<br />
foco. A UEMA também é engrandecida<br />
pela nossa participação no evento<br />
competitivo”, afirmou o estudante.<br />
Sumário<br />
270 / 415
Acadêmicos<br />
que já<br />
participaram<br />
do projeto<br />
vortex 2004<br />
Kátrine Evelen Carole da S. Sousa;<br />
Luciano Soares da Silva;<br />
Rosemile Mota Costa;<br />
Érico Araujo Noleto;<br />
Daniel Augusto do Carmo;<br />
Aldomir Nascimento de Oliveira;<br />
Assedino Pereira as Queiroga Neto;<br />
Deivison Lima da Silva;<br />
Dielson Silva Martins;<br />
Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;<br />
Flavio da Conceição Lima de Oliveira;<br />
Jaciara Pires Aguiar;<br />
Luana Maria Lima dos Santos;<br />
Maria Raimunda Rocha Gomes;<br />
Cassio Daniel Salomão Silva.<br />
Aero uEmA 2001-2002<br />
Carlos Cesar Silva Viegas;<br />
David Augusto Vieira Sousa;<br />
Diego Fernando de Araújo Costa;<br />
Dielson Silva Martins;<br />
Edson Ribamar Morais;<br />
Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;<br />
Flavio Nunes Pereira;<br />
Franco Jefferds dos Santos Silva;<br />
Jaime Muniz Pinto Sobrinho;<br />
Jose de Ribamar Silva do Nascimento;<br />
Luciano Porto Bontempo;<br />
Tonnyfran Xavier de Araújo Sousa.<br />
Sumário<br />
Equipe Zeus 2008-2012<br />
Gyovanni Pinheiro Saraiva Coelho<br />
João Luís de Meneses Barros<br />
João Wilker Ribeiro Barros Lima<br />
Edilson Dantas Nóbrega<br />
Hércules Araújo Oliveira<br />
Thallys Anderson Machado Ferreira<br />
Carlos Henrique Cunha Caetano<br />
André Gustavo Amorim Nogueira<br />
Fernando Antonio Moreira Abreu<br />
Marco Antônio Lima Junior<br />
Ediharlly João Alves dos Santos<br />
Igor Fernandes Araújo<br />
Edilberto dos Anjos Teixeira<br />
Kátia Assunção<br />
Edgard Coelho Couto<br />
Luana Roberta<br />
271 / 415
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Adalto Rodrigues gomes dos Santos Filho<br />
Possui graduação em Bacharelado Em Física pela Universidade de São<br />
Paulo (1991), mestrado em Física pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(1995) e doutorado em Física das Partículas Elementares e Campos<br />
pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é Professor<br />
Adjunto IV do Departamento de Física do Instituto Federal de<br />
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem atuado nos<br />
seguintes temas de pesquisa: teorias clássicas de gravidade; defeitos<br />
topológicos; branas em dimensões extras; aplicações de teoria de campos<br />
em óptica; violação da simetria de Lorentz. Desde março de 2010 é<br />
pesquisador nível 2 do CNPq.<br />
Aluísio Alves Cabral Júnior<br />
Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1990),<br />
mestre em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São<br />
Carlos (1995), doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade<br />
Federal de São Carlos (2000) e estágio de pós-doutorado na<br />
Universidade Federal de São Carlos (2006). Atualmente é professor associado<br />
do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />
(IFMA). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e<br />
Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: glass ceramics, glass-forming ability e thermal analysis.<br />
Atualmente, é revisor dos seguintes periódicos Journal of Non-<br />
-Crystalline Solids, Materials Research e Journal of the American Ceramic<br />
Societ; dentre outros.<br />
Sumário<br />
272 / 415
André mantegazza Camargo<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Possui graduação (concluído em março de 2007) e mestrado (concluído<br />
em julho de 2008) em Zootecnia pela UFRRJ. Atuou como professor titular<br />
do curso de graduação em Zootecnia da Faculdade de Imperatriz<br />
entre agosto de 2008 e março de 2009 e no departamento de compra<br />
de gado da Bertin S.A. entre abril de 2009 e janeiro de 2010. Desde<br />
fevereiro de 2010 é professor do ensino básico, técnico e tecnológico<br />
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />
- Campus Codó onde já atuou como coordenador do curso de Licenciatura<br />
Plena em Ciências Agrárias entre os meses de agosto e dezembro<br />
de 2010. Em janeiro de 2011 assumiu a Chefia do Departamento de<br />
produção e pesquisa - DPP da mesma instituição, cargo que ocupa até<br />
a presente data.<br />
Andréia Freitas de oliveira<br />
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal<br />
Rural do Semiárido (2004) e mestrado em Mestrado Em Ciência Animal<br />
pela Universidade Federal Rural do Semi Árido (2008). Atualmente<br />
é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal<br />
do Maranhão, Campus São Raimundo das Mangabeiras. Tem experiência<br />
na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Patologia, Manejo<br />
e Sanidade de Animais de Laboratório, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: animais silvestres, Trypanosoma vivax, plantas medicinais.<br />
Sumário<br />
273 / 415
Andréia Serra galvão<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />
(2003) e Mestrado em Fitossanidade área Entomologia Agrícola<br />
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006) e Doutorado<br />
em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco<br />
(2009). Desenvolve trabalhos na área de Entomologia Agrícola,<br />
Acarologia Agrícola, Ecologia de ácaros e Controle Biólogico. Atualmente<br />
é professora efetiva do Instituto Federal do Maranhão onde leciona<br />
as disciplinas de Entomologia, Fitopatologia e Fruticultura.<br />
Antonio Ernandes macêdo paiva<br />
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1987), mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais<br />
pela Universidade Federal de São Carlos (1996) e doutorado em Ciência<br />
e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos<br />
(2002). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação,<br />
Ciência e Tecnologia do Maranhão e Sub-Coordenador do Programa de<br />
Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Tem experiência na área<br />
de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais<br />
Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: refratários,<br />
reologia, concretos, processamento e suspensões cerâmicas.<br />
Sumário<br />
274 / 415
déa Nunes Fernandes<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Graduada em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1988), Mestre em Educação Matemática pelo Programa de<br />
Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Rio Claro (2001). Doutora em<br />
Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista campus Rio<br />
Claro (2011). Membro do grupo de pesquisa “ História Oral e Educação<br />
Matemática”- GHOEM. Membro do Corpo de Assessores Científicos da<br />
Revista “Acta Tecnológica” do Instituto Federal de Educação, Ciência e<br />
Tecnologia do Maranhão- IFMA. Professora do 3º grau do Departamento<br />
de Matemática do IFMA. Tem experiência nas áreas Ciencias Exatas<br />
e da Terra , Ciências Humanas e Multidisciplinar com ênfase em Educação<br />
Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática,<br />
ensino,aprendizagem e formação de professores.<br />
Evaldinolia gilbertoni moreira<br />
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1996), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Computação<br />
Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2009). Atualmente<br />
é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação,<br />
com ênfase em GeoInformação, Metodologia e Técnicas da Computação,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: educação profisional,<br />
linguagem de programação, informática e curso tecnológico.<br />
Sumário<br />
275 / 415
Fábio henrique Silva Sales<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Graduado em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(UFMA). Mestrado e Doutorado em Física da Matéria Condensada<br />
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor<br />
Efetivo e Coordenador do Curso de Física Licenciatura do Departamento<br />
de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do<br />
Maranhão (IFMA), Campus Monte Castelo. Pesquisador do Grupo Teórico,<br />
cadastrado no CNPq, de Magnetismo e Materiais Magnéticos do<br />
Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN. Coordenador<br />
Regional pelo Estado do Maranhão da Olimpíada Brasileira de Física e<br />
da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas. Professor Coordenador<br />
da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Lider<br />
dos grupos de pesquisa, cadastrados no CNPq, de Iniciação Científica<br />
Junior, Ensino de Física do IIFMA e Estudo de Fases Magnéticas em<br />
nanoestruturas Terras-Raras. Consultor AH DOC de Bolsas de Iniciação<br />
Científica do IFMA. Avaliador de artigos científicos do VII Congresso<br />
de Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica<br />
(CONNEPI). Coordenador Operacional do Dinter da Matéria Condensada<br />
Gestão 2012, do IFMA com a UFC. Professor Jovem Cientista<br />
da FAPEMA. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em<br />
Engenharia de Materiais do IFMA.<br />
Sumário<br />
276 / 415
ginalber luiz de oliveira Serra<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1999), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (2001), doutorado (2005) e pós-doutorado<br />
(2005-2006) em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de<br />
Campinas. Atualmente é revisor dos seguintes periódicos: IEEE Transactions<br />
on Fuzzy Systems (1063-6706), IEEE Transactions on Neural<br />
Networks (1045-9227), IEEE Transactions on Systems Man and Cybernetics<br />
(0018-9472), International Journal of Systems and Control<br />
Engineering, Fuzzy Sets and Systems; membro da Working Group on<br />
Computers: World Scientific Engineering Academy Society, e professor<br />
adjunto I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />
(IFMA). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com<br />
ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: sistemas nebulosos, identificação<br />
de sistemas, redes neurais, sistemas não-lineares no tempo<br />
discreto e algoritmos genéticos.<br />
Iêdo Alves de Souza<br />
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco<br />
(1986), mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade<br />
Federal da Paraíba-Campus de Campina Grande (1991) e<br />
doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de<br />
Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor adjunto do Instituto Federal<br />
de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Química, com ênfase em Cerâmica de eletrônica e estrutural,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: photoluminescence<br />
e pechini.<br />
Sumário<br />
277 / 415
Isabela vieira dos Santos mendonça<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Possui Mestrado em Biologia Vegetal (Universidade Federal de Pernambuco<br />
- 2006), área de concentração em ecologia e Graduação em Ciências<br />
Biológicas (Universidade Federal do Maranhão - 2004). Tem experiência<br />
em consultoria ambiental em área de manguezais assim como<br />
em gestão ambiental empresarial. Tem experiência no ensino superior<br />
(Profª Substituta em Fisiologia Animal no Curso de Ciencias Biológicas<br />
da UFMA - 2007 a 2008), médio e fundamental. Atualmente é Professora<br />
do Instituto Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas nos níveis<br />
superior (Licenciatura em Biologia) e médio-técnico. Também lecionou<br />
disciplinas em cursos de pós-Graduação ( Saúde e Segurança do Trabalho,<br />
Saúde Ambiental) e tem experiência como consultora ambiental<br />
para o Sebrae-MA. Atua nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde Ambiental<br />
e Ecologia de manguezal. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em<br />
Gestão e Educação Ambiental (CNPq) e doutorando em Saúde Coletiva<br />
no Programa de Pós Graduação da UFMA<br />
Izabel Cristina da Silva Almeida Funo<br />
Possui graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão/2004 (Bolsista CNPq), Mestrado em Recursos Pesqueiros<br />
e Aqüicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/2006<br />
(Bolsista FAPEMA) e curso de aperfeiçoamento na área de Cultivo de<br />
Moluscos Comerciales na Universidad Catolica del Norte - Chile/2006<br />
(Bolsista JICA). Doutoranda em Recurso Pesqueiro e Aquicultura pela<br />
UFRPE. Atualmente é professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico,<br />
do quadro permanente do Instituto Federal de Educação, Ciência<br />
e Tecnologia - Campus São Luís Maracanã. Na área de docência minis-<br />
Sumário<br />
278 / 415
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
tra as disciplinas de Malacocultura, Introdução à Pesca e Aquicultura,<br />
Cultivo de peixes ornamentais e Aquicultura especial do Curso Técnico<br />
subsequente em Aquicultura . Tem experiência na coordenação de projetos<br />
na área de Cultivo de Moluscos e Educação Ambiental.<br />
Jean Robert pereira Rodrigues<br />
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1997), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />
Federal de Uberlândia (1999) e doutorado em Engenharia<br />
Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente<br />
é Professor adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor<br />
do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação,<br />
Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Engenharia de Fabricação e Materiais, com ênfase em Usinagem Não<br />
Tradicional e Convencional e Solidificação de Metais, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Eletroerosão, Torneamento , Furação e<br />
Solidificação de Ligas não-ferrosas.<br />
Jomar Sales vasconcelos<br />
Possui graduação em Engenahria Elétrica pela Universidade Federal<br />
da Paraíba (1986), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />
Federal da Paraíba (1990) e doutorado em Química pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Atualmente é professor<br />
associado I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />
do Maranhão, Coordenador do NIT-IFMA, Coordenador Operacional<br />
do dinter IFMA/UFCG. Consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa<br />
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Avaliador do Instituto<br />
Sumário<br />
279 / 415
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixieira. Tem<br />
experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas<br />
de Energia Elétrica e Sistemas Embarcados e, na área de Química, com<br />
ênfase em Físico Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: microondas, filmes finos, cerâmicos e tratamento térmicos.<br />
Integrante do INCTMN. Tem 5 (cinco) solicitações de pedidos de<br />
patentes.<br />
José manuel Rivas mercury<br />
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do<br />
Pará (1987), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />
do Pará (1995) e doutorado em Tendencias Act en Quím Analitica<br />
e Inorgánica - Universidad Autonoma de Madrid (2004). Pós-doutorado<br />
em Mineralogia Aplicada no Instituto de Geociências da UFPA (2010).<br />
Atualmente é professor de ensino medio e tecnologico do Instituto Federal<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais<br />
e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: caracterizacao de materiais, lama vermelha, cerâmica<br />
vermelha, aluminatos de calcio e residuo de bauxita.<br />
Kleber Zuza Nóbrega<br />
Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal<br />
do Ceará (1999), mestrado em Engenharia Eletrica pela Universidade<br />
Federal do Ceará (2000) e doutorado em Engenharia Elétrica pela<br />
Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é Professor<br />
Adjunto IV do Instituto Federal do Maranhão, e atua como pesquisador<br />
colaborador da Universidade Federal do Paraná, UNICAMP e UFEs.<br />
Sumário<br />
280 / 415
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletromagnetismo<br />
Computacional, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: propagação de ondas eletromagnéticas, métodos numéricos, comunicações<br />
ópticas e nanomagnetismo.<br />
luís presley Serejo dos Santos<br />
Professor Adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />
do Maranhão (IFMA), doutor em Química (área de concentração<br />
Físico-Química) pela Universidade Federal de São Carlos (2006), mestre<br />
em Ciências e Engenharia de Materiais pela USP-São Carlos (2002).<br />
Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica,<br />
com ênfase em Materiais Não-Metálicos, atuando principalmente nos<br />
seguintes áreas: Nanotecnologia, desenvolvimento de sínteses químicas,<br />
fotoluminescência, pigmentos inorgânicos, catálise heterogênea e<br />
Educação na modalidade a Distância. Membro fundador da Sociedade<br />
Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) e da Associação Brasileira<br />
de Análise Térmica e Calorimetria (ABRATEC). Pesquisador do Instituto<br />
Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia<br />
(INCTMN).<br />
Sumário<br />
281 / 415
marcelo moizinho oliveira<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal da<br />
Paraíba (1994), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade<br />
Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Ciências, área de Concentração<br />
Físico-Química, pela Universidade Federal de São Carlos (2002).<br />
Atualmente é professor associado I do Departamento Acadêmico de<br />
Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do<br />
Maranhão - Campus São Luís Monte Castelo e professor do Programa<br />
de Pós-Graduação de Engenharia de Materiais deste instituto. Tem<br />
experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Cerâmicos,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: varistores, SnO2<br />
e nanomateriais, possuindo também trabalhos na área de Educação<br />
Química. É também professor/pesquisador da Universidade Aberta do<br />
Brasil (UAB) pela Educação à Distância do Instituto. Recebeu o prêmio<br />
de melhor professor pesquisador do IFMA em 2011.<br />
maria das graças Sampaio Costa<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1989), graduação em Programa Especial de Formação Pedagógica<br />
de Docentes pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do<br />
Maranhão (1998), mestrado em Química Analítica pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (2002) e doutorado em Físico-Química pela Universidade<br />
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2009). É professora<br />
do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de<br />
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área<br />
de Química de Materiais e Química Analítica.<br />
Sumário<br />
282 / 415
maria verônica meira de Andrade<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
É Zootecnista formada pela Universidade Federal da Paraíba (2002),<br />
Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2003-2005)<br />
e Doutorado em Zootecnia pelo Programa de Doutorado Intergrado em<br />
Zootecnia (PDIZ) UFPB/UFRPE/UFC (2005-2008). Atuou como Pesquisadora<br />
bolsista (PCI/MCT) no Instituto Nacional do Semiárido (INSA).<br />
Atualmente é professora do IFMA, Campus Caxias. Tem experiência na<br />
área de Forragicultura, atuando principalmente nas seguintes áreas:<br />
Caatinga, Plantas Nativas, Estrato Herbáceo da Caatinga, Avaliação de<br />
Forrageira, Dinâmica de Espécies Nativas e Produção e Conservação de<br />
Forragem.<br />
omar Andres Carmona Cortes<br />
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (jan/1997), mestrado em Ciências da Computação e<br />
Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (1999) e<br />
doutorado em Ciências da Computação e Matemática Computacional<br />
pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor doutor<br />
do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Maranhão<br />
(IFMA). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase<br />
em Computação Paralela Distribuída, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: computação móvel, algoritmos evolutivos, lógica nebulosa<br />
e informática na educação.<br />
Sumário<br />
283 / 415
Yrla Nívea oliveira pereira<br />
Pesquisadores<br />
do iFMa<br />
É Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RE-<br />
NORBIO). Possui Mestrado em Saúde e Ambiente (Universidade Federal<br />
do Maranhão - 2004) e Graduação em Ciências Habilitação em Biologia<br />
(Universidade Estadual do Maranhão - 2000). É professora do Instituto<br />
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Departamento<br />
de Biologia). Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase<br />
em Entomologia de insetos vetores de doenças tropicais, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Maranhão, Anofelinos e Malária, Aedes<br />
e Dengue, Leishmaniose e Lutzomyia, Produtos naturais.<br />
Sumário<br />
284 / 415
Adriana maria de Souza Zierer<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade<br />
Federal Fluminense (2004). Atualmente é Professor Adjunto III da<br />
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Professora Colaboradora<br />
do Mestrado em História Social (UFMA). Tem experiência na área<br />
de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Idade Média, Portugal, Ramon Llul,<br />
imaginário medieval, cavalaria, mulher medieval, viagens imaginárias<br />
e rei Artur. Desde 2005 coordena bianualmente os Encontros Internacionais<br />
de História Antiga e Medieval do Maranhão na UEMA. Participa<br />
de vários periódicos como as revistas Brathair, Mirabilia, Outros Tempos,<br />
Opsis e Angelus Novus. (História)<br />
Alan Kardec gomes pacheco Filho<br />
Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense<br />
(2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase<br />
em História do centro sul maranhense, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: Sertão, Sul do Maranhão, navegação fluvial, história<br />
oral, Maranhão Republicano. (História)<br />
Alana lislea de Sousa<br />
Possui doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres<br />
pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade<br />
de São Paulo (1998). Atualmente é avaliador do Instituto Nacional de<br />
Estudos e Pesquisas Educacionais e Professor Adjunto IV da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, nas disciplinas de Anatomia. Tem expe-<br />
Sumário<br />
285 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
riência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em morfofisiologia<br />
veterinária de animais domésticos e silvestres, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: morfofisiologia reprodutiva de kinosternon scorpioides<br />
(jurará ou muçuã). Presidente do Comitê de Ética e Experimentação<br />
Animal do Curso de Medicina Veterinária da UEMA. Docente<br />
permanente do mestrado em Ciência Animal da UEMA. Presidente da<br />
Sociedade de Medicina Veterinária do Maranhão. Conselheira Efetiva<br />
do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão. Presidente<br />
da Comissão de Ética do CRMV-MA e Membro da Comissão de Ensino<br />
do CRMV-MA. (Veterinária)<br />
Alex oliveira de Souza<br />
Doutor em Planejamento do Espaço e Urbanismo pela Universidade<br />
Paris Est (2009). Atualmente é Chefe do Departamento de Arquitetura<br />
e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Técnicas<br />
de Análise e Avaliação Urbana e Regional, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: São Luís, espaços públicos, criação urbana e conservação<br />
integrada. (Arquitetura)<br />
Algemira de macedo mendes<br />
Possui doutorado sanduiche em Coimbra-PT (2005). Doutorado em Letras<br />
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006).<br />
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Feminina,<br />
História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
literatura brasileira, literatura piauiense, literatura e ensino. (Letras)<br />
Sumário<br />
286 / 415
Ana Clara gomes dos Santos<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária)<br />
pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 1999). Professora<br />
de Pós-Graduação em Ciência Animal (UEMA). Atualmente Bolsista<br />
de Fixação de Doutor, Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Parasitologia Veterinária, com ênfase em Entomologia,<br />
Acarologia e Helmintologia de animais de produção e companhia,<br />
e pesquisa com plantas para aplicação de remédios no controle<br />
de parasitoses de animais de produção. Consultora ad hoc aos projetos<br />
de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />
Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA). (Veterinária)<br />
Ana Lívia Bomfim Vieira<br />
Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio<br />
de Janeiro (2005), tendo realizado doutorado Sanduíche pela Université<br />
de Liège, Bélgica. É professora de História Antiga na Universidade<br />
Estadual do Maranhão e é uma das coordenadoras do grupo de pesquisa<br />
em História Antiga e Medieval. Tem experiência na área de História,<br />
Arqueologia e Antropologia, com ênfase em Historia Antiga Grega.<br />
(História)<br />
Ana lúcia Abreu Silva<br />
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.<br />
Professora Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão; Doutora<br />
em Ciências, área de concentração de Patologia. Professora dos programas<br />
de Pós-Graduação: Mestrado em Ciência Animal e Doutorado<br />
Sumário<br />
287 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
em rede RENORBIO – Rede Nordeste de Biotecnologia. (Veterinária)<br />
Ana maria Silva de Araújo<br />
Possui doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade<br />
Federal Rural do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professora Assistente<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral<br />
de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: absorção<br />
e metabolismo de nitrogênio em plantas, mineralização de carbono e<br />
nitrogênio no solo, enzimas envolvidas no metabolismo de nitrogênio,<br />
nutrição de plantas, arroz. (Agronomia)<br />
Andrea Christina gomes de Azevedo Cutrim<br />
Possui Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de Pernambuco,<br />
com área de concentração em Oceanografia. Tem prestado consultoria<br />
em ambientes aquáticos e trabalhado em projetos de pesquisa<br />
como REVIZEE, PIATAM Mar e PIATAM Oceano. Atualmente é Professora<br />
Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
em Botânica, com ênfase em Taxonomia e Ecologia Vegetal e Oceanografia,<br />
atuando principalmente nas seguintes áreas: fitoplâncton<br />
marinho e estuarino, diatomáceas, estuários, manguezais e educação<br />
ambiental. É Coordenadora Geral do Programa Darcy Ribeiro - programa<br />
de formação docente, priorizando as Ciências, em todo o estado do<br />
Maranhão. (Biologia)<br />
Sumário<br />
288 / 415
Andréa de Araújo<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Tem experiência<br />
na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
Maranhão, educação ambiental, fito plâncton, unidade de conservação<br />
e sensibilização ambiental. (Biologia)<br />
Antônia Alice Costa Rodrigues<br />
Possui doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de<br />
Pernambuco (2003). Atualmente é Professor Adjunto II. Tem experiência<br />
na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: fusarium oxysporum, mecanismos de<br />
defesa, indução de resistência. (Agronomia)<br />
Antônia Santos oliveira<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências<br />
Agrárias e Veterinária (2010). Atualmente é Professora Adjunto I da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Fisiologia<br />
Animal, com ênfase em Metabolismo energético, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: animal silvestre, fisiologia digestiva e<br />
fisiologia metabólica.Veterinária<br />
Antônio Francisco Fernandes de vasconcelos<br />
Professor Adjunto II de Química da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Atuando nas seguintes pesquisas: análise térmica, armazenamento de<br />
misturas de biodiesel, cálculo quântico computacional, construção de<br />
dispositivos educacionais com sucata eletrônica e material alternati-<br />
Sumário<br />
289 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
vo, inovação tecnológica, síntese de biocombustíveis, caracterização de<br />
óleos vegetais e biodiesel, qualidade de mel de abelhas nativas e óleo<br />
de copaíba. Doutor em Química Orgânica (concluído na UFPB, 2009),<br />
atualmente coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica da UEMA e<br />
atua como tutor supervisor nos cursos de Graduação e Especialização<br />
na área de Administração Pública. Integra a equipe de elaboração de<br />
material didático do Programa Darcy Ribeiro. (Química)<br />
Antônio luiz Alencar miranda<br />
Possui mestrado em Letras, Semiologia, pela Universidade Federal do<br />
Rio de Janeiro (2001). Tem experiência na área de Lingüística e Letras,<br />
com ênfase em leitura, discurso, identidade, sujeito, letramento, prática<br />
discursiva e análise linguística, com disciplinas de Semiótica do<br />
Texto, Prática Interdisciplinar de Leitura e Escrita, Sintaxe, Semântica,<br />
Fonética/Fonologia na Graduação e Análise do Discurso, Semiótica e<br />
Aquisição da Linguagem, na Pós-Graduação. Orienta duas alunas de<br />
iniciação científica em Sociolinguística e Análise do Discurso, estudando<br />
atitudes, crenças, variação, mudança, discurso pedagógico, identidade<br />
e ideologia. Atualmente cursa doutorado em Linguística, pela<br />
UFRJ. (Letras)<br />
Ariadne Enes Rocha<br />
Possui doutorado em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(2011), com área de concentração em Ecologia e Meio Ambiente. Atualmente<br />
é Professora Assistente II do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade<br />
do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia<br />
Florestal, com ênfase em Silvicultura, atuando principalmente nos<br />
Sumário<br />
290 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
seguintes temas: agricultura familiar, mata ciliar, educação ambiental,<br />
composição florística, fitossociologia, ciclagem de nutrientes, indicadores<br />
de qualidade do ambiente, recuperação de áreas degradadas e produção<br />
de mudas de espécies florestais nativas. (Agronomia)<br />
Carlos Augusto Silva de Azevedo<br />
Possui Doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) no Instituto<br />
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2009). Professor Adjunto I da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência em Entomologia,<br />
com ênfase em Ordem Megaloptera, atuando principalmente com estudos<br />
de Taxonomia, Biologia e Ecologia dessa ordem. (Biologia)<br />
Christian Jacques henri delon<br />
Possui doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação, Université<br />
Paul Verlaine-Metz (2007). Atualmente é Professor Titular, visitante<br />
estrangeiro, da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Ciência da Informação e da Comunicação, com ênfase<br />
na democratização da comunicação e as mídias livres e/ou comunitárias.<br />
Colabora como pesquisador associado no Centro de Pesquisa<br />
sobre as Mediações (Centre de Recherche sur les Médiations-CREM/<br />
CNRS França). É jornalista desde 1990 e fotógrafo. (Ciências Sociais)<br />
Christoph gehring<br />
Possui doutorado em Agronomia pela Universität Bonn (2003). Desde<br />
2004 é Professor/Pesquisador no Curso de Mestrado em Agroecologia<br />
da Universidade Estadual do Maranhão e Pesquisador Adjunto desde<br />
Sumário<br />
291 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
junho de 2011. Tem experiência nas áreas de Agronomia e Ecologia,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: rizipiscicultura na Baixada<br />
Maranhense; efeitos ecológicos e agronômicos da palmeira de babaçu;<br />
carbono preto em áreas frequentemente queimadas; potencial do<br />
carvão fino na olericultura; produção de mudas e arroz irrigado; emissão<br />
de gases efeito estufa; mapeamento e recuperação de mata ciliar;<br />
comparação de sistemas de uso/manejo da terra e indicadores ecológicos.<br />
(Agronomia)<br />
Cícero Costa quarto<br />
Professor Assistente II do curso de Engenharia da Computação da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Obteve o mestrado em Engenharia<br />
de Eletricidade, na área de Concentração Ciência da Computação, pela<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tópicos de pesquisa: Sistemas Colaborativos,<br />
Aprendizagem Colaborativa, Engenharia de Groupware e<br />
Educação a Distância. (Engenharia da Computação)<br />
Cláudia maria magalhães motta<br />
Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2008).<br />
(Letras)<br />
Claúdio Eduardo de Castro<br />
Possui mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina<br />
(2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />
Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: educa-<br />
Sumário<br />
292 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
ção ambiental, ecoturismo, manejo de unidades de conservação, educação<br />
e desenvolvimento e meio ambiente. (Geografia)<br />
Claudio luís Nina gomes<br />
Em 2004, iniciou carreira de Professor do Departamento de Clínicas<br />
Veterinárias (DCV) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEMA,<br />
onde leciona a disciplina de Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos.<br />
Em 2005, concluiu mestrado no curso de pós-graduação em Ciências<br />
da Saúde na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na área de<br />
Imunofisiologia. Em 2006, iniciou doutorado no Programa de Pós-Graduação<br />
em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa<br />
(UFV), em Viçosa-MG, na área de Clínica e Cirurgia Veterinária, obtendo,<br />
em 2010, o título de Doctor Scientiae em Medicina Veterinária.<br />
(Veterinária)<br />
Cynthia Carvalho martins<br />
Possui doutorado em antropologia social pela Universidade Federal Fluminense<br />
(UFF). Atualmente é Professora da UEMA e Coordenadora do<br />
curso de especialização intitulado Sociologia das Interpretações do Maranhão:<br />
povos e comunidades tradicionais, desenvolvimento sustentável<br />
e grupos étnicos. Tem experiência em pesquisa de campo na área<br />
de Antropologia-Sociologia, com ênfase em antropologia dos grupos étnicos<br />
e movimentos sociais, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
movimentos sociais; territorialidade; metodologia da pesquisa em<br />
Ciências Sociais. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da<br />
Amazônia (PNCSA) e Grupo de Estudos Sócio Econômicos da Amazônia<br />
(GESEA). (Ciências Sociais)<br />
Sumário<br />
293 / 415
daniel praseres Chaves<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Médico Veterinário e Doutor em Medicina Veterinária UNESP/Jaboticabal<br />
(2009). Docente na UEMA. Experiência em diagnóstico laboratorial<br />
de Doenças Infecciosas, Metabólicas e Tóxicas dos animais. Membro<br />
efetivo das comissões de ensino e de ética do CRMV-MA; membro da câmara<br />
setorial para o desenvolvimento da cadeia produtiva de caprinos<br />
e ovinos da Secretaria de Agricultura do Estado do Maranhão. Docente<br />
do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal; Coordenador<br />
do Curso Técnico em Alimentos; Diretor do Núcleo de Biotecnologia do<br />
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Maranhão;<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório de Bioprodutos Ltda.<br />
(Veterinária)<br />
débora martins Silva Santos<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal-SP, 2010). Atualmente<br />
é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Histologia e<br />
Medicina Veterinária Preventiva. (Biologia)<br />
deline maria Fonseca Assunção<br />
Possui mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará<br />
(2004). Atualmente é Professora Assistente IV da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase<br />
em Análise do Discurso e Linguística Textual. Doutoranda em Linguística<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Letras)<br />
Sumário<br />
294 / 415
diógenes buenos Aires de Carvalho<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do<br />
Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, Chefe do Departamento de Letras-<br />
-CESC/UEMA, e Líder do grupo de pesquisa Literatura, Leitura e Ensino<br />
(CNPq/UEMA). Professor Convidado do Mestrado em Letras da<br />
UFPI. Membro do Comitê Institucional de Pesquisa da UEMA. Membro<br />
do Conselho Editorial dos periódicos Cadernos de Aplicação/UFRGS,<br />
Pesquisa em Foco/UEMA e Signos/UNIVATES. Membro do GT Leitura<br />
e Literatura infantil e juvenil da ANPOLL. Pesquisador Associado da<br />
RELER/Cátedra Unesco de Leitura PUCRio. Tem experiência na área<br />
de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: estética da recepção, literatura infantil e juvenil, leitura<br />
literária, formação do leitor, ensino de literatura e história da literatura.<br />
(Letras)<br />
Eduardo Aurélio barros Aguiar<br />
Possui Doutorado em Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas) pela<br />
Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é Professor Adjunto da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
Civil, com ênfase em Estruturas, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: ligações viga-pilar, concreto pre-moldado, concreto<br />
armado, concreto protendido, análise estrutural. (Engenharia Civil)<br />
Elizabeth Nunes Fernandes<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1995), mestrado em Química Analítica pela Universidade<br />
Sumário<br />
295 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Química Analítica pela<br />
Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é professor Adjunto<br />
da Universidade Estadual do Maranhão e técnico em laboratório<br />
da Universidade Federal do Maranhão, atuando junto ao Curso de<br />
Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Química, com<br />
ênfase em Análise em Fluxo e Eletroanalítica, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: multicomutação, espectrofotometria, quimiluminescência,<br />
reações enzimáticas, eletrodos quimicamente modificados.<br />
(Química)<br />
Elizabeth Sousa Abrantes<br />
Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense<br />
(2010). Atualmente é Professor Adjunto I do Departamento de História<br />
e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, Coordenadora do<br />
Grupo de Pesquisa Cultura e Sociedade Contemporânea e foi Diretora<br />
do Núcleo Regional da Associação Nacional de História (ANPUH-MA)<br />
no período de 2003 a 2005. Tem experiência na área de História, com<br />
ênfase em História do Brasil e do Maranhão, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: gênero, mulher, dote e educação, nos séculos XIX<br />
e XX. (História)<br />
Elizete Santos Abreu<br />
Possui mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos<br />
Sinos (2009). Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: infância, brinquedo, gênero, étnico/racial e formação de professores.<br />
Sócia fundadora da Sociedade Negra Quilombola de Caxias/<br />
Sumário<br />
296 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
MA; atualmente é diretora do Centro de Estudos Superiores de Coelho<br />
Neto-CESCN/UEMA. (Educação)<br />
Elmary da Costa Fraga<br />
Possui doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade<br />
Federal do Pará (2005). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade<br />
Estadual do Maranhão e Diretor do Curso de Ciências do Centro<br />
de Estudos Superiores de Caxias (UEMA). Tem experiência na área de<br />
Genética, com ênfase em Genética de Populações e Sistemática Molecular,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: sequenciamento<br />
de genes mitocondriais e nuclear, sistemática molecular de peixes e<br />
genética de populações de insetos. (Biologia)<br />
Emanoel gomes de moura<br />
Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq. Possui doutorado<br />
em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista<br />
Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é Professor Adjunto III<br />
da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Professor do Curso de<br />
Doutorado da Rede Bionorte; Professor do Programa de Pós- Graduação<br />
em Agroecologia da UEMA e do Programa de Pós-Graduação em Ciência<br />
Animal CCAA-UFMA. Atua como pesquisador na área de avaliação<br />
e melhoria dos indicadores de qualidade dos solos, com ênfase no<br />
aumento da disponibilidade e da eficiência do uso de nutrientes para o<br />
manejo sustentável dos agrossistemas tropicais. Coordena vários projetos<br />
de implantação e avaliação de agrossistemas que objetivam conceber<br />
alternativa para o manejo agroecológico de sistemas de produção<br />
familiar do trópico úmido. (Agronomia)<br />
Sumário<br />
297 / 415
Érico peixoto Araújo<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui mestrado em Engenharia na área de Controle de Processos e Manufaturas<br />
pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente<br />
é Professor Assistente VI da Universidade Estadual do Maranhão. Atua<br />
em pesquisas historiográficas sobre obras públicas e desenvolvimento<br />
das cidades, e, também, pesquisas na área da informática que envolvam<br />
a tecnologia BIM (Building Information Modeling) no processo de<br />
concepção de projetos. (Arquitetura)<br />
Ester Azevedo da Silva<br />
Possui doutorado em Agronomia/Entomologia pela Universidade Federal<br />
de Lavras. Atualmente leciona e pesquisa (Área: Acarologia) na<br />
Universidade Estadual do Maranhão. (Agronomia)<br />
Fabíola de Jesus Soares Santana<br />
Possui mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professora Assistente<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, língua<br />
e escrita. (Letras)<br />
Fabíola de oliveira Aguiar<br />
Arquiteta e Urbanista pela Universidade Estadual do Maranhão (1998)<br />
e mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos<br />
(2003). A partir de 2003 é Professora do Curso de Arquitetura e<br />
Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (onde, atualmente,<br />
está enquadrada na categoria de Professor Adjunto I). É doutora em<br />
Sumário<br />
298 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Engenharia de Transportes ( 2010) pela Escola de Engenharia de São<br />
Carlos, Universidade de São Paulo (EESC/USP). Realizou estágio no<br />
exterior, na Universidade do Minho, em Braga/Portugal (outubro 2008<br />
a fevereiro 2009), como parte do programa de Doutorado. Tem experiência<br />
na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em conforto<br />
ambiental e planejamento urbano e de transportes, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: avaliação de circulação, transporte público,<br />
mobilidade de pedestres, mobilidade urbana e acessibilidade. Está<br />
no cargo de Diretora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade<br />
Estadual do Maranhão desde janeiro de 2010. (Arquitetura)<br />
Fabrício de oliveira Reis<br />
Possui doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do<br />
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2003-2007). Atuou como pesquisador<br />
com Bolsa de Pós-Doutorado na Universidade Federal do Espírito Santo<br />
(2007-2009). Atualmente é Professor Adjunto de Fisiologia Vegetal<br />
na Universidade Estadual do Maranhão e Coordenador do Programa<br />
de Pós-Graduação em Agroecologia. Tem experiência na área de Fisiologia<br />
Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: mamão,<br />
eucalipto, maracujá e milho, trocas gasosas, fluxo de seiva, eficiência<br />
fotoquímica, estresses abióticos e fisiologia pós-colheita. (Agronomia)<br />
Ferdinan Almeida melo<br />
Doutor em Patologia na área de Patologia Geral pela Universidade Federal<br />
de Minas Gerais-UFMG (2008). Atualmente é Professor Adjunto<br />
do Curso de Medicina Veterinária/Departamento de Patologia e Professor<br />
do Mestrado em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do<br />
Maranhão (UEMA), onde é responsável pela disciplina de Doenças In-<br />
Sumário<br />
299 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
fecciosas. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, Anatomia<br />
Patológica Animal, Patologia Geral, Doenças Infecciosas e Parasitárias.<br />
(Veterinária)<br />
Francisca helena muniz<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). É Professor<br />
Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Atua como consultor<br />
ad hoc nas revistas Pesquisa em Foco e Árvore, e na FAPEMA.<br />
Ensina e orienta na graduação, especialização e mestrado nas áreas de<br />
Ecologia, com ênfase em Estrutura e Dinâmica de Ecossistemas Terrestres<br />
e Educação Ambiental formal e não formal. (Biologia)<br />
Francisca Neide Costa<br />
possui doutorado em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal, 2002). Atualmente<br />
é docente Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão/<br />
UEMA, responsável pelas disciplinas Ornitopatologia e Microbiologia<br />
de Produtos de Origem Animal, no curso de graduação em Medicina<br />
Veterinária e docente e orientadora do programa de mestrado em Medicina<br />
Veterinária, onde é responsável pelas disciplinas Epidemiologia<br />
e Controle das Enfermidades Veiculadas por Alimentos e Planejamento<br />
e Administração Sanitária. Atua na linha de pesquisa: Microbiologia e<br />
controle de qualidade dos alimentos de origem animal, com ênfase em<br />
Microrganismos indicadores (coliformes, bolores e leveduras, mesófilos<br />
e pscrotróficos), Salmonella, E.coli. Listeria, Sthaphylococcus e Aeromonas.<br />
(Veterinária)<br />
Sumário<br />
300 / 415
Francisco José Araújo<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita<br />
Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual<br />
do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando<br />
com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência,<br />
responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras<br />
rurais. (Ciências Sociais)<br />
Francisco José Araújo<br />
Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita<br />
Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual<br />
do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando<br />
com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência,<br />
responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras<br />
rurais. (Educação)<br />
Francisco laurindo da Silva<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade<br />
Federal de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de<br />
Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: multiplicação intracelular, infecção, hospedeiro,<br />
fatores de virulência, paracoccidioides brasiliensis, virulência, e penicilliumsp,<br />
infecção, adesão. (Saúde)<br />
Sumário<br />
301 / 415
Francisco limeira de oliveira<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto<br />
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2003). Atualmente é Professor Adjunto<br />
II da Universidade Estadual do Maranhão, Revisor de periódico<br />
da Acta Amazônica (Impresso) e da Revista Brasileira de Biociências<br />
(Impresso). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Taxonomia<br />
dos Grupos Recentes. Atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: insecta, diptera, tabanidae, mutuca, inseto praga e Maranhão.<br />
(Biologia)<br />
Francismar Rodrigues de Sousa<br />
Possui mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade<br />
Federal de Minas Gerais (1982). Atualmente é Professor Assistente<br />
da Universidade Federal do Maranhão e Professor Assistente da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em tratamentos térmicos<br />
dos aços, propriedades mecânicas dos metais e ligas, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: ensaios e seleção dos materiais,<br />
tratamentos térmicos dos aços, proteção anticorrosiva, gestão em segurança<br />
no trabalho, estatística descritiva, estação de trabalho e pintura<br />
industrial. (Engenharia Mecânica)<br />
gilson Soares da Silva<br />
Possui doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal<br />
de Viçosa (1988). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade<br />
Estadual do Maranhão e membro de corpo editorial da Summa<br />
Phytopathologica (Impresso). Tem experiência na área de Agronomia,<br />
Sumário<br />
302 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
com ênfase em Fitossanidade. Atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: crotalaria, nematoides, controle. (Agronomia)<br />
gonçalo mendes da Conceição<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ensino Superior<br />
do Piauí (1992), Graduação em Ciências pela Universidade Estadual<br />
Vale do Acaraú (1984), Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade<br />
Federal de Pernambuco (2000) e Doutorado em Zootecnia pela<br />
UNESP/Jaboticabal (2012). Atualmente é Técnico de Nível Superior da<br />
Universidade Estadual do Piaui, lotado na Pro-Reitoria dos Cursos Sequencias,<br />
onde exerceu o cargo de Chefe de Coordenação dos Cursos<br />
Sequencias do Interior do Estado do Piaui. É Professor Assistente II<br />
da Universidade Estadual do Maranhão, lotado no Centro de Estudos<br />
Superiores de Caxias (CESC/UEMA). Foi Diretor do Curso de Ciências<br />
do CESC/UEMA, no Estado do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Biologia Geral, com ênfase em Botânica, Ecologia, Educação Ambiental,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Florísticos,<br />
Vegetação de Cerrado, Estudos Fitossociologicos. Desenvolve levantanetos<br />
florísticos com Pteridófitas, Briófitas, Fragmentação do Cerrado,<br />
Levantamento de Myrtaceae, Convolvulaceae, Bryofitas, Melastomataceae,<br />
Cypraceae, Etnobotanica, Forrageira Nativa do Cerrado, etc..<br />
(Biologia)<br />
Grete Soares Pflueger<br />
Doutora em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ. Mestre em Desenvolvimento<br />
Urbano pelo MDU-UFPE. Professora Adjunta do curso de Arquitetura<br />
e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão, onde foi<br />
diretora de curso de arquitetura (2002-04) e Pró-reitora de extensão<br />
Sumário<br />
303 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
(2007-2010) e assessora. Pesquisadora da UEMA e FAPEMA, com ênfase<br />
nos seguintes temas: patrimônio histórico, arquitetura moderna,<br />
planejamento urbano, formação das cidades (São Luís e Alcântara ).<br />
Consultora Fapema, FINEP, PROEX e membro do IAB-MA e CREA-MA.<br />
(Arquitetura)<br />
guillaume Xavier Rousseau<br />
Possui doutorado em Biologia Vegetal pela Universite Laval (2005). Tem<br />
experiência na área de Biologia do Solo, com ênfase em indicadores da<br />
saúde do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: macrofauna,<br />
microbiologia, indicadores, sistemas agroflorestais, Amazônia,<br />
América Central. (Agronomia)<br />
hamilton pereira Santos<br />
Possui doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural<br />
de Pernambuco. Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em<br />
Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Leucose Enzoótica Bovina, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose,<br />
Diarréia Viral Bovina, Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Doenças<br />
Infecciosas da Reprodução de Ruminantes. (Veterinária)<br />
helciane de Fátima Abreu Araújo<br />
Possui doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará<br />
(2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em So-<br />
Sumário<br />
304 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
ciologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos<br />
sociais, babaçu, mulheres, educação e política. (Letras)<br />
helder moraes pereira<br />
Possui Doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres<br />
pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Adjunto<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área<br />
de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: Clínica Médica e Cirúrgica de Ruminantes<br />
Domésticos e Morfologia do fígado.(Veterinária)<br />
helidacy maria muniz Corrêa<br />
Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense<br />
(2011). É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
História, especificamente em Historia do Brasil e Maranhão Colonial.<br />
Orienta pesquisas relacionadas às práticas políticas dos moradores do<br />
Estado do Maranhão e Grão-Pará no mundo luso-imperial, durante os<br />
séculos XVII e primeira metade do século XVIII. É líder do Núcleo de<br />
Documentação e Pesquisa sobre Maranhão e Grão-Pará e suas relações<br />
no mundo ibérico - MAREGRAM. Participa de projeto de pesquisa interinstitucional<br />
entre a UFRJ e EHESS. (História)<br />
hermeneilce Wasti Aires pereira Cunha<br />
Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />
(2003). Atualmente é Professora da Universidade Estadual do<br />
Sumário<br />
305 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />
Urbana. Faz Doutoramento pela UNESP (Presidente Prudente).<br />
Projeto de pesquisa contempla a acessibilidade da pessoa com deficiência<br />
na capital maranhense. (Geografia)<br />
Ilka márcia Ribeiro de Souza Serra<br />
Possui Doutorado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco<br />
(2003) e Doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural<br />
de Pernambuco (2006). Professora Assistente I de Microbiologia do Departamento<br />
de Química e Biologia (UEMA). Tem experiência na área de<br />
Agronomia e Biologia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: taxonomia e fisiologia de fungos, indução<br />
de resistência, doenças em flores tropicais e fruteiras tropicais e microbiologia<br />
geral. (Biologia)<br />
Ivaneide de oliveira Nascimento<br />
Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />
(2009). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em<br />
Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: medicina<br />
alternativa, etnobotânica, princípios anti-impacto ambiental,<br />
botânica e meio ambiente. (Agronomia)<br />
Ivanildo Silva Abreu<br />
Possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />
Pará (2008). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em análi-<br />
Sumário<br />
306 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
se numérica, pesquisa operacional, sistemas inteligentes e técnicas de<br />
otimização para sistemas dinâmicos multivariáveis.<br />
(Engenharia da Computação)<br />
Jailson de macedo Sousa<br />
Possui mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Sócioambientais<br />
da Universidade Federal de Goiás (2005). Atualmente é Professor<br />
Assistente I do Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual<br />
do Maranhão-UEMA/CESI e do Centro de Ensino Médio Graça Aranha.<br />
Está vinculado ao Instituto de Geografia da Univesidade Federal<br />
de Uberlândia-IG/UFU (Programa de Pós-graduação em Geografia), desenvolvendo<br />
tese de doutoramento. Tem experiência na área de Geografia,<br />
com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: cidade e região; cidades médias; planejamento urbano<br />
e regional na Amazônia; educação geográfica e ensino de Geografia.<br />
(Geografia)<br />
João Coelho Silva Filho<br />
Doutor em Engenharia Elétrica/Telemática pela UNICAMP (2008). É<br />
professor do DEMATI-UEMA, onde é docente dos cursos de Matemática,<br />
Fisica e Engenharia e do Mestrado em Engenharia da Computação.<br />
Possui experiência em Matemática pura e aplicada nas áreas de Teoria<br />
dos Números, Álgebra, Teoria da Codificação e Educação Matemática.<br />
(Matemática)<br />
Sumário<br />
307 / 415
Joaquim teixeira lopes<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />
de Campinas (2004), Doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />
Federal de Uberlândia/MG. Atualmente é professor C3 do<br />
Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e Professor Adjunto<br />
IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Física e Engenharia Mecânica, com ênfase nos seguintes temas:<br />
física clássica, física moderna, coletor solar, energia alternativa,<br />
energia solar, laboratório de física e fogão solar. (Física)<br />
Joel manoel Alves Filho<br />
Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal<br />
de Santa Catarina (2002). Atualmente é Professor Adjunto da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
de Produção, com ênfase em Controle de Ruído e Vibração no<br />
Ambiente de Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
ruído industrial, comunitário e urbano. (Engenharia Mecânica)<br />
Jorge diniz de oliveira<br />
Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio<br />
de Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor Ajunto II da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química,<br />
com ênfase em Química Analítica e Ambiental, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: poluição e contaminação de sistemas aquáticos,<br />
despejos urbano, metais potencialmente tóxicos, biodisponibilidade de<br />
metais, especiação de metais, saneamento básico. (Química)<br />
Sumário<br />
308 / 415
José Antonio R. de Carvalho<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa<br />
Catarina (2001). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase<br />
em Educação e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: religião afro-brasileira, gestão pública, espiritismo-Maranhão,<br />
discriminação, política cultural e gestão do patrimônio público.<br />
(Ciências Sociais)<br />
José Fábio França orlanda<br />
Possui doutorado em Química pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(2011). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão,<br />
Campus de Imperatriz, e Coordenador do Laboratório de Biotecnologia<br />
Ambiental (LABITEC). Tem experiência na área de Química, com ênfase<br />
em Química Analítica e Microbiologia Ambiental. (Química)<br />
José haroldo bandeira Sousa<br />
Possui mestrado em Ciência da Literatura (Teoria Literária) pela Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professor<br />
Titular - Unidade de Ensino Fundamental e Médio Barjonas Lobão - e<br />
Professor Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, ensino de<br />
línguas e linguística. (Letras)<br />
Sumário<br />
309 / 415
José henrique de paula borralho<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (2009). É Professor<br />
Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: identidade, intelectuais, tradição,<br />
historiografia, polítca-literatura, literatura e história, história e cinema,<br />
teorias da História. É Professor do quadro permanente do Programa<br />
de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócio-Espacial e Regional<br />
da UEMA, Coordenador Operacional do Doutorado Inter institucional<br />
(DINTER) Novas Fronteiras em Ciências da Literatura entre a UFRJ e a<br />
UEMA. É Coordenador Geral da Revista Outros Tempos, Vice-Coordenador<br />
do NEMO (Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista). É<br />
autor das obras: Uma Athenas Equinocial: a literatura e a fundação de<br />
um Maranhão no império brasileiro (2010); Terra e Céu de Nostalgia:<br />
Tradição e identidade em São Luís do Maranhão. (História)<br />
José Ribamar da Silva Júnior<br />
Doutor em Medicina Veterinária com área de concentração em, Clínica<br />
Veterinária. É Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase<br />
em Anestesiologia Veterinária, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Anestesia Inalatória com Ventilação Controlada, Dor, Técnicas<br />
de NLA. (Veterinária)<br />
Sumário<br />
310 / 415
José Ribamar gusmão Araujo<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é Professor<br />
Adjunto do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com<br />
ênfase em Fruticultura, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
manejo cultural de plantas frutíferas, porta-enxertos, prospecção e domesticação<br />
de fruteiras nativas, propagação e produção de mudas frutíferas<br />
e sistemas agroecológicos de produção vegetal com ênfase para<br />
os componentes perenes. Atualmente, desenvolve projeto de inovações<br />
tecnológicas na cultura do abacaxi Turiaçu, nativo do Maranhão, e realiza<br />
pesquisa com manejo agroecológico de açaizeiros nativos do município<br />
de Alcântara e Pré-Amazônia Maranhense. (Agronomia)<br />
José Sampaio de mattos Junior<br />
Possui Doutorado em Geografia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia-FCT/UNESP,<br />
Campus de Presidente Prudente/SP. É Professor Adjunto<br />
do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual<br />
do Maranhão, trabalhando com as disciplinas Geografia Agrária e<br />
Geografia Regional no Curso de Graduação em Geografia. Professor e<br />
Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento<br />
Socioespacial e Regional, nível de Mestrado, da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. É coordenador do Grupo de Estudos de Dinâmica Territorial.<br />
Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />
Agrária, Epistemologia da Geografia e Geografia Regional e trabalha<br />
nas linhas de pesquisas Região, Territorialidades e Movimentos Sociais<br />
e Políticas Públicas, Dinâmica Regional e Desenvolvimento Territorial.<br />
(Geografia)<br />
Sumário<br />
311 / 415
Joseane maia Santos Silva<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (2010). É<br />
Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e da rede pública<br />
estadual de ensino. Coordena o Comitê do PROLER, desde 1998,<br />
em Caxias-MA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura<br />
Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura,<br />
literatura infanto-juvenil, literatura infantil, formação de leitores e<br />
poesia. (Letras)<br />
Joseneide teixeira Câmara<br />
Possui mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí<br />
(UFPI), Doutoranda de Medicina Tropical (UFG). Atualmente é Professora<br />
Assistente dos Cursos de Enfermagem e Medicina da Universidade<br />
Estadual do Maranhão (UEMA), Coordenadora Municipal do Controle<br />
de Infecções de Serviços Assistência à Saúde e Núcleo de Epidemiologia<br />
Hospitalar da Prefeitura de Caxias. Tem experiência na área de Enfermagem,<br />
com ênfase em Atenção Básica à Saúde e Vigilância Epidemiológica<br />
dos Serviços de Saúde, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: ações de enfermagem, educação em saúde, enfermagem na saúde<br />
da família, avaliação de serviços de saúde e vigilância epidemiológica<br />
das infecções dos serviços de saúde. (Saúde)<br />
Júlia Constança pereira Camelo<br />
Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do<br />
Pará (2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual<br />
do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura<br />
popular, bumba meu boi, sociedade, literatura, ensino, pesquisa, coca-<br />
Sumário<br />
312 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
nha, apropriação, cultura popular e infância, trabalho, código.<br />
(História)<br />
leônidas Antônio Chow Castillo<br />
Possui mestrado em Master of Dairy Science pela University of Florida<br />
(1972). Professor Assistente I da Universidade Estadual do Maranhão<br />
e Diretor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com<br />
ênfase em Reprodução Animal. Atua principalmente nos seguintes temas:<br />
ciclo estral, sincronização, função endócrina, manejo reprodutivo.(Veterinária)<br />
lúcia maria Coelho Alves<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Adjunto<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Medicina Veterinária, com ênfase em Inspeção de Produtos de Origem<br />
Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: água de usos<br />
múltiplos, contaminação, saúde, poluição ambiental.(Veterinária)<br />
manoel de oliveira dantas<br />
Possui doutorado em Fisiologia Médica pela Universidade de Córdoba,<br />
Espanha (1992). Atualmente é Professor Adjunto concursado pela Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />
Veterinária, com ênfase em Eletrocardiografia Animal, atuando princi-<br />
Sumário<br />
313 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
palmente nas áreas de fisiologia hemática, bioquímica sanguínea e clínica<br />
médica. Foi professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde<br />
da UFCG, antiga UFPB, lecionando os segmentos de Fisiologia Hemática<br />
e Gênese do Eletrocardiograma. Foi nomeado por quatro anos Professor<br />
Colaborador de Honra do Departamento de Biologia Animal da<br />
Universidade de Córdoba, Espanha. (Veterinária)<br />
marcelo Cheche galves<br />
Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense<br />
(2010). Atualmente é Professor do Departamento de História e Geografia<br />
da Universidade Estadual do Maranhão, e Professor vinculado ao<br />
Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Socioespecial e Regional<br />
da mesma Universidade. Atua nas áreas de História da América e<br />
História do Maranhão, nos oitocentos. Orienta pesquisas sobre história<br />
política, com ênfase na circulação de ideias e de impressos. É Coordenador<br />
do Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista (NEMO)<br />
e Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Oitocentos (UFF).<br />
(História)<br />
márcia tereza Campos marques<br />
Possui doutorado em Urbanismo pela Universidade Federal do Estado<br />
do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Atua principalmente nas seguintes áreas:<br />
arquitetura e patrimônio histórico. (Arquitetura)<br />
Sumário<br />
314 / 415
maria Célia pires Costa<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(1988). Diretora da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso<br />
Ciência (SP, 2004-2007), Diretora Científica da FAPEMA - Fundação<br />
de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão, de 1991-1993, Secretária<br />
de Educação de São Luís, de 1997-1998. É Professora Adjunto<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência nas áreas de<br />
Polímeros, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Formação de Estruturas<br />
Dissipativas e Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: mel, geoprópolis e propólis, colágeno, auto-organização,<br />
babaçu, adsorção, pedra preta da África (carvão animal) e ensino de<br />
química. (Química)<br />
maria Claudene barros<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Pará (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual<br />
do Maranhão no Centro de Estudos Superiores de Caxias. Tem experiência<br />
na área de Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: sistemática molecular animal, filogenia<br />
animal, genética de população. Desempenha projeto relacionado<br />
com tucunarés, aedes aegypti e bacia do rio Itapecuru. (Biologia)<br />
maria Cristiane pestana Chaves miranda<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica<br />
Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-FCAV-Jaboticabal,<br />
2010). Atualmente é professora Adjunto I da Universidade Estadual<br />
do Maranhão (UEMA). (Veterinária)<br />
Sumário<br />
315 / 415
maria de Fátima Salgado<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui Doutorado em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (2009).<br />
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Física, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: oxidação em altas temperaturas, teatro científico.<br />
(Física)<br />
maria do Socorro Costa oliveira braga<br />
Possui doutorado em Patologia Animal pela Universidade Estadual Paulista<br />
Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Titular da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />
Veterinária, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Mycoplasma sp, Felídeos, Neospora Caninum,<br />
Toxoplasma gondii.(Veterinária)<br />
maria goretti Cavalcante de Carvalho<br />
Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(2003). Atualmente é Professor Assistente I, dedicação exclusiva, do<br />
Departamento de Educação e Filosofia; Membro do Conselho de Centro<br />
de Educação, Ciências Exatas e Naturais da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa sobre disciplinas da<br />
licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa: saberes e<br />
práticas na formação docente-USP/UFMA. Tem experiência na área de<br />
Educação, com ênfase em Fundamentos Educacionais. Exerce o cargo<br />
de Gestora do Curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. (Educação)<br />
Sumário<br />
316 / 415
maria José Neló<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica<br />
de São Paulo (2011), Professor Adjunto em Linguística, Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Área de concentração de pesquisa: discurso<br />
e discursividade numa perspectiva de ensino-aprendizagem de língua<br />
materna e língua portuguesa, variante brasileira, para estrangeiros,<br />
bem como o tratamento sobre construção e produção do humor.<br />
(Letras)<br />
maria José pinheiro Corrêa<br />
Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente é Professora<br />
Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Morfologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
absorção de macronutrientes, gergelim. (Agronomia)<br />
maria José quaresma vale<br />
Possui mestrado em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do<br />
Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professor Assistente da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, regime parcial da Faculdade Atenas Maranhense<br />
e Professora da Secretaria de Estado da Educação, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, texto-fábula,<br />
coesão, literatura de cordel e leitura infantil. (Letras)<br />
maria José Rabelo Aroucha<br />
Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
317 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Atualmente é Professora do Departamento de Educação e Filosofia da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação,<br />
com ênfase em Didática, Psicologia da Educação e Metodologia<br />
do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atua principalmente<br />
nos seguintes temas: educação, ensino, aprendizagem, metodologia,<br />
inclusão e trabalho. (Educação)<br />
maria Rosângela malheiros Silva<br />
Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor<br />
Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: biologia e ecologia de plantas daninhas.<br />
(Agronomia)<br />
maria teresinha de medeiros Coelho<br />
Possui mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal<br />
de Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente I da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
Civil, com ênfase em Geotécnica, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: drenagem urbana, gestão urbana. (Engenharia Civil)<br />
maria tereza de Alencar<br />
Possui mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1999). Atualmente é Professora Assistente dos cursos de<br />
Sumário<br />
318 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Geografia da Universidade Estadual do Piauí e Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Doutora em Geografia pela UFS (2010). Tem experiência<br />
na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária e Regional,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: ruralidade, políticas públicas,<br />
território, semiárido, espaço rural e pesquisa. Professora Permanente<br />
do Mestrado em Geografia pela UFPI. Coordenadora do Subprojeto<br />
PIBD Geografia UESPI 2011-2013. (Geografia)<br />
mariângela Santana guimarães Santos<br />
Mestre em Educação pela UFPI. Tem experiência na área de Educação,<br />
com ênfase em Educação. Professora em faculdades privadas. A linha<br />
de pesquisa em que desenvolve projetos educacionais é Prática Pedagógica,<br />
Formação de Professores, Docência Superior e Avaliação Educacional.<br />
Desenvolve trabalhos de consultoria em instituições de ensino<br />
superior. (Educação)<br />
marluce Wall de Carvalho venâncio<br />
Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de<br />
Pernambuco (2002). Atualmente é Professora Assistente III da Universidade<br />
Estadual do Maranhão e doutoranda em Urbanismo no PROURB/<br />
FAU-UFRJ. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com<br />
ênfase em História da Cidade e do Urbanismo, História e Teoria da Arquitetura,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: conservação<br />
urbana, teorias do urbanismo, história da cidade e história do urbanismo.<br />
(Arquitetura)<br />
Sumário<br />
319 / 415
maura Célia Cunha e Silva<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui mestrado em Química pela Universidade Federal do Piauí (2006).<br />
Atualmente é professora da Universidade Estadual do Maranhão. (Química)<br />
mauro guterres barbosa<br />
Possui mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade<br />
Federal do Pará (2008). Atualmente é Professor Assistente II da<br />
Universidade Estadual do Maranhão, Professor de Matemática do Ensino<br />
Médio da Secretaria de Estado da Educação e Professor Colaborador<br />
II da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em<br />
Ensino-Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
educação matemática, formação de professores, ensino fundamental.<br />
(Matemática)<br />
milson Silva monteiro<br />
Possui mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (2002). Tem experiência na área de Ciência da Computação,<br />
com ênfase em teoria de grafos, algoritmos paralelos e distribuídos,<br />
inteligência artificial distribuída e complexidade de algoritmos.<br />
(Engenharia da Computação)<br />
paulo henrique Aragão Catunda<br />
É Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte<br />
Fluminense Darcy Ribeiro (2007). Tem experiência na área de Agrono-<br />
Sumário<br />
320 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
mia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: abacaxizeiro, aclimatização, brassinosteroides, substratos.<br />
(Biologia)<br />
Porfirio Candanedo Guerra<br />
Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é Pró-reitor de Pesquisa<br />
e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Radiologia<br />
de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: leptospirose,<br />
asinino, cão, radiologia e ultrassonografia. (Veterinária)<br />
Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta<br />
É Doutora em Biotecnologia, Mestre em Sustentabilidade de Ecossistemas,<br />
Graduada em Biologia e em Educação Artística/Artes Plásticas.<br />
Atualmente faz pós-doutorado em Modelagem de Sistemas Biológicos<br />
(biomarcadores) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).<br />
Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em estudos ecológicos<br />
de ambientes aquáticos, biomarcadores em peixes e educação ambiental.<br />
(Biologia)<br />
Raimunda Nonata Santos de lemos<br />
Possui doutorado em Agronomia (Proteção de Plantas) pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é<br />
Professora Adjunta IV do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade<br />
da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Sumário<br />
321 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Agronomia, com ênfase em Manejo Integrado de Pragas, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: controle biológico, controle alternativo<br />
de pragas e bioecologia - lagarta-do-cartucho, mosca-branca, mosca-<br />
-negra-dos-citros. (Agronomia)<br />
Ricardo de macedo Chaves<br />
Possui doutorado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal<br />
Rural de Pernambuco (2010). Atualmente é professor Adjunto I da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />
Veterinária, com ênfase em Fisiopatologia da Reprodução Animal, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: manejo reprodutivo, inseminação<br />
artificial e andrológico de bovinos, caprinos e ovinos.(Veterinária)<br />
Rita de maria Seabra Nogueira de Candanedo guerra<br />
Possui doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz<br />
(2002). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com<br />
ênfase em Acarologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
entomologia e acarologia, vetores transmissores de doenças. (Veterinária)<br />
Ronaldo dos Santos barbosa<br />
Possui mestrado em Geografia pelo Programa de Pesquisa e Pós-Graduação<br />
em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade<br />
Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia Física<br />
e Prática de Ensino em Geografia Física e Cartografia, com ênfase<br />
Sumário<br />
322 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
em Hidrogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia<br />
hidrográfica, impactos ambientais, educação ambiental e cartografia<br />
escolar. Professor Assistente I do Departamento de História e Geografia<br />
do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Professor Substituto do Curso Interdisciplinar em<br />
Ciências Humanas, Licenciatura, da Universidade Federal do Maranhão,<br />
Campus de Imperatriz. (Geografia)<br />
Rosirene martins lima<br />
Possui doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade<br />
Federal do Paraná (2007). Tem experiência na área de Geografia,<br />
com ênfase em cidade, urbanização e meio ambiente. Ciências Sociais<br />
Rossane Cardoso Carvalho<br />
Possui doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade<br />
de Brasília (2007). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas: ergonomia,<br />
gestão ambiental, gestão do uso da água, gestão de resíduos<br />
sólidos na indústria, desenvolvimento sustentável. Ocupa o cargo de<br />
Assistente do Centro de Ciências Tecnológicas da UEMA desde março<br />
de 2011. Atua na área de gestão ambiental em cursos de pós-graduação<br />
em São Luís/ MA. (Engenharia Mecânica)<br />
Rudson Almeida de oliveira<br />
O Professor Dr. Rudson Almeida de Oliveira tem experiência na área<br />
de Medicina Veterinária, com ênfase nos seguintes temas: Semiologia,<br />
Sumário<br />
323 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Clínica Médica de Animais Domésticos, Microbiologia e Imunologia Veterinária,<br />
Doenças Infecciosas e Parasitárias, Estatística Experimental<br />
e Metodologia Científica. (Veterinária)<br />
Sandra borges da Silva<br />
Possui doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal<br />
Rural do Rio de Janeiro (2006). Tem experiência na área de Medicina<br />
Veterinária, com ênfase em Doenças Parasitárias de Animais, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: imunologia de invertebrados,<br />
controle biológico e ecologia parasitária. Professora Auxiliar de Parasitologia<br />
Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA.<br />
(Veterinária)<br />
Solange Santana guimarães morais<br />
Possui mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de<br />
Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente II do Centro de<br />
Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura. (Letras)<br />
Sônia maria Nogueira<br />
Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica<br />
de São Paulo (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, no Centro de Estudos Superiores de<br />
Imperatriz/MA; Professor Titular - Complexo E. Ensino Caminho do<br />
Futuro; Parecerista de revistas científicas especializadas; Pesquisadora<br />
do Grupo de Pesquisa Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP)<br />
Sumário<br />
324 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
do IP-PUC/SP do Núcleo de Estudos em Línguas, Literaturas e Cinema<br />
(NELLCINE); Autora de artigos em anais nacionais e internacionais, revistas<br />
especializadas e capítulos de livros. Tem experiência na área de<br />
Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: língua portuguesa, historiografia lingüística, ensino e<br />
gramaticografia maranhense. (Letras)<br />
tereza Cristina mena barreto de Azevedo<br />
Atualmente é aluna do Doutorado em Linguística (UFRJ). Possui graduação<br />
em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1993), graduação em Licenciatura Plena em História<br />
pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e mestrado em Letras<br />
(Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
(2001). É Professora Titular do Centro Universitário do Maranhão, desenvolve<br />
serviços na Fundação Municipal de Cultura de São Luís, Professora<br />
Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e técnica<br />
em atividades culturais no Museu Histórico e Artístico do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem, comunicação,<br />
museu, intertextualidade e interdiscursividade. (Letras)<br />
valéria Cristina Soares pinheiro<br />
Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto<br />
Nacional de Pesquisas da Amazônia (2005). Atualmente é colaboradora<br />
e consulltora ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico do Maranhão, Professor Adjunto III da<br />
Universidade Estadual do Maranhão UEMA), credenciada no Programa<br />
de Pós-Graduação em Saúde Materno Infantil - Mestrado Acadêmico da<br />
Sumário<br />
325 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Universidade Federal do Maranhão e Coordenador Operacional do Dinter<br />
em Medicina Tropical da UFG/UEMA/UESPI/UFMA. Coordena o<br />
Laboratório de Entomologia Médica (LABEM) no Campus da UEMA em<br />
Caxias, onde desenvolve pesquisas com doenças tropicais transmitidas<br />
por vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: dengue, malária,<br />
leishmanioses, vetores, dinâmica de transmissão e medidas de<br />
controle. (Saúde)<br />
vera lúcia bezerra Santos<br />
Doutoranda em Administração pela FGV/EBAPE. Professora da Universidade<br />
Estadual do Maranhão, do departamento de Ciências Sociais.<br />
Coordena o Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP-UEMA),<br />
vinculado ao DCS/CCSA/UEMA. Linha de pesquisa voltada para área<br />
de segurança pública, poder, polícia, políticas de segurança pública e<br />
administração pública. (Ciências Sociais)<br />
vera lúcia Neves dias<br />
Possui doutorado em Ciências pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(2009), com área de concentração em Química Analítica. Atualmente é<br />
Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Química, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: hortaliças, polpas de frutas, plantas medicinais e óleos e essências.<br />
(Química)<br />
Sumário<br />
326 / 415
vivian Aranha Saboia<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Doutora em Sociologia/Políticas Públicas pelo CNRS/Universidade Paris<br />
VIII e UFMA (2006). Atua principalmente nos seguintes temas: políticas<br />
de emprego, desenvolvimento socioeconômico, gênero. É docente<br />
na Universidade Estadual do Maranhão e no Programa de Pós-Graduação<br />
em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/Uema. (Ciências<br />
Sociais)<br />
Walter Canales Sant’Ana<br />
Possui doutorado em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica<br />
da Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é Professor Adjunto<br />
I pelo Departamento de Expressões Gráficas e Transportes da<br />
Universidade Estadual do Maranhão. É coordenador da Rede Asfalto.<br />
Tem experiência na área de Infraestrutura Viária, com ênfase em Pavimentação,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: misturas asfálticas<br />
e estabilização de solos. (Engenharia Civil)<br />
Welberth Santos Ferreira<br />
Atualmente é Doutor em Física pela Universidade do Porto. Tem experiência<br />
na área de Física Experimental, com ênfase em Prop. Óticas<br />
e Espectrosc. da Matéria Condensada; Outras Interações da Matéria<br />
com Radiação e Partícula, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
semicondutores, pontos quânticos, espectroscopia vibracional em<br />
manganitas, materiais multiferroicos e acoplamento magnetoeléctrico.<br />
(Física)<br />
Sumário<br />
327 / 415
Wellinton de Assunção<br />
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
Possui mestrado-profissionalizante em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />
Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professor Assistente<br />
III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gerência de Produção.<br />
Atuando principalmente nos seguintes temas: análise de valor,<br />
qualidade, produtividade. (Engenharia Mecânica)<br />
William da Silva Cardoso<br />
Possui doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual<br />
de Campinas (2005). Trabalhou como pesquisador visitante do Departamento<br />
de Química da Universidade Federal do Maranhão (2007). Atualmente<br />
é Professor de Química Inorgânica da Universidade Estadual<br />
do Maranhão. Tem experiência em síntese inorgânica, com ênfase em<br />
sensores eletroquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
desenvolvimento de novos materiais, óxidos mistos, óxido de estanho<br />
via sol-gel para aplicações como eletrodos quimicamente modificados.<br />
(Química)<br />
Wilson Araújo da Silva<br />
Possui doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade<br />
Federal Rural do Rio de Janeiro (2007). Tem experiência na área de Engenharia<br />
Agrícola e Agronomia, com ênfase em Irrigação e Drenagem,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: atividades de extensão,<br />
SIG, desenho e projeto auxiliado por computador (CAD ), produção vegetal,<br />
coeficiente de cultivo, manejo e conservação do Solo e da água,<br />
agricultura irrigada e lâmina de irrigação, agrometeorologia, fruticultu-<br />
Sumário<br />
328 / 415
Pesquisadores<br />
da ueMa<br />
ra, cana-de-açúcar e paisagismo. Atualmente está concursado na Universidade<br />
Estadual do Maranhão como Professor Adjunto I na área de<br />
Irrigação e Drenagem. Diretor do Curso de Agronomia da UEMA/CESI.<br />
Diretor pró-têmpore do Curso de Engenharia Florestal da UEMA-CESI<br />
e Coordenador do Curso de Especialização em Geoprocessamento Aplicado<br />
ao Planejamento Agrícola e Ambiental. (Agronomia)<br />
Zafira da Silva de Almeida<br />
Possui Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Pará/Museu<br />
Emílio Goeldi (2009). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia,<br />
com ênfase no grupo de peixes, atuando em Gestão e Dinâmica Populacional<br />
de Recursos Pesqueiros. Principais temas: gestão de recursos<br />
pesqueiros, Maranhão, alimentação, reprodução, elasmobrânquios e<br />
educação ambiental. (Biologia)<br />
Zulene muniz barbosa<br />
Doutora em Ciências Sociais - Política pela Pontifícia Universidade Católica<br />
de São Paulo-PUCSP (2002). Professora Adjunta II do Departamento<br />
de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão,<br />
exerce atualmente a coordenação do Programa de Pós-Graduação em<br />
Desenvolvimento Socioespacial e Regional . Tem experiência na área da<br />
Ciência Política, com ênfase em Teoria Política e Sociologia do Trabalho<br />
e pesquisa os seguintes temas: Estado, política de desenvolvimento,<br />
trabalho e movimento sociais. (Ciências Sociais)<br />
Sumário<br />
329 / 415
Adalgisa de Souza paiva Ferreira<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1983), doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de<br />
São Paulo (2002) e residência-médica pelo Instituto de Assistência Médica<br />
ao Servidor Público Estadual (1987). Atualmente é Professor Adjunto<br />
da Universidade Federal do Maranhão, do Governo do Estado do<br />
Maranhão, Revisor de periódico da Brazilian Journal of Medical and<br />
Biological Research, Médico do Ministério da Saúde, orientador da Rede<br />
Nordeste em Biotecnologia, Revisor de periódico da Clinics (USP. Impresso)<br />
e Revisor de periódico da Journal of Clinical Transplantation.<br />
Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica.<br />
Atuando principalmente nos seguintes temas: gastro.<br />
Adeílton pereira maciel<br />
Graduado em Química Industrial e mestre em Química pela Universidade<br />
Federal da Paraíba, doutor em Química pela Universidade Federal<br />
de São Carlos, Especialista em Educação a Distância. Atualmente<br />
é professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Química, com ênfase em Físico-Química, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: sensores, catalisadores, biocombustíveis,<br />
ambiental e educação a distância.<br />
Adelaide Ferreira Coutinho<br />
Graduada em Pedagogia (1982), Licenciada em Educação Artística<br />
(1999), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (1996) e Mestra<br />
em Educação (1998) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutora<br />
Sumário<br />
330 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005).<br />
Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do<br />
Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Coordena<br />
o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA,<br />
no Maranhão, pela parceria UFMA/MST/ASSEMA/CCN/ACONERUQ.<br />
Coordena o Curso de Pedagogia da Terra-UFMA. Exerce docência nas<br />
disciplinas Política e Planejamento Educacional, História da Educação<br />
e Educação do Campo. Realiza estudos e pesquisas vinculadas ao<br />
NEPHECC e ao Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da<br />
UFMA, concentradas em Política Educacional e Financiamento, Movimentos<br />
Sociais e Educação do Campo, Estado e terceiro setor.<br />
Adenilde Ribeiro Nascimento<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1980), mestrado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade<br />
Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciências dos Alimentos<br />
pela Universidade Federal de Lavras (2004). Atualmente é professor<br />
adjunto IV, com as seguintes disciplinas: Introdução à Microbiologia,<br />
Microbiologia de Alimentos e Microbiologia Aquática. É coordenadora<br />
do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água (PCQA/<br />
UFMA). Linhas de Pesquisa - Microbiologia de Alimentos - Segurança<br />
Alimentar e Microbiologia Ambiental - Pesquisa sobre a contaminação<br />
das águas e areias das praias.<br />
Adenilson oliveira dos Santos<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina<br />
(1999), mestrado em Física, UNICAMP (2002) e doutorado em Ciên-<br />
Sumário<br />
331 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
cias, UNICAMP (2006). Pós-Doutorado em Física pela UNICAMP (2006-<br />
2008). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do<br />
Maranhão, assessor ad hoc do CNPq, FAPEMA e FAPESPA, usuário do<br />
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), membro permanente<br />
do programa de pós graduação (Mestrado e Doutorado) em Física<br />
da UFMA. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física<br />
da Matéria Condensada, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
Difração de Raios-X, Método de Rietveld, Difração Múltipla de Raios-X,<br />
Radiação Sincrotron, Materias Ferroelétricos e Ferromagnéticos.<br />
Adriana de Fátima vasconcelos pereira<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1994), especialização em Periodontia pela Unicastelo-CE (1997),<br />
mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia<br />
pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e doutorado<br />
em Odontologia com área de concentração em Materiais Dentários pela<br />
Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é professora adjunto da<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia,<br />
com ênfase em Periodontia, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: tratamento periodontal, diagnóstico e fatores de risco.<br />
Alcione miranda dos Santos<br />
Graduada em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco<br />
(1991), mestrado em Estatística pela Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro (1996) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professora adjunta<br />
do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do<br />
Sumário<br />
332 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Maranhão, na qual vem desenvolvento atividades de pesquisas em Modelos<br />
Estatísticos aplicados, Epidemiologia, Redes Neurais Artificiais,<br />
Análise de Sobrevivência e Inferência Bayesiana.<br />
Aldalea lopes brandes marques<br />
Possui graduação em Química Industrial (UFMA, 1978), mestrado em<br />
Química Analítica (IQSC-USP, 1988), doutorado em Química Analítica<br />
(IQSC-USP, 1991) e pós-doutorado em eletrocatálise aplicada a célula a<br />
combustíveis (Toronto, 1994). Atualmente é professora titular da Universidade<br />
Federal do Maranhão, desde 1998. Tem experiência na áreas<br />
de Química Eletroanalítica, Eletrocatálise, Metododolia Analítica (espectroscopia<br />
e eletroquímica) para metais. Tem atuado no desenvolvimento<br />
e aplicação de métodos analíticos para metais a nível de traços,<br />
aplicados a estudos de poluição e toxicologia; métodos eletroanalíticos<br />
aplicados a diferentes matrizes de petróleo, combustíveis e biocombustíveis;<br />
estudos envolvendo eletrocatálise por complexos metálicos,<br />
inclusive usando nanomateriais, aplicados a células a combustíveis;<br />
Formação de recursos humanos (cursos de extensão, ensino médio<br />
e pós-graduação, na área de biocombustíveis, petróleo e gás natural.<br />
Principais temas de atuação no contexto das publicações: metais-traço,<br />
eletrocatálise, combustíveis, eletrodo de grafite, espectrofotometria<br />
e voltametria de redissolução.<br />
Alexandre César muniz de oliveira<br />
Graduado em Ciência da Computação (1992) e mestre em Engenharia<br />
de Eletricidade (1997) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutor<br />
em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espa-<br />
Sumário<br />
333 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
ciais (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />
do Maranhão, atuando na área de Computação, com ênfase em pesquisa<br />
operacional, otimização discreta e contínua, metaheurísticas de<br />
busca, algoritmos paralelos e reconhecimento de padrões.<br />
Alexandre Fernandes Corrêa<br />
Bacharel em Ciências Sociais: Antropologia na Universidade Federal do<br />
Rio de Janeiro (1986), Mestre em Antropologia Cultural na Universidade<br />
Federal de Pernambuco (1993), Doutor em Ciências Sociais (Antropologia)<br />
na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e Pós-<br />
-doutorado em Antropologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
(2006). Segundo Pós-Doutorado em Antropologia (UERJ-2009). Atualmente<br />
é professor Associado III da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Experiência na área de Antropologia Urbana e Sociologia da Cultura,<br />
atuando nas seguintes áreas: Patrimônio Cultural, Memórias Sociais,<br />
Novos Patrimônios, Simbolismo e Imaginário, Arte e Literatura. Membro<br />
do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFMA).<br />
Líder do Grupo de Pesquisas e Estudos Culturais (CRISOL). Membro<br />
do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (2008-9). Membro da<br />
Diretoria da Federação Nacional de Sociólogos (2009-2012).<br />
Alexandre guida Navarro<br />
Possui graduação em História (1997); mestrado em Arqueologia pela<br />
Universidade de São Paulo (2001); Doutorado em Antropologia com ênfase<br />
em Arqueologia pela Universidad Nacional Autónoma de México<br />
(2007), com estágio em Arqueologia da Paisagem no Laboratório de Paleoambiente,<br />
Patrimônio e Paisagem do Instituto de Estudios Gallegos<br />
Sumário<br />
334 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Padre Sarmiento, Universidad de Santiago de Compostela, Espanha<br />
(2005) e Pós-Doutorado em Arqueologia Histórica no Núcleo de Estudos<br />
Estratégicos da UNICAMP. Realiza pesquisas na Mesoamérica, sendo<br />
especialista na cultura Maia, com ênfase em cultura material, formação<br />
do Estado na Mesoamérica, guerra, iconografia, religião e epigrafia.<br />
Participou de escavaçoes arqueológicas no sítio de Santa Cruz de Atizapán,<br />
no altiplano mexicano, e que possuía vínculos com a cidade de<br />
Teotihuacán. Também participou de escavações arqueológicas em sua<br />
área de maior interesse, a Maia, nos sítios de Chichén Itzá, Calakmul<br />
e Ilha Cerritos (porto de Chichén Itzá durante Clássico Terminal, ca.<br />
800-1050 d.C.). Atualmente continua participando dos projetos arqueológicos<br />
Chichén Itzá e Ilha Cerritos, sendo que coordena um projeto de<br />
escavação na região citada.<br />
Allan Kardec duailibe barros Filho<br />
Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1991), mestrado em Information Engineering - Toyohashi<br />
University of Technology (1995) e doutorado em Information Engineering<br />
pela Universidade de Nagoya (1998). Tem pós-doutorado pelo RI-<br />
KEN (The Institute of Physics and Chemistry), Japão. Atualmente é<br />
professor associado da Universidade Federal do Maranhão, orienta(ou)<br />
vários alunos em nível de mestrado e doutorado, inclusive na Rede<br />
Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Tem vários projetos de pesquisas<br />
em diversas áreas do domínio da energia e engenharia elétrica,<br />
incluindo um PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência).<br />
É consultor da CAPES assim como editor associado da Signal Processing,<br />
além de servir como revisor de vários periódicos e conferências<br />
de referência internacional. Já ocupou cargos de pró-reitor, diretor de<br />
Sumário<br />
335 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
pesquisa e hoje é diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural<br />
e Biocombustíveis (ANP).<br />
Ana Emília Figueiredo de oliveira<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense<br />
(UFF), especializaçao em Radiologia Odontológica e Endodontia pela<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado e Doutorado<br />
em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(UNICAMP) e Pós-Doutorado/Professora Visitante pela Universidade da<br />
Carolina do Norte/Chapel Hill-EUA. É Professora Adjunto da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas:<br />
modelos tridimensionais, cone-beam CT, repercussões das alterações<br />
bucais sobre a saúde da mulher, controle de qualidade radiográfico e<br />
prevenção das doenças cárie, periodontal e periodontite apical crônica.<br />
Ana hélia de lima Sardinha<br />
Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão e<br />
doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Ministerio de Educación del<br />
Instituto Central Ciências Pedagógicas com título revalidado pela Universidade<br />
Federal de Santa Catarina. Seis especializações cursadas:<br />
Metodologia do Ensino Superior, UTI para Enfermeiros, Enfermagem<br />
do Trabalho, Enfermagem Obstétrica, Administração Hospitalar e Nutrição<br />
e aperfeiçoamento em O Processo de Cuidar do Idoso pela Universidade<br />
de São Paulo. Atualmente é professora Adjunta do Curso de<br />
Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Docente do Quadro<br />
de Mestrado em Saúde e Ambiente e Enfermagem da UFMA. Líder<br />
do grupo de Pesquisa Educação e Cuidado em Enfermagem: um enfo-<br />
Sumário<br />
336 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
que sobre a Saúde do Idoso (NUPECE). Tem experiência na área de Enfermagem,<br />
com ênfase em Enfermagem Geronto Geriátrica e Educação.<br />
Atuando principalmente nos seguintes temas: Metodologia do Ensino,<br />
Educação em saúde, Enfermagem, saúde do idoso e cuidador familiar.<br />
Anselmo Cardoso de paiva<br />
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Civil - Estruturas pela<br />
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993) e doutorado<br />
em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro<br />
(2001). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal<br />
do Maranhão. Sendo coordenador do Núcleo de Computação Aplicada<br />
NCA-UFMA. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com<br />
ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Realidade Virtual, Computação Gráfica, GIS, Processamento<br />
de Imagens Médicas e Visualização Volumétrica.<br />
Antônio Augusto moura da Silva<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1984), Mestrado (1990) e Doutorado (1997) em Medicina Preventiva<br />
pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São<br />
Paulo. Realizou pós-doutorado em Epidemiologia Perinatal na National<br />
Perinatal Epidemiology Unit, Universidade de Oxford, 2003. Atualmente<br />
é docente associado III da Universidade Federal do Maranhão.<br />
É editor associado dos Cadernos de Saúde Pública, editor assistente<br />
de Epidemiologia da revista Ciência & Saúde Coletiva e editor de seção<br />
da Revista Brasileira de Epidemiologia. É membro da Comissão de<br />
Sumário<br />
337 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Epidemiologia da Abrasco. É revisor de 14 periódicos, dentre os quais:<br />
Revista de Saúde Pública, BMC Public Health, Paediatric and Perinatal<br />
Epidemiology, Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, American<br />
Journal of Epidemiology, Social Science & Medicine, PLOS One, Pediatrics,<br />
Brazilian Journal of Medical and Biological Research e Cadernos<br />
de Saúde Pública. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase<br />
em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
baixo peso ao nascer, mortalidade infantil, prematuridade, cesariana e<br />
obesidade. Atualmente coordena o segundo estudo de coorte perinatal<br />
de São Luís (estudo BRISA), iniciado em 2009, com o objetivo de estudar<br />
novos fatores de risco para nascimento pré-termo.<br />
Antônio Carlos da Silva Ramos<br />
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />
do Rio Grande do Norte (1992), mestrado em Engenharia Química pela<br />
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995) e doutorado em<br />
Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2001).<br />
Atualmente é professor/pesquisador da Universidade Federal de Pelotas<br />
(UFPel). Tem experiência na área de Engenharia Química, com<br />
ênfase em Processos Orgânicos, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: asfaltenos, petróleo, adsorção, aditivos e inibidores.<br />
Antônio Carlos leal de Castro<br />
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1977) , especialização em Oceonografia pela Universidade<br />
de São Paulo (1984) , mestrado em Ciências da Engenharia<br />
Ambiental pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em Ciên-<br />
Sumário<br />
338 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
cias da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1994) .<br />
Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e<br />
Revisor de periódico do Boletim do Laboratório de Hidrobiologia. Tem<br />
experiência na área de Ecologia , com ênfase em Ecologia Aplicada.<br />
Atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, comunidade,<br />
PEIXES.<br />
Antônio Carlos Romão borges<br />
Concluiu graduação em Farmácia (1988) pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (UFMA), mestrado (1992) e doutorado (2000) em Farmacologia<br />
pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é professor<br />
Associado no Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF-UFMA) e<br />
nos Programas de Pós-Graduação: Ciências da Saúde (PPGCS-UFMA)<br />
e Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (PPGB-RENORBIO).<br />
Atua na área de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica, com ênfase na<br />
investigação de atividades biológicas de produtos naturais, com potencialidades<br />
de aplicação, principalmente como hipotensor e/ou anti-<br />
-hipertensivo. Além disso, é representante Estadual (Coordenador do<br />
Ponto Focal-Maranhão) do PPGB-RENORBIO. Gerado pelo Sistema Interlattes<br />
CV-Resumé em 02/08/2006 e atualizado pelo pesquisador<br />
em 18/11/2011.<br />
Antônio Cordeiro Feitosa<br />
Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1978), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (2003), especialização em Geografia<br />
Aplicada ao Planejamento e Desenvolvimento pela Universidade Fede-<br />
Sumário<br />
339 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
ral do Maranhão (1982), especialização em Curso de Especialização em<br />
Metodologia do Ensino pela Universidade Federal do Maranhão (1981),<br />
especialização em Sensoriamento Remoto, Pincípios e Interpretação,<br />
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984),<br />
mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de<br />
Mesquita Filho (1990) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Atualmente é Professor<br />
Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Processos geomorfológicos, Zona Costeira,<br />
Maranhão.<br />
Antônio luiz Amaral pereira<br />
Possui Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1980), Especialização em Periodontia pela Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro (1981), Especialização em Imunologia pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (1989), Mestrado em Odontologia (Periodontia)<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e Doutorado<br />
em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />
(2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Tem experiência na área acadêmica e administrativa. Vem<br />
exercendo desde 2007 o cargo de Pró-Reitor de Extensão da UFMA. Na<br />
pesquisa, atua principalmente nos seguintes temas: doença periodontal<br />
(epidemiologia, aspectos imunológoicos e microbiológicos), doença<br />
periodontal associada a doenças sistêmicas, câncer oral.<br />
Antônio paulino de Sousa<br />
Sumário<br />
340 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Filosofia pelo CEARP (1987), graduação em Ciências<br />
Sociais - Institut Catholique de Paris (1995), mestrado em Ciências<br />
Sociais - Institut Catholique de Paris (1996), doutorado em Sociologia<br />
- Universite de Paris VII (2002) e doutorado em Ciências Sociais<br />
- Institut Catholique de Paris (2002). Atualmente é professor da Universidade<br />
Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: educação, sociologia econômica e a trajetória social do conceito<br />
de Habitus em Pierre Bourdieu. Na Pós-Graduação leciona a disciplina<br />
Teoria das Ciências Sociais.<br />
Antônio Rafael da Silva<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro (1968), mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias)<br />
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975) e doutorado em<br />
Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro (1985). É Professor Titular da Universidade Federal<br />
do Maranhão, exercendo as atividades de professor na disciplina de<br />
Doenças Infecciosas e Parasitárias no curso de graduação em Medicina<br />
desde 1969. Coordena o Centro de Referência em Doenças Infecciosas<br />
e Parasitárias, do Depto. de Patologia (UFMA), onde exerce atividades<br />
de ensino, pesquisa e extensão. Professor Permanente do Programa<br />
de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde desenvolve atividades<br />
acadêmicas nas disciplinas Grandes Endemias e Seminários de Pesquisa<br />
(nesta última como coordenador). Tem experiência na área de<br />
Medicina, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, clínica, diagnóstico<br />
e tratamento de malária, hanseníase, leishmanioses visceral e tegumentar<br />
e micoses profundas. É membro da Sociedade Brasileira para<br />
Sumário<br />
341 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
o Progresso da Ciência e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.<br />
É ocupante da cadeira nº 14 da academia Vitoriense/Arariense de Letras,<br />
da qual exerce, a partir de 30 de janeiro de 2010, a Presidência.<br />
Areolino de Almeida Neto<br />
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica<br />
pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (1998) e doutorado em<br />
Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica/Universität<br />
Hannover (2003). Atualmente é professor adjunto<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
Elétrica e Mecatrônica, com ênfase em Controle de Processos<br />
Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: controle neural, aprendizado por reforço, estruturas flexíveis,<br />
controle digital, controle de processos, robótica móvel (planejamento de<br />
trajetórias) e robótica em geral.<br />
Aristófanes Corrêa Silva<br />
Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1995), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1997) e doutorado em Informática<br />
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente<br />
é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Processamento<br />
Gráfico (Graphics), atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: imagens médicas, recuperação de imagens e imagens biométricas.<br />
Sumário<br />
342 / 415
Arlene de Jesus mendes Caldas<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1978), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1998) e Doutorado em Patologia Humana pela Universidade<br />
Federal da Bahia (2004). Atualmente, Professor Associado I<br />
do Departamento de Enfermagem/UFMA, Docente do Quadro Permamente<br />
do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado e<br />
Doutorado) e de Enfermagem (Mestrado), Bolsita de Produtividade em<br />
Pesquisa da FAPEMA, Coordenadora da Comissão do HUUFMA, membro<br />
do Comitê do Centro de Pesquisa Clinica (CEPEC)-HUUFMA, Membro<br />
da Associação Brasileira de Enfermagem e da Sociedade Brasileira<br />
de Medicina Tropical, Chefe do Departamento de Enfermagem/UFMA,<br />
Editora Cientifica da Revista Pesquisa em Saúde do Hospital Universitário/UFMA.<br />
Líder do grupo de Pesquisa- Epidemiologia das Doenças<br />
Transmissíveis com enfâse nas linhas de pesquisas: Leishmaniose,<br />
Hanseníase, Dengue e Tuberculose.<br />
Auro Atsushi tanaka<br />
Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal<br />
de São Carlos (1977), mestrado em Química (Físico-Química) pela<br />
Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Graduate Studies in<br />
Chemistry pela Case Western Reserve University (1986), pós-doutorado<br />
pela Laboratoire de Chimie 1 Electrochimie Et Interactions Université<br />
de Poitier (1992) e pós-doutorado pela Case Center For Electrochemical<br />
Sciences (1989) . Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal<br />
do Maranhão, Membro de corpo editorial do Publicatio UEPG. Ciências<br />
Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Engenharia, Membro de<br />
Sumário<br />
343 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
corpo editorial da Brazilian Journal of Analytical Chemistry e Membro<br />
de corpo editorial da International Journal of Electrochemistry. Tem<br />
experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: oxygen, Macrocycle, Phtalocyanine,<br />
Porphyrin.<br />
Azizedite guedes gonçalves<br />
Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1978) , especialização em Bioquímica pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1979) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia)<br />
pela Universidade de São Paulo (1996) . Atualmente é Professor<br />
Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Microbiologia , com ênfase em Microbiologia Aplicada. Atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: Escherichia coli, Padrão de adesão<br />
localizada, Escherichia coli O119 serotypes.<br />
benjamin Alvino de mesquita<br />
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />
do Ceará (1976), mestrado em Desenvolvimento Agrícola pela Universidade<br />
Federal Rural do Rio de Janeiro (1982) e Doutorado em Políticas<br />
Públicas pela UFMA e em Geografie, Amenegement et urbanism pela<br />
Sorbonne Nouvelle/Paris III (2006). Atualmente é professor adjunto IV<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Economia, com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento e política<br />
agrícola, agroextrativismo, desenvolvimento regional, agronegócio e<br />
agricultura familiar, meio ambiente, povos e comunidades tradicionais.<br />
Sumário<br />
344 / 415
uno braga benatti<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(2001), mestrado (2005) e doutorado (2007) em Clínica Odontológica<br />
com ênfase em Periodontia pela Universidade Estadual de<br />
Campinas . Atualmente é professor de Periodontia na graduação e do<br />
programa de mestrado em Odontologia na pós-graduação da Universidade<br />
Federal do Maranhão (UFMA), com linha de pesquisa em patogênese,<br />
fatores de risco e modulação da resposta do hospedeiro em<br />
pacientes periodontais. Tem experiência na área de Odontologia, com<br />
ênfase em Clínica Odontológica, atuando principalmente nas áreas de<br />
Periodontia e Implantodontia.<br />
Carlos benedito Rodrigues da Silva<br />
Possui Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de<br />
Campinas (1978), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade<br />
Estadual de Campinas (1992) e Doutorado em Ciências Sociais pela<br />
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é coordenador<br />
do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA e professor<br />
Associado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do<br />
Departamento de Sociologia e Antroplogia da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em<br />
Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: diversidade cultural, relações étnico-raciais e<br />
ação afirmativa. É Presidente do Centro de Estudos do Caribe no Brasil<br />
e Coordenador Geral da Associação Maranhense de Pesquisas Afro-<br />
-Brasileiras.<br />
Sumário<br />
345 / 415
Carlos martínez Ruiz<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidade de Barcelona<br />
(1989) e doutorado em Ciências Biológicas: Biologia Animal I (Zoologia)<br />
- Universidade de Barcelona (1998). Atualmente é professor adjunto no<br />
Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />
experiência nas áreas de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ecologia<br />
de Aves, atuando principalmente nos seguintes temas: Nycticorax nycticorax,<br />
Nyctanassa violacea, Eudocimus ruber, Egretta spp., ecologia<br />
trófica e reprodutiva de aves de manguezal, ecologia de aves marinhas,<br />
ornitofauna (com ênfase em comunidades de aves amazônicas), mastofauna<br />
e conservação de fauna.<br />
Carlos William de Araújo paschoal<br />
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />
do Ceará (1995), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará<br />
(1998) e doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará<br />
(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Prop.<br />
Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras Inter. da Mat. com Rad.<br />
e Part., atuando principalmente nos seguintes temas: espectroscopia<br />
vibracional e de impedância de materiais e simulação estática de sólidos<br />
dielétricos. Atualmente é Diretor do Departamento de Pesquisa da<br />
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do<br />
Maranhão.<br />
Sumário<br />
346 / 415
Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1993), mestrado em Odontopediatria pela Universidade Federal<br />
de Santa Catarina (1998) e doutorado em Odontologia, área de Cariologia,<br />
pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é<br />
professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Odontologia, com ênfase em Odontopediatria, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: prevenção da cárie dental e saúde<br />
coletiva. Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em<br />
Odontologia (Mestrado) e Saúde Coletiva (Mestrado e Doutorado).<br />
César Augusto<br />
Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1988), mestrado em Ciência da Informação pela Pontifícia<br />
Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado e pós-doutorado<br />
em Educação pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é<br />
professor associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando<br />
no Programa de pós-graduação em Educação e História e no Departamento<br />
de Biblioteconomia. Coordenador do Núcleo de Estudos e Documentação<br />
em História da Educação e Práticas Leitoras - NEDHEL.<br />
Desenvolve pesquisas na área da história da educação, da leitura e das<br />
bibliotecas com privilégio ao século XIX. Pesquisador produtividade do<br />
CNPq.<br />
Sumário<br />
347 / 415
Cícero Wellington brito bezerra<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1992), mestrado em Química Analítica pelo Instituto de Química<br />
de São Carlos (1995) e doutorado em Físico-Química pelo Instituto<br />
de Química de São Carlos (1999) e pós-doutorado pelo Institute for<br />
Fuel Cell Innovation-CAN (2008). Atualmente é professor associado da<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química<br />
Inorgânica, com ênfase em Campos de Coordenação, mas também<br />
atua nas áreas de adsorção, remoção de metais e corantes, química de<br />
aguardentes (tiquira), colágenos e peixes.<br />
Cláudia maria Coelho Alves<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1982), especialização em Periodontia pela UFRJ, mestrado<br />
em Odontologia (Periodontia) pela Universidade de São Paulo (1995) e<br />
doutorado em Odontologia (Dentística) pela Universidade de São Paulo<br />
(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação<br />
Científica (PIBIC) da Universidade Federal do Maranhão no período de<br />
2003 a 2007. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em<br />
Dentística e Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
prevalência de doenças periodontais, intervenções em Saúde Bucal e<br />
materiais odontológicos e suas propriedades.<br />
Sumário<br />
348 / 415
Cláudio urbano bittencourt pinheiro<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />
(1980), mestrado em Biologia - City University of New York (1996)<br />
e doutorado em Biologia - City University of New York (1997). Atualmente<br />
é Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão e<br />
coordenador regional do Grupo Etnobotânico Latino Americano. Tem<br />
experiência na área de Agronomia, com ênfase em Uso, Manejo e Conservacão<br />
de Recursos Vegetais, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Maranhão, etnobotânica, botânica econômica, Baixada Maranhense<br />
e babaçu. Estudioso da flora brasileira e em particular da<br />
maranhense, tem se dedicado profissionalmente ao estudo da Botânica,<br />
mais particularmente à Etnobotânica e à Botânica Econômica. Em<br />
2007, foi contemplado com a Medalha de Mérito Etnobotânico J. W.<br />
Harshberger, outorgado pela Academia Nacional de Botânica da Índia,<br />
pela sua contribuição à Etnobotânica. Em 2008 recebeu da Assembléia<br />
Legislativa do Estado do Maranhão a Medalha Manoel Beckman, em<br />
reconhecimento aos seus estudos sobre as plantas maranhenses. Em<br />
2009, foi contemplado com o primeiro lugar no Prêmio FAPEMA, Categoria<br />
Pesquisador Sênior, pelos resultados de seus estudos com matas<br />
ciliares no Maranhão.<br />
Cláudio Zannoni<br />
Possui graduação em História Bacharelado pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1995), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Sociologia<br />
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002).<br />
Atualmente é editor chefe da revista Cadernos de Pesquisa da Univer-<br />
Sumário<br />
349 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
sidade Federal do Maranhão, professor Associado do Departamento de<br />
Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão e Professor<br />
Regular do Mestrado em Saúde e Ambiente. Tem experiência na<br />
área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: ciências humanas, povos indígenas<br />
do Maranhão, tenetehara e índios do Brasil. Coordenador do Grupo de<br />
Pesquisa: “A contracultura dos anos de 1960 aos dias atuais”, onde<br />
atua na área de Rock e Contracultura.<br />
darlon martins lima<br />
Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista,<br />
Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela Faculdade<br />
de Odontologia de Araraquara - Universidade Estadual Paulista Júlio<br />
de Mesquita Filho - UNESP. Professor Adjunto I das Disciplinas de Dentística<br />
do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão<br />
- UFMA. Atua na Graduação e na Pós-graduação do Curso de Mestrado<br />
em Odontologia da UFMA.<br />
david lima Azevedo<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1990), mestrado em Física pelo IFGW-UNICAMP (1997) e doutorado<br />
em Física pelo IFGW-UNICAMP (2001). Atualmente é professor da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física,<br />
com ênfase em simulações em dinâmica molecular, cálculos ab-inito,<br />
processos de Colisão e Interações de Átomos e Moléculas, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: estrutura eletrônica de clusters,<br />
polímeros, nanotubos.<br />
Sumário<br />
350 / 415
denilson moreira Santos<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1990) , graduação em Física (Licenciatura Plena) pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1990) , especialização em Engenharia<br />
Clínica pela Universidade Federal do Maranhão (2010) , mestrado<br />
em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de<br />
São Carlos (1999) e doutorado em Química pela Universidade Estadual<br />
Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) . Atualmente é Professor Assistente<br />
da Universidade Federal do Maranhão e Livre da Universidade<br />
Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de<br />
Materiais e Metalúrgica. Atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
cerâmica, PZT, estrutura e propriedade elétrica, propriedades piezoelétricas.<br />
denise Fernandes Coutinho moraes<br />
Possui graduação em Farmácia, com habilitação em Bioquímica pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Fitoquímica<br />
pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Saúde<br />
e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado<br />
em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal<br />
da Paraíba (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade<br />
Federal do Maranhão, ministrando na graduação a disciplina de Farmacognosia<br />
II. Tem experiência na área de Farmacognosia, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: anatomia vegetal, estudo fitoquímico,<br />
controle de qualidade, avaliação de atividades biológicas in vitro,<br />
levantamentos etnobotânicos e bancos de dados.<br />
Sumário<br />
351 / 415
denivaldo Cicero pavão lopes<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui doutorado em Informática pela Universidade de Nantes, França<br />
(2005), mestrado em Engenharia de Eletricidade (área: Ciência da<br />
Computação) pela UFMA (2001) e bacharelado em Engenharia Elétrica<br />
pela UFMA (1999). Sua produção bibliográfica é diversificada, contendo<br />
artigos publicados em jornais internacionais, artigos em conferências<br />
e workshops nacionais e internacionais. Participa como coordenador<br />
ou pesquisador de projetos de pesquisa científica ou pesquisa e inovação<br />
tecnológica fiinanciados por órgãos de fomento a pesquisa como<br />
CNPq, FINEP e FAPEMA. Participou/participa de projetos de Pesquisa<br />
e Desenvolvimento (P&D) nos moldes da Agência Nacional de Energia<br />
Elétrica (ANEEL). Atuou/atua como revisor Ad hoc de revistas e jornais<br />
como IEEE Computer Magazine (ISSN 0018-9162), IEEE Distributed<br />
System Online (ISSN 1541-4922), Revista de Gestão da Tecnologia e<br />
Sistemas de Informação (ISSN: 1807-1775), Journal of Systems and<br />
Software (ISSN: 0164-1212). É revisor permanente do Journal of Secure<br />
Software and Engineering (ISSN: 1947-3036). É membro do comitê<br />
de programa de eventos científicos como Simpósio Brasileiro de<br />
Sistemas de Informação (SBSI), International Conference on Software<br />
Engineering Theory and Practice, Workshop on Future Trends of<br />
Model-Driven Development (FTMDD), Workshop on Recent Trends in<br />
SOA Based Information Systems (RTSOABIS) e Workshop on Mobile,<br />
Wireless & Networks Security (MWNS). Depois de agosto de 2008, é<br />
professor adjunto da UFMA, onde é professor colaborador do Programa<br />
de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade (PPGEE), na área de<br />
Ciência da Computação. Coordena o Laboratório de Engenharia de Software<br />
e Rede de Computadores (LESERC) da UFMA. Orienta alunos de<br />
iniciação científica e alunos de mestrado. É membro do Comitê Científico<br />
do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC<br />
Sumário<br />
352 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
da UFMA. É membro fundador da Academia Maranhense de Ciências<br />
(AMC). Seus temas de pesquisa envolvem Engenharia Dirigida por Modelos,<br />
Serviços Web, Segurança e Telemedicina.<br />
dorlene maria Cardoso de Aquino<br />
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão,<br />
especialização em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde<br />
Pública da FIOCRUZ-RJ, mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade<br />
Federal do Maranhão e doutorado em Patologia Humana pela<br />
Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor de 3.º grau -<br />
adjunto II, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal<br />
do Maranhão. Docente do quadro permanente do Programa de Pós-<br />
-Graduação em Saúde Materno-Infantil (Mestrado) e do Mestrado em<br />
Enfermagem. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa<br />
do HUUFMA. Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da<br />
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Tem experiência na área de<br />
Enfermagem em Doenças Transmissíveis, com ênfase em hanseníase e<br />
leishmaniose. Membro do Núcleo de Pesquisa Epidemiologia das Doenças<br />
Transmissíveis.<br />
dorval do Nascimento<br />
Possui doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande<br />
do Sul (2006). Realizou estágio de doutorado na École des Hautes Études<br />
en Sciences Sociales-EHESS-Paris (2004-2005). Professor Adjunto<br />
do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão<br />
(UFMA). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em His-<br />
Sumário<br />
353 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
tória (UFMA). Atua na área de História, trabalhando com os seguintes<br />
temas: Intelectuais, Sociabilidades e História Intelectual; Relações Étnicas<br />
e Etnicidade.<br />
Eder Nascimento Silva<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(2003), mestrado (2005) e doutorado (2008) em Física pela Universidade<br />
Federal do Ceará. Atualmente é professor adjunto I da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Na pós-graduação em Física da UFMA é membro<br />
permanente e membro do colegiado.Tem experiência na área de Física,<br />
com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras<br />
Inter. da Mat. com Rad. e Part.,atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: espalhamento Raman, espectroscopia no infravermelho, dinâmica<br />
de rede, espectroscopia de impedância.<br />
Edmar pereira marques<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1978), especialização em Química de Alimentos (1979), mestrado<br />
em Química (Química Analítica- IQSC) pela Universidade de São<br />
Paulo (1988) e doutorado em Química Analítica pelo Instituto de Física<br />
e Química de São Carlos-USP(1991), pós-doutorado na universidade de<br />
York (Canadá, 1993-1994). Atualmente é professor titular da Universidade<br />
Federal do Maranhão, onde ministra as disciplinas Físico-química<br />
e Química Analítica. Atua em pesquisa na área de eletroanalítica, com<br />
ênfase em metodologia analítica e eletrodos quimicamente modificados.<br />
Sumário<br />
354 / 415
Elba gomide mochel<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas<br />
Gerais (1968), Mestrado em Enfermagem Obstétrica pela Escola Paulista<br />
de Medicina (1988) e Doutorado em Enfermagem pela Escola Paulista<br />
de Medicina, UNIFESP (1995). Atualmente é Professora Associada<br />
III da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: saúde da mulher, enfermagem no ciclo gravídico<br />
puerperal, hipertensão arterial, obesidade, prevenção de câncer, qualidade<br />
de vida e tanatologia.<br />
Eliana tavares dos Reis<br />
Possui Graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul (1999), Mestrado em Ciência Política<br />
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Estágio Doutoral<br />
em Ciências Sociais - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales<br />
(2002) e Estágio Doutoral em Sociologia Política - Paris I - Panthéon<br />
de la Sorbonne (2006). É Doutora em Ciência Política pela Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como professora e<br />
pesquisadora do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa<br />
de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase<br />
em Ciência Política e Sociologia Política. Trabalha em investigações sobre<br />
elites culturais, engajamentos e íntervenção política.<br />
Sumário<br />
355 / 415
Elizabeth maria beserra Coelho<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui doutorado em Sociologia (1999) e mestrado em Antropologia<br />
Social (1989). Professora associado III da Universidade Federal do Maranhão,<br />
atuando no Departamento de Sociologia e Antropologia. Tem<br />
experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: políticas indigenistas de saúde, terra e educação, relações<br />
interétnicas e etnologia indígena. É autora dos livros: Cultura e<br />
Sobrevivência dos Índios no Maranhão (1987), A Política Indigenista no<br />
Maranhão Provincial (1999), Territórios em Confronto: a dinâmica da<br />
disputa pela terra entre índios e brancos no Maranhão (2002), Estado<br />
multicultural e politicas indigenistas (2008).<br />
Eloísa da graça do Rosário gonçalves<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1986), residência médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias, mestrado<br />
em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz , RJ (1995),<br />
e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ<br />
(2001). Atualmente é professora adjunta IV da Universidade Federal<br />
do Maranhão, com dedicação exclusiva. Ministra a disciplina de Parasitologia<br />
para os cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Enfermagem<br />
e Odontologia desde julho de 2002. É professora permanente<br />
do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde coordena<br />
a disciplina Grandes Endemias. Integra a equipe do Centro de Referência<br />
em Doenças Infecciosas e Parasitárias, da UFMA, onde exerce<br />
atividades de pesquisa, ensino e extensão. Atua na linha de pesquisa<br />
“Epidemiologia e controle de doenças endêmicas: malária, leishmanioses,<br />
hanseníase”. Integra a equipe do projeto Buriticupu Saudável. Tem<br />
Sumário<br />
356 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
experiência na área de Medicina, com ênfase em doenças infecciosas e<br />
parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia,<br />
Maranhão, malária, hanseníase, calazar, Buriticupu, São Luís e<br />
Ilha de São Luís.<br />
Erika bárbara Abreu Fonseca thomaz<br />
Possui Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de<br />
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2007), Mestrado em<br />
Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (2000). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento<br />
de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão, vinculada<br />
aos Programas de Pós-Graduação (strictu sensu) em Saúde Coletiva<br />
da UFMA, em Odontologia (strictu sensu) da UFMA e da Rede Nordestina<br />
de Mestrado Profissionalizante em Saúde da Família (RENASF/<br />
FioCruz). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em<br />
Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde coletiva,<br />
epidemiologia, saúde bucal coletiva, maloclusão, câncer bucal,<br />
epidemiologia das doenças bucais.<br />
Fernanda Ferreira lopes<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1992), mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração<br />
em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e<br />
doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande<br />
do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />
do Maranhão.Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase<br />
Sumário<br />
357 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
em Semiologia, Patologia Oral e Periodontia, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: câncer oral, manifestações orais de doenças sistêmicas,<br />
doença periodontal (fatores de risco), doença periodontal associada<br />
a doenças sistêmicas.<br />
Fernando Carvalho Silva<br />
Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1984), mestrado em Química pela Universidade Federal de São Carlos<br />
(1989) e doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas<br />
Gerais (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em<br />
Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microemulsões<br />
combustíveis, biodiesel, derivados de petróleo, sensores,<br />
desenvolvimento de métodos de análises, cromatografia, catálise e monitoramento<br />
ambiental.<br />
Fernando lamy Filho<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio<br />
de Janeiro (1982), mestrado (1995) e doutorado (2001) em Saúde da<br />
Criança e da Mulher - IFF pela Fundação Oswaldo Cruz . Atualmente é<br />
médico do Ministério da Saúde e professor associado da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Atua também como professor e orientador dos<br />
programas de pós-graduação estrito senso, nível mestrado e doutorado,<br />
“Saúde Coletiva” e “Saúde Materno-Infantil” da Universidade Federal<br />
do Maranhão, nas disciplinas Metodologia de Pesquisa e Epidemiologia.Tem<br />
experiência na área de Medicina, com ênfase em Neonatologia<br />
e Perinatologia, com linhas de pesquisa nos seguintes temas: Avaliação<br />
Sumário<br />
358 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
de Programas e Serviços de Saúde; Baixo peso ao nascer, prematuridade<br />
e crescimento intra-uterino e seu impacto na morbidade; Magnitude,<br />
tendências e fatores associados às mortalidades neonatal e perinatal.<br />
Flávia maria mendonça do Amaral<br />
Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1984), mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1999) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos<br />
Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é<br />
professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Farmácia, com ênfase em Plantas Medicinais, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: controle de qualidade, fitoquímica,<br />
análises fitoquímicas e farmacognosia.<br />
Flávia Raquel Fernandes do Nascimento<br />
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1992). Durante a graduação foi bolsista PET/CAPES. Fez<br />
especialização em Imunologia, sendo bolsista do CNPq. Fez mestrado e<br />
doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo, sob orientação<br />
do Prof. Dr. Momtchilo Russo, tendo sido bolsista da CAPES e<br />
FAPESP, respectivamente. Obteve o título de doutor em 2001. Foi bolsista<br />
recém-doutor do CNPq de 2001 até 2003. Atualmente é Professor<br />
Adjunto IV do Departamento de Patologia da UFMA, ministrando as<br />
disciplinas Imunologia, Imunobiologia, Parasitologia e Relação Agente-<br />
-Hospedeiro e Meio Ambiente. É professora orientadora do Curso de<br />
Sumário<br />
359 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Especialização em Imunologia (UFMA), do Mestrado em Biodiversidade<br />
e Conservação (UFMA). É orientadora e coordenadora do Programa de<br />
Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UFMA). É membro permanente,<br />
desde 2006, do Doutorado em Biotecnologia (RENORBIO). É co-orientadora<br />
no DINTER (UFMA/UERJ) em Fisiopatologia Clínica e Experimental.<br />
É membro do Comitê de Ética para o Uso de Animais da UFMA.<br />
Foi Diretora do Biotério Central da UFMA de 2007 a 2009.Atualmente<br />
desenvolve projetos em duas linhas gerais: 1 - o estudo da atividade<br />
imunomodulatória de produtos naturais (extratos e frações de espécies<br />
vegetais, produtos de abelhas nativas, lectinas, saliva de flebotomíneos<br />
e venenos de escorpião), focando nas ações anti-inflamatória, anti-<br />
-tumoral e anti-parasitária; 2 - o estudo da leishmaniose, focando na<br />
avaliação profilática e terapêutica na leishmaniose visceral canina e na<br />
leishmaniose murina.<br />
Flávio bezerra de Farias<br />
Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1976). Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (1976). Especialização em Economia do Desenvolvimento<br />
pela Universidade Panthéon-Sorbonne (1979). Doutorado<br />
de Terceiro Ciclo em Economia e Gestão pela Universidade de Amiens<br />
(1981). Doutorado de Estado em Economia pela Universidade Paris-<br />
-Nord (1988). Realizou três pós-doutorados na França: Universidade<br />
Paris-Nord (1996); Universidade Paris-Nord (2002); Universidade Sorbonne-Nouvelle<br />
(2011). Realizou três visitas de Professor-Pesquisador<br />
na Universidade Paris-Nord (2004; 2010; 2011). Professor Associado 3<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência nas áreas de<br />
Economia e Ciência Política, com ênfase em Estrutura e Transforma-<br />
Sumário<br />
360 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
ção do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado,<br />
globalização, crise e regulação. Atua nos Programas de Pós-Graduação<br />
do Centro de Ciências Sociais da UFMA. Publicou os livros seguintes,<br />
na Cortez Editora de São Paulo: O Estado capitalista contemporâneo<br />
(2000); A globalização e o Estado cosmopolita (2001); Filosofia política<br />
da América (2004). Foi co-autor dos livros seguintes, sob a direção de<br />
Marcos Costa Lima: O lugar da América do Sul na nova ordem mundial<br />
(Cortez, São Paulo, 2001); Dinâmica do capitalismo pós-guerra-fria<br />
(UNESP, São Paulo, 2008). Ex-Presidente da Associação de Professores<br />
da UFMA (1989-1993).<br />
Francisca georgina macêdo de Sousa<br />
Enfermeira, Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1982),<br />
Especialização em Enfermagem Pediátrica e Puericultura pela UFMA,<br />
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2003).<br />
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina<br />
na área de concentração Filosofia, Saúde e Sociedade. Doutorado Sandwich<br />
pela Escola Superior de Enfermagem do Porto – Portugal. Enfermeira<br />
assistencial – Secretaria Municipal de Saúde. Professora Adjunta<br />
I da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Mestrado<br />
Acadêmico em Enfermagem da UFMA. Experiência na área de Enfermagem,<br />
com ênfase em Enfermagem Pediátrica, atuando como pesquisadora<br />
nas seguintes temáticas: saúde da criança, cuidado à criança<br />
com doença crônica, cuidado centrado na família, cuidado de enfermagem,<br />
enfermagem e saúde da criança, sistemas de cuidados.<br />
Sumário<br />
361 / 415
Francisco José da Silva e Silva<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
FRANCISCO SILVA é professor Associado do Departamento de Informática<br />
da UFMA, onde atua no curso de graduação em Ciência da Computação<br />
e nos programas de pós-graduação stricto-sensu em Engenharia<br />
de Eletricidade e Ciência da Computação. É graduado em Ciência da<br />
Computação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990),<br />
mestre em Engenharia de Eletricidade, área de concentração em Ciência<br />
da Computação pela UFMA (1997) e doutor em Ciência da Computação<br />
pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, 2003. Sua área de<br />
pesquisa compreende os sistemas computacionais distribuídos, com<br />
ênfase em computação móvel, em grade e nas nuvens. É membro da<br />
Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da ACM (Association for<br />
Computing Machinery) e tem atuado como membro do comitê de programa<br />
de importantes conferências nacionais e internacionais, como o<br />
Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva (SBCUP), o International<br />
Conference on Grid computing, High-performance and Distributed<br />
Applications (GADA) e o Workshop on Adaptive and Reflective<br />
Middleware (ARM). É também coordenador do Laboratório de Sistemas<br />
Distribuídos (LSD) da UFMA.<br />
gilda vasconcellos de Andrade<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual<br />
de Campinas (1982), mestrado (1987) e doutorado (1995) em Ecologia<br />
pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado em Ecologia<br />
e Conservação pela Universidade da Flórida (2007). Admitida por concurso<br />
público em 1988 na Universidade Federal do Maranhão, onde<br />
atualmente é professora associada. Ministra disciplinas e é professora<br />
Sumário<br />
362 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
orientadora no Programa de Mestrado em Biodiversidade e Conservação,<br />
reconhecido pela CAPES. Tem experiência na área de Ecologia e<br />
Zoologia, com ênfase em Ecologia e Conservação, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Padrões de Diversidade, História de Vida,<br />
Ecologia e Conservação de Vertebrados, com ênfase em Anfíbios (adultos<br />
e girinos), Ecologia e História Natural de anfíbios, lagartos e serpentes,<br />
Taxonomia de anfíbios e squamatas e Citogenética de anfíbios.<br />
gilvanda Silva Nunes<br />
Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA,<br />
1986). Mestre em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa<br />
(UFV, 1991). Doutora em Química pelo IQ/UNESP-Araraquara,SP<br />
(1999), doutorado sanduíche no Depto de Química Ambiental do CID/<br />
CSIC, Barcelona, Espanha (1997-1998). Pós-Doutora em Ecotoxicologia<br />
pela Universidade de Perpignan Via Domitia (UPVD, França, 2003-<br />
2004). Professora concursada (área de Química Analítica) no Depto. de<br />
Química da UFV (1991-1994). Atualmente é Professor Associado II do<br />
Depto. de Tecnologia Química da UFMA. Desenvolve pesquisas com ênfase<br />
em Análise de Traços e Química Ambiental e orienta estudantes de<br />
mestrado nos seguintes programas de pós-graduação: Química, Saúde<br />
e Ambiente, Sustentabilidade de Ecossistemas, Biodiversidade e Conservação<br />
e Energia e Ambiente, todos da UFMA. É colaboradora (docente<br />
e orientadora) dos cursos de especialização “Lato Sensu” em Educação<br />
Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos (IFMA), Segurança<br />
do Trabalho (Faculdade Athenas Maranhense - FAMA) e MBA em<br />
Gestão Ambiental (Excellence - Escola de Negócios). Foi Coordenadora<br />
do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Gestão Ambiental nas Empresas”<br />
(Convênio UFMA/SEBRAE, 2001-2003). Foi Diretora do Centro<br />
Sumário<br />
363 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
de Ciências Agrárias e Ambientais (Campus IV- UFMA , Chapadinha-<br />
-MA, 2006-2007). Foi Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de<br />
Projetos de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-<br />
-Graduação da UFMA (NUDEPRO/PPPG/UFMA, 2009-2010). Atualmente,<br />
é Diretora do Departamento de Apoio a Projetos de Inovação e<br />
Gestão de Serviços Tecnológicos (DAPI/PPPG/UFMA).<br />
hildo Antônio dos Santos Silva<br />
Graduado em Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Química<br />
pela Universidade Federal do Piauí (1994). Doutorado direto em<br />
Química Análica no Instituto de Química de São Carlos - IQSC/USP<br />
(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão<br />
(UFMA). Trabalha na área de Química de coordenação e química<br />
de interface.<br />
horácio Antunes de Sant’Ana Júnior<br />
Possui graduação em Ciências Sociais (1986) e mestrado em Educação<br />
Escolar Brasileira (1993) pela Universidade Federal de Goiás, e doutorado<br />
em Ciências Humanas - Sociologia - pela Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro (2002). Atualmente atua na Universidade Federal<br />
do Maranhão (UFMA) como professor adjunto IV do Departamento de<br />
Sociologia e Antropologia (DESOC); Vice-Coordenador do Programa de<br />
Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc); professor permanente<br />
dos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e em<br />
Políticas Públicas (PGPP); e líder do Grupo de Estudos: Desenvolvimento,<br />
Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), registrado no Diretório<br />
dos Grupos de Pesquisa do CNPq. É bolsista de Produtividade da Fun-<br />
Sumário<br />
364 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
dação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />
do Maranhão (FAPEMA). Tem experiência na área de Sociologia,<br />
com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: modernidade, desenvolvimento, projetos de desenvolvimento,<br />
meio ambiente, conflitos socioambientais.<br />
Igor gastal grill<br />
Possui graduação em Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul (1996), graduação em Bacharelado<br />
em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul<br />
(1995), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio<br />
Grande do Sul (1999), doutorado em Ciências Sociais (Sanduíche) -<br />
École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e doutorado em<br />
Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003).<br />
Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais<br />
da UFMA desde 2006 e é o atual coordenador do PPGCSoc. Trabalha<br />
em pesquisas que examinam os processos, condicionantes e lógicas<br />
de seleção de elites.<br />
Ilse gomes Silva<br />
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1985) , especialização em Ciências Políticas pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (1987) , mestrado em Políticas Públicas pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (1996) e doutorado em Ciências Sociais<br />
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente<br />
é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, Membro de<br />
Sumário<br />
365 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
corpo editorial da Lutas Sociais (PUCSP) e Membro de corpo editorial<br />
da Lutas Sociais (PUC-SP). Tem experiência na área de Ciência Política,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: Movimentos sociais,<br />
Políticas públicas, Política de Saúde, Participação popular, Reforma do<br />
Estado.<br />
Isabel Ibarra Cabrera<br />
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1995)<br />
e Doutorado em História Contemporânea-Universidad Complutense de<br />
Madrid (2000). Atualmente é professora Associada I da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem realizado estudos sobre migração, memória<br />
e identidade. Participa do Conselho Editorial das revistas Brasileira do<br />
Caribe e Inter-ação (Goiânia) . Tem organizado varios congressos de<br />
história oral no estado de Goiás e foi diretora regional Centro Oeste da<br />
Associação Brasileira de História Oral de 2002- 2006. Tem experiência<br />
nas áreas de História Contemporânea, com ênfase em Cuba. Tem<br />
desenvolvido pesquisas sobre os seguintes temas: história oral, Cuba,<br />
Caribe, universidade.<br />
Isaura letícia tavares palmeira Rolim<br />
Possui graduação em Enfermagem (2002), mestrado (2005) e doutorado<br />
(2008) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora<br />
Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão, onde ensina na graduação<br />
e pós-graduação, na Residência Multiprofissional e no Mestrado<br />
Acadêmico de Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem,<br />
com ênfase em Enfermagem médico-cirúrgica, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: cuidado de enfermagem, diagnóstico de enferma-<br />
Sumário<br />
366 / 415
gem e educação em saúde.<br />
István van deursen varga<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1983),<br />
Mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de<br />
São Paulo (1995), Doutorado (2002) e pós-doutorado (2003) em Saúde<br />
Pública pela Universidade de São Paulo. Coordenador da Comissão<br />
Executiva e Presidente da II Conferência Nacional de Saúde para os Povos<br />
Indígenas (1993). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação<br />
em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)<br />
entre outubro/2003 e abril/2009, e do Núcleo de Extensão e Pesquisa<br />
com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas<br />
(NuRuNI) do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da<br />
UFMA. Atualmente é Professor Adjunto do Depto. de Sociologia e Antropologia<br />
da UFMA; Coordenador do Curso de Especialização em Saúde<br />
da Mulher Negra; integrante do Corpo Editorial da Revista de Direito<br />
Sanitário da Universidade de São Paulo. Tem formação e experiência<br />
profissional no campo da Saúde Coletiva, e, em suas produções, pesquisas<br />
e projetos de extensão, tem abordado principalmente os seguintes<br />
temas: autodeterminação dos povos indígenas, territorialidade e saúde<br />
em comunidades tradicionais, política indigenista, controle social no<br />
Sistema Único de Saúde, política de saúde para os povos indígenas, política<br />
de saúde para a população negra, políticas de saúde para comunidades<br />
rurais, atenção às DST em comunidades indígenas, atenção às<br />
DST para a população negra, controle da malária e das DST/Aids.<br />
Sumário<br />
367 / 415
Ivone garros Rosa<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão,<br />
Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do<br />
Paraná, Doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará<br />
. Atualmente é Associado I da Universidade Federal do Maranhão. É<br />
professora permanente e orientadora do Programa de Pós-Graduação<br />
de Saúde e Ambiente da UFMA. Tem experiência na área de Bioquímica,<br />
com ênfase em Glicídeos e Proteínas, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: Esquistossomose, produtos naturais (carboidratos,<br />
lectinas e qualidade de mel de abelhas), obtenção de gomas vegetais e<br />
aplicação na biotecnologia.<br />
Ivone lima Santana<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão,<br />
Mestrado em Reabilitação Oral pela Universidade Estadual Paulista<br />
Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Araraquara), Doutorado em Materiais<br />
Dentários pela Universidade de São Paulo-USP e Pós-Doutorado<br />
na Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. Atualmente é<br />
Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando com<br />
ênfase em Prótese e Materiais Dentários, principalmente nas seguintes<br />
linhas: análise térmica de compósitos, preparos dentários, resina<br />
composta, disfunção temporomandibular e biofilmes dentais. É líder<br />
do grupo de pesquisa Odontologia Reabilitadora do Centro de Ciências<br />
da Saúde da UFMA, junto ao CNPq (constituído em 2002). Faz parte do<br />
Programa de Pós-Graduação em Odontologia-PPGO, da Universidade<br />
Federal do Maranhão.<br />
Sumário<br />
368 / 415
Jerias Alves batista<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1994),<br />
mestre em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1996),<br />
doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2001), pós-<br />
-doutor em Física pela Universidade de Toronto, Canadá (2002 e 2003)<br />
e pós-doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (2008 e<br />
2009). É professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />
experiência na área de Física da Matéria Condensada, com ênfase em<br />
propriedades térmicas e eletrônicas de semicondutores. Tem experiência<br />
na área das espectroscopias Raman e de Fotoluminescência em<br />
nanotubos de carbono e grafeno.<br />
Joana Aparecida Coutinho<br />
Graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica<br />
de São Paulo (1987), mestrado em Ciências Sociais - Sociologia Política<br />
- pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado<br />
em Ciências Sociais - Política - pela Pontifícia Universidade Católica de<br />
São Paulo (2004). Atualmente é professora Adjunta III na Universidade<br />
Federal do Maranhão. Coordena o Observatório de Políticas Públicas e<br />
Lutas Sociais, vinculado ao Programa de Políticas Públicas, e também<br />
o Grupo de Estudos e Pesquisa de Política, Ideologias e Lutas Sociais.<br />
É pesquisadora do Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais.<br />
Tem experiência na área de Ciências Sociais com ênfase em Ciência<br />
Política, atuando principalmente nos seguintes temas: ongs, movimentos<br />
sociais, sociedade civil, estado, ideologias, classes sociais e lutas de<br />
classes.<br />
Sumário<br />
369 / 415
João batista Santos garcia<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão-<br />
-UFMA (1990), especialização em Anestesiologia e doutorado em Medicina<br />
na área de Dor pela Universidade Federal de São Paulo (2000).<br />
Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão,<br />
das diciplinas de Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. É membro<br />
ativo da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (da qual foi Diretor<br />
Científico no biênio 2007-2008, Vice-Presidente 2009-2010 e atual<br />
Presidente 2011-2012) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. É<br />
professor de pós-graduação da UFMA, na qual oferece disciplina de<br />
Fundamentos em Dor e Cuidados Paliativos. Coordena a Liga de Dor<br />
do Maranhão, um projeto de extensão da UFMA, que agrega vários profissionais<br />
e alunos, que além do objetivo de ensino presta atendimento<br />
de pacientes com dor no Hospital Universitário da UFMA e no Instituto<br />
de Oncologia do Maranhão.Tem experiência na área de Medicina, com<br />
ênfase em Tratamento da Dor Aguda e Crônica, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: dor aguda e crônica: dor pós-operatória, dor<br />
oncológica, analgesia preemptiva, dor neuropática, dor miofascial, etc;<br />
tratamento da dor e anlagésicos: opióides, antagonistas de receptor<br />
NMDA(cetamina), anticonvulsivantes, etc; cuidados paliativos.<br />
João Claudino tavares<br />
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />
da Paraíba (1991), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela<br />
Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Geografia pela<br />
Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é professor<br />
permanente do mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico da<br />
Sumário<br />
370 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Universidade Federal do Maranhão e professor Adjunto IV do Departamento<br />
de Economia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Economia, com ênfase em Economia Geral, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: economia regional e urbana,<br />
economia do trabalho, economia informal, transição social, alternativas<br />
de reprodução, profissões e alternativas de reprodução da força de<br />
trabalho. Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marx-Engels<br />
(NEME).<br />
João viana da Fonseca Neto<br />
É Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação<br />
em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(1982), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />
da Paraíba (1986) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />
Estadual de Campinas (2000). Desenvolveu projetos de P&D em<br />
Modelagem e Controle para Indústria de Alumínio do Maranhão (ALU-<br />
MAR) e Sistemas Inteligentes para Tomada de Decisão para Descarga<br />
e Estocagem de Minérios (CVRD). Atualmente desenvolve pesquisa em<br />
Inteligência Computacional com enfoque na fusão neuro-genétio-fuzzy<br />
para determinação e seleção de controladores ótimos do tipo LQG/LTR<br />
para sistemas MIMO. Também desenvolve métodos bayesianos para o<br />
treinamento de Recorrência de Riccati em Filtros Estocásticos do tipo<br />
Kalman Padrão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com<br />
ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: modelos baeados em inteligência<br />
artificial para sistemas industriais, algoritmos genéticos, sintonia<br />
de controladres PID, medição indireta via Filtragem de Kalman, solução<br />
neuronal da equação algébrica de Riccarti e recuperação inteligente da<br />
Sumário<br />
371 / 415
malha de controle LQR.<br />
Johnni langer<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui Doutorado em História (UFPR, 2001) e Pós-Doutorado em História<br />
Medieval pela USP (2006-2007). Atua principalmente nos seguintes<br />
temas: história e cultura dos vikings, guerra e conflito na Escandinávia<br />
Medieval, sagas islandesas, história e literatura nórdica, história<br />
do paganismo escandinavo, cultura material e arqueologia do medievo.<br />
Publicou em revistas acadêmicas da Suécia, Inglaterra, França, Portugal,<br />
Argentina e em dezenas de periódicos brasileiros. É coordenador<br />
do NEVE-NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS (www.<br />
nevevikings.tk). Atualmente é professor adjunto em História Medieval<br />
no curso de graduação em História e membro permanente do Mestrado<br />
em História Social (Capes 3) da UFMA. Todos os seus estudos em Escandinávia<br />
Medieval estão disponiveis em http://ufma.academia.edu/<br />
JohnniLanger/Papers.<br />
Jorge luiz Silva Nunes<br />
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(2000), mestre em Oceanografia pela Universidade Federal de<br />
Pernambuco (2003) e doutor em Oceanografia pela Universidade Federal<br />
de Pernambuco (2008). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Atua no curso de graduação em Ciências<br />
Biológicas, no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade<br />
e Conservação, no Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente<br />
e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Representante<br />
da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e<br />
Sumário<br />
372 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Tecnológico do Maranhão na região de Chapadinha. Área de atuação<br />
correspondente à ecologia marinha, biologia marinha e sistemática de<br />
peixes.<br />
José Albuquerque de Figueiredo Neto<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba<br />
(1987), residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FMUSP;<br />
residência em Cardiologia no Instituto do Coração da FMUSP; Especialização<br />
em Métodos Gráficos pelo Instituto do Coração da FMUSP;<br />
Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (2002). Especialista<br />
em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Especialista<br />
em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia<br />
Intensiva; Especialista em Hipertensão Arterial pela Sociedae Brasileira<br />
de Hipertensão Arterial; Especialista em Ecocardiografia pela Sociedade<br />
Brasileira de Cardiologia. Atualmente é professor adjunto de Cardiologia<br />
da Universidade Federal do Maranhão, professor de História<br />
da Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do<br />
Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Tem experiência na área<br />
de Medicina, com ênfase em Cardiologia, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e saúde<br />
da mulher.<br />
José de Ribamar Sá Silva<br />
Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1990), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1994), mestre em Economia Rural<br />
[C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutor em<br />
Sumário<br />
373 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Professor<br />
Associado, Departamento de Economia, Universidade Federal<br />
do Maranhão. Tem experiência de pesquisa, ensino e gestão nas áreas<br />
de Economia, Políticas Públicas e Educação do Campo, com ênfase<br />
em Economia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento socioeconômico,<br />
economia maranhense, assentamentos de reforma agrária e formação<br />
da sociedade brasileira.<br />
José Ferreira Costa<br />
Mestrado em Clinica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(FOP-UNICAMP/2000) e Doutorado em Odontologia (Materiais<br />
Dentários) pela Universidade de São Paulo (FO-USP/2005). Especialista<br />
em Saúde Pública (UNAERP), Dentística e Odontologia do Trabalho<br />
(CFO). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />
Maranhão e técnico do Ministério da Saúde. Tem experiência na área<br />
de Odontologia, com ênfase em Dentística, Materiais Dentários e Odontologia<br />
Legal.<br />
José lúcio Alves Silveira<br />
Possui doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco<br />
(2004). É professor do Mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico<br />
e do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal<br />
do Maranhão (UFMA). Tem experiência nas áreas de Microeconomia,<br />
Macroeconomia e Economia do Setor Público. Atualmente está pesquisando<br />
sobre o processo de renegociação das dívidas estaduais (Lei<br />
9.496/1997) e suas repercussões sobre a receita orçamentária do Es-<br />
Sumário<br />
374 / 415
tado do Maranhão entre 1995 e 2010.<br />
José manuel macário Rebêlo<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1986). Fez mestrado em Entomologia em 1990 pela Faculdade<br />
de Fiolosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Obteve o<br />
título de Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) em 1993, pela Universidade<br />
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor<br />
titular da Universidade Federal do Maranhão. É orientador nos<br />
Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biodiversidade<br />
e Conservação. Apresenta conhecimento em taxonomia de abelhas.<br />
Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia<br />
de Vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: Lutzomyia e<br />
Leishmaniose, Anopheles e Malária, Triatomíneos e Doença de Chagas,<br />
Aedes e Dengue.<br />
José menezes gomes<br />
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />
de Mato Grosso (1986), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela<br />
Universidade Federal da Paraíba (1991) e doutorado em História Econômica<br />
pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Professor<br />
Associado I da Universidade Federal do Maranhão no Programa de Pós-<br />
-graduação Desenvolvimento Socioeconômico e no Programa de Pós-<br />
-graduação em Políticas Públicas. Atua na área de Teoria Econômica<br />
com ênfase em Economia Política especialmente nos seguintes temas:<br />
crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e<br />
lutas de classes.<br />
Sumário<br />
375 / 415
José policarpo Costa Neto<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará<br />
(1967) , especialização em Programação Agrícola pelo Comissão Econômica<br />
Para a América Latina Instituto Latino Americano de Plan (1969)<br />
, mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará<br />
(1973) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade<br />
de São Paulo (1990) . Atualmente é Adjunto 1 da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ecologia , com<br />
ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Limnologia, Tanques de Cultivo de Peixes, Ecotecnologia,<br />
Conteúdo de Calor em Tanques de Aquicultura, Balanço Térmico<br />
em Tanques de Aquicultura e Peixes.<br />
José Roberto de oliveira bauer<br />
Cursou a Graduação na Universidade Estácio de Sá (RJ); na Universidade<br />
de São Paulo (FO/USP) cursou o Mestrado em Materiais Dentário<br />
em 2004 e o Doutorado em 2007. Foi professor na Universidade Nove<br />
de Julho (UNINOVE/SP) e fez parte de Grupo GEO na Universidade<br />
Bandeirantes (GEO/UNIBAN). Hoje atua como Professor Adjunto II na<br />
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em disciplinas do curso de<br />
graduação e pós-graduação (Mestrado), com temas relacionados com<br />
aplicação clínica dos Materiais Dentários e ocupa o cargo de Chefe do<br />
Departamento de Odontologia I. Coordena o primeiro Banco de Dentes<br />
Humanos no estado do Maranhão (BDH/UFMA). Publicou mais de 20<br />
artigos completos em periódicos e 50 resumos em anais e periódicos nacionais<br />
e internacionais. Participou em mais de 30 eventos científicos.<br />
Orientou 2 dissertações e 5 discentes em iniciação científica. Orienta<br />
Sumário<br />
376 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
1 mestrando e 6 bolsistas de IC. Tem atuação em projetos de pesquisa<br />
financiados por agências de fomento nacionais (CNPq, Capes e Finep) e<br />
regionais (Fapema e Fapesp), com a colaboração de dezenas de co-autores<br />
de IES (UEPG e FO/USP). É revisor de periódicos nacionais (RGO<br />
e Materials Research) e internacionais (Biomedical Materials, Materials<br />
Science & Engineering. A, Structural Materials: Properties and Micro,<br />
International Journal of Dentistry e European Journal of Orthodontics).<br />
É consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem<br />
experiência na área de Odontologia, com ênfase na área de técnicas de<br />
fundição, ligas básicas, materias usados na colagem de brackets e adesão<br />
a dentina e longevidade da adesão.<br />
Josefa batista lopes<br />
É Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica<br />
do Rio de Janeiro (1979) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia<br />
Universidade Católica de São Paulo (1998), com estágio em pesquisa<br />
(“bolsa sanduíche” CAPES) no Instituto Gramsci de Roma. Foi Presidente<br />
da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social<br />
- ABEPSS (1981-1983, à época ABESS), Presidente da Asociación<br />
Latino-americana de Escuelas de Trabajo Social e do Centro Latino-<br />
-americano de Trabajo Social - CELATS (1986-1989); foi membro da<br />
Diretoria Executiva da ABEPSS, biênio 2007/2008, exercendo o cargo<br />
de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação; foi representante do<br />
Brasil na Asociación Latino-americana de Enseñanza e Investigación<br />
en Trabajo Social - ALAEITS (2006-2009). É professora aposentada da<br />
Universidade Federal do Maranhão, onde ingressou por concurso pú-<br />
Sumário<br />
377 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
blico em 1971, e foi coordenadora do Curso de Graduação em Serviço<br />
Social. É vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas<br />
da UFMA, no qual exerceu a função de Coordenadora no biênio<br />
2006/2007. Atua nas áreas de Serviço Social e de Políticas Públicas,<br />
com ênfase em: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do<br />
Serviço Social; Questões de Método; Questão Social; Relação Estado e<br />
Sociedade Civil; América Latina e Lutas Sociais.<br />
larissa Nascimento barreto<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1990), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília<br />
(1993) e doutorado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de<br />
Pesquisas da Amazônia (1999). Atualmente está cursando pos-doc em<br />
Ecologia da Paisagem e Modelagem da Dinâmica da Paisagem pela Universidade<br />
de Wageningen, na Holanda, com bolsa da Capes de 2007-<br />
2008. É professora adjunto da Universidade Federal do Maranhão desde<br />
2002 e foi professora visitante de 1999-2002. Tem experiência na<br />
área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: conservação, cerrado, biodiversidade,<br />
ecologia de tartarugas, ecologia da paisagem, modelagem da dinâmica<br />
da paisagem.<br />
lívio martins Costa Junior<br />
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />
do Maranhão (2001), mestrado em Parasitologia pela Universidade<br />
Federal de Minas Gerais (2003), doutorado Sanduiche na Universitat<br />
Munchen (Ludwig-Maximilians) (2005) e Doutorado em Parasitologia<br />
Sumário<br />
378 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é Professor<br />
Adjunto I do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Parasitologia,<br />
com ênfase em Entomologia e Protozoologia de Parasitos, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: Biologia e Controle de Ixodídeos e<br />
Helmintos, e Epidemiologia, Diagnóstico e controle de Hemoparasitos.<br />
lourdes de maria leitão Nunes Rocha<br />
Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1980), Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1998) e Doutorado em Políticas Públicas pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (2005). Primeira Secretária da Secretaria de<br />
Estado da Mulher do Maranhão no período de janeiro de 2007 a abril<br />
de de 2009.Professora adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Relações de Gênero,<br />
Étnico-Raciais, Geracional, Mulheres e Feminismos – GERAMUS. Tem<br />
experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social da<br />
Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social,<br />
organização, movimentos sociais, gênero, feminismo, violência de<br />
gênero, violência doméstica e ética profissional. Autora do livro Casas-<br />
-Abrigo no Enfrentamento da Violência de Gênero (Editora Veras, 2007).<br />
luciane maria oliveira brito<br />
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado<br />
e Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro. Professora Associado III do Departamento de Medicina III da<br />
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Vice-Coordenadora do Pro-<br />
Sumário<br />
379 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
grama de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro<br />
Titular da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e<br />
Colposcopia e Presidente do Capítulo do Maranhão. Membro Titular da<br />
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-<br />
BRASGO). Membro fundador da Academia Maranhense de Ciências,<br />
Acadêmica Titular da Academia Maranhense de Medicina, Consultora<br />
ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico<br />
e Tecnológico do Maranhão, Conselheira Titular do Conselho Regional<br />
de Medicina do Maranhão. Coordenadora do Banco de Tumores<br />
e DNA do Maranhão. Área de Atuação: HPV, Ginecologia Oncológica,<br />
Climatério e Menopausa.<br />
luiz Antônio de Souza Ribeiro<br />
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />
Federal da Paraíba (1994) e doutorado em Engenharia Elétrica pela<br />
Universidade Federal da Paraíba (1998). Atualmente é professor adjunto<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área<br />
de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica Industrial, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: ac drives, induction motors, acionamentos<br />
estáticos, parameter estimation e estimaçãoo; acionamento<br />
estático; máquina indução.<br />
luiz Edmundo bastos Soledade<br />
É professor adjunto, nível inicial, da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Atua como professor de Química, no campus de Pinheiro, no Curso de<br />
Licenciatura de Ciências Naturais. Possui graduação em Engenharia<br />
Sumário<br />
380 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado<br />
em Ciência dos Combustíveis pela The Pennsylvania State University ,<br />
USA (1976) e doutorado em Química pela Universidade Federal de São<br />
Carlos (2003). Tem experiência na área de Química do Estado Sólido,<br />
com ênfase em Propriedades Ópticas e Espectroscópicas da Matéria<br />
Condensada. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: carvão,<br />
coque, gerenciamento de energia, combustíveis renováveis, catalisadores,<br />
biodiesel, pigmentos e fotoluminescência.<br />
luzeli moreira da Silva<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina<br />
(2001), mestrado em Física (2003) e doutorado em Ciências (2006) pela<br />
Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Pós-doutorado em Física<br />
na UNICAMP (2007-08). Atualmente é professora adjunto I e membro<br />
da pós-graduação em Física da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria<br />
Condensada, atuando principalmente com os seguintes temas: propriedades<br />
magnéticas, materiais magnetocalóricos, calorimetria, sistemas<br />
fortemente correlacionados e epr.<br />
lyndon de Araújo Santos<br />
Possui Graduação em História, Licenciatura, pela UNESP (1992), Mestrado<br />
em Ciências da Religião pela UNESP (1995) e Doutorado em História<br />
pela UNESP (2005). Professor Adjunto III do Depto. de História e<br />
Diretor do Centro de Ciências Humanas da UFMA (2006-2011). Tem<br />
experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase nos<br />
estudos do campo religioso brasileiro, atuando principalmente nos se-<br />
Sumário<br />
381 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
guintes temas: história das religiões e religiosidades, história cultural,<br />
protestantismo, catolicismo, teoria da história. Foi presidente da<br />
ABHR-Associação Brasileira de História das Religiões nos anos de 2006<br />
a 2011. Integra o quadro de pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação<br />
em História e de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA,<br />
Coordena o GPHR-Grupo de Pesquisa História e Religião.<br />
manoel messias Ferreira Junior<br />
Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual<br />
de Campinas (1993), mestrado em Física pela Universidade Estadual<br />
de Campinas (1995) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro<br />
de Pesquisas Físicas (2001). Atualmente é professor Associado I da<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física<br />
das Partículas Elementares e Campos, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: teorias com violação da simetria de Lorentz, modelo<br />
padrão estendido com violação de Lorentz, sistemas de baixa dimensão<br />
(sistemas planares), eletrodinâmica planar e aspectos topológicos,<br />
defeitos topológicos. Orienta atualmente dissertações de Mestrado em<br />
tópicos relacionados às linhas acima, buscando temas que proporcionem<br />
formação básica ao aluno e impliquem na produção de 1 artigo<br />
internacional indexado (qualis A). Desde 2006, finalizou orientação de<br />
8 dissertações de Mestrado, associadas à produção de 12 artigos internacionais,<br />
concebidos e produzidos in locus (na UFMA). Atualmente,<br />
coordena um Projeto PRONEX que congrega as atividades do Grupo de<br />
Física de Partículas e Campos da UFMA no Estado. É o atual coordenador<br />
do Programa de Pós-graduação em Física da UFMA.<br />
Sumário<br />
382 / 415
manuel Alfredo Araújo medeiros<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1987), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade<br />
Federal do Pará (1994) e doutorado em Geociências pela Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor adjunto<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Zoologia, com ênfase em Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Formação Alcântara, Cenomaniano,<br />
Albiano e Cretáceo.<br />
manuel dos Santos Faria<br />
Possui mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro<br />
(1976), doutorado sanduiche em Endocrinologia pela Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro e Universidade de Londres (1994). Atualmente<br />
é Professor Associado da Disciplina de Endocrinologia da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase<br />
em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />
Hipófise, Hipertiroidismo, Osteoporose, Diabetes e Obesidade.<br />
marcelo domingos Sampaio Carneiro<br />
Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal<br />
Rural da Amazônia (1986), graduação em Ciências Sociais pela Universidade<br />
Federal do Pará (1992), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento<br />
pela Universidade Federal do Pará (1994), doutorado em<br />
Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado<br />
em Doutorado Sandwich - Ecole des Hautes Etudes en Sciences<br />
Sumário<br />
383 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Sociales (2003). Atualmente é professor adjunto 3 da Universidade Federal<br />
do Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase<br />
em Sociologia Rural, Sociologia Econômica, Sociologia do Trabalho e<br />
Sociologia do Meio Ambiente.<br />
márcia manir miguel Feitosa<br />
Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(1984), mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade<br />
de São Paulo (1992) e doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela<br />
Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é Professora Associada<br />
nível III da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do<br />
corpo docente do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Cultura<br />
e Sociedade da UFMA. Coordenadora Operacional do DINTER em Linguística<br />
e Língua Portuguesa em convênio com a UNESP de Araraquara.<br />
Ex-Presidente da ABRAPLIP (Associação Brasileira de Professores<br />
de Literatura Portuguesa) na gestão 2010-2011. Tem experiência na<br />
área de Letras, com ênfase em Outras Literaturas Vernáculas, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: teoria da percepção da paisagem,<br />
literatura portuguesa e africana de língua portuguesa, cultura e identidade.<br />
márcia maria Corrêa Rêgo<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia<br />
pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Atualmente é membro do corpo docente<br />
permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação<br />
da Universidade Federal do Maranhão. É professora associada<br />
Sumário<br />
384 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
do Departamento de Biologia da UFMA. Pesquisadora da FAPEMA (Bolsa<br />
Produtividade). Coordena e orienta diversos projetos no Lea- Laboratório<br />
de Estudos sobre Abelhas DEBIO-UFMA em parcerias também<br />
com outros pesquisadores do Museu Goeldi , EMBRAPA-Belém Oriental<br />
e Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de<br />
Ecologia de abelhas, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática, biologia<br />
da polinização, nidificação e meliponicultura.<br />
marco valério Jansen Cutrim<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1987), mestrado em Botânica pela Universidade Federal<br />
Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica)<br />
pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor<br />
associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Botânica, com ênfase em Botânica Aquática, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: ambientes marinhos e estuarinos, fitoplancton,<br />
indicadores biológicos e monitoramento ambiental.<br />
maria bethânia da Costa Chein<br />
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil.<br />
Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho. Especialista<br />
em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da UFRJ. Especialista em<br />
Oncologia Clínico-Cirúrgica pelo INCA-UFF. Mestre em Medicina Ginecologia<br />
pela UFRJ. Doutora em Medicina Mastologia pela UNIFESP.<br />
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil<br />
da UFMA. Membro Fundador da Academia Maranhense de Ciên-<br />
Sumário<br />
385 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
cias. Coordena as Disciplinas de Ginecologia na Graduação em Medicina<br />
e Epidemiologia na Pós-Graduação (PPGSMIN). Consultora adhoc<br />
do PIBIC-UFMA-CNPq, FAPEMA e DECIT-MS. Membro com Título da<br />
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-<br />
BRASGO), Sociedade Brasileira de Mastologia, Associação Brasileira de<br />
Genitoscopia. Áreas de Atuação: Saúde da Mulher. Mastologia. Ginecologia.<br />
Obstetrícia.<br />
maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1986), mestrado em Patologia Oral pela Universidade Federal do<br />
Rio Grande do Norte (1996) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor<br />
adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Odontologia, com ênfase em Patologia Oral, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: câncer de boca e manifestações orais de<br />
doenças sistêmicas.<br />
maria da guia da Silva<br />
Maria da Guia possui graduação(1978) e mestrado(1983) em Engenharia<br />
Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Engenharia<br />
Elétrica pela University Of Manchester Institute Of Science<br />
And Technology-UMIST (1993). Atualmente é professor associado da<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />
Elétrica, com ênfase em Geração, Transmissão e Distribuição<br />
de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: confiabilidade<br />
e qualidade de energia e métodos probabilísticos aplicados a<br />
Sumário<br />
386 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
sistemas de potência. Orienta Mestrado e Doutorado. Além das atividades<br />
de ensino, pesquisa e orientação, tem experiência de administração<br />
na UFMA, como coordenadora do curso de graduação em Engenharia<br />
Elétrica, coordenadora do programa de pós-graduação em Engenharia<br />
de Eletricidade e como diretora do departamento de pós-graduação da<br />
UFMA.<br />
maría del Rosario girardi gutiérrez<br />
Doutor em Informática, Universidade de Genebra, Suíça, 1996. Mestre<br />
em Ciência da Computação, UFRGS, Brasil, 1991. Engenheiro de Sistemas<br />
em Computação, UdelaR, Uruguai, 1982. Professor Associado<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Atua como docente, pesquisador<br />
e orientador no Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica<br />
e no Curso de Graduação em Ciência da Computação. Suas áreas de<br />
especialização são Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Engenharia<br />
da Informação.<br />
maria do desterro Soares brandão Nascimento<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1977), mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de<br />
Goiás (1986) e doutorado em Medicina pela Universidade Federal de<br />
São Paulo (1996). Atualmente é professora do curso de doutorado da<br />
Rede Nordeste de Biotecnologia, vice-coordenadora do Dinter UERJ-<br />
-UFMA, consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico<br />
e Tecnológico, consultora da Fundação de Amparo à Pesquisa e<br />
ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e<br />
Confreira da Academia Maranhense de Ciências, estatutária-docente<br />
Sumário<br />
387 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
do Hospital Universitário da UFMA, sócia da Sociedade Brasileira de<br />
Oncologia Clínica, bolsista de pós-doutorado - Programa Nacional de<br />
Cooperação Acadêmica, membro da Sociedade Brasileira de Medicina<br />
Tropical, membro do comitê de Micologia Clínica da Sociedade Brasileira<br />
de Infectologia, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia,<br />
vice-presidente do capítulo do Maranhão da Sociedade Brasileira de<br />
Citopatologia, sócia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência<br />
- São Paulo, II secretária da Academia Maranhense de Medicina,<br />
professora adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor<br />
adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Medicina, com ênfase nos seguintes temas: doenças infecciosas<br />
e parasitárias; cancerologia (oncologia); ensino em saúde; gestão; e<br />
auditoria em saúde.<br />
maria do Rosário da Silva Ramos Costa<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1979), mestrado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade<br />
Federal de São Paulo (1995) e doutorado em Medicina (Pneumologia)<br />
pela Universidade Federal de São Paulo (2002). Atualmente é professor<br />
Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão e chefe do Departamento<br />
de Medicina I da UFMA. Presidente da Associação Maranhense<br />
de Pneumologia e Cirurgia Torácica. Coordenadora do DINTER com a<br />
UERJ. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pneumologia,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: asma, tuberculose<br />
e bronquiectasia. Em asma: programa de educação, qualidade de vida,<br />
asthma education, análise crítica de atendimento médico, pico de fluxo<br />
expiratório, asma e controle ambiental. Em tuberculose: cursos de capacitação<br />
para profissionais da saúde, fatores de adesão, diagnóstico e<br />
Sumário<br />
388 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
tratamento. Em Bronquiectasia: diagnóstico diferencial, hiperresponsividade<br />
na bronquiectasia. Coordenadora do Programa de Assistência<br />
ao Paciente Asmático.<br />
maria Izabel barboza de morais oliveira<br />
Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Oeste do<br />
Paraná (2000), Mestrado em História Social pela Universidade Federal<br />
Fluminense (2003), Doutorado em História Cultural pela Universidade<br />
de Brasília (2009). Lecionou na Universidade Estadual de Goiás e<br />
na Universidade Luterana do Brasil/ULBRA (GO). Atualmente é professora<br />
adjunta do Departamento de História da Universidade Federal<br />
do Maranhão/UFMA. É professora permanente do Programa de Pós-<br />
-Graduação em História da UFMA. Atua na área de História. Trabalha<br />
com os temas: História intelectual, história das ideias políticas, poder<br />
e sociabilidades, espelhos de príncipes, soberania, guerra e paz.<br />
maria Nilce de Sousa Ribeiro<br />
Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal<br />
do Pará (1973), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de<br />
São Paulo (1979) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade<br />
de São Paulo (1983). Atualmente é Professora Associada I da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência em Quimica de Produtos<br />
Naturais, atuando nos temas: metabólitos secundários bioativos de<br />
plantas medicinais e produtos de abelhas sem ferrão.<br />
Sumário<br />
389 / 415
maria ozanira da Silva e Silva<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Maria Ozanira da Silva e Silva possui graduação em Serviço Social<br />
pela Universidade Federal do Maranhão (1966), cursou Master of Social<br />
Work pela Western Michigan University (1976), mestrado em Serviço<br />
Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e<br />
doutorado em Serviço Social, com área de concentração em Política Social,<br />
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Desenvolveu<br />
estágio pós-doutoral no Núcleo de Estudo de Políticas Públicas<br />
da Universidade de Campinas (1995-1996). Atualmente é professora<br />
do Departamento de Serviço Social; coordenadora e professora do Programa<br />
de Pós-Graduação em Políticas Publicas (www.pgpp.ufma.br); é<br />
coordenadora do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas<br />
Direcionadas à Pobreza - GAEPP (www.gaepp.ufma.br) na Universidade<br />
Federal do Maranhão. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do<br />
CNPq nível 1A. Membro do Corpo Editorial de 8 Revistas de abrangência<br />
nacional e internacional. Foi representante adjunto na Área de Serviço<br />
Social na CAPES nos períodos 2001-2004 e 2005-2007; membro<br />
do Comitê de Assessoramento de Psicologia e Serviço Social no CNPq<br />
no período 2003/2005 e voltou a ser membro titular do mesmo Comitê<br />
com mandato de 07/2008 a 06/2011. Até fevereiro de 2012, publicou<br />
40 artigos em periódicos especializados nacionais e internacionais<br />
e 52 trabalhos completos em anais de eventos científicos nacionais e<br />
internacionais. Possui 35 capítulos de livros; 10 livros textos integrais<br />
e 12 livros organizados ou coordenados publicados. Orientou 15 dissertações<br />
de mestrado e co-orintou 01; orientou 10 teses de doutorado<br />
e co-orientou 02, na área de Políticas Públicas. Entre 1991 a 2010<br />
coordenou 17 projetos de pesquisa. Atualmente coordena 03 projetos<br />
Sumário<br />
390 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
de pesquisa.Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase<br />
em Avaliação de Políticas e Programas Sociais, atuando principalmente<br />
nos seguintes temas: Pobreza, Políticas Sociais, com destaque à Política<br />
de Assistência Social e Programas de Transferência de Renda.<br />
marilene oliveira da Rocha borges<br />
Marilene Oliveira da Rocha Borges concluiu o doutorado em Farmacologia<br />
pela Universidade Federal de São Paulo em 2000. Atualmente<br />
é Professora Associada da Universidade Federal do Maranhão. Publicou<br />
15 artigos em periódicos especializados e 64 trabalhos em anais<br />
de eventos. Participou do desenvolvimento de 50 produtos tecnológicos.<br />
Orientou 14 dissertações de mestrado e co-orientou 2, além de ter<br />
orientado 10 trabalhos de iniciação científica e 15 trabalhos de conclusão<br />
de curso nas áreas de Farmácia, Farmacologia, Medicina e Bioquímica.<br />
Recebeu prêmio José Ribeiro do Vale da Sociedade Brasileira de<br />
Farmacologia e Terapêutica Experimental, Prêmio FAPEMA, categoria<br />
Jovem Cientista-Orientadora, e prêmios no SEMIC/UFMA. Atualmente<br />
é Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas e Vice-coordenadora<br />
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Atua na área<br />
de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia de Produtos Naturais.<br />
Em suas atividades profissionais interagiu com 61 colaboradores em<br />
co-autorias de trabalhos científicos.<br />
marilete geralda da Silva<br />
Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Norte-Mineira de Ensino<br />
Superior, atual Universidade Estadual de Montes Claros (1982),<br />
Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2002)<br />
Sumário<br />
391 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
e Doutorado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará<br />
(2007). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação<br />
II e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa em Educação<br />
Especial deste programa. Atua, principalmente, nos seguintes temas:<br />
As teorias psicológicas do desenvolvimento e aprendizagem; Psicanálise<br />
e Educação; Orientação a pais e professores de alunos do atendimento<br />
educacional especializado.<br />
marina maciel Abreu<br />
É graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica<br />
do Rio de Janeiro (1977) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia<br />
Universidade Católica de São Paulo (2001). Foi membro da diretoria da<br />
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS,<br />
exercendo o cargo de Presidente no período 2007-2008, de Coordenadora<br />
Nacional de Pós-Graduação em 2005-2006 e Vice-Presidente Regional<br />
Norte em 1985-1986. Ingressou como docente na Universidade<br />
Federal do Maranhão em 1971, vinculada ao Departamento de Serviço<br />
Social e exerceu a função de Coordenadora do Curso de Graduação em<br />
Serviço Social no período 1988/1989. Atualmente é professora aposentada,<br />
com vinculação ao Programa de Pós-Graduação em Políticas<br />
Públicas da Universidade Federal do Maranhão e pesquisadora do Grupo<br />
de Estudos, Pesquisa e Debates em Serviço Social e Movimento Social<br />
-GSERMS. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase<br />
em Fundamentos Históricos e Teórico-metodológicos do Serviço Social,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: Serviço Social, relação<br />
estado e sociedade civil, trabalho e lutas sociais.<br />
Sumário<br />
392 / 415
marlus pinheiro Rolemberg<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />
do Rio Grande do Norte (1995) , mestrado em Engenharia Química pela<br />
Universidade Estadual de Campinas (1998) , doutorado em Engenharia<br />
Química pela Universidade Estadual de Campinas (2002) , pós-doutorado<br />
pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e curso-técnico-<br />
-profissionalizante em Curso Técnico em Geologia pela Escola Técnica<br />
Federal do Rio Grande do Norte (1988) . Atualmente é Professor Adjunto<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: Equilíbrio sólido-líquido, Triglicerídeos, Óleos graxos,<br />
DSC.<br />
marta Célia dantas Silva<br />
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2F, Produtividade<br />
em Pesquisa do CNPq - nível 2F. Graduação em Licenciatura em Química,<br />
Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Química<br />
pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e doutorado em Química,<br />
Universidade Federal da Paraíba (2005). Pós-doutorado, Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto<br />
nível II do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia da Universidade<br />
Federal do Maranhão, atuando também como colaboradora e pesquisadora<br />
da Universidade Federal da Paraíba. Membro permanente<br />
do Programa de Pós-graduação em Energia e Ambiente da UFMA. Tem<br />
experiência na área de Química, com ênfase em Análise Térmica, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: cinética, corante natural de<br />
urucum, biocombustíveis e aditivos.<br />
Sumário<br />
393 / 415
maxwell mariano de barros<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal<br />
de Alagoas (1985), mestrado em Matemática pela Universidade<br />
Federal do Ceará (1989) e doutorado em Matemática pela Universidade<br />
de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática,<br />
com ênfase em Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: subvariedades tipo-espaço em formas espacias semi-<br />
-Riemannianas, subvaridades em variedades com estrutura de contato<br />
e subvariedades Pseudo-parallelas.<br />
Natalino Salgado Filho<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1973), mestrado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal<br />
de São Paulo (1987) e doutorado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade<br />
Federal de São Paulo (1994). Atualmente é professor associado<br />
da Universidade Federal do Maranhão, vice-presidente da Sociedade<br />
Brasileira de Nefrologia, presidente da comissão - Ass. Nacional dos Dirigentes<br />
das Instituições Federais de Ensino Superior, membro efetivo<br />
- Kidney International Society e membro efetivo da Sociedade Brasileira<br />
de História da Medicina. Tem experiência na área de Medicina, com<br />
ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hipertensão<br />
arterial, nefropatia, diabetes, envolvimento renal e diabetes<br />
mellitus.<br />
Sumário<br />
394 / 415
Ney de barros bello Filho<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1990), mestrado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco<br />
(2000) e doutorado em Direito Ambiental pela Universidade Federal<br />
de Santa Catarina (2006), com pesquisa elaborada na Universidade<br />
de Coimbra, Portugal, e na Universitá Degli Studi di Lecce, Itália. Pós-<br />
-doutorado em Direito Constitucional pela PUC-RS. Atualmente é Juiz<br />
Federal no Maranhão, é integrante do Conselho Editorial das Revista<br />
Brasileira de Direito Ambiental e Revista de Direito Ambiental, é professor<br />
adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />
área de Direito Público, com ênfase em Direito Constitucional e Direito<br />
Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: direito ambiental,<br />
direito constitucional, direito constitucional ambiental e responsabilidade<br />
penal ambiental. Possui diversas obras publicadas.<br />
Nivaldo magalhães piorski<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1991), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela<br />
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997) e doutorado<br />
em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos<br />
(2010). Atualmente é consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa<br />
e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor adjunto<br />
III da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área<br />
de Zoologia, com ênfase em Sistemática dos Peixes de Água Doce, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: morfometria multivariada,<br />
neotropical, ictiofauna, ecomorfologia e taxonomia.<br />
Sumário<br />
395 / 415
orlando Jorge martins torres<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(UFMA-1987), Mestrado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal<br />
do Paraná (UFPR-1994), Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade<br />
Federal do Paraná (UFPR-1997) e Livre-Docência em Clínica<br />
Cirúrgica pela Universidade Federal do Ceará (UFC-2000). Estágio em<br />
Cirurgia de Hérnia no Shouldice Institute (Canadá-1999). Estágio em<br />
Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no Memorial Sloan-Kettering Cancer<br />
Center (New York - USA - 2000). Estágio em Transplante de Fígado no<br />
Thomas Starzl Liver Transplantation (University of Pittsburgh Medical<br />
Center - USA - 2005). Estágio em Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no<br />
MD Anderson Cancer Center (Houston - Texas - USA - 2010). Atualmente<br />
é Professor Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência em Cirurgia do Aparelho<br />
Digestivo, atuando principalmente nos seguintes temas: Câncer<br />
do Aparelho Digestivo, Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas,<br />
Videolaparoscopia.<br />
osvaldo Ronald Saavedra mendez<br />
Osvaldo Ronald Saavedra Mendez concluiu o doutorado em Engenharia<br />
Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1993. Atualmente<br />
é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É co-fundador<br />
do programa de Pós-Graduação de Engenharia de Eletricidade da<br />
UFMA, fundador do Núcleo de Energias Alternativas da UFMA, coordenou<br />
a fundação do Instituto de Energia Elétrica na UFMA. Coordenou<br />
e/ou participou em mais de 20 projetos de pesquisa e de desenvolvimento,<br />
de colaboração nacional e internacional, e de pesquisa aplicada.<br />
Sumário<br />
396 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Foi presidente do VII SBAI/IEEE-LARS, coordenador local SBRN 2004,<br />
coordenador local do 2004 IEEE MLSP e membro frequente de comitês<br />
de congressos nacionais e internacionais. Foi Coordenador da Região<br />
nordeste da Sociedade Brasileira de Automática e membro do Conselho<br />
Superior dessa Sociedade por dois períodos. Atualmente ocupa o cargo<br />
de vice-presidente da SBA pelo biênio 2010-2012 e membro da Comissão<br />
de Área-Engenharias IV- CAPES. É membro do comitê editorial de<br />
várias revistas, revisor de vários periódicos, membro da SBA e IEEE.<br />
Seus interesses abrangem operação de sistemas de potência em ambiente<br />
competitivo, serviços ancilares e energias renováveis.<br />
patrícia maia Correia de Albuquerque<br />
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia<br />
pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Realizou estágio pós doutoral no Museu<br />
de História Natural da Universidade de Oxford, Inglaterra (2002-2003),<br />
em Biologia da Nidificação de Abelhas. Atualmente é membro do corpo<br />
docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade<br />
e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professor Associado<br />
II do Departamento de Biologia da UFMA. Tem experiência na<br />
área de Ecologia, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas<br />
e Florísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: apoidea,<br />
abelhas, sistemática, biologia da polinização, nidificação e meliponicultura.<br />
Sumário<br />
397 / 415
paulo Fernandes Keller<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Professor Adjunto II do Departamento de Sociologia e Antropologia e do<br />
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade<br />
Federal do Maranhão (UFMA), onde atua na Linha de Pesquisa:<br />
Relações de Produção e Ação Coletiva. Colíder do Grupo de Estudos e<br />
Pesquisas “Trabalho e Sociedade” do PPGCSOC/UFMA. Bacharel em<br />
Ciências Sociais (1993), Mestre em Sociologia (1996) e Doutor em Ciências<br />
Humanas - Sociologia (2004) - pela Universidade Federal do Rio de<br />
Janeiro, com Dissertação e Tese nas subáreas Sociologia da Indústria<br />
e Sociologia do Trabalho. Pós-Doutor Júnior pela Universidade de Brasilia<br />
(2005/06), com atividades de pesquisa nas subáreas Sociologia do<br />
Trabalho e Sociologia Econômica.<br />
Regina Célia de Sousa<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1988), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1991)<br />
e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade<br />
Federal de São Carlos (1996). Atualmente é associado I da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais<br />
e Metalúrgica, com ênfase em Caracterização Microestrutural,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização metalográfica,<br />
aços microligados, aços inoxidáveis, recristalização secundária<br />
e sensitização.<br />
Sumário<br />
398 / 415
Roberto batista de lima<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Química (bacharelado) pela Universidade Federal<br />
do Rio Grande do Norte (2001), Mestrado em Físico-Química pela<br />
Universidade de São Paulo (2003) e Doutorado em Físico-Química pela<br />
Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência na área de Química,<br />
com ênfase em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Eletrocatálise, Eletroxidação de pequenas moléculas (álcoois,<br />
aldeídos, ácidos carboxílicos), Espectroscopia Vibracional (FTIRAS,<br />
SEIRAS) aplicada a estudos de sistemas eletroquímicos e superfícies<br />
metálicas monocristalinas. Realizou pós-doutoramento no Grupo de<br />
Eletroquímica do Instituto de Química de São Carlos da USP com enfase<br />
em sistemas complexos e dinâmica não linear. Atualmente é Professor<br />
Adjunto na Universidade Federal do Maranhão.<br />
Roberto Sigfrido gallegos olea<br />
Possui Graduação em Químico Laboratorista pela Universidade de Tarapacá<br />
(1979), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de<br />
São Paulo (1990) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade<br />
de São Paulo (1995). Realizou um Pós-Doutoramento em Química de<br />
Produtos Naturais no Instituto de Química da UNESP entre os anos de<br />
2004 e 2005. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal<br />
do Maranhão. Desenvolve atividades docentes em Química Orgânica<br />
e de pesquisa em Química dos Produtos Naturais, atuando principalmente<br />
na linha de pesquisa: Química e Farmacologia de espécies vegetais<br />
do Estado do Maranhão.<br />
Sumário<br />
399 / 415
Rodolfo Alván Casana Sifuentes<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Física - Universidad Nacional de Ingeniería (1992),<br />
mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1997) e<br />
doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2000).<br />
Tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas<br />
e Campos, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos<br />
bidimensionais, quebra da simetria de Lorentz e CPT, teoria de<br />
campos à temperatura finita e teoria de campos em espaços curvos.<br />
Rosane Nassar meireles guerra<br />
Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula<br />
(1980), Mestrado em Patologia Experimental pela Universidade Federal<br />
Fluminense (1988) e Doutorado em Imunologia pela Universidade de<br />
São Paulo (1996). Pós-doutorado (2007) no Centro de Pesquisa Gonçalo<br />
Moniz - FIOCRUZ. Funções atuais: professora Associada II da Universidade<br />
Federal do Maranhão e Diretora-Presidente da Fundação de<br />
Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico do<br />
Maranhão - FAPEMA. Área de atuação: Imunologia com enfoque nos<br />
seguintes temas: efeito de plantas medicinais sobre o sistema imune;<br />
autoimunidade e imunidade oral.<br />
Salviana de maria pastor Santos<br />
Possui graduação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Políticas<br />
Públicas pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Fez doutorado<br />
sanduiche na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É<br />
Professora Associada III com exercício no Departamento de Serviço So-<br />
Sumário<br />
400 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
cial e no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA.<br />
Neste último, foi eleita Coordenadora para o biênio 2012-2013. É pesquisadora,<br />
bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2,<br />
membro do Grupo de Avaliação e Estudos da Pobreza e das Políticas<br />
Direcionadas à Pobreza-GAEPP. Tem experiência em avaliação de políticas<br />
públicas, particularmente nos campos da pobreza, assistência<br />
social, saúde e educação profissional.<br />
Sandra maria Nascimento Sousa<br />
Possui Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica<br />
de São Paulo (2000). Atualmente é Professora Associada 2 da<br />
Universidade Federal do Maranhão. Tem experiências na área de Sociologia<br />
e Antropologia, atuando principalmente na produção de conhecimento<br />
relativo aos seguintes temas: gênero e sexualidade, relações<br />
de gênero, memória e identidade, desigualdades sociais e cultura<br />
histórica. Atualmente ministra aulas e orienta trabalhos de alunos da<br />
Graduação e Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Mestrado Interdisciplinar<br />
Cultura e Sociedade. Coordena Grupo de Estudos e Pesquisas<br />
na temática destacada.<br />
Sergio Figueiredo Ferretti<br />
SERGIO FIGUEIREDO FERRETTI, graduado em História (UB/UFRJ -<br />
1962) e Museologia (MHN/ Uni Rio - 1962), Mestre em Ciências Sociais<br />
- Antropologia (UFRN - 1983) e Doutor em Ciências - Antropologia Social<br />
(USP - 1991). Professor Emérito da Universidade Federal do Ma-<br />
Sumário<br />
401 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
ranhão, tendo sido Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e<br />
dos Mestrados em Políticas Públicas e em Ciências Socias. Áreas preferenciais<br />
de pesquisa e orientação: religiões afro-brasileiras, tambor de<br />
mina, Casa das Minas, cultura popular, tambor de crioula e sincretismo.<br />
É autor de artigos em periódicos científicos, capítulos de livros e<br />
livros. Membro de conselhos editoriais de vários periódicos científicos.<br />
Membro da Comissão Maranhense de Folclore.<br />
Silma Regina Ferreira pereira<br />
Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela<br />
Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Genética pela<br />
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), doutorado<br />
em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade de São Paulo<br />
(2000) e atualmente realizando Pós-doutoramento em Georgetown<br />
University Medical Center, em Washington DC, EUA. É professora Associada<br />
II do Departamento de Biologia da Universidade Federal do<br />
Maranhão, ministrando a disciplina de Genética na graduação para os<br />
cursos de Ciências Biológicas e Medicina. Professora permanente do<br />
Mestrado em Biodiversidade e Conservação e do Mestrado em Ciências<br />
da Saúde da UFMA. Com experiência na área de Genética, com ênfase<br />
em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: citogenética humana, genética de doenças infecciosas e parasitárias<br />
e mutagênese.<br />
Silvana maria moura da Silva<br />
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do<br />
Maranhão (1987), mestrado em Educação Especial (Educação do Indi-<br />
Sumário<br />
402 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
víduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1994). Doutorado<br />
em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas<br />
(1998). Pós-Doutorado pelo Departamento de Psicologia da Universidade<br />
Federal de São Carlos (2009). Professora Associada Nível III do<br />
Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão<br />
(UFMA). Professora e Orientadora nos Mestrados em Educação e<br />
Saúde Materno Infantil da UFMA. Coordenadora do Grupo de Pesquisa<br />
em Educação Especial do Mestrado em Educação da UFMA. Coordenadora<br />
Geral do Centro de execelência do Paradesporto da UFMA. Tem<br />
experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física<br />
Adaptada, atuando principalmente nos seguintes temas: brinquedoteca,<br />
Educação Física Hospitalar (Terapia para Enfermos Especiais),<br />
Educação Física Adaptada, primeira infância, estimulação precoce,<br />
crianças e deficiência visual.<br />
Silvano Alves bezerra da Silva<br />
Possui graduação em Educação Artística pela Universidade Federal da<br />
Paraíba (1984), mestrado em Ciência da Informação pela Universidade<br />
Federal da Paraíba (1998) e doutorado em Ciências da Comunicação<br />
pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Atualmente é<br />
professor do Curso de Comunicação Social e também do Programa de<br />
Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Mestrado - PGCULT) da Universidade<br />
Federal do Maranhão. É também diretor da TV UFMA. Tem<br />
experiência na área de Comunicação, com ênfase em Estética e Linguagem,<br />
atuando principalmente nos seguintes temas: processos estéticos<br />
através da mídia, estética e funcionamento discursivo, jornalismo, persuasão<br />
e retórica.<br />
Sumário<br />
403 / 415
Silvete Coradi guerini<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />
(1995), mestrado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />
(2000) e doutorado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />
(2004). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Exatas e da Terra, com<br />
ênfase em estados eletrônicos, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: dft, ab initio, bn, propriedades eletrônicas e nanotubes.<br />
Sirlane Aparecida Abreu Santana<br />
Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1991), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade<br />
Federal do Ceará (1998), doutorado em Química Analítica pelo<br />
Instituto de Química de São Carlos-Universidade de São Paulo (2003)<br />
e Pós-Doutorado pelo Instituto de Química da Universidade Estadual<br />
de Campinas (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: adsorção e química de meio ambiente.<br />
Sirliane de Souza paiva<br />
Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1989), Mestrado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1997)<br />
e Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001);<br />
Pós-Doutora em Enfermagem EEUSP (2008). Atualmente é Asssociada<br />
I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />
Sumário<br />
404 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Emergência e<br />
Processo Ensino-Aprendizagem em Enfermagem. Atualmente participa<br />
do Grupo de Habilidades Psicomotoras para o cuidado, cadastrado no<br />
CNPq.<br />
Soraia de Fátima Carvalho Souza<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1988), especialização em Endodontia pelo Centro Técnico Aeroespacial<br />
/Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo(1991),<br />
Mestrado em Clínica Odontológica com Concentração em Endodontia<br />
pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado em Odontologia<br />
(Materiais Dentários) pela Universidade de São Paulo (2007).<br />
Realizou estágio Pós-Doutoral durante 12 meses no Departamento de<br />
Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo<br />
sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio Carlos Bombana (2008). Atualmente<br />
é Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Pesquisadora vinculada ao Programa de Pós-graduação em Odontologia<br />
(PPGO). Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Endodontia<br />
e Materiais Dentários, atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: alterações bucais relacionadas às doenças sistêmicas (Anemia<br />
Falciforme), Epidemiologia, diagnóstico e tratamento dos traumatismos<br />
dentários, efetividade das medicações intracanal, propriedades físicas<br />
e mecânicas dos materiais de obturação endodôntica e propriedades<br />
mecânicas da dentina radicular.<br />
Sumário<br />
405 / 415
telma bonifácio dos Santos Reinaldo<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1980) e doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de<br />
Ciências Pedagógicas - Universidade de Havana - Cuba (2005). Título<br />
de Doutora reconhecido no Brasil pela UNB. Atualmente é professor<br />
titular da Universidade Federal do Maranhão e Consultora Pedagógia<br />
do Programa de Qualificação de Docentes da Universidade Estadual<br />
do Maranhão-UEMA. Desenvolve atividades didático-pedagógicas em<br />
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: ensino de história; parâmetros curriculares; livro didático;<br />
estutura e funcionamento da educação básica e do ensino superior,<br />
competências e habilidades na formação de professores; reforma<br />
curricular; formação docente, pesquisa e extensão. Ensino de História<br />
do Brasil, da América e Metodologia da Pesquisa, Novas Tecnologias da<br />
Educação, História da África, Gestão, Supervisão e Orientação Escolar<br />
e Educação Comparada.<br />
teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco<br />
Atuação em Química Analítica Ambiental com ênfase no desenvolvimento<br />
e aplicação de metodologias analíticas para determinação de<br />
contaminantes orgânicos em diversas matrizes. Graduada em Química<br />
Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1984), com mestrado<br />
em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade<br />
Católica do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Química<br />
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999).<br />
É professor adjunto IV e diretora do Departamento de Pós-Graduação<br />
da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente realiza estudos en-<br />
Sumário<br />
406 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
volvendo mel de abelhas (controle de qualidade e desenvolvimento de<br />
produtos de valor agregado) e contaminantes de ambientes marinhos<br />
(tintas antiincrustantes).<br />
valdinar Sousa Ribeiro<br />
Valdinar Sousa Ribeiro concluiu o doutorado em Medicina, em Ribeirão<br />
Preto, pela Universidade de São Paulo, em 2003. Atualmente é professor<br />
adjunto da Universidade Federal do Maranhão, com atuação no<br />
ensino da graduação em Pediatria e da pós-graduação em Saúde-Coletiva.<br />
Consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado<br />
do Maranhão–FAPEMA. Atua na área de Medicina, com ênfase<br />
em Saúde Materno-Infantil e Epidemiologia. Em seu currículo Lattes,<br />
os termos mais frequentes na contextualização da produção científica,<br />
tecnológica e artístico-cultural são: Epidemiologia, Saúde Perinatal,<br />
Saúde Materno-Infantil, Mortalidade Infantil e Neonatal, Baixo Peso, e<br />
Prematuridade em estudos populacionais, Saúde Coletiva, Assistência<br />
Pré-Natal, Saúde Pública.<br />
valério monteiro Neto<br />
Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal<br />
do Maranhão (1988), doutorado em Ciências (Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro)<br />
pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado<br />
em Microbiologia pela University of Arizona (EUA). Atualmente é<br />
professor titular do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência<br />
na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Médica, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: patogenicidade bacteriana,<br />
microbiologia oral e bioprospecção de produtos com atividade antimicrobiana.<br />
Sumário<br />
407 / 415
vanda maria Ferreira Simões<br />
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
Médica graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1981), com<br />
Residência Médica em Pediatria pelo Instituto Nacional de Assistência<br />
Médica e Previdência Social – INAMPS (1984), com Titulo de Especialização<br />
em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mestrado<br />
em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão –<br />
UFMA (2001). Doutorado em Medicina, área de concentração em Saúde<br />
da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão<br />
Preto – USP. Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />
Participa do quadro permanente de professores da Pós-Graduação em<br />
Saúde Coletiva e na Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Pediatria, com<br />
ênfase em Neonatologia e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos<br />
seguintes temas: crescimento e desenvolvimento, estudos de coorte e<br />
doenças crônicas não-transmissíveis, saúde da criança e do adolescente,<br />
recém-nascido de risco, prematuridade, baixo peso ao nascer,<br />
mortalidade infantil. Atualmente faz parte da equipe de coordenação<br />
do segundo estudo de coorte perinatal de São Luís (BRISA), iniciado em<br />
2009, que tem como objetivo principal estudar novos fatores etiológicos<br />
para nascimento pré-termo.<br />
vanessa Camila da Silva<br />
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual Paulista<br />
Júlio de Mesquita Filho (1999), Especialização (2001), Mestrado (2004)<br />
e Doutorado (2008) em Odontologia (Periodontia) [Araraquara] pela<br />
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é<br />
professora de Anestesiologia e Cirurgia Bucal no curso de Odontologia<br />
Sumário<br />
408 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Tem experiência na área<br />
de Odontologia, com ênfase em Periodontia e Cirurgia.<br />
vicente leonardo paucar Casas<br />
Bacharel e Engenheiro Eletricista pela Universidad Nacional del Centro<br />
del Perú-UNCP, Mestre em Engenharia Elétrica pela Pontificia Universidad<br />
Católica de Chile-PUC-CL (1989) e Doutor em Engenharia Elétrica<br />
pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1998). Ex-<br />
-Professor Titular da Universidad Nacional de Ingeniería-UNI, FIEE.<br />
Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-<br />
-UFMA, Departamento de Engenharia de Eletricidade. Sua experiência<br />
profissional e acadêmica inclui a realização de consultorias, projetos<br />
de pesquisa (P&D) e publicações de artigos científicos. Suas atividades<br />
incluem o desenvolvimento de metodologias e software de análise<br />
para a operação e planejamento de sistemas de energia elétrica (SEE),<br />
simulação e gestão de mercados elétricos competitivos, aplicações de<br />
inteligência artificial e realidade virtual em SEE e centros de controle,<br />
e segurança dinâmica de sistemas interligados. É Senior Member do<br />
IEEE.<br />
victor Elias mouchrek Filho<br />
Graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1994), Especialização em Magistério Superior pela Universidade<br />
Federal do Maranhão (2003), Mestrado em Química Analítica pela<br />
Universidade de São Paulo (1997) e Doutorado em Química Analítica<br />
pela Universidade de São Paulo (2000). Ex-Chefe do Departamento de<br />
Tecnologia Química-UFMA (2002 a 2005). Atualmente é Professor As-<br />
Sumário<br />
409 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
sociado II do Departamento de Tecnologia Química, da Pós-Graduação<br />
em Química (Mestrado) e Sub-Coordenador do Programa de Controle<br />
de Qualidade de Alimentos e Águas-PCQA da Universidade Federal do<br />
Maranhão, Consultor Técnico do Centro de Pesquisa e Processamento<br />
de Alimento-CEPPA da Universidade Federal do Paraná, Assessor<br />
Científico do MACKPESQUISA do Instituto Presbiteriano Mackenzie e<br />
consultor ad hoc da Universidade Estadual do Maranhão e da Universidade<br />
Federal do Maranhão. Orientador credenciado no Programa de<br />
Pós-Graduação em Química (Doutorado) da Universidade Federal da<br />
Paraíba. Tem experiência nas áreas de Química e Alimentos, com ênfase<br />
em Óleos Essenciais e Análises de Alimentos.<br />
vinícius José da Silva Nina<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1993), doutorado em Medicina (Cirurgia Torácica e Cardiovascular) pela<br />
Universidade de São Paulo (2003) e especialização em Cirurgia Cárdio-<br />
-Torácica na Universidade do Alabama (EUA) e no The Prince Charles<br />
Hospital (Austrália). É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia<br />
Cardiovascular/AMB e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira<br />
de Cardiologia do Maranhão. Atualmente é Professor Adjunto do Curso<br />
de Medicina e Diretor Geral do Hospital Universitário da Universidade<br />
Federal do Maranhão e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular.<br />
Professor dos Mestrados em Saúde Materno-Infantil e Ciências da<br />
Saúde da Universidade Federal do Maranhão, e do Curso de Medicina<br />
do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA). Cirurgião e Chefe<br />
do Serviço de Cirurgia Cardíaca do UDI Hospital. Tem experiência<br />
na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Cardiovascular, atuando<br />
principalmente nos seguintes temas: cirurgia cardíaca, resultados,<br />
Sumário<br />
410 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
transplante cardíaco, cardiopatias congênitas, cardiopatias valvares e<br />
doença coronariana.<br />
Wildoberto batista gurgel<br />
(AYALA GURGEL) nasceu em Alexandria-RN, em 07.08.1971. É Bacharel<br />
em Filosofia (1997), Mestre em Filosofia (2001), ambos pela Universidade<br />
Federal da Paraíba (UFPB), e Doutor em Políticas Públicas<br />
(2008) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a tese<br />
Direitos Sociais dos Moribundos, premiada pela Capes com Menção<br />
Honrosa na Edição 2010 do Prêmio Capes de Teses. Atualmente cursa<br />
Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LABORO), é<br />
professor da UFMA e desenvolve pesquisas na área de políticas públicas<br />
voltadas para a morte-morrer e na área de saúde coletiva, na área<br />
de saúde mental. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em<br />
Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. É membro da Academia<br />
Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), da Liga Acadêmica de Tanatologia<br />
(THANATOS) e da Association for the Advancement of Philosophy<br />
& Psychiatry (AAPA). Autor de artigos na área, dentre os quais se destacam<br />
seus trabalhos sobre a impossibilidade de uma moral privada, a<br />
mercantilização da morte-morrer e a relação dialética entre as formas-<br />
-de-Estado e as formas-de-Morte.<br />
Zair Abdelouahab<br />
Possui graduação em Ciência da Computação pela University Of Setif<br />
(1985) , mestrado em Computing Science pela University Of Glasgow<br />
(1988) e doutorado em Computer Studies pela University Of Lee-<br />
Sumário<br />
411 / 415
Pesquisadores<br />
da uFMa<br />
ds (1993) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal do<br />
Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação , com<br />
ênfase em Sistemas de Computação. Atuando principalmente nos seguintes<br />
temas: Orientação a Objeto, Linguagens de programação, Programação<br />
Concorrente e Paralela, Arquiteturas Paralelas.<br />
Zeni Carvalho lamy<br />
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />
(1982), Residência Médica em Pediatria (1985), Título de Especialista<br />
em Pediatria com habilitação em Neonatologia pela Sociedade Brasileira<br />
de Pediatria, mestrado em Saúde da Criança (1995) e doutorado em<br />
Saúde da Criança e da Mulher (2000), ambos pelo Instituto Fernandes<br />
Figueira - Fiocruz. Professora Adjunta do Departamento de Saúde<br />
Pública da UFMA, com inserção nos Programas de Pós-Graduação em<br />
Saúde Coletiva e em Saúde Materno Infantil. Consultora ad hoc da FA-<br />
PEMA. Consultora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento<br />
Materno do Ministério da Saúde. Experiência na área de Medicina, com<br />
ênfase em Saúde Coletiva e em Saúde Materno-Infantil.<br />
Sumário<br />
412 / 415
Editor: Jorge Murad<br />
Edição: Instituto <strong>Geia</strong><br />
Gerente Executiva: Josilene Maia<br />
Editoração Eletrônica: Aline Durans<br />
Capa e Vídeo: Farol Digital<br />
Fotografia: Albani Ramos e Wagner Moreira<br />
Desenvolvedor Web: Helder Maia<br />
Colaboradores: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico do Maranhão, Instituto Federal<br />
de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Sebastião<br />
Moreira Duarte, Senai/MA, Universidade Estadual do Maranhão<br />
e Universidade Federal do Maranhão.<br />
<strong>Plural</strong> é uma publicação bimensal editada pelo Instituto <strong>Geia</strong>,<br />
localizada na Av. Cel.Colares Moreira, nº 1, Q. 121, sala 102,<br />
São Luís–MA CEP 65.075-440 Fonefax: +55 98 3227 6655.<br />
contato@geiaplural.org.br<br />
www.geiaplural.org.br<br />
ISSN: 2238-4413<br />
Sumário<br />
EXPEDIENTE<br />
As opiniões e conceitos emitidos pelos autores são de exclusiva<br />
responsabilidade dos mesmos, não refletindo a opinião da revista<br />
nem do Instituto <strong>Geia</strong>. Sua publicação tem o propósito de estimular<br />
o debate e refletir as diversas opiniões do pensamento atual.<br />
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EMPRESAS ASSOCIADAS<br />
Agropecuária e Industrial Serra Grande<br />
Alpha Máquinas e Veículos do Nordeste<br />
ALUMAR<br />
Atlântica Serviços Gerais<br />
Bel Sul Administração e Participações<br />
CEMAR - Companhia Energética do Maranhão<br />
CIGLA - Cia. Ind. Galletti de Laminados<br />
Ducol Engenharia<br />
Grupo Mateus<br />
Lojas Gabryella<br />
Mardisa Veículos<br />
Moinhos Cruzeiro do Sul<br />
Niágara Empreendimentos<br />
Oi<br />
Rápido London<br />
SempreVerde<br />
Televisão Mirante<br />
UDI Hospital<br />
VALE<br />
Sumário<br />
414 / 415
Sumário<br />
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