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MARANHÃO - Geia Plural

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Sumário<br />

1 / 415


Pode o ambiente do<br />

trópico úmido suportar<br />

agrossistemas sustentáveis,<br />

ou a agricultura itinerante<br />

será sempre uma ameaça às<br />

florestas remanescentes?<br />

Pesquisas temáticas da<br />

Universidade Federal do<br />

Maranhão<br />

31<br />

66<br />

Implementação de<br />

um conversor de alta<br />

eficiência e baixo custo<br />

para sistema fotovoltaico<br />

de bombeamento de água<br />

104<br />

4 - Apresentação<br />

5 - A Ciência na Histório do<br />

Maranhão<br />

ÍNDICE<br />

NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012<br />

24 - Novas tecnologias na educação<br />

para auxiliar a difusão do<br />

conhecimento<br />

28 - A procura pelo saber<br />

45 - A energia maremotriz no<br />

Maranhão: uma análise crítica<br />

83 - Ectoparasitos de animais<br />

silvestres no Maranhão<br />

92 - Recursos pesqueiros do litoral<br />

maranhense: pesca e<br />

biomonitoramento<br />

128 - Controle de qualidade e métodos<br />

analíticos para drivados de<br />

petróleo e biocombustíveis<br />

152 - Tecnologia e inovação, a criação<br />

da área de PD&I da Alcoa no<br />

Brasil<br />

172 - Tecnologia de ponta é usada nas<br />

operações portuárias da VALE<br />

174 - Desenvolvimento e prototipagem<br />

de um centro de gestão da<br />

proteção da rede elétrica da<br />

CEMAR<br />

185 - Maranhão em se plantando, tudo<br />

dá<br />

2 / 415


Laboratório de Genética<br />

e Biologia Molecular do<br />

CESC/UEMA: pesquisa<br />

ictiofauna do Itapecuru<br />

218<br />

Curtimento de pele de<br />

pescada amarela com<br />

o uso de tanquinho de<br />

lavar<br />

241<br />

Projeto AeroDesign<br />

UEMA: Maranhão<br />

alçando maiores voos<br />

Pesquisadores da UFMA<br />

ÍNDICE<br />

NÚMERO 04 - JUNHO/JULHO 2012<br />

194 - O sistema híbrido eólico-solar de<br />

geração elétrica sustentável da<br />

ilha de Lençóis: uma solução<br />

viável para atendimento elétrico<br />

de ilhas do litoral do Maranhão<br />

203 - Levantamento da flora apícola em<br />

São José de Ribamar - MA<br />

224 - Leishmaniose visceral canina:<br />

uma doença que perdura trinta<br />

anos na ilha de São Luís<br />

235 - Conhecendo a fauna silvestre<br />

maranhense: aspectos biólogicos<br />

de Jurará<br />

248 - Central geradora elétrica<br />

flutuante: hidreletricidade,<br />

ecologia e sustentabilidade<br />

às populações ribeirinhas do<br />

Itapecuru.<br />

252 - Avaliação das propriedades de<br />

um composto à base de mel de<br />

abelhas e extrato de acerola<br />

272 - Pesquisadores do IFMA<br />

285 - Pesquisadores da UEMA<br />

267 330<br />

3 / 415


Sumário<br />

APRESENTAÇÃO<br />

A quarta edição da revista <strong>Plural</strong> é totalmente dedicada<br />

à divulgação das atividades científicas no Maranhão. Com<br />

o apoio e a colaboração dos dirigentes da Universidade<br />

Federal do Maranhão/UFMA, da Universidade Estadual<br />

do Maranhão/UEMA, do Instituto Federal de Educação,<br />

Ciência e Tecnologia/IFMA, além de outras instituições de<br />

ensino e pesquisa, reunimos um conjunto de informações<br />

que ajudarão nossos leitores a aprofundar os seus<br />

conhecimentos sobre os profissionais que lidam com Ciência<br />

em nosso estado.<br />

No próximo mês de julho, no período de 22 a 27, São Luís<br />

sediará a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para<br />

o Progresso da Ciência, que abordará, como tema central,<br />

“Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar<br />

a Pobreza”. Assim, com esta edição especial, esperamos<br />

dar uma pequena contribuição para divulgar o talento,<br />

a dedicação e o pioneirismo de estudantes, professores,<br />

pesquisadores e profissionais que fazem Ciência no<br />

Maranhão.<br />

Jorge Murad<br />

Presidente do Conselho Deliberativo<br />

Instituto <strong>Geia</strong><br />

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A CIÊNCIA NA HISTÓRIA<br />

DO <strong>MARANHÃO</strong><br />

(AlgumAs indicAções ligeirAs)<br />

O atraso no<br />

domínio das<br />

ciências não<br />

decorreu de ato<br />

de vontade, mas<br />

de condições<br />

objetivas. Não<br />

se tratava, de<br />

forma alguma –<br />

como a ideologia<br />

do colonialismo<br />

pretendeu fixar<br />

– de inaptidão<br />

natural do<br />

brasileiro para a<br />

ciência. No campo<br />

da ciência, o Brasil<br />

continuava a ser<br />

apenas objeto...<br />

(Nelson Werneck<br />

Sodré, Síntese de<br />

história da cultura<br />

brasileira. 11ª ed.<br />

São Paulo: Difel,<br />

1983, p. 74)<br />

Não há pergunta que não traga em si uma parte<br />

de sua resposta. A pergunta sobre o que se tem<br />

feito com a ciência e pela ciência no Maranhão, e<br />

quem a fez, indica, para não fugir à regra, o roteiro<br />

a seguir na procura da resposta. A questão está em<br />

que a resposta pode ser, de saída e sem mais, negativa<br />

– “no Maranhão não há, não houve, ciência”<br />

– sobretudo se estivermos atentos a certa queda<br />

para fazer pouco e dar por menos, que parece ser<br />

marca distintiva e indelével, ao longo de quatro séculos,<br />

do temperamento maranhense.<br />

Tenhamos presente, no entanto, a pedagogia antiga<br />

segundo a qual a prudência vem depois da<br />

sabedoria e por ela se orienta: ou seja, conhecer<br />

precede fazer, não importando o quanto de rudimentar<br />

seja ainda o conhecimento. Tomando essa<br />

lição como método, abriremos vereda para a entrada<br />

da ciência no Maranhão, desde os primórdios de<br />

sua história.<br />

Deveu-se à ciência – e não a simples acaso ou<br />

a lances de sorte, ou aventura – o fato de os franceses<br />

haverem chegado, com sucesso, ao Maranhão<br />

antes dos portugueses. Os marinheiros<br />

bretões tinham melhor conhecimento dos mares<br />

para onde escorrem as águas do Amazonas.<br />

Sumário<br />

Sebastião Moreira Duarte<br />

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Os capitães lusos mal sabiam<br />

para que lado ficavam as terras<br />

que lhes doara el-rei. Naufragaram<br />

um depois do outro, antes de<br />

aqui chegarem.<br />

Por outro lado, é o Maranhão<br />

que logo entra na ciência, faz-se<br />

objeto de estudo para aqueles herdeiros<br />

do Renascimento, tocados<br />

pela curiosidade de saber. Apenas<br />

quatro meses passados do 8 de<br />

setembro inaugural, frei Claude<br />

d’Abbeville, ainda em 1612, volta<br />

à França e escreve a História da<br />

missão dos padres capuchinhos<br />

na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas,<br />

que é ao mesmo tempo<br />

o relato de um místico encantado<br />

e um compêndio de geografia,<br />

linguística, antropologia, zoologia<br />

e botânica da nova terra. 1 Tanta<br />

informação ainda parece pouca a<br />

seu superior Yves d’Evreux, que<br />

quase o repreende por apressado<br />

Sumário<br />

e incompleto, quando dá a publicar,<br />

com o título de Viagem ao Norte,<br />

a sua Continuação da história<br />

das coisas memoráveis havidas<br />

no Maranhão nos anos de 1613 e<br />

1614. 2 Do significado dessas obras<br />

para a cultura ocidental se dirá<br />

bastante, se se lembrar que servirão<br />

de reforço à criação do mito<br />

do “Bom Selvagem”, fermento da<br />

filosofia de Rousseau, da Revolução<br />

Francesa e do Romantismo.<br />

Retomada a terra pelos portugueses,<br />

estes a conhecem melhor,<br />

mas não se surpreendem menos<br />

quando lhe descrevem a fauna e<br />

a flora, e as abundantes riquezas<br />

do solo. Epítome dessa impressão<br />

está na propaganda feita por Simão<br />

Estácio da Silveira em sua<br />

Relação sumária das cousas do<br />

Maranhão, de 1624, escrita com<br />

o objetivo de atrair povoadores<br />

para a nova conquista. 3 Dele fi-<br />

1 O livro de Claude d’Abbeville saiu em Paris, pela Imprimerie de François Huby, em 1614. A tradução portuguesa, a<br />

cargo de César Marques, demorou muito e saiu muito defeituosa (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha<br />

do Maranhão e terras circunvizinhas. São Luís: Tipografia do Frias, 1874). Uma segunda tradução foi feita por Sérgio<br />

Milliet (História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças. São Paulo: Martins,<br />

1945) e reeditada, a partir de 1975, pela Editora Itatiaia, de Belo Horizonte. Há poucos anos, voltou a velha tradução de<br />

César Marques (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre). Todas essas edições estão esgotadas.<br />

2 Impresso com o título Svitte de l’histoire des choses plvs memorables advenues en Maragnan ès années 1613 & 1614<br />

(Paris, 1615), o livro de Yves d’Evreux não foi a público, atendendo a interesses diplomáticos entre França e Espanha.<br />

Ferdinand Denis reeditou-o a partir de um exemplar que encontrou na Biblioteca de Paris, dando-lhe o título Voyage<br />

dans le nord du Brésil fait durant les années 1613 et 1614 par le Père Yves d’Evreux (Leipzig: & Paris: Librairie A Franck/<br />

Albert L. Herold, 1864) e uma introdução. A tradução portuguesa é também de César Marques: História da missão dos<br />

padres capuchinhos (Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614) e reapareceu outras vezes (2ª ed.: Rio de<br />

Janeiro: Livraria Leite Ribeiro, 1929; 3ª ed.: São Paulo: Siciliano, 2002; 4ª ed.: Brasília: Senado Federal, 2007; 5ª ed.:<br />

Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2009).<br />

6 / 415


Sumário<br />

zeram fama as palavras: “Eu me<br />

resolvo que esta é a melhor terra<br />

do mundo, donde os naturais<br />

são muito fortes e vivem muitos<br />

anos, e consta-nos que, do que<br />

correram os portugueses, o melhor<br />

é o Brasil, e o Maranhão é<br />

Brasil melhor.” Outro catálogo de<br />

coisas maranhenses é a História<br />

dos animais e árvores do Maranhão,<br />

de Frei Cristóvão de Lisboa<br />

(1583-1652), ou a ele atribuído,<br />

importante compêndio da botânica<br />

e zoologia (pré)-amazônica do<br />

século XVII. 4<br />

Cresce a população, forma-se o<br />

núcleo da capital, busca-se dominar<br />

o vasto território, expandem-<br />

-se aldeias pelo interior. Chegam<br />

os educadores: os jesuítas, cruzados<br />

medievais mandados ao novo<br />

continente, místicos teimosos capazes<br />

do último sacrifício e, nada<br />

menos, os intelectuais mais refinados<br />

que nos pode mandar a catolicidade<br />

europeia. Iríamos longe,<br />

se tivéssemos de contar o número<br />

de jesuítas que, por quase dois<br />

séculos, deram o melhor de sua<br />

3 A Relação sumária... de Diogo de Campos Moreno (Lisboa: Geraldo da Vinha, 1624), de apenas 23p. na edição original,<br />

foi reeditada nas Memórias para a história do extinto Estado do Maranhão, de Cândido Mendes de Almeida (Rio de Janeiro:<br />

Nova Tip. de J. Paulo Hildebrand, 1874, t. III, p. 1-31; Paraíba do Sul: Tip. de C. M. de A.; Revista do Instituto do<br />

Ceará; t. XIX (1905), p. 124-54; Lisboa: Imprensa Nacional, 1911; Boston, MA: Massachusetts Historical, 1929; Anais da<br />

Biblioteca Nacional, v. 94 (1874), p. 97-105). Sua última edição saiu pela Editora Siciliano (Coleção Maranhão Sempre),<br />

em 2001.<br />

4 Frei Cristóvão de Lisboa veio ao Maranhão como Visitador e Inquisidor Apostólico. Sua obra saiu inicialmente pelo<br />

Arquivo Histórico Ultramarino/Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, em 1967. Além de recente edição portuguesa,<br />

foi reeditada três vezes no Brasil, a última das quais em 1998 (São Luís: Alumar; Coleção Documentos Maranhenses).<br />

7 / 415


abnegação para formar o intelecto<br />

de nossos curumins coloniais,<br />

não sem intrigas incríveis e maquinações<br />

inconfessáveis, ainda<br />

que “tudo para a maior glória de<br />

Deus”. Exemplo maior deles é o<br />

Padre Antônio Vieira (1608-1697),<br />

sem dúvida, a voz mais vigorosa<br />

de que se tem notícia, como orador<br />

sacro, capaz de reunir em si<br />

o melhor de Erasmo e o pior de<br />

Maquiavel. No Maranhão, ou por<br />

causa do Maranhão, Vieira pronunciou<br />

sermões e escreveu cartas<br />

que são verdadeiros tratados<br />

de teologia, filosofia, ciência política,<br />

do planejamento e diplomacia.<br />

Mas os jesuítas, como é notório,<br />

sabiam, com o mesmo ardor<br />

da profissão religiosa, trabalhar<br />

no terreno estrito da técnica e das<br />

coisas práticas. Causará assombro,<br />

ainda hoje, visitarmos o sítio<br />

Tamancão, à beira da baía de São<br />

Marcos, em São Luís, e, por suas<br />

ruínas, conhecermos o quanto de<br />

ciência foi aplicada a uma indústria<br />

de descascar arroz que aí eles<br />

construíram a meados do século<br />

XVIII, com energia gerada do movimento<br />

das marés.<br />

Estoque não menor de ciência<br />

terá despendido, em inícios do século<br />

XIX, o físico-mor da Capitania<br />

do Maranhão, Antônio José<br />

Sumário<br />

Padre Antônio Vieira<br />

da Silva Pereira, no complexo industrial<br />

em que girava uma indústria<br />

de velas, outra de fogos de<br />

artifício, um curtume e uma cerâmica,<br />

segundo se depreende dos<br />

alicerces e paredes que restam do<br />

sítio Santo Antônio das Alegrias,<br />

conhecido como Sítio do Físico,<br />

também em São Luís.<br />

Engenheiros por aqui andaram<br />

muitos. O que por primeiro<br />

se registra é Francisco Frias de<br />

Mesquita, aqui chegado em companhia<br />

de Jerônimo de Albuquerque.<br />

Para não perdermos a cronologia,<br />

fixemos, de passagem, o<br />

nome do coronel Antônio Bernar-<br />

8 / 415


dino Pereira do Lago (...-1847), do<br />

Real Corpo de Engenheiros, que,<br />

com seu colega Joaquim Cândido<br />

Guilhobel, “desenhista, e dizem<br />

que [...] muito hábil” (César Marques),<br />

nos deixou, às vésperas da<br />

Independência, uma Carta Geral<br />

da Capitania do Maranhão, “a<br />

primeira de semelhante natureza<br />

que se fazia” (César Marques),<br />

além de um Itinerário da Província<br />

do Maranhão e uma Estatística<br />

histórico-geográfica da Província<br />

doMaranhão. 5 Pereira do Lago<br />

foi também meteorologista, autor<br />

das primeiras pesquisas do gênero,<br />

nesta terra.<br />

Às vésperas da Independência,<br />

aparecem os pioneiros da ciência<br />

econômica da velha Capitania:<br />

Joaquim José Sabino de Resende<br />

Faria e Silva (1759-1843), com<br />

sua Memória político-econômica<br />

sobre o Maranhão, 6 e Raimundo<br />

José de Sousa Gaioso (1747-<br />

Sumário<br />

1813), autor do Compêndio histórico-político<br />

dos princípios da<br />

lavoura do Maranhão, 7 textos que<br />

prenunciam a mudança de paradigmas<br />

econômicos e a ruptura<br />

política inevitável.<br />

Ainda às vésperas da Independência,<br />

o major Francisco de Paula<br />

Ribeiro (...-1823), em sua faina de<br />

explorador dos sertões, evidencia<br />

intuições de antropólogo, quando<br />

propõe uma política indigenista<br />

que harmonize a ocupação do território<br />

com a necessidade de convivência<br />

pacífica com os nossos<br />

silvícolas. 8<br />

Ao novo país que se forma, o<br />

Maranhão chega de forma tardia<br />

e traumática, mas cedo toma posição<br />

de frente no plano intelectual.<br />

De Coimbra, aonde foram<br />

mandados a estudar, voltam os<br />

filhos dos nossos barões da terra,<br />

enriquecidos com o crescimento<br />

econômico do final do século an-<br />

5 O Itinerário... de Pereira do Lago, de 1820, ganhou letra de forma na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro<br />

(p. 385-422), a partir de manuscrito existente na Secretaria de Governo do Maranhão. Reeditou-a o Departamento de<br />

Cultura do Estado, a cargo de Domingos Vieira Filho, em 1938. Uma edição recente integra a Coleção Maranhão Sempre<br />

(São Paulo: Siciliano, 2001). A Estatística (Lisboa: Na Typ. Da Academia Real das Ciências, 1822) teve a última edição,<br />

em 2001, pela mesma Editora.<br />

6 A Memória... de Sabino, deixada em manuscrito e guardada na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, foi objeto de tese<br />

doutoral de Milton Torres, publicada com o título de O Maranhão e o Piauí no espaço colonial (São Luís: Instituto <strong>Geia</strong>,<br />

2006; Coleção <strong>Geia</strong> de Temas Maranhenses).<br />

7 O Compêndio... de Gaioso (Paris: Oficina de P. N. Rougeron, 1818) recebeu edição fac-similar em 1970, aos cuidados<br />

da extinta Sudema, no Maranhão. Foi republicada, com ortografia atualizada, pelo Instituto <strong>Geia</strong>, em 2011.<br />

8 Ver os seus escritos reunidos aos cuidados de Manuel de Jesus Barros Martins, sob o título de Memórias dos sertões<br />

maranhenses (São Paulo: Siciliano, 2002; Coleção Maranhão Sempre).<br />

9 VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. 4ª ed. Brasília: Editora da UnB, 1963, p. 185. (Biblioteca Básica<br />

Nacional).<br />

9 / 415


terior. Forma-se o Grupo Maranhense,<br />

epíteto dado por José Veríssimo<br />

àqueles que fizeram valer<br />

a São Luís a antonomásia de Atenas<br />

Brasileira. 9 Como de costume<br />

à época, os homens de letras se<br />

desdobram em homens de ciência.<br />

E, cada um em sua área, os primeiros:<br />

Manuel Odorico Mendes<br />

(1799-1864), na filologia e nos estudos<br />

clássicos; Francisco Sotero<br />

dos Reis (1800-1871), na gramática;<br />

João Francisco Lisboa (1812-<br />

1863), na historiografia; Joaquim<br />

Gomes de Sousa (1829-1863), na<br />

matemática. E mais famoso que<br />

todos, Antônio Gonçalves Dias<br />

(1823-1864), o qual, cientista tanto<br />

quanto poeta, como Goethe, foi<br />

historiador, antropólogo, naturalista,<br />

pesquisador de campo. 10<br />

Odorico será, por largo tempo,<br />

o único brasileiro a traduzir todo<br />

o Virgílio e todo o Homero. Seu<br />

trabalho lhe dará o prestígio de<br />

Patrono dos Tradutores Brasileiros.<br />

(O outro tradutor da obra inteira<br />

dos dois clássicos surge já<br />

no século XX, e será também um<br />

maranhense: Carlos Alberto Nu-<br />

Sumário<br />

nes); Francisco Sotero dos Reis<br />

será mestre da Gramática; de<br />

João Francisco Lisboa, que polemizou<br />

com Varnhagen, o historiógrafo<br />

cortesão do Brasil Imperial,<br />

temos o depoimento do próprio<br />

Varnhagen, de que ele foi “o nosso<br />

primeiro e único historiador, o pai<br />

da nossa História”.<br />

Caso, porém, de causar nada<br />

menos que espanto no culto à ciência<br />

prestado por um maranhense<br />

é Joaquim Gomes de Sousa.<br />

Nascido em Itapecuru-Mirim, 11 já<br />

aos 15 anos encontramo-lo matriculado<br />

no curso de Medicina<br />

do Rio de Janeiro. Aos 18, requer<br />

exame das matérias da Engenharia,<br />

que estudara sozinho. No ano<br />

seguinte, mediante concurso, se<br />

faz catedrático da Faculdade que<br />

relutara em recebê-lo como aluno.<br />

Ao certame, que se realiza em<br />

etapas, vem assistir, incrédulo, o<br />

próprio imperador Pedro II. E não<br />

fica nisso o nosso Sousinha: em<br />

1854, aos 25 anos, na França –<br />

como depõe Humberto de Campos<br />

–, “corre a assistir uma aula<br />

do famoso professor Crouchy, que<br />

10 Odorico Mendes, Sotero dos Reis, João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa e Gonçalves Dias estão biografados no<br />

Pantheon maranhense, de Antônio Henriques Leal. Ver, respectivamente, na 2ª ed. (Rio de Janeiro: Alhambra, 1987.<br />

Coleção Documentos Maranhenses, da Academia Maranhense de Letras): t. I, p. 7-54 e notas, p. 139-44; p. 65-94; p. 237-<br />

254 e notas, p. 145-166; t. II, p. 295-387 e notas, p. 431-51; p. 3-168 e apêndice, p. 169-289. Por extensa e mais conhecida,<br />

omite-se a bibliografia desses autores.<br />

11 Em São Luís, o nome de Gomes de Sousa está associado ao casarão de seus pais, situado à Rua do Sol, onde hoje está<br />

o Museu Histórico do Maranhão.<br />

10 / 415


era, na opinião geral, o maior matemático<br />

do tempo. Em meio da<br />

aula, apresentada por este uma<br />

equação como não integralizável,<br />

Gomes de Sousa ergue-se, e pede:<br />

“– Dá licença?<br />

“E, dirigindo-se à pedra, mostra<br />

por duas vezes, o engano do sábio<br />

que, diz-se, o abraçou, comovido,<br />

e se tornou depois o maior de seus<br />

amigos.” 12<br />

Ainda em Paris, conclui o curso<br />

de Medicina interrompido no<br />

Rio de Janeiro. Sua fama corre a<br />

Europa. Recebido no Instituto de<br />

França, aí apresenta memórias<br />

que se intitulam Dissertação sobre<br />

o modo de indagar novos astros<br />

sem auxílio das observações<br />

diretas e Métodos gerais de integração<br />

e da integral da equação diferencial<br />

do problema do som. Na<br />

Inglaterra, discorre sobre a Propagação<br />

dos movimentos nos meios<br />

elásticos, compreendendo o movimento<br />

nos meios cristaloides, e<br />

teoria da luz, e sobre a Fisiologia<br />

geral das ciências matemáticas e<br />

uniformização dos métodos analíticos,<br />

entre outras.<br />

Vida luminosa como a que levou<br />

Gomes de Sousa extinguir-se-<br />

-ia como um meteoro (1.6.1863).<br />

Sumário<br />

“Esse homem formidável, que foi<br />

matemático, médico, astrônomo,<br />

geólogo, financista, engenheiro,<br />

historiador, jurista, crítico literário,<br />

um completo erudito, em<br />

suma”, viveu apenas “trinta e<br />

quatro anos, três meses e quinze<br />

dias.” 13<br />

Mas o número de cientistas maranhenses<br />

do século XIX não se<br />

fecha com o Grupo Maranhense.<br />

Quatro, em especial, dos maiores<br />

do Brasil em seu tempo, obrigam-<br />

-nos a relembrá-los neste rápido<br />

escorço: Frei Custódio Alves da<br />

Pureza Serrão, Cândido Mendes<br />

de Almeida, Raimundo Teixeira<br />

Mendes e Raimundo Nina Rodrigues.<br />

Frei Custódio Alves Serrão<br />

(1799-1873), religioso do convento<br />

do Carmo de Alcântara, depois<br />

secularizado, estudante em Coimbra<br />

pelos últimos anos do Período<br />

Colonial, teve os mesmos mestres<br />

que Odorico Mendes, mas não se<br />

notabilizou pelo culto aos clássicos<br />

como o seu colega. Consagrou-<br />

-se, em vez, às ciências naturais.<br />

De Portugal, depois de formado,<br />

transfere-se para o Rio de Janeiro,<br />

em cuja Academia Militar (1826-<br />

1832) foi sucessivamente lente de<br />

12 CAMPOS, Humberto de. Carvalhos e roseiras. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1962, p. 64-65.<br />

13 Idem, op. cit., p. 68.<br />

11 / 415


Geologia, Botânica, Química, Física<br />

e Mineralogia. “Em dia com os<br />

progressos e descobertas da ciência”<br />

– lembra seu biógrafo Antônio<br />

Henriques Leal – “mal começava a<br />

firmar-se na Europa a teoria atômica,<br />

já o sábio professor punha<br />

seus discípulos ao corrente dela,<br />

explicando-a primeiro da cadeira,<br />

e depois em 1840, pela imprensa,<br />

em um folheto que tive o prazer<br />

de consultar admirando nele<br />

a clareza da exposição de suas<br />

ideias científicas sobre a matéria,<br />

e os argumentos bem deduzidos<br />

e vigorosos com que as sustentou<br />

e desenvolveu.” 14 Como diretor<br />

do Museu Nacional e, depois, do<br />

Jardim Botânico da Lagoa Rodrigo<br />

de Freitas, alcançou reconhecimento<br />

nacional. Foi também<br />

membro do Conselho da Casa da<br />

Moeda e, como botânico, do Instituto<br />

Fluminense de Agricultura.<br />

“O Dr. Fr. Custódio” – conclui<br />

Henriques Leal – “não era só botânico,<br />

nem só mineralogista, mas<br />

também astrônomo, e ao lado dos<br />

microscópios e maçaricos tinha<br />

o seu telescópio, que aparelhava<br />

para se engolfar na contemplação<br />

das maravilhas celestes”. 15<br />

Cândido Mendes (1818-1881),<br />

14 Pantheon maranhense, ed. cit., t. II, p, 416.<br />

15 Op. cit., p. 422-23.<br />

Sumário<br />

natural de Brejo de Anapurus, foi<br />

o Geógrafo Brasileiro do século<br />

XIX, além de jurista e historiador.<br />

O País lhe deve o Atlas do Império<br />

do Brasil (1868); a Província natal,<br />

a exata configuração de seu<br />

mapa geográfico, por ele defendido<br />

em A Carolina ou a definitiva<br />

fixação dos limites entre as Províncias<br />

de Goiás e do Maranhão<br />

(1852-54). Seu saber jurídico ficou<br />

reconhecido, em especial, por<br />

seus comentários e anotações ao<br />

Código Filipino (1874), de grande<br />

utilidade, até hoje, para os estudiosos<br />

da matéria.<br />

Cândido Mendes<br />

12 / 415


Raimundo Teixeira Mendes<br />

Raimundo Teixeira Mendes<br />

(1855-1927), caxiense, filósofo e<br />

engenheiro, exerceu um duplo<br />

apostolado: o do Positivismo e o<br />

da República brasileira. Ao lado<br />

de Miguel Lemos, é figura central<br />

da Religião da Humanidade no<br />

Brasil. Republicano por motivação<br />

religiosa, foi o idealizador da<br />

Bandeira Nacional. Pouco é falar<br />

dele, se, às virtudes de seu intelecto,<br />

não se somar o exemplo de<br />

dignidade em que viveu e serviu<br />

à causa republicana, a ponto de<br />

impor-se ao respeito e à venera-<br />

16 In Apontamentos de literatura maranhense, 2ª ed. São Luís: Sioge, p.194.<br />

Sumário<br />

ção de autoridades que não comungavam<br />

na sua mesma fé.<br />

Raimundo Nina Rodrigues<br />

(1862-1906), nascido em Vargem<br />

Grande, médico, criminalista e etnógrafo,<br />

foi o criador da Medicina<br />

Legal e da antropologia negra<br />

no Brasil. “Internacionalmente<br />

reconhecido por seu saber” – comenta<br />

Jomar Moraes -, mereceu<br />

inúmeras distinções de entidades<br />

estrangeiras dedicadas à Ciência.”<br />

16 A autópsia por ele feita do<br />

crânio de Antônio Conselheiro, o<br />

líder da revolta de Canudos, correu<br />

o mundo em francês e inglês,<br />

e surpreendeu a expectativa dos<br />

homens de ciência de seu tempo<br />

quando o deu por “normal”.<br />

Neste ponto, antes que avancemos<br />

com o elenco dos que fizeram<br />

ciência no Maranhão<br />

no Período Republicano, convém<br />

responder a uma pergunta<br />

e fazer algumas considerações.<br />

A pergunta: não foram poucos<br />

os cientistas desta terra nos tempos<br />

da Colônia e do Império, além<br />

de pouco diversificados no espectro<br />

de suas qualificações profissionais?<br />

A questão é problemática para<br />

os que se detêm a ver o mundo<br />

pela ótica de nossos dias, do modo<br />

13 / 415


de vida que levamos hoje, e do que<br />

isso implica em termos de necessidades<br />

habituais. Consideremos,<br />

porém, que a história dos tempos<br />

passados, no Brasil e fora do Brasil,<br />

não registra conflitos sociais<br />

ou desequilíbrios econômicos provocados<br />

por um baixo estoque de<br />

alto saber – e isso talvez nos ajude<br />

no devido enquadramento da<br />

questão.<br />

A ciência não aparece de forma<br />

hipostática sobre o tempo e o meio,<br />

como surgindo do nada, à espera<br />

de ser admirada ou posta em uso.<br />

No caso brasileiro e maranhense,<br />

a nossa sociedade produzia a<br />

ciência por quanto dela carecia,<br />

num ambiente de lenta mudança,<br />

papéis sociais quase estáticos,<br />

marcadamente rural e extrativista,<br />

no qual as necessidades básicas<br />

de sustento e bem-estar eram<br />

satisfeitas pela lei do mais fácil,<br />

acionando-se as mãos mais que<br />

a mente. Nossos bacharéis eram<br />

filhos de coronéis. Escapava-lhes,<br />

por anacrônico, o sentido utilitário<br />

do conhecimento científico. A<br />

ciência jurídica continha a suma<br />

do que precisavam, de imediato,<br />

para acomodar eventuais proble-<br />

Sumário<br />

mas de instabilidade social ou<br />

econômica. Daí que, sem maiores<br />

consequências, pudessem cultivar<br />

um saber ornamentício, que<br />

lhes garantisse prestígio ao clã familiar<br />

e dilatasse pelos anos a vir<br />

a ordem do sistema agrário-patriarcal.<br />

17<br />

Veja-se, a propósito, que, na<br />

passagem da Colônia para o País<br />

independente, os nossos juristas<br />

e beletristas imperiais mudaram<br />

de escola, sem mudarem a escola.<br />

De Coimbra, passaram para Olinda.<br />

No panorama nacional, não<br />

há diferença, sob este aspecto, entre<br />

Gonçalves Dias e Castro Alves.<br />

(A exceção também fazia parte da<br />

regra: havia, é certo, uns poucos<br />

que estudaram medicina ou algum<br />

tipo de engenharia – e iam<br />

se formar em outra praça, até no<br />

Exterior, mas sem se afastarem,<br />

no geral, do que lhes solicitava o<br />

“perfil profissiográfico” da Província<br />

estagnada).<br />

Já antes, porém, por efeitos da<br />

Revolução Industrial, havia chegado<br />

a hora em que o mundo haveria<br />

de guiar-se por novos parâmetros.<br />

A ideia de progresso<br />

difundia-se como o elemento que<br />

17 Neste saber para efeitos decorativos encantava-se a classe aristocrática maranhense e enganavam-se os nossos<br />

visitantes. Daniel Kidder anotará em 1841 que “os maranhenses alegam possuir, e não sem razão, um grau de<br />

desenvolvimento intelectual e moral comparável aos seus patrícios das maiores cidades do Império”. (Reminiscências de<br />

viagens e permanências nas Províncias do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, p. 235)<br />

14 / 415


asseguraria, com toda certeza, a<br />

felicidade universal. A humanidade<br />

alcançava, enfim, o “moderno”,<br />

e este se prometia como a última<br />

e irreversível fronteira da civilização.<br />

A nova idade obrigava ao uso<br />

mais do cérebro que do braço humano.<br />

Está aí identificado o marco diferenciador,<br />

sinalizando, também<br />

para nós, a virada histórica para<br />

a agenda de aggiornamento, que<br />

tardamos a cumprir, porque o modelo<br />

de sociedade – e até as facilidades<br />

da natureza – garantiam um<br />

bem-estar sem esforço para uns<br />

poucos, mas que nem para esses<br />

iria muito adiante. Sem muito nos<br />

darmos conta, perdemos o passo<br />

da História. Pagamos o preço do<br />

atraso. Calculamo-lo mal.<br />

Assim atravessaremos os tempos.<br />

A nossa produção econômica,<br />

de base não mais que extrativista,<br />

chegará a momentos de pico,<br />

e será levada até ao mercado internacional,<br />

como aconteceu, por<br />

exemplo, nas décadas da Companhia-Geral<br />

do Comércio do Grão-<br />

-Pará e Maranhão (1755-1775),<br />

mas isso só enquanto outros centros<br />

produtivos não incorporavam<br />

avanços mecânico-tecnológicos<br />

que, fechando o arco do tempo,<br />

tornariam obsoleto o parque industrial<br />

maranhense, pouco mais<br />

Sumário<br />

de um século diante. Inexistente o<br />

capital humano, por utilização da<br />

ciência útil, ineficiente se fez até o<br />

investimento do capital financeiro<br />

em nossa indústria incipiente.<br />

É este o sentido da crise<br />

republicana, que nos trouxe um<br />

choque de modernidade, mas ao<br />

qual, no isolamento maranhense,<br />

não poderíamos responder, porque<br />

sequer pudemos adverti-lo. A<br />

república – aqui e lá fora, no cenário<br />

nacional – foi um gesto voluntarista<br />

de militares e intelectuais<br />

de gabinete, uma violência<br />

que apanhou “bestializado” não<br />

apenas ao povo, mas boa parte<br />

de nossa elite. Queríamos os fins.<br />

Não tínhamos os meios. Não os<br />

enxergávamos de perto, nem fazíamos<br />

ideia de onde encontrá-los.<br />

Guiamo-nos – aqui mais do que lá<br />

fora – pelo instinto de acomodação<br />

que do “crepúsculo vesperal da<br />

monarquia” (Humberto de Campos)<br />

prolongava-se na “tristíssima<br />

e caliginosa noite” (Antônio Lobo)<br />

em que, ilhado, mergulhou o Maranhão<br />

por décadas a fio. Nada<br />

dava certo. Nada iria dar certo.<br />

Não faltaram luzes no semáforo,<br />

tênues embora, que acenassem<br />

à necessidade de devassar caminhos<br />

mais esclarecidos para a<br />

República nestas plagas: as conferências<br />

da “Universidade Popu-<br />

15 / 415


lar” dos positivistas – pouco eficazes,<br />

pelo formato fragmentário em<br />

que se organizavam – e a voz do<br />

poeta Sousândrade que, recém-<br />

-vindo de longe, via, em contraste,<br />

a sonolência em que permanecia<br />

o Maranhão, e chegou a oferecer a<br />

própria residência para que, pela<br />

universidade que nela se abrisse,<br />

entrasse o sopro renovador<br />

do século que viria, com sua cobrança<br />

inexorável. A sonolência<br />

continuou. O Poeta visionário, ridicularizado,<br />

morreu pobre e esquecido.<br />

Aqui, outra vez, as exceções<br />

– que é bom não esquecer, por<br />

tudo quanto revestem de exemplar<br />

– não fogem à regra senão<br />

para confirmá-la, isto é, para expor<br />

às claras a falta que o domínio<br />

do conhecimento aplicado fez<br />

em nosso meio. Registremos, no<br />

ramo farmacêutico, misturados<br />

com nomes estrangeiros que se<br />

facilmente se veem nos almanaques<br />

maranhenses de fins do século<br />

XIX, as iniciativas de João<br />

Vital de Matos e Jesus Norberto<br />

Sumário<br />

Gomes, “pioneiras de uma indústria<br />

farmacêutica que teria um<br />

apreciável desenvolvimento ainda<br />

na primeira metade ou, pelo menos,<br />

no primeiro quartel do século<br />

XX.” 18<br />

Faltavam ao Maranhão as instituições<br />

de alta cultura, imprescindíveis<br />

para dar suporte à sua<br />

produção de riqueza. Carecíamos<br />

de universidade. Na verdade, chegava<br />

à plena evidência o impasse:<br />

não tínhamos universidade porque<br />

não tínhamos riqueza, não<br />

tínhamos riqueza porque não tínhamos<br />

universidade, pois uma<br />

coisa não se dá antes nem depois<br />

da outra. Com isso, perdíamos<br />

mais que a universidade: não<br />

tínhamos as escolas de mais baixo<br />

nível, e continuávamos “o estado<br />

essencialmente agrícola”, dominado<br />

por coronéis analfabetos explorando<br />

lavradores analfabetos,<br />

satisfeitos na arcaica agricultura<br />

rudimentar.<br />

Nossas elites urbanas estremeceram<br />

perante tamanho atraso<br />

e pretenderam remediá-lo, mas<br />

18 MEIRELES, Mário M. Apontamentos para a História da Farmácia no Maranhão, in Dez estudos históricos. São<br />

Luís: Alumar, 1984, p. 183. (Coleção Documentos Maranhenses). “João Vital de Matos & Irmãos” – continua Mário<br />

Meireles – [foram] “proprietários da Pharmacia Mattos, na Rua do Quebra-Costa, nº 17, com seu Elixir de Carnaúba,<br />

e sua conhecidíssima Tintura Preciosa, sem se contar com mais uma dezena de produtos outros e que tudo já lhe dera,<br />

anteriormente, medalhas de prata na Exposição da Festa Popular do Trabalho, no Maranhão, e na Grande Exposição<br />

Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos da América do Norte, além de uma de ouro na última Exposição Nacional<br />

do Rio de Janeiro. [...] Jesus Norberto Gomes [...] foi por muito tempo na Rua do Sol, defronte ao Largo do Carmo,<br />

fabricante dos conhecidíssimos produtos Jesus – o Hidrocálcio, o Antigripal e o Guaraná” (p. 188-89), produto, este<br />

último, que tem perdurado até os nossos dias.<br />

16 / 415


com vistas para seu serviço e seus<br />

interesses, apenas. Passamos assim<br />

todo o período da Primeira<br />

República e a primeira parte da<br />

Segunda. E foi por essa forma que<br />

surgiram em São Luís, a duras<br />

resistências, em 1918 (1º de junho,<br />

data de seu funcionamento),<br />

a Faculdade de Direito do Maranhão,<br />

19 e, no ano seguinte (1º de<br />

setembro), a Escola de Enfermagem<br />

do Instituto de Assistência à<br />

Infância, que ainda enfrentou dificuldades<br />

para ser reconhecida<br />

como faculdade. 20 Em 1922 (12<br />

de março), apareceu uma Escola<br />

de Belas-Artes, que não foi muito<br />

à frente. No mesmo ano (3 de<br />

maio), a Escola de Farmácia, 21 a<br />

que se agrega, em 1925, um Curso<br />

de Odontologia, sendo a Casa<br />

Sumário<br />

designada, a partir de então, Escola<br />

de Farmácia e Odontologia do<br />

Maranhão. 22 Em 1929, tentou-se<br />

a Faculdade de Medicina, malograda,<br />

embora, para mantê-la, se<br />

tenha cogitado até da criação de<br />

uma loteria. 23 Malogrou também,<br />

em 1932, a Escola de Agronomia,<br />

24 fechada em 1939, por não<br />

atender ao que lhe exigia a Inspeção<br />

Escolar. Esse quadro é ainda<br />

mais desolador em 1941, quando<br />

o Departamento Nacional de Ensino<br />

(correspondente ao atual Conselho<br />

Nacional de Educação) cassa<br />

a equiparação das duas únicas<br />

faculdades maranhenses – Direito<br />

e Farmácia e Odontologia –, e<br />

estas encerram suas atividades,<br />

obrigadas a recolher seus arquivos<br />

ao Ministério da Educação e<br />

19 Instalada inicialmente no Beco da Sé, a Faculdade de Direito passou depois para a Rua do Sol, em frente ao Teatro<br />

Artur Azevedo, onde fez tradição por muitos anos, até, rebaixada à condição de Departamento Acadêmico, ser transferida,<br />

com a Universidade Federal, para o campus universitário do Bacanga.<br />

20 Não deixa de ser sintomática a participação de estrangeiros na criação desta e de outras instituições. A Escola de<br />

Enfermagem muito deveu ao português Fran Paxeco, animador cultural polivalente a quem muito deve o Maranhão, e às<br />

enfermeiras inglesas Margareth Laurie e Gertrudes Colet. Significativo também é o fato que tais escolas nasceram pela<br />

ação de pessoas de boa vontade, contentando-se o Governo a reconhece-las de utilidade pública e a votar-lhes subsídios<br />

orçamentários.<br />

21 A Escola de Farmácia abriu portas à Rua do Sol, onde funcionava o Grupo Escolar Raimundo Correia. Em 1925,<br />

adquiriu sede própria: a casa que fora residência de Antônio Lobo, na Praça de Santo Antônio.<br />

22 A carência de profissionais nesta área era tal, lembra Mário Meireles, que o Estado, alguns anos antes, autorizara (lei<br />

nº 764, de 23.4.1917) cirurgiões-dentistas do Pará a virem trabalhar no Maranhão. Ver O Ensino Superior no Maranhão:<br />

Esboço Histórico, in Dez estudos históricos, cit., p. 69.<br />

23 Com a palavra, outra vez, Mário Meireles, para um detalhe que retrata bem o “espírito” que andava em meio às nossas<br />

classes sociais ao tratarem do problema: “Conta-se, a respeito, que um dos maiores industriais da terra, procurado<br />

pela missão organizadora [do que poderia ser a Faculdade de Medicina] a fim de dar sua ajuda, teria respondido que o<br />

procurassem quando fosse para a feitura do telhado do prédio que naturalmente seria preciso construir para abrigar a<br />

pretendida faculdade; antes... não daria nada! Por outro lado, na própria comunidade, apontava-se, como óbice maior<br />

para a concretização dela, a dificuldade na obtenção dos cadáveres necessários ao estudo de Anatomia.” (Op. cit., p. 66).<br />

24 Funcionava essa Escola à Rua da Palma, esquina com a de Sant’Ana.<br />

17 / 415


Cultura. Reabertas com o aporte<br />

de recursos da Fundação Paulo<br />

Ramos (19.7.1944), só serão reconhecidas<br />

três anos depois. Por fim,<br />

em fins de 1950 (1º de dezembro)<br />

– transcorrida, portanto, a metade<br />

do século XX –, as duas casas<br />

de educação são federalizadas.<br />

Nesse ínterim, surge uma terceira<br />

unidade de ensino superior<br />

no Maranhão, a Escola de Enfermagem<br />

São Francisco de Assis, a<br />

cargo das Irmãs Terceiras Capuchinhas.<br />

25 Também de iniciativa<br />

religiosa foi o que afinal se chamou<br />

Faculdade de Serviço Social<br />

do Maranhão, já em 1960, embora<br />

o respectivo curso tivesse sido<br />

aberto desde 1953. Também por<br />

esse tempo, a união de esforços da<br />

Academia Maranhense de Letras<br />

e da Arquidiocese do Maranhão<br />

fizera nascer (15.8.1952) a Faculdade<br />

de Filosofia de São Luís do<br />

Maranhão. Através da mesma Arquidiocese<br />

criou-se, em condições<br />

muito precárias, uma Faculdade<br />

Sumário<br />

de Ciências Médicas (3.7.1958), 26<br />

e, ainda mais precária, uma Faculdade<br />

de Ciências Econômicas<br />

(11.8.1958, com curso reconhecido<br />

só dez anos depois, quando<br />

já incorporado à Universidade Federal).<br />

27 Estava a caminho a Universidade<br />

Católica do Maranhão<br />

(18.1.1958), de penosa história e<br />

curta duração, e a qual mais não<br />

faria que incorporar e agregar faculdades<br />

já existentes. Andavam<br />

já os anos 60, quando a meados<br />

daquela década, já administração<br />

de José Sarney, o Governo empenhou-se<br />

numa dupla frente: forçar,<br />

em Brasília, a criação da Universidade<br />

Federal do Maranhão<br />

(21.10.1966) 28 e, na esfera estadual,<br />

abrir os cursos e faculdades<br />

que formariam a Federação de Escolas<br />

Superiores e, depois, a Universidade<br />

Estadual (31.3.1981).<br />

Está aí, em linhas sumárias, o<br />

doloroso percurso de quase um<br />

século para o surgimento de uma<br />

plataforma de ensino superior<br />

25 Com seu Regimento datado de 15.7.1948, essa Escola, instalada à Rua Rio Branco, em São Luís, só foi reconhecida<br />

pela autoridade federal em 11.3.1952. Sua criação deveu-se ao Dr. Carlos Macieira e à madre Josefa Maria de Aquiraz,<br />

superiora da referida ordem religiosa mantenedora.<br />

26 Aberta inicialmente nas dependências do Hospital Presidente Dutra, mudou-se, por injunções legais, para um prédio<br />

do Largo dos Amores, que abrigava um Grupo Escolar.<br />

27 Esta Faculdade oferecia seu curso à Rua Formosa, esquina com a Rua Direita, em São Luís.<br />

28 Josué Montello, que era membro do então Conselho Federal de Educação, afirmava que um dos principais opositores<br />

da criação da UFMA era Anísio Teixeira, a mais respeitada autoridade em educação à época. Seu argumento era que o<br />

Maranhão não reunia um corpo docente à altura de formar uma universidade. De fato, o que aconteceu quando fundou-<br />

-se a Universidade, e por alguns anos adiante, foi que os melhores professores do Liceu Maranhense passaram a integrar<br />

o quadro de magistério da Universidade, esvaziando, em alguma meida, aquela escola secundária do prestígio de que<br />

desfrutava.<br />

18 / 415


para o Maranhão. Observe-se que<br />

a maior parte dos cursos oferecidos<br />

por nossas universidades<br />

destinam, ainda hoje, à formação<br />

de professores, desfocados, ainda<br />

assim, das necessidades prementes<br />

de mestres na área técnico-<br />

-científica em nossas escolas. As<br />

licenciaturas, como se sabe, não<br />

emprestam grande nome às instituições<br />

que as mantêm, mas empenham<br />

custos comparativamente<br />

inferiores. Não será, todavia,<br />

Foto: Albani Ramos<br />

Sumário<br />

de cursos dessa natureza que se<br />

há de esperar o cabedal de ciência<br />

que sirva de força motriz do<br />

desenvolvimento do Estado. Não<br />

se menciona também, até aqui,<br />

a pós-graduação: esta, iniciada<br />

em meados da década 80, só nos<br />

anos 90 despontará com alguma<br />

visibilidade.<br />

Posto e exposto o panorama em<br />

que se instalam e funcionam os estabelecimentos<br />

de onde se espera<br />

sair a ciência maranhense e para<br />

o Maranhão, estamos em condição<br />

de voltar com melhor entendimento<br />

à questão posta no início.<br />

Reapresentemo-la com mais clareza:<br />

tem a produção acadêmica<br />

da universidade maranhense se<br />

ocupado da problemática de seu<br />

Meio, a ponto de, incorporando-a<br />

a seus estudos, restituir-lhe soluções<br />

“de nível superior”, garantindo<br />

interpretações conscientes,<br />

intervenções seguras, ações eficazes,<br />

transformações irreversíveis?<br />

A resposta é: ainda não - e poderia<br />

surpreender se fosse outra.<br />

Mas não façamos, de saída, nenhum<br />

exercício de autopunição<br />

por isso. Neguemos, em sentido<br />

provisório pelo menos, a famosa<br />

declaração – que é de um maranhense<br />

– segundo a qual intelectual<br />

gosta mesmo é de pobreza.<br />

Alarguemos o foco da questão,<br />

19 / 415


para apresentarmos mais abertamente<br />

algumas premissas de nosso<br />

argumento:<br />

1. Não existe, na história do<br />

pensamento humano, instituição<br />

em que o intelectual possa engajarse,<br />

quo talis, com maior sentido<br />

de serviço público, do que a universidade.<br />

Essa é uma verdade<br />

que atravessa a academia grega e<br />

chega à aldeia pós-moderna, e, se<br />

afirma a permanência da universidade,<br />

fala também da grandeza<br />

e elevação desse serviço;<br />

2. É tarefa da universidade, para<br />

que possa bem servir à civilização<br />

e à cultura pátria, pôr a serviço<br />

do maior número de indivíduos<br />

o patrimônio de ciência e técnica<br />

de que se fez herdeira, e que<br />

lhe compete guardar, transmitir<br />

e ampliar. É indissociável dessa<br />

missão, por ser a ela inerente, o<br />

comprometimento político – em<br />

seu amplo e verdadeiro significado<br />

– e o compromisso ético;<br />

3. As universidades situadas<br />

na periferia do mundo, política<br />

e ética acrescentam, aos<br />

encargos do cotidiano acadêmico,<br />

a responsabilidade pelo<br />

correto equacionamento e busca de<br />

solução viável para os problemas<br />

Sumário<br />

do atraso econômico, social e cultural<br />

de seus países. Em síntese:<br />

para a inclusão de todos no projeto<br />

que o corpo social implementa na<br />

realização da humanidade do ser<br />

humano;<br />

4. A universidade brasileira, em<br />

geral, tem sido largamente inadimplente<br />

da dívida que arrolamos.<br />

Nas palavras de um de seus líderes<br />

mais inspirados: “Há crença<br />

generalizada que a universidade<br />

não tem conseguido cumprir esses<br />

objetivos, nem mesmo quanto<br />

à quantidade de profissionais.<br />

Certamente temos motivos sobejos<br />

para envaidecer-nos de muitos<br />

cientistas brasileiros que, nas<br />

universidades, vêm contribuindo,<br />

pela investigação científica original,<br />

para o progresso da ciência<br />

[...]. Os cientistas autênticos são,<br />

porém, muito poucos em relação<br />

às enormes demandas da Nação,<br />

assim como são poucas as faculdades<br />

realmente boas entre as<br />

centenas existentes. A verdade é<br />

que prevalece a inicial afirmativa<br />

do precário rendimento de nossas<br />

universidades.” 29<br />

5. Corre-se o risco de ser injusto<br />

com a Universidade maranhense,<br />

se, em ajuizarmos o seu desempe-<br />

29 Palavras do Prof. Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, em texto mimeografado, sem data, intitulado A Problemática<br />

da Universidade Brasileira.<br />

20 / 415


nho, deixarmos de levar em conta<br />

o que diz o fundador de uma das<br />

mais renomadas universidades<br />

do Brasil.<br />

Ponto final? Não. Reconheçamos,<br />

para sermos justos, que,<br />

para o intelectual maranhense,<br />

nenhuma instituição se compara<br />

à sua universidade em termos<br />

de serventia pública a essa região<br />

brasileira. Com, ainda, esta diferença<br />

fundamental: nenhuma repartição<br />

pública do Estado tem<br />

praticado, de forma tão continuada,<br />

incontentável e exasperante,<br />

a autocrítica e a avaliação de desempenho.<br />

Outra observação que me parece<br />

pertinente é a seguinte: não é<br />

tão verdade, como se pode deduzir<br />

por uma visão superficial, que<br />

a nossa Universidade é carente de<br />

inserção social, ou seja, que não<br />

tem respostas, através da ciência,<br />

às necessidades de melhoria da<br />

qualidade de vida dos maranhenses.<br />

Aquilo que se tem visto como<br />

sua impotência ou inapetência em<br />

atacar esses problemas decorre,<br />

segundo penso, de um salvacionismo<br />

exacerbado, o qual se exaspera<br />

pela insolução de problemas<br />

crônicos, às vezes autênticos círculos<br />

viciosos, e quer apressar-<br />

-se em resolvê-los sozinho, sobrepondo-se<br />

ou substituindo outras<br />

Sumário<br />

agências da coisa pública – o que<br />

também representa um desvio<br />

da própria missão universitária.<br />

Essa sobrecarga não é nenhum<br />

serviço à instituição. Pelo contrário,<br />

pode estar aí uma das causas<br />

originais da flagelação autofágica<br />

a que as universidades às vezes<br />

se entregam e em que se danam.<br />

A revista em que se inscreve<br />

este artigo há de documentar o<br />

que digo com o catálogo atualizado<br />

dos mais destacados pesquisadores<br />

das Universidades do Maranhão.<br />

Ratificando, então, nosso juízo<br />

anterior, de que a Universidade<br />

maranhense ainda não responde<br />

aos desafios de nossa realidade,<br />

21 / 415<br />

Foto: Albani Ramos


ao nível em que também ela mesma<br />

espera, meditemos um pouco<br />

sobre as razões por que isso tem<br />

acontecido, em primeiro lugar<br />

para que não transpareça qualquer<br />

sentimento negativo nessa<br />

constatação e, muito especialmente,<br />

para que isto sirva de convocação<br />

às gerações futuras, a quem a<br />

presente geração entregará a universidade<br />

que fez com as energias<br />

e os meios de que dispunha, a fim<br />

que essa obra, sempre em construção,<br />

possa, às mãos dos jovens<br />

de hoje e cientistas maduros de<br />

amanhã, realizar em plenitude o<br />

ideal de um universidade de alto<br />

saber plenamente assestada aos<br />

objetivos e necessidades do grande<br />

Estado – e do País – que eles<br />

estarão fazendo ainda melhor:<br />

1. A Universidade brasileira – e<br />

os seus quadros, dentro dela – ainda<br />

exibe uma forte impregnação<br />

intelectualista-individualista, que<br />

é uma das características da inteligência<br />

brasileira. O protótipo do<br />

cientista brasileira é o estudioso,<br />

o inventor, o pesquisador solitário.<br />

Lembremos Santos Dumont:<br />

alguém sabe dizer qual foi a equipe<br />

de trabalho alistada no projeto<br />

pioneiro de Santos Dumont? Estaria<br />

a Universidade maranhense,<br />

temporã e isolada por força da<br />

geografia e da cultura, imune a<br />

Sumário<br />

esse individualismo, que, visivelmente<br />

entre nós, soube refugiar-<br />

-se no cultivo das belas-letras?<br />

Ainda nos tempos pós-modernos,<br />

ignoramos o estatuto da ciência<br />

moderna, que valoriza mais o laboratório,<br />

o colegiado de pesquisadores,<br />

que o cientista isolado,<br />

dono exclusivo de suas próprias<br />

descobertas;<br />

2. Já deixamos demonstrado<br />

como a nossa mais alta instituição<br />

de ensino e pesquisa tardou,<br />

por décadas, a firmar-se. Chega-<br />

22 / 415<br />

Foto: Albani Ramos


mos tarde e pobremente, para dar conta de um produto que demanda<br />

tempo e paciência para se mostrar. A ciência não pode nascer por<br />

geração espontânea. Tributária de seutempo e meio, a Universidade<br />

maranhense haverá de contar com o apoio e o reconhecimento da sociedade<br />

a que serve – sobretudo, de suas forças produtivas – para que<br />

se eleve a padrões ainda mais altos de serviço público, e os cidadãos<br />

maranhenses possam alistá-la com orgulho entre as obras que efetivamente<br />

lhes pertencem.<br />

3. Sobretudo, perdemos um tempo precioso em iniciarmos programas<br />

de pós-graduação na Universidade maranhense. Sem pós-graduação,<br />

pesquisa não há. E sem pesquisa, pós-graduação não é. A pesquisa e<br />

a pós-graduação são requisitos fundamentais para o reconhecimento<br />

público de uma universidade;<br />

4. Por último, e a despeito da aceleração que teve a nossa Universidade<br />

na qualificação de seus quadros nos últimos anos, nossos recursos<br />

humanos de alto nível são ainda insuficientes para a escala imensa de<br />

possibilidades e problemas com que se depara a nossa Província.<br />

A Universidade do Maranhão é, em sua história, um recorte mimético<br />

da história do Maranhão.<br />

E que se lembrem todos – sobretudo os que nela estudam hoje para que<br />

a façam melhor amanhã – que a melhor universidade é a universidade<br />

dos melhores.<br />

Sebastião Moreira Duarte<br />

M.Sc Administração Universitária, University of Alabama; PhD em Literatura Latino<br />

Americana, University Illinois, membro da Academia Maranhense de Letras.<br />

Sumário<br />

23 / 415


NOvAS TeCNOlOgIAS NA<br />

eDuCAçÃO pARA AuxIlIAR<br />

A DIfuSÃO DO<br />

CONHeCIMeNTO<br />

A quarta edição da revista eletrônica<br />

<strong>Plural</strong> traz como tema<br />

central a produção da ciência<br />

e tecnologia no Maranhão. Em<br />

uma mesma plataforma digital, o<br />

leitor poderá ter acesso, nos formatos<br />

áudio, imagem e texto, às<br />

informações sobre as pesquisas<br />

científicas que mais se destacam<br />

no Estado, no âmbito nacional e<br />

internacional. O assunto se torna<br />

ainda mais relevante no ano<br />

em que a Universidade Federal<br />

do Maranhão realiza, pela segunda<br />

vez, o maior evento científico<br />

da América Latina, a 64ª Reunião<br />

Anual da Sociedade Brasileira<br />

para o Progresso da Ciência<br />

– SBPC. A temática nos leva a refletir<br />

sobre a importância do uso<br />

das Tecnologias da Informação<br />

e Comunicação - as TICs (PCs,<br />

telefonia móvel, internet, TV por<br />

Sumário<br />

Josie Bastos<br />

assinatura, tecnologias digitais<br />

de captação de imagens e sons,<br />

entre outros) - no campo da educação<br />

como ferramenta de produção<br />

e difusão do conhecimento.<br />

Hoje, é cada vez maior o leque<br />

de opções metodológicas que o<br />

professor encontra para introduzir<br />

um tema, trabalhar com<br />

os alunos de forma presencial<br />

ou virtualmente. Nos veículos de<br />

comunicação não é diferente. O<br />

mesmo conteúdo exibido na tela<br />

da TV, impresso no jornal ou em<br />

uma revista pode ser veiculado,<br />

até mesmo em tempo real, no<br />

mesmo formato ou com adaptações,<br />

na mídia digital. Este instrumento<br />

potencializa ainda mais a<br />

difusão do saber em sala de aula<br />

associado a outros instrumentos<br />

de investigação e análise. Para<br />

24 / 415


Demo (2009), um estudioso da<br />

área de Educação, o atual processo<br />

de aprendizagem requer<br />

a condição do sujeito participativo,<br />

envolvido na posição ativa<br />

de construção e reconstrução do<br />

conhecimento. Nesta perspectiva,<br />

o uso das ferramentas digitais<br />

se torna essencial, já que<br />

atua como suporte para a produção<br />

de uma formação integrada<br />

aliada à tecnologia. Uma fórmula<br />

capaz de produzir efeitos significativos<br />

entre os indivíduos, visto<br />

que eles não só consomem, mas<br />

se tornam atores do processo de<br />

difusão da informação.<br />

No entanto, apesar de sua importância<br />

e seu alcance, o uso das<br />

novas tecnologias é um desafio<br />

que até agora não foi enfrentado<br />

pela maioria das instituições de<br />

ensino brasileiras. Para Demo<br />

(2009), o que se vê são apenas<br />

adaptações, mudanças pouco<br />

profundas. Sua crítica é quanto<br />

à persistência do emprego de<br />

uma pedagogia restrita às concepções<br />

mais tradicionais. Para<br />

ele, este modelo está fadado ao<br />

fracasso diante de um mundo de<br />

informações e tecnologias disponíveis.<br />

Introduzir as plataformas<br />

virtuais dinâmicas em ferramentas<br />

que auxiliam o aprendizado<br />

e a formação depende, acima de<br />

Sumário<br />

tudo, do próprio docente. Toda a<br />

proposta pedagógica que investe<br />

na aplicação das TICs somente<br />

consegue alcançar resultados<br />

desejáveis se passar pelas mãos<br />

do educador, pois é ele que desempenha<br />

um papel de produtor<br />

de mensagens em meios tecnológicos<br />

como um usuário ativo<br />

e crítico. As TICs podem possibilitar<br />

novos modos de alfabetização,<br />

mais envolventes, atuais,<br />

possibilitando a formação de novas<br />

habilidades para o século<br />

XXI.<br />

Nas instituições de ensino, estes<br />

recursos impulsionam uma<br />

nova forma de repassar o conhecimento<br />

em favor da autoridade<br />

do argumento contra o argumento<br />

da autoridade. Ensinar com as<br />

novas mídias é, acima de tudo,<br />

mudar os paradigmas convencionais<br />

de ensino, pesquisar novos<br />

caminhos de integração entre<br />

o ser humano e a tecnologia,<br />

do presencial e virtual em sala<br />

de aula, no trabalho e na vida.<br />

As plataformas tecnológicas significam<br />

novas oportunidades de<br />

aprendizagem e formação. Um<br />

direito de todos, disponíveis no<br />

mercado no intuito de potencializar<br />

o conhecimento continuamente.<br />

No início deste ano, o Ministé-<br />

25 / 415


io da Educação anunciou o investimento<br />

de cerca de R$ 150<br />

milhões para a compra de 600<br />

mil “tablets” para uso dos professores<br />

do ensino médio de escolas<br />

públicas federais, estaduais<br />

e municipais. A intenção é<br />

incentivar o uso intensivo das<br />

TICs no processo de ensino-<br />

-aprendizagem. Um projeto arrojado<br />

e desafiador se levarmos em<br />

consideração os déficits educativos<br />

e as desigualdades regionais<br />

tão elevadas no país. O projeto<br />

compreende o uso do computador<br />

interativo (equipamento desenvolvido<br />

pelo MEC que reúne<br />

projeção, computador, microfone,<br />

DVD, lousa e acesso à internet,<br />

e o tablet). Aos computadores<br />

serão integradas as lousas<br />

eletrônicas, compostas de caneta<br />

e receptor, acopladas ao computador<br />

interativo. Os professores<br />

poderão trabalhar os conteúdos<br />

pedagógicos disponíveis em uma<br />

parede ou quadro rígido, sem a<br />

necessidade de manuseio do teclado<br />

ou do PC. A iniciativa do<br />

Ministério revela a importância<br />

de iniciativas reais de mudanças<br />

na educação brasileira, que demanda<br />

soluções práticas e inovadoras.<br />

Na educação superior, vemos<br />

o crescimento exponencial do<br />

Sumário<br />

Ensino a Distância, que hoje se<br />

destaca pelo uso de ambientes<br />

virtuais interativos de aprendizagem.<br />

Nessa modalidade, como<br />

afirmam Torres e Fialho (2009),<br />

o uso das tecnologias interativas<br />

- como a internet e a videoconferência<br />

- “prioriza os processos<br />

de comunicação” (p.457). Eles<br />

compreendem que a tecnologia<br />

da informação tornou a comunicação<br />

uma das principais características<br />

da EAD contemporânea,<br />

um modelo que vem se<br />

fortalecendo a partir da década<br />

de 90 e encontra-se, desde então,<br />

consolidado nas grandes<br />

universidades do mundo. De<br />

acordo com Alves (2009), o Brasil<br />

conta com 158 instituições<br />

credenciadas pelo Governo Federal<br />

para ministrar cursos de<br />

graduação e pós-graduação lato<br />

sensu (dados de 2008). Acredita-<br />

-se, também, haver mais de 500<br />

entidades públicas ou privadas<br />

utilizando a EAD como ferramenta<br />

de ensino-aprendizagem<br />

para promoção de cursos livres e<br />

programas ministrados por empresa<br />

(dentre as quais denominadas<br />

de “universidades corporativas”).<br />

No estado, o Núcleo de<br />

Educação a Distância (NEAD) da<br />

Universidade Federal Maranhão<br />

vem utilizando, de forma otimi-<br />

26 / 415


zada, o uso das TICs para promover<br />

um aprendizado colaborativo<br />

on-line, agregando as mídias anteriores<br />

às tecnologias interativas.<br />

Atualmente, a democratização<br />

deste processo leva o ensino<br />

da graduação e pós-graduação<br />

a um número considerável de<br />

alunos no interior com mais de<br />

11 mil matriculados e uma meta<br />

para chegar a 20 mil nos próximos<br />

anos. Exemplos como estes<br />

citados acima, tanto na educa-<br />

REFERÊNCIAS<br />

Sumário<br />

ção fundamental como na superior,<br />

demonstram o quanto o uso<br />

das TICs se torna fundamental<br />

no processo de hibridização de<br />

tecnologias do ensino-aprendizagem.<br />

A educação, como campo<br />

ilimitado de investigação científica,<br />

deve assumir, desde sempre,<br />

seu lugar de incerteza, e, como<br />

tal, se constituir como ambiente<br />

propício para experimentação<br />

e inovação com o uso de toda a<br />

tecnologia possível.<br />

ALVES, João Roberto Moréia. A história da EAD no Brasil. In: LITTO,<br />

Michael Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo:<br />

Pearson Education do Brasil, 2009.<br />

DEMO, Pedro. Aprendizagem e Novas tecnologias. Revista Brasileira<br />

de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física – São Paulo<br />

Vol. 1, n. 1, p.53-75, Agosto/2009. Disponível em http://www.<br />

facec.edu.br/seer/index.php/docenciaepesquisaeducacaofisica/<br />

article/viewFile/80/140. Acesso em: 18 jul.2011<br />

TORRES, Lupion Patrícia, FIALHO, Pereira Antônio Francisco.<br />

Educação a distancia: passado, presente e futuro. In: LITTO, Michael<br />

Fredric, FORMIGA, Manuel Marcos (orgs.), São Paulo: Pearson<br />

Education do Brasil, 2009.<br />

Josie Bastos<br />

Jornalista, Coordenadora e Editora do Núcleo de TV da Assessoria de Comunicação da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

27 / 415


A pROCuRA pelO SAbeR<br />

Sumário<br />

Juliana Braga Furtado<br />

Vocação é vocação. Desde pequena, sabia<br />

que queria ser pesquisadora, cientista por<br />

assim dizer. Minhas brincadeiras favoritas<br />

tinham a ver com pesquisa: adorava fazer projetos!<br />

Lembro como se fosse ontem de um caderno<br />

que tinha, onde desenhava os pássaros que via<br />

no jardim, e anotava observações sobre seus comportamentos.<br />

E da vez em que limpei e organizei<br />

um quartinho pequeno que havia na garagem de<br />

casa, para chamá-lo de meu laboratório. Meu sonho?<br />

Descobrir! Qualquer coisa, não era exigente.<br />

Um inseto novo, uma informação nova, uma cor<br />

nova que fosse. E assim, a escolha da profissão me<br />

veio fácil: biologia. Uma área tão linda e tão ampla<br />

em possibilidades, que me encantou mais do que<br />

qualquer outra. E realmente não me imagino com<br />

outra profissão.<br />

Devo à minha mãe a minha experiência profissional.<br />

Sem a insistência dela, nunca teria ido a<br />

São Paulo estudar, e hoje vejo o quanto essa experiência<br />

me ajudou a crescer, não só como profissional,<br />

mas como pessoa. Sempre fui estudiosa<br />

e perfeccionista, o que me facilitou, rapidamente,<br />

conseguir um estágio, já no meu segundo semestre<br />

de faculdade, em um dos laboratórios mais conhecidos<br />

pelos profissionais da área: o laboratório de<br />

Biologia Celular e Histologia da Faculdade de Medicina<br />

da USP, uma vez administrado pelo famoso<br />

professor Junqueira (dos livros Biologia Celular e<br />

28 / 415


Molecular, e Histologia Básica, escritos por ele e por um<br />

outro colega). Lá me desenvolvi como pesquisadora. Tive<br />

contato com excelentes profissionais e participei de várias<br />

pesquisas; fiz minha iniciação científica e meu trabalho<br />

de conclusão do curso; fui em congressos, palestras,<br />

simpósios, nacionais e internacionais. Foram três<br />

anos e meio que nunca esqueço, e que valorizo muito.<br />

Mas apesar do meu amor pela biologia celular e histologia,<br />

na faculdade desenvolvi dois amores ainda maiores:<br />

citogenética e biologia molecular.<br />

Sabe a importância que um bom professor tem na sua<br />

vida? Um bom professor pode te apresentar a um amor<br />

que você não imaginaria ter, fazer você se encantar e não<br />

querer trabalhar com outra coisa. Devo a duas excelentes<br />

professoras os meus amores de hoje. Então, quando<br />

foi a hora de me formar, decidi perseguir essas áreas e<br />

fui fazer a prova de especialização em Citogenética e em<br />

Biologia Molecular, no Hospital Israelita Albert Einstein.<br />

Lembro que na entrevista fui questionada se realmente<br />

tinha interesse em fazer as duas especializações de uma<br />

vez só, porque seria muito cansativo, trabalhoso e difícil.<br />

Mas nunca tive dúvidas: apesar da Citogenética dominar<br />

meu coração, sabia que a Biologia Molecular seria essencial,<br />

pois é o futuro de todas as técnicas laboratoriais. E<br />

passei, nas duas provas.<br />

Foi um ano maravilhoso! Estar no meio de alguns dos<br />

melhores profissionais dessas áreas e aprender com eles,<br />

não tem preço. Aprendi muito, e no final do ano, decidi<br />

que era hora de levar os meus conhecimentos para o Maranhão<br />

e, enfim, voltar para casa. Sei que sem a minha<br />

experiência em São Paulo, não seria a profissional que<br />

sou hoje, mas o meu coração sempre esteve no Maranhão.<br />

E continuo fazendo pesquisas, projetos, trabalhos, artigos.<br />

O Maranhão me faz ainda mais querer descobrir, e<br />

quem sabe poder ajudar de alguma forma a população,<br />

Sumário<br />

29 / 415


o povo maranhense. Sou muito feliz por conseguir trabalhar<br />

no que amo, no lugar que amo, com pessoas que<br />

amo.<br />

Saber é poder. Realmente, a única coisa que ninguém<br />

nunca poderá tirar de você são os seus conhecimentos.<br />

Isso que me encanta tanto na pesquisa, na ciência... essa<br />

procura pelo saber, pelo descobrir o que ninguém sabe.<br />

Esse poder que o conhecimento traz, me fascina. Desde<br />

sempre.<br />

Juliana Braga Furtado<br />

Bióloga, especialista em Biologia Molecular e Citogenética<br />

Sumário<br />

30 / 415


Sumário<br />

Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />

Emanoel Gomes de Moura<br />

Mariana da Silva Corrêa<br />

Natália de Jesus F. Costa<br />

A AgRICultuRA ItINERANtE, o AmbIENtE<br />

E oS AgRICultoRES<br />

A agricultura itinerante na fronteira amazônica é uma<br />

das maiores ameaças à floresta tropical, porque a vegetação<br />

tem historicamente sido vista pelos agricultores como<br />

uma fonte de nutrientes capaz de sustentar o crescimento<br />

das culturas e das pastagens. O termo “itinerante” indica o<br />

movimento de uma área para outra, mas esta agricultura<br />

também pode ser conhecida como agricultura de corte-e-<br />

-queima, que se refere à forma de preparo da área vegetada<br />

para o plantio, a fim de aproveitar a cinza para adubar<br />

31 / 415


o solo. As fases envolvidas na agricultura itinerante são:<br />

corte da cobertura vegetal, secagem, queima da biomassa,<br />

cultivo, abandono da área (pousio), novo desmatamento e<br />

assim, sucessivamente. Isto significa que no trópico úmido<br />

brasileiro ainda não foram superados os desafios tecnológicos<br />

para o estabelecimento e a manutenção de sistemas<br />

agrícolas mantidos em uma mesma área e capazes de serem<br />

produtivos e sustentáveis.<br />

Entre outras causas, a baixa fertilidade natural dos solos<br />

e a ausência de alternativas tecnológicas são os principais<br />

fatores que induzem as comunidades a fazer uso predatório<br />

da vegetação natural como forma de garantir a subsistência<br />

das famílias, o que constitui uma das fontes de pressão<br />

sobre os recursos naturais. Nas regiões de transição para<br />

a Amazônia, como a do norte do estado do Maranhão, por<br />

exemplo, as áreas com a vegetação original já devastada<br />

têm hoje um enorme passivo social representado por um<br />

Sumário<br />

32 / 415<br />

Foto: Albani Ramos


grande contingente de agricultores sobrevivendo abaixo<br />

da linha de pobreza, em municípios com os menores IDHs<br />

do Brasil, (PNUD, 2000).<br />

Como em muitas outras partes do trópico, a existência do<br />

sistema do corte-e-queima na periferia amazônica desencadeia<br />

uma série de efeitos negativos tanto ao nível local<br />

quanto global. No nível local, o crescimento da população<br />

aumenta a demanda por terras cultiváveis o que resulta na<br />

diminuição do tempo de pousio. Assim, queimadas sucessivas<br />

em intervalos cada vez mais curtos conduzem à extinção<br />

de espécies mais sensíveis à queima, e ao predomínio<br />

das mais resistentes, diminuindo então a biodiversidade<br />

da região e empobrecendo os seus ecossistemas (Figura 1).<br />

Estabelece-se assim um círculo vicioso em que as carências<br />

aumentam a pressão sobre os recursos e a degradação<br />

crescente dos recursos aumenta as carências (MOURA et<br />

al., 2009).Tudo isso sem a esperada contrapartida em termos<br />

de retornos econômicos ou sociais.<br />

No contexto global, estima-se que 36% de todas as emissões<br />

de CO 2 ocorridas no Brasil se devem aos incêndios<br />

descontro-<br />

Figura 1. Área recém-queimada em pousio, com predominância massiva da palmeira de babaçu<br />

resistente ao fogo.<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

lados,geralmenteconduzidos para a<br />

implantação<br />

de lavouras<br />

ou pastagens.<br />

Aproximadamente<br />

195 toneladas<br />

de CO 2<br />

são emitidas<br />

por hectare de<br />

floresta queimada.<br />

Do ponto de<br />

vista agronô-<br />

33 / 415


mico, as vantagens do corte-e-queima que eram óbvias no<br />

passado, quando se dispunha de vegetação abundante e<br />

baixa densidade demográfica, não são mais evidentes, e o<br />

sistema não pode mais nem alimentar as famílias, muito<br />

menos oferecer-lhes a dignidade que merecem. Por tudo<br />

isso, um dos maiores desafios daqueles que lidam com a<br />

pesquisa em agricultura no trópico úmido é o de oferecer<br />

alternativas tecnológicas que permitam o manejo sustentável<br />

do solo nas condições do trópico úmido. Isto significa<br />

estabelecer um conjunto de práticas que permitam o cultivo<br />

intensivo e constante da mesma área sem perda da fertitildade<br />

do solo e sem queda da produtividade das culturas.<br />

Como complicador adicional, deve ser ressaltado que o paradigma<br />

da agricultura extensiva e monocultural estabelecido<br />

e adotado nas regiões sul e sudeste do Brasil, baseado<br />

na saturação do solo com nutrientes derivados de adubos<br />

Sumário<br />

34 / 415<br />

Divulgação


solúveis, não é adequado para as condições ambientais do<br />

trópico úmido, além de não satisfazer as peculiaridades das<br />

comunidades da região composta, em sua grande maioria,<br />

de agricultores familiares.<br />

umA AltERNAtIvA pRopoStA pEloS<br />

pESquISAdoRES do mARANhão<br />

Por isso, levando em conta as condicionantes sociais e<br />

ambientais da região do trópico úmido, pesquisadores do<br />

Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da Universidade<br />

Estadual do Maranhão (MOURA et al 2010, AGUIAR<br />

et al 2010) conceberam e aprimoraram um agrossistema<br />

denominado de “plantio direto na palha de leguminosas em<br />

aleias”, que combina as vantagens do “plantio direto na palha”<br />

com os benefícios do “cultivo em aleias”.<br />

O “plantio direto na palha” consiste no plantio sem o preparo<br />

do solo com grade ou arado, logo após a colheita e, portanto,<br />

em cima da palha da cultura anterior. Este sistema<br />

se adapta às regiões com chuvas o ano todo e nas quais as<br />

culturas de inverno e de verão são semeadas em sucessão<br />

e quase sem nenhum intervalo entre a colheita de uma e a<br />

semeadura da outra. Este sistema oferece inúmeras vantagens<br />

porque: i) diminui o escorrimento da água na superfície<br />

do solo e melhora o controle da erosão; ii) protege o<br />

solo contra o aumento da temperatura e o mantém úmido<br />

por mais tempo; iii) aumenta a atividade dos organismos<br />

e a matéria orgânica do solo. Infelizmente no Maranhão a<br />

época de plantio das culturas de verão (dezembro/janeiro)<br />

é precedida de um período de seca intenso (agosto/novembro)<br />

que não possibilita a produção de palha de plantas<br />

anuais suficiente para a adoção desse sistema.<br />

Por sua vez, o “sistema de cultivo em aleias” foi criado<br />

para uso em encostas de morros e consiste em plantar as<br />

culturas entre fileiras de árvores (alas), que se destinam a<br />

seccionar o comprimento da rampa, diminuir o escorrimento<br />

superficial da água das chuvas e controlar a erosão do<br />

Sumário<br />

35 / 415


solo. Neste sistema os galhos e folhas das árvores podem<br />

ser utilizados para alimentação de animais, como fonte de<br />

energia, ou processamento do chá.<br />

O sistema de “plantio direto na palha de leguminosas em<br />

aleias” combina os dois sistemas porque, além do plantio<br />

direto, os ramos das árvores são cortados e aplicados entre<br />

as fileiras das culturas com as seguintes vantagens: i) produz<br />

palha rica em nutrientes no período seco, porque utiliza<br />

espécies de árvores adaptadas e preparadas para crescer<br />

neste período; ii) retorna para a superfície os nutrientes<br />

das camadas mais profundas do solo por onde crescem as<br />

raízes das árvores; iii) ajuda no controle do mato, porque<br />

os ramos e folhas aplicados ao solo sufocam as sementes<br />

das ervas, diminuindo sua germinação; iv) aumenta a fertilidade<br />

do solo, principalmente pela fixação e reciclagem<br />

de nitrogênio, garantindo a sustentabilidade dos sistemas<br />

agrícolas (Figura 2).<br />

O controle de ervas espontâneas, sem herbicida e sem<br />

Figura 2. Milho semeado em plantio direto na palha de leguminosas em aleias no município de Miranda<br />

do Norte<br />

Sumário<br />

36 / 415<br />

Divulgação


gradagem do solo, deve ser feito por supressão permanente,<br />

ocupando a área com leguminosas anuais, que devem<br />

ser semeadas entre o final e o início do período chuvoso<br />

junto à cultura de feijão caupi, ambas inoculadas com estirpes<br />

selecionadas na região do trópico úmido. Além disso,<br />

sem mudança de área e sem o uso do fogo, o plantio todo<br />

ano da mesma área contínua oportuniza um aumento exacerbado<br />

de algumas pragas, o que pode ser diminuído com<br />

a rotação de culturas e com o plantio de faixas alternadas<br />

de culturas de portes maiores, como a mandioca e o milho,<br />

entre aquelas de menor porte, como o arroz e a abóbora,<br />

que devem ser também alternadas ano a ano (Figura 3).<br />

Os baixos teores de Cálcio e Fósforo dos solos, aliados ao<br />

alto grau de exigências das leguminosas nestes nutrientes,<br />

exigem uma aplicação de calcário e fosfato inicial elevando<br />

seus níveis a um patamar adequado para que o sistema de<br />

aléias exerça seu potencial de reciclagem de nutrientes.<br />

Para a adoção desse sistema alternativo, os agricultures<br />

desta região precisam ter certeza do aumento da produtivi-<br />

Figura 3. Arroz, mandioca e milho cultivados em aleias de sombreiro (uma leguminosa arbórea)<br />

em faixas alternadas, no município de Miranda do Norte.<br />

Sumário<br />

37 / 415<br />

Divulgação


dade e da sustentabilidade de suas pequenas áreas designadas<br />

às culturas.<br />

RESultAdoS obtIdoS pEloS pESquISAdoRES<br />

quE AtEStAm A EFICIÊNCIA do SIStEmA<br />

A experiência proposta neste artigo já foi instalada com<br />

êxito em várias áreas de agricultores, depois de avaliada em<br />

área experimental, com recursos principalmente do CNPq,<br />

CNPq/MDA e FAPEMA. Nestes ensaios os pesquisadores da<br />

Agroecologia testaram várias leguminosas arbóreas, combinadas<br />

ou isoladas, que permitiram diferentes níveis de cobertura<br />

do solo e que produziram folhas e galhos de qualidades<br />

variadas, como se verifica na Tabela 1. Foi observada<br />

uma grande variação temporal dos dados de massa vegetal<br />

produzida pelas leguminosas, mostrando que o estabelecimento<br />

e sustentabilidade do sistema de plantio direto na<br />

palha de leguminosas em aleias podem ser primeiro afetados<br />

pela produtividade anual das leguminosas. As mais<br />

diferentes foram o ingá, que só se estabeleceu no terceiro<br />

ano, e o guandu, que teve seu pico de produtividade no segundo<br />

e não produziu nenhuma brotação já no quinto ano.<br />

Para efeito de cobertura de solo, o sombreiro foi a leguminosa<br />

de melhor desempenho tanto pela quantidade quanto<br />

pela durabilidade dos resíduos produzidos, seguida pelo<br />

ingá. No caso da leucena, embora a quantidade produzida<br />

possa ser considerada relevante, as condições de umidade<br />

e temperatura do experimento, associada à alta qualidade<br />

de seus resíduos, diminuem sensivelmente sua capacidade<br />

de proteção do solo.<br />

Para o balanço de nutrientes no sistema depois de cinco<br />

anos, deve ser ressaltada a significativa contribuição da<br />

leucena e do sombreiro para manutenção dos níveis de potássio,<br />

o que pode ser importante para implantação de sistemas<br />

orgânicos, nos quais a adição de adubos potássicos<br />

constitui um de seus principais problemas. As quantidades<br />

recicladas de cálcio e magnésio foram relevantes para<br />

Sumário<br />

38 / 415


manter em níveis razoáveis os teores destes elementos no<br />

sistema, o que tem grande importância para regiões em<br />

que são raras as fontes desses elementos. No caso do nitrogênio,<br />

observou-se grande variação entre os teores produzidos<br />

pelas leguminosas, o que abre espaço importante para<br />

estudos sobre o aumento do sincronismo entre a liberação<br />

e absorção de N, principalmente em sistemas com espécies<br />

como o sombreiro.<br />

Tabela 1. Produção de massa vegetal seca e nutrientes<br />

reciclados pelos ramos de quatro leguminosas arbóreas<br />

em aleias, em cinco anos de corte. Adaptado de<br />

Leite et al., (2008)<br />

Ano de corte 1996 1997 1998 1999 2001 Total<br />

Tratamentos Matéria seca em Mg ha -1<br />

Guandu (Cajanus. Cajan) 0,97 a 8,50 a 3,55b 2,43c 0,00d 15.45<br />

Ingá (Ingá edulis) 0,00b 0,88c 3,21b 3,27c 4,95c 12.31<br />

Leucena (Leucaena leucochephala) 0,04b 3,50b 6,39a 8,21b 6,61b 28.75<br />

Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 0,22b 6,98 a 7,64a 12,40a 10,82ª 38.06<br />

Nutrientes (kg ha -1 )<br />

N P K Ca Mg<br />

Guandu (Cajanus. Cajan) 408,7 22,1 283,6 76,5 33,7<br />

Ingá (Ingá edulis) 1261,9 68,1 688,6 161,8 131,1<br />

Leucena (Leucaena leucochephala) 1189,8 68,1 934,7 248,9 119,5<br />

Sombreiro (Clitoria fairchildiana) 385,9 21,3 119,8 185,5 38,9<br />

Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa ao nível de 5% pelo teste deTukey.<br />

Para um melhor aproveitamento do extenso período chuvoso<br />

que a região apresenta, os pesquisadores recomendam<br />

o cultivo de uma segunda safra de final das chuvas.<br />

Sumário<br />

39 / 415


Junto da cultura de segunda safra, deve ser semeada uma<br />

leguminosa de ciclo anual, para ocupar a área no final do<br />

período chuvoso, diminuir a incidência de ervas espontâneas<br />

e produzir resíduos de alta qualidade para compensar<br />

a baixa qualidade das folhas da leguminosa arbórea utilizada<br />

para cobertura do solo. Com este objetivo foram testadas<br />

várias espécies de leguminosas anuais, para plantio<br />

junto à cultura de safrinha, quanto à capacidade de aporte<br />

e reciclagem de nutrientes e supressão de ervas daninhas.<br />

Entre as espécies testadas, o feijão de porco se destacou,<br />

sobretudo por sua maior resistência à seca. Esta característica<br />

lhe permitiu maior produção de matéria seca com a<br />

consequente maior reciclagem de nutrientes (Figura 4).<br />

Figura 4. Capacidade potencial de aporte ou ciclagem<br />

de N, P, K, Ca e Mg da parte aérea de leguminosas<br />

cultivadas em um sistema de aleias com sombreiro,<br />

Miranda do Norte - MA, 2003. Adaptado de Araújo<br />

et al., (2007)<br />

A mesma característica deu ao feijão de porco maior capacidade<br />

de supressão de ervas daninhas no final do perí-<br />

Sumário<br />

40 / 415


odo chuvoso, o que pode ser crítico nos sistemas de plantio<br />

direto sem preparo do solo (Tabela 2). Neste sistema, deve<br />

ser evitada, ao máximo, a produção de sementes das ervas<br />

espontâneas, sob pena de se ter que utilizar o controle químico<br />

das ervas no início do período chuvoso.<br />

Tabela 2. Média e desvio padrão da densidade, número<br />

de espécies, índice de diversidade e biomassa das<br />

ervas espontâneas em um agrossistema com várias leguminosas<br />

anuais. Adaptado de Araújo et al., (2007)<br />

Tratamento Densidade Nº de espécies Diversidade Biomassa<br />

Plantas m-2 espécies m-2 (Índice de<br />

Shannon-<br />

-Wiener)<br />

g m-2 Mucura 59,0 (±12,2) 5,2 (±1,1) 1,0 (±0,2) 377,9 (±93,8)<br />

Guandu 51,8 (±11,3) 5,2 (±1,7) 0,9 (±0,4) 392,9 (±58,4)<br />

Feijão-de-porco 44,8 (±6,1) 3,8 (±0,8) 0,8 (±0,2) 158,6 (±49,8)<br />

Calopogônio 53,4 (±9,5) 6,4 (±1,6) 1,0 (±0,2) 414,6 (±24,4)<br />

Controle 73,8 (±16,5) 6,4 (±1,1) 1,0 (±0,2) 428,4 (±122)<br />

Para efeito de avaliação do sistema, tem sido enfatizado<br />

o plantio e acompanhamento da cultura do milho, utilizada<br />

como indicadora da qualidade do solo, inclusive com a<br />

concordância dos agricultores que entendem que “se uma<br />

terra dá milho então se pode plantar qualquer “ligume””.<br />

Os resultados alcançados até agora mostram que o sistema<br />

tornou-se produtivo mesmo para cultura mais exigente<br />

em solo de muito baixa fertilidade natural. Como se<br />

observa, na Figura 5, a aplicação combinada dos galhos de<br />

leguminosas ao solo propiciou produção crescente ano a<br />

ano para todos os tratamentos com leguminosas. Alguns<br />

tratamentos, como a combinação leucena + sombreiro,<br />

produziu o dobro de grãos do que não recebeu os ramos de<br />

leguminosas.<br />

Sumário<br />

41 / 415


Figura 5 – Produção de grãos de milho de um sistema<br />

em aleias com quatro espécies de leguminosas combinadas<br />

(L leucena, G guandu, A acácia S sombreiro e<br />

Test testemunha), Aguiar et al., (2010).<br />

Peso de grãos (Mg ha -1 )<br />

4,0<br />

3,5<br />

3,0<br />

2,5<br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

0,0<br />

b<br />

b<br />

a<br />

a<br />

c<br />

c<br />

a<br />

a<br />

b b b<br />

c<br />

b<br />

S + G L + G A + G S + L L + A Test<br />

Estas diferenças confirmam o caráter sustentável do sistema<br />

de plantio direto na palha de leguminosas arbóreas,<br />

o que o torna adequado para o manejo dos solos de baixa<br />

fertilidade natural da região, podendo, portanto, ser recomendado<br />

aos agricultores para substituição do modelo tradicional<br />

de corte e queima que não assegura sustentabilidade<br />

nem econômica nem ambiental.<br />

REComENdAçõES E CoNSIdERAçõES FINAIS<br />

Além disso, várias outras condições devem ser cumpridas<br />

a fim de não frustrar as expectativas dos agricultores. A<br />

primeira é que este sistema só deve ser recomendado para<br />

regiões onde a estação das chuvas não é interrompida por<br />

veranicos, como acontece em muitas regiões tropicais, porque,<br />

neste caso, as leguminosas arbustivas e as culturas<br />

de rendimento competiriam por água. A segunda condição<br />

é que os efeitos, tanto do corte das leguminosas quanto da<br />

correção do solo, só vão ocorrer a partir do segundo ano em<br />

Sumário<br />

c<br />

b<br />

Tratamentos<br />

a<br />

a<br />

c<br />

b<br />

a<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

42 / 415


diante, o que significa que o sistema só irá atingir a maturidade<br />

completa no terceiro ano de plantio. Além disso, deve<br />

ser enfatizado que é necessário que o conteúdo de cálcio<br />

e fósforo no solo esteja em um nível satisfatório, para que<br />

as leguminosas alcancem seu potencial de reciclagem de<br />

nutrientes, especialmente do nitrogênio. Para o futuro, a<br />

recomendação do uso massivo deste sistema aqui descrito<br />

deve levar em conta que a substituição de um modelo de<br />

agricultura simples, como o do corte-e-queima, por outro<br />

mais complexo, como o plantio direto na palha de leguminosas<br />

em aleias, não poderá ser realizado com êxito sem o<br />

apoio eficiente do poder público aos agricultores familiares.<br />

Este apoio deve incluir o aumento da disponibilidade de<br />

vetores tecnológicos básicos, como corretivos, fertilizantes<br />

fosfatados para construção da aptidão das terras, que no<br />

trópico úmido são quase sempre de baixa fertilidade natural.<br />

Além disso, deve também ser facilitada a aquisição de<br />

pequenos equipamentos, principalmente de plantio e colheita,<br />

que diminuam a penosidade e aumente a produtividade<br />

do trabalho. Deve ser ressaltado ainda que tudo isso<br />

deve ser conduzido ao lado de um programa de assistência<br />

técnica que seja competente, comprometido e dedicado ao<br />

desenvolvimento dos territórios e das comunidades rurais.<br />

REFERÊNCIAS<br />

AGUIAR, A. C. F., BICUDO, S. J., COSTA SOBRINHO, J.<br />

R. S., MARTINS, A. L. S., COELHO, K. P., MOURA, E. G.<br />

(2010): Nutrient recycling and physical indicators of an alley<br />

cropping system in a sandy loam soil in the Pre-Amazon<br />

region of Brazil. Nutr. Cycl. Agroecosyst. 86, 189-198.<br />

ARAÚJO, J. C.; MOURA, E. G.; AGUIAR, A. C. F.; MEN-<br />

DONÇA, V. C. M. (2007) Supressão de plantas daninhas<br />

por leguminosas anuais em sistema agroecológico na Pré-<br />

-Amazônia. Planta Daninha, v.25, n.2, p.267-275.<br />

MOURA, E. G., MOURA, N. G., MARQUES, E. S., PINHEI-<br />

RO, K. M., COSTA SOBRINHO, J. R. S., AGUIAR, A. C. F.<br />

Sumário<br />

43 / 415


(2009): Evaluating chemical and physical quality indicators<br />

for a structurally fragile tropical soil. Soil Use Manag.<br />

25, 368–375.<br />

LEITE, A. A. L.; FERRAZ JÚNIOR, A. S. L.; MOURA, E. G.;<br />

AGUIAR, A. C. F. (2008). Comportamento de dois genótipos<br />

de milho cultivados em sistemas de aleias preestabelecidos<br />

com diferentes leguminosas arbóreas. Bragantia 67, 875-<br />

882.<br />

MOURA, E. G., ARAUJO J. R. G., MONROE, P. H. M., NAS-<br />

CIMENTO, I. O., AGUIAR, A. C. F. (2010). Patents on Periphery<br />

of the Amazon Rainforest. Recent Patents on Food,<br />

Nutrition & Agriculture 1:142-148.<br />

PNUD. Relatório de Desenvolvimento Humano 2000. Disponível<br />

em: www.pnud.org.br. Acesso em: 27 dez 2010.<br />

Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />

Doutora em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de<br />

Mesquita Filho e Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Emanoel Gomes de Moura<br />

Doutor em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista<br />

Júlio de Mesquita Filho e Professor da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Mariana da Silva Corrêa<br />

Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Natália de Jesus F. Costa<br />

Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Sumário<br />

44 / 415


A eNeRgIA MAReMOTRIZ NO<br />

<strong>MARANHÃO</strong>: uMA ANálISe CRíTICA<br />

Luiz A. Ribeiro<br />

Márcio Vaz dos Santos<br />

Osvaldo R. Saavedra<br />

Pedro Bezerra Neto<br />

Os grandes desafios associados ao setor energético<br />

mundial, tais como a crescente demanda<br />

de energia e limitações relacionadas<br />

ao uso de recursos fósseis, têm proporcio nado um<br />

aumento significativo no desenvolvimento e utilização<br />

de fontes renováveis de energia (Bezerra, Saavedra,<br />

Camelo e Ribeiro, 2010). Especificamente no<br />

contexto da energia eletromaremotriz, o uso de pequenos<br />

aproveitamentos pode ser uma alternativa<br />

bastante atrativa. Como exemplo, dezenas de pequenas<br />

usinas encontram-se em operação na China,<br />

a maior delas com uma potência instalada de<br />

304kW (Charlier, 2009).<br />

O surgimento de novas tecnologias para a exploração<br />

de baixas quedas tem contribuído para tornar<br />

comercialmente viável esse tipo de exploração. Atualmente,<br />

ocusto da energia produzida em uma usina<br />

eletromaremotriz de pequeno porte se equipara,<br />

por exemplo, ao de geração em uma pequena central<br />

hidrelétrica (PCH).<br />

De acordo com estudos preliminares encomendados<br />

pela ELETROBRÁS na década de 80 (Sondotécnica,<br />

1981), o Brasil apresenta um potencial eletromaremotriz<br />

bastante significativo, principalmente<br />

na costa do Maranhão, Pará e Amapá. Esse potencial<br />

energético é da ordem de 72TWh, o equivalente a<br />

45 / 415


16,8% do consumo nacional do Brasil em 2008, de acordo<br />

com dados do Balanço Energético Nacional (EPE, 2009).<br />

Apenas na baía de Turiaçu, no Maranhão, a potência extraível<br />

é da ordem de 3.402 MW (Sondotécnica, 1981),<br />

ou seja, aproximadamente 40% da potência instalada<br />

da UHE de Tucuruí. Entretanto, apesar desse enorme<br />

potencial energético, a exploração de toda essa energia<br />

enfrenta, na conjuntura atual, obstáculos ambientais,<br />

logísticos e econômicos sérios. Este trabalho trata do levantamento<br />

de potencial maremotriz da baia de Turiaçu,<br />

no Maranhão, e discute a viabilidade tanto técnica, econômica,<br />

como ambiental da sua exploração.<br />

Fig. 1 - Turiaçu em vermelho. Maranhão em marrom claro.<br />

(Fonte: Wikipédia).<br />

Sumário<br />

turiaçu e o litoral<br />

maranhense<br />

Na Fig. 1 ilustra-se a<br />

posição geográfica de Turiaçu,<br />

a 195 km da capital<br />

São Luís, na região da<br />

Amazônia Legal. Esse município<br />

tem aproximadamente<br />

32.491 habitantes<br />

e está dentro da Área de<br />

Proteção Ambiental (APA)<br />

das Reentrâncias Maranhenses,<br />

criada em junho<br />

de 1991, que abrange todo<br />

o litoral ocidental do estado,<br />

desde a Baía de São<br />

Marcos até o rio Gurupi.<br />

Esta área possui reentrâncias<br />

e muitos estuários cobertos<br />

de manguezais que<br />

são importantes berçários<br />

para milhares de espécies<br />

de peixes, crustáceos, mo-<br />

46 / 415


luscos e pássaros. O clima é chuvoso de dezembro a agosto.<br />

Sua precipitação média anual é de 2.000mm (Oliveira,<br />

Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos,<br />

2009). As principais atividades econômicas são a pesca,<br />

a agricultura de subsistência, a caça e o garimpo. Os<br />

manguezais são explorados também com a retirada de<br />

madeira para construção de casas, barcos e produção de<br />

carvão. Há potencial para atividades turísticas, embora<br />

existam muitas áreas inacessíveis.<br />

Na Fig. 2 mostra-se a região portuária do estuário de<br />

Turiaçu durante uma baixa-mar. Pela ponta superior da<br />

proa do barco, nivelada com a altura do cais acostável,<br />

tem-se uma percepção visual da altura da maré.<br />

Fig. 2 - Região portuária do estuário de Turiaçu durante a baixa-mar. (Fonte: NEA).<br />

Sumário<br />

47 / 415<br />

Divulgação


litoral ocidental maranhense<br />

Na Fig. 3 tem-se uma visão panorâmica do litoral maranhense,<br />

destacando-se no círculo a baía de Turiaçu.<br />

Fig. 3 - Localização da área em estudo na zona costeira maranhense. Fonte: (NEA).<br />

A Fig. 4 é a mesma 3 incluindo-se as curvas de níveis<br />

máximos de alturas de marés para o litoral maranhense.<br />

Nota-se que na baía de Turiaçu a preamar alcança uma<br />

altura máxima de 7m.<br />

Fig. 4 Altura maxima de mare para o litoral maranhense. Fonte (NEA)<br />

Sumário<br />

48 / 415


Fig. 5 - Litoral ocidental maranhense com mangue. Fonte: (NEA).<br />

Fig. 6 - Litoral maranhense sem mangue. Fonte: (NEA).<br />

Sumário<br />

Na Fig. 5 apresenta-se<br />

a região de<br />

manguezal do litoral<br />

ocidental maranhense,<br />

com uma<br />

área de mais de<br />

3.000km² de extensão.<br />

Essa região<br />

corresponde a 60%<br />

da área de manguezais<br />

de todo o Estado<br />

(Oliveira, Leite<br />

Neto, Costa Júnior,<br />

Camelo, Saavedra,<br />

Santos, 2009).<br />

A Fig 6 é uma<br />

representação de<br />

como seria o litoral<br />

maranhense sem<br />

mangue. Nesta figura<br />

simula-se o<br />

mangue como sendoágua.Comparando-se<br />

as figuras 5 e<br />

6, pode-se concluir<br />

que represamentos<br />

interpretando áreas<br />

de manguezal<br />

como se fossem sólidas<br />

e apropriadas<br />

para esse tipo de<br />

construção demandam<br />

barragens de<br />

dimensões consideravelmente<br />

maiores<br />

do que poderia parecer<br />

em uma avaliação<br />

preliminar.<br />

49 / 415


Fig. 7 - Detalhe da área de estudo da baía de Turiaçu com mangue<br />

e terra firme. Fonte: (NEA).<br />

Tab. 1 - Volumes de renovação de maré para baía de Turiaçu<br />

(área de estudo mostrada na Fig. 7)<br />

Aréa inundável<br />

(km²)<br />

Volume (m³) na altura<br />

média de 4,7 m<br />

Sumário<br />

A Fig. 7 simula uma<br />

barragem hipotética represando<br />

toda a baía de<br />

Turiaçu. Os volumes de<br />

renovação de maré para<br />

essa represa são apresentados<br />

na Tab. 1. Nesta<br />

tabela pode-se apreciar<br />

os volumes de renovação<br />

de maré tanto na área de<br />

mangue quanto no curso<br />

d´água do canal, para<br />

uma altura média de 4,7<br />

e 7m, respectivamente.<br />

Considerando as marés<br />

de sizígia, o volume de<br />

água que tem de ser renovada<br />

é da ordem de 5,8<br />

bilhões de m³. O potencial<br />

energético associado<br />

a esse volume é de grandes<br />

proporções, entretanto<br />

não-acessível como<br />

discorrido mais adiante<br />

neste documento.<br />

Volume (m³) na altura<br />

máxima de 7 m<br />

MANGUE 548,09 602.899,000 1.096.180,000<br />

CURSO D’ ÁGUA 685,03 3.219.641,000 4.795.210.000<br />

TOTAL 1.233,12 3.822.540,000 5.891.390,000<br />

50 / 415


A Fig. 8 representa o curso d’água de um canal genérico<br />

em área de mangue ilustrando várias camadas em função<br />

da altura da maré. Essas camadas são parte da dinâmica do<br />

ecossistema dos mangues e influenciam diretamente na discussão<br />

sobre a possibilidade de aproveitamento do potencial<br />

maremotriz. As águas do canal são divididas em volume residente,<br />

da cota 0 a -20m, e de renovação, da cota -2,0 a 4,0m.<br />

O volume residente do canal, região em azul, comporta a água<br />

que não está sujeita a renovação.<br />

Deve-se observar que o mangue já começa dentro do canal<br />

e se localiza a partir da cota 0m (referência Datum Imbituba,<br />

SC) até 4m. As cotas de -0,8 a 2,2m inundam diariamente,<br />

renovando seu volume de água. Da cota 2,2 a 4,0m a inundação<br />

é quinzenal. Também ficam em exposição (sem inundação)<br />

quinzenalmente as cotas de -0,8 a -2,0m. O lavado corresponde<br />

às cotas de 0 a -2,0m. Uma parte do lavado, de 0 a<br />

-0,8m, inunda diariamente; a outra, de -0,8 a -2,0m, somente<br />

se expõe quinzenalmente. Define-se a altura média de maré,<br />

h, como a média entre as preamares de sizígia e quadratura,<br />

menos a média entre baixa-mares também de quadratura e<br />

sizígia, donde, conforme a Fig.8, h = (3,1m) - (-1,4m) = 4,4m.<br />

Para se fazer a seleção, avaliação e estimativa do potencial<br />

maremotriz de qualquer localidade – e possivelmente decidir<br />

Fig. 8 - Perfil típico da área de manguezal. Fonte: (NEA).<br />

Sumário<br />

51 / 415


pelo seu aproveitamento –, segue-se uma estratégia norteadora<br />

de critérios e procedimentos gerais.<br />

Resumo do inventário feito na baía de turiaçu<br />

A baía de Turiaçu apresenta a maior área inundada por maré<br />

no Maranhão – 616 km2 – e a maior quantidade de energia<br />

estimada extraível – 9.114GWh; com maré de 4,7m de altura<br />

média, atingindo até 7m de pico (Sondotecnica, 1981). Na Fig.<br />

1 mostram-se as áreas avaliadas preliminarmente (Oliveira,<br />

Leite Neto, Costa Júnior, Camelo, Saavedra, Santos, 2009),<br />

onde se aponta com a seta vermelha três propostas de barragens<br />

nas linhas 29, 29A e 29B, respectivamente, ficando a<br />

jusante abaixo de cada linha. Na Tab. 1 mostram-se dados de<br />

maré relativos a essas três barragens.<br />

Localização Geográfica<br />

Conforme a Fig. 9, são propostas três alternativas de<br />

barragens, identificadas pelos números 29, 29A e 29B. Cada<br />

uma com comprimentos aproximados de 21,5km, 17km e<br />

10,5km, respectivamente (ver Tab. 2). Na mesma Figura, nota-se<br />

que as cabeceiras destas barragens teriam suas bases<br />

em áreas de manguezal, isto é, áreas inundadas diariamente<br />

e sem estrutura geológica adequada para dar suporte a estas<br />

barragens. Além do mais, para as três alternativas observa-se<br />

a inviabilidade de alcançar aqueles lugares por outra via que<br />

não seja marítima. A construção de estradas envolveria atravessar<br />

pelo menos 20km de mangue e reentrâncias a partir<br />

da sede de Turiaçu, com inúmeras pontes e aterros de custos<br />

extremos, tanto financeiros quanto ambientais.<br />

Deve-se também considerar que no período de preamar todos<br />

esses manguezais ficam submersos, limitando a capacidade<br />

de represamento das hipotéticas barragens. Além disso,<br />

há grande perda de volume represado nos próprios manguezais.<br />

As áreas envolvidas na avaliação da Sondotécnica são<br />

Sumário<br />

52 / 415


grandes e compreendem volumes da ordem de milhões de m³ de<br />

água. A construção de barramentos para os aproveitamentos<br />

são inviáveis do ponto de vista de escoamento dos volumes de<br />

água, uma vez que, para acontecer os volumes de renovação<br />

envolvidos em cada ciclo de maré, seria necessária a adoção<br />

de ‘centenas’ de unidades de turbinas ou a construção de vertedouros,<br />

os quais corresponderiam à maior parte do barramento.<br />

Fig. 9 - Baía de Turiaçu. Fonte: (Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).<br />

Tab. 2 - Dados da baía de Turiaçu relativos às três propostas de barragens indicadas na<br />

Fig. 9 (Fonte: Sondotécnica, ELETROBRAS,1981).<br />

Altura média<br />

da maré (m)<br />

Comprimento<br />

aproximado d barragem (km)<br />

Sumário<br />

Área da baía<br />

(km²)<br />

Potência<br />

extraível<br />

(MW)<br />

Distância da<br />

Cidade de Turiaçu<br />

Energia<br />

anual (10³)<br />

Turiaçu 29 4,7 21,5 616 3.402 37,5 km 9.114<br />

Turiaçu 29 A 4,7 17 494 2.728 29,5 Km 7.309<br />

Turiaçu 29 B 4,7 10,5 290 1.602 20,5 Km 4.209<br />

53 / 415


Impacto Ambiental<br />

O ecossistema dos manguezais tem sua existência intimamente<br />

ligada ao regime de alternância de marés; isto é, períodos<br />

de submersão e períodos de exposição. O represamento<br />

d’água através de barragens compromete essa alternância<br />

com resultados nefastos para a flora e fauna de mangues.<br />

Esse aspecto é extremamente crítico e deve ser avaliado na sua<br />

adequada dimensão para cada alternativa de aproveitamento.<br />

Nos três aproveitamentos em análise, a questão ambiental<br />

é dominante, porque implica também em extensos aterros de<br />

manguezais para alcançar as cabeceiras das barragens sugeridas.<br />

A construção de barramentos nos locais sugeridos, além do<br />

impacto já anunciado no parágrafo anterior, causa mudanças<br />

nos regimes de correntes marítimas que adentram os canais.<br />

As consequências dessas mudanças afetam o volume<br />

de renovação das águas do mangue, com implicações para a<br />

sobrevivência do manguezal.<br />

viabilidade técnica Econômica<br />

As potências extraíveis, na ordem de 3,402 GW, corresponde<br />

a uma potência instalada extremamente elevada para a<br />

demanda da região. Isso leva à necessidade de escoar esta<br />

potência para grandes centros de consumo, demandando a<br />

instalação de linhas de transmissão em alta tensão, que deverão<br />

atravessar a mesma área de manguezal já referida, além<br />

da distância a percorrer a partir da sede de Turiaçu até à subestação<br />

concessionária de alta tensão mais próxima.<br />

Para aproveitamento total do potencial extraível, a represa<br />

deveria ser esvaziada a cada seis horas, o que implicaria geração<br />

intermitente, ficando a linha de transmissão inoperante<br />

durante algum período, que varia de acordo com o modo de<br />

operação (efeito simples ou duplo, por exemplo).<br />

Por outro lado, as dimensões das barragens sugeridas a<br />

serem construídas em área de manguezal implicam em um<br />

Sumário<br />

54 / 415


movimento de material extremamente alto e não disponível,<br />

nesse nível de escala, na região.<br />

Logo, conclui-se que os potenciais energéticos, apesar de<br />

serem significativos, têm sua exploração fortemente comprometida<br />

por questões de viabilidade econômica, geográfica e<br />

ambiental.<br />

Os fatores críticos que comprometem esses empreendimentos<br />

são:<br />

• Tamanho do empreendimento e distância;<br />

• Dificuldade de acesso; e<br />

• Localização em áreas de manguezais.<br />

Da análise realizada nesta seção, à luz de critérios atuais<br />

de viabilidade, envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico-financeiro,<br />

acessibilidade, etc., os aproveitamentos<br />

discutidos se tornam inviáveis. Poder-se-ia concluir que a exploração<br />

maremotriz nessa região é inviável? Não a priori. A<br />

resposta depende, para cada caso, da intensidade de cada fator<br />

analisado. Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos<br />

maremotrizes devem localizar-se mais próximos de<br />

terra firme e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem<br />

positivamente para reduzir o impacto ambiental ao aproximar<br />

a geração da demanda, melhorando significativamente<br />

as chances de viabilidade.<br />

pequenos aproveitamentos para exploração maremotriz<br />

na baía de turiaçu<br />

Na Fig. 10 vê-se uma fotografia aérea do município de<br />

Turiaçu registrada em maio de 2009. A baía é realçada em<br />

azul e a seta aponta para a localização da cidade. Dentro da<br />

elipse mostram-se os dois canais e reentrâncias que ficam bem<br />

próximos da cidade os quais são o objeto da atual proposta<br />

para estudos exploratórios.<br />

Os fatores que contribuem para um aproveitamento energético<br />

maremotriz de pequena escala se tornar viável são:<br />

a) Distância do mercado – facilidade de acesso (redução de<br />

custo de construção);<br />

Sumário<br />

55 / 415


) Geração compatível com a demanda;<br />

c) Possibilidade de aproveitamento parcial do potencial da<br />

represa;<br />

d) Impacto ambiental relativamente reduzido; e<br />

e) Possibilidade de exploração apenas hidrocinética (sem<br />

barragem).<br />

A avaliação, bem como o peso de cada um destes fatores no<br />

empreendimento, depende de cada caso, exigindo necessariamente<br />

a realização de um estudo específico. De fato, não há<br />

garantia de que todos os pequenos empreendimentos sejam<br />

viáveis. Mas, a possibilidade de se tornarem viáveis é muito<br />

maior do que para grandes projetos, como os casos analisados<br />

nas seções anteriores.<br />

Fig. 10 - Município apontado pela seta e Estuário de Turiaçu destacado em azul. Fonte Google<br />

Sumário<br />

56 / 415


acias Escolhidas<br />

Na Fig.11 mostram-se os pequenos canais e reentrâncias,<br />

em tom cinza, e o manguezal adjacente que ficam<br />

no entorno da cidade. Note-se, também, sobretudo,<br />

as pequenas porções de terra firme que podem servir<br />

de base para as cabeceiras das barragens correspondentes<br />

às sub-bacias de 1 a 4 – estas representadas na Fig. 12 e descritas<br />

nas seções seguintes.<br />

Fig. 11- Destaque para canais, reentrâncias e manguezal. Fonte: (NEA).<br />

Na Fig. 12 são destacadas as quatro bacias escolhidas para<br />

análise especifica de potencial maremotriz, levando em conta<br />

o critério de proximidade de mercado, facilidade de acesso,<br />

etc. Em sua legenda descrevem-se suas principais características.<br />

Sumário<br />

57 / 415


Fig. 12 - Bacias escolhidas para estudo. Fonte: (NEA).<br />

Na Tabela 3 identificam-se as quatro bacias – 1, 2, 3 e 4<br />

– em análise, com a relação de áreas inundáveis por maré e<br />

volumes de renovação hídrica. A partir desses dados pode ser<br />

deduzido o volume residente. Os volumes de renovação referidos<br />

nesta tabela são por maré. Deve-se observar que as marés<br />

maranhenses são do tipo semidiurno – duas preamares e<br />

duas baixa-mares diárias.<br />

Tab. 3 - Relação das áreas inundáveis por maré e volumes de<br />

renovação hídrica para as sub-bacias (1, 2, 3 e 4) em estudo.<br />

Bacia Descrição Área inundável<br />

total (km 2 )<br />

1<br />

Sumário<br />

Volume de renovação<br />

médio (milhões m³)<br />

Volume de renovação<br />

máxima (milhões m³)<br />

Mediana a sudoeste de Turiaçu 39,6 10,6 32,9<br />

2 Mediana a sudeste de Turiaçu 10,6 8 23,1<br />

3 De pequeno porte adjacente à sede municipal 3.822.540,000 5.891.390,000 2,2<br />

4<br />

De pequeno porte adjacente à sede municipal<br />

( integrante da sub-bacia mediana a sudoeste<br />

3,5 1,8 5,4<br />

58 / 415


A seguir são apresentados resultados de estudos específicos<br />

realizados para cada uma das sub-bacias referidas que,<br />

por simplificação, passarão a ser denominadas apenas de bacias.<br />

bacia 1<br />

A bacia 1 – mediana localizada a sudoeste da cidade de Turiaçu<br />

– é identificada por linha tracejada em branco na Fig.<br />

12, abrangendo o braço esquerdo do canal bifurcado. Das<br />

quatro bacias, esta tem a maior área inundável, abrangendo<br />

uma grande extensão de manguezal. Na Fig. 13 mostra-se o<br />

volume em função da cota do reservatório.<br />

A barragem necessária para fechamento do canal é relativamente<br />

pequena, com um comprimento aproximado de 240m,<br />

com encosta das cabeceiras em terra firme, porém passando<br />

por um trecho de manguezal. Além deste fator, esse aproveitamento<br />

pode ser comprometido em termos de viabilidade<br />

pelo fato de que uma extensa área de manguezal pode vir a<br />

ficar submersa (dependendo da dinâmica de esvaziamento<br />

do reservatório), causando o afogamento da flora local.<br />

Fig. 13 - Volume em função da cota de maré na Bacia 1. Fonte: (NEA).<br />

Sumário<br />

59 / 415


acia 2<br />

A Bacia 2 está localizada a sudeste de Turiaçu envolvendo<br />

o braço direito do canal bifurcado adjacente ao porto, envolta<br />

pelo tracejado marrom na Fig.12.<br />

Na Fig. 14 mostra-se o volume em função de cada cota do<br />

reservatório.<br />

Analogamente ao caso anterior, a barragem necessária para<br />

fechamento desse canal é pequena, com um comprimento<br />

aproximado de 190m, com uma cabeceira em terra firme e<br />

a outra em área de manguezal. Igual ao caso anterior, esse<br />

aspecto, somado ao fato que uma extensa área de manguezal<br />

pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica de<br />

esvaziamento do reservatório), também pode inviabilizar esse<br />

aproveitamento em termos de impacto ambiental.<br />

Fig. 14 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 2. Fonte: (NEA).<br />

bacia 3<br />

A Bacia 3 corresponde a uma microbacia adjacente à cidade<br />

de Turiaçu, envolvendo uma pequena reentrância próxima<br />

da cidade. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota<br />

do reservatório.<br />

Sumário<br />

60 / 415


A barragem necessária para fechamento dessa reentrância<br />

tem um comprimento aproximado de 800m (da ordem da<br />

barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em terra<br />

firme, porém passando por área de manguezais. Igual aos casos<br />

anteriores, esse aspecto, somado ao fato que uma área de<br />

manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica<br />

de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão<br />

da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento<br />

em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.<br />

bacia 4<br />

Essa última microbacia é próxima à cidade de Turiaçu,<br />

envolvendo outra pequena reentrância, como indicado na<br />

Fig. 12. Na Fig. 15 mostra-se o volume em função da cota do<br />

reservatório.<br />

A barragem necessária para fechamento dessa reentrância<br />

tem um comprimento aproximado de 700m (também da ordem<br />

da barragem do Bacanga), com ambas as cabeceiras em<br />

terra firme, porém passando por área de manguezais. Igual<br />

aos casos anteriores, esse aspecto, somado ao fato que área<br />

Fig. 15 - Volume em função da cota do reservatório da Bacia 4. Fonte: (NEA).<br />

Sumário<br />

61 / 415


de manguezal pode vir a ficar submersa (dependendo da dinâmica<br />

de esvaziamento do reservatório), assim como a dimensão<br />

da barragem, podem tornar crítico esse aproveitamento<br />

em termos de impacto ambiental e viabilidade econômica.<br />

discussão<br />

Com relação às bacias estudadas deve-se aplicar a sequência<br />

geral de procedimentos, descrita no Capítulo 3, para escolher<br />

e avaliar sítios candidatos para aproveitamento de energia<br />

maremotriz, com especial atenção no que diz respeito à<br />

preservação da flora e fauna, bem como com relação à construção<br />

de barragem.<br />

Estudos complementares também devem ser feitos para<br />

avaliação dos impactos ambientais positivos e negativos decorrentes<br />

da construção de uma barragem. A escolha de um<br />

local para implantação de uma usina eletromaremotriz depende<br />

do mínimo de impacto ambiental negativo, menor risco de<br />

construção, da viabilidade econômica e da justificativa social.<br />

A escolha acaba condicionada à metodologia de aquisição e<br />

do processamento de dados, bem como à meticulosidade da<br />

pesquisa e da disponibilidade de fontes confiáveis.<br />

No que se refere à preservação do manguezal represado<br />

pela barragem, uma adequada operação do reservatório, que<br />

permita reproduzir o ciclo normal de maré para o mangue,<br />

isto é, que o volume a ser turbinado por ciclo garanta que no<br />

final deste o mangue fique exposto, possibilita que o aproveitamento<br />

atenda adequadamente a critérios ambientais. Essa<br />

estratégia pode tornar viáveis grande quantidade de canais e<br />

reentrâncias plausíveis de exploração em pequena escala.<br />

Comentários Finais e Conclusões<br />

O relatório da Sondotécnica/Eletrobrás fornece um panorama<br />

otimista do potencial energético, sem considerar a acessibilidade<br />

dessa energia do ponto de vista econômico, logístico<br />

e de impactos ambientais. A riqueza desse relatório, além de<br />

Sumário<br />

62 / 415


ser o marco zero nos estudos maremotrizes no Brasil, está no<br />

fato de prover o mapa de potencialidades das marés no litoral<br />

brasileiro.<br />

Entretanto, no contexto atual, devem ser considerados vários<br />

aspectos altamente críticos que definirão se os potenciais<br />

identificados são realmente extraíveis. No presente relatório,<br />

esses aspectos críticos foram conjugados com o estuário piloto<br />

de Turiaçu, sem perda de generalidade, de forma a constituir<br />

um documento técnico que dê suporte a decisões futuras<br />

no que tange a exploração de maremotriz para geração de<br />

energia elétrica.<br />

Da análise realizada à luz de critérios atuais de viabilidade,<br />

envolvendo impacto ambiental, equilíbrio econômico financeiro,<br />

acessibilidade, etc., os aproveitamentos objeto de discussão<br />

se tornam inviáveis. A questão que surge é: ao apresentar<br />

cenários semelhantes, todos os demais locais são inviáveis?<br />

A resposta é necessariamente não, dependendo, para cada<br />

caso, da intensidade de cada fator crítico.<br />

Uma tendência que se vislumbra é que aproveitamentos<br />

maremotrizes devem localizar-se mais próximos de terra firme<br />

e de áreas habitadas. Esses aspectos contribuem positivamente<br />

para reduzir o impacto ambiental ao aproximar a geração<br />

da demanda. Essa tendência vem acompanhada com<br />

a redução da ordem dos aproveitamentos, os quais basicamente<br />

envolvem canais com volume de água a ser represado<br />

eventualmente bastante menor do que os discutidos neste<br />

documento e com dimensões de barragens bem realistas – da<br />

ordem da construída no Rio Bacanga.<br />

Em outras palavras, aproveitamentos maremotrizes se tornam<br />

mais viáveis e possíveis de implementar quando são<br />

de pequena escala. Essa constatação está sintonizada com<br />

uma realidade da região norte-nordeste, onde há um número<br />

grande de pequenas comunidades isoladas, sem energia,<br />

atendidas parcialmente, ou com serviço de baixa qualidade.<br />

Pode-se concluir que a energia maremotriz em pequena escala<br />

torna-se uma alternativa para mitigar os níveis de exclusão<br />

Sumário<br />

63 / 415


elétrica, propiciando estímulos à melhoria dos cenários sócio-<br />

-econômicos dessas comunidades. Isso pode se traduzir também<br />

como empreendimento com ênfase em retorno social.<br />

Portanto, a viabilidade econômica e ambiental, assim como a<br />

melhor forma de implantar o aproveitamento, deve ser objeto<br />

de estudo individualizado.<br />

É opinião dos autores que esforços devem ser realizados no<br />

sentido de aprofundar estudos objetivando pequenos aproveitamentos<br />

maremotrizes, de forma a se ter um panorama<br />

em detalhe dos micro-estuários atualmente com viabilidade<br />

técnico-econômica, assim como daqueles que no futuro próximo<br />

podem vir a se tornar viáveis em função das demandas<br />

de mercado e desenvolvimento.<br />

Agradecimentos<br />

Este trabalho contou com os apoios da ELETROBRAS através<br />

do Convênio ECV 085/2005, do Projeto BRA 99/011/<br />

PNUD através de C.A. 07/47-3952 e do CNPq.<br />

Referências<br />

Bezerra Neto, P.; Saavedra, Osvaldo R.; Camelo, Nelson José;<br />

Ribeiro, L. A. S. (2010), Viabilidade de Pequenos Aproveitamentos<br />

para Geração de Energia Eletromaremotriz. In: XVIII<br />

Congresso Brasileiro de Automática, 2010, Bonito: UNESP,<br />

2010. v. 1. p. 66286.<br />

Charlier, Roger Henri. 2009. Ocean Energy. Tide and Tidal<br />

Power. Springer-Verlag Berlin Heidelberg.<br />

EPE – Empresa de Pesquisa Energética. 2009. Balanço Energético<br />

Nacional 2009. Resultados Preliminares. Rio de Janeiro.<br />

Brasil.<br />

Leite Neto, P. B., Oliveira, D. Q., N. J. Camelo, O. R. Saavedra.<br />

2009. Estudo do Potencial para Geração de Energia Elétrica<br />

a partir de Fonte Maremotriz. 8th Latin-American Congress:<br />

Electricity Generation and Transmission, 2009, Ubatuba.<br />

Anais do VIII CLAGTEE. Guaratinguetá : UNESP. v. 1.<br />

p. 709.<br />

Sumário<br />

64 / 415


MJ2 Technologies. 2010. www.vlh-turbine.com<br />

Oliveira, D. Q., Leite Neto, P. B., Costa Júnior, A. L., Camelo,<br />

N. J., O. R. Saavedra, Santos, M. C. F. V. (2009). Relatório do<br />

Potencial Maré-Motriz do Estuário e Memória Técnica – Estuário<br />

de Turiaçu. Projeto BRA 99/011/PNUD, Ministério de<br />

Minas e Energia – PLPT.<br />

Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Eletrobrás. (1981).<br />

Aproveitamentos Maremotrizes na Costa Maranhão – Pará –<br />

Amapá. Inventário Preliminar.<br />

Luiz A. Ribeiro<br />

Professor da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Márcio Vaz dos Santos<br />

Doutor em Ciências Ambientais pela University of Virginia, Estados Unidos.<br />

Osvaldo R. Saavedra<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário<br />

Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.<br />

Pedro Bezerra Neto<br />

Engenheiro Elétrico pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

65 / 415


peSquISAS TeMáTICAS<br />

DA uNIveRSIDADe<br />

feDeRAl DO <strong>MARANHÃO</strong><br />

Agrotóxicos<br />

O<br />

Núcleo de Análise de Resíduos de Pesticidas (NARP)<br />

da UFMA vem realizando trabalhos de pesquisa<br />

relacionados com a problemática ambiental causada<br />

pela intensa aplicação de pesticidas. O Estado do Maranhão<br />

localiza-se em uma região que vem sendo bastante<br />

aproveitada nos grandes projetos de monoculturas agrícolas.<br />

Nesses projetos, é comum ocorrer consumo considerável<br />

de pesticidas. A região tem grande disponibilidade de<br />

recursos hídricos e, além disso, conta com elevadas taxas<br />

pluviométricas. Esses fatores levam à necessidade de um<br />

monitoramento frequente dos recursos naturais, no sen-<br />

Sumário<br />

66 / 415


tido de controlar possíveis problemas de contaminação<br />

ambiental. O NARP desenvolve e aplica metodologias analíticas<br />

para determinação dos resíduos de pesticidas presentes<br />

em amostras ambientais, embora já tenha, também,<br />

analisado outros tipos de matrizes (p. ex., alimentos). As<br />

técnicas utilizadas nas determinações incluem metodologias<br />

convencionais (por exemplo, cromatografia líquida e a<br />

gás) e outras inovações (por exemplo, biossensores), com<br />

as quais é possível a determinação, bem como o estudo de<br />

monitoramento dos resíduos de pesticidas e seus respectivos<br />

produtos de degradação, prevendo, assim, a persistência<br />

e a transformação destes compostos em ambientes<br />

naturais. Vários desses trabalhos têm sido feitos a partir<br />

de informações fornecidas ou solicitações feitas pelo órgão<br />

ambiental do Estado, o qual identifica os pontos de estudo.<br />

Dessa forma, tem sido possível apontar problemas de contaminação<br />

e participar de estratégias de minimização dos<br />

impactos gerados pelos uso de pesticidas na região. Mais<br />

recentemente, o grupo tem desenvolvido projetos envolvendo<br />

outras classes de contaminantes orgânicos, p. ex.: resíduos<br />

de fármacos, plastificantes, etc. O grupo também<br />

iniciou em 2009 ensaios toxicológicos com substâncias potencialmente<br />

tóxicas em ambientes marinhos.<br />

principais pesquisadores<br />

• Gilvanda Silva Nunes<br />

• Paulo Roberto Brasil de Oliveira Marques<br />

• Natilene Mesquita Brito<br />

• Ricardo Luvizotto Santos<br />

• Ney de Barros Bello Filho<br />

• Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco<br />

• Ozelito Possidônio de Amarante Junior<br />

• Thomas Bonierbale<br />

Sumário<br />

67 / 415


iocombustíveis e Derivados de petróleo<br />

O Núcleo de Combustíveis, Catálise e Ambiental - NCCA<br />

vem desenvolvendo várias pesquisas voltadas tanto para a<br />

produção e uso de biocombustíveis (etanol e biodiesel), tais<br />

como otimização da síntese de biodiesel com e sem microondas,<br />

novos catalisadores heterogêneos para a produção de<br />

biodiesel, reaproveitamento dos resíduos do refino dos óleos<br />

vegetais e dos subprodutos do processo do biodiesel, desenvolvimento<br />

de métodos analíticos para o controle e qualidade<br />

do biodiesel e de suas matérias primas e do etanol. Outras<br />

pesquisas estão em andamento no laboratório, como a preparação<br />

de microemulsões combustíveis para serem empregadas<br />

em comunidades isoladas, transformações dos subprodutos<br />

do processo de produção de biodiesel, utilização<br />

de sensores capacitivos para monitoramento de adulteração<br />

de combustíveis e dessulfurização do diesel de petróleo utilizando<br />

líquidos iônicos.<br />

Sumário<br />

68 / 415


principais pesquisadores<br />

• Fernando Carvalho Silva (Coordenador do Núcleo)<br />

• Adeílton Pereira Maciel (Pesquisador)<br />

• Kátia Regina Marques Moura (Pesquisador)<br />

• Thoma Bonierbale (Pesquisador)<br />

• Francisco Sávio Mendes Sinfrônio (Pesquisador)<br />

• Antônio Carlos Sales Vasconcelos (Colaborador)<br />

• Jomar Sales Vasconcelos (Colaborador)<br />

• Antônio Gouveia de Souza (Colaborador)<br />

• Jose Hílton Gomes Rangel (Colaborador)<br />

Sumário<br />

69 / 415


iodiversidade e conservação<br />

O grupo, denominado inicialmente “Ecologia Evolutiva”,<br />

foi criado em 1999, a partir da integração dos seus pesquisadores<br />

no sentido de elaborar e desenvolver projetos em<br />

conjunto, que respondessem a perguntas ecológicas e levassem<br />

ao entendimento da estruturação e funcionamento<br />

de populações e comunidades em ecossistemas maranhenses.<br />

Nessa perspectiva, desenvolvemos importantes projetos,<br />

em conjunto com outros grupos de pesquisa, apoiados<br />

pelo Programa Norte de Pesquisa e Pós-Graduação, pelo<br />

PROBIO, entre outros. O trabalho do grupo contribui decisivamente<br />

para tomadas de decisão na área ambiental no<br />

âmbito regional, uma vez que fornece dados básicos sobre<br />

as populações e comunidades do presente e do passado<br />

(Cretaceo) nos ecossistemas maranhenses. Pesquisando<br />

em áreas que vêm sofrendo contínuo processo de empobrecimento<br />

ambiental decorrente da fragmentação de seus<br />

ecossistemas, esperamos levar a região a agregar valor sócio-ambiental<br />

adequado.<br />

principais pesquisadores<br />

• Silma Regina Ferreira Pereira<br />

• Patrícia Maia Correia de Albuquerque<br />

• Gilda Vasconcellos de Andrade<br />

• José Manuel Macário Rebêlo<br />

Ciência Animal e Agroecologia<br />

Os grupos de ciência animal e agroecologia da UFMA estão<br />

sediados em Chapadinha. Eles têm por objetivo desenvolver<br />

produtos para o controle de parasitos animais, enfocando<br />

desde a procura de novas moléculas através da<br />

Sumário<br />

70 / 415


etnobotânica e estudo químico e bioquímico de plantas,<br />

com os respectivos ensaios biológicos para testes contra<br />

protozoários, artrópodes e helmintos parasitos dos animais<br />

domésticos e finalizando a cadeia com a síntese e manipulação<br />

de moléculas visando o desenvolvimento de medicamentos<br />

veterinários; e gerar conhecimentos e transformá-<br />

-los em alternativas tecnológicas para o desenvolvimento<br />

da agricultura familiar da região do Baixo Parnaíba, trabalhando<br />

com o uso sustentável dos agroecossistemas como<br />

um todo, levando em consideração o manejo de solos, plantas<br />

daninhas, doenças e pragas, formando um conjunto de<br />

práticas aplicáveis na agricultura familiar.<br />

principais pesquisadores<br />

• Alana das Chagas Ferreira Aguiar<br />

• Lívio Martins Costa Júnior<br />

• Cristiane Rêgo Oliveira<br />

• Izumy Pinheiro Doihara<br />

• Edneia de Lucena Vieira<br />

• Jane Mello Lopes<br />

• Alexandra Martins dos Santos Soares<br />

• André Luiz Gomes da Silva<br />

• Múcio Flávio Barbosa Ribeiro<br />

• Cláudio Gonçalves da Silva<br />

• Nelder de Figueiredo Gontijo<br />

• Daniel Praseres Chaves<br />

• Olga Lima Tavares Machado<br />

• Edison Fernandes da Silva<br />

• Sinval Garcia Pereira<br />

• Fredgardson Costa Martins<br />

Sumário<br />

71 / 415


eletroquímica<br />

A implantação do Grupo de Eletroquímica da Universidade<br />

Federal do Maranhão (GELQ-UFMA) foi iniciado em<br />

1994, junto ao projeto de implantação do curso de Mestrado<br />

em Química e a sua infra-estrutura inicial financiada<br />

com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado<br />

do Maranhão (FAPEMA). As linhas de pesquisa atuais do<br />

GELQ-UFMA objetivam o desenvolvimento, a caracterização<br />

e o estudo das propriedades eletroquímicas de novos<br />

materiais de eletrodos e superfícies quimicamente modificadas<br />

para 1) a eletrocatálise de reações envolvidas em<br />

sistemas eletroquímicos de geração e armazenamento de<br />

energia, como as células a combustível, e 2) a eletroanálise<br />

de espécies de interesses farmacêutico, biológico e ambiental<br />

para aplicações na área de sensores eletroquímicos.<br />

principais pesquisadores<br />

• Auro Atsushi Tanaka<br />

• Manuel de Jesus Santiago Farias<br />

• Ilanna Campelo Lopes<br />

• Marlus Pinheiro Rolemberg<br />

• Isaide de Araújo Rodrigues<br />

• Quésia Guedes da Silva<br />

• Jaldyr de Jesus Gomes Varela Júnior<br />

• Roberto Batista de Lima<br />

• José Wilson da Silva<br />

• Sônia Maria Carvalho Neiva Tanaka<br />

Sumário<br />

72 / 415


energias Alternativas<br />

O grupo tem apresentado uma considerável produção<br />

científica envolvendo estudos com aplicações de técnicas<br />

inteligentes e de confiabilidade em problemas de sistemas<br />

de potência. Atendendo à vocação natural do Estado, criou<br />

o Laboratório de Energias Alternativas. Apesar do grupo ser<br />

novo nesta região, já há iniciativas concretas de cooperação<br />

com o setor produtivo local, em especial com as empresas<br />

de energia elétrica. O principal marco foi a execução do<br />

projeto de energias alternativas na Ilha dos Lençóis, com a<br />

implantação de um sistema híbrido de energia. O sistema<br />

híbrido solar-eólico-diesel instalado possui um conjunto<br />

de elementos interdependentes composto por três turbinas<br />

eólicas, cabos de transmissão subterrânea de energia das<br />

turbinas para a casa de força, painéis voltaicos, bancos de<br />

baterias, entre outros. Além do desenvolvimento de uma<br />

nova tecnologia para o Estado, o projeto foi bastante marcante<br />

devido aos desafios propostos e vencidos pela equipe,<br />

pois a região é de difícil acesso e isso dificultou a atuação<br />

do grupo, além do transporte dos equipamentos, que teve<br />

grandes percalços. O projeto é financiado pelo Ministério<br />

de Minas e Energia, teve duração de três anos e um investimento<br />

médio de 1 milhão e meio de reais.<br />

principais pesquisadores<br />

• Osvaldo Ronald Saavedra Mendez<br />

• José Eduardo Onoda Pessanha<br />

• Ricardo Bernardo Prada<br />

• Luiz Antônio de Souza Ribeiro<br />

• Vicente Leonardo Paucar Casas<br />

• Maria da Guia da Silva<br />

• Anselmo Barbosa Rodrigues<br />

Sumário<br />

73 / 415


Farmacologia, Imunologia e<br />

toxicologia de produtos Naturais<br />

As plantas superiores são utilizadas com finalidade curativa<br />

desde épocas remotas e ainda hoje são consumidas<br />

por cerca de 80% da população mundial na forma de chás,<br />

infusões, xaropes, etc. Além disso, cerca de 35% dos constituintes<br />

das formulações farmacêuticas, desenvolvidas pela<br />

industria mundial, são de origem vegetal. O trabalho desse<br />

grupo visa fornecer metodologia e informações que possibilitem<br />

a utilização segura de plantas e/ou seus produtos a<br />

partir da avaliação dos efeitos biológicos, toxicológicos e caracterização<br />

química. Dentre os efeitos biológicos será dado<br />

Sumário<br />

74 / 415


enfoque aos aspectos imunológicos e farmacológicos São<br />

objetivos do grupo: fornecer subsídios à utilização segura<br />

de plantas medicinais usadas pela população maranhense;<br />

desenvolver e gerenciar ações interdisciplinares relacionadas<br />

ao aproveitamento das plantas medicinais; possibilitar<br />

a exploração racional das plantas medicinais locais; determinar<br />

parâmetros de controle de qualidade das matérias<br />

primas vegetais e seus produtos intermediários e acabados.<br />

Fatores considerados relevantes na definição do tema<br />

central do projeto: viabilizar o uso de plantas medicinais de<br />

acordo com as normas de segurança, eficácia e qualidade;<br />

organizar os dados científicos sobre plantas medicinais em<br />

um banco de dados acessível à população.<br />

principais pesquisadores<br />

• Flávia Raquel Fernandes do Nascimento<br />

• Rosane Nassar Meireles Guerra<br />

• Antônio Carlos Romão Borges<br />

• Maria do Socorro de Sousa Cartágenes<br />

• Maria Nilce de Sousa Ribeiro<br />

• Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />

• Marilene Oliveira da Rocha Borges<br />

• Flávia Maria Mendonça do Amaral<br />

• Silma Regina Ferreira Pereira<br />

• Ivone Garros Rosa<br />

• Valério Monteiro Neto<br />

• Lucilene Amorim Silva<br />

Sumário<br />

75 / 415


Materiais<br />

Nesta temática, vários materiais com potenciais aplicações<br />

tecnológicas têm sido investigados, desde aqueles com<br />

interesse da indústria do petróleo, farmacêutica, da agricultura<br />

e para aplicações ótica - eletrônica. Assim, diversos<br />

tipos de materiais como ferroelétricos, multiferroicos,<br />

condutores iônicos, isolantes, materiais com alta constante<br />

dielétrica, catalisadores, termistores, semicondutores e<br />

magnéticos, sob a forma de cerâmicos, monocristais e poliméricos<br />

têm sido sintetizado e caracterizados. A caracterização<br />

envolve técnicas de difração de raios-X, dilatometria,<br />

ressonância paramagnética eletrônica, espectroscopia Raman,<br />

espectroscopia óptica, luminescência e técnicas fototérmicas,<br />

análise térmica e medidas magnéticas, calorimétricas<br />

e de transporte, caracterização elétrica e dielétrica.<br />

As pesquisas estão centralizadas em São Luis e Imperatriz.<br />

principais pesquisadores<br />

• Carlos William de Araújo Paschoal<br />

• Jerias Alves Batista<br />

• Éder Nascimento Silva<br />

• Adenílson Oliveira dos Santos<br />

• Luzeli Moreira da Silva<br />

• Alan Silva de Menezes<br />

• Márcio José Barboza<br />

• Alysson Steimacher<br />

• Marta Célia Dantas Silva<br />

• Pedro de Freitas Façanha Filho<br />

• Cleber Candido da Silva<br />

• Ricardo Jorge Cruz Lima<br />

• Franciana Pedrochi<br />

Sumário<br />

76 / 415


Núcleo de Computação Aplicada<br />

O Núcleo de Computação Aplicada (NCA) é um espaço<br />

destinado à produção e desenvolvimento de tecnologia de<br />

ponta. O NCA agrega em um mesmo ambiente, as atividades<br />

de três laboratórios da UFMA: o de Sistemas Avançados<br />

da Web (Laws), de Mídias Interativas (Labmint) e o de<br />

Processamento e Análise de Imagens (Labpai), que realizam<br />

pesquisas nas áreas de processamento de imagens,<br />

visão computacional, visualização e interação com dados<br />

complexos e sistemas de informações geográficas.<br />

A implantação do NCA insere a UFMA na rede temática<br />

de Computação Científica e Visualização, conhecida como<br />

rede Galileu, criada em 2006, que integra universidades<br />

de todo o país, como USP, PUC e Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro. Estas Universidades, e agora a UFMA, estão<br />

em parceria com a empresa Petrobrás para desenvolver<br />

tecnologias e recursos humanos de alto nível, proporcionados<br />

após o investimento da empresa brasileira de Petróleo,<br />

que já destinou para o Núcleo avançado da UFMA, cerca de<br />

1,5 milhões de reais.<br />

Ao todo, trabalham no laboratório, quarenta e três alunos<br />

de graduação, vinte e dois na pós-graduação, incluindo<br />

mestrandos e doutorandos e quatro doutores em Computação.<br />

Odontologia<br />

Grupo de pesquisa em Odontologia vem trabalhando com<br />

pesquisas exploratórias e explicativas, realizando levantamentos<br />

epidemiológicos das doenças bucais em diversas<br />

comunidades do Estado do Maranhão. Já foram realizados<br />

alguns trabalhos clínicos visando a melhoria da qualidade<br />

de vida das diversas comunidades através da saúde bucal.<br />

Sumário<br />

77 / 415


principais pesquisadores<br />

• Cláudia Maria Coelho Alves<br />

• Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira<br />

• Elizabeth Lima Costa<br />

• Alex Luiz Pozzobon Pereira<br />

• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz<br />

• Ana Emília Figueiredo de Oliveira<br />

• Fernanda Ferreira Lopes<br />

• Antônio Luiz Amaral Pereira<br />

• Maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz<br />

• Bruno Braga Benatti<br />

• Rubenice Amaral da Silva<br />

• Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />

• Silvana Amado Libério<br />

• Soraia de Fátima Carvalho Souza<br />

• Eider Guimarães Bastos Vanessa<br />

• Camila da Silva<br />

políticas públicas<br />

O Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas<br />

Direcionadas à Pobreza desenvolve atividades de pesquisa,<br />

de consultoria, assessoria e capacitação de recursos<br />

humanos, privilegiando a temática pobreza, trabalho, políticas<br />

sociais e análise e avaliação de Políticas Públicas.<br />

Entre os trabalhos mais relevantes, temos: assessorias à<br />

Política de Assistência Social: Conferências, Planos e Política<br />

de Assistência Social do Maranhão, 2001 e 2006;<br />

Programas de Transferência de Renda implementados por<br />

municípios e estados brasileiros; avaliação do Plano Estadual<br />

de Qualificação Profissional do Maranhão, 1996-2002,<br />

com avaliações política, do processo de implementação e<br />

Sumário<br />

78 / 415


de impactos na população alvo; avaliações do Programa<br />

Primeiro Emprego do Estado do Maranhão (1998, 2005),<br />

o processo de implementação e os impactos do Programa;<br />

avaliação do Programa Comunidade Solidária, sua implementação<br />

no Estado do Maranhão, 1999/2000; avaliação<br />

da implantação do Sistema Descentralizado e Participativo<br />

da Política de Assistência Social no Estado do Maranhão,<br />

1998/1999; avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho<br />

Infantil no Maranhão, 2003; avaliação das Políticas<br />

de Assistência Social, da Habitação e do Trabalho e Renda<br />

no Maranhão, 1999/2002, considerando implementação e<br />

impactos; pesquisas sobre Programas de Transferência de<br />

Renda no Brasil, com produção divulgada nacional e internacionalmente;<br />

capacitação de profissionais e membros de<br />

Conselhos de Gestão e capacitação em Avaliação de Políticas<br />

e Programas Sociais para profissionais, no Estado do<br />

Maranhão e em outros estados; avaliação da implantação<br />

e implementação do Sistema Único de Assistência Social<br />

(SUAS), 2006/2010.<br />

principais pesquisadores<br />

• Maria Ozanira da Silva e Silva<br />

• Annova Míriam Ferreira Carneiro<br />

• Maria Virgínia Moreira Guilhon<br />

• Cleonice Correia Araújo<br />

• Salviana de Maria Pastor Santos Sousa<br />

• Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira<br />

• Talita Teresa Gomes Furtado<br />

• Valéria Ferreira Santos de Almada Lima<br />

Sumário<br />

79 / 415


processamento e Análise<br />

de Imagens Médicas<br />

O grupo de informática aplicada vem desenvolvendo diversas<br />

pesquisas voltadas a aplicação de modelos computacionais<br />

a problemas de ordem prática. A principal tem o<br />

objetivo de investigar novas técnicas para o melhoramento,<br />

segmentação e identificação de imagens médicas e o desenvolvimento<br />

de metodologias e ferramentas que auxiliem<br />

o diagnóstico de patologias com base em imagens e técnicas<br />

de realidade virtual, dando origem a diversos projetos<br />

de impacto, como detecção e diagnóstico precoce de câncer<br />

de mama baseado em análise de imagens médicas multimodais<br />

e imagens médicas: processamento, análise e visualização<br />

para detecção e diagnóstico de câncer de mama e<br />

pulmão. O grupo trabalha, também, no desenvolvimento<br />

de ferramentas e tecnologias de software para o desenvolvimento<br />

de sistemas de informações geográficas em duas e<br />

três dimensões, baseados na Web e em computação móvel<br />

que possam disponibilizar funcionalidades de análise espacial<br />

e processamento de imagens de satélite.<br />

principais pesquisadores<br />

• Alexandre César Muniz de Oliveira<br />

• Carlos de Salles Soares Neto<br />

• Ângelo Rodrigo Bianchini<br />

• Geraldo Braz Júnior<br />

• Anselmo Cardoso de Paiva<br />

• Mário Antônio Meireles Teixeira<br />

• Aristófanes Corrêa Silva<br />

• Simara Vieira da Rocha<br />

Sumário<br />

80 / 415


programa de Transplante Renal<br />

do Hospital universitario<br />

O Programa de Transplante Renal do Hospital Universitário<br />

da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA)<br />

vem sendo desenvolvido há doze (12)anos somando 359<br />

transplantes até o dia de hoje, somando doadores vivos e<br />

falecidos, com resultados equiparáveis aos de outros serviços<br />

nacionais e internacionais. O pimeiro transplante renal<br />

aconteceu em 18 de março de 2000, a equipe do Transplante<br />

Renal destaca esta data como um marco, apontando<br />

um grande avanço na medicina do Maranhão. Para que<br />

fosse realizado esse serviço no Estado o HUUFMA teve de<br />

modernizar e ampliar sua estrutura, a exemplo podemos<br />

citar, a melhoria e compra de novos equipamentos para o<br />

Laboratório de Análises Clínicas e Coleta, a criação do Laboratório<br />

de Histocompatibilidade e Genoma, e do Serviço<br />

de Urologia e Litotripsia. Estes serviços dão suporte à realização<br />

dos transplantes de órgãos.<br />

O primeiro transplante realizado com doador falecido aconteceu<br />

em 07 de outubro de 2005. O Serviço de Transplante<br />

Renal do HUUFMA é um celeiro para fomento e desenvolvimento<br />

de pesquisas científicas, servindo assim, não<br />

só para os graduandos mais também para os profissionais<br />

que trabalham nesta linha.<br />

Saúde Coletiva<br />

O grupo tem realizado pesquisas de relevância para o conhecimento<br />

da realidade da saúde materno-infantil no Estado,<br />

como por exemplo o trabalho Saúde, nutrição e mortalidade<br />

infantil no maranhão, livro publicado em 1997.<br />

Em 2000, publicou outro livro, Avaliação de qualidade de<br />

maternidades, onde foram estudadas 4 maternidades públicas.<br />

Nesse trabalho, as maternidades foram hierarquiza-<br />

Sumário<br />

81 / 415


das pelo nível de qualidade, levando-se em conta a estrutura,<br />

o processo e o resultado, utilizando-se a metodologia<br />

de Donabedian. O grupo tem realizado pesquisas sobre a<br />

epidemiologia da cesárea, tendo publicado recentemente<br />

artigo onde foi observada associação entre cesárea e baixo<br />

peso ao nascer. Há indicações de que o excesso de cesáreas<br />

eletivas pode estar sendo a causa de baixo peso ao nascer<br />

entre partos prematuros. Foram concluídas recentemente<br />

pesquisas sobre: gravidez na adolescência e prematuridade,<br />

expansão da hanseníase em São Luís, fatores associados<br />

à inadequação do uso da assistência pré-natal, tendências<br />

da incidência e da mortalidade por AIDS no Maranhão<br />

e expansão espacial da leishmaniose visceral americana<br />

em São Luís. Intercâmbios vêm sendo desenvolvidos com<br />

o NESCA (Núcleo de Estudos de Saúde da Criança e do<br />

Adolescente) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,<br />

USP, para realização da pesquisa conjunta “Comparação<br />

de indicadores epidemiológicos de dois estudos de coorte<br />

populacional sobre saúde perinatal”.<br />

principais pesquisadores<br />

• Antônio Augusto Moura da Silva<br />

• Alcione Miranda dos Santos<br />

• Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves<br />

• Raimundo Antônio da Silva<br />

• Arlene de Jesus Mendes Caldas<br />

• Valdinar Sousa Ribeiro<br />

• Elba Gomide Mochel<br />

• Vânia Maria de Farias Aragão<br />

• Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz<br />

• Wellington da Silva Mendes<br />

• Fernando Lamy Filho<br />

• Wildoberto Batista Gurgel<br />

• Ivan Abreu Figueiredo<br />

• Zeni Carvalho Lamy<br />

• Liberata Campos Coimbra<br />

Sumário<br />

82 / 415


Foto: Jaqueline Matias<br />

eCTOpARASITOS De<br />

ANIMAIS SIlveSTReS<br />

NO <strong>MARANHÃO</strong><br />

Carrapato Amblyomma rotundatum<br />

Objetivou-se identificar os ectoparasitos de animais silvestres<br />

recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres,<br />

São Luís, Maranhão. Os ectopararasitos identificados<br />

foram: piolhos Acidoproctus sp., Trinoton sp., Ciconiphilus<br />

sp, Austromenopon<br />

sp., Quadraceps<br />

sp., Saemundssonia<br />

sp. e Trichodectes<br />

canis; carrapato Amblyommarotundatum<br />

e Rhipicephalus<br />

sanguineus; pulgas<br />

Ctenocephalides felis<br />

e larvas de Cochliomyia<br />

hominivorax.<br />

Os resultados apresentadosdocumentam<br />

a infestação de<br />

mamíferos, répteis<br />

e aves silvestres por<br />

ectoparasitos.<br />

Sumário<br />

Ana Clara G. Santos<br />

Mayra A.P. Figueiredo<br />

Rita de Maria S.N.C. Guerra<br />

83 / 415


INtRodução<br />

O Brasil é um dos seis países com maior diversidade biológica<br />

do mundo, com estimativas de dois milhões de espécies<br />

e aproximadamente duzentas mil catalogadas (Lewinsohn<br />

& Prado 2002). Gerenciar este patrimônio biológico<br />

requer o estabelecimento de estratégias, planos e programas<br />

que assegurem a utilização sustentável dos recursos<br />

naturais (Dias 2001).<br />

Diante dessa conjuntura tem se intensificado as pesquisas<br />

sobre a fauna silvestre no Brasil, para tentar amenizar<br />

o desequilíbrio ecológico causado pela retirada histórica<br />

desses animais do hábitat natural. Os Centros de Triagens,<br />

os zoológicos e os criadouros são locais importantes para<br />

as pesquisas sobre animais silvestres em situação de cativeiro,<br />

principalmente a pesquisa clínica e laboratorial. Possibilitam<br />

conhecer as condições que podem tornar parasitos<br />

naturais em patogênicos, quando os animais estão sob<br />

o estresse do cativeiro (Arrojo 2002), evitando o óbito dos<br />

animais por doenças com agente e tratamento conhecidos<br />

(Catão-Dias 2003).<br />

Dessa forma, o estudo das doenças parasitárias e da interação<br />

parasito-hospedeiro de animais silvestres cativos<br />

e de vida livre é uma ferramenta importante para auxiliar<br />

nos programas de conservação e preservação, prevenindo<br />

impactos negativos sobre a biodiversidade e a saúde pública<br />

(Catão-Dias 2003). A relevância da pesquisa da fauna<br />

parasitária é reconhecida e exigida em protocolos de reintrodução<br />

(UICN 1998, FELASA 1999) e na rotina clínica de<br />

animais silvestres.<br />

O objetivo desse trabalho foi identificar os ectoparasitos<br />

dos animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem<br />

de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro<br />

de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)<br />

de São Luís, Maranhão.<br />

Sumário<br />

84 / 415


University of Nebraska<br />

mAtERIAl E mÉtodoS<br />

O CETAS localiza-se no Bairro da Maiobinha, São Luís,<br />

Maranhão, recebe animais apreendidos pela Polícia Florestal,<br />

Bombeiros e da população. Por existir apenas esse centro<br />

no estado, atualmente exerce a função de centro de manejo<br />

e de triagem dos animais silvestres. As coletas de amostras<br />

ocorreram quando da admissão dos animais no CETAS. Os<br />

animais foram inspecionados no período de agosto de 2006<br />

a julho de 2008 para pesquisa de ectoparasitos.<br />

Para a coleta dos ectoparasitos, os animais eram inspecionados<br />

manualmente e visualmente e os espécimes coletados<br />

acondicionados em frascos com álcool a 70°GL e<br />

encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária<br />

do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual<br />

do Maranhão para triagem, processamento e identificação.<br />

Em casos suspeitos de sarna e de otite parasitária,<br />

realizaram-se raspados de pele e swabs de ouvido, respectivamente,<br />

para pesquisa de ácaros. A identificação dos artrópodes<br />

foi realizada com chaves propostas por Aragão &<br />

Fonseca (1961), Furman & Catts (1970), Linard & Guimarães<br />

(2000) e Price et al. (2003).<br />

Sumário<br />

Larvas de Cochliomyia hominivorax<br />

85 / 415


Espécie de hospedeiro<br />

examinado<br />

RESultAdoS E dISCuSSão<br />

Os resultados encontram-se sumarizados no Quadro 1.<br />

Quadro 1. Espécies de hospedeiros examinados, números<br />

de animais amostrados, ectoparasitos identificados<br />

em animais silvestres no período de agosto/2006<br />

a julho/2008 no Centro de triagem de Animais Silvestres<br />

(Cetas) Maranhão, Brasil<br />

Nº de animais<br />

amostrados<br />

Nº de animais<br />

positivos para<br />

Ectoparasitos<br />

Jibóias (Boa constrictor) e iguanas (Iguana iguana) estavam<br />

infestadas por carrapatos adultos da espécie Amblyomma<br />

rotundatum, ectoparasito já identificado em outros<br />

répteis no Maranhão (Guerra et al. 2000). A literatura<br />

cita diversos hospedeiros heterotérmicos para esse carrapato<br />

(Teixeira et al. 2003, Dantas-Torres et al. 2005).<br />

Detectou-se parasitismo por piolhos da espécie Trichodectes<br />

canis em raposinha (Cerdocyon thous) e em quati<br />

(Nasua nasua). Resultados semelhantes aos obtidos por<br />

Dominguez (2003) na Espanha, que identificou em caní-<br />

Sumário<br />

Ectoparasito<br />

identificado<br />

Boa constrictor 07 06 Amblyomma rotundatum<br />

Iguana iguana 01 01 Amblyomma rotundatum<br />

Cerdocyon thous 03 02 Trichodectes canis<br />

Nasua nasua 08 08 Trichodectes canis<br />

Nasua nasua 08 04 Ctenocephalides felis<br />

Galactis cuja 02 02 Rhipicephalus sanguineus<br />

Galactis cuja 02 01 Cochliomyia hominivorax<br />

Tamandua tetradactyla 01 01 Amblyomma sp.<br />

Thalasseus maximus 03 03 Austromenopon<br />

Thalasseus maximus 03 Quadraceps<br />

Thalasseus maximus 03 Saemundssonia<br />

Dendrocygna viduata 24 24 Acidoproctus<br />

Dendrocygna autumnalis 10 10 Acidoproctus<br />

Butorides striatus 02 02 Ciconiphiluis<br />

86 / 415


deos silvestres de vida livre esta espécie de piolho.<br />

As pulgas da espécie Ctenocephalides felis foram identificada<br />

em quati. No Brasil, este pulicídeo já foi registrado<br />

em quatis por Linard & Guimarães (2000) e Rodrigues et<br />

al. (2006) - estes últimos autores assinalam também o parasitismo<br />

por Rhopalopsyllus lutzi lutzi. Comentam ainda<br />

que os quatis podem manter espécies de ectoparasitos e<br />

intercambiá-los entre os ambientes rural e urbano, considerando<br />

que sua amostragem foi proveniente de um fragmento<br />

de mata na área urbana.<br />

Em furão (Galictis cuja) identificaram-se adultos Rhipicephalus<br />

sanguineus e em tamanduá-mirim (Tamandua<br />

tetradactyla) larvas Amblyomma sp. Labruna et al. (2002)<br />

relataram o encontro de Amblyomma cajennense em nove<br />

hospedeiros, Mymercophaga tridactyla, Tamandua tetradactyla,<br />

Puma concolor, Cerdocyon thous, Tayassu tajacu,<br />

Mazana gouazoubira, Hydrochaeris hydrochaeris, Alouatta<br />

caraya e Cebus apella. Torres-Mejia & Fuente (2006) também<br />

identificaram Amblyomma sp. em T. tetradactyla na<br />

Colômbia, confirmando a polixevia deste gênero.<br />

Larvas de terceiro estágio do díptero Cochliomyia hominivorax<br />

foram identificadas em lesão cutânea de furão. Este<br />

achado comprova que os animais silvestres também estão<br />

expostos as miíases.<br />

As aves são frequentemente parasitadas por piolhos. Fato<br />

que pode ser observado no presente estudo onde se constatou<br />

em trinta-réis-real (Thalasseus maximus) o parasitismo<br />

por Austromenopon sp., Quadraceps sp. e Saemundssonia<br />

sp. Resultados semelhantes foram obtidos por González-<br />

-Acuña et al. (2006), no Chile, ao identificarem espécies dos<br />

gêneros Quadraceps e Saemundssonia em aves da ordem<br />

Charadriiformes, família Laridae, mesma classe taxonômica<br />

de T. maximus. Espécies dos gêneros Austromenopon e<br />

Quadraceps são comumente registradas parasitando membros<br />

da família Laridae (González-Acuña et al. 2006).<br />

Em irerê (Dendrocygna viduata) e marreca cabocla (Den-<br />

Sumário<br />

87 / 415


Pulga Ctenocephalides felis<br />

drocygna autumnalis) verificou-se o parasitismo por piolhos<br />

do gênero Acidoproctus. Segundo Arnold (2006), o gênero<br />

Acidoproctus é freqüentemente encontrado em aves da ordem<br />

Anseriformes (famílias Anatidae e Anseranatidae), embora<br />

Brum et al. (2005) não tenham registrado este gênero<br />

nas aves anseriformes da família Anatidae (Netta peposaca<br />

e Cygnus melancoryphus) amostradas no Rio Grande<br />

do Sul. Posteriormente a espécie Acidoproctus fuligulae foi<br />

assinalada neste estado por Paulsen & Brum (2007), indicando<br />

que estudos desta natureza devem ser contínuos,<br />

objetivando verificar as associações parasitárias. Valim et<br />

al. (2005) registram por primeira vez no Brasil parasitismo<br />

em Dendrocygna bicolor por Acidoproctus rostratus.<br />

Em socozinho (Butorides striatus), identificou-se o gênero<br />

Ciconiphilus. Este gênero contém espécies de piolhos cuja<br />

distribuição está limitada a determinados hospe-deiros das<br />

ordens Ciciniformes e Anseriorformes. Silva et al.(2009)<br />

registraram o encontro de Ciconiphilus pectiniventris em<br />

Cygnus atratus (Anseriformes, Anatidae) e Price & Graham<br />

(1997) relatam que várias espécies de aves das ordens Ciconiformes<br />

e Anseriformes são hospedeiros desta espécie<br />

de piolho. O gênero Trinoton foi identificado em sabiá-laranjeira<br />

(Turdus rufiventris) e irerê, e o díptero Hippoboscidae<br />

Pseudolynchia sp. em<br />

socozinho.<br />

Segundo Valim et al.<br />

(2005), a análise de malófagos<br />

provenientes de<br />

aves apreendidas ou<br />

cativas poderá fornecer<br />

subsídios que permitam<br />

compreender a fauna de<br />

piolhos no Brasil, especialmenteconsiderando-se<br />

a dificuldade<br />

de<br />

Sumário<br />

88 / 415


amostrar animais de vida livre.<br />

A pesquisa de microscopia de pele e os swabs de ouvidos<br />

foram negativos para todos os felinos amostrados, assim<br />

como para os macacos-pregos, saguis dos tufos brancos e<br />

raposinhas.<br />

Estudos desta natureza contribuem para o conhecimento<br />

da fauna parasitária de animais silvestres ao tempo em<br />

que permitem estabelecer novas áreas de ocorrência e distribuição<br />

geográfica de ectoparasitos, especialmente em<br />

locais pouco estudados como o estado do Maranhão. De<br />

igual forma oportunizam conhecer os potenciais vetores de<br />

zoonoses.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Aragão H.B. & Fonseca F. 1961. Notas de Ixodologia. VII.<br />

Lista e chave para os representantes da fauna ixodológica<br />

brasileira. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 59:115-149.<br />

Arnold D.C. 2006. Review of the genus Acidoproctus (Phthiraptera:<br />

Ischnocera: Philopteridae), with description of the<br />

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Ana Clara G. Santos<br />

Doutora em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e<br />

Professora da Universidade Estadual do Maranhão<br />

Mayra A.P. Figueiredo<br />

Mestranda em Medicina Veterinária (área Patologia Animal) na Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho-Unesp.<br />

Rita de Maria S.N.C. Guerra<br />

Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da<br />

Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Sumário<br />

91 / 415


ReCuRSOS peSqueIROS<br />

DO lITORAl<br />

MARANHeNSe: peSCA e<br />

bIOMONITORAMeNTO<br />

INtRodução<br />

Estudos científicos sobre a biologia e a pesca da<br />

fauna marinha e estuarina do litoral maranhense<br />

vêm sendo desenvolvidos desde a década de 70 do<br />

século XX. Contudo, ainda existem lacunas nesse campo<br />

do conhecimento, especialmente no que se refere aos recursos<br />

pesqueiros da plataforma continental e da costa leste<br />

do Estado do Maranhão (Almeida et al 2007). Além disso,<br />

são recentes os estudos que utilizam metodologias de biomonitoramento<br />

dos recursos aquáticos maranhenses.<br />

As pescarias realizadas no litoral do Maranhão, apesar de<br />

serem consideradas todas de caráter artesanal, não representam<br />

um conjunto homogêneo. Estudos realizados pelo<br />

nosso grupo de pesquisa do “Laboratório de Pesca, Biodiversidade<br />

e Dinâmica Populacional de Peixes” da UEMA<br />

permitiram identificar unidades distintas no Maranhão,<br />

resultando em 21 Sistemas de Produção Pesqueira (SPP),<br />

distribuídos em 24 municípios litorâneos (Almeida et al.,<br />

2009).<br />

Sumário<br />

Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta<br />

Zafira da Silva de Almeida<br />

92 / 415


Na comparação desses 21 sistemas de produção pesqueira<br />

(SPP) artesanais do litoral maranhense por meio de<br />

50 atributos – considerando-se as dimensões social, ecológica,<br />

tecnológica, econômica e de manejo -, evidenciou-se<br />

a formação de três grupos de sistemas: “de subsistência”,<br />

“intermediário” e “semi-industrial” (Almeida et al., 2011).<br />

Esses grupos foram diferenciados principalmente pelas<br />

tecnologias de pesca e níveis de renda dos pescadores.<br />

Para gerenciar os diferentes sistemas de produção pesqueira<br />

são necessárias propostas construídas com base<br />

prioritariamente na organização social e políticas públicas,<br />

mas que tenham a dimensão ecológica como eixo norteador.<br />

Nesse sentido, novas metodologias e novos estudos<br />

direcionados para o monitoramento dos recursos aquáticos<br />

são importantes para subsidiar uma gestão ambiental<br />

ampla e integrada do litoral maranhense. Algumas dessas<br />

metodologias já vêm sendo testadas na costa maranhense<br />

pelo nosso grupo de pesquisa, que tem validado biomarcadores<br />

de contaminação aquática em peixes da Baía de São<br />

Marcos-MA (Carvalho-Neta et al., 2012).<br />

Embarcações de Fibra de vidro - MAR<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

93 / 415


AS mEtodologIAS<br />

A utilização da metodologia conhecida como Rapfish mostrou-se<br />

adequada para a comparação do desempenho dos<br />

sistemas de produção pesqueira do litoral maranhense e<br />

permitiu tanto caracterizar as modalidades de pesca como<br />

avaliá-las a partir de indicadores de sustentabilidade, em<br />

uma abordagem multidimensional. Esse método tem sido<br />

recomendado para o diagnóstico rápido de pescarias, visando<br />

identificar problemas de depleção ou colapso, quando<br />

informações científicas mais precisas não são disponíveis.<br />

O método permitiu ordenar os 21 sistemas de produção<br />

pesqueira do estado do Maranhão de acordo com os níveis<br />

de sustentabilidade em cada uma das áreas temáticas<br />

analisadas (Almeida et al., 2011). Esses resultados podem<br />

servir como subsídio para decidir sobre quais medidas de<br />

manejo seriam mais adequadas para cada situação.<br />

Por outro lado, em termos de biomonitoramento dos<br />

ambientes aquáticos, vários estudos têm apontado a necessidade<br />

da utilização de metodologias que utilizem biomarcadores<br />

em peixes. Essas metodologias possibilitam<br />

a obtenção de diferentes tipos de respostas biológicas dos<br />

peixes que podem ser comparadas e confrontadas, proporcionando<br />

um diagnóstico mais preciso e confiável da situação<br />

da área estudada (Carvalho-Neta e Abreu-Silva, 2010).<br />

A utilização de biomarcadores em estudos com peixes tem<br />

apresentado muitas vantagens, tais como: detecção precoce<br />

da existência de contaminação por substâncias tóxicas<br />

biologicamente significativas; identificação de espécies<br />

ou de populações em risco de contaminação; avaliação da<br />

magnitude da contaminação; e determinação do grau de<br />

severidade dos efeitos causados pelos contaminantes nas<br />

populações de peixes de interesse comercial.<br />

oS SIStEmAS pESquEIRoS<br />

No Maranhão, o baixo custo de equipamentos e o livre<br />

Sumário<br />

94 / 415


Pescaria com tapagem<br />

acesso aos recursos<br />

aquáticos colaboraram<br />

para o aumento<br />

do número de pescadores<br />

explorando os<br />

sistemas nos últimos<br />

anos (Silva, 1980; Beckman,<br />

2006). Tais<br />

fatos implicaram na<br />

intensificação das<br />

pescarias no Estado,<br />

as quais, embora<br />

artesanais, vêm<br />

causando impactos<br />

tanto aos recursos<br />

pesqueiros quanto ao<br />

ambiente.<br />

Os sistemas de pesca artesanais de grande escala têm<br />

surgido recentemente e parte da frota é oriunda de outros<br />

estados do Nordeste. Isso resultou da crise provocada pela<br />

sobre-explotação dos recursos em outros pesqueiros, a<br />

exemplo do ocorrido com pargo e lagosta em vários estados<br />

da região nordeste do Brasil.<br />

Os sistemas pesqueiros do Pargo e da Lagosta do litoral<br />

maranhense, analisados pela metodologia Rapfish, apresentaram<br />

bons indicadores de sustentabilidade, principalmente<br />

nas dimensões social e econômica. Isso ocorreu porque<br />

os sistemas apresentam bons rendimentos financeiros,<br />

devido à grande demanda do mercado pelos seus produtos,<br />

bem como subsídios do governo, o que permite investimentos<br />

de capital, como pode ser observado nas comunidades<br />

de Barrerinhas e Raposa. Por outro lado, os referidos recursos<br />

são explorados intensamente, percebendo-se a ausência<br />

de uma política de gestão, o que conduz ao esgotamento<br />

dos estoques pesqueiros. Adicionalmente, a captura<br />

da lagosta é feita com rede de malha que é arrastada pelo<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

95 / 415


fundo, considerada destruidora do substrato marinho. Por<br />

isso, para esse grupo de sistemas, é imperioso a formulação<br />

de medidas eficientes de controle do esforço pesqueiro para<br />

evitar o colapso dessa atividade econômica, ora próspera.<br />

Apesar da existência de medidas que regulamentam essas<br />

pescarias no Nordeste do Brasil, o controle do esforço<br />

de pesca nunca foi adequadamente implantado (Dias Neto<br />

e Marrul Filho, 2003). No Maranhão, o IBAMA, com base<br />

na legislação nacional (IN n. 206 de 14/11/2008), realiza o<br />

monitoramento e fiscalização do defeso da lagosta (período<br />

reprodutivo), que ocorre de dezembro a maio. Entretanto,<br />

a fiscalização é ineficiente. Outro fator agravante, é que os<br />

pesqueiros do sistema encontram-se em uma Unidade de<br />

Conservação estadual (Parcel de Manuel Luís), considerada<br />

de grande vulnerabilidade ecológica.<br />

Dentro do grupo de sistemas artesanais de grande escala<br />

o sistema que se destacou como mais sustentável foi o que<br />

utiliza espinhel, por ser uma pescaria que utiliza uma arte<br />

seletiva e cujos pescadores apresentam melhores indicadores<br />

sociais. Isso ocorre, em parte, porque a frota é pequena<br />

e de atuação esporádica. O incremento do número de<br />

barcos nessas pescarias de espinhel pode ser considerado<br />

perigoso, particularmente pela captura de tubarões e meros,<br />

que são espécies k-estrategistas. O ordenamento da<br />

atividade pesqueira que possa ser efetivamente aceito pelos<br />

pescadores e controlado de forma coletiva deve ser objetivo<br />

da gestão ambiental, como forma de buscar maior eficiência<br />

e governança no manejo pesqueiro dessas modalidades<br />

de pesca. Contudo, pelo estado de exploração das espécies<br />

alvo e pelos antecedentes de sobre-explotação no Estado<br />

ou em estados vizinhos, a principal recomendação para essas<br />

modalidades de pesca deve ser o controle ou mesmo a<br />

redução do esforço total, bem como a efetiva implantação e<br />

fiscalização de áreas de exclusão da pesca (no take zones),<br />

principalmente nos arredores das unidades de conservação.<br />

Essas medidas poderão garantir a recuperação dos es-<br />

Sumário<br />

96 / 415


Pescada-amarela (Cynoscion acoupa)<br />

toques, se corretamente implantadas.<br />

Os sistemas que compõem a frota de escala intermediária<br />

são os de maior expressividade da pesca maranhense,<br />

responsáveis pela grande contribuição social e econômica<br />

da pesca, em nível estadual. Nesse grupo ocorre a maior<br />

utilização das artes multi-específicas, envolvendo recursos<br />

como as pescadas, peixes serras, bagres e camarões. Essas<br />

formas de pesca geram impactos importantes sobre o<br />

ambiente, destruindo o habitat e capturando espécies de<br />

fauna acompanhante, com grande incidência de indivíduos<br />

juvenis de espécies k-estrategistas, a exemplo de tubarões.<br />

Para a melhor gestão e o alcance de melhores indicadores<br />

de sustentabilidade das pescarias intermediárias recomenda-se<br />

maior fiscalização no tamanho das redes e abertura<br />

de malha, cumprindo a legislação existente (Portaria 121<br />

de 24/08/1998). Essas medidas devem ser pensadas de<br />

forma que a pescaria seja viável economicamente. Assim,<br />

serão necessários estudos econômicos que definam as melhores<br />

condições de rentabilidade da pesca. Para o manejo<br />

Sumário<br />

97 / 415<br />

Divulgação


desses sistemas intermediários, existe um grande desafio<br />

representado pela necessidade de resolução dos conflitos<br />

existentes entre os pescadores de cada sistema. A regulamentação<br />

de áreas de pesca se faz assim necessária, mas<br />

deverá ser feita da forma mais participativa possível.<br />

Dentre os sistemas intermediários e de pequena escala,<br />

as pescarias mais sustentáveis são as que utilizam linhas e<br />

anzóis e as manuais. Sistemas como os do sururu e aqueles<br />

que ultilizam redes gozeira destacam-se sustentavelmente<br />

por realizarem curtas viagens e apresentarem tecnologias<br />

simples, o que não impacta gravemente o ecossistema (Almeida<br />

et al, 2006). Os sistemas que utilizam embarcação<br />

de pequeno a médio porte apresentam rendimentos individuais<br />

baixos, mas produção total alta. Embora os estudos<br />

sobre a biologia e pesca do sistema pescada amarela sejam<br />

incipientes, já apontam para indícios da diminuição do tamanho<br />

do pescado, decréscimo na abertura de malhas de<br />

200mm para 100mm e aumento no número das embarcações.<br />

Surge, assim, a necessidade de medidas de manejo<br />

efetivas, como defeso (período reprodutivo), proteção de<br />

áreas de reprodução, determinação do tamanho mínimo de<br />

captura e aumento do tamanho de malha das redes.<br />

As pescarias manuais, consideradas de pequena escala,<br />

possuem condições de sustentabilidade precárias, principalmente<br />

pelos baixos indicadores sociais e pelos conflitos<br />

na conservação ambiental. É nítida a degradação dos ambientes<br />

estuarinos, principalmente nas áreas de captura<br />

de sururu e sarnambi. Os bancos de sururu vêm sendo<br />

destruídos pelo uso de pás na retirada do molusco, além<br />

das queimadas para utilização do recurso como isca. Atualmente<br />

esses recursos estão diminuindo em tamanho no<br />

mercado. O primeiro passo a ser tomado deve ser o fortalecimento<br />

da organização social, acompanhado de desenvolvimento<br />

de processos de alternativas de renda, visando à<br />

recuperação das áreas de pesca.<br />

No Maranhão, constata-se uma contínua diminuição dos<br />

Sumário<br />

98 / 415


Caranguejo-uçá<br />

estoques e redução do tamanho dos espécimes do caranguejo<br />

e do siri. Neste segundo caso, o declínio do recurso<br />

pode ser atribuído à sobrepesca e à captura preferencial de<br />

fêmeas ovadas. No caso do caranguejo, as alterações no tamanho<br />

das populações e dos espécimes são agravadas pela<br />

crescente demanda por esse recurso, principalmente devido<br />

ao decréscimo do recurso em outros estados brasileiros.<br />

Contudo, o sistema caranguejo foi um dos mais sustentáveis<br />

na categoria de pescarias de pequena escala. Isto pode<br />

ser atribuído à relativamente boa organização social dos<br />

coletores, assim como a existência das medidas de manejo<br />

tradicionais durante o período de acasalamento e na proteção<br />

das fêmeas. Um problema para esta atividade é que<br />

durante o período de acasalamento, devido à facilidade da<br />

captura, um grande número de pessoas oportunistas das<br />

regiões vizinhas se desloca para os manguezais na busca<br />

dos caranguejos. Para essa situação, sugere-se a determinação<br />

de áreas exclusivas de exploração para os coletores,<br />

com licenças individuais, os quais ficariam legalmente<br />

amparados para a captura durante os períodos legalmente<br />

autorizados.<br />

Sumário<br />

99 / 415<br />

Divulgação


Com exceção do caranguejo, nos sistemas de produção<br />

pesqueira de pequena escala, os maiores problemas são a<br />

ausência de manejo tradicional e/ou governamental, falta<br />

de pontos de referência sobre os volumes a serem capturados<br />

ou sobre as biomassas dos estoques e do dimensionamento<br />

dos impactos humanos sobre o ambiente e sobre as<br />

espécies alvo e da fauna acompanhante.<br />

Alguns órgãos como o IBAMA e o Serviço Brasileiro de<br />

Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) já atuam<br />

nas comunidades costeiras na busca de formas de manejo<br />

que garantam a sustentabilidade da pesca, com ações de<br />

sensibilização, capacitação para o exercício de atividades<br />

que representem alternativas de renda, criação de conselhos<br />

deliberativos e preparação no exercício da gestão compartilhada.<br />

A grande extensão da costa maranhense e a falta de pessoal<br />

qualificado para o correto controle dos problemas ambientais<br />

são os principais fatores que contribuem para o<br />

ineficiente quadro da fiscalização e crescimento desordenado<br />

da pesca no Estado. As propostas de manejo devem<br />

ser constituídas através de eixos norteadores que são: gerenciamento<br />

da pesca, sustentabilidade do recurso, organização<br />

social e educação ambiental e devem respeitar as<br />

características tecnológicas e culturais de cada modalidade<br />

ou sistema de pesca. Os investimentos em pesquisas ambientais<br />

e sócio-econômicas sobre estas modalidades permitirão<br />

uma melhor compreensão e adequação de futuras<br />

medidas de monitoramento e manejo dos recursos aquáticos<br />

maranhenses.<br />

o bIomoNItoRAmENto doS RECuRSoS AquÁtICoS<br />

Os estudos de biomonitoramento com espécies de peixes<br />

de interesse comercial do litoral maranhense têm mostrado<br />

alterações bioquímicas (enzimáticas), lesões hepáticas<br />

e lesões branquiais graves nos organismos capturados em<br />

regiões próximas aos complexos portuários da baía de São<br />

Sumário<br />

100 / 415


Divulgação<br />

Serra (Scomberomorus brasiliensis)<br />

Marcos (Carvalho<br />

Neta et al., 2012).<br />

Por outro lado, os<br />

peixes das Unidades<br />

de Conservação<br />

não têm apresentado<br />

alterações morfológicas,indicando<br />

a importância<br />

dessas áreas para a<br />

proteção dos estoques<br />

pesqueiros.<br />

A experiência adquirida<br />

durante as pesquisas com biomonitoramento de<br />

peixes de importância comercial permitiu inferir a necessidade<br />

de algumas linhas de ação, sugeridas por Carvalho<br />

Neta (2010) a seguir:<br />

• estudos adicionais, com base nos mecanismos genéticos<br />

e proteômicos, para tornar o modelo de biomonitoramento<br />

baseado em biomarcadores bioquímicos e histopatológicos<br />

mais acurado;<br />

• análises histopatológicas de brânquias e fígados com<br />

uso de microscopia eletrônica, para que se possa definir<br />

com maior resolução a escala das lesões observadas nos<br />

peixes de áreas potencialmente contaminadas;<br />

• implementação de biomonitoramento baseado em biomarcadores,<br />

a partir de iniciativas de órgãos públicos ou<br />

privados comprometidos com o meio ambiente, visto que<br />

requer a manutenção de equipamentos instalados em campo<br />

que devem ser inspecionados em uma rotina técnica.<br />

A metodologia testada para biomonitoramento a partir da<br />

validação de biomarcadores em peixes oferece a possibilidade<br />

de se inferir dados sobre o ambiente monitorado com<br />

seletividade e relativo baixo custo, a partir de um modelo<br />

funcional capaz de prever consequências biológicas da contaminação<br />

aquática em peixes de importância comercial do<br />

litoral maranhense.<br />

Sumário<br />

101 / 415


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Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia e Professora da<br />

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Zafira da Silva de Almeida<br />

Doutora em Zoologia pela Universidade Federal do Pará e Professora da Universidade<br />

Estadual do Maranhão.<br />

Sumário<br />

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IMpleMeNTAçÃO De uM<br />

CONveRSOR De AlTA efICIÊNCIA e<br />

bAIxO CuSTO pARA SISTeMA<br />

fOTOvOlTAICO De<br />

bOMbeAMeNTO De águA Guilherme de C. Farias<br />

João Victor M. Caracas<br />

Luis Felipe M. Teixeira<br />

Luiz A. de S. Ribeiro<br />

Este artigo apresenta o projeto de um conversor para sistemas<br />

de bombeamento d’água composto por um motor de<br />

indução trifásico alimentado a partir de uma fonte fotovoltaica.<br />

A motivação para o desenvolvimento do mesmo foi o<br />

lançamento do edital da competição International Future<br />

Energy Challenge (IFEC), patrocinada pelo Instituto de Engenheiros<br />

Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), com o objetivo<br />

de melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes.<br />

O sistema desenvolvido foi capaz de operar sob restrições<br />

de potência variável (radiação solar), maximizando a energia<br />

produzida pelo painel e a quantidade de água bombeada,<br />

além de possuir alta eficiência, baixo custo (90 dólares<br />

americanos), operação autônoma, robustez, expectativa de<br />

vida alta. O protótipo desenvolvido é uma solução comercialmente<br />

viável, permitindo assim a utilização em locais<br />

que necessitam desse tipo de sistema. O projeto conseguiu<br />

2 prêmios (Outstanding Performance Award and Best Technical<br />

Presentation Award) na referida competição no ano<br />

2011, além de ser o protótipo de menor tamanho e custo<br />

da competição.<br />

Sumário<br />

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INtRodução<br />

O IFEC (International Future Energy Challenge) é uma<br />

competição internacional para alunos de engenharias elétrica,<br />

eletrônica e áreas afins, que visa incentivar a inovação,<br />

conservação e uso eficiente da energia elétrica. A competição<br />

é promovida pelo IEEE (Institute of Electrical and<br />

Electronic Engeniering), que é o maior órgão mundial de<br />

pesquisa, regulamentação e incentivo ao desenvolvimento<br />

nas áreas relacionadas à energia elétrica. O IFEC, além de<br />

já possuir um grande prestígio internacional, está se tornando<br />

referência nas universidades brasileiras, tornando-<br />

-se um importante evento da área.<br />

A competição é realizada em regime bienal nos quais são<br />

sempre propostos 2 tópicos de interesse mundial. Cada Universidade<br />

pode realizar uma solução para participar e resolver<br />

o desafio proposto por apenas um dos tópicos. Essa<br />

Sumário<br />

105 / 415<br />

Divulgação


proposta é julgada e as Universidades classificadas participam<br />

do desafio. Na edição do evento (IFEC’11), o tópico B<br />

da competição teve como objetivo incentivar o desenvolvimento<br />

de acionamentos elétricos de bombas d’água voltados<br />

para a otimização de sistemas de tratamento de água<br />

alimentados por sistemas solares.<br />

A Universidade Federal do Maranhão foi selecionada para<br />

participar da competição no ano de 2011. Esta equipe era<br />

composta por três alunos: Eng. João Victor Mapurunga<br />

Caracas, Guilherme de Carvalho Farias e Luis Felipe Moreira<br />

Teixeira e pelo professor Dsc. Luiz Antonio de Souza<br />

Ribeiro, todos do Departamento de Engenharia Elétrica da<br />

UFMA.<br />

Inicialmente foram inscritas 30 equipes de todo o mundo.<br />

A primeira eliminatória foi baseada na análise da solução<br />

proposta, sendo classificadas somente 13 equipes para<br />

a etapa seguinte. A segunda etapa foi realizada em um<br />

Workshop ocorrido no mês de março/2011, na conferência<br />

Applied Power Eletronics Conference and Exposition, realizada<br />

na cidade Fort Worth - Texas nos EUA.<br />

Das 13 equipes que participaram do workshop, 13 foram<br />

selecionadas para a final do evento, a saber: Cologne University<br />

of Applied Sciences – Germany; Delhi Technological<br />

University – India; Federal University of Ceara – Brazil;<br />

Federal University of Maranhao – Brazil; Federal University<br />

of Mato Grosso do Sul – Brazil; Los Andes University – Colombia;<br />

University of Illinois at Urbana-Champaign – USA;<br />

University of Puerto Rico-Mayaguez – Puerto Rico; Consortia<br />

of UT-Dallas and Texas Christian University – USA;<br />

Yangzhou University – China.<br />

O último encontro foi realizado no Rio de Janeiro em julho<br />

de 2011. Neste período, um grupo de juízes, formado<br />

por pesquisadores e profissionais internacionais na área de<br />

eletrônica de potência, avaliou as equipes e o desempenho<br />

dos protótipos desenvolvidos. Após dois dias de testes experimentais,<br />

apresentações e análises dos relatórios técnicos,<br />

Sumário<br />

106 / 415


a equipe da UFMA conseguiu 2 prêmios da competição:<br />

Outstanding Performance Award (Melhor Desempenho) e<br />

Best Technical Presentation Award (Melhor Apresentação<br />

Técnica).<br />

Este trabalho apresenta a solução proposta pela equipe<br />

da UFMA para solucionar o problema proposto pela competição.<br />

Nas próximas seções serão descritos os problemas<br />

de água existentes no mundo, as soluções existentes e a<br />

nossa proposta.<br />

pRoblEmA FuNdAmENtAl<br />

A água cobre ¾ da superfície do nosso planeta. De toda<br />

água existente no planeta, cerca de 97,5% é salgada e apenas<br />

2,5% é doce; e somente 0,4% dessa água é encontrada<br />

em rios, lagos e na atmosfera [1]. Considerando que, grande<br />

parte da água doce é encontrada em geleiras ou em regiões<br />

subterrâneas.<br />

A vida não seria possível sem a presença de água, que é<br />

responsável pela constituição de 70 % do corpo humano. A<br />

sociedade tem negligenciado a possibilidade de esgotamento<br />

dos recursos hídricos. Mas é importante que se observe<br />

alguns dados importantes:<br />

• Cerca de 1,1 bilhão de pessoas sofrem com dificuldade de<br />

acesso à fonte de água potável. Desse total, uma grande<br />

parcela encontra-se isolada em áreas rurais;<br />

• Em todo mundo, mais de 6.000 crianças morrem todos<br />

os dias vítimas de algum tipo de doença provocada por<br />

água contaminada;<br />

• Segundo a ONU, aproximadamente em 2050, 2 bilhões<br />

de pessoas sofrerão com a escassez de recursos hídricos;<br />

• O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas<br />

(IPCC) alerta que em 2020 aproximadamente 250 milhões<br />

de africanos sofrerão com a escassez de água;<br />

• Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa de<br />

água, deverão aparecer nas próximas décadas.<br />

Sumário<br />

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III. Solução do pRoblEmA<br />

Uma solução proposta para esse problema seria aproveitar<br />

a água de três formas:<br />

• Utilizar água subterrânea, que é de melhor qualidade, por<br />

estar localizada em lençóis mais profundos, sendo livres<br />

de contaminação;<br />

• Utilizar a água dos mares, que existe em grande quantidade<br />

no mundo. Neste caso é necessária a dessalinização<br />

da mesma;<br />

• Tratar a água do esgoto dos grandes centros urbanos,<br />

pois em grande parte do mundo essa água não é reutilizada<br />

de forma adequada.<br />

Em todas essas opções é necessário um sistema de bombeamento,<br />

podendo este ser elétrico ou a diesel. Como o<br />

diesel é derivado do petróleo, é uma fonte de poluição do<br />

meio ambiente, não sendo uma boa alternativa para tais<br />

aplicações.<br />

Uma das formas mais eficientes e promissoras para resolver<br />

esse problema é o bombeamento de água com uso<br />

de energia elétrica. Para tornar o sistema sustentável, a<br />

energia elétrica deve ser proveniente de fontes renováveis,<br />

sendo a solar fotovoltaica interessante, pois essa energia é<br />

encontrada em qualquer lugar do mundo: regiões urbanas,<br />

rurais e até em alto mar.<br />

Tais sistemas não são novos e já são utilizados por mais<br />

de três décadas [2-3]. Porém, até hoje, a maioria deles é<br />

baseado em um sistema de armazenamento intermediário<br />

utilizando baterias ou usam motores de corrente contínua<br />

para acionar a bomba de água [4].<br />

As baterias permitem que o sistema sempre funcione em<br />

sua potência nominal, mesmo em condições temporárias<br />

de baixa radiação solar. Isso facilita o acoplamento da dinâmica<br />

elétrica do painel solar e do motor utilizado para o<br />

bombeamento [5].<br />

Geralmente, as baterias utilizadas nesse tipo de sistema<br />

têm uma expectativa de vida útil baixa, de aproximada-<br />

Sumário<br />

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mente dois anos, em média [6]. Essa expectativa é extremamente<br />

baixa se comparada à vida útil de 15 anos de um<br />

módulo fotovoltaico. Além disso, apresentam um alto custo<br />

de instalação e manutenção, tornando esse tipo de sistema<br />

economicamente inviável para regiões com população<br />

de baixo poder aquisitivo. A falta de reposição de baterias<br />

é responsável pelo fracasso total desses sistemas em áreas<br />

isoladas.<br />

Classicamente, esses sistemas geralmente utilizam motores<br />

de baixa tensão em corrente contínua, evitando-se assim<br />

uma etapa de conversão entre o painel e o motor FV [7].<br />

Infelizmente, este tipo de motor tem baixa eficiência e alto<br />

custo de manutenção e não é adequado para aplicações em<br />

regiões isoladas.<br />

O desafio consiste em acionar uma bomba de água com<br />

motor de indução trifásico de 0,16Hp a partir de um painel<br />

solar de 205W. Para isso foi necessário o projeto de um<br />

conversor de energia capaz de fazer a interface entre o painel<br />

fotovoltaico e a bomba, adequando a energia produzida<br />

pelo painel à necessária para se acionar a bomba. Portanto,<br />

este trabalho propõe um novo conversor para sistemas de<br />

bombeamento e tratamento de água a partir de fontes fotovoltaicas.<br />

pRopoStA dE pRoJEto<br />

O trabalho propõe um conversor para bombeamento fotovoltaico<br />

de água, usando motor de indução trifásico. A<br />

escolha deste motor se deve fundamentalmente às suas características<br />

favoráveis: elevado grau de robustez, disponibilidade<br />

para compra no mercado, baixo custo, maior eficiência<br />

e menor custo de manutenção, em comparação a<br />

outros tipos de motores de mesma potência. Este motor<br />

será alimentado por um único painel fotovoltaico. Assim,<br />

toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos é imediatamente<br />

transferida para o motor. A Figura 1 mostra o<br />

diagrama de blocos do sistema proposto.<br />

Sumário<br />

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Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema Proposto<br />

O conversor deve ser capaz de acoplar a dinâmica do painel<br />

fotovoltaico com aquela do motor de indução trifásico<br />

da forma mais eficiente possível, e ainda ser capaz de bombear<br />

o máximo de água possível com menor energia. Além<br />

disso, o conversor deve possuir:<br />

• Alta eficiência – devido à baixa quantidade de energia disponível;<br />

• Baixo custo – para permitir a sua implantação onde é mais<br />

necessária e sua efetiva melhoria da qualidade de vida das<br />

classes com menor poder aquisitivo da sociedade;<br />

• Operação autônoma – sem necessidade de interferência<br />

humana e, portanto, sem necessidade de formação de mão<br />

de obra qualificada para a operação do sistema;<br />

• Robustez – mínima manutenção possível, devendo ser<br />

simples e possuir poucos componentes;<br />

• Alta expectativa de vida – comparável à de 15 anos de vida<br />

útil de um painel fotovoltaico.<br />

Para que o sistema seja eficiente, a energia do painel deve<br />

ser maximizada de modo que o mesmo deve operar em seu<br />

ponto de máxima potência, fazendo com que o motor bombeie<br />

o máximo de água possível.<br />

Partindo do pressuposto de que um motor de indução<br />

comercialmente disponível será de 380/220V, 60hz, o conversor<br />

projetado deve ser capaz de:<br />

• Aumentar a tensão do painel fotovoltaico para criar um<br />

Sumário<br />

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arramento CC de alta tensão antes que a mesma seja invertida<br />

para 220V alternada, já que a tensão do módulo<br />

fotovoltaico é bem menor do que a tensão necessária;<br />

• Aplicar a lógica MPPT (seguidor de máxima potência) para<br />

rastrear o ponto de máxima potência do painel fotovoltaico;<br />

• Controlar o motor de forma eficiente para que ele possa<br />

realizar as variações dinâmicas dos níveis de potência causadas<br />

pelas variações nos níveis de radiação;<br />

• Ser autônomo, permitindo uso por qualquer pessoa sem<br />

experiência técnica.<br />

ImplEmENtAção do CoNvERSoR<br />

O hardware do conversor foi divido em dois estágios: o<br />

primeiro é responsável pela elevação à tensão CC de um<br />

painel para nível que possa ser usado pelo motor; o segundo<br />

estágio é responsável em transformar a tensão CC em<br />

tensão CA para motor.<br />

Conversor CC/CC<br />

Devido à baixa tensão do painel fotovoltaico, é necessário<br />

um conversor CC/CC, responsável por elevar a tensão do<br />

painel a um nível que possa acionar o motor de indução trifásico.<br />

Alem disso, ele deve ter alta eficiência e ser capaz de<br />

operar o painel fotovoltaico no seu ponto de potência máxima<br />

(MPP). Alem disso, a ondulação de corrente na entrada<br />

deste conversor deve ser pequena para que não haja grande<br />

oscilação do painel em torno do seu ponto de máxima<br />

potência. Dessa forma aproveita-se o máximo da energia<br />

solar disponível a cada instante [8-10].<br />

Neste trabalho é proposto o uso como conversor CC/CC<br />

chamado Two Inductor Boost Converter (TIBC), com alguma<br />

modificação para melhorar sua eficiência [11-12]. A Figura<br />

2 mostra sua topologia clássica.<br />

Os conversores alimentados em corrente têm algumas<br />

vantagens. Normalmente, eles têm um indutor na entra-<br />

Sumário<br />

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Figura 2. Topologia clássica do conversor Two-inductor isolated boost (TIBC)<br />

da para que o sistema possa ser dimensionado para ter<br />

corrente de entrada com ondulação baixa, eliminando assim<br />

a necessidade de elevados capacitores de entrada, que<br />

normalmente são eletrolíticos. Esses capacitores têm baixa<br />

expectativa de vida, resultando em um pequeno período de<br />

vida do conversor e afetando a vida útil e MTBF do sistema.<br />

Essas características fazem dele uma escolha atraente<br />

para alcançar a especificação necessária do sistema. Alem<br />

do alto ganho de tensão CC, o conversor TIBC, quando<br />

comparado a outros conversores alimentados em corrente,<br />

apresenta menor estresse nas chaves, menor perda de condução<br />

e uma boa utilização do transformador [13-14].<br />

Na implementação clássica do TIBC, as perdas elevadas<br />

de chaveamento são elevadas. No entanto, ele pode ser facilmente<br />

modificado para um conversor quase-ressonante,<br />

adicionando-se um circuito tanque ressonante ao enrolamento<br />

secundário do transformador [15]. Esse circuito tanque<br />

é formado principalmente pela indutância de magnetização<br />

do transformador e um capacitor, como mostra a<br />

Figura 3 (a).<br />

Adicionando-se esse capacitor é possível alcançar comutação<br />

com corrente nula (ZCS) para todas as chaves e diodos<br />

retificadores, fazendo o conversor ser capaz de operar<br />

com uma boa eficiência em altas frequências.<br />

Outra modificação importante no TIBC é o uso de um<br />

Sumário<br />

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Figura 3. Modificação do conversor TIBC: (a) Circuito tank ressonante; (b) Dobrador de tensão;<br />

(c)snubber<br />

retificador dobrador de tensão no enrolamento secundário<br />

do transformador, como mostrado na Figura 3(b). Com<br />

essa modificação, é possível reduzir a relação de espiras<br />

do transformador. Dessa maneira, um transformador mais<br />

barato pode ser usado.<br />

Classicamente, o TIBC tem uma carga de operação mínima.<br />

Isso ocorre porque os indutores são carregados mesmo<br />

que não haja corrente na saída, ou seja, mesmo se o conversor<br />

estiver vazio. Como resultado, esse conversor tem<br />

um inconveniente ao ser utilizado em sistemas de acionamento<br />

de motores, uma vez que o motor tem uma carga<br />

variável com baixa demanda de energia em alguns momentos.<br />

A literatura técnica aborda algumas soluções para esse<br />

problema: em [15-16] e adicionado um transformador auxiliar<br />

em série com os indutores de entrada. Este trabalho<br />

propõe a utilização de um snubber de tensão, Figura 3 (c),<br />

juntamente com um controlador de histerese para superar<br />

essa condição de carga mínima. A adição deste snubber<br />

também ajuda a melhorar a eficiência e reduzir o tamanho<br />

do transformador, uma vez que parte da energia será<br />

transferida através do mesmo.<br />

Sumário<br />

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Conversor CC/CA<br />

A topologia mais clássica para o inversor trifásico CC/AC<br />

é o padrão de seis interruptores em ponte H. O baixo custo,<br />

projeto simples e fácil controle contribuem para sua ampla<br />

utilização. A Figura 4 mostra uma visão geral dessa topologia.<br />

As perdas nesse inversor são as perdas de comutação,<br />

de condução e o consumo de energia dos drivers.<br />

Figura 4. Inversor Trifásico<br />

Controle do Sistema<br />

Um dos aspectos mais importantes do controle desse sistema<br />

é o fato de que essa aplicação permite o uso de uma<br />

tensão de saída não controlada e ciclo de trabalho fixo do<br />

primeiro estágio (conversor CC/CC). Isso é vantajoso porque<br />

o conversor CC/CC tem uma melhor eficiência quando<br />

o ciclo de trabalho for o mais alto possível. Nesses casos,<br />

a energia é transferida durante todo o ciclo de trabalho, e<br />

para um mesmo nível de tensão e potência do conversor, a<br />

corrente que passa pelas chaves é menor, e, portanto, causam<br />

menores perdas de condução.<br />

A operação com ciclo de trabalho fixo faz o conversor trabalhar<br />

com ganho (K) constante, quase independente da<br />

tensão de entrada. Com o projeto correto de K, o conversor<br />

sempre poderá transferir energia do painel fotovoltaico para<br />

que o motor opere mesmo em condições de baixa irradiação<br />

solar. A Figura 5 mostra a característica I x V de um painel<br />

Sumário<br />

114 / 415


Figura 5. Variação da Tensão do Ponto de Máxima Potência de<br />

um Painel Fotovoltaico<br />

Sumário<br />

solar típico. Pode-se<br />

observar que a tensão<br />

para operação no ponto<br />

de máxima potência<br />

(Vmpp) tem pequena<br />

variação para diferentes<br />

níveis de irradiação<br />

solar. Esses pontos<br />

são representados<br />

pela linha azul. Alem<br />

disso, essa variação é<br />

aproximadamente linear.<br />

Também é importante<br />

analisar que existe<br />

uma tensão mínima<br />

do barramento CC necessária<br />

para operar o<br />

motor em um determi-<br />

nado nível de potência.<br />

Ignorando o efeito de escorregamento do motor em máquinas<br />

de indução e considerando que a bomba de água<br />

centrífuga tem o seu conjugado proporcional ao quadrado<br />

da frequência, e que a frequência no controle V/Hz é proporcional<br />

à tensão, pode-se concluir que a energia do motor<br />

pode ser expressa como uma função cúbica da tensão<br />

do barramento.<br />

A Figura 6 mostra uma comparação entre a tensão de<br />

saída do conversor CC/CC (linha azul) para um ganho K<br />

constante e a tensão CC mínima necessária para operar o<br />

motor (linha preta) em toda faixa de potência máxima. Pode<br />

ser visto que para um projeto correto de K, a tensão de saída<br />

do conversor do primeiro estágio sempre será maior do<br />

que a tensão mínima necessária para acionar o motor<br />

Para que o painel fotovoltaico trabalhe sempre no seu<br />

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Figura 6. Comparação entre a tensão mínima de entrada do inversor para operação com V/Hz<br />

constante e a tensão de saída do conversor CC/CC para um ganho K constante.<br />

ponto de máxima potência, foi implementado um algoritmo<br />

para rastreá-lo. Este ponto não está fixo e varia de acordo<br />

com a luminosidade do sol e da temperatura do painel.<br />

Assim, para maximizar a quantidade de energia produzida<br />

e, consequentemente, a quantidade de água bombeada, é<br />

importante para manter o ponto de operação do painel PV<br />

no MPP.<br />

O algoritmo Hill Climbing (Subida da Montanha) baseia-<br />

-se na curva da potência do painel PV, mostrada na Figura<br />

7.Esta curva pode ser dividida em dois lados, à esquerda e<br />

à direita do ponto de máxima potência (Pmpp). Ao analisar<br />

a variação de potência e tensão, pode-se deduzir em qual<br />

lado da curva o painel está operando atualmente. Assim,<br />

pode-se ajustar a referência da tensão de saída para se alcançar<br />

o ponto de interesse (Pmpp).<br />

O valor de saída do algoritmo Hill Climbing é usado como referência<br />

para um controlador PI. Este controlador é usado para<br />

regular a tensão do painel. A combinação do algoritmo Hill-<br />

Sumário<br />

116 / 415


Figura 7. Algoritmo Hill-Climbing<br />

-Climbing e o controlador PI forma a estratégia MPPT.<br />

O controle do inversor trifásico é baseado em modulação<br />

por largura de pulso (PWM). A estratégia utilizada é a Injeção<br />

de Terceira Harmônica (THIPWM). O principio THIPWM<br />

é injetar uma componente de terceira harmônica na forma<br />

de onda da componente fundamental da tensão, como<br />

mostro na Figura 8. As três tensões de fase de referência do<br />

modulador são:<br />

Onde M é o índice de modulação em amplitude e m o fator<br />

de escala da terceira componente harmônica. Segundo<br />

a teoria, o valor ótimo de m é [18]:<br />

Sumário<br />

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Figura 8. Tensão de linha do THIPWM<br />

Em comparação com a modulação senoidal (SPWM), o<br />

THIPWM é capaz de gerar uma tensão maior de saída com<br />

a mesma tensão do barramento CC, uma vez que o índice<br />

de modulação pode ser maior. Dessa forma, para uma dada<br />

tensão de saída é necessária uma tensão menor no barramento<br />

CC menor. O THIPWM também reduz os harmônicos<br />

na corrente de saída, reduzindo as perdas de potência<br />

do sistema. As perdas por chaveamento também são reduzidas,<br />

já que nessa modulação há menos chaveamento que<br />

na modulação senoidal.<br />

O índice de modulação é calculado com base no controle<br />

Volt-Hertz. O controle Volt-Hertz é usado para manter a<br />

capacidade do motor de produzir conjugado nominal independente<br />

da velocidade de operação. Sabendo que o fluxo<br />

do motor é diretamente proporcional à tensão e inversamente<br />

proporcional à frequência da tensão de entrada, se<br />

mantivermos a relação tensão/ frequência constante, a capacidade<br />

do motor em fornecer conjugado nominal é mantida,<br />

apesar da velocidade. Isso é feito através do cálculo<br />

de um índice de modulação proporcional à tensão de saída<br />

para desejada frequência.<br />

Sumário<br />

118 / 415


pRoJEto do SIStEmA<br />

O hardware foi projetado para se obter um sistema final<br />

com custo baixo, portanto, um produto acessível à população<br />

carente. O motor usado na bomba centrífuga é um motor<br />

de indução trifásico de 0,2HP. Considerando a potência<br />

nominal e eficiência do motor, um painel fotovoltaico 210W<br />

foi escolhido. As principais características utilizadas para o<br />

projeto do conversor são apresentadas na Tabela 1.<br />

Parâmetros Values<br />

Modelos do PV KD210GX<br />

Potência do PV 210W<br />

Tensão de circulo aberto do PV (Voc) 29.9 V<br />

Corrente de curto-circuito do PV (ISC) 6.98 A<br />

Tensão máxima de MPP (Vmpp, max) 26.6 V<br />

Potência nominal do motor 0.2 HP<br />

Tensão nominal do motor ( Vrms) 220 V3 ø<br />

Tensão nominal do barramento 350 V<br />

Frequência nominal do motor 60kHz<br />

Ondulação de corrente na entrada ≤ 5%<br />

Frequência de chaveamento do 1º estágio 100kHz<br />

Frequência de chaveamento do 2º estágio 7,7 kHz<br />

Tabela 1. Especificações do Sistema<br />

Figura 9. Etapas de desenvolvimento do conversor<br />

Sumário<br />

Eficiência, custo baixo<br />

e robustez do sistema<br />

dependem diretamente<br />

da escolha dos<br />

componentes e do projeto<br />

do leiaute da placa<br />

do conversor. Para<br />

obter o nível esperado<br />

mais elevado de eficiência,<br />

cada componente<br />

foi cuidadosamente<br />

selecionado. A Figura 9<br />

mostra todas as etapas<br />

de desenvolvimento do<br />

conversor.<br />

Uma das principais<br />

preocupações sobre a<br />

implementação do protótipo foi evitar o uso de capacitores<br />

eletrolíticos. Capacitores eletrolíticos possuem uma vida<br />

útil baixa, e MTFB baixo. Com o tempo de uso do capacitor,<br />

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o dielétrico se degrada rapidamente. Isso faz com que ocorram<br />

mudanças na capacitância e tensão de junção. Alem<br />

disso, o ESR também é alterado e o capacitor começa a perder<br />

mais energia, aumentando as chances de falha. A vida<br />

útil de capacitores eletrolíticos é de cerca de 2000 horas. É<br />

um tempo muito pequeno se comparado ao tempo de vida<br />

de 15 anos de um painel solar.<br />

Por outro lado, capacitores de tântalo normalmente têm<br />

uma vida útil de mais de 10 anos. Eles têm uma melhor<br />

resposta às mudanças na temperatura e têm um menor<br />

ESR. A principal desvantagem do capacitor de tântalo é a<br />

sua natureza de baixa tensão. Mas se for considerado que<br />

em tais aplicações a robustez é fundamental, esses capacitores<br />

devem ser usados.<br />

O sistema de controle foi todo implementado em um controlador<br />

digital de sinal (DSP). A Figura 10 apresenta uma<br />

visão geral do sistema de controle. Com base na tensão<br />

e corrente do painel, Vpv e Ipv, respectivamente, o MPPT<br />

estima uma referência de frequência, fop, que serve para<br />

regular a tensão do painel, modificando a quantidade de<br />

energia transferida para o motor. Um controlador de Volt-<br />

-Hertz calcula a tensão de saída com base na frequência de<br />

operação. A tensão de saída é então usada para calcular o<br />

índice de modulação em amplitude, M, do PWM, gerando<br />

os sinais de saída para acionamento do inversor.<br />

Figura 10. Visão geral do sistema de controle<br />

Sumário<br />

120 / 415


O microcontrolador utilizado é o dsPIC30F4011 da Microchip.<br />

Ele tem um módulo de controle de motores com<br />

seis saídas PWM, o que pode ser configurado como saídas<br />

complementares, e geração de tempo morto. Ele também<br />

tem um modulo A/D de 10-bit, que é usado para fazer as<br />

medições necessárias para implementar o controle do conversor<br />

CC/CC e o inversor CC/AC, para execução do algoritmo<br />

MPPT, do controle V/Hz e da modulação THIPWM.<br />

Algumas rotinas do código foram escritas em assembler<br />

para manter o tempo de execução e frequência do processador<br />

o mais baixo possível. Quando o processador está<br />

entre as tarefas, ele é colocado em um estado ocioso para<br />

reduzir o consumo de energia. Os periféricos foram configurados<br />

para continuar funcionando quando em estado<br />

ocioso. Dessa forma, a potência consumida pelo circuito de<br />

controle foi drasticamente reduzida.<br />

RESultAdoS EXpERImENtAIS<br />

A Figura 11 mostra uma foto do protótipo desenvolvido.<br />

Ele foi testado num sistema de bombeamento de água<br />

usando como fonte um painel solar. Uma operação completamente<br />

autônoma foi observada. Isso incluiu a correta<br />

entrada em funcionamento e desligamento do sistema de<br />

acordo com o nível de irradiação solar.<br />

Os ensaios de desempenho foram realizados com uma fonte<br />

de potência programável. A mesma foi configurada para<br />

simular o perfil do painel durante um dia normal de radiação.<br />

A Figura 12 mostra as curvas de tensão e corrente. O<br />

sistema foi capaz de operar próximo do ponto ideal de tensão<br />

(V mpp ) e corrente (I mpp ) de máxima potência, mostrados pelas<br />

curvas verdes, durante o tempo programado. Isso comprova<br />

que o algoritmo de MPPT funcionou corretamente.<br />

A análise da rotina de MPPT também foi realizada usando<br />

um módulo fotovoltaico real. Uma análise em tempo real do<br />

ponto de operação foi feita. Esta analise consistia em verificar<br />

se o sistema é capaz de manter-se estavelmente no<br />

Sumário<br />

121 / 415


Figura 11. Protótipo desenvolvido<br />

Figura 12. Curvas de tensão e corrente durante o teste de emulação do painel: as curvas<br />

vermelhas mostram a tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito; as<br />

curvas verdes são a tensão e corrente ideais no ponto de máxima potência; as curvas<br />

azuis são a tensão e corrente do sistema durante o teste.<br />

MPP do painel solar. A Figura 13(a) mostra a curva I-V e o<br />

ponto de operação do sistema, enfatizado pelo ponto mais<br />

claro e a seta. A Figura 13(b) mostra a curva I-V e o ponto<br />

de operação do sistema para diferentes valores de radiação<br />

solar. Observa-se que o sistema foi capaz de manter-se no<br />

ponto de máxima potência mesmo em situação dinâmicas.<br />

Devido a alta frequência do sinal PWM de saída do conversor<br />

que alimenta o motor não é trivial medir a sua eficiência,<br />

pelo menos sem usar equipamentos de elevado<br />

valor. Considerando que o motor de indução converte em<br />

energia mecânica somente as componentes fundamentais<br />

de tensão e corrente, a medição de eficiência foi baseada na<br />

Sumário<br />

122 / 415


Figura 13. (a) Operação em tempo real no MPP do módulo PV;<br />

Figura 13. (b) Operação em diferentes pontos Mpp para<br />

diferentes curvas IxV<br />

componente fundamental de potência de saída. A Figura<br />

14 mostra a eficiência medida considerando a potência de<br />

entrada e potência fundamental de que alimenta o motor.<br />

Uma eficiência máxima de 91% foi obtida.<br />

A Figura 15 apresenta a distribuição dos custos de todo<br />

Sumário<br />

123 / 415


Figura 14. Eficiência medida considerando somente a potência fundamental de<br />

saída<br />

o sistema e do protótipo. A partir da Figura 15(a) pode ser<br />

visto que o custo do conversor é aproximadamente 10% do<br />

custo total do sistema. A Figura 15(b) mostra a distribuição<br />

dos custos das partes do próprio conversor. O preço total<br />

do protótipo, considerando produção em larga escala, é de<br />

U$ 90,90.<br />

CoNCluSão<br />

Figura 15. Distribuição de preços: (a) sistema; (b) conversor.<br />

Sumário<br />

124 / 415


Neste trabalho foi apresentado um conversor fotovoltaico<br />

para sistema de bombeamento de água usando motor de<br />

indução trifásico. O conversor projetado alcançou alta eficiência<br />

devido a abordagem inovadora para o conversor CC/<br />

CC e seu sistema de controle e conseguiu atender todas as<br />

expectativas do projeto, tais como: tamanho, peso e volume<br />

satisfatórios, um MTBF e vida útil elevadas, já que não<br />

possui capacitores eletrolíticos; uma alta eficiência, tanto<br />

por causa da topologia escolhida e componentes utilizados,<br />

quanto por causa das técnicas de controle aplicadas, maximizando<br />

a energia do painel fotovoltaico e da bomba; baixo<br />

custo, já que o conversor é simples e não utiliza muitos<br />

componentes eletrônicos.<br />

Os resultados experimentais sugerem que o conversor<br />

proposto poder ser uma solução viável para esse problema<br />

da falta de água. Em nível da competição, a equipe conseguiu<br />

desenvolver o protótipo com menor custo, menor peso<br />

e volume e com maior desempenho no bombeamento de<br />

água.<br />

AgRAdECImENtoS<br />

Os autores gostariam de agradecer a motivação e o apoio<br />

financeiro providos pelo Instituto de Engenharia Elétrica<br />

da Universidade Federal do Maranhão, pelo Laboratório de<br />

Engenharia de Sofware e Rede (LESERC/UFMA), pela CP<br />

Eletrônica, pela Elétrica Visão, pela Alumar, e pela Texas<br />

Instruments.<br />

REFERÊNCIAS<br />

[1] Wikipedia, a enciclopédia livre (2012, abril)[Online].<br />

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua.<br />

[2] E.H.P. Andrade, L.D.S. Bezerra, F.L.M. Antunes, M.R.B.<br />

Neto, Sistema de Bombeamento de Água com Energia Solar<br />

Fotovoltaica Utilizando Motor de Indução Trifásico, Sept<br />

2008.<br />

[3] Hahn, A. Technical maturity and reliability of photovoltaic<br />

pumping systems. In: 13th European Photovoltaic So-<br />

Sumário<br />

125 / 415


lar Energy Conference, Nice, France, pp. 1783-1786. 1995.<br />

[4] Vitorino, M.A.; Correa, M.B.R., “High performance photovoltaic<br />

pumping system using induction motor,” Power<br />

Electronics.<br />

Conference, 2009. COBEP ‘09. Brazilian , vol., no., pp.797-<br />

804, Sept. 27 2009-Oct. 1 2009.<br />

[5] Harsono, H., Photovoltaic Water Pump System, Kochi<br />

University of Technology, dissertation, august 2003.<br />

[6] Linden, Handbook of Batteries and Fuel Cells, McGraw<br />

Hill, Inc., 1984.<br />

[7] Tschanz, D.; Lovatt, H.; Vezzini, A.; Perrenoud, V.; , “A<br />

multi ¡Vfunctional converter for a reduced cost, solar powered,<br />

water pump,” Industrial Electronics (ISIE), 2010 IEEE<br />

International Symposium on , vol., no., pp.568-572, 4-7<br />

July 2010.<br />

[8] Cacciato, M.; Consoli, A.; Crisafulli, V.; , “A high voltage<br />

gain DC/DC converter for energy harvesting in single module<br />

photovoltaic applications,”Industrial Electronics (ISIE),<br />

2010 IEEE International Symposium on , vol.,no., pp.550-<br />

555, 4-7 July 2010.<br />

[9] P. J. Wolfs, ¡§A Current-Sourced Dc-Dc Converter Derived<br />

via the Duality Principle from the Half-Bridge Converter,¡¨<br />

IEEE Trans. Industrial Electronics, Vol. 40, No. 1,<br />

pp. 139-144, Feb. 1993.<br />

[10] Wolfs, P.; Quan Li; , “An analysis of a resonant half<br />

bridge dual converter operating in continuous and discontinuous<br />

modes,” Power Electronics Specialists Conference,<br />

2002. pesc 02. 2002 IEEE 33rd Annual , vol.3, no., pp.<br />

1313- 1318 vol.3, 2002.<br />

[11] Yan, L.; Lehman, B.; , “Isolated two-inductor boost converter<br />

with one magnetic core,” Applied Power Electronics<br />

Conference and Exposition, 2003. APEC ‘03. Eighteenth Annual<br />

IEEE , vol.2, no., pp. 879- 885 vol.2, 9-13 Feb. 2003.<br />

[12] Y. Jang, Two-Inductor Boost Converter, US Patent<br />

6,239,584, May 29, 2001.<br />

[13] Quan Li; Wolfs, P.; , “The Power Loss Optimization of<br />

a Current Fed ZVS Two-Inductor Boost Converter With a<br />

Resonant Transition Gate Drive,” Power Electronics, IEEE<br />

Sumário<br />

126 / 415


Transactions on , vol.21, no.5, pp.1253-1263, Sept. 2006.<br />

[14] W. C. P. De Aragao Filho and I. Barbi, ¡§A comparison<br />

between two current -fed push-pull dc Vdc converters-analysis,<br />

design and experimentation, in Proc. IEEE INTELEC,<br />

pp. 313V320, 1996.<br />

[15] Li, Donghao; Liu, Bo; Yuan, Bo; Yang, Xu; Duan, Jason;<br />

Zhai, Jerry; , “A high step-up current fed multi-resonant<br />

converter with output voltage doubler,” Applied Power<br />

Electronics Conference and Exposition (APEC), 2011 Twenty-Sixth<br />

Annual IEEE, vol., no., pp.2020-2026, 6-11 March<br />

2011.<br />

[16] [15] Yungtaek Jang; Jovanovic, M.M.; “New two-inductor<br />

boost converter with auxiliary transformer” APEC 2002.<br />

IEEE, Page(s): 654 -660 vol.2, 2002.<br />

[17] Liang Yan; Lehman, B.; “Isolated two-inductor boost<br />

converter with one magnetic core” APEC ‘03. IEEE , Volume:<br />

2,Page(s): 879 -885, 2003.<br />

[18] Holmes, D.G; Lipo, T.A; Pulse Width Modulation for<br />

Power Converters: principles and pratice, IEEE John Wiley<br />

& Sons, 2003.<br />

Guilherme de C. Farias<br />

Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

João Victor M. Caracas<br />

Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Luiz A. de S. Ribeiro<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Luis Felipe M. Teixeira<br />

Estudante de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

127 / 415


CONTROle De<br />

quAlIDADe e MÉTODOS<br />

ANAlíTICOS pARA<br />

DeRIvADOS De<br />

peTRÓleO<br />

e bIOCOMbuSTíveIS.<br />

eleTROANálISeS De MeTAIS eM COMbuSTíveIS<br />

Neste artigo é apresentada uma visão geral sobre Qualidade<br />

de Combustíveis, focando de modo particular as ações<br />

desenvolvidas pela ANP, no que diz respeito ao padrão de<br />

qualidade nacional (especificações) para os combustíveis<br />

automotivos. Mostra-se também, a atuação do laboratório<br />

LAPQAP/UFMA no programa PMQC, da ANP, bem como alguns<br />

dos principais resultados deste laboratório em termos<br />

de pesquisas sobre o desenvolvimento de sensores e métodos<br />

eletroanalíticos voltados para a Qualidade de Combustíveis.<br />

Sumário<br />

Aldaléa L.Brandes Marques<br />

Cristina A.Lacerda<br />

Edmar P.Marques<br />

Glene H. R.Cavalcante<br />

Jemmla M. Trindade<br />

Lorena C. Martiniano<br />

Vivia Ruth Abrantes<br />

128 / 415


INtRodução<br />

Entre os principais requisitos dos combustíveis estão características<br />

importantes, como baixo custo por conteúdo<br />

energético, disponibilidade, facilidade de transporte e armazenamento,<br />

possibilidade de utilização dentro de tecnologias<br />

disponíveis, baixo custo operacional e de investimento,<br />

qualidade frente às especificações, etc. Durante muitos<br />

anos, os derivados de petróleo preencheram a maioria destas<br />

características e se tornaram o tipo mais utilizado de<br />

combustível industrial. Nas décadas recentes, outros tipos<br />

de combustíveis têm sido utilizados e pesquisados, principalmente<br />

aqueles que produzem menor impacto ambiental<br />

que os combustíveis fósseis.<br />

Os combustíveis líquidos continuam sendo amplamente<br />

utilizados na indústria e em veículos automotivos, pelas<br />

facilidades de armazenamento, operação e transporte,<br />

e os derivados de petróleo estão presentes na grande maioria<br />

destas aplicações. A caracterização destes combustíveis<br />

líquidos compreende a medição de propriedades que são<br />

definidas através de especificações determinadas pelo governo,<br />

através de uma agência reguladora. Os padrões de<br />

combustíveis para veículos estão diretamente relacionados<br />

aos níveis de contaminantes que causam a poluição do ar.<br />

A redução na emissão depende também da aplicação de<br />

tecnologias de controle de poluição nos veículos, onde a<br />

qualidade dos combustíveis tem um papel fundamental no<br />

uso de tais tecnologias.<br />

Os derivados de petróleo, principalmente a gasolina, têm<br />

sido usados como combustíveis para os veículos com motores<br />

de combustão interna por mais de um século. E apesar<br />

de estar sendo observado um aumento na produção de<br />

biocombustíveis no mundo, possibilitando o uso de carros<br />

Flex, há preocupação com o uso de matéria vegetal para<br />

produção de biocombustíveis, principalmente considerando<br />

possíveis crises na área de alimentos no mundo.<br />

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e<br />

Sumário<br />

129 / 415


Biocombustíveis (ANP), 45% da energia e 18% dos combustíveis<br />

consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do<br />

mundo, 86% da energia são procedentes de fontes energéticas<br />

não-renováveis. O Brasil tem, portanto, alcançado posições<br />

pioneiras no uso de biocombustíveis, entre os países<br />

que buscam fontes renováveis de energia, como alternativas<br />

estratégicas ao petróleo. Por outro lado, considerando<br />

a importância de um padrão de qualidade mundial, o Brasil<br />

também tem buscado o estabelecimento de parâmetros<br />

que atendam especificações com as necessárias evoluções<br />

tecnológicas que atendam aos requisitos ambientais.<br />

Neste sentido, após a quebra do monopólio do setor petróleo,<br />

no Brasil, muitos laboratórios e grupos de pesquisa<br />

foram implantados, e muitas pesquisas têm sido desenvolvidas<br />

buscando o desenvolvimento e aprimoramento de<br />

métodos analíticos, rápidos, eficazes e precisos nesta área,<br />

por exemplo, na detecção de contaminantes em concentrações<br />

cada vez mais baixas.<br />

quAlIdAdE dE CombuStÍvEIS No bRASIl<br />

Os padrões de qualidade para os combustíveis geralmente<br />

são regulados por agências governamentais, como é o<br />

caso da ANP, no Brasil. As normas atuais, em termos de<br />

especificações, dos principais combustíveis são as apresentadas,<br />

a seguir, na Tabela 1, cujo detalhamento pode ser<br />

encontrado no site da ANP (www.anp.gov.br).<br />

COMBUSTÍVEL<br />

Gasolina Diesel Etanol Biodiesel<br />

Portaria ANP nº<br />

309/2011<br />

Tabela 1<br />

Resolução ANP nº<br />

42/2009<br />

Sumário<br />

Resolução ANP nº<br />

07/2011<br />

Resolução ANP nº<br />

07/2008<br />

130 / 415


Especificações são definições técnicas preparadas pelas<br />

partes interessadas, em consenso e transparência, sob a<br />

égide de organizações de normatização e adotadas voluntariamente.<br />

Infelizmente, em muitos países, as pessoas intencionalmente<br />

adicionam substâncias orgânicas mais baratas<br />

em uma tentativa de aumentar margens de lucro. Essa<br />

prática ilegal é chamada “adulteração”.<br />

Os padrões de qualidade para os combustíveis estão relacionados,<br />

por um lado, com a eficiência do combustível<br />

para os motores, mas também, por outro lado, com a ausência<br />

de contaminantes e de substâncias adulterantes. A<br />

adulteração de combustíveis é um caso preocupante, de<br />

grande ocorrência em todo o território nacional, e tem levado<br />

a ANP a intensificar esforços no sentido de coibir essa<br />

ação ilícita. Ela afeta os cofres públicos através da sonegação<br />

de impostos, uma vez que solventes como aguarrás<br />

mineral, querosene, solventes de borracha, nafta, e outros<br />

mais leves são cobrados por diferentes impostos (PEREI-<br />

RA et al., 2006). Eles também podem danificar gravemente<br />

os motores e produzir emissões que aumentam a poluição<br />

ambiental.<br />

A adição de solventes como o tolueno provoca a deterioração<br />

de tubos e mangueiras de borracha. Os resíduos tendem<br />

a depositar-se no diafragma da bomba de gasolina.<br />

Um diafragma sujo tem seu poder de sucção diminuído,<br />

o que será sentido pelo veículo caso este necessite vencer<br />

obstáculos como rampas e ladeiras. Além da ação sobre<br />

o veículo, o uso de combustíveis adulterados afeta o meio<br />

ambiente, uma vez que a combustão torna-se irregular e<br />

a emissão de compostos como NOx e SOx, causadores de<br />

chuva ácida, e CO, que é altamente asfixiante, aumenta.<br />

Dentre os motivos que favorecem a prática de adulteração<br />

temos a abertura de mercado, após quase meio século<br />

de monopólio, o que foi agravado pela redução do subsídio<br />

ao álcool hidratado e anidro e pela liberação da importação<br />

Sumário<br />

131 / 415


de solventes, tornando os custos destes bastante inferiores<br />

aos da gasolina. Além disso, a elevada incidência de<br />

impostos que recaem sobre a gasolina representada pelos<br />

tributos ICMS, CIDE, PIS e COFINS contribuem para a alta<br />

ocorrência deste tipo de fraude.<br />

Na tentativa de coibir fraudes, a ANP realiza periodicamente<br />

coletas de amostras de combustíveis em todo o país,<br />

e sobre estas amostras são realizados diversos ensaios a fim<br />

de verificar a conformidade ou não com as especificações.<br />

A ANP tem como uma de suas principais atribuições assegurar<br />

a qualidade dos combustíveis, derivados de petróleo<br />

e biocombustíveis comercializados em todo o território<br />

brasileiro, conforme o Art. 8º da Lei nº 9.478/1997, a Lei do<br />

Petróleo. Esta ação é feita através do Programa de Monitoramento<br />

da Qualidade dos Combustíveis Líquidos - PMQC.<br />

Através deste programa, os índices de não conformidade<br />

dos combustíveis (gasolina, etanol, óleo diesel, óleos lubrificantes<br />

e, mais recentemente, o biodiesel) comercializados<br />

nos postos revendedores do Brasil são monitorados periodicamente.<br />

O PMQC foi instituído em 1998, e desde 2005 atua em todas<br />

as unidades da Federação, sendo coordenado pela Superintendência<br />

de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos<br />

(SBQ), e regulamentado, atualmente, pela Resolução<br />

ANP nº 8, de 9 de fevereiro de 2011, que revogou a Resolução<br />

ANP nº 29, de 26/10/2006. Através de indicadores de<br />

qualidade, o PMQC tem a finalidade de detectar focos de<br />

não-conformidade, identificando a existência de produtos<br />

que não atendem às especificações técnicas determinadas<br />

pela ANP. As amostras são analisadas em relação a diversos<br />

parâmetros técnicos no Centro de Pesquisas e Análises<br />

Tecnológicas da ANP (CPT, localizado em Brasília) e nos<br />

22 laboratórios de universidades e instituições de pesquisa<br />

contratados pela Agência.<br />

No Maranhão, o Laboratório de Análises e Pesquisa em<br />

Química Analítica de Petróleo e Biocombustíveis - LAPQAP,<br />

Sumário<br />

132 / 415


da UFMA, é responsável pela execução do PMQC/ANP, onde<br />

os resultados das análises, obtidos regularmente, são enviados<br />

ao Escritório Central da Agência, no Rio de Janeiro.<br />

Através de um Programa Interlaboratorial de Combustíveis,<br />

realizado semestralmente pela ANP, do qual participam<br />

todas as instituições contratadas, a qualidade e a padronização<br />

dos serviços destes laboratórios são avaliadas. São<br />

verificados os procedimentos de coleta, transporte e armazenamento<br />

de amostras, bem como a realização das análises<br />

e tratamento e envio de resultados. Gradualmente, estes<br />

laboratórios vêm adotando a Norma BR ISO IEC 17025,<br />

que estabelece requisitos para acreditação de ensaios e de<br />

calibração de equipamentos. Como resultado do PMQC, os<br />

índices de não-conformidade dos combustíveis vêm caindo<br />

nitidamente, no país, conforme demonstra a Figura 1 abaixo,<br />

que é disponibilizado no site da ANP (www.anp.gov.br).<br />

Figura 1 - Evolução nos índices de não-conformidade dos combustíveis brasileiros na década 2000-2010<br />

(Fonte: www.anp.gov.br).<br />

A ANP disponibiliza em seu site (www.anp.gov.br) todas<br />

as informações sobre a qualidade dos combustíveis automotivos<br />

usados no Brasil, onde são encontradas informações<br />

atualizadas, regionais e estaduais.<br />

Sumário<br />

133 / 415


A AtuAção do lApqAp/uFmA No pRogRAmA dE<br />

“quAlIdAdE dE CombuStÍvEIS” dA ANp<br />

O laboratório LAPQAP da UFMA (criado pelo projeto de<br />

pesquisa de mesmo nome, Resolução UFMA/CONSEPE No<br />

221/2001) foi pioneiro no Estado do Maranhão em pesquisas<br />

na área de petróleo e combustíveis, tendo aprovado vários<br />

projetos desde o lançamento do primeiro Edital FINEP,<br />

em 1999, dentro do Programa CTPETRO (Ciência e Tecnologia<br />

para o Setor Petróleo e Gás Natural), tendo já aprovado<br />

dezenas de projetos ao longo dos últimos 11 anos.<br />

Além de ser um dos integrantes da Rede Nacional do<br />

PMQC/ANP, sendo responsável, oficialmente, pelo monitoramento<br />

da qualidade dos combustíveis no Estado do Maranhão,<br />

o Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP)<br />

também participa de outros importantes programas do Governo<br />

Federal através de órgãos como a ANP, PETROBRAS<br />

e FINEP.<br />

A equipe do LAPQAP desenvolve atividades de ensino,<br />

pesquisa e extensão, voltadas para diversos temas, como<br />

desenvolvimento e aplicações de metodologias analíticas,<br />

especialmente usando técnicas eletroquímicas, espectroscópicas<br />

e cromatográficas, aplicadas a diversas matrizes de<br />

interesse ambiental, toxicológico, petróleo e qualidade de<br />

combustíveis.<br />

As atividades de análises de combustíveis (monitoramento<br />

da qualidade) são desenvolvidas por uma equipe técnica<br />

especializada, enquanto que as atividades de pesquisas são<br />

desenvolvidas, conjuntamente, com o LPQA (Laboratório<br />

de Pesquisa em Química Analítica), por alunos de graduação<br />

e pós-graduação e pesquisadores pós-doutorandos da<br />

UFMA, orientados e supervisionados por professores desta<br />

universidade, vinculados aos dois laboratórios LPQA e LA-<br />

PQAP, ambos vinculados ao Núcleo de Estudos em Petróleo<br />

e Energia - NEPE, da UFMA.<br />

Este núcleo de petróleo foi criado a partir das atuações<br />

acadêmicas, voltadas para petróleo e biocombustíveis, dos<br />

Sumário<br />

134 / 415


pesquisadores dos laboratórios LAPQAP e LPQA.<br />

A Figura 2 mostra uma visão das amostras de combustíveis<br />

armazenadas para análise (A) e um dos equipamentos<br />

mais importantes na análise de derivados de petróleo (Destilador<br />

automático) (B).<br />

Figura 2 - (A) Amostras de combustíveis acondicionadas para análise, em baixa temperatura.<br />

Figura 2 - (B) Destiladores automáticos sendo usados na análise de combustíveis por um dos técnicos especializados<br />

do laboratório.<br />

Sumário<br />

135 / 415


Inúmeras atividades acadêmicas do NEPE/LAPQAP envolvem<br />

a oferta de cursos na área de combustíveis em geral<br />

por pesquisadores da UFMA e também ministrados por especialistas,<br />

convidados, da PETROBRAS e de outras instituições<br />

de pesquisa do país. Destaca-se, na área de ensino,<br />

a recente aprovação junto à ANP, do Programa de Formação<br />

de Recursos Humanos voltado para Biocombustíveis<br />

e Energia. Este programa atende a vários cursos do CCET<br />

(Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFMA). São eles:<br />

Química, Química Industrial, Engenharia Química, Engenharia<br />

Elétrica e Informática. Estes cursos são nos níveis<br />

de Doutorado, Mestrado e Graduação.<br />

Uma visão mais abrangente das atividades de ensino, pesquisa<br />

e extensão (projetos de pesquisa, formação de recursos<br />

humanos, publicações, etc.) dos laboratórios LAPQAP<br />

e LPQA podem ser visualizadas no site www.nepe.ufma.br.<br />

mÉtodoS ANAlÍtICoS pARA<br />

mEtAIS Em CombuStÍvEIS<br />

Os combustíveis, especialmente derivados de petróleo,<br />

são considerados como matrizes complexas, em termos<br />

de composição, os quais são, geralmente, classificados em<br />

dois grupos: hidrocarbonetos e heterocompostos [BEENS,<br />

2000]. Os hidrocarbonetos contêm apenas hidrogênio e<br />

carbono, enquanto que, para os hetero-compostos, além de<br />

hidrogênio e carbono, contêm também enxofre, nitrogênio,<br />

oxigênio, vanádio, níquel ou ferro. São vários os tipos de<br />

hidrocarbonetos, entre eles, alcanos acíclicos (parafinas) e<br />

cíclicos (naftenos), alcenos (olefinas) e aromáticos.<br />

Em petróleo pesado, são encontrados metais como níquel<br />

e vanádio, na forma de complexos de porfirinas [BAKER,<br />

1978, DOUKKALI, 2003]. Outros elementos, menos abundantes,<br />

tais como Ba, Be, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Pt, Rh, Se,<br />

Si, Sn, Tl e Zn) também podem estar presentes no petróleo<br />

e em suas frações, em concentrações ao nível de traços [MI-<br />

LNER,1952; ZENG,1992].<br />

Sumário<br />

136 / 415


A avaliação da qualidade da matéria prima e dos produtos<br />

da indústria petroquímica, como os combustíveis, passa,<br />

necessariamente, pela quantificação dos elementos químicos<br />

metálicos e metaloides. Assim, com o objetivo de avaliar<br />

a qualidade dos produtos, muitas plantas petroquímicas<br />

e refinarias necessitam monitorar, cuidadosamente, traços<br />

de vários elementos químicos presentes [MCELROY et al.,<br />

1998; VARNES, 1985].<br />

Este tema passou a ter maior importância, principalmente,<br />

em países tropicais, onde a umidade pode influenciar<br />

na oxidação dos biocombustíveis. A introdução de metais<br />

pode ocorrer também a partir do material dos tanques e<br />

containers durante o período de armazenamento. Metais<br />

de transição têm habilidade de catalisar a oxidação de combustíveis<br />

em geral, mas no caso do biodiesel, a análise destes<br />

elementos é um aspecto relevante nos estudos sobre a<br />

estabilidade do biodiesel.<br />

A determinação destes metais, mesmo a nível de traços,<br />

em combustíveis (derivados de petróleo ou em biocombustíveis)<br />

é de elevada importância tanto para a indústria de<br />

uma maneira geral, como para o meio ambiente, devido às<br />

possíveis emissões veiculares, além da diminuição da qualidade<br />

dos combustíveis, causando precipitação e danos no<br />

motor.<br />

Vários metais podem estar presentes no petróleo bruto, na<br />

forma de complexos organometálicos [AL-SWAIDAN, 1996]<br />

e informações sobre a concentração destes metais são de<br />

interesse para estudos geológicos (origem, migração e tipos)<br />

e ambientais (em muitas regiões os derivados de petróleo se<br />

constituem na principal fonte de emissão de espécies metálicas<br />

na atmosfera) [KHUHAWAR, 1996]. Entre os principais<br />

problemas à indústria petrolífera, a presença de metais<br />

provoca a corrosão de equipamentos e o envenenamento de<br />

catalisadores, afetando o processo de craqueamento de petróleo<br />

[DOUKKALI, 2002; MILNER, 1952; ZENG, 1992; AL-<br />

-SWAIDAN, 1996; KHUHAWAR, 1996; KARCHMER, 1952].<br />

Sumário<br />

137 / 415


O mercúrio é o elemento que mais preocupa a indústria petrolífera<br />

porque, além dos danos materiais causados, seus<br />

operários ficam facilmente expostos aos conhecidos danos<br />

tóxicos causados pela contaminação por este metal no ambiente<br />

de trabalho [WILHELM, 2000].<br />

Geralmente, as técnicas analíticas usadas para a determinação<br />

de metais em combustíveis são as espectroscópicas.<br />

A Tabela 2 mostra que em uma publicação recente (SOINA,<br />

2010), a determinação de metais em combustíveis derivados<br />

de petróleo, muitos metais são determinados apenas<br />

por técnicas espectroscópicas.<br />

Tabela 2 - Parâmetros de alguns métodos padrão para elementos em produtos de petróleo (SOINA, 2010)<br />

1—determination of Ni, V, Fe, Na in raw oils and<br />

waste fuel<br />

2—determination of Ba, B, Ca, Cu, Mg, Mo, P, S, Zn<br />

in lubricant oils by inductively coupled plasma optical<br />

emission spectrometry;<br />

3—determination of Al and Si in fuel oils;<br />

4—determination of metal traces in turbine fuel;<br />

Sumário<br />

5—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in waste oil;<br />

6 —determination of element traces in wastes;<br />

7—determination of Al, Si, V, Ni, Fe, Ca, Zn, and Na in<br />

residual oils;<br />

8—determination of metal traces in petroleum products<br />

and organics;<br />

9—determination of Ba, Ca, Mg, and Zn in lubricant oils.<br />

138 / 415


Por outro lado, pode-se ver também na Tabela 2 que os<br />

métodos de preparação das amostras são geralmente por<br />

meio de tratamentos de digestão exaustivos. Esse tipo de<br />

preparo de amostra para análise, além de ser demorado, é<br />

feito com o uso de muitos reagentes que introduzem contaminantes,<br />

causando erros nos resultados. Atualmente,<br />

novas estratégias estão sendo analisadas (STRADIOTTO,<br />

2007; MARQUES, 2012), onde amostras complexas, como<br />

as de combustíveis, podem ser diluídas em um solvente orgânico<br />

adequado (Stradiotto, 2007), ou microemulsionadas<br />

(AUCELIO, 2007).<br />

Em uma recente revisão na literatura (ainda não publicada),<br />

mas apresentada em conferência, recentemente (MAR-<br />

QUES, 2012), verificou-se que houve grande evolução nos<br />

estudos envolvendo o uso de técnicas eletroquímicas para<br />

a análise de metais em combustíveis na última década. Inclusive,<br />

verificou-se que a maior contribuição é do Brasil<br />

(grupo do Instituto de Química da UNESP, liderado pelo<br />

Prof. Nelson Ramos Stradiotto, com quem o grupo da UFMA<br />

(LAPQAP) mantém parceria).<br />

Apesar da importância sobre a análise de metais em combustíveis,<br />

inclusive por métodos alternativos, ainda existem<br />

poucas aplicações de técnicas eletroquímicas na análise<br />

de metais em combustíveis. A Figura 3 mostra o resultado<br />

desta recente revisão,<br />

onde pode se<br />

ver que houve um<br />

nítido crescimento<br />

no interesse<br />

em pesquisas envolvendo<br />

o tema<br />

“Eletronálise em<br />

Combustíveis”,<br />

tendo sido encontrado<br />

menos de<br />

Figura 3 - Número de publicação na última década envolvendo pesquisas sobre<br />

eletroanálise em combustíveis.<br />

Sumário<br />

100 trabalhos.<br />

139 / 415


A pesquisa foi realizada na base Web of Science, usando<br />

as palavras-chave Fuel, biofuel, Gasoline, diesel, ethanol,<br />

electrode, electroanalysis, em um total de 93 trabalhos.<br />

A Figura 4 mostra a distribuição destas publicações envolvendo<br />

o tema “Eletroanálise em Combustíveis” nos diferentes<br />

combustíveis, no período 2002-2012.<br />

Figura 4 - Distribuição das publicações envolvendo o tema “Eletroanálise em<br />

Combustíveis” no período 2002-2012.<br />

Nesta pesquisa, verificou-se ainda que 80% das publicações<br />

são de pesquisadores brasileiros, sendo que o grupo<br />

de Nelson Stradiotto representa 31% desta produção.<br />

Apesar do desenvolvimento de pesquisas sobre métodos<br />

para análise de metais em combustíveis por técnicas espectrométricas<br />

(GHISI, MARQUES et al., 2011; SOUSA, MAR-<br />

QUES, 2007), “Eletroanálise em Combustíveis” é uma das<br />

principais áreas de atuação do grupo de pesquisa do LA-<br />

PQAP da UFMA (CARDOSO, MARQUES et al., 2010; TRIN-<br />

DADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE, MARQUES et<br />

al, 2012). O grupo tem recebido destacado apoio da PE-<br />

TROBRAS e mantém importante parceria com o CENPES,<br />

através de projetos de pesquisa que vêm sendo financiados<br />

desde o ano de 2005.<br />

Vários trabalhos estão sendo desenvolvidos e que usam<br />

estes novos procedimentos de preparo de amostras com detecção<br />

eletroquímica, conforme é apresentado a seguir. Al-<br />

Sumário<br />

140 / 415


guns desses trabalhos foram concluídos recentemente, estão<br />

em fase final de publicação (MARTINIANO, MARQUES,<br />

et al., 2012; ABRANTES, MARQUS, et al., 2012) e serão<br />

apresentados, resumidamente, a seguir. Outros trabalhos<br />

do grupo já foram publicados, e envolvem a determinação<br />

de metais em combustíveis (CARDOSO, MARQUES et<br />

al., 2010; TRINDADE, MARQUES et al, 2006; TRINDADE,<br />

MARQUES et al, 2012).<br />

A seguir, apresentam-se os principais resultados alcançados<br />

nos estudos realizados e que resultaram em publicações,<br />

em qualificados periódicos especializados, alguns em<br />

fase final de publicação.<br />

dEtERmINAção SImultâNEA dE Cu E pb<br />

Em ÁlCool CombuStÍvEl<br />

Um procedimento eletroanalítico foi desenvolvido para a<br />

determinação simultânea de metais em álcool combustível<br />

utilizando a técnica Voltametria de Redissolução Anódica<br />

(ASV). Neste estudo, a amostra de etanol foi apenas<br />

diluída, sendo os íons metálicos quantificados diretamente<br />

em amostras de álcool combustível utilizando apenas um<br />

eletrólito suporte no meio reacional e subsequente análise<br />

voltamétrica após um tempo de pré-concentração.<br />

Neste estudo os parâmetros experimentais ótimos foram<br />

os seguintes: concentração de HNO 3 : 5,0 x 10 -3 mol.L -1 , t pré :<br />

6 minutos, E dep :-700mV, v: 20mV.s -1 , Amp.: 50mV, pH: 2.0<br />

e composição da solução mista água/etanol: 80/20%. As<br />

concentrações dos íons Cd(II), Pb(II) e Cu(II) foram estudadas<br />

na faixa de concentração entre 2,0 x 10 -9 e 1,0 x<br />

10 -8 mol.L -1 . A Figura 5 mostra um gráfico representativo da<br />

análise.<br />

Os limites de detecção encontrados para Cd(II), Pb(II) e<br />

Cu(II) foram de 4,2 x 10 -10 mol.L -1 , 4,6 x 10 -10 mol.L -1 e 9,0 x<br />

10 -10 mol.L -1 , respectivamente. Os limites de quantificação<br />

foram 1,4 x 10 -9 mol.L -1 , 1,5 x 10 -9 mol.L -1 e 2,0 x 10 -9 mol.L -1<br />

para Cd(II), Pb(II) e Cu(II), respectivamente.<br />

Sumário<br />

141 / 415


A aplicação do procedimento otimizado em amostras de<br />

etanol combustível comercial apresentou boa resposta analítica<br />

e as concentrações dos metais foram determinadas<br />

pelo método de adição padrão, apresentando os seguintes<br />

resultados: 4,7 x 10 -8 mol.L -1 para Pb(II) e 1,7 x 10 -7 mol.L -1<br />

para Cu(II). Cd(II) não foi encontrado nas amostras analisadas.<br />

A avaliação estatística apresentou bons resultados de<br />

precisão, referente a coeficiente de variação (CV) para Pb(II)<br />

18.7% e Cu(II) 8.6%. A exatidão foi avaliada comparando os<br />

resultados obtidos pelo método proposto com Espectrofotometria<br />

de Absorção Atômica com Forno de Grafite (GFAAS),<br />

para quantificação das espécies metálicas em etanol combustível<br />

comercial e os resultados mostraram boa concordância<br />

entre as duas técnicas.<br />

Ip (A)<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

método para determinação simultânea de pb(II) e Cu(II)<br />

em biodiesel pela técnica voltametria de Redissolução<br />

Anódica<br />

Nesse estudo, um eletrodo de filme de mercúrio foi usado<br />

para determinar direta e simultaneamente Pb(II) e Cu(II)<br />

em Biodiesel, pela técnica Voltametria de Redissolução<br />

Anódica, sem nenhum procedimento de digestão da amostra.<br />

Observou-se dois picos voltamétricos, em -410mV para<br />

Sumário<br />

Chumbo<br />

Cobre<br />

Cádmio<br />

0,0 1,0x10 -7 2,0x10 -7 3,0x10 -7 4,0x10 -7 5,0x10 -7 6,0x10 -7<br />

Concentração (mol L -1 )<br />

Figura 5 - (A) Voltamogramas para diferentes concentrações de Pb(II) e Cu(II) em solução etanólica utilizando VRADP. Condições:<br />

mistura 80/20%, solução 5,0 x 10 -3 mol.L -1 ácido nítrico/etanol, E dep : -700 mV. t pré : 6 min., pH 2,0, Amp: 50mV, v: 20 mV.<br />

s -1 , concentrações Pb(II) e Cu(II): 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10 x 10 -9 mol.L -1 . (B) Respectivas curvas analíticas para os íons metálicos<br />

Pb(II) e Cu(II). Dados obtidos através da Figura 5 (A).<br />

142 / 415


(Pb(II)) e -100mV para (Cu(II)). A resposta linear foi obtida<br />

para Pb(II) e Cu(II) na faixa de concentração de 2,0 x 10 -8 -<br />

1,0 x 10 -7 mol L -1 , com limites de detecção de 2,91x 10 -9 mol<br />

L -1 e 4,69 x 10 -9 mol L -1 para Pb(II) e Cu(II), respectivamente.<br />

Neste estudo, as amostras foram microemulsionadas,<br />

antes das anáslises eletroquímicas.<br />

A utilização de microemulsões provou ser um modo muito<br />

interessante para superar os problemas associados com<br />

a elevada viscosidade de biodiesel e a força iônica necessária<br />

para as medições eletroquímicas neste meio orgânico. Os<br />

resultados obtidos por voltametria de redissolução anódica,<br />

no modo pulso diferencial, apresentou valores satisfatórios<br />

para exatidão e precisão e o procedimento foi empregado<br />

com sucesso em amostras de biodiesel. O procedimento é<br />

simples.<br />

A Figura 6 mostra os resultados obtidos para a análise<br />

de uma amostra de biodiesel, na determinação de<br />

Cu(II) e Pb(II), ao nível de traços. Observam-se picos de<br />

forma bem definidas e bons resultados em termos de desempenho<br />

analítico, indicando uma boa alternativa para a<br />

Figure 6 - Voltamogramas (A) curvas de adição padrão (B) para quantificação de Pb(II) and Cu(II) em microemulsão de Biodiesel.<br />

[metal]: 2.0 x 10 -8 para 9 x 10 -7 mol.L -1 ; E dep : -700mV, Amplitude: 50mV; υ: 20mV.s -1 ; t p : 300 s.<br />

Sumário<br />

143 / 415


Valor adicionado<br />

Pb(II) e Cu(II)<br />

(mol L -1 )<br />

quantificação desses metais em combustíveis.<br />

A Tabela 3 mostra resultados estatísticos que mostram<br />

bons resultados em termos de desempenho analítico e exatidão<br />

do procedimento.<br />

Valor recuperado<br />

(mol L -1 )<br />

dESIgN EXpERImENtAl ACoplAdo A voltAmEtRIA<br />

dE REdISSolução ANódICA pARA dEtERmINAção<br />

SImultâNEA dE ZN +2 , Cu +2 , pb +2 E Cd +2 Em gASolINA<br />

Neste trabalho, um método rápido acoplando Voltametria<br />

de Redissolução Anódica (ASV) e design experimental foi<br />

desenvolvido para determinação simultânea de Zn2+ , Cd2+ ,<br />

Pb2+ , e Cu2+ em amostras de gasolina. As amostras foram<br />

digeridas em microondas antes das medidas voltamétricas. O<br />

limite de determinação foi de 0,24µgL –1 de Zn2+ ; 8,58 x 10- 4 –1 2+ –1 2+ –1 2+ µgL de Cd ; 0,13µgL para Pb , e 0,87 µgL de Cu .<br />

Verificou-se que as interferências de íons metálicos concomitantes<br />

foram desprezíveis . Amostras de gasolina coletadas<br />

na cidade de São Luís (MA) foram analisadas e<br />

os resultados demonstraram que este método é confiável e<br />

preciso.<br />

Sumário<br />

% de<br />

recuperação<br />

Pb(II) Cu(II) Pb(II) Cu(II)<br />

3,0 x 10 -8 2,85 x 10 -8 3,14 x 10 -8 95,0 104,7<br />

6,0 x 10 -8 5,55 x 10 -8 6,22 x 10 -8 92,5 103,7<br />

9,0 x 10 -8 8,92 x 10 -8 9,26 x 10 -8 99,1 102,9<br />

1,2 x 10 -7 1,17 x 10 -7 1,31 x 10 -7 97,5 109,2<br />

1,5 x 10 -7 1,41 x 10 -7 1,65 x 10 -7 94,0 110,0<br />

Table 3. Testes de recuperação para determinação de Pb(II) e Cu(II) em Biodiesel<br />

144 / 415


Os principais resultados, em termos de desempenho<br />

analítico do método, são apresentados na Figura 7 e na<br />

Tabela 4.<br />

Figura 7 - (A) Otimização de parâmetros através de Planejamento Experimental; (B) Voltamogramas para determinação<br />

simultânea dos metais Zn, Cd, Pb e Cu, em condições otimizadas apresentadas em (A).<br />

tabela 4: valores de concentração de Zn, Cd, pb e Cu obtidos<br />

por ASv em amostra de gasolina digerida com a mistura nítrico<br />

peróxido.<br />

Metal Curva analítica R 2<br />

Sumário<br />

Concentração<br />

(µg L -1 )<br />

X ± st/√n<br />

Zn Y = 1,40 10-7 + 5,42 10-6 X 0,999 1,57 ±0,07<br />

Cd Y = 7,68 10-10 + 4,44 10-6 X 0,999 ND<br />

Pb Y = 9,784 10-7 + 3,44 10-5 X 0,998 1,08 ± 0,04<br />

Cu Y = 3,08 10-8 + 1,3 10-6 X 0,997 0,52 ± 0,03<br />

X: valor médio (n = 3), t: t de student (P < 0.05), s: desvio padrão. ND = não detectado<br />

145 / 415


CoNCluSão<br />

Mesmo considerando a crescente busca por combustíveis<br />

alternativos, os combustíveis derivados de petróleo ainda<br />

continuam tendo destaque e importância fundamental na<br />

matriz enérgética mundial.<br />

A adulteração de combustíveis é um tema preocupante e<br />

relevante, que tem levado os governos a dispender muitos<br />

esforços visando manter a qualidade dos combustíveis. O<br />

objetivo é evitar danos econômicos para a sociedade em geral.<br />

Um aspecto importante para minimizar o problema é<br />

através do monitoramento da qualidade dos combustíveis,<br />

a exemplo do bem sucedido programa PMQC/ANP no Brasil.<br />

Entre os novos métodos analíticos descritos na literatura<br />

para avaliação da qualidade dos combustíveis, os estudos<br />

envolvendo métodos eletroquímicos para combustíveis tiveram<br />

um importante crescimento na última década, onde o<br />

Brasil teve uma participação significativa que chega a 80%<br />

da produção científica mundial. Na UFMA, o grupo de pesquisa<br />

do LAPQAP, vinculado ao NEPE, vem desenvolvendo<br />

pesquisas sobre este tema, o que representa uma importante<br />

contribuição quanto aos métodos alternativos para<br />

a qualidade de combustíveis. Estas pesquisas vêm sendo<br />

desenvolvidas em parceria com o CENPES/PETROBRAS e<br />

são financiadas pela própria PETROBRAS.<br />

Sumário<br />

146 / 415


REFERÊNCIAS<br />

AL-SWAIDAN, H.M. The determination of lead, nickel and<br />

vanadium in Saudi Arabian crude oil by sequential injection<br />

analysis/inductively-coupled plasma mass spectrometry.<br />

Talanta 43 (1996) 1313-1319.<br />

BAKER, E.W. ; PALMER, S.E. . The Porphyrins, Vol. 1, D.<br />

Dolphin Ed Academic Press, New York, (1978) (Chapter 11,<br />

486-552.<br />

BEENS, J. ; BRINKMAN, U.A.Th. The role of gas<br />

chromatography in compositional analyses in the<br />

petroleum industry . Trends Anal. Chem. 19 (2000) 260 -<br />

275.<br />

CARDOSO, C.E.; PACHECO, W.F.; SARUBI, R.; RIBEIRO,<br />

L.N.; FARIAS, P.A.M.; AUCÉLIO, R. A. Voltammetric<br />

determination of copper and lead in gasoline using sample<br />

preparation as microemulsion. Anal. Sci., (2007), 23-28.<br />

CARDOSO, W.S ; FONSECA, T C O ; MARQUES, A.L. B<br />

; MARQUES, E.P ; New Pb2+ carbon paste electrode<br />

based on organically modified silicate and its square wave<br />

anodic stripping voltammetric response for pretreated<br />

gasoline samples. Journal of the Brazilian Chemical Society<br />

(Impresso), (2010) v. 21,. 1733-1738.<br />

DANTAS, M. B. ; Conceição, Marta M. ; Fernandes Jr, V. J.<br />

; SANTOS, Nataly A. ; ROSENHAIM, R. ; Marques, Aldalea<br />

L. B. ; Santos, Iêda M.. G. ; SOUZA, A. G. ; MARQUES,<br />

A. L. B. . Thermal and kinetic study of corn biodiesel<br />

obtained by the methanol and ethanol routes. Journal of<br />

Thermal Analysis and Calorimetry, USA, (2007) v. 87, 835-<br />

839<br />

DOUKKALI, A. ; SAOIABI, A. ; ZRINEH, A. ; HAMAD, M. ;<br />

FERHAT, M. ; BARBE, J.M. ; GUILARD, R. Separation<br />

and identification of petroporphyrins extracted from the<br />

oil shales of Tarfaya: geochemical study. Fuel, 81 (2002)<br />

467-472.<br />

KARCHMER, J.H. ; GUNN, E.L. Determination of Trace<br />

Metals in Petroleum Fractions Anal. Chem. 24 (1952) 1733-<br />

1741.<br />

Sumário<br />

147 / 415


KALLIGEROS, S.; ZANNIKOS, F.; STOURNAS S.; LOIS, S.<br />

& ANASTOPOULOS, G. (2001). A survey of the automotive<br />

diesel quality in Athens area. International Journal of<br />

Energy Research, Vol. 25, No. 15, December (2001), pp.<br />

1381-1390, ISSN 0363-970X.<br />

KHUHAWAR, M.Y. ; LANJWANI, S.N. Simultaneous<br />

high performance liquid chromatographic determination<br />

of vanadium, nickel, iron and copper in crude petroleum<br />

oils using bis(acetylpivalylmethane)ethylenediimine as a<br />

complexing reagent. Talanta 43 (1996) 767-770.<br />

LUZ, R. C. S. ; MARQUES, A. L. B. ; SILVA, L. M. S. da; LOPES,<br />

G. S. ; MARQUES, E. P. . Determinação de Vanádio em<br />

Óleo Diesel por Espectrometria de Absorção Atômica em<br />

Forno de Grafite (GFAAS). Analytica (São Paulo), São Paulo,<br />

(2003) v. 02, n. 07, p. 48-56.<br />

MCELROY, F. et al. Uses and applications of inductively<br />

coupled plasma mass spectrometry in the petrochemical<br />

industry. Spectroscopy, (1998) 13: 42.<br />

MILNER, O.I. ; GLASS, J.R. ; KIRCHNER, J.P. YURICK,<br />

A.N. Determination of trace metals in crudes and other<br />

petroleum oils. Anal. Chem. 24 (1952) 1728-1732.<br />

MARQUES, A.L.B. ELETROANÁLISE EM COMBUSTÍVEIS:<br />

PASSADO, PRESENTE E FUTURO; XX Congresso da<br />

BSociedade Ibero-Americana de Eletroquímica (SIBAE),<br />

25-30 de março, Fortaleza-CE, Mini-Conferência N o<br />

32, WWW.SIBAE (2012).dq.ufscar.br / Conferências e<br />

Miniconferências.<br />

MIRELA G ; CHAVES, E. S. ; QUADROS, D. P. ; MARQUES,<br />

E. P. ; CURTIUS, A. J. ; MARQUES, A. L. B. . Simple method<br />

for the determination of Cu and Fe by electrothermal<br />

atomic absorption spectrometry in biodiesel treated with<br />

tetramethylammonium hydroxide. Microchemical Journal<br />

(Print), (2011)v. 98, p. 62-65.<br />

OLIVEIRA, M.F.; SACZK, A. A.; OKUMURA, L.L.;<br />

FERNANDES, A.P.; MORAES, M. e STRADIOTTO, N.<br />

Simultaneous determination of zinc, copper, lead, and<br />

cadmium in fuel ethanol by anodic stripping voltammetry<br />

using a glassy carbon-mercury film electrode. Anal. Bioanal.<br />

Sumário<br />

148 / 415


Chem. (2004), 380, 135-140.<br />

PEREIRA, R. C. C.; SKROBOT, V. L.; CASTRO, E. V. R.;<br />

FORTES, I. C. P. & PASA, V. M. D. (2006). Determination<br />

of gasoline adulteration by principal component analysislinear<br />

discriminant analysis applied to FTIR spectra. Energy<br />

& Fuels, (2006) Vol. 20, No. 3, May 2006, pp. 1097-1102,<br />

ISSN 0887-0624.<br />

SOINA, V. ; MARYUTINA, T. A. ; ARBUZOV, T. V. and<br />

SPIVAKOV, B. Ya.. Sample Preparation in the Determination<br />

of Metals in Oil and Petroleum Products by ICP MS. Journal<br />

of Analytical Chemistry, (2010), Vol. 65, No. 6, pp. 571–576.<br />

SOUSA, J ; DANTAS, A ; MARQUES, A ; LOPES, G ;<br />

MARQUES, A. L. B. . Experimental design applied to the<br />

development of a copper direct determination method in<br />

gasoline samples by graphite furnace atomic absorption<br />

spectrometry. Fuel Processing Technology (2008), v. 89, p.<br />

1180-1185.<br />

SANTOS, A.L.; TAKEUCHI,R.M; FENGA, P.F. and<br />

STRADIOTTO, N.R. Electrochemical Methods in Analysis<br />

of Biofuels . Applications and Experiences of Quality Control,<br />

Edited by: Ognyan Ivanov, Publisher: InTech, 24, 451-494<br />

, ISBN 978-953-307-236-4 http://www.intechopen.com/<br />

articles/show/title/electrochemical-methods-in-analysisof-biofuels<br />

Acesso: 05/12/2011<br />

TRINDADE, J ; MARQUES, A ; LOPES, G ; MARQUES, E<br />

; ZHANG, J ; MARQUES, A. L. B. . Arsenic determination<br />

in gasoline by hydride generation atomic absorption<br />

spectroscopy combined with a factorial experimental design<br />

approach. Fuel (Guildford) ( 2006) USA, v. 85, n. 14-15, p.<br />

2155-2161.<br />

VARNES, A. W. Analytical methods for the analysis of<br />

petroleum products. Spectroscopy, 1: 28, 1985.<br />

Pereira, R. C. C.; Skrobot, V. L.; Castro, E. V. R.; Fortes,<br />

I. C. P. & Pasa, V. M. D. (2006). Determination of gasoline<br />

adulteration by principal component analysis-linear<br />

discriminant analysis applied to FTIR spectra. Energy &<br />

Fuels, Vol. 20, No. 3, May 2006, pp. 1097-1102, ISSN 0887-<br />

0624.<br />

Sumário<br />

149 / 415


WILHELM SM, BLOOM, NS. Mercury in Petroleum.<br />

(2000) Fuel Proc Technol 63:1–27<br />

ZENG, Y. ; SEELEY, J.A. ; DOWLING T.M.; UDEN, P.C.;<br />

KHUHAWAR, M.Y. ; Element-selective atomic emission<br />

detection for capillary GC of metal-containing compounds J.<br />

Chromatogr. 15 (1992) 669-676.Bis el explit, aut maion rem.<br />

Aldaléa L.Brandes Marques<br />

Doutora em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e<br />

Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Cristina A.Lacerda<br />

Doutora em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (USP) e<br />

Professora da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Edmar P.Marques<br />

Doutor em Química (Química Analítica) pela Universidade de São Paulo (USP) e Professor<br />

da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Glene H. R.Cavalcante<br />

Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal do Maranhão e Gerente Técnico do<br />

Laboratório de Combustíveis da UFMA (LAPQAP).<br />

Jemmla M. Trindade<br />

Doutor em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da Universidade<br />

Federal do Maranhão.<br />

Lorena C. Martiniano<br />

Doutora em Química pela Universidade Federal da Paraíba e Professora da Universidade<br />

Federal do Maranhão.<br />

Vivia Ruth Abrantes<br />

Mestre em Química pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

150 / 415


Sumário<br />

151 / 415


TeCNOlOgIA e INOvAçÃO,<br />

A CRIAçÃO DA áReA De pD&I<br />

DA AlCOA NO bRASIl<br />

Inovação é um processo fundamental para que qualquer<br />

instituição possa crescer sustentavelmente no<br />

meio que está inserida. Sua ausência pode implicar<br />

em diminuição de valor, estagnação e desaparecimento. O<br />

modelo tradicional de inovação caracteriza-se pela criação<br />

isolada de diferencial competitivo como resultado da aplicação<br />

de uma quantidade elevada de recursos financeiros<br />

próprios, em ambiente interno à empresa. Apesar do benefício,<br />

da propriedade intelectual exclusiva, este modelo<br />

não tira proveito dos recursos que outras organizações poderiam<br />

adicionar ao processo de P&D para ampliar seus<br />

limites, diminuir custos e obter benefícios compartilhados<br />

e sustentáveis de longo prazo. Este artigo relata a criação<br />

da área de PD&I da Alcoa, fundamentada numa filosofia de<br />

inovação em rede, com quatro focos temáticos: materiais,<br />

clientes, energia e meio ambiente, sua institucionalização,<br />

desafios e impactos sobre a sustentabilidade da companhia.<br />

O economista austríaco Joseph Schumpeter propôs a<br />

existência dos seguintes tipos de inovações: introdução<br />

de um novo produto ou mudança qualitativa em produto<br />

existente; inovação de processo que seja novidade para<br />

uma indústria; abertura de um novo mercado; desenvolvimento<br />

de novas fontes de matéria-prima ou outros insumos;<br />

mudanças na organização industrial1. De forma<br />

análoga, mas um pouco mais geral, definiremos inovação<br />

Sumário<br />

Jorge Borges Gallo<br />

Otávio Carvalheira<br />

152 / 415


como “qualquer mudança em produtos, processos, serviços,<br />

abordagem de mercado ou desenho organizacional que<br />

resulte em significativa geração de valor para a empresa e<br />

para as comunidades em que atua”.<br />

Segundo o relatório Global Survey2, elaborado pela Aon<br />

Risk Solutions a cada dois anos, o risco relacionado à falta<br />

de inovação ficou em 6º lugar na lista de 2011. “Na dura<br />

batalha para conquistar os corações e mentes dos clientes,<br />

que exigem a mais nova, melhor e mais rápida entrega de<br />

serviços e produtos, as empresas podem rapidamente perder<br />

mercado se falharem no investimento em produtos inovadores”,<br />

aponta o estudo, ficando atrás da desaceleração<br />

econômica, seguida de mudanças regulatórias/legislativas,<br />

aumento da concorrência, danos à reputação/marca e interrupção<br />

de negócios.<br />

Considerando o desafio de mudar paradigmas de consumo<br />

e produção a fim de deixar um legado sustentável às gerações<br />

futuras, concluiremos que inovação é, simplesmente,<br />

a chave para o desenvolvimento sustentável de empresas<br />

e países, embora nem todos já tenham se apercebido disto.<br />

De fato, pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômica<br />

Aplicada (IPEA)3 concluiu que apenas 1,57% do total<br />

das empresas brasileiras são efetivamente inovadoras,<br />

mas que estas são responsáveis por nada menos do que<br />

26% do faturamento industrial total do país e faturam 100<br />

vezes mais que aquelas que ainda não capturaram o que<br />

está acontecendo.<br />

1. A AlCoA E INovAção<br />

Fundada no espírito inovador de Charles Martin Hall, que<br />

deu início à indústria do Alumínio (em 01/10/1888, com a<br />

Pittsburgh Reduction Company em Pittsburgh, PA, EUA),<br />

a Alcoa possui hoje mais de 2.600 patentes ativas, o maior<br />

centro de pesquisas em metais não ferrosos (Alcoa Technical<br />

Center, PA, EUA) e investe anualmente cerca de 1% de<br />

seu faturamento em PD&I, a fim de re-construir continuamente<br />

suas estruturas para o futuro.<br />

Sumário<br />

153 / 415


Figura 1: Edifício Alcoa na UFSCar<br />

Pode-se conhecer a história da Alcoa, bem como outros<br />

fatos marcantes da indústria do alumínio, consultando-se<br />

um sítio da rede mundial de computadores, disponibilizado<br />

pela companhia4. São dados, abaixo, alguns exemplos significativos<br />

de Inovações históricas lá descritas:<br />

• Primeiro processo industrial de produção de alumínio –<br />

1886<br />

• Primeiro uso sustentável de energia para produzir alumínio<br />

– 1893<br />

• Primeiro Centro de Pesquisa sobre alumínio – 1930<br />

• Primeira produção em larga escala de latas de alumínio –<br />

1968<br />

• Primeira roda de alumínio – 1948<br />

As inovações da Alcoa continuam a revolucionar o mundo<br />

por meio do engajamento de cientistas, técnicos e engenheiros<br />

nas mais de trezentas localidades em trinta e quatro<br />

países, nos seis continentes5.<br />

A comunidade científica da Alcoa é conectada globalmente<br />

com centros de pesquisas e universidades no Brasil, Rússia,<br />

Índia, China, Austrália, Europa e Estados Unidos.<br />

No Brasil, cabe destaque à implantação da Divisão de<br />

Produtos Químicos a partir do desenvolvimento do processo<br />

inovador de produção de<br />

aluminas especiais em calcinador<br />

de leito fluidizado e<br />

ao pioneiro convênio com o<br />

Grupo de Engenharia e Microestrutura<br />

de Materiais,<br />

estabelecido no edifício Alcoa<br />

(Figura 1), o primeiro de<br />

uma série de bem sucedidas<br />

experiências de interação<br />

universidade/indústria<br />

coordenadas pela antiga<br />

Área de Aplicações, Desenvolvimentos<br />

e Vendas de<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

154 / 415


Produtos Especiais, a qual viria a servir de núcleo para a<br />

implantação da Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação<br />

da Alcoa.<br />

2. RAZõES pARA CRIAR umA<br />

ÁREA dE pd&I No bRASIl<br />

Motivações para instalação de áreas de PD&I no país podem<br />

ser divididas em permanentes e conjunturais. No primeiro<br />

grupo destacam-se as respeitáveis infra-estruturas<br />

científica, industrial, financeira e de telecomunicações, o<br />

mercado doméstico com significativo poder de compras,<br />

biodiversidade e proporção de fontes de energias renováveis,<br />

a presença marcante de corporações transnacionais e<br />

a liderança exercida na América Latina, região com um dos<br />

maiores potenciais para crescimento econômico do globo.<br />

No segundo grupo incluem-se os eventos Copa do Mundo<br />

de 2014, Olimpíadas de 2016 e as grandes obras de infra-<br />

-estrutura em andamento no âmbito do Programa de Aceleração<br />

do Crescimento (PAC) do governo federal.<br />

Adicionalmente, a regulamentação da lei de inovação no<br />

final de 2005, que estimulou a criação de ambientes especializados<br />

e cooperativos de inovação no Brasil, e o grande<br />

esforço de superação da grande crise de 2008 despertaram<br />

na Alcoa a necessidade de desenvolver no país uma disciplina<br />

que a tornasse menos suscetível a efeitos externos e<br />

mais robusta na capacidade de gerar crescimento sustentável.<br />

Aos poucos foi ficando claro que esta seria a competência<br />

para inovar.<br />

O Brasil foi apontado entre os seis melhores países para<br />

investir em P&D, numa pesquisa realizada pela The Economist<br />

Inteligence Unit, em 2004, com 104 executivos seniores<br />

de empresas de todo o mundo, ultrapassado apenas por<br />

China, EUA, Índia Reino Unido e Alemanha6.<br />

Um estudo promovido pela ABDI (Agência Brasileira para<br />

o Desenvolvimento Industrial) comparou as estratégias de<br />

inovação de sete dos países mais inovadores do mundo (Es-<br />

Sumário<br />

155 / 415


tados Unidos, Canadá, Irlanda, França, Inglaterra, Finlandia<br />

e Japão) com as do Brasil e concluiu que “O desafio da<br />

inovação no Brasil não é devido à falta de recursos ou de<br />

capacidade empreendedora, mas fazer com que os desconectados<br />

esforços realizados por governo, universidades e<br />

iniciativa privada convirjam para gerar inovações reais em<br />

produtos e serviços”7. Para estar em sintonia com a realidade<br />

de inovação do país, a Área de Inovação da Alcoa deveria,<br />

portanto, ter um forte componente de interação com<br />

universidades, centros de pesquisa, clientes, fornecedores<br />

e órgãos do governo com foco em PD&I.<br />

3. ElEmENtoS NECESSÁRIoS pARA<br />

umA ÁREA dE pd&I<br />

A partir de um extenso debate com diversas partes interessadas,<br />

internas e externas à companhia, entendeu-se<br />

que a criação de uma área de PD&I deveria partir do estabelecimento<br />

de uma filosofia de inovação adequada à estratégia<br />

da Alcoa e à conjuntura do Brasil, de um modelo de<br />

governança, de um time de pessoas com as competências<br />

necessárias para atuar sustentavelmente conforme a filosofia<br />

de atuação escolhida e dos campos temáticos considerados<br />

essenciais para o crescimento sustentável.<br />

3.1. Filosofia de inovação<br />

Crescentes aumentos da complexidade tecnológica, dos<br />

custos de mão de obra especializada e da infra-estrutura<br />

científica têm provocado a migração da filosofia tradicional<br />

de PD&I (pela qual cada empresa mantém internamente todos<br />

os recursos necessários para gerar inovação) para um<br />

modelo baseado na interconexão com entidades externas,<br />

tais como outras empresas, universidades e institutos de<br />

pesquisa, que tem sido denominado de Inovação em Rede8 e<br />

é ilustrado na Figura 2. Destaca-se o termo “Partes Interessadas”,<br />

que refere-se aos agentes que podem ganhar ou perder<br />

Sumário<br />

156 / 415


com as inovações<br />

e devem<br />

cooperar para<br />

que as mesmas<br />

sejam<br />

sustentáveis.<br />

Os dois modelos<br />

não são<br />

mutuamente<br />

exclusivos.<br />

Pode-se, por<br />

exemplo, tratardeterminados<br />

campos<br />

estratégicos<br />

para a empresa<br />

de uma forma mais fechada, a qual exigirá recursos<br />

mais intensos e um forte esquema de sigilo enquanto outros<br />

campos que requererem maior compartilhamento de<br />

recursos são tratados de forma aberta.<br />

Optou-se pelo modelo de inovação em rede, dados os motivos<br />

acima e a necessidade de sintonia entre partes interessadas<br />

para alavancar a inovação no Brasil.<br />

Figura 2: Modelo de Inovação em Rede entre Partes Interessadas<br />

3.2. modelo de governança<br />

É comum que investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento<br />

e Inovação em empresas diluam-se na rotina operacional<br />

sem que haja planejamento prévio dessa atividade.<br />

Em consequência, os esforços acabam sendo realizados<br />

sem que a empresa tenha condições de alinhá-los com sua<br />

estratégia e muito menos de antever o quanto e no que deve<br />

investir para crescer sustentavelmente. Nestes casos, a empresa<br />

navega ao sabor das crises, dependendo de fatores<br />

externos e conjunturais, além de não conseguir usufruir<br />

dos benefícios oferecidos pelos mecanismos públicos de estímulo<br />

à inovação, tais como subvenções, apoio a formação<br />

Sumário<br />

157 / 415


e contratação de mestres e doutores e incentivos fiscais (Lei<br />

de Inovação e MP do Bem). Não por acaso, tais benefícios<br />

exigem formulação, apresentação e execução de projetos de<br />

forma específica para PD&I, muito diferente da cultura de<br />

projetos de gastos de capital, típica da visão convencional<br />

de engenharia.<br />

A razão pela qual é feita esta exigência decorre do fato<br />

destes estímulos não terem sido criados como um fim em<br />

si mesmo, mas para que as empresas que atuam no país<br />

construam estruturas permanentes que as habilitem a inovar<br />

de forma sustentável, mesmo quando os estímulos forem<br />

retirados, o que inevitavelmente ocorrerá, dada a grande<br />

carência de investimentos em diversos outros setores<br />

do nosso país. O modelo de governança da área de PD&I<br />

da Alcoa deveria, portanto, dotar a empresa de uma forma<br />

permanente para identificar, selecionar, elaborar, implementar<br />

e medir o resultado de seus projetos de inovação.<br />

A área de PD&I deveria atuar em sintonia com as prioridades<br />

estratégicas da Alcoa, definidas como: Crescimento<br />

Sustentável, Vantagens Alcoa e Execução Disciplinada.<br />

O requisito de crescimento sustentável exige alinhamento<br />

com a realidade do país com relação aos três pilares da sustentabilidade<br />

(Econômico, Financeiro e Ambiental) e assim<br />

determina o universo temático dos esforços a serem despendidos<br />

(capitulo 4.4). A área de PD&I deveria ser construída<br />

sob o alicerce das Vantagens Alcoa (ilustradas por<br />

sua competência histórica para inovar), o que exigiria forte<br />

conexão com os centros de pesquisas da Alcoa no exterior<br />

e com as diferentes unidades de negócio que compõem a<br />

companhia. Por fim, a execução disciplinada exigiria um<br />

modelo de governança composto por ferramentas de gestão<br />

de projetos de inovação e mecanismos de alinhamento com<br />

estratégias da companhia. Portanto, os componentes do<br />

modelo de governança da área de PD&I da Alcoa foram definidos<br />

como: Comitê de Inovação, Ferramentas para seleção<br />

e priorização de projetos, Gestão de projetos por análise de<br />

Sumário<br />

158 / 415


estágios, Degraus de Implementação, A3, Orçamento Específico,<br />

Sistema de registro do conhecimento e Centralização<br />

das comunicações sobre PD&I.<br />

3.2.1. Comitê de inovação<br />

Constituído pelo presidente e pelos diretores da Alcoa<br />

AL&C, tem a função de garantir o alinhamento dos esforços<br />

de PD&I com a estratégia da Alcoa no Brasil e no mundo e<br />

deliberar sobre prioridades e recursos a serem utilizados. O<br />

comitê reúne-se a cada quatro meses, é liderado pelo Presidente<br />

da Alcoa na região e coordenado pelo Gerente da<br />

Área de PD&I.<br />

3.2.2. Ferramentas para seleção<br />

e priorização dos projetos<br />

Cada projeto é avaliado de acordo com os critérios de sustentabilidade<br />

e a análise de riscos definidos abaixo, com os<br />

valores presentes dos ganhos descontados dos investimentos<br />

a cada ano, até cinco anos após o início do projeto, conforme<br />

mostrado na Figura 3.<br />

Figura 3: Matriz para análise de viabilidade dos projetos<br />

Sumário<br />

159 / 415


Sustentabilidade<br />

Previsão de impacto em negócios é de curto, médio ou<br />

longo prazo?<br />

Quão grandes são os potenciais para criação de valor, tais<br />

como: aumentos de volume de vendas, margem de lucro<br />

e vida útil ou reduções de custos, de consumo de energia,<br />

de passivo ambiental ou de emissões de CO 2 ?<br />

O novo conceito reduziria ou eliminaria passivos ambientais?<br />

O novo conceito melhora as condições de saúde e segurança<br />

dos funcionários?<br />

Análise de riscos<br />

Quão distante está a condição atual da condição alvo necessária<br />

para viabilizar criação de valor? (Recursos financeiros,<br />

tecnológicos, humanos, logísticos, etc…)<br />

Existem aspectos regulatórios ou legais que restringem a<br />

aplicação do conceito?<br />

Existem conflitos de propriedade intelectual?<br />

A inovação proposta é convencional, incremental ou de<br />

ruptura?<br />

3.2.3. Análise de estágios<br />

O processo pelo qual as inovações ocorrem pode ser descrito<br />

como uma sequência que vai de um estalo criativo<br />

(Eureka!) até o momento da consolidação de seus resultados<br />

finais, mais ou menos conforme as etapas descritas na<br />

Figura 4, fundamentada nas diretrizes para gerenciamento<br />

de inovações do Departamento de Energia dos EUA9. As<br />

portas mencionadas na figura referem-se a tomadas de decisão<br />

por equipes multidisciplinares sobre o prosseguimento<br />

para a fase seguinte.<br />

Sumário<br />

160 / 415


Figura 4: Modelo de Gerenciamento dos projetos de inovação<br />

3.2.4. degraus de Implementação<br />

Os projetos selecionados seguem na sequência dos estágios<br />

até a passagem pela porta 3, quando o conceito é considerado<br />

provado em escala laboratorial. Neste momento<br />

tem início a etapa de implementação, avaliada por meio dos<br />

Sumário<br />

161 / 415


Degraus de Implementação (DI), ilustrados na parte inferior<br />

da Figura 5. Os DIs são validados pelas controladorias de<br />

cada localidade da Alcoa e monitorados globalmente.<br />

Figura 5: Relação entre análise de estágios e degraus de implementação.<br />

Note-se na Figura 5 a característica forma do funil da<br />

inovação, que ilustra o fato de que as áreas de PD&I devem<br />

ter a liberdade de lidar com os conceitos que serão abandonados<br />

ao longo do caminho para ser capaz de adquirir a<br />

capacidade de desenvolver os que no final darão origem às<br />

verdadeira inovações.<br />

3.2.5. A3<br />

Destaca-se na Figura 6 outro componente importante da<br />

cultura de gestão de projetos da Alcoa, o chamado A3, que<br />

deve ser elaborado após a etapa de definição do conceito do<br />

projeto. Os A3 são elaborados conforme a sequência abaixo:<br />

Contextualização<br />

Situa o problema ou a oportunidade em relação à estratégia<br />

da companhia, identifica partes interessadas e define<br />

metas;<br />

Sumário<br />

162 / 415


Situação atual<br />

Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições<br />

de contorno relevantes, capturados por observação<br />

minuciosa da realidade do momento;<br />

Situação Alvo<br />

Descreve atividades, fluxos, conexões e todas as condições<br />

de contorno relevantes, que devem ser modificados<br />

na situação atual a fim de resolver o problema ou capturar<br />

a oportunidade;<br />

plano de ação<br />

Explicita escopo, responsabilidades e prazos em todas as<br />

atividades necessárias para provar que a transformação<br />

da situação atual na situação alvo resolve o problema ou<br />

captura a oportunidade (e.g. prova o conceito).<br />

3.2.6. Orçamento específico de PD&I<br />

Figura 6: As partes que compõem o A3<br />

A correta atribuição das despesas de P&D estabelece o<br />

histórico de gastos por projeto e por instituição parceira,<br />

utilizado na preparação do formulário de P&D da declara-<br />

Sumário<br />

163 / 415


ção de imposto de renda da companhia e permite a verificação<br />

da conformidade das informações por meio de auditorias,<br />

viabilizando desta forma a captura de incentivos fiscais<br />

proporcionado pela lei de Inovação e pela MP do Bem.<br />

A previsão, registro e execução de um orçamento específico<br />

capacita a empresa a sintonizar seus esforços de inovação<br />

conforme as demandas definidas pela estratégia escolhida<br />

e pelas contingências do caminho.<br />

Por fim, a previsibilidade proporcionada por um orçamento<br />

específico confere autonomia e agilidade para tomada de<br />

decisão por parte do gestor de P&D, por não precisar submeter<br />

a aprovações específicas cada recurso necessário à<br />

realização das atividades cotidianamente requeridas à execução<br />

dos projetos.<br />

3.2.7. Sistema de registro e difusão do conhecimento<br />

Definiu-se pela elaboração e arquivo de relatórios denominados<br />

“Relatórios de PD&I” sempre que uma atividade<br />

qualquer tenha completado um ciclo de começo, meio e fim<br />

e pela disponibilização dos mesmos na intranet da companhia<br />

para um grupo de funcionários previamente cadastrados<br />

e treinados para discernir o que pode e o que não pode<br />

ser divulgado.<br />

Definiu-se também que a área de PD&I teria entre suas<br />

atribuições a difusão do conhecimento e a permeação dos<br />

conceitos de inovação por todas as áreas da companhia.<br />

3.2.8. Centralização das comunicações sobre pd&I<br />

A fim de garantir o rigor das informações comunicadas<br />

a órgãos do governo (IBGE, MCT, Receita Federal, ABDI),<br />

bem como a outras instituições públicas ou privadas que<br />

trabalham com dados sobre inovação, definiu-se que a área<br />

de PD&I seria a instância da Alcoa no país responsável por<br />

coletar e divulgar estas informações.<br />

Sumário<br />

164 / 415


3.3. Sustentabilidade humana e<br />

alocação da equipe de pd&I<br />

Decidiu-se pela utilização da antiga área de Aplicações,<br />

Desenvolvimentos e Vendas de Produtos Especiais como<br />

núcleo de pessoas para a criação da área de PD&I dadas a<br />

competência de inovação em rede que aquela equipe havia<br />

acumulado ao longo da implantação da Divisão de Produtos<br />

Químicos e o já existente grande número de conexões com<br />

Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Seis funcionários<br />

da antiga área foram transferidos para a nova área<br />

de PD&I, um dos quais com doutorado e três com mestrado,<br />

todos strictu sensus em renomadas instituições de ensino<br />

superior do Brasil ou do exterior. Os dois funcionários<br />

restantes estão em processo de realização do mestrado.<br />

Decidiu-se que, em adição ao papel de parceria tecnológica<br />

necessária à realização dos projetos, os convênios<br />

com universidades passariam a ter um papel de formação<br />

continuada de talentos, recrutados dentro da Alcoa, bem<br />

como de novos estudantes de graduação, iniciação científica,<br />

mestrado e doutorado, recrutados dentro da instituição<br />

parceira. Desta maneira, os recursos humanos necessários<br />

à transformação de ciência em inovação viriam a ser formados<br />

naturalmente na medida em que as diferentes redes<br />

temáticas forem sendo nucleadas, conectadas e implementadas.<br />

O grande desafio humano de uma área de PD&I é encontrar<br />

um balanço entre especialização e generalização<br />

que permita às pessoas realizarem investigações rigorosas,<br />

criar e testar soluções fora da caixa, enquanto garantem a<br />

abordagem sistêmica necessária à realização da inovação.<br />

Este compromisso coloca os membros da área de PD&I em<br />

constantes situações paradoxais, particularmente diante<br />

da velocidade exigida pela dinâmica da vida corporativa.<br />

Assim, os pesquisadores correm sempre o risco de serem<br />

sugados por um redemoinho de empreendimentos superficiais<br />

que inviabiliza a atenção necessária à realização de<br />

Sumário<br />

165 / 415


investigações eficientes e eficazes. Sem a competência para<br />

lidar com este paradoxo, os recursos humanos potencialmente<br />

inovadores não são realmente capazes de ir além do<br />

convencional.<br />

Por fim, decidiu-se que a área de PD&I responderia para<br />

a Diretoria Comercial da Divisão de Produtos Primários, a<br />

fim de garantir o alinhamento com o foco dos clientes da<br />

Companhia.<br />

4 CAmpoS tEmÁtICoS dE pd&I NA AlCoA<br />

O primeiro desafio de uma área de inovação em rede é o<br />

de escolher as áreas do conhecimento dentro das quais serão<br />

iniciados os processos de nucleação, conexão e implementação<br />

de parcerias, os chamados Campos Temáticos<br />

de PD&I.<br />

A correta identificação destes campos garantirá o alinhamento<br />

da organização com relação ao custo benefício dos<br />

referidos processos. Caso contrário, corre-se o risco de não<br />

haver apoio suficiente para superar a etapa inicial naturalmente<br />

lenta e trabalhosa do estabelecimento das redes,<br />

durante a qual as áreas de PD&I devem simultaneamente<br />

construir o futuro e dar resultados de curto prazo, sem os<br />

quais a empresa não sobrevive. A Figura 7 ilustra que, para<br />

conseguir adquirir a<br />

Figura 7: Curto prazo versus longo prazo<br />

competência para criar<br />

inovações de forma sustentável,<br />

uma empresa<br />

deve ser capaz de superar<br />

essa etapa.<br />

Uma característica interessante<br />

de um campo<br />

temático é que ele é<br />

de certa forma similar à<br />

semente de uma planta,<br />

que não contém tudo<br />

que a mesma precisa<br />

Sumário<br />

166 / 415


para crescer, apenas propicia a base sobre a qual todas as<br />

suas estruturas serão construídas. Assim, os campos devem<br />

ser escolhidos de forma a propiciar a construção de<br />

redes sociais em PD&I, que, maduras, proporcionarão os<br />

recursos necessários para o crescimento sustentável da<br />

companhia junto com o meio em que vive. Não é necessário<br />

que se crie tantos campos quantos forem as disciplinas relevantes<br />

para a companhia.<br />

A Alcoa decidiu construir suas redes de PD&I nos quatro<br />

campos temáticos ilustrados na Figura 8 e focar os projetos<br />

de inovação em suas intersecções.<br />

Figura 8: As quatro redes temáticas de PD&I da Alcoa<br />

4.1. Clientes<br />

A rede Clientes é composta pelas conexões científicas e<br />

tecnologias com impacto no crescimento sustentável da Alcoa<br />

e de seus clientes, tais como: equipes de PD&I e de<br />

Sumário<br />

167 / 415


Assistência Técnica dos Clientes, Instituições Científicas<br />

e Tecnológicas com as quais os clientes tenham parcerias<br />

estabelecidas, Associações Técnicas e Institucionais das<br />

quais os clientes façam parte, Áreas Internas da Alcoa no<br />

Brasil e no exterior, que tenham impacto nos projetos com<br />

clientes, tais como: Centros de Pesquisas, Engenharia de<br />

Aplicações, Marketing, Vendas, Compras (no caso da Alcoa<br />

comprar produtos deste cliente), Engenharias de Processo<br />

e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />

A missão da rede clientes é: Desenvolver inovações de<br />

ruptura, com foco do cliente, que propiciem de forma sustentável<br />

aumento de valor agregado ou de volume nas vendas<br />

dos produtos Alcoa<br />

4.2. materiais<br />

A rede Materiais é composta pelas conexões científicas e<br />

tecnologias com impacto na utilização dos materiais estratégicos<br />

para o crescimento sustentável da Alcoa, tais como:<br />

Equipes de PD&I e de Assistência Técnica dos fornecedores,<br />

Instituições Científicas e Tecnológicas com as quais os<br />

fornecedores tenham parcerias estabelecidas, Associações<br />

Técnicas e Institucionais das quais os fornecedores façam<br />

parte, Áreas Internas da Alcoa no Brasil e no exterior que<br />

tenham impacto nos projetos com fornecedores, tais como:<br />

Centros de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas (no<br />

caso da Alcoa vender produtos para este fornecedor), Engenharias<br />

de Processo e de Manutenção, Área de Logística,<br />

EHS, etc.<br />

A missão da rede Materiais é: Desenvolver inovações de<br />

ruptura em materiais que propiciem de forma sustentável<br />

redução de custos de materiais, aumento de disponibilidade<br />

operacional de equipamentos e redução da geração de<br />

resíduos industriais.<br />

Sumário<br />

168 / 415


4.2.1. meio Ambiente<br />

A rede Meio Ambiente é composta pelas conexões científicas<br />

e tecnologias com impacto na sustentabilidade ambiental<br />

da Alcoa, tais como: Equipes de PD&I e de Assistência<br />

Técnica de Clientes e Fornecedores e Instituições<br />

Científicas e Tecnológicas com as quais tenham parcerias<br />

estabelecidas, e Associações Técnicas e Institucionais das<br />

quais façam parte e Áreas Internas da Alcoa, no Brasil e<br />

no exterior,que tenham impacto em sustentabilidade, tais<br />

como: Área de Sustentabilidade, Centros de Pesquisas,<br />

Compras, Marketing, Vendas, Engenharias de Processo e<br />

de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />

A missão da rede Meio Ambiente é criar inovações que<br />

resultem em: Redução de Geração, Reciclagem, Vendas ou<br />

Disposição Sustentável para os resíduos industriais da Alcoa<br />

e Redução de emissões de CO2.<br />

3.3.4. meio Ambiente<br />

A rede Energia é composta pelas conexões científicas e<br />

tecnologias com impacto na utilização eficiente de Eenergia<br />

pela Alcoa, tais como: Agência Nacional de Energia Elétrica,<br />

Equipes de PD&I e de Assistência Técnica de Clientes<br />

e Fornecedores e Instituições Científicas e Tecnológicas e<br />

outras Associações do setor energético, Áreas Internas da<br />

Alcoa, no Brasil e no exterior, que tenham impacto em eficiência<br />

energética, tais como: Divisão de Energia, Centros<br />

de Pesquisas, Compras, Marketing, Vendas, Engenharias<br />

de Processo e de Manutenção, Área de Logística, EHS, etc.<br />

A missão da rede Energia é criar inovações que resultem<br />

em: Aumentos de Eficiência Energética e do Uso de Fontes<br />

de Energia Limpas e Renováveis e Redução de emissões de<br />

CO2.<br />

Sumário<br />

169 / 415


5. pRINCIpAIS dESAFIoS dA ÁREA dE pd&I AlCoA<br />

Tendo sido parida em Março de 2010, a área de PD&I da<br />

Alcoa se encontra na etapa inicial, ilustrada na Figura 7,<br />

a qual consiste na construção do ecossistema necessário<br />

(estrutura contábil, nucleações, conexões, cultura de inovação,<br />

etc.) para o cumprimento das missões de cada rede<br />

e na simultânea geração de inovações de curto prazo que<br />

provem sua importância.<br />

Os principais projetos em cada rede são respectivamente<br />

para as redes de Clientes, Materiais, Meio Ambiente e<br />

Energia: Desenvolvimento de novas ligas de alumínio, desenvolvimento<br />

de novos conceitos ou novos fornecedores de<br />

refratários para uso da Alcoa, desenvolvimento de vendas<br />

ou reciclagem para resíduos de bauxita e carbonáceos e<br />

aumento de eficiência energética dos processos industriais<br />

da companhia.<br />

REFERÊNCIAS<br />

The measurement of Scientific and Technological Activities,<br />

The Oslo Manual, Third Edition, OECD 2005<br />

2011 Aon Global Risk Management Survey<br />

Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas<br />

industriais brasileiras/ João Alberto De Negri, Mario Sergio<br />

Salerno, Brasília: IPEA, 2005.<br />

Alcoa Celebrates 120 Years of Innovation<br />

Passeio Virtual pelo salão de exposições de Inovações da<br />

Alcoa no Centro de Pesquisas de Pittsburgh (ATC).<br />

Scattering the seeds of invention: the globalisation of<br />

research and development, The Economist Intelligence<br />

Unit, 2004.<br />

International Strategies for innovation: A study of seven<br />

countries and Brazil, Brazil Institute special report –<br />

Woodrow Wilson International Center for Scholars, 2008.<br />

Das redes sociais à Inovação, Maria Inês Tomaél, Adriana<br />

Rosecler Alcará e Ivone Guerreiro Di Chiara, Scielo, Ci. Inf.,<br />

Sumário<br />

170 / 415


Brasília, v. 34, n. 2, p. 93-104, maio/ago. 2005.<br />

Stage-Gate Innovation Management Guidelines, Managing<br />

risk through structured project decision-making, Version<br />

1.3, US Department of Energy, February 2007.<br />

Jorge Gallo e Otávio Cavalheira<br />

Gerente de PD&I da Alcoa América Latina e Caribe, com Mestrado em retardantes de chama<br />

para polímeros e Doutorado em aluminas para cerâmicas de alto desempenho pelo Depto. de<br />

Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Entre Julho de 2008 e Setembro<br />

de 2009, atuou como pesquisador visitante no Centro de Pesquisas da Alcoa em Pittsburgh, nos<br />

EUA, considerado o maior centro de pesquisa em materiais não ferrosos do planeta, onde realizou<br />

pesquisas com materiais cerâmicos avançados para utilização no processo eletrolítico de produção<br />

de alumínio.<br />

Retornando ao Brasil, elaborou conceito e criou, juntamente com o Diretor Comercial da Alcoa,<br />

Otávio Carvalheira, a primeira Área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Alcoa na região<br />

da América Latina e Caribe, onde vem atuando desde então com o desafio de gerar inovações de<br />

grande impacto na sustentabilidade de negócios da companhia na região.<br />

Sumário<br />

171 / 415


TeCNOlOgIA De pONTA<br />

É uSADA NAS OpeRAçõeS<br />

pORTuáRIAS DA vAle<br />

Como prática de adotar inovação em seus projetos, a Vale<br />

possui um modelo reduzido da sua área do porto, em São<br />

Luís (MA). O modelo permite a simulação de manobras de<br />

navios, antes que elas se tornem reais.<br />

O protótipo - espécie de maquete “gigante” ou miniatura<br />

da área portuária operada pela Vale - foi desenvolvido pelo<br />

renomado Laboratório de Hidráulica da Fundação Centro<br />

Tecnológico de Hidráulica – FCTH, que é referência nacional<br />

na construção de modelos semelhantes. A FCTH é ligada<br />

à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/<br />

USP. Dentre os objetivos do modelo reduzido, estão: avaliar<br />

movimentos e forças de amarração associadas sobre os navios<br />

atracados e nas defensas dos píeres, visando verificar<br />

as condições de limites operacionais e de segurança; estudar<br />

e propor obras e otimização de planos de amarração,<br />

em prol de uma maior segurança nas operações; estudar as<br />

Sumário<br />

172 / 415<br />

Informativo Vale


manobras de navios rádio-controlados para diversas condições<br />

de marés, entre outras.<br />

Por meio do modelo reduzido, os especialistas da USP, da<br />

Vale e da Praticagem simulam manobras de aproximação,<br />

atracação, desatracação e afastamento de diferentes modelos<br />

de navios. O modelo reproduz todas as áreas da baía de<br />

São Marcos que influenciam as operações portuárias.<br />

Parceria - A FCTH foi escolhida pela Vale para desenvolver<br />

o modelo reduzido por conta do seu reconhecido know-how.<br />

A parceria da Vale com a FCTH iniciou-se em 1981, com o<br />

desenvolvimento do primeiro estudo da Área Portuária do<br />

Maranhão. O acervo técnico do laboratório é o mais completo<br />

da área de hidráulica no país e abrange levantamentos<br />

hidrográficos, estudos de correntes marítimas e trajetórias<br />

de sedimentos, acompanhando a implantação dos projetos<br />

portuários existentes na baía de São Marcos.<br />

Este acervo constitui-se em importante base de dados que<br />

fundamenta estudos e projetos de expansão desta área portuária,<br />

de grande importância econômica para o Maranhão.<br />

Sumário<br />

173 / 415


DeSeNvOlvIMeNTO e<br />

pROTOTIpAgeM De uM<br />

CeNTRO De geSTÃO<br />

DA pROTeçÃO DA ReDe<br />

elÉTRICA DA CeMAR<br />

Este trabalho descreve o desenvolvimento de um<br />

protótipo de Centro de Gestão da Proteção (CGP).<br />

O sistema do CGP tem por objetivo a recuperação<br />

e o armazenamento de dados dos relés digitais do sistema<br />

de proteção da rede elétrica para posterior análise e<br />

apresentação das informações. O acesso a estes dados é<br />

feito através de um Web browser executado em um notebook<br />

ou desktop ou através do aplicativo cliente do CGP<br />

executado em um dispositivo móvel (por exemplo, smartphone).<br />

O CGP prevê redundância da infraestrutura de<br />

comunicação com a Internet através da comunicação via<br />

telefonia móvel 3G. Os conceitos de aplicação Web, paradigma<br />

orientado a objetos, computação móvel, telefonia<br />

móvel 3G, serviços Web, segurança e plataforma Java<br />

foram explorados no desenvolvimento do projeto. O sis-<br />

Sumário<br />

Adrianno B. R. A. Bastos<br />

Denivaldo C. P. Lopes<br />

Johnneth S. Fonsêca<br />

Leonardo Paucar<br />

Nierbeth C. Brito<br />

Renato M. Souza<br />

Ronnie S. Loureiro<br />

Zair Abdelouahab<br />

174 / 415


tema CGP tem possibilitado a análise e a interpretação<br />

dos eventos ocorridos no sistema elétrico da Companhia<br />

Energética do Maranhão (CEMAR).<br />

Introdução<br />

A implantação de centros de gestão da proteção por<br />

parte das companhias de distribuição tem como objetivos<br />

básicos facilitar a aquisição de dados dos relés, configuração<br />

dos relés digitais, aquisição de ajustes implantados,<br />

sequência de eventos, medições e arquivos de oscilografias<br />

[1], [2], [3].<br />

A Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) possui<br />

relés digitais [3] no sistema de proteção das subestações,<br />

o que permite obter informações instantâneas sobre as<br />

variáveis monitoradas como tensão, corrente, demanda,<br />

etc. Entretanto, os seguintes problemas constituem um<br />

empecilho para a disponibilidade destes dados:<br />

• A rede de dados que interliga as subestações, onde<br />

se localizam os relés digitais, pode perder a conectividade,<br />

deixando os relés digitais inacessíveis;<br />

• As variáveis monitoradas são armazenadas<br />

temporariamente nos relés digitais e, quando a memória<br />

limitada esteja cheia de dados, estes são sobrescritos,<br />

ocorrendo a perda de dados e do histórico das<br />

variáveis medidas.<br />

O objetivo deste trabalho de pesquisa e desenvolvimento<br />

(P&D) é a concepção e o desenvolvimento de um sistema<br />

do Centro de Gestão da Proteção (CGP), que forneça:<br />

• Redundância da infraestrutura de comunicação<br />

com os relés digitais via telefonia móvel 3G [4];<br />

• Um sistema de software que permita o acesso aos<br />

dados dos relés digitais e o armazenamento de forma<br />

persistente em um banco de dados. O acesso às informações<br />

do CGP pode ser feito via Web browser ou<br />

via um aplicativo para dispositivo móvel (por exemplo,<br />

smartphone).<br />

Sumário<br />

175 / 415


A metodologia da infraestrutura de comunicação consiste<br />

na definição de arquiteturas de hardware nas quais<br />

um modem 3G permite a redundância da rede de comunicação<br />

com a Internet. A metodologia de desenvolvimento<br />

do sistema de software do CGP consiste na concepção<br />

de uma arquitetura organizada em camadas, cada uma<br />

independente da outra e com funcionalidades bem definidas.<br />

O produto resultante deste projeto P&D é formado por<br />

arquiteturas de hardware e por um sistema de software.<br />

A arquitetura de hardware suporta a redundância da via<br />

de comunicação graças à telefonia móvel 3G. O sistema<br />

de software do CGP permite que os eventos ocorridos<br />

nas subestações possam ser recuperados, armazenados<br />

e, posteriormente, analisados para auxiliar nas tomadas<br />

de decisão sobre manobras, configuração, medição e planejamento<br />

da rede elétrica da concessionária.<br />

Sistema do centro de gestão da proteção<br />

Nesta seção descrevem-se o contexto de utilização do<br />

sistema do CGP proposto, a metodologia e as tecnologias<br />

empregadas, as arquiteturas de hardware e de software<br />

e testes.<br />

Contexto de utilização<br />

A Figura 1 apresenta o contexto de utilização do sistema<br />

CGP. Na parte inferior desta figura, tem-se o relé<br />

digital conectado a um transceiver/remota e este último<br />

conectado ao servidor de acesso da CEMAR, dando assim<br />

acesso remoto ao relé digital. Este acesso pode ser feito<br />

via um Laptop + modem 3G ou smartphone com comunicação<br />

3G ou via um notebook ou desktop com comunicação<br />

com a Internet via Web browser. A redundância<br />

da comunicação é garantida através da configuração e<br />

instalação de um modem 3G no switch da rede da subestação<br />

de energia elétrica.<br />

Sumário<br />

176 / 415


O acesso remoto dos relés tem como vantagem a configuração<br />

remota, análise em tempo real, comissionamento<br />

remoto, suporte à equipe de manutenção local na solução<br />

de problema, e o monitoramento de equipamentos<br />

distantes.<br />

Figura 1. Contexto do sistema CGP.<br />

metodologia e tecnologias<br />

Durante a pesquisa, buscou-se desenvolver um sistema<br />

computacional que privilegiasse uma organização em<br />

camadas, cada uma com uma funcionalidade bem definida<br />

e fraco acoplamento entre os níveis adjacentes. Sendo<br />

assim, optou-se por uma arquitetura em camadas conforme<br />

a Figura 2. Também utilizou-se a análise e projeto<br />

orientado a objetos e a programação orientada a objeto.<br />

Além disso, alguns conceitos de concorrência são utiliza-<br />

Sumário<br />

177 / 415


dos para que o sistema possa ser acessado por múltiplos<br />

usuários.<br />

Figura 2. Arquitetura de hardware baseada em remota e concentradora.<br />

Uma vez definida a arquitetura em diagramas de blocos,<br />

optou-se por criar modelos em Unified Modeling Language<br />

(UML) [5], para melhor expressar o sistema independente<br />

de tecnologia ou plataforma. Em seguida, definiram-se<br />

as tecnologias e plataformas a serem usadas em<br />

cada nível.<br />

As principais tecnologias empregadas no desenvolvimento<br />

do CGP são as seguintes:<br />

• Modelagem: Unified Process (UP) [5] foi utilizado<br />

como metodologia de desenvolvimento. Unified Modeling<br />

Language (UML) foi utilizada para análise de requisitos<br />

e projeto do Sistema CGP;<br />

• Implementação: Plataforma e Linguagem Java<br />

(J2SDK, J2EE, JME) [6]; Banco de dados relacional<br />

Oracle; e a interoperabilidade foi garantida graças a<br />

tecnologia de Serviços Web [7], segurança de comunicação<br />

baseada em assinatura digital e RSA (algoritmo<br />

de chaves assimétricas) [8].<br />

Sumário<br />

178 / 415


Arquiteturas de hardware<br />

Três arquiteturas de hardware foram propostas, após<br />

análise da planta de subestações de energia elétrica da<br />

CEMAR. A Figura 2 apresenta a arquitetura de hardware<br />

que exigiu menos mudanças na planta atual da CEMAR.<br />

O modem de telefonia móvel 3G é conectado ao switch.<br />

Para esta arquitetura, foi pesquisado no mercado<br />

um modem 3G com capacidade de perceber a ausência<br />

de conectividade com a Internet e comutação automática<br />

para rede de telefonia móvel 3G. Assim, a tolerância a<br />

falhas da rede de comunicação é garantida, deixando o<br />

sistema sempre disponível.<br />

Sistema de Software Cgp: Arquitetura e funcionalidade<br />

Arquitetura em camada do Sistema Cgp<br />

Figura 3<br />

Sumário<br />

179 / 415


A Figura 3 apresenta a arquitetura em camadas do CGP<br />

que são descritas como:<br />

• Interface Homem-Máquina: permite o acesso ao<br />

sistema do CGP através de um browser Web ou um<br />

dispositivo móvel;<br />

• Controle de sessão: gerencia sessões de usuários,<br />

permitindo que as tarefas sejam realizadas mesmo com<br />

desconexões da rede, guardando o espaço de trabalho<br />

dos usuários;<br />

• Lógica do Negócio: gerencia e executa as funcionalidades<br />

de acesso e controle de um relé digital de<br />

forma uniforme e independente do tipo de relé;<br />

• Acesso a Informação ou controle de atuação: permite<br />

gerenciar os acessos múltiplos tanto de consulta<br />

de dados quanto de controle de atuação;<br />

• Aquisição de Dados e Atuação: este nível comunica<br />

diretamente com relés digitais (por exemplo, SEL 351),<br />

utilizando protocolos tal como LMD/SEL ou DNP3.<br />

A modularidade da arquitetura em camadas do sistema<br />

do CGP permite que qualquer camada seja substituída,<br />

por exemplo, uma camada de Aquisição de Dados e<br />

Atuação que comunica via LMD/SEL pode ser substituída<br />

por uma camada que comunica via DNP3 sem haver<br />

necessidade de alteração na camada de Acesso a Informação<br />

ou controle de atuação.<br />

Implantação e testes do Cgp<br />

O Sistema do CGP foi implantado na subestação São<br />

Francisco da CEMAR. A Figura 4 ilustra uma captura de<br />

tela apresentando informações obtidas pelo CGP.<br />

Sumário<br />

180 / 415


Figura 4. Sistema do CGP: demandas.<br />

A Figura 5 apresenta o sistema do CGP sendo acessado<br />

por um smartphone. A execução do sistema CGP móvel<br />

é mostrada na Figura 6 através de um smartphone.<br />

Figura 5. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: acessando<br />

eventos via smartphone.<br />

Sumário<br />

181 / 415


Figura 6. Aplicativo do sistema do CGP para dispositivo móvel: execução<br />

com smartphone.<br />

Figura 7. Equipamentos instalados na subestação São<br />

Francisco da CEMAR<br />

Na Figura 7 são mostrados parte<br />

dos equipamentos adquiridos para<br />

o projeto: relés digitais SEL-351A e a<br />

plataforma SEL-3351, instalados na<br />

Subestação São Francisco da CEMAR.<br />

Conclusão<br />

Neste trabalho, um sistema computacional<br />

protótipo de Centro de<br />

Gestão da Proteção-CGP da CEMAR<br />

foi desenvolvido através das tecnologias<br />

3G, serviços Web, Java, computação<br />

móvel, o que possibilitou a<br />

implementação de um sistema de<br />

software e a definição de três arquiteturas<br />

de hardware. O protótipo<br />

de CGP foi testado com sucesso no<br />

Sumário<br />

182 / 415


Centro de Operação do Sistema da CEMAR, em São Luís<br />

do Maranhão, demonstrando a utilidade da tecnologia<br />

3G para comunicação como canal redundante.<br />

Um dos principais resultados obtidos pelo projeto foi a<br />

recuperação e armazenamento de inúmeras informações<br />

contidas nos relés digitais que podem servir para diferentes<br />

tipos de análise, tal como crescimento da demanda.<br />

Como o sistema de software do CGP foi implementado de<br />

uma forma modular e utilizando a tecnologia Java, ele<br />

facilmente poderá ser adaptado a diversos tipos de hardware,<br />

além das opções de reusabilidade e integração.<br />

Trabalhos futuros relacionados com o sistema CGP podem<br />

incluir, por exemplo, tratamento de dados servindo<br />

na pesquisa para tomada de decisão operacional, utilizando<br />

algum método de inteligência artificial e análise de<br />

detecção e diagnóstico de falhas para manutenção.<br />

Referências<br />

[1] F. Zavoda, “The key role of intelligent electronic devices<br />

(IED) in advanced Distribution Automation (ADA),”<br />

China International Conference on Electricity Distribution<br />

- CICED, pp. 1-7, Dec. 2008.<br />

[2] M. Qureshi et al. “A Communication Architecture for<br />

Inter-substation Communication,” IEEE 8th Int. Conf. on<br />

Computer and Information Technology Workshops - CIT,<br />

Sydney, pp. 577-582, July 2008.<br />

[3] D. V. Coury, M. Oleskovicz e R. Giovanini, Proteção<br />

Digital de Sistemas Elétricos de Potência: dos Relés Eletromecânicos<br />

aos Microprocessados Inteligentes, São<br />

Carlos: EESC-USP, 2007.<br />

[4] H. Holma and A. Toskala, HSDPA/HSUPA for UMTS:<br />

High Speed Radio Access for Mobile Communications, 1 st<br />

edition, Wiley, 2006.<br />

[5] J. Arlow and I. Neustadt, UML 2 and the Unified Process,<br />

2nd ed., Addison Wesley, 2005.<br />

[6] H. M. Deitel, P. Deitel, Java How to Program, 8 th edi-<br />

Sumário<br />

183 / 415


tion, Prentice Hall, 2009.<br />

[7] G. Alonso, F. Casati, H. Kuno, and V. Machiraju, Web<br />

Services: Concepts, Architectures and Applications, 1 st<br />

edition, Springer, 2010.<br />

[8] W. Stallings, Cryptography and Network Security:<br />

Principles and Practice, 5 th Edition, Prentice Hall, 2010.<br />

Adrianno B. R. A. Bastos<br />

Engenheiro Elétrico.<br />

Denivaldo C. P. Lopes<br />

Doutor em Informática pelo Université de Nantes, França e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Johnneth S. Fonsêca<br />

Mestre em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal do<br />

Maranhão<br />

Leonardo Paucar<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Nierbeth C. Brito<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Renato M. Souza<br />

MBA em Gestão de Negócios em Energia Elétrica pela Fundação Getúlio Vargas - RJ e<br />

Executivo de Projetos e Obras Alta Tensão da Companhia Energética do Maranhão.<br />

Ronnie S. Loureiro<br />

Especialista em Engenharia Elétrica pelo Instituto Federal do Maranhão e<br />

trabalha na Companhia Energética do Maranhão.<br />

Zair Abdelouahab<br />

Mestre em Computing Science pela University Of Glasgow , Doutor em<br />

Computer Studies pela University Of Leeds e Professor da Universidade Federal do<br />

Maranhão.<br />

Sumário<br />

184 / 415


<strong>MARANHÃO</strong>:<br />

eM Se plANTANDO,<br />

TuDO Dá!<br />

Promover o progresso da<br />

educação é o caminho mais<br />

seguro para a estruturação<br />

sólida de uma sociedade<br />

desenvolvida. No Maranhão,<br />

uma linha de investimentos<br />

que tem crescido<br />

bastante no país é a aplicação<br />

de recursos na pesquisa científica.<br />

E, ao contrário do que muitos<br />

pensam, investir em ciência, tecnologia<br />

e inovação, além de estímulo<br />

intelectual, também traz<br />

resultados financeiros.<br />

A Fundação de Amparo à Pesquisa<br />

e ao Desenvolvimento Científico<br />

e Tecnológico do Estado do<br />

Maranhão (FAPEMA), maior agência de fomento<br />

à pesquisa local, acredita que este é um<br />

meio bastante nobre de se chegar a esse objetivo.<br />

“Somente para 2012, estão previstos 40 editais que<br />

somam mais de R$ 26 milhões em investimentos na<br />

Ciência, Tecnologia & Inovação do Maranhão, destinados<br />

a bolsas, auxílios, convênios federais, programas<br />

de divulgação científica, inserção de pesquisadores<br />

nas empresas e projetos estratégicos para<br />

Sumário<br />

Ivandro Coêlho<br />

Priscila Cardoso<br />

185 / 415<br />

Informativo FAPEMA


o Maranhão, em todas as áreas do conhecimento”, conta<br />

Rosane Guerra, diretora-presidente da Fundação.<br />

O interesse e a capacidade dos pesquisadores em apresentar<br />

projetos inovadores e revolucionários têm chamado<br />

a atenção da FAPEMA. Alguns trabalhos apoiados pela<br />

Fundação merecem destaque, tanto pela qualidade no desenvolvimento<br />

da pesquisa, como pela perspectiva de retornos<br />

financeiros.<br />

É mAmão Com AçÚCAR!<br />

Uma das pesquisas apoiadas pela FAPEMA busca aumentar<br />

a produtividade do mamão na área do Baixo Parnaíba.<br />

Analisando a realidade do estado, a professora Dra.<br />

Maria da Cruz Chaves Lima Moura, do Centro de Ciências<br />

Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão<br />

(CCAA/UFMA), desenvolve um projeto que tem como<br />

objetivo selecionar variedades de mamão mais adaptadas<br />

às condições de clima e solo da região, levando em consideração<br />

a produtividade e o tipo preferido pelo consumidor.<br />

“O Maranhão é tradicionalmente importador de produtos<br />

hortifrutis, entre eles, o mamão. Apesar de ser uma fruta<br />

com grande potencial produtivo e de consumo para o estado,<br />

há um déficit na oferta desse produto, que é trazido<br />

principalmente do estado do Pará”, explica a pesquisadora.<br />

O projeto – intitulado “Seleção de Genótipos de Mamoeiro<br />

(carica papaya l.) para Produção Comercial<br />

na Microrregião de Chapadinha,<br />

Nordeste Maranhense”<br />

– teve início<br />

em 2010, no município<br />

de Brejo.<br />

“Estamos testando<br />

dez variedades<br />

de mamoeiro<br />

dos grupos ‘Solo’<br />

e ‘Formosa’ para<br />

Sumário<br />

186 / 415


saber qual a mais produtiva e a que tem mais preferência<br />

no consumo local e regional”, informou a professora Maria<br />

Moura, coordenadora do projeto. Para ela, esse processo de<br />

introdução e avaliação de genótipos de mamão é necessário<br />

porque ainda não se conhece o desempenho desses materiais<br />

genéticos nas condições de solo e clima da região.<br />

De acordo com a professora Maria Moura, a exploração<br />

comercial da cultura do mamoeiro poderá se transformar<br />

numa excelente oportunidade para a diversificação agrícola<br />

do Maranhão. Além disso, a pesquisa também vai proporcionar<br />

o treinamento dos viveiristas e produtores do Baixo<br />

Parnaíba, fortalecendo o mercado local não só do produto,<br />

mas das sementes selecionadas.<br />

Para a pesquisadora, outro aspecto importante da pesquisa<br />

é o fortalecimento da agricultura familiar. Atualmente, o<br />

cenário produtivo da região é mais voltado para a produção<br />

de grãos, principalmente a soja, destinados à exportação.<br />

Segundo ela, a cultura do mamão pode ser uma alternativa<br />

de produção de alimentos para essa região. “A vantagem da<br />

cultura do mamão não é apenas agronômica, mas social,<br />

uma vez que ela absorve uma grande parcela da agricultura<br />

familiar. Trata-se de um produto bastante rentável e que<br />

pode ser produzido em pequenas áreas”, explicou a professora<br />

Maria Moura.<br />

tERApIA dAS FloRES<br />

Pesquisas voltadas para a área da saúde também recebem<br />

o apoio da FAPEMA. Nesta, o pesquisador Tonicley<br />

Alexandre da Silva descobriu outra função para as flores.<br />

Em seu trabalho de mestrado em Ciências da Saúde, pela<br />

Universidade Federal do Maranhão, o nutricionista investigou<br />

os efeitos de diferentes partes do cajueiro no tratamento<br />

da diabetes. Depois de retirar extratos vegetais de folhas,<br />

cascas e flores e administrá-los oralmente em camundongos<br />

que apresentavam predisposição para diabetes, ele observou<br />

um efeito muito positivo das flores.<br />

Sumário<br />

187 / 415


Flor cajueiro<br />

A descoberta suscitou o interesse do pesquisador em investigar<br />

a fundo o efeito das flores do cajueiro no tratamento<br />

e na prevenção dos sintomas que a doença provoca no<br />

organismo. “A literatura já mostrava vários estudos feitos a<br />

partir da casca, das folhas e de outras partes do cajueiro,<br />

mas nada relacionado às flores no tratamento da diabetes.<br />

Em nossa pesquisa, observamos que as flores também têm<br />

essa propriedade e a concentração encontrada nelas, em<br />

relação a outros extratos, é muito maior”, explica Tonicley<br />

Silva.<br />

Segundo o pesquisador, a alta concentração do princípio<br />

ativo derruba um grande obstáculo que inviabilizava<br />

a comercialização do medicamento extraído do cajueiro.<br />

“Antes, seria necessária uma quantidade muito grande de<br />

substrato (folhas e cascas) para se conseguir uma quanti-<br />

Sumário<br />

188 / 415


Flor cajueiro<br />

dade de produto capaz de ter esse efeito benéfico. Com as<br />

flores, observamos que uma pequena quantidade já teria o<br />

mesmo efeito de uma grande quantidade de outras partes<br />

da planta”, garante o nutricionista e também doutorando<br />

em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio).<br />

Na pesquisa, Tonicley Silva obteve grandes resultados<br />

com a utilização das flores do cajueiro, como a diminuição<br />

da fome e da sede dos animais e a redução da glicose sanguínea.<br />

Além disso, observou um aumento na produção<br />

de insulina (hormônio responsável por transportar glicose<br />

do sangue para dentro das células) e uma diminuição de<br />

triglicerídeos, causadores de problemas cardiovasculares e<br />

de doenças relacionadas ao metabolismo de gordura no organismo.<br />

A descoberta do novo produto pode significar o desenvolvimento<br />

de uma nova opção terapêutica para o tratamento<br />

da diabetes, com possibilidade de menos efeitos colaterais<br />

que as já disponíveis no mercado. “Além disso, se conseguirmos<br />

descobrir um princípio ativo a partir de uma planta<br />

que é nativa, não só do nosso estado, mas do Nordeste,<br />

que é uma região de certa forma carente, possibilitaremos a<br />

exploração dessa espécie que é abundante, proporcionando<br />

um incremento da renda dessa população que trabalha<br />

com a planta”, pontua Tonicley, que garante ter, até 2014,<br />

os resultados finais da pesquisa.<br />

Sumário<br />

189 / 415


EtANol vERdE<br />

Outra pesquisa,<br />

que promete aliar<br />

retorno financeiro<br />

e sustentabilidade,<br />

busca otimizar<br />

a produção de etanol<br />

no Baixo Parnaíba<br />

sem agredir<br />

o meio ambiente.<br />

O trabalho está<br />

sendo desenvolvidos<br />

pela professora<br />

Francirose Shi- Adubação nitrogenada realizada no segundo ano.<br />

gaki, do Centro de<br />

Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do<br />

Maranhão (CCAA/UFMA).<br />

Intitulado “Seleção de variedades de cana de açúcar para<br />

o estado do Maranhão visando a produção sustentável de<br />

etanol”, a pesquisa tem como objetivo principal indicar variedades<br />

de cana de açúcar mais adaptadas às condições<br />

de solo e clima da região do Baixo Parnaíba, além de avaliar<br />

as técnicas de manejo para a produção sustentável do<br />

etanol. O projeto foi implantado em 2009, numa fazenda de<br />

produção de cachaça da cidade de Brejo, depois que os pesquisadores<br />

constataram que a produção de cana de açúcar<br />

na região era baixa porque os produtores utilizavam variedades<br />

ultrapassadas e também não aplicavam técnicas de<br />

manejo mais eficientes, como a adubação nitrogenada e a<br />

irrigação.<br />

A primeira etapa do projeto foi dedicada à seleção de variedades<br />

e a segunda, à avaliação do impacto ambiental. Na<br />

terceira fase, os pesquisadores realizam análises tecnológicas<br />

da cana de açúcar produzida no experimento, visando<br />

a produção do etanol. “A intenção inicial era selecionar algumas<br />

variedades e tentar utilizar subprodutos da própria<br />

Sumário<br />

190 / 415<br />

(Fonte: pesquisadora Francirose Shigaki


produção - no caso de Brejo, o vinhoto - para substituir<br />

a adubação nitrogenada. Depois fazer o manejo adequado<br />

com essas variedades para observar o potencial de produtividade<br />

de acordo com as condições edafoclimáticas (solo<br />

e clima) da região”, explicou a pesquisadora.<br />

O resultado desse trabalho de seleção e manejo correto foi<br />

um aumento de produtividade obtido no primeiro ano com<br />

a cana plantada em torno de 120 toneladas por hectares,<br />

considerada maior que a produtividade da região, que é de<br />

50 toneladas. “A gente quer ver agora se a variedade que<br />

apresentou maior produtividade no primeiro ano também é<br />

melhor no segundo e assim sucessivamente nos próximos<br />

anos de rebrota”, declarou a professora Francirose.<br />

Sumário<br />

191 / 415<br />

191 / 415


um FutuRo mAIS INtERAtIvo<br />

Tecnologia e Inovação também ganham espaço quando o<br />

assunto é investimento em pesquisa científica. A FAPEMA<br />

está apoiando o projeto do pesquisador Márcio Carneiro<br />

que visa revolucionar a TV Digital, explorando uma de suas<br />

facetas que nem todo mundo conhece: a interatividade.<br />

Muita gente acha que a TV digital traz consigo apenas o<br />

conceito de excelência no que diz respeito a som e imagem,<br />

mas poder agregar a esse fluxo um terceiro tipo de conteúdo,<br />

como aplicações e softwares, já é uma realidade.<br />

Por meio da interatividade na TV digital, informações antes<br />

acessadas apenas pela internet estariam disponíveis,<br />

agora, com o simples auxílio do controle remoto. A diferença<br />

é que isto seria possível com menos restrições, já<br />

que, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto<br />

Sensus, apenas 44,9% da população brasileira tem acesso<br />

à rede mundial de computadores. “Nesse caso, a interatividade<br />

na TV digital pode até ser considerada uma política<br />

pública, porque é uma forma de inclusão social, de você<br />

oferecer serviços públicos para todo o Brasil, independente<br />

de classe social, porque a televisão está em todos os lugares”,<br />

argumenta Márcio Carneiro, jornalista e pesquisador<br />

nas áreas de Convergência e TV Digital.<br />

Mas, afinal, se a interatividade na TV é tão fantástica assim,<br />

por que ainda não foi disseminada? Um dos maiores<br />

problemas encontrados pelas emissoras de televisão é o<br />

custo. Além de pessoal com conhecimento em linguagem de<br />

programação, o desenvolvimento de um aplicativo funcional<br />

e com layout chamativo levaria meses. “Quem desenvolve<br />

um aplicativo geralmente não tem domínio sobre design e<br />

acaba apresentando um software bruto, pouco atrativo, o<br />

que facilita a reprovação do produto pela empresa”, justifica<br />

Carneiro, que também é Coordenador do Laboratório de<br />

TV do Curso de Comunicação Social da UFMA.<br />

A solução encontrada por Márcio Carneiro foi democratizar<br />

a interatividade via TV digital e sistemas IPTV. Para<br />

Sumário<br />

192 / 415


isso, ele desenvolveu um software voltado especificamente<br />

para jornalistas, editores, publicitários, ou seja, para<br />

os responsáveis pela produção do conteúdo da televisão.<br />

“Com o T-Autor, os produtores de conteúdo passam a ter<br />

mais liberdade, numa tendência que segue o que já existe<br />

no ambiente de Internet. Para as empresas, o programa<br />

permite a inclusão da interatividade nos fluxos de trabalho<br />

com redução de custos, menor necessidade de pessoal<br />

especializado, agilidade no desenvolvimento e muito mais<br />

possibilidades de criar e experimentar novos formatos, utilizando<br />

a ferramenta para testes e versões finalizadas para<br />

veiculação”, esclarece.<br />

O projeto recebe apoio da FAPEMA por meio do PAPPE<br />

(Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa), que visa estimular<br />

a inovação, aumentando a competitividade das empresas<br />

maranhenses. “E a inovação onde está? Está em<br />

trazer algo que antes era restrito a programadores para as<br />

pessoas que efetivamente fazem televisão. Não existe nada<br />

parecido no mercado tão focado para esse público”, justifica.<br />

No mundo virtual, por meio das redes sociais, principalmente<br />

dos blogs, as pessoas saíram da posição passiva e<br />

passaram a ser também autores de conteúdo. Na TV, isso<br />

também será possível. “Imagine um professor preparando<br />

uma videoaula de geografia. Com o T-Autor, ele poderia,<br />

por exemplo, tornar a exposição bem mais dinâmica,<br />

criando um menu que desse acesso a mapas, dados históricos,<br />

informações adicionais e assim por diante”, vislumbra<br />

Carneiro.<br />

Com o desenvolvimento destas novas ferramentas, uma<br />

coisa é certa: ninguém mais vai adormecer vendo televisão.<br />

Ivandro Coêlho<br />

Assessor de imprensa da FAPEMA<br />

Priscila Cardoso<br />

Assessora de imprensa da FAPEMA<br />

Sumário<br />

193 / 415


O SISTeMA HíbRIDO<br />

eÓlICO-SOlAR De<br />

geRAçÃO elÉTRICA<br />

SuSTeNTável DA IlHA<br />

De leNçÓIS: uMA<br />

SOluçÃO vIável<br />

pARA ATeNDIMeNTO<br />

elÉTRICO De IlHAS DO<br />

lITORAl<br />

DO <strong>MARANHÃO</strong><br />

Sumário<br />

Luis Antonio de Souza Ribeiro<br />

João Victor M. Caracas<br />

José Gomes de Matos<br />

Osvaldo R. Saavedra<br />

Shigeaki L. Lima<br />

194 / 415


Introdução<br />

Parte significativa da população mundial não tem acesso<br />

à energia elétrica e, consequentemente, não tem acesso<br />

a serviços relacionados à educação, saúde, telecomunicações,<br />

lazer, segurança, etc. A situação é semelhante no<br />

Brasil, onde boa parte da população carece de serviços e<br />

confortos da vida contemporânea que são provenientes do<br />

acesso à eletricidade. São diversos os fatores que geraram<br />

e mantêm essa situação, tais como: restrições econômicas<br />

e ambientais, residências com baixo consumo, população<br />

dispersa e inexistência de atividade econômica que demande<br />

energia, entre outros. São aspectos que dificultam a realização<br />

de investimentos na construção e/ou expansão de<br />

sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia<br />

elétrica, principalmente nas regiões mais pobres e distantes<br />

dos centros urbanos, como é o caso de muitas comunidades<br />

do Brasil, um país com dimensões continentais.<br />

Nesse aspecto, destaca-se o caso do Maranhão, um estado<br />

grande e com diversas comunidades habitando ilhas isoladas<br />

de seu extenso litoral.<br />

O Programa Luz para Todos do Governo Federal tem como<br />

meta que todos os consumidores, residenciais ou não, tenham<br />

acesso à energia e sejam atendidas até determinado<br />

prazo. Em outras palavras, isso significa que todas as concessionárias<br />

em operação no Brasil devem abastecer eletricamente<br />

a totalidade (ou 100%) das residências que não<br />

disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não importando<br />

mais se esses consumidores estão dispersos ou<br />

se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões,<br />

que, para ser atendido, demanda soluções clássicas, mas<br />

também soluções inovadoras.<br />

Este trabalho se concentra na problemática de como atender<br />

às comunidades que residem nas numerosas ilhas do<br />

litoral brasileiro, e mais especificamente, no litoral do Maranhão.<br />

Com esse objetivo, o Instituto de Energia Elétrica da<br />

Sumário<br />

195 / 415


UFMA, através do seu Núcleo de Energia Alternativa, desenvolveu,<br />

instalou e vem mantendo em operação desde<br />

julho de 2008 um sistema piloto inovador para atender a<br />

esses tipos de comunidades. Os recursos para implantação<br />

do sistema foram disponibilizados pelo Ministério de Minas<br />

e Energia.<br />

O sistema de geração foi concebido de forma a apresentar<br />

as seguintes características relevantes:<br />

a) Transparência: Este aspecto constitui uma das principais<br />

contribuições inovadoras do Projeto. O fornecimento<br />

de energia elétrica tem sido feito transparentemente e com<br />

continuidade para o usuário do sistema, sem que ele perceba<br />

de qual fonte está recebendo a energia.<br />

b) Confiabilidade: a tecnologia aplicada no Projeto tem se<br />

apresentado segura e robusta, com alternativas automáticas<br />

que têm evitado o não atendimento da comunidade,<br />

ainda em condições de falha parcial do sistema de geração.<br />

c) Respeito ao meio ambiente: A geração de energia elétrica<br />

tem sido feita atendendo a critérios de preservação e<br />

respeito ao meio ambiente.<br />

d) Integração da comunidade: O projeto foi implantado<br />

tendo a comunidade como um parceiro do empreendimento,<br />

articulando para que a mesma percebesse a importância<br />

do projeto, interessando-se, assim, pela sua sustentabilidade<br />

e continuidade.<br />

descrição do Sistema<br />

A topologia/configuração do sistema de geração foi definida<br />

considerando os aspectos em termos das necessidades<br />

da comunidade, assim como das potencialidades energéticas<br />

do local, tendo sido verificado o seguinte:<br />

- O potencial de energia solar na Ilha dos Lençóis é elevado,<br />

em função da mesma estar situada próxima da linha do<br />

Equador;<br />

- A documentação técnica relativa às velocidades de vento<br />

para a região apontou que a ilha tem potencial energético<br />

Sumário<br />

196 / 415


adequado para esse tipo de geração, registrando-se ventos<br />

médios anuais da ordem de 7 a 8 m/s;<br />

- A Ilha se encontra em uma reserva extrativista, controlada<br />

pelo ICMBIO (RESEX de Cururupu-Ma), portanto,<br />

a utilização de fontes energéticas renováveis para atendimento<br />

da sua comunidade é altamente desejável.<br />

Com estas constatações e com o estudo de demanda da<br />

Ilha, foi desenvolvida uma solução híbrida de geração, usando<br />

como fontes primárias o sol e o vento. Fisicamente, o<br />

sistema de geração é formado pelos seguintes subsistemas,<br />

conforme mostrado no diagrama de blocos da Figura 1:<br />

Figura 1. Diagrama de Blocos do Sistema.<br />

• Um subsistema de geração eólica, composto por três turbinas<br />

de 7.5kW cada;<br />

Sumário<br />

197 / 415


• Um subsistema de geração solar, formado por 162 módulos<br />

fotovoltaicos de 130Wp cada, o que totaliza uma<br />

potência de pico instalada de 21kW;<br />

• Um subsistema de armazenamento de energia, formado<br />

por 120 baterias de 220Ah;<br />

• Um subsistema de inversão de tensão, formado por 2 inversores<br />

de 20kVA, que operam em paralelo e tem a função<br />

de adequar a energia gerada a partir do sol e do vento,<br />

de tal forma que ela possa ser consumida pela comunidade<br />

no padrão de tensão comercial de 220V e frequência<br />

de 60Hz;<br />

• Um sistema de backup composto por um gerador a diesel<br />

de 53kVA, que tem a função de suprir os consumidores<br />

no caso de períodos prolongados de falta de vento e ou de<br />

sol ou ainda no caso de defeito ou necessidade de manutenção<br />

do sistema de geração a partir das fontes renováveis.<br />

A figura 2 apresenta uma vista geral da Ilha dos Lençóis,<br />

com um relevo predominantemente de dunas. A ilha é habitada<br />

basicamente por pescadores, com uma população em<br />

torno de 400 pessoas (aproximadamente 90 residências).<br />

Figura 2. Vista panorâmica da Ilha de Lençóis.<br />

Sumário<br />

198 / 415<br />

Divulgação


Figura 3. Casa de controle do sistema de geração.<br />

Figura 4. Vista do painel fotovoltaico de 21kWp.<br />

Figura 5. Subsistema de geração eólica.<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

A Figura 3 mostra<br />

a casa de controle<br />

que foi construída<br />

para o sistema de geração.<br />

Sobre a cobertura<br />

dessa casa está<br />

instalado o painel fotovoltaico<br />

de 21kWp,<br />

conforme mostrado<br />

na Figura 4.<br />

A figura 5 mostra<br />

as três turbinas eólicas,<br />

de 7.5kW (modelo<br />

Bergey Excel R<br />

7.5 kW). Essas turbinas<br />

têm rotor com<br />

diâmetro de 7 metros<br />

e estão instaladas em<br />

torre de aço galvanizado<br />

de 30 metros de<br />

altura.<br />

Resultados e<br />

discussão<br />

O sistema híbrido<br />

de geração elétrica da<br />

Ilha de Lençóis está<br />

em operação desde<br />

julho de 2008. Nesse<br />

período o sistema<br />

tem sido capaz de<br />

suprir a comunidade<br />

com energia elétrica<br />

24 horas por dia, inclusive<br />

com iluminação<br />

pública. A Figura<br />

199 / 415


Figura 6. Uso da energia por típica família da Ilha.<br />

Sumário<br />

6, por exemplo, mostra<br />

uma típica família<br />

da Ilha de Lençóis usufruindo<br />

dos benefícios<br />

do projeto, através da<br />

iluminação elétrica e do<br />

entretenimento a partir<br />

do uso da televisão. Já<br />

a Figura 7 mostra detalhes<br />

do sistema de iluminação<br />

das vias públicas<br />

que foi instalado<br />

na ilha. Trata-se de um<br />

sistema eficiente, com<br />

lâmpadas de baixa potência, porém capaz de atender plenamente<br />

às necessidades da comunidade.<br />

A chegada da energia elétrica à Ilha de Lençóis, com a<br />

implantação do sistema híbrido de<br />

geração pelo IEE-UFMA, representou<br />

um vetor para uma considerá-<br />

Figura 7. Sistema de Iluminação das vias públicas.<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

vel melhoria na qualidade de vida<br />

dos seus habitantes. O acesso à<br />

informação e ao lazer, através da<br />

chegada da televisão, juntamente<br />

com a possibilidade de melhor<br />

conservação dos alimentos, através<br />

do uso da geladeira ou freezers,<br />

são exemplos óbvios do incremento<br />

positivo que teve a qualidade de<br />

vida das pessoas.<br />

No plano educacional, a escola<br />

municipal existente pôde funcionar<br />

em três turnos, com destaque<br />

para a oferta de cursos noturnos<br />

de alfabetização de adultos, o que<br />

era inviável antes da chegada da<br />

energia.Outro ponto a destacar<br />

foi a melhoria do atendimento no<br />

200 / 415


posto de saúde local, tendo em vista a possibilidade de conservação<br />

de medicamentos e vacinas, bem como a esterilização<br />

de ferramentas e equipamentos para pequenos procedimentos<br />

médicos.<br />

A atividade turística da Ilha tem sido significadamente<br />

incrementada, com o surgimento de várias pousadas criadas<br />

por moradores locais, tornando atrativa e confortável a<br />

estadia dos turistas que têm visitado a Ilha.<br />

Em termos científicos e tecnológicos, o desenvolvimento<br />

do projeto resultou em considerável expertise da equipe do<br />

IEE-UFMA na área de geração de energia elétrica a partir<br />

de fontes renováveis, notadamente as fontes solar e eólica.<br />

Importantes parcerias foram feitas entre a UFMA e empresas<br />

privadas, face ao caráter emblemático do projeto. Em<br />

especial, vale destacar a parceria formada entre a UFMA e<br />

a CP ELETRÔNICA (ver www.cp.com.br), a qual foi primordial<br />

para o desenvolvimento, com tecnologia 100% brasileira,<br />

dos inversores de tensão que estão sendo utilizados no<br />

sistema elétrico da Ilha de Lençóis.<br />

Conclusões<br />

As tecnologias fotovoltaica e eólica têm sido eficazes no<br />

abastecimento de comunidades isoladas. São soluções que<br />

vêm se mostrando robustas e adequadas para áreas de difícil<br />

acesso, dispersas, com restrições ambientais ou com<br />

baixo poder aquisitivo. O Estado do Maranhão, em particular,<br />

apresenta um elevado número de ilhas e comunidades<br />

isoladas. São regiões onde a velocidade do vento é significativa<br />

durante vários meses do ano e onde é grande a disponibilidade<br />

de radiação solar.<br />

Em atenção a estes antecedentes, o IEE-UFMA, através<br />

do Núcleo de Energias Alternativas, desenvolveu este projeto<br />

piloto inovador para levar energia elétrica para as ilhas<br />

da região, de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentado<br />

e estável dessas comunidades. A área piloto escolhida<br />

foi a Ilha de Lençóis, onde foi feita a instalação de<br />

Sumário<br />

201 / 415


três turbinas eólicas juntamente com um sistema fotovoltaico<br />

de geração, de forma que toda a demanda pudesse ser<br />

atendida com energia limpa e de qualidade, sem agredir a<br />

natureza.<br />

O desenvolvimento do Projeto foi guiado por uma série<br />

de premissas, todas orientadas para a realização de um<br />

empreendimento que atendesse a todos os critérios de<br />

qualidade de serviço, confiabilidade, redução de custos,<br />

sustentabilidade. Este Projeto é uma amostra real de que é<br />

possível aproximar a Universidade dos setores mais carentes<br />

da sociedade, atendendo sua necessidade de realização<br />

de pesquisa aplicada e ao mesmo tempo solucionando problemas<br />

cruciais dessas comunidades carentes, como, por<br />

exemplo, acesso a energia elétrica.<br />

O projeto foi financiado pelo MME, no âmbito do Programa<br />

Luz para Todos do Governo Federal, como um modelo<br />

a ser replicado nas demais ilhas existentes na região.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem o apoio do MME e da UFMA.<br />

João Victor M. Caracas<br />

Mestrando de Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

José Gomes de Matos<br />

Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Luis Antonio de Souza Ribeiro<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e Professor da<br />

Universidade Federal do Maranhão.<br />

Osvaldo R. Saavedra<br />

Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas e Secretário<br />

Adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.<br />

Shigeaki L. Lima<br />

Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

202 / 415


levANTAMeNTO DA flORA<br />

ApíCOlA eM SÃO JOSÉ De<br />

RIbAMAR-MA<br />

O<br />

conhecimento da flora<br />

apícola (nectarífera e polinífera)<br />

é um passo importante<br />

para a exploração racional<br />

e para programas de conservação<br />

de abelhas, facilitando as<br />

operações de manejo, como, também,<br />

possibilitando a identificação,<br />

preservação e multiplicação<br />

das espécies vegetais mais importantes<br />

(WIESE, 1995). Para a<br />

criação racional de abelhas, as<br />

informações sobre as floradas<br />

podem determinar a capacidade<br />

de sustentação das colônias<br />

num dado ambiente. Além disso,<br />

possibilitam o planejamento das<br />

atividades por meio do calendário<br />

apícola, onde é identificado o<br />

período de extração do mel, da<br />

alimentação artificial, da multiplicação<br />

das colônias, de instalação<br />

de caixas-isca, bem como<br />

da migração das colônias. (MO-<br />

REIRA, 1991).<br />

Sumário<br />

Eleuza Gomes Tenório<br />

Francisco V. de Paula Lima Filho<br />

Sabe-se que a maior parte do<br />

néctar aproveitado na apicultura<br />

brasileira provém de plantas<br />

nativas, não cultivadas. O conhecimento<br />

detalhado da época<br />

de floração das plantas visitadas<br />

auxilia na determinação das espécies<br />

vegetais que contribuem<br />

para formação do mel produzido.<br />

No Maranhão, tanto a apicultura<br />

quanto a meliponicultura têm se<br />

tornado uma atividade econômica<br />

alternativa para os agricultores.<br />

Por outro lado, o incremento<br />

dessas atividades também<br />

contribui para a manutenção<br />

de áreas com vegetação natural,<br />

que são importantes na preservação<br />

de reservas. Entretanto,<br />

essas atividades ressentem-se<br />

de trabalhos de cunho extensivo<br />

sobre as plantas nectaríferas<br />

e poliníferas, como dados sobre<br />

espécies, variedades, épocas de<br />

florescimento, concentração dos<br />

203 / 415


açúcares do néctar, métodos de<br />

propagação do vegetal, etc.<br />

A identificação dos grãos de pólen<br />

tem sido utilizada para a determinação<br />

geográfica e botânica<br />

do mel, indicando o tipo floral do<br />

mel produzido. Todas essas informações<br />

refletem diretamente<br />

sobre os aspectos relacionados à<br />

comercialização desse produto.<br />

Assim, este trabalho visa identificar<br />

as plantas que poderão<br />

compor o pasto apícola utilizado<br />

tanto por abelhas africanizadas<br />

Apis mellifera quanto por abelhas<br />

indígenas sem ferrão, como,<br />

por exemplo, a Melipona fasciculata<br />

(tiúba), na região de São<br />

José de Ribamar–MA.<br />

material e métodos<br />

Área do estudo<br />

O estudo foi realizado numa<br />

propriedade particular da zona<br />

rural de São José de Ribamar,<br />

localidade Quinta, situada na<br />

extremidade leste da ilha de São<br />

Luís (02° 34’ 07’’S, 44° 08’ 12’’W),<br />

a 31 quilômetros da capital do<br />

estado. O município apresenta<br />

solo do tipo Latosso Amarelo<br />

e vegetação caracterizada pela<br />

presença de mata ciliar, manguezais,<br />

mosaico de pastagens e<br />

de agricultura familiar, florestas<br />

Sumário<br />

abertas e vegetação degradada<br />

com capoeiras e babaçuais (NU-<br />

GEO–UEMA).<br />

O clima é tropical mesotérmico<br />

e úmido, com duas estações bem<br />

definidas. A chuvosa, de janeiro<br />

a junho, concentra, em média,<br />

94% do total anual das chuvas;<br />

a estação seca, de junho a dezembro,<br />

concentra apenas 6%.<br />

O total pluviométrico médio é de<br />

1.900 milímetros anuais. As temperaturas<br />

são elevadas durante<br />

o ano todo (média de 26ºC), com<br />

variação anual pequena, principalmente<br />

nos meses de abril,<br />

maio e junho (RIOS, 2001).<br />

Coleta do material botânico<br />

Para o reconhecimento da florada<br />

presente na área, as Angiospermas<br />

encontradas floridas<br />

foram coletadas mensalmente<br />

durante os anos de 2008, 2009<br />

e 2010.<br />

O material botânico coletado<br />

foi desidratado, identificado, catalogado<br />

e depositado no Herbário<br />

da Universidade Estadual do<br />

Maranhão–UEMA. O botão floral<br />

fechado de cada espécie vegetal<br />

também foi coletado para identificação<br />

e caracterização dos<br />

grãos de pólen de acordo com Erdtman<br />

(1960), utilizando o método<br />

da acetólise.<br />

Para identificação das famílias,<br />

204 / 415


tabela 1<br />

o sistema de classificação adotado<br />

foi o APG II (SOUZA & LO-<br />

RENZI, 2008). Os grãos de pólen<br />

observados no microscópio óptico<br />

(aumento 40x e 100x) foram<br />

fotografados e separados em tipos<br />

polínicos de acordo com sua<br />

morfologia. A identificação ocorreu<br />

por comparação com a palinoteca<br />

da flora inventariada da<br />

área e pela literatura especializada.<br />

Sumário<br />

Resultados e discussão<br />

Plantas identificadas na área do estudo<br />

FAmÍlIA<br />

AmARANthACEAE<br />

ANACARdIACEAE<br />

ARECACEAE<br />

AStERACEAE<br />

bIgNoNIACEAE<br />

NomE CIENtÍFI-<br />

Co<br />

NomE<br />

vulgAR<br />

As plantas identificadas na<br />

área de estudo representam 36<br />

famílias, 77 gêneros e 91 espécies<br />

discriminadas na Tabela 1.<br />

As famílias mais representativas<br />

foram Fabaceae (com destaque<br />

para as subfamílias mimosoideae<br />

e Caesalpinioideae) e,<br />

malvaceae, seguidas de Asteraceae,<br />

Arecaceae, myrtaceae e<br />

Solanaceae (Figura 1).<br />

poRtE<br />

Alternanthera tenella Apaga-fogo Herbáceo<br />

Alternanthera brasiliana Carrapichinho Herbáceo<br />

Gomphrena sp. -<br />

Anacardium occidentales Caju Arbóreo<br />

Mangifera indica Manga Arbóreo<br />

Tapira guianensis Pau pombo Arbóreo<br />

Cocos nucifera Coco d’água Arbóreo<br />

Euterpe oleraceae Juçara Arbóreo<br />

Mauritia flexuosa Buriti Arbóreo<br />

Orbignya phalerata Babaçu Arbóreo<br />

Emilia coccinea Pincel Herbáceo<br />

Elephantopus mollis Lingua-de-vaca Herbáceo<br />

Wulffia baccata Camará Herbáceo<br />

Tabebuia sp. Ipê amarelo<br />

Tecoma stans<br />

Ipezinho-de-<br />

-jardim<br />

bIXACEAE Bixa orellana Urucum<br />

CARYoCARACEAE Cariocar brasiliense Pequi<br />

CommElIACEAE Commelina benghalensis Trapoeraba<br />

mESES dE FloRAção<br />

J F m A m J J A S o N d<br />

205 / 415


FAmÍlIA<br />

CoNvolvulACEAE<br />

CuCuRbItACEAE<br />

EuphoRbIACEAE<br />

FAbACEAE: Caesalpinioideae<br />

FAbACEAE: Faboideae<br />

FAbACEAE: mimosoideae<br />

NomE CIENtÍFI-<br />

Co<br />

Ipomea sp.<br />

NomE<br />

vulgAR<br />

Jitirana vermelha<br />

Ipomea tribola Corda de viola<br />

Ipomoca finbriosepala Jitirana<br />

Merremia umbellata<br />

Jitirana amarela<br />

*Citrullus lanatus Melancia<br />

*Cucurbita pepo Abóbora<br />

Momordica chantaria<br />

Melão de São<br />

Caetano<br />

Cnidoscolus urens Cansanção<br />

Croton lobatus -<br />

Sumário<br />

poRtE<br />

Caesalpinia sp. Pau-brasil Arbóreo<br />

Cassia fistula Chuva de ouro Arbóreo<br />

Cassia sp. Cássia Arbóreo<br />

Delonix regia Flamboyant Arbóreo<br />

Senna obtusifolia Fedegoso Herbáceo<br />

Senna occidentalis Fedegoso Herbáceo<br />

Arachis pintoi<br />

Amendoim forrageiro<br />

Herbáceo<br />

Crotalaria spectabilis Chocalho Herbáceo<br />

Centrosema sp. - Herbáceo<br />

Centrosema brasilianum - Herbáceo<br />

Acacia polyphylla - Arbóreo<br />

Inga edulis Ingá Arbóreo<br />

Leucaena leucocephala Leucena Arbóreo<br />

Mimosa caesalpiniifolia Sabiá Arbóreo<br />

Mimosa invisa Mimosa Herbáceo<br />

FAbACEAE: mimosoi- Mimosa pudica Sensitiva Herbáceo<br />

deae<br />

Mimosa sp. - -<br />

Mimosa sp.<br />

Espinheiro preto<br />

Arbóreo<br />

hYdRolEACEAE Hydrolea spinosa Amoroso Herbáceo<br />

hYpERICACEAE Vismia guianensis Lacre<br />

lAmIACEAE<br />

Hyptis suaveolens Bamburral Herbáceo<br />

Ocimum campechianum Alfavaca Herbáceo<br />

Hyptis atrorubens Mentinha Herbáceo<br />

lAuRACEAE Persea americana Abacate Arbóreo<br />

Arvoreta<br />

lYthRACEAE Punica granatum Romã ou Arbusto<br />

mAlpIghIACEAE Byrsonima crassifolia Murici Arvoreta<br />

Malpighia emarginata Acerola Arvoreta<br />

mESES dE FloRAção<br />

J F m A m J J A S o N d<br />

206 / 415


FAmÍlIA<br />

mAlvACEAE<br />

NomE CIENtÍFI-<br />

Co<br />

NomE<br />

vulgAR<br />

*Abelmoschus esculentos Quiabo<br />

*Gossypium sp. Algodão<br />

*Hibiscus acetosela Vinagreira roxa<br />

*Hibiscus sabdariffa Vinagreira<br />

*Hibiscus sp.<br />

Vinagreira<br />

branca<br />

Hibiscus rosa-sinensis Hibisco<br />

Sumário<br />

poRtE<br />

Luchea sp. Açoita-cavalo Arbóreo<br />

Sida acuta Relógio Herbáceo<br />

Sida cordifolia Malva-branca Herbáceo<br />

Sida sp. - Herbáceo<br />

Triumfetta rhomboidea Carrapichão Herbáceo<br />

Pavonia cancellata Malva-rasteira Herbáceo<br />

mElAStomAtA-<br />

CEAE<br />

Tipo Melastomataceae - -<br />

moRACEAE Artocarpus heterophyllus Jaca Arbóreo<br />

moRINgACEAE Moringa oleifera Moringa Arbóreo<br />

mYRtACEAE<br />

Eucalyptus sp. Eucalipto Arbóreo<br />

Eugenia sp. - -<br />

Syzygium malaccense Jambo Arbóreo<br />

Psidium guajava Goiaba Arvoreta<br />

NYCtAgINACEAE Bougainvillea glabra Primavera Arbustivo<br />

oChNACEAE Ouratea sp. - Arbusto<br />

poACEAE<br />

*Pennisetum purpureum Capim-elefante Herbáceo<br />

*Zea mays Milho Herbáceo<br />

poNtEdERIACEAE Eichhornia crassipes Aguapé Herbáceo<br />

poRtulACACEAE Talinum triangulare João Gomes Herbáceo<br />

RubIACEAE<br />

Ixora sp. Alfinete Herbáceo<br />

Morinda citrifoli Noni Arbóreo<br />

Spermacoce capitata Vassourinha Herbáceo<br />

Spermacoce verticillata<br />

Vassourinha-<br />

-de-botão<br />

Herbáceo<br />

SApINdACEAE Sapindus saponaria Sabonete Arbóreo<br />

SApotACEAE Manilkara zapota Sapoti Arbóreo<br />

SolANACEAE<br />

*Capsicum sp. Pimenta Herbáceo<br />

Nicandra physalodes Juá-de-capote Herbáceo<br />

*Solanum lycopersicum Tomate Arbustivo<br />

Solanum sp. - Arbustivo<br />

tuRNERACEAE Turnera subulata Chanana Herbáceo<br />

vERbENACEAE Lantana camara Chumbinho<br />

mESES dE FloRAção<br />

J F m A m J J A S o N d<br />

207 / 415


principais Famílias encontradas na área de estudo<br />

Figura 1<br />

As subfamílias de Fabaceae -<br />

Caesalpinioideae, Faboideae e<br />

Mimosoideae - têm sido reportadas<br />

como de grande importância<br />

no fornecimento de pólen<br />

para as abelhas em algumas regiões<br />

do Maranhão (REIS-NE-<br />

TO, 2003). Em um levantamento<br />

apibotânico realizado no município<br />

de Itapecuru-Mirim, foram<br />

identificados 18 diferentes tipos<br />

polínicos nas amostras de pólen<br />

coletadas, distribuídos em 10 famílias<br />

botânicas, tendo como as<br />

subfamílias mais importantes<br />

Sumário<br />

Mimosoideae e Caesalpinioideae<br />

(BRITO & MUNIZ, 2007).<br />

Diversos autores (KERR et<br />

al., 1986/87; RAMALHO et al.,<br />

1990; MARQUES-SOUZA et al.,<br />

2007) constataram a importância<br />

de espécies da subfamília<br />

Caesalpinioideae na dieta de várias<br />

espécies de meliponíneos e<br />

de A. mellifera, com uma maior<br />

frequência de coleta para as<br />

abelhas sem ferrão. Essa família<br />

apresenta muitas espécies vegetais<br />

– as cássias, por exemplo<br />

(MARQUES-SOUZA, 1996). Além<br />

208 / 415


do gênero Cassia, outras famílias<br />

botânicas, tais como Myrtaceae,<br />

Mimosaceae, Melastomataceae<br />

e Arecaceae possuem<br />

anteras poricidas, apresentando<br />

pólen abundante e pulverulento<br />

(RAMALHO et al., 2007).<br />

De acordo com Nunes-Silva et<br />

al. (2010), anteras do tipo poricida<br />

apresentam mecanismos de<br />

liberação de pólen que restringem<br />

a retirada de todos os grãos<br />

em uma única visita, fazendo<br />

com que seja liberada somente<br />

uma pequena porcentagem. Esse<br />

mecanismo garante a visita de<br />

vários polinizadores, promovendo<br />

maior sucesso na dispersão<br />

do pólen. Neste caso, as abelhas<br />

usam sua musculatura torácica<br />

para vibrar as anteras e liberar os<br />

grãos de pólen, processo conhecido<br />

por polinização por vibração<br />

ou “buzz pollination” (NUNES-<br />

-SILVA et al., 2010). Como as<br />

abelhas A. mellifera não vibram<br />

as anteras, elas têm dificuldades<br />

na coleta de pólen dessas espécies,<br />

ao contrário das espécies<br />

de Melipona, que utilizam o método<br />

de vibração em suas coletas<br />

(MARQUES-SOUZA, 1996).<br />

As espécies da subfamília Mimosoideae,<br />

além de abrangerem<br />

plantas essencialmente nectaríferas,<br />

que produzem muito néc-<br />

Sumário<br />

tar, são constituídas ainda de<br />

plantas poliníferas, aquelas que<br />

produzem muito pólen e relativamente<br />

pouco néctar, sendo<br />

super-representadas nos espectros<br />

polínicos, que servem de<br />

fontes para as abelhas eussociais<br />

(KERR et al.,1986/1987;<br />

BARTH, 1989; RAMALHO et al.,<br />

1990).<br />

Carvalho et al.(2001, 2006)<br />

afirmaram que espécies do gênero<br />

Mimosa florescem ao longo de<br />

todo o ano. Tal fato torna esse gênero<br />

importante fonte de recurso<br />

para as abelhas, principalmente<br />

no período de escassez de outras<br />

plantas. A potencialidade apícola<br />

do gênero Mimosa é bastante<br />

representativa na região.<br />

A família Malvaceae apresentou<br />

maior número de espécies<br />

de plantas encontradas na área<br />

(Tabela 1), algumas cultivadas.<br />

A família Arecaceae foi muito<br />

bem representada por Orbignya<br />

phalerata (babaçu), Euterpe<br />

oleracea (juçara) e Mauritia flexuosa<br />

(buriti). Venturieri et al.<br />

(2005) destacaram os meliponíneos<br />

como os principais responsáveis<br />

pela manutenção dessas<br />

palmeiras. Consideram-se ainda<br />

como os melhores insetos para<br />

a polinização em cultivos comerciais<br />

de açaizeiro, com vistas ao<br />

209 / 415


aumento da produção de frutos,<br />

corroborando a importância<br />

desse grupo de abelhas na manutenção<br />

de cultivos agrícolas<br />

(WIESE, 1995).<br />

As palmeiras são muito requisitadas<br />

pelas abelhas para coleta<br />

de recursos devido à abundância<br />

de pólen em suas inflorescências<br />

e pela duração do seu florescimento,<br />

além de ser de fácil acesso<br />

(OLIVEIRA et al., 2009). Em<br />

estudos realizados na região da<br />

baixada maranhense, Martins<br />

(2008) comprovou a relevância<br />

do pólen de babaçu para M. fasciculata<br />

nos meses de setembro<br />

a fevereiro. Ramalho et al. (1990)<br />

também destaca a família Arecaceae<br />

como importante fonte de<br />

recursos para os Trigonini e espécies<br />

do gênero Melipona.<br />

Luz (2007), ao estudar os recursos<br />

tróficos de A. mellifera,<br />

mostrou a importância das palmeiras<br />

para a alimentação dessas<br />

abelhas, sendo bastante representada<br />

nos meses de maio e<br />

junho. Alguns autores observaram<br />

ainda que as palmeiras são<br />

importantes fontes de pólen para<br />

outras abelhas, como Pebleia<br />

sp. e também para os Trigonini<br />

(CARVALHO et al., 1999).<br />

Outros autores (ABSY et al.,<br />

1984; KERR, 1996), em traba-<br />

Sumário<br />

lhos com M. fasciculata, a palmeira<br />

O. phalerata foi o tipo polínico<br />

mais representativo em<br />

todas as coletas.<br />

De acordo com Silva et al<br />

(2004), Solanum L. é um dos<br />

mais importantes gêneros da família<br />

Solanaceae, que tem ampla<br />

distribuição, principalmente nas<br />

áreas tropicais e subtropicais da<br />

América do Sul e constitui fonte<br />

potencial de pólen para diferentes<br />

espécies de abelhas com<br />

e sem ferrão.<br />

Um tipo polínico da família<br />

Melastomataceae foi identificado<br />

pela Drª Maria Lúcia Absy<br />

(INPA). As espécies dessa família<br />

são normalmente citadas como<br />

espécies que produzem pólen e<br />

néctar (MARQUES-SOUZA et al.,<br />

2007). Entretanto, há divergências<br />

quanto ao recurso oferecido<br />

pelas espécies de Melastomataceae.<br />

Plantas dessa família são<br />

fontes de pólen (FARIA-MUCCI<br />

et al., 2003; FRACASSO & SA-<br />

ZIMA, 2004) e, segundo Souza e<br />

Lorenzi (2008), não apresentam<br />

disco nectarífero.<br />

A família Myrtaceae tem grande<br />

importância apícola no Brasil,<br />

estando presente em quase<br />

todos os estudos que envolvem<br />

a determinação de espécies vegetais<br />

de interesse para abelhas<br />

210 / 415


(GRESSLER et al., 2006; MAR-<br />

QUES-SOUZA et al., 2007). Na<br />

área do estudo, foram encontradas<br />

as espécie Eucalyptus sp.,<br />

Eugenia sp. Syzygium malaccense<br />

(jambo) e Psidium guajava<br />

(goiaba)<br />

A espécie Spermacoce capitata<br />

(vassourinha), da família Rubiaceae,<br />

é uma planta daninha<br />

(SOUZA & LORENZI, 2008), que<br />

floresce o ano todo e é reconhecidamente<br />

importante para produção<br />

de mel, fato comprovado<br />

pela presença de grãos de pólen<br />

em alta concentração no espectro<br />

polínico de amostras de abelhas<br />

A. mellifera (BRITO & MU-<br />

NIZ, 2007).<br />

Abaixo, seguem alguns trabalhos<br />

em que foram identificadas<br />

as principais espécies visitadas<br />

pelas abelhas africanizadas e pelas<br />

abelhas tiúba no Estado do<br />

Maranhão.<br />

Segundo os levantamentos de<br />

Reis-Neto (2003) em Paço do Lumiar,<br />

as espécies de maior frequência<br />

encontradas no espectro<br />

polínico do mel de A. mellifera foram<br />

das famílias Fabaceae: Faboideade<br />

e Lameaceae. Em São<br />

Luís, na Vila Embratel, Arecaceae<br />

(Orbygnia sp. e Mauritia sp.),<br />

além de Passifloraceae, foram as<br />

mais importantes. Já no campus<br />

Sumário<br />

da UEMA e na FESL (Fazenda<br />

Escola de São Luís), as famílias<br />

Lamiaceae (Hyptis sp.), Rubiaceae<br />

(Spermacoce sp.) e Fabaceae:<br />

Mimosoideae (Mimosa sp.) foram<br />

as mais representativas.<br />

Brito & Muniz (2007) identificaram<br />

no espectro polínico do<br />

mel de A. mellfera no município<br />

de Itapecuru-Mirim. Observaram<br />

os gêneros Cassia sp, Acacia<br />

polyphylla, Mimosa pudica, Eugenia<br />

biflora, Spermacoce verticillata<br />

e Turnera ulmifolia como<br />

importantes recursos para essa<br />

espécie de abelha.<br />

Segundo os trabalhos de Martins<br />

(2008) realizados no município<br />

de Palmeirândia, verificou-se<br />

que as famílias mais visitadas<br />

por M. fasciculata para obtenção<br />

de pólen foram: Fabaceae<br />

(26%), Arecaceae (13,30%), Anacardiaceae<br />

(9%), Bixaceae (8%) e<br />

Lecythidaceae (7%). As espécies<br />

em destaque foram Senna alata<br />

(14%), Orbgnya phalerata (13%),<br />

Astronium sp. (6%), Gustavia augusta<br />

(6%), Pontederia parviflora<br />

(5%) Solanum juripeba (5%), que<br />

foram responsáveis por 49,18%<br />

de todo carregamento polínico<br />

dessa espécie de abelha.<br />

De acordo com os dados obtidos<br />

por Costa (2009), que analisou<br />

o espectro polínico do mel de A.<br />

211 / 415


tabela 2<br />

mellifera do município de Anajatuba,<br />

foram encontrados 39 tipos<br />

polínicos distribuídos em 15 famílias.<br />

Fabaceae, Arecaceae e<br />

Myrtaceae foram as de maior destaque,<br />

caracterizando as amos-<br />

Sumário<br />

tras de mel como heteroflorais.<br />

Carvalho et al. (2009) analisaram<br />

o espectro polínico e o<br />

carregamento de pólen de M.<br />

fasciculata no município de Anajatuba,<br />

onde verificaram que es-<br />

Aspecto geral e detalhes da flor e do grão de pólen<br />

das plantas importantes para apicultura e para a meliponicultura.<br />

ESpÉCIE ASpECto gERAl FloR pólEN<br />

F. Arecaceae - Orbignya<br />

phalerata<br />

(babaçu)<br />

F. Arecaceae Euterpe oleraceae<br />

(juçara)<br />

F. Convolvulaceae - Ipomoca<br />

finbriosepala<br />

(jitirana)<br />

F. Lamiaceae - Hyptis suaveolens<br />

(bamburral)<br />

212 / 415


F. Lamiaceae - Hyptis atrorubens<br />

(hortelanzinho)<br />

F. Fabaceae: Mimosoidea<br />

– Mimosa caesalpiniifolia<br />

(sabiá)<br />

F. Fabaceae: Mimosoidea –<br />

Mimosa sp. (espinheiro preto)<br />

F. Fabaceae: Mimosoidea -<br />

Mimosa pudica (mimosa)<br />

F. Malvaceae Sida acuta (relógio)<br />

F. Myrtaceae Eucalyptus sp.<br />

(eucalipto)<br />

F. Rubiaceae - Spermacoce<br />

capitata<br />

(vassourinha)<br />

ESpÉCIE ASpECto gERAl FloR pólEN<br />

F. Solanaceae - Solanum sp<br />

Sumário<br />

213 / 415


sas abelhas visitaram 98 tipos<br />

polínicos. Os mais frequentes<br />

foram Mouriri sp. (16,81%), O.<br />

pharelata (16,8%), T 64 (8,8%),<br />

Solanum juripeba (7,88%), Solanum<br />

sp. (7,26%), Spermacoce<br />

sp. (5,31%), T60 (3,66%), M. caesalpiniifolia<br />

(3,33%) e Syzygium<br />

cumini (3,27%).<br />

Barbosa (2010), que avaliou os<br />

tipos de grãos de pólen presentes<br />

nos potes da colônia, bem como<br />

o espectro polínico do mel de M.<br />

fasciculata mês a mês nos municípios<br />

de Matinha e São João<br />

Batista, destacou as espécies M.<br />

pudica, M. caesalpiniifolia, Solanum<br />

sp., O. phalerata, Bauhinia<br />

sp., Centrosema sp. e Protium<br />

sp como importantes fontes de<br />

pólen. Já o mel foi caracterizado<br />

como monofloral de Protium sp.<br />

(em junho), de M. pudica e de M.<br />

caesalpiniifolia (outubro e fevereiro).<br />

Algumas das espécies importantes<br />

para produção de mel no<br />

estado do Maranhão foram en-<br />

Referências<br />

Sumário<br />

contradas na área de estudo,<br />

conforme a Tabela 2, que apresenta<br />

o aspecto geral da planta<br />

e detalhes da flor e do grão de<br />

pólen.<br />

Conclusão<br />

A vegetação variada encontrada<br />

na comunidade Quinta, município<br />

de São José de Ribamar,<br />

mostra um grande potencial tanto<br />

para a apicultura quanto para<br />

a meliponicultura.<br />

Agradecimentos<br />

Ao Prof. Helder Luís Chaves<br />

Dias, do Departamento de Zootecnia<br />

da UEMA, pela área do<br />

estudo e auxílio na identificação<br />

das plantas. À Profª Ana Maria<br />

Maciel Leite, do Herbário da<br />

UEMA, pelo auxílio na herborização<br />

e identificação das plantas.<br />

À Drª Maria Lúcia Absy, do<br />

INPA, pela técnica de montagem<br />

das lâminas e pelo auxílio na<br />

identificação polínica. Ao BNB,<br />

pelo apoio financeiro.<br />

Absy, M.,L.; Camargo, J. M. F.; Kerr, W.; Miranda,<br />

I. P. A. Espécies de plantas visitadas por Meliponinae<br />

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Nunes-Silva, P.; Hrncir, M.; Imperatriz-Fonseca, V. L. A polinização<br />

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151, 2010.<br />

Oliveira, F. P. M.; ABSY, M. L.; Miranda, I. S. Recurso polínico coletado<br />

por abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponinae) em um fragmento<br />

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Manaus, v. 39, n. 3, p. 505-518, 2009.<br />

Ramalho, M.; Kleinert-Giovannini, A.; Imperatriz-Fonseca, V. L. Important<br />

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Apidologie. v. 21, p. 469-488, 1990.<br />

Ramalho, M.; Silva, M. D; Carvalho, C. A. L. Dinâmica de uso de fontes<br />

de pólen pos Melipona scutellaris Latreille (Hymenoptera: Api-<br />

Sumário<br />

216 / 415


dae): Uma análise comparativa com Apis mellifera L. (Hymenoptera:<br />

Apidae) no Domínio Tropical Atlântico. Neotropical Entomology, v.<br />

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Bras, São Paulo, v.18 n.3 July/Sept. 2004. Disponível em: . Acesso em:<br />

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Wiese, H. Novo manual de apicultura. Guaíba: Agropecuária, 1995.<br />

292p.<br />

Eleuza G. Tenório<br />

Mestre em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa e Professora da Universidade<br />

Estadual do Maranhão<br />

Francisco Valdécio de Paula Lima Filho<br />

Estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Maranhão<br />

Sumário<br />

217 / 415


lAbORATÓRIO De<br />

geNÉTICA e<br />

bIOlOgIA<br />

MOleCulAR DO<br />

CeSC/ueMA<br />

peSquISA<br />

ICTIOfAuNA DO<br />

ITApeCuRu<br />

Sumário<br />

218 / 415<br />

Wagner Moreira


O Laboratório de<br />

Genética e Biologia<br />

Molecular (GEN-<br />

BIMOL) do Centro<br />

de Estudos Superiores<br />

de Caxias da<br />

UEMA está desenvolvendo<br />

pesquisas<br />

sobre a fauna de<br />

peixes (ictiofauna)<br />

do Rio Itapecuru.<br />

Os estudos buscam<br />

conhecer e<br />

propor um modelo<br />

de utilização sustentável<br />

dos recursos<br />

naturais da região.<br />

Funcionando há cerca de dois anos, o GEN-<br />

BIMOL é coordenado pelos professores-<br />

-doutores Claudene Barros e Elmary Fraga.<br />

O Laboratório desenvolve atividades ligadas à<br />

genética e à biologia molecular. Nele, professores<br />

e alunos realizam pesquisas básicas e avançadas<br />

que vão da extração de DNA a sequenciamento<br />

de genes.<br />

Alguns projetos realizados no laboratório também<br />

recebem a colaboração da Universidade Federal<br />

do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de<br />

Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu da<br />

Universidade de São Paulo (MZUSP) e Museu Paraense<br />

Emílio Goeldi (MPEG). Dentre os atuais<br />

estudos desenvolvidos por docentes e acadêmicos<br />

do GENBIMOL, alguns se referem à classificação<br />

genética de peixes. “Com o sequenciamento<br />

de DNA é possível mapear espécies de peixes<br />

e, a partir disso, detectar a variabilidade genética<br />

entre elas, para que possamos subsidiar programas<br />

de manejo e conservação”, explica o pesquisador<br />

Elmary.<br />

A caracterização genética de peixes de importância<br />

econômica da bacia do rio Itapecuru,<br />

como a pescada corvina (Plagioscion squamosissimus),<br />

o surubim (Pseudoplatystoma fasciatus),<br />

o curimatá (Prochilodus sp), constituem parte do<br />

grupo de espécies investigadas no Laboratório do<br />

CESC/UEMA.<br />

Os estudos básicos sobre a biologia da “ictiofauna”<br />

do rio Itapecuru visam a geração de modelos<br />

de funcionamento do ecossistema e ao subsídio<br />

de uma proposta de uso racional dos recursos<br />

naturais. De acordo com a proposta dos pesquisadores,<br />

a compreensão dos aspectos da dinâmica<br />

populacional é importante para o estabele-<br />

Sumário<br />

219 / 415


cimento de políticas de manejo e para o planejamento dos<br />

períodos de captura e defeso dos peixes. Esse procedimento<br />

ordenado e sistematizado irá possibilitar, conforme os professores,<br />

a integração com os setores produtivos da região.<br />

Além do estímulo às políticas de preservação, o estudo da<br />

genética dos recursos pesqueiros da bacia do rio Itapecuru<br />

favorece também a formação de recursos humanos, com o<br />

incremento das pesquisas acadêmicas e a consolidação do<br />

Curso de Ciências Biológicas da UEMA, em Caxias.<br />

Segundo estudantes deste laboratório, os trabalhos nele<br />

executados favorecem o conhecimento genético e estimulam<br />

a aproximação do aluno com a biotecnologia. “Com<br />

esse contato, percebe-se a relevância da genética no estudo<br />

da biodiversidade”.<br />

O professor Elmary afirma que a pesquisa sobre a fauna<br />

dos peixes da bacia do rio Itapecuru tem uma importância<br />

vital, já que a maioria das pessoas, daquela região, depende<br />

economicamente do rio. “Estudar a fauna de peixes é<br />

necessário porque, assim, saberemos dos problemas e estaremos<br />

mais preparados para fazer um monitoramento e<br />

sugerir soluções”, reitera.<br />

Claudene Barros<br />

Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará e Professora da<br />

Universidade Estadual do Maranhão em Caxias.<br />

Elmary Fraga<br />

Doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará e Professor da<br />

Universidade Estadual do Maranhão, em Caxias.<br />

Sumário<br />

220 / 415


Sumário<br />

221 / 415


Sumário<br />

222 / 415


Sumário<br />

223 / 415


leISHMANIOSe vISCeRAl<br />

CANINA: uMA DOeNçA que<br />

peRDuRA TRINTA ANOS NA<br />

IlHA De SÃO luíS<br />

No final da década de 90, verificou-se<br />

um aumento do número<br />

de casos, expansão geográfica<br />

e a urbanização da leishmaniose<br />

visceral no Brasil. As alterações<br />

climáticas, desmatamentos,<br />

migração para centros urbanos,<br />

saneamento básico precário e<br />

descontinuidade das ações de<br />

controle, são incriminados como<br />

fatores responsáveis pela endemicidade<br />

desta zoonose. O cão é<br />

considerado o principal reservatório<br />

epidemiológico da LV no ambiente<br />

doméstico, sendo que os<br />

casos caninos geralmente precedem<br />

os humanos. Por ser o distrito<br />

do Tirirical o maior notificador<br />

de casos caninos e humanos da<br />

LV, nos últimos vinte anos no mu-<br />

Ana Lúcia Abreu Silva<br />

Nádia Selene Guimarães Vendrusculo<br />

Sumário<br />

nicípio de São Luís-MA, realizou-<br />

-se um estudo com o objetivo de<br />

determinar a prevalência e distribuição<br />

espacial da LVC em localidades<br />

da zona urbana e rural do<br />

distrito, a fim de encontrar relação<br />

com as condições socioeconômicas,<br />

ambientais e a ocorrência<br />

do fenômeno El Niño. 270 cães,<br />

de seis localidades, foram avaliados<br />

utilizando a técnica molecular<br />

PCR, com aplicação de questionário<br />

aos proprietários para<br />

identificação de possíveis fatores<br />

de risco, assim como a realização<br />

do georreferenciamento das residências<br />

no momento da colheita.<br />

Verificou-se uma prevalência canina<br />

de 37,04% (n=100) no distrito,<br />

sendo a zona rural a que ob-<br />

224 / 415


teve maior prevalência (42,22%),<br />

porém sem diferença estatística.<br />

A análise univariada não associou<br />

nenhuma variável perguntada no<br />

questionário como fator de risco<br />

para LVC. Condições precárias de<br />

saneamento básico, a proximidade<br />

com o aterro municipal, aliadas<br />

à baixa renda dos moradores,<br />

à alta densidade populacional e<br />

à expansão urbana desordenada<br />

nas localidades estudadas são<br />

provavelmente algumas das causas<br />

responsáveis pelas altas taxas<br />

de prevalência nesse distrito. Observou-se<br />

que o efeito indireto do<br />

El Niño também contribuiu com<br />

uma maior prevalência da leishmaniose<br />

canina no município de<br />

São Luís, devido ao aumento da<br />

migração.<br />

Introdução<br />

A leishmaniose visceral (LV) ou<br />

calazar é causada por um protozoário<br />

do gênero Leishmania e<br />

transmitida por um inseto denominado<br />

de flebótomo, também popularmente<br />

conhecido como cangalhinha,<br />

péla égua, arrupiado,<br />

mosquito palha. A doença foi descrita<br />

inicialmente na Grécia em<br />

1835 e recebeu o nome de ponos<br />

ou hapoplinakon. Trinta e quatro<br />

anos depois recebeu, na Índia, a<br />

denominação de kalaazar, que em<br />

Sumário<br />

hindu significa febre negra. Essa<br />

denominação foi devido ao discreto<br />

aumento da pigmentação da<br />

pele em pacientes com a doença<br />

(MARZOCHI et al., 1985).<br />

Somente em 1908, na Tunísia,<br />

foi confirmada a participação do<br />

cão na cadeia epidemiológica da<br />

leishmaniose. Posteriormente foram<br />

relatados casos da doença<br />

canina em países asiáticos como<br />

Índia e China; e na Espanha, Itália,<br />

Grécia, Malta, França, Argélia<br />

e em outros países mediterrâneos.<br />

O primeiro surto de LV no Brasil<br />

foi relatado no Ceará por Pessôa,<br />

em 1953, que chamou a atenção<br />

para novos aspectos epidemiológicos<br />

da doença, isto é, a predominância<br />

na área rural, mas<br />

também de ocorrência nas zonas<br />

suburbanas e urbanas. Em 1956,<br />

no Brasil, Deane e Alencar elucidaram<br />

os aspectos epidemiológicos<br />

da Leishmaniose no Ceará,<br />

definiram se tratar de zoonose e<br />

encontraram um reservatório silvestre<br />

infectado, a raposa (Lycalopex<br />

vetulus), e sugeriram métodos<br />

diagnósticos que facilitaram as<br />

investigações e conhecimento da<br />

doença (MARZOCHI et al., 1985).<br />

Estudos realizados por pesquisadores<br />

da Universidade Estadual<br />

do Maranhão (UEMA) demonstraram<br />

que a prevalência em duas<br />

225 / 415


localidades do município de São<br />

José de Ribamar foi de 21% (Quinta)<br />

e 25% (Vila Sérgio Tamer), ambos<br />

na Ilha de São Luís (GUIMA-<br />

RÃES et al., 2005). No município<br />

de São Luís, dados recentes mostram<br />

que em determinadas localidades<br />

do distrito do Tirirical a soroprevalência<br />

pode atingir índices<br />

superiores a 70% (OLIVEIRA et<br />

al., 2006).<br />

O cão apresenta variação no<br />

quadro clínico da leishmaniose<br />

visceral, passando de animais<br />

aparentemente sadios a oligossintomáticos,<br />

podendo chegar a estágios<br />

graves da doença, com intenso<br />

parasitismo cutâneo (FEITOSA<br />

et al., 2000; SILVA et al., 2001;<br />

RONDON et al., 2008). Os principais<br />

sinais clínicos apresentados<br />

pelo cão são: lesões cutâneas<br />

(foto ), aumento do fígado, baço,<br />

aumento dos linfonodos, lesões<br />

oculares. Vale ressaltar que ape-<br />

Divulgação<br />

Figura 01: Cão com leishmaniose visceral apresentando lesões cutâneas<br />

na região da cabeça e crescimento exagerado das unhas<br />

Sumário<br />

nas o diagnóstico sorológico ou<br />

exame parasitológico podem confirmar<br />

se o animal está infectado<br />

pela Leishmania.<br />

A maioria dos cães infectados<br />

não apresenta sinais clínicos (CA-<br />

BRAL et al.,1998; GUIMARÃES<br />

et al., 2005), e há evidências de<br />

que as taxas de prevalência da<br />

infecção são maiores que as encontradas<br />

por estudos sorológicos.<br />

Por isso, testes diagnósticos<br />

confiáveis são requisitados para a<br />

detecção da leishmaniose visceral<br />

canina (LVC) em cães sintomáticos<br />

e assintomáticos (LACHAUD<br />

et al., 2002).<br />

material e métodos<br />

A presente pesquisa trata-se de<br />

um estudo epidemiológico analítico<br />

observacional transversal, desenvolvido<br />

segundo as etapas: seleção<br />

da área de estudo, seleção da<br />

população, amostragem, colheita<br />

de dados e análise estatística.<br />

Seleção da área de estudo<br />

O município de São Luís, capital<br />

do Estado do Maranhão, está<br />

localizado a oeste da Ilha de São<br />

Luís (Ilha do Maranhão), situada<br />

ao norte do Estado que pertence<br />

à região Nordeste do Brasil. A<br />

área está localizada entre as co-<br />

226 / 415


ordenadas geográficas 02°28’12’’e<br />

02°48’09’’ de latitude sul e<br />

44°10’18’’ e 44°35’37’’ de longitude<br />

oeste. Possui o clima tropical<br />

chuvoso (quente úmido), segundo<br />

classificação de Köeppen, com a<br />

temperatura variando de 22ºC a<br />

33ºC, com média de 26,7ºC, umidade<br />

relativa do ar acima de 85% e<br />

precipitação pluviométrica média<br />

anual de aproximadamente 2.000<br />

mm, apresentando duas estações<br />

bem definidas, uma chuvosa, de<br />

janeiro a julho, e a outra, seca, de<br />

agosto a dezembro (PREFEITURA<br />

DE SÃO LUÍS, 2006; LABMET/<br />

NUGEO/CCA/UEMA, 2010).<br />

Segundo registros de inquéritos<br />

sorológicos realizados pelo Centro<br />

de Controle de Zoonoses (CCZ) de<br />

São Luís, desde a década de 80, o<br />

município é uma área endêmica<br />

para LV, com prevalências anuais<br />

bem próximas, demonstrando assim<br />

sua plena adaptação às condições<br />

ambientais da região.<br />

Os sete distritos sanitários em<br />

que o município de São Luís está<br />

dividido apresentam áreas territoriais,<br />

densidades populacionais<br />

e características socioeconômicas<br />

diferentes (PREFEITURA DE SÃO<br />

LUÍS, 2008).<br />

Como critério de seleção da área<br />

de estudo, escolheu-se para esta<br />

pesquisa, entre os distritos sanitá-<br />

Sumário<br />

rios, o distrito do Tirirical, por ser<br />

o que possui a maior prevalência<br />

da leishmaniose visceral humana<br />

e canina nas duas últimas décadas<br />

(OLIVEIRA et al., 2006).<br />

Durante o período de fevereiro<br />

a agosto de 2009, este estudo foi<br />

realizado em seis localidades no<br />

distrito do Tirirical, distribuídas<br />

da seguinte forma: três localidades<br />

da zona urbana e três da zona<br />

rural, de acordo com a classificação<br />

adotada pela secretaria municipal<br />

de Saúde do município de<br />

São Luís (SEMUS).<br />

Seleção da população<br />

A população em estudo foi constituída<br />

por cães domiciliados nas<br />

zonas urbana e rural do distrito do<br />

Tirirical, de ambos os sexos, com<br />

ou sem raça definida, com idade<br />

mínima de quatro meses, cujos<br />

proprietários aceitaram participar<br />

após o conhecimento dos objetivos<br />

e importância do estudo mediante<br />

consentimento livre e esclarecido.<br />

Amostra<br />

Para se estabelecer o tamanho<br />

da amostra (n), foi adotado, como<br />

valor de referência, a prevalência<br />

observada por Oliveira et al.<br />

(2006), que foi de 78%, no distrito<br />

do Tirirical. A fórmula adotada<br />

227 / 415


foi a de Thrusfield (2004), considerando-se<br />

uma margem de erro<br />

de 5% e um nível de confiança de<br />

95%, obtendo um tamanho amostral<br />

mínimo de 263 amostras (n=<br />

263), sendo que nas ações de campo<br />

foi colhido o sangue periférico<br />

de 45 cães por localidade, totalizando,<br />

assim, 270 amostras (n =<br />

6 localidades x 45 cães = 270).<br />

Colheita de dados<br />

A colheita de dados foi constituída<br />

pelas etapas de colheita das<br />

amostras, georreferenciamento,<br />

aplicação do questionário epidemiológico,<br />

realização da técnica<br />

molecular PCR para o diagnóstico<br />

da infecção canina, e, posteriormente,<br />

pelo geoprocessamento<br />

dos dados obtidos nas etapas anteriores.<br />

Aplicação do questionário<br />

epidemiológico<br />

Em cada residência foi aplicado<br />

um questionário para identificar<br />

possíveis fatores de risco para a<br />

LV nas localidades. Foram consideradas<br />

as variáveis socioeconômicas<br />

do proprietário (idade,<br />

escolaridade e renda familiar),<br />

variáveis do animal (idade, raça,<br />

cor e comprimento do pêlo, estado<br />

geral, presença de sinais clíni-<br />

Sumário<br />

cos de LV, assistência veterinária,<br />

acesso à rua), e ambientais (presença<br />

de mosquitos, métodos de<br />

proteção, criação de outras espécies,<br />

presença de animais silvestres,<br />

proximidade de mata); assim<br />

como avaliação do conhecimento<br />

do proprietário sobre a enfermidade.<br />

técnica molecular Reação em<br />

Cadeia da polimerase (pCR)<br />

As etapas extração de DNA, preparação<br />

do mix, amplificação do<br />

DNA e eletroforese foram realizadas<br />

no Laboratório de Patologia<br />

Molecular do curso de Medicina<br />

Veterinária da Universidade Estadual<br />

do Maranhão-UEMA.<br />

Utilizou-se o kit comercial (Wizard<br />

® Genomic DNA Purification<br />

Kit 500 isolations - Promega®),<br />

um sistema de extração e<br />

purificação de DNA, que submete<br />

uma alíquota de 300 µL de sangue<br />

periférico a lavagens sucessivas<br />

com soluções pré-determinadas,<br />

obtendo-se no final do processo um<br />

material adequado à amplificação.<br />

A extração do DNA foi realizada<br />

de acordo com o protocolo do<br />

fabricante.<br />

Resultados e discussão<br />

No estudo realizado no Distri-<br />

228 / 415


to do Tirirical, no ano de 2010,<br />

Verificou-se que do total de 270<br />

cães testados, 37,04% (n=100) foram<br />

positivos para o DNA de L.<br />

chagasi. Os valores de prevalência<br />

do trabalho são superiores aos<br />

encontrados por Carvalho Filho<br />

(2008), que verificou uma prevalência<br />

de 22,16% em cães de raça<br />

pura do município de São Luís-<br />

-MA; por Barboza et al. (2006), na<br />

região metropolitana de Salvador-<br />

-BA, que obtiveram 18,40% de<br />

um total de 147 amostras analisadas;<br />

por Naveda et al. (2006),<br />

que verificaram a prevalência de<br />

1,4% em 2.185 cães da cidade de<br />

Pedro Leopoldo-MG. Já Cortada<br />

et al. (2004) encontraram 75,3%<br />

de positividade em cães de Anastácio-MS.<br />

Tais diferenças podem<br />

estar relacionadas a fatores como<br />

área avaliada, método diagnóstico<br />

empregado, além do tamanho da<br />

amostra utilizada. Entretanto, os<br />

resultados dos estudos indicam<br />

que a infecção por este parasito<br />

ocorre em prevalências importantes<br />

nas áreas estudadas.<br />

Observou-se que a prevalência<br />

da infecção por L. chagasi encontrada<br />

neste estudo (37,04%), fazendo<br />

o uso da PCR, foi alta, porém<br />

menor do que a encontrada no<br />

trabalho de Cortada et al. (2004).<br />

Isto se deve ao fato de que esses<br />

Sumário<br />

autores utilizaram testes sorológicos,<br />

que possuem boa sensibilidade,<br />

porém baixa especificidade,<br />

com muitos falso-positivos levando<br />

a resultados superestimados.<br />

Cães acima de 36 meses apresentaram<br />

1,06 mais chances de<br />

apresentar a doença que cães em<br />

idade inferior, associado provavelmente<br />

ao longo período de incubação<br />

da doença e ao convívio<br />

com outros animais que podem<br />

estar infectados<br />

Em humanos, a leishmaniose se<br />

mostra como doença oportunista<br />

comum em indivíduos imunossuprimidos<br />

de áreas endêmicas<br />

(MONTALBÁN et al., 1989). Já o<br />

presente estudo mostrou que animais<br />

portadores de doenças prévias/anteriores<br />

não apresentaram<br />

um maior risco para a ocorrência<br />

de LV.<br />

O desconhecimento dos meios<br />

de transmissão da LV aumentou a<br />

ocorrência da doença em 1,20, no<br />

presente estudo. Tal fato se deve<br />

à ausência da implantação de medidas<br />

individuais, como utilização<br />

de repelentes cutâneos, mosquiteiros,<br />

telas com malhas finas em<br />

portas e janelas e a solicitação por<br />

medidas de controle massal como<br />

busca ativa de doentes e encaminhamento<br />

para diagnóstico e<br />

tratamento; inquérito sorológico<br />

229 / 415


canino; apreensão e eliminação<br />

sumária dos cães soropositivos;<br />

borrifação sistemática de inseticida<br />

residual nos domicílios e peri-domicílios<br />

e programas de educação<br />

comunitária.<br />

A permanência do ciclo de transmissão<br />

do parasito em várias áreas<br />

de risco é provavelmente causada<br />

por uma série de fatores inter-<br />

-relacionados, entretanto, pouco<br />

estudados, como presença de<br />

animais silvestres e sinantrópicos<br />

atuando como reservatórios da<br />

L. chagasi, humanos infectados,<br />

cães assintomáticos e animais<br />

domésticos (suínos, galinhas, cavalos<br />

etc.) atuando na alimentação<br />

e na atração dos vetores para<br />

o peri-domicílio (CABRERA et al.,<br />

2003; DEREURE et al., 2003).<br />

A LVC, no Brasil, coexiste com a<br />

doença humana em todos os focos<br />

conhecidos, sendo, porém, mais<br />

prevalente. Souza et al (2005)<br />

confirmaram essa situação ao estudar<br />

a ocorrência da LV em Belo<br />

Horizonte (MG), onde verificou,<br />

através da análise espacial da epidemia,<br />

que havia correlação entre<br />

a LV canina e a humana, e que os<br />

casos caninos precediam os casos<br />

humanos. Neste estudo, a presença<br />

de casos humanos na família<br />

aumentou em 1,30 a probabilidade<br />

de ocorrência da LV em cães.<br />

Sumário<br />

O relato sobre a presença de L.<br />

chagasi em espécies silvestres é<br />

comum na literatura, no entanto,<br />

o atual conhecimento sobre a relação<br />

dessas espécies como fator<br />

de risco para cães é insuficiente<br />

para proporcionar uma posição<br />

mais definida sobre o tema. Cabrera<br />

et al. (2003), em estudo realizado<br />

em área com casos caninos<br />

de LV no Rio de Janeiro, observaram<br />

que os cães pertencentes<br />

às casas onde marsupiais foram<br />

capturados estavam 2,6 vezes<br />

mais expostos a infecção por L.<br />

chagasi. Segundo Deane (1953), a<br />

raposa não é essencial na transmissão<br />

do parasito, apesar de ser<br />

considerada como um importante<br />

reservatório silvestre.<br />

Um dos principais fatores de risco<br />

é o fenômeno da urbanização,<br />

intimamente relacionado com o<br />

aumento da migração. Fatores<br />

socioeconômicos, demográficos,<br />

culturais, políticos e ambientais<br />

têm forçado mais pessoas a abandonar<br />

suas aldeias e vilas e mudar-se<br />

para as periferias pobres<br />

das cidades. Mudanças ocorreram<br />

nos padrões de migração ao longo<br />

do tempo em países em desenvolvimento<br />

e urbanizados, tais como<br />

o fluxo de migração deixou de ser<br />

rural-rural para rural-urbano, e<br />

finalmente urbano-urbano. Este<br />

230 / 415


fato tem levado a um rápido surgimento<br />

de megacidades, onde as<br />

condições de moradia e saneamento<br />

são inadequadas, criando<br />

assim um ambiente propício para<br />

a transmissão de doenças como as<br />

leishmanioses (DESJEUX, 2001;<br />

WHO, 2002).<br />

Em 1950, menos de um terço<br />

da população mundial vivia em cidades;<br />

atualmente, 50% está urbanizada<br />

e, dentro dos próximos<br />

50 anos, mais de cinco bilhões de<br />

pessoas serão moradoras das cidades.<br />

Na América do Sul, mais<br />

de 70% da população está urbanizada.<br />

Esta tendência faz com<br />

que doenças rurais se desloquem<br />

para áreas urbanas, onde a alta<br />

concentração de populações humanas<br />

e de vetores favorece o aumento<br />

da incidência de infecção<br />

(WHO, 2002).<br />

A proximidade do aterro é uma<br />

hipótese razoável a ser considerada<br />

que justifique o distrito do Tirirical<br />

possuir a maior prevalência<br />

da LV humana e canina dentre<br />

os distritos, e principalmente a<br />

localidade mais próxima do aterro.<br />

Esta hipótese corrobora com<br />

Rebêlo et al. (1999) e Moreno et<br />

al. (2002), que citaram a problemática<br />

do lixo acumulado sem<br />

armazenagem e tratamento corretos<br />

como um dos fatores contri-<br />

Sumário<br />

buintes para ocorrência da doença;<br />

e com Campos et al. (2009),<br />

que ao estudarem o aterro sanitário<br />

da Ribeira, verificaram um<br />

agravamento da contaminação,<br />

pois nenhuma medida de controle<br />

dos resíduos sólidos e efluentes<br />

vem sendo executada, o que tem<br />

causado vários impactos ao ambiente,<br />

entre os quais pode-se citar:<br />

exposição de lixo a céu aberto<br />

com o aparecimento de micro<br />

e macro vetores transmissores de<br />

doenças (artrópodes, roedores e,<br />

principalmente, insetos), presença<br />

de urubus (risco para o tráfego<br />

aéreo, devido à proximidade com<br />

o aeroporto Marechal Cunha Machado)<br />

e exposição de chorume a<br />

céu aberto, contaminando o solo,<br />

o lençol freático e, consequentemente,<br />

o Igarapé do Sabino ou da<br />

Ribeira, um dos afluentes do rio<br />

Tibiri.<br />

Considerações finais<br />

Trinta anos após o primeiro<br />

surto da leishmaniose visceral em<br />

humanos, a doença continua a<br />

vitimar anualmente milhares de<br />

cães em toda a Ilha de São Luís.<br />

É necessário medidas que visem<br />

a redução do números de casos<br />

da doença em cães.<br />

O cão atua como sentinela nas<br />

áreas endêmicas para a leishmaniose.<br />

231 / 415


Referências<br />

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria<br />

de Vigilância em Saúde.<br />

Departamento de Vigilância Epidemiológica.<br />

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e controle da leishmaniose visceral/Ministério<br />

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de Vigilância em Saúde, Brasília:<br />

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a developing disease spectrum<br />

from asymptomatic dogs. Vet Parasitol,<br />

v.76, n.3, p.173-80, 1998.<br />

Cabrera, M. A., Paula, A. A., Camacho,<br />

L. A. et al. Canine visceral<br />

leishmaniasis in Barra de Guaratiba,<br />

Rio de Janeiro, Brazil: assessment<br />

of risk factors. Rev Inst<br />

Med Trop Sao Paulo, v.45, n.2,<br />

p.79-83, 2003.<br />

Campos, A. E. L.; Nunes, G. S.;<br />

Oliveira, J. C. S.; Toscano, I. A.<br />

S. Avaliação da contaminação do<br />

Igarapé do Sabino (Bacia do Rio<br />

Tibiri) por metais pesados, originados<br />

dos resíduos e efluentes do<br />

Aterro da Ribeira, em São Luís,<br />

Maranhão. Química Nova, São<br />

Paulo, v. 32, n. 4, p. 960-964,<br />

2009.<br />

Carvalho Filho, N. W. B. Aspectos<br />

epidemiológicos e soroprevalência<br />

Sumário<br />

da leishmaniose e babesiose em<br />

cães de raça no município de São<br />

Luis-Ma. 51p. Dissertação (mestrado<br />

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-Universidade Estadual do Maranhão,<br />

São Luís, 2008.<br />

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74, 2004.<br />

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Rev Inst Med Trop, São Paulo, v.<br />

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Desjeux, P. The increase in risk<br />

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8, 2003.<br />

Guimarães, K. S.; Batista, Z. S.;<br />

Dias, E. L.; Guerra, R. M.; Costa,<br />

A. D.; Oliveira, A. S.; Calabrese,<br />

K. S.; Cardoso, F. O.; Souza, C. S.;<br />

Do Vale, T. Z.; Gonçalves Da Costa,<br />

S. C.; Abreu-Silva, A. L. Canine<br />

visceral leishmaniasis in São<br />

José de Ribamar, Maranhão Sta-<br />

232 / 415


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2010.<br />

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Sumário<br />

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PREFEITURA DE SÃO LUÍS. INS-<br />

TITUTO DE PESQUISA E PLANI-<br />

FICAÇÃO DA CIDADE. São Luís:<br />

uma leitura da cidade. São Luís-<br />

233 / 415


-MA: Instituto da Cidade, 94 p.,<br />

2006.<br />

Prefeitura De São Luís. Secretaria<br />

Municipal da Saúde (SEMUS).<br />

Coordenadoria do Centro de Controle<br />

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do Município de São Luís<br />

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ano 2007. São Luís-MA: Superintendência<br />

de Vigilância Epidemiológica<br />

e Sanitária (SVES),<br />

15 p., 2008.<br />

Rebêlo, J. M., De Araújo, J. A.,<br />

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Sumário<br />

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em http://www.who.int/wer,<br />

acesso em setembro de 2009.<br />

Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz e Professora da<br />

Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Nádia Selene Guimarães Vendrusculo<br />

Mestre em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Maranhão.<br />

234 / 415


Jurará (Kinosternon scorpioides)<br />

CONHeCeNDO A fAuNA<br />

SIlveSTRe MARANHeNSe:<br />

ASpeCTOS bIOlÓgICOS DO<br />

JuRARá<br />

O<br />

jurará (Kinosternon scorpioides)<br />

é um quelônio<br />

semi-áquático de água<br />

doce que tem sido alvo de grande<br />

atividade exploratória no delta<br />

do Amazonas e, no Estado do<br />

Maranhão, na região da Baixada<br />

Sumário<br />

Alana Lislea de Sousa<br />

Maranhense. Estudos mostram<br />

que na cidade de São Bento – MA,<br />

a atividade extrativista dessa espécie,<br />

por muitos anos, fez parte<br />

da economia local, com a venda<br />

para o consumo alimentar devido<br />

ao sabor apreciado de sua carne,<br />

235 / 415<br />

Divulgação


a qual é consumida como prato<br />

exótico em bares e restaurantes,<br />

servida sob a forma de casquinha<br />

em sua própria carapaça. A venda<br />

desses animais era destinada, em<br />

sua maioria, para a cidade de São<br />

Luís, comercializados principalmente<br />

nas praias e feiras, ainda vivos,<br />

em pencas de dúzias, à semelhança<br />

do que até hoje é praticado<br />

com os caranguejos. A partir da<br />

implementação da Lei 9605/98,<br />

que trata de crimes ambientais, e<br />

a política adotada de fiscalização<br />

coibindo este modo de venda, esta<br />

atividade passou a ser realizada<br />

de forma clandestina, com entrega<br />

sob encomenda. Ações do consumo<br />

intensivo, associado com as<br />

práticas de manejo na agricultura<br />

na região da baixada, como o método<br />

de queimada da roça para um<br />

novo plantio, as mudanças climáticas,<br />

o desmatamento, o próprio<br />

desconhecimento da biologia da<br />

Sumário<br />

espécie ao longo dos anos põem<br />

em perigo os estoques disponíveis<br />

da espécie na natureza, o que já é<br />

percebido pelos pescadores mais<br />

idosos em relatos, e o desconhecimento<br />

da espécie pelos mais jovens.<br />

Sabe-se que estes animais<br />

apresentam comportamento biológico<br />

influenciado pelo clima da<br />

região, sendo que no período das<br />

chuvas eles são encontrados nos<br />

lagos que se formam, momento<br />

favorável à cópula da espécie, que<br />

ocorre dentro da água e também à<br />

sua sobrevivência pela maior disponibilidade<br />

alimentar. O período<br />

do verão intenso coincide com o<br />

momento de desova das fêmeas,<br />

e também ao processo de estivação<br />

“dormência metabólica”, pois<br />

é hábito desses animais se enterrarem<br />

buscando abrigo no solo<br />

protegido por vegetações, além do<br />

depósito de ovos para a incubação<br />

natural (Fig. 01).<br />

Fig: 01 – Jurará (Kinosternon scorpioides). Em A - Ninho com ovos e em B – Animal em estivação.<br />

236 / 415<br />

Divulgação


Este é um mecanismo biológico<br />

de sobrevivência da espécie quando<br />

da baixa oferta de alimentos,<br />

aguardando um período favorável<br />

de temperatura e de disponibilidade<br />

alimentar, entretanto torna-<br />

-se crítico para a sobrevivência<br />

dos animais pois eles estão mais<br />

vulneráveis a serem coletados ou<br />

mesmo com a queima do solo para<br />

o momento do preparo da terra<br />

para o plantio da agricultura de<br />

subsistência. Como característica<br />

morfológica o jurará possui uma<br />

carapaça forte, de coloração marrom<br />

escura, verde oliva ou preta,<br />

com manchas vermelhas ou alaranjadas,<br />

dorsalmente existem<br />

três quilhas, e está ligado ao plastrão<br />

através de uma ponte larga.<br />

Fig: 02 – Dimorfismo sexual de Jurará Kinosternon scorpioides.<br />

Em A – macho e em B – fêmea.<br />

Sumário<br />

Este é amarelo e possui dobradiças<br />

no lobo anterior e posterior<br />

que permite fechar total ou parcialmente<br />

a carapaça, servindo de<br />

proteção contra ataques na cabeça,<br />

pernas e cauda (PRITCHARD<br />

& TREBBAU, 1984). O dimorfismo<br />

sexual é evidente, sendo as fêmeas<br />

robustas e maiores que os<br />

machos (Fig 02). O comprimento<br />

médio de carapaça e do plastrão<br />

das fêmeas é de 15,26 e 13,35cm,<br />

e para machos é de 14,79 e<br />

12,30cm, respectivamente (CAS-<br />

TRO, 2006). A carapaça nos machos<br />

é mais baixa, a cauda é três<br />

vezes mais longa que a da fêmea,<br />

possuindo uma unha córnea cuja<br />

finalidade no macho é prender a<br />

fêmea no momento do acasalamento.<br />

O plastrão é côncavo para<br />

Divulgação<br />

237 / 415


facilitar a cópula, cabeça bastante<br />

pigmentada chegando a ser negra<br />

e unhas mais longas e curvas. A<br />

fêmea apresenta sua cauda menor<br />

que a do macho, o plastrão é<br />

reto e a cabeça é mais clara (CAS-<br />

TRO, 2006; PEREIRA et al., 2007;<br />

CARVALHO et al., 2010). O jurará<br />

é uma espécie de hábito alimentar<br />

diversificado, sendo carnívoros<br />

e onívoros oportunistas, podendo<br />

se alimentar de girinos, peixes,<br />

materiais em decomposição<br />

e pequena quantidade de vegetais<br />

(PRITCHARD, 1979). Nos últimos<br />

anos este quelônio vem sendo objeto<br />

de estudo de um grupo de pesquisadores<br />

do Curso de Medicina<br />

Veterinária da Universidade Estadual<br />

do Maranhão, com a criação<br />

de projetos que possam melhorar<br />

Sumário<br />

a condição de preservação deste<br />

quelônio no Estado do Maranhão.<br />

Dessa forma, o passo inicial foi<br />

a criação do Núcleo de Estudos<br />

e Preservação de Animais Silvestres<br />

- NEPAS do Curso de Medicina<br />

Veterinária da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, em 1996,<br />

atualmente licenciado como Criadouro<br />

Científico pelo Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />

Recursos Renováveis – IBAMA/<br />

MA (1899339/2008) para o jurará,<br />

que vem permitindo a execução<br />

dos estudos os quais dão suporte<br />

à linha de pesquisa sobre a<br />

morfofisiologia, reprodução e conservação<br />

da espécie do Curso de<br />

Mestrado em Ciência Animal da<br />

UEMA (Fig 3).<br />

Fig: 03 – Instalações do Criadouro Científico de Jurará (Kinosternon scorpioides).<br />

Divulgação<br />

238 / 415


Denota-se que as pesquisas vêm mostrando a viabilidade reprodutiva<br />

da espécie em cativeiro, tanto em ninho natural quanto artificial,<br />

bem como a importância desses estudos sobre os aspectos morfofisiológicos<br />

desta espécie para o Estado do Maranhão. Destaca-se o conhecimento<br />

da biologia da reprodução como o primeiro passo de ações visando<br />

o manejo reprodutivo da espécie com as informações já obtidas<br />

e aquelas ainda a serem esclarecidas, pois servirão de referência não<br />

somente para o conhecimento morfológico, mas também para a padronização<br />

biológica e ecológica para a própria espécie, o que ainda não foi<br />

relatado cientificamente até o presente momento, possibilitando que<br />

estas possam ser aplicadas em programas de manejo, conservação e<br />

de educação ambiental, bem como ainda subsidiar a criação comercial,<br />

podendo ser a espécie adotada em políticas publicas de governo<br />

como alternativa econômica aos pequenos produtores ribeirinhos da<br />

Baixada Maranhense, além de estarmos favorecendo para que esta espécie<br />

não venha a desaparecer da fauna silvestre maranhense.<br />

Agradecimentos<br />

Ao IBAMA-MA; CAPES/Projeto Procad Amazônia; FAPEMA, FMVZ/<br />

USP e UEMA.<br />

Referências<br />

CARVALHO, R.C.; OLIVEIRA, S. C.R.; BOMBONATO, P. P., OLIVEIRA,<br />

A. S.; SOUSA, A. L. Morfologia dos órgãos genitais masculinos do jurará<br />

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, v.30, p.289 - 294, 2010.<br />

CASTRO, A. B. Biologia reprodutiva do muçuã Kinosternon scorpioides<br />

(Linnaeus, 1776) em cativeiro. 2006. 100 f. Dissertação (Mestrado)<br />

- Curso de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal<br />

do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária, Universidade Rural da Amazônia, Belém,<br />

2006.<br />

PEREIRA, L.A.; LEMOS, J.J.S.; SOUSA, A.L. Extrativismo de jurará<br />

Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766 (Reptila, Chelonia, Kinosternidae)<br />

e avaliação sócio-ambiental dos pescadores no Município de<br />

Sumário<br />

239 / 415


São Bento-MA. In: SILVA, A.C.; FORTES, J.L.O. Diversidade Biológica<br />

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em Biologia e Química.v.II. 2007.p.269-299.<br />

PRITCHARD,P.C.H. Encyclopédia of turtles. New Jersey:<br />

T.F.H,1979.p.326-3<br />

PRICHARD, P. C.; P. TREBBAU. The Turtles of Venezuela. Society the<br />

study of amphibians and reptiles. Ithaca. 403p. 47plates. 16 maps.<br />

1984.<br />

Alana Lislea de Sousa<br />

Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo<br />

e Professora da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Sumário<br />

240 / 415


CuRTIMeNTO De pele<br />

De peSCADA AMARelA<br />

COM O uSO De<br />

TANquINHO De lAvAR<br />

Uma ideia sustentável e economicamente viável<br />

Sumário<br />

Jacirene França de Souza<br />

241 / 415<br />

Divulgação


Divulgação<br />

A atividade pesqueira, essencialmente<br />

na capital maranhense,<br />

foi o ponto de partida para o desenvolvimento<br />

do projeto “Curtimento<br />

da pele de pescada amarela<br />

com o uso de tanquinho de lavar:<br />

uma ideia sustentável e economicamente<br />

viável”. A pescada amarela<br />

(Cynoscion acoupa), hoje, representa<br />

o maior percentual em<br />

peso obtido no município de São<br />

Luís. É um peixe de grande porte,<br />

alto valor comercial e praticamente<br />

não existe nenhum aproveitamento<br />

de seus subprodutos. O<br />

método de curtimento através do<br />

tanquinho de lavar representa um<br />

processo inovador, com o objetivo<br />

de atingir comunidades envolvidas<br />

com a atividade pesqueira.<br />

O projeto tem ainda como objetivo<br />

favorecê-las através da consciência<br />

ecológica, da educação ambiental,<br />

da geração de renda e da<br />

garantia da sustentabilidade através<br />

do aproveitamento de subprodutos<br />

de peixes, essencialmente<br />

a pele da pescada amarela. Junto<br />

ao processo de curtimento está inserida<br />

a pesquisa, a tecnologia e o<br />

conhecimento em tendências voltadas<br />

ao desenvolvimento de produtos.<br />

O aproveitamento dos subprodutos,<br />

apesar de não ser uma<br />

atividade comum no Estado, pode<br />

representar abertura de mercado,<br />

extensão da prática de curtimento<br />

nas comunidades e melhor qualidade<br />

de vida.<br />

Sumário<br />

242 / 415


INtRodução<br />

Desde o início das civilizações, a pesca representa<br />

um meio para a sobrevivência de uma grande<br />

parcela da população mundial, sendo uma importante<br />

atividade, no ponto de vista econômico, social<br />

e cultural. No Brasil, a pesca extrativa marinha e<br />

estuarina representa a principal fonte de alimento<br />

de origem aquática, gerando aproximadamente 800<br />

mil empregos diretos e indiretos, dos quais dependem<br />

cerca de 3 milhões de pessoas. Em decorrência<br />

disso, a importância dessa atividade no contexto da<br />

produção de alimentos e geração de empregos para<br />

as populações atuais e futuras não deve ser subestimada<br />

(PAULY; WATSON, 2003).<br />

Sumário<br />

243 / 415<br />

Divulgação


Divulgação<br />

O Maranhão, dentre as inúmeras<br />

características peculiares, destaca-se<br />

também pela pesca, uma<br />

vez que essa atividade é realizada<br />

por todo o litoral do Estado,<br />

destacando-se algumas regiões<br />

especiais ccomo os municípios<br />

de São Luís, Raposa, São José<br />

de Ribamar, Barreirinhas,<br />

Icatu, etc. Segundo os dados<br />

do Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística–<br />

IBGE, esses municípios<br />

detêm 28% do total em<br />

peso (ALMEIDA et al.,<br />

2002).<br />

A piscicultura, hoje,<br />

no Estado, está voltada<br />

para a produção de carne, especialmente<br />

em filés; entretanto, a necessidade do<br />

aproveitamento integral dos subprodutos gerados pelo cultivo<br />

de peixes é crescente, principalmente devido à porcentagem elevada<br />

dos resíduos após filetagem.<br />

Como resíduos do processamento de peixes considera-se a cabeça,<br />

nadadeiras, pele e vísceras que, dependendo da espécie, pode<br />

chegar a 66% em relação ao peso total (CONTRERAS-GUZMÁN,<br />

1994). E dentre esses resíduos está a pele como o principal subproduto.<br />

As peles, atualmente, estão sendo desperdiçadas ou subutilizadas<br />

devido à falta de conhecimento das técnicas possíveis para a<br />

sua transformação e aplicação na indústria de confecção de vestuários,<br />

de calçados ou de artefatos em geral.<br />

Portanto, com a viabilidade no processamento de peles de peixes<br />

com o uso do tanquinho de lavar e um estímulo na criação, haverá<br />

uma agregação de valor à atividade, tornando-a interessante como<br />

mais uma fonte alternativa na propriedade, principalmente para as<br />

Sumário<br />

244 / 415


comunidades produtoras.<br />

A pele do peixe é um<br />

produto nobre e de<br />

alta qualidade, possuindo<br />

a resistência<br />

como característica<br />

peculiar. Para Adeodato<br />

(1995), a pele de<br />

peixe, em uma mesma<br />

espessura, fornece<br />

um couro mais<br />

resistente que o de<br />

bovino, devido à forma<br />

de disposição e<br />

entrelaçamento das<br />

fibras colágenas.<br />

A Pescada amarela<br />

(Cynoscion acoupa)<br />

é um peixe de grande<br />

porte e costuma alcançar<br />

de 1 a 3m de<br />

comprimento, sendo<br />

encontrada em fundos<br />

excedentes na lama e na areia, em estuários do rio, a uma<br />

profundidade de aproximadamente 25m; costuma ser bastante comum<br />

no litoral maranhense.<br />

JuStIFICAtIvA<br />

A atividade pesqueira no Esta do é uma prática comum, mas o seu<br />

aproveitamento está voltado para o corte (90%), ou seja, a sua produção<br />

está voltada para a comercialização da carne.<br />

Grande parte dos subprodutos é desperdiçada, como a pele, os<br />

otólitos, as escamas, entre outros, os quais poderão adquirir inúmeras<br />

funcionalidades quando bem aproveitados. Tanto na área da<br />

estética quanto da saúde, eles poderão ser estudados e desenvolvi-<br />

Sumário<br />

Divulgação<br />

245 / 415


dos, adquirindo grande potencial de mercado.<br />

O método de curtimento através do tanquinho<br />

de lavar viabiliza o processo,<br />

tornando-o mais barato e<br />

acessível às comunidades.<br />

O uso de dornas dificulta<br />

em quase 95% o desenvolvimento<br />

da técnica, uma vez<br />

que o acesso à compra torna-<br />

-se mais difícil e o custo é oito<br />

vezes maior.<br />

A viabilidade no processamento<br />

de peles de pescada<br />

amarela através do tanquinho<br />

de lavar, com um estímulo na<br />

criação, permitirá uma agregação<br />

de valor à atividade,<br />

tornando-a interessante como<br />

mais uma fonte alternativa de<br />

renda para a comunidade.<br />

O exemplo disso é a<br />

comunidade pesqueira de<br />

Mato Grosso do Sul, que tem<br />

como renda principal a confecção<br />

de acessórios de moda,<br />

o cinto, a bolsa, e a biju, a<br />

partir de subprodutos como<br />

escamas e peles.<br />

Com isso, percebe-se que a<br />

elaboração do couro a partir<br />

das peles residuais da filetagem<br />

de pescados pode representar uma fonte<br />

alternativa de renda para as comunidades ribeirinhas<br />

com a confecção de artigos de moda ou produtos<br />

em geral.<br />

Além disso, Rubens Pimentel, da Business Research Office (BRO),<br />

Divulgação<br />

Sumário<br />

246 / 415


uma empresa de desenvolvimento de soluções na área de meio ambiente<br />

e social, que presta serviço com um canal de distribuição<br />

dos produtos de couro de peixe, ressaltou que a pele agrega 30%<br />

de valorização ao peixe, além de ser uma iniciativa ecologicamente<br />

positiva, visto que a pele de peixe descartada na natureza provoca<br />

poluição biológica.<br />

obJEtIvoS<br />

objetivo geral<br />

Promover o desenvolvimento social, econômico e ecológico de comunidades,<br />

através do aproveitamento de peles de pescada amarela<br />

a partir do curtimento viabilizado com o uso de tanquinho de lavar.<br />

Objetivos Específicos<br />

• Desenvolver a consciência ecológica;<br />

• Aproveitar as peles de pescada amarela;<br />

• Desenvolver a técnica de curtimento através de tanquinho<br />

de lavar;<br />

• Promover a geração de emprego e renda para as comunidades<br />

Jacirene França de Souza<br />

Especialista em Artes Visuais Cultura e Criação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Comercial (SENAI/MA) e Professora do Centro Unificado do Maranhão-UniCEUMA.<br />

Sumário<br />

247 / 415


CeNTRAl geRADORA<br />

elÉTRICA fluTuANTe:<br />

Hidreletricidade,<br />

ecologia e<br />

SuStentabilidade<br />

àS populaçõeS<br />

ribeirinHaS do<br />

itapecuru.<br />

Sumário<br />

Rógerio da Silva Logrado Júnior<br />

248 / 415<br />

Divulgação


“...com apenas<br />

15 anos, fui<br />

o 2° lugar do<br />

Prêmio Jovem<br />

Cientista, um<br />

dos prêmios<br />

científicos mais<br />

importantes<br />

da América<br />

Latina; além<br />

desse prêmio,<br />

com 16 anos fui<br />

escolhido um<br />

dos 10 jovens<br />

gênios do país<br />

na edição de<br />

aniversário da<br />

revista Galileu,<br />

em agosto de<br />

2011.”<br />

gênese e consequências<br />

Logo que iniciei o meu primeiro trabalho<br />

científico, sobre a influência da Papaína<br />

caricacia no tratamento de espinhas e<br />

verrugas, sem resultados significativos em produções<br />

de fármacos para o tratamento da acne,<br />

ou quando estudei a influência da astronomia<br />

nas culturas ocidentais e asiáticas, trabalho este<br />

baseado em mera explanação, jamais pensei que<br />

fosse realizar um trabalho científico que causasse<br />

repercussão nacional e que pudesse realmente<br />

interferir de maneira positiva na vida da sociedade.<br />

Um dia, ao ver nos jornais a problemática<br />

existente em relação aos ribeirinhos maranhenses,<br />

resolvi desenvolver um projeto que pudesse<br />

resolver um dos problemas aos quais estes estão<br />

submissos, a dificuldade no fornecimento de<br />

energia permanente e independente de enchentes.<br />

Depois de árduo trabalho, consegui produzir,<br />

juntamente ao meu orientador, o professor Antônio<br />

Motta Ferro, uma central geradora que pode<br />

fornecer energia limpa, barata e não dependente<br />

das condições de enchente ou vazante dos rios, o<br />

que me deixou profundamente satisfeito e já me<br />

proporcionou 2 prêmios, um em nível nacional e<br />

outro em nível continental.<br />

O primeiro problema que encontrei foi procurar<br />

um projeto que pudesse servir de base para o<br />

meu trabalho. Em pesquisa na internet, encontrei<br />

2 projetos que determinaram minhas diretrizes:<br />

o primeiro, realizado em Massachussets, era<br />

uma hélice submersa que produzia energia elétrica<br />

a partir de energia hidráulica, porém o uso de<br />

hélices era muito dispendioso em relação a manutenção,<br />

a qual deveria ser realizada periodica-<br />

Sumário<br />

249 / 415


mente, devido a alta sedimentação dos rios brasileiros, o<br />

que afetaria a integridade das referidas hélices. O outro<br />

projeto foi o de uma roda d’água fixa no rio, que se mostrou<br />

uma alternativa à hélice.<br />

Depois de estudos hidrográficos, realizou-se uma delimitação<br />

do rio em que o trabalho seria desenvolvido.<br />

Escolheu-se o rio Itapecuru, pela relativa proximidade à<br />

capital e pela alta sedimentação (provocada pelo assoreamento),<br />

característica necessária ao desenvolvimento do<br />

projeto. A sedimentação é necessária para gerar torque<br />

na roda d`água, que seria reforçado por um sistema de<br />

polias acoplado a esta. Após isso, solucionou-se o problema<br />

da flutuação da roda por meio da utilização de balsa<br />

de garrafas PET (alternativa sustentável) e o problema de<br />

oxidação das instalações elétricas por meio da utilização<br />

de magnésio como metal de sacrifício.<br />

Após o fim do trabalho, o projeto concluiu-se desta maneira:<br />

central de energia com 2 partes, cada parte com 64<br />

células, cada célula com 6 garrafas PET de 2 litros, dando<br />

um coeficiente de empuxo de 1536kg. A balsa possui<br />

uma roda d’água com eixo fixado dos dois lados (para evitar<br />

o deslocamento na direção do próprio eixo provocado<br />

pela rotação); esta roda está ligada por um sistema de 3<br />

polias separadas (o sistema de polias acopladas não se<br />

mostrou eficiente ) a um gerador Alterima (alternador), o<br />

qual está ligado por um circuito a 3 ou 6 baterias de 12<br />

volts, que funcionam como “No Break”; o ponto final deste<br />

circuito é a habitação a ser subsidada. Os resultados<br />

apresentados foram: para 1 roda d’água de palheta de 1<br />

metro, fornecimento de energia a 16 pontos de luzes, um<br />

motor de ¼ HP (geladeira) e televisor ou computador de<br />

mesa, sendo mais eficiente para televisor.<br />

O projeto limitou-se a protótipos, porém se mostrou<br />

eficiente e barato. Rendeu 2 prêmios: com apenas 15<br />

anos, fui o 2° lugar do Prêmio Jovem Cientista, um dos<br />

prêmios científicos mais importantes da América Latina;<br />

Sumário<br />

250 / 415


além desse prêmio, com 16 anos fui escolhido um dos 10<br />

jovens gênios do país na edição de aniversário da revista<br />

Galileu, em agosto de 2011. Espero que esse projeto sirva<br />

de incentivo para que outros jovens possam desenvolver<br />

trabalhos que ajudem a vida das pessoas e busquem<br />

solucionar os flagelos da sociedade, não pelos resultados<br />

individuais que eles possam trazer, e sim pelos resultados<br />

coletivos que poderão ser alcançados por meio dos<br />

árduos esforços de quem realmente se importa com o<br />

meio em que vive.<br />

Rógerio da Silva Logrado Júnior<br />

Estudante de Medicina da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

251 / 415


AvAlIAçÃO DAS pROpRIeDADeS<br />

De uM<br />

COMpOSTO À bASe De<br />

Mel De AbelHAS e ex-<br />

TRATO De ACeROlA<br />

O mel é um produto singular no que se refere às suas<br />

propriedades nutricionais e potencialidades terapêuticas.<br />

No entanto, a despeito disso, seu conteúdo vitamínico,<br />

em especial a vitamina C, é consideravelmente baixo.<br />

O preparo de misturas feitas com mel de abelhas e<br />

suco (extrato) de acerola pode ser comercialmente interessante,<br />

visto que junta as qualidades do mel ao potencial<br />

vitamínico da fruta, reconhecidamente rica em ácido<br />

ascórbico, além de conter significativas quantidades de<br />

antocianinas e carotenoides. Este trabalho objetivou obter<br />

uma mistura de mel e acerola, denominada de “composto<br />

de mel”, no qual pudessem ser preservadas as principais<br />

propriedades do mel e da acerola, observando-se<br />

a manutenção destas propriedades ao longo do tempo. O<br />

extrato da acerola foi obtido de duas maneiras, pela concentração<br />

da fruta e também por secagem do suco em<br />

microondas. Avaliando-se os teores de ácido ascórbico,<br />

acidez, hidroximetilfurfural e umidade na mistura mel-<br />

-acerola, não foram observadas alterações significativas<br />

destas propriedades durante um mês de estudo.<br />

Sumário<br />

Daniel S. Albuquerque<br />

Teresa Cristina R. S. Franco<br />

Wanleysson L. D. Martins<br />

252 / 415


INtRodução<br />

Nobre produto das abelhas, desde a antiguidade se reconhece<br />

no mel a importância como alimento e produto<br />

terapêutico. Rico em açúcares simples, facilmente absorvidos<br />

no organismo, o mel também possui ácidos orgânicos,<br />

que lhe conferem a resistência aos organismos<br />

patogênicos, além de aminoácidos, proteínas, enzimas e<br />

sais minerais importantes na alimentação humana. Para<br />

além das propriedades importantes do mel, a apicultura<br />

resulta em benefícios que se estendem ao ambiente<br />

como um todo visto que, ao elaborar o mel, as abelhas<br />

desempenham a polinização, mantendo, assim, a biodiversidade<br />

ecológica (SILVA et al., 2005, EVANGELISTA-<br />

-RODRIGUES et al., 2005).<br />

No Brasil, a produção e a comercialização do mel de<br />

abelhas Apis mellifera apresentam considerável potencial<br />

devido ao clima e vegetação que influenciam diretamente<br />

na composição, variedade e qualidade do mel. As<br />

condições edafoclimáticas do país também beneficiam a<br />

produção de frutas e, no caso do nordeste, a acerola (Malpighia<br />

glabra L.) tem mercado garantido pelo principal<br />

atrativo da fruta, seu teor de vitamina C, até 100 vezes<br />

superior a outras frutas como laranja ou limão (CHAVES<br />

et al., 2004, ARONSON, 2001, p.29).<br />

Originária da região das Antilhas, América Central e<br />

norte da América do Sul, a acerola, ou “cereja-das-antilhas”,<br />

teve seu elevado teor de vitamina C descoberto na<br />

década de 40, despertando, a partir de então, interesse<br />

pela utilização da vitamina C da fruta (LIMA, 2003, p.4).<br />

A vitamina C, quimicamente chamada de ácido ascórbico,<br />

é fundamental para o organismo humano, pois previne<br />

doenças como o escorbuto, combate a debilidade,<br />

fadiga, perda de apetite, infecções e dores musculares e<br />

articulares. Poderoso antioxidante, a vitamina C também<br />

combate os radicais livres e influencia positivamente na<br />

absorção do ferro e na síntese do colágeno na pele (BASU<br />

Sumário<br />

253 / 415


& SCHORAH, 1982, p.10). Assim como a maioria das vitaminas,<br />

entretanto, a vitamina C não é fabricada pelo<br />

ser humano, devendo ser fornecida pela alimentação diária<br />

(MOSER & BENDICH, 1991, p. 195).<br />

A Ingestão Diária Recomendada (IDR) pela Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária é de 60mg de vitamina C<br />

(AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1998).<br />

Essa dosagem pode ser facilmente obtida pelo consumo<br />

da acerola, visto que, em 100g da fruta in natura, aproximadamente<br />

1.400mg de vitamina C podem estar presentes.<br />

Outra vantagem benéfica para o consumo da acerola<br />

é a presença de precursores das vitaminas A e do complexo<br />

B (RIGHETTO, 2003, p.5-6).<br />

Os teores de vitamina C na acerola dependem, entretanto,<br />

do seu grau de maturação, tendo sido observadas<br />

perdas significativas após 5 dias do fruto maduro.<br />

Também mantida sob refrigeração, a vitamina C decresce<br />

significativamente no intervalo de 20 dias (RIGHET-<br />

TO, 2003, p.1). Uma forma, então, de manter a vitamina<br />

C da acerola é transformar a fruta em extrato, mantendo<br />

em ambiente que reduza a perda da vitamina C. O mel,<br />

embora rico em várias substâncias, tem baixíssimo teor<br />

vitamínico. Por outro lado, a presença de vários constituintes,<br />

dentre estes, açúcares e substâncias ácidas, fazem<br />

do mel um alimento que “não estraga”.<br />

No presente trabalho, objetivou-se aliar as potencialidades<br />

do mel e da acerola através da elaboração de um<br />

único produto, um composto de mel com extrato de acerola,<br />

concentrado em vitamina C, nas proporções de menor<br />

prejuízo para as propriedades de cada componente.<br />

Sumário<br />

254 / 415


mAtERIAl E mÉtodoS<br />

Equipamentos, reagentes e amostras<br />

Para as medidas de umidade, relacionadas com o índice<br />

de refração, utilizou-se um refratômetro digital portátil<br />

da Atago, modelo PAL-RI, com faixas de medição de<br />

nd de 1,3330 a 1,4098, resolução 0,0001. Medidas de<br />

absorbância foram realizadas no espectrofotômetro Ultravioleta-visível<br />

CARY 50, da Varian. Para medidas de<br />

pH, utilizou-se o pHmetro Hanna (Hanna Instruments),<br />

com eletrodo de pH HI 1110B (de vidro combinado),<br />

modelo pH 21, padronizado com soluções-tampão pH<br />

4,01 e 7,00 obtidas da Merck. No preparo das soluções<br />

padrões foram utilizados a balança analítica Bel Mark<br />

210 A e o Ultrapurificador de Água DirectQ, da Millipore.<br />

Os reagentes ferricianeto de potássio trihidratado, acetato<br />

de zinco dihidratado, bissulfito de sódio, amido<br />

puro, iodeto de potássio e iodato de potássio utilizados<br />

no preparo das soluções foram obtidos da Merck. Hidróxido<br />

de sódio foi obtido da Quimex. Os ácidos clorídrico<br />

e sulfúrico foram adquiridos, respectivamente, da<br />

Merck e da Vetec.<br />

A solução de KIO 3 foi preparada a 0,01Eq.gL -1 , para<br />

que se fizesse a titulação da amostra diluída em solução<br />

de H 2 SO 4 a 20% em presença de 1mL de solução de<br />

amido a 1% e de KI a 10%. Demais soluções foram em<br />

concentração 0,05Eq.gL -1 , com devida padronização.<br />

Amostras de mel foram obtidas na cidade de Santa Luzia<br />

do Paruá, no estado do Maranhão. As amostras de mel<br />

foram coletadas no período de agosto/2007, em apiário<br />

previamente definido para o estudo. Optou-se por fazer<br />

coleta neste apiário em função da localização, conhecimento<br />

do histórico e acompanhamento da colmeia. Coletou-se<br />

cerca de 15kg de mel, armazenados em frascos de<br />

vidro, vedados com tampa plástica e envoltos em papel<br />

Sumário<br />

255 / 415


alumínio, a fim de evitar degradação de alguns compostos<br />

por ação da luz. Foi feita a vedação dos frascos visando<br />

também impedir a entrada de ar e início de processos<br />

fermentativos. As amostras foram conservadas em temperatura<br />

ambiente, por 12 meses.<br />

As amostras de acerola foram obtidas diretamente de<br />

mercados populares dos bairros da cidade de São Luís,<br />

obedecendo aos padrões de consumo como maturidade,<br />

aparência, tempo de exposição ao consumidor e higiene<br />

do vendedor. Depois de coletadas, as amostras foram<br />

acondicionadas em embalagens comerciais de polietileno,<br />

conservadas em recipientes refrigerados e transportadas<br />

para o laboratório.<br />

preparo das amostras<br />

As acerolas foram higienizadas e secas para, em seguida,<br />

serem trituradas intensa e rapidamente em aparelho<br />

liquidificador. O produto triturado foi ainda peneirado<br />

em peneira de nylon, resultando em uma massa de extrato<br />

de acerola densa e viscosa, com textura semelhante<br />

ao mel.<br />

A adição de extrato de acerola ao mel foi feita na proporção<br />

1 parte de acerola para 9 partes de mel, e as<br />

amostras do composto resultante foram acondicionadas<br />

em recipientes plásticos, em ambiente refrigerado a 10 ±<br />

0,5°C.<br />

As amostras do mel composto a 10% (m/m) foram lavadas<br />

com solução de ácido sulfúrico 20% e filtradas.<br />

Em seguida, na presença de amido e iodeto de potássio,<br />

as amostras foram tituladas com iodato de potássio.<br />

determinação do teor de ácido ascórbico (vitamina C)<br />

O teor de vitamina C foi analisado segundo o método<br />

utilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, ou seja, através<br />

de titulação da amostra com solução de iodato de potássio<br />

(INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985, p. 283-287).<br />

Sumário<br />

256 / 415


A titulação, feita em triplicata, utilizou 10g da amostra<br />

processada que foi filtrada com 20,0mL de solução de<br />

ácido sulfúrico a 20%. Foram acrescentados à amostra<br />

depois de filtrada 1,0mL da solução de iodeto de potássio<br />

e 1,0mL da solução de amido a 1,0%. A titulação foi feita,<br />

em seguida, com solução de iodato de potássio (KIO 3 )<br />

a 0,01Eg.gL -1 , com o teor de ácido ascórbico calculado a<br />

partir da quantidade reagente deste.<br />

determinação de parâmetros físico-químicos para o<br />

mel e composto de mel-acerola utilizados no estudo<br />

A determinação da umidade foi feita procedendo-se à<br />

leitura do índice de refração e da temperatura em um<br />

refratômetro do tipo Abbé. Usou-se como referência a tabela<br />

de Chataway. A correção de temperatura foi feita<br />

acrescentando-se à leitura do índice de refração o valor<br />

de 0,00023 para cada grau acima de 20ºC e subtraindo-<br />

-se 0,00023 para cada grau abaixo de 20°C.<br />

A determinação de hidroximetilfurfural (HMF) foi feita<br />

preparando-se 50mL de uma solução com 10g de amostra<br />

de mel, 0,5mL de solução de Carrez 1(15g de ferricianeto<br />

de potássio trihidratado em 100mL de solução<br />

aquosa), 0,5mL de solução de Carrez 2 (30g de acetato de<br />

zinco dihidratado em 100mL de solução aquosa) e água<br />

deionizada. Filtrou-se a solução da amostra com papel<br />

de filtro, descartando-se os 10mL iniciais. Em seguida,<br />

pipetou-se 5mL do filtrado em dois tubos de ensaio, adicionando-se<br />

no primeiro tubo 5mL de água desionizada<br />

e no segundo 5mL de bissulfito de sódio como referência.<br />

Mediu-se a absorbância da amostra nos comprimentos<br />

de onda de 284 e 336nm. Para o cálculo da quantidade<br />

de hidroximetilfurfural (HMF), utilizou-se a relação citada<br />

no Manual do Instituto Adolfo Lutz (1985, p. 382).<br />

A determinação da acidez baseou-se no método titulométrico,<br />

utilizando-se soluções de hidróxido de sódio<br />

0,05Eq.g L -1 e de ácido clorídrico 0,05Eq.gL -1 . Pesou-se<br />

Sumário<br />

257 / 415


* Fonte: BRASIL, Instrução Normativa No. 11, de 20/10/2000.<br />

# Fonte: Portaria No 6 de 25/07/1985, do Ministério da Agricultura.<br />

10g de amostra de mel e acrescentou-se 75mL de água livre<br />

de CO . Titulou-se sob agitação com NaOH a 0,05Eq.<br />

2<br />

gL-1 até o pH chegar a 8,5, com velocidade de aproximadamente<br />

5mL/minuto. Acrescentou-se 10mL de NaOH a<br />

0,05Eq.gL-1 imediatamente e titulou-se com HCl a 0,05Eq.<br />

gL-1 até o pH atingir 8,3, com a mesma velocidade. Para o<br />

valor do branco, colocou-se em um béquer 75mL de água<br />

e titulou-se com NaOH a 0,05Eq.gL-1 até atingir pH 8,5.<br />

Trabalhou-se com o potencial hidrogeniônico medido no<br />

pHmetro para valores obtidos na titulação ácido-base.<br />

RESultAdoS E dISCuSSão<br />

Caracterização do mel utilizado no estudo<br />

Avaliação Parâmetro (unidade)<br />

Pureza<br />

Maturidade<br />

Deterioração<br />

Demais Parâmetros<br />

Amostras<br />

de mel em<br />

estudo<br />

Sumário<br />

Limites da<br />

Legislação*<br />

Sol.insolúveis (%, m/m) 0,03 a 0,04 £ 0,1<br />

Cinzas (%, m/m) 0,24 a 0,27 £ 0,6<br />

Açúc. redutores (%, m/m) 68,5 a 73,4 ³ 65,0<br />

Sacarose (%, m/m) 5,4 a 5,9 £ 6,0<br />

Umidade (%, m/m) 17,8 a 18,0 £ 20<br />

Acidez (mEgg kg -1 )<br />

HMF (mg kg -1 )<br />

Ativ. Diastásica<br />

Cor<br />

18,75 a<br />

36,63<br />

3,72 a<br />

4,28<br />

10,28 a<br />

12,75<br />

Âmbar<br />

claro<br />

(A =<br />

0,358)<br />

£ 50,0<br />

£ 60<br />

³ 8<br />

Branco<br />

d’água a âmbar-escuro<br />

pH 3,26 a 3,39 3,3 – 4,6 #<br />

Características organolépticas<br />

Líquido denso e viscoso,<br />

odor agradável e característico,<br />

sabor próprio e<br />

doce.<br />

Tabela 1. Avaliação físico-química das amostras de mel em estudo.<br />

Previamente foram<br />

feitas as determinações<br />

dos principais<br />

parâmetros de qualidade<br />

do mel em estudo,<br />

feito pelo grupo<br />

de pesquisa envolvido<br />

no trabalho. Os<br />

resultados das análises<br />

físico-químicas<br />

são apresentados na<br />

Tabela 1. Pelos parâmetros<br />

avaliados,<br />

observou-se que o<br />

mel em estudo atendeu<br />

adequadamente<br />

ao padrões de qualidade<br />

estabelecidos<br />

na Instrução Normativa<br />

No. 11, de 20 de<br />

outubro de 2000, do<br />

Ministério da Agri-<br />

258 / 415


cultura e Abastecimento (Brasil, 2000).<br />

Quanto à origem, conforme informações diretamente<br />

obtidas com os apicultores, o mel foi produzido por abelhas<br />

africanizadas que obtinham de plantas silvestres a<br />

matéria-prima do mel, sendo, portanto, um mel polifloral.<br />

As plantas visitadas pelas abelhas da colmeia foram<br />

tipicamente a chanana, assa-peixe, vassourinha de botão,<br />

hortelanzinho, bamburral, juçara, embaúba, maria-<br />

-mole, cajueiro, laranjeira e seringueira. Os citados nomes<br />

são populares e, para a identificação das floradas do<br />

mel, seria necessário um estudo mais detalhado envolvendo<br />

a identificação do nome científico de cada planta e<br />

a análise polínica do referido mel.<br />

Obtenção do extrato de acerola e verificação da estabilidade<br />

da vitamina C no extrato adicionado ao mel<br />

Embora o mel possua uma resistência considerável à<br />

deterioração e ação de microorganismos, um parâmetro<br />

que precisou ser investigado ao manipular o mel foi seu<br />

teor de umidade, visto que em valores superiores a 20%<br />

poderia ocorrer a proliferação de leveduras osmofilíticas,<br />

com consequente fermentação do produto apícola (Moreira<br />

& Maria, 2001). Desta forma, a adição da acerola<br />

ao mel implicou, necessariamente, em processos de eliminação<br />

de água, ou obtenção de um “extrato” da fruta,<br />

de forma a não comprometer a mistura mel-acerola ao<br />

longo do tempo.<br />

Em contrapartida, para garantir a estabilidade do ácido<br />

ascórbico, reconhecidamente termolábil e instável quando<br />

exposto a substâncias oxidantes, ou ainda quando<br />

sujeito a aquecimentos e/ou exposição à luz solar, o mínimo<br />

de manipulação foi feito com a acerola. Assim sendo,<br />

optou-se por proceder à secagem da fruta de forma<br />

branda, sem exposição aos citados fatores de instabilidade<br />

da vitamina C (RIGHETTO, 2003, p. 12).<br />

Sumário<br />

259 / 415


No processo de obtenção do extrato da acerola a ser<br />

adicionado ao mel, outro parâmetro a considerar foi a<br />

simplicidade do processo de secagem e obtenção do extrato<br />

da fruta. Os primeiros testes foram feitos em microondas,<br />

porém perdas médias de 43,5% da vitamina<br />

C foram observadas. Considerando que a intenção do<br />

trabalho era de propiciar ao produtor rural um aumento<br />

de vida útil e também a agregação de valor aos seus<br />

produtos, optou-se por tornar o processo o mais simples<br />

possível, realizando-se, então, apenas a rápida trituração<br />

da fruta em liquidificador, peneiramento e posterior<br />

adição ao mel. A Tabela 2 apresenta os valores médios de<br />

vitamina C obtidos para acerola in natura e no extrato,<br />

antes da adição no mel.<br />

Fruta<br />

Teor<br />

(mg/100g)<br />

Coef. de Variação<br />

(%)<br />

Acerola in natura 1.441,4 1,82<br />

Acerola em extrato 973,7 4,04<br />

Tabela 2: Teor de vitamina C na acerola – fruta in natura e no extrato<br />

concentrado (n=5).<br />

A perda observada para a vitamina C foi de 32,4%. Ainda<br />

assim, optou-se por utilizar o referido método na obtenção<br />

do extrato da fruta, considerando-se que o teor<br />

de vitamina C ainda era relativamente elevado, podendo<br />

significar um razoável acréscimo de vitamina C ao mel.<br />

Para o mel puro, a concentração de vitamina C antes da<br />

adição do extrato de acerola foi desprezível.<br />

A estabilidade no teor da vitamina C no composto de<br />

mel com acerola foi também avaliada, determinando-se a<br />

concentração de vitamina C logo após o preparo da mistura<br />

‘extrato de acerola – mel’ na proporção 1:10 e após<br />

15 e 30 dias de armazenamento da mistura em ambiente<br />

refrigerado. A Tabela 3 mostra os resultados obtidos.<br />

Sumário<br />

260 / 415


Tempo (dias) 0 15 30<br />

Vitamina C<br />

(mg/100g)<br />

Coeficiente de Variação<br />

(%)<br />

83,8559 80,3993 80,0569<br />

1,52 1,30 0,54<br />

Tabela 3: Variação no teor de vitamina C na mistura extrato de<br />

acerola – mel, na proporção 1:10 (armazenado em geladeira; n=5).<br />

Os valores obtidos evidenciaram uma significativa estabilidade<br />

do “composto de mel com acerola” na condição<br />

de refrigeração e no recipiente de armazenamento a<br />

que foi submetido, resultando em uma sutil perda de vitamina<br />

C (de 4,53% em 30 dias). Levando-se em consideração<br />

o intervalo de tempo entre produção, distribuição,<br />

prateleira e consumo de determinados produtos naturais<br />

comercializados no mercado comum, como algumas<br />

geleias e outros produtos naturais (cerca de 30 dias),<br />

pode-se afirmar que o “composto de mel com acerola”<br />

proposto neste trabalho tem condições de ser comercializado,<br />

tendo-se uma perda de vitamina C relativamente<br />

pequena. Etapas posteriores do estudo deverão ser feitas,<br />

de forma a avaliar se tais perdas aumentam em tempos<br />

superiores aos 30 dias de armazenamento. Durante<br />

o período de estudo não foi observada a cristalização do<br />

composto de mel.<br />

Avaliação das propriedades do mel no composto<br />

mel-acerola em função do tempo de armazenamento<br />

Foram investigados os principais parâmetros de deterioração<br />

(HMF e acidez) e de fermentação do mel (umidade)<br />

após a adição da acerola ao mel. A Tabela 4 apresenta<br />

os resultados das análises referentes ao monitoramento<br />

dos parâmetros físico-químicos do mel que poderiam ser<br />

alterados com a adição do extrato de acerola.<br />

Sumário<br />

261 / 415


Parâmetro Mel puro<br />

Sumário<br />

Tempo (dias)<br />

0 15 30<br />

HMF (mg/kg) 17,12 17,95 19,25 20,36<br />

Umidade (%) 18,4 25,1 23,2 23,0<br />

Acidez (meq/kg) 36,30 81,24 43,43 43,33<br />

Tabela 4: Parâmetros de deterioração (HMF e acidez) e de fermentação<br />

do mel (umidade) após a adição do extrato de acerola<br />

ao mel.<br />

Os valores<br />

obtidos permitiramtraçar<br />

o comportamento<br />

dos níveis de<br />

HMF, umidade<br />

e acidez<br />

em função do<br />

tempo (Figura<br />

1). Conforme<br />

a legisla-<br />

ção brasileira vigente, que determina os valores padrões<br />

para os parâmetros físico-químicos do mel, todos os valores<br />

obtidos para índice de HMF foram satisfatórios, visto<br />

que o valor máximo permitido é de 60mg/kg, observando-se<br />

apenas um pequeno aumento no valor deste após<br />

a adição do extrato ao mel. Este aumento não representou<br />

necessariamente efeito da adição do extrato, visto<br />

que, normalmente, a concentração do hidroximetilfurfural<br />

tende a aumentar ao longo do tempo de armazenamento<br />

do mel puro.<br />

Figura 1: Variação nos principais parâmetros de<br />

avaliação do mel (deterioração e fermentação) após a<br />

adição da acerola à mistura.<br />

262 / 415


Quanto ao parâmetro umidade, os valores obtidos após<br />

a adição do extrato ao mel foram superiores ao máximo<br />

permitido pela legislação, ou seja, de 21%. Tal diferença,<br />

no entanto, não representou um problema para a<br />

conservação do composto de mel, considerando que, no<br />

mesmo período de estudo, ocorreu um aumento da acidez,<br />

que depois diminuiu em função do tempo, contribuindo,<br />

assim, para a inibição no desenvolvimento de<br />

microorganismos na mistura mel-acerola. Embora o limite<br />

estabelecido pela legislação para o teor de acidez no<br />

mel fosse inferior a 50mEqgkg -1 , os teores de acidez na<br />

mistura também foram inferiores a este valor no intervalo<br />

do tempo de estudo da mistura. Observou-se ainda<br />

que a umidade aumentou logo após a adição do extrato,<br />

já que este é rico em água proveniente da fruta, porém<br />

diminuiu gradativamente ao longo do tempo devido à baixa<br />

umidade presente no ambiente de armazenamento da<br />

mistura.<br />

CoNCluSõES<br />

A simplicidade no processo de preparo do composto<br />

de mel e acerola evidenciou a possibilidade de adição do<br />

extrato de acerola ao mel, obtendo-se, ao longo de um<br />

mês, um produto de fácil comercialização, cujas principais<br />

propriedades da fruta e do mel foram mantidas.<br />

Desta forma, foi possível garantir a agregação de valor ao<br />

mel e maior longevidade à acerola.<br />

O custo de produção foi analisado, verificando-se ser<br />

relativamente baixo, dependendo em maior extensão do<br />

valor do mel e em menor escala do preço da fruta, vendida<br />

a preços bastante accessíveis. Considerando-se a<br />

proporção de acerola e mel na mistura estudada e os<br />

preços de ambos os produtos no comércio local, verificou-se<br />

para o preparo do composto de mel e acerola<br />

gastos de aproximadamente 92% em mel e 8% em ace-<br />

Sumário<br />

263 / 415


ola. Em termos de equipamentos, também verificou-se<br />

custo relativamente baixo para a produção do composto<br />

de mel, representando, assim, considerável rentabilidade<br />

na venda do composto de mel, com real agregação de<br />

valor comercial ao produto.<br />

Diante da pesquisa realizada e dos resultados obtidos,<br />

concluiu-se que a produção do composto de mel e acerola<br />

é economicamente viável para o pequeno produtor.<br />

A vitamina C, principal constituinte da fruta, permaneceu<br />

relativamente estável, representando um ganho de<br />

qualidade ao produto proposto.<br />

O presente estudo também evidenciou a qualidade do<br />

mel utilizado no estudo, observando-se cumprir os critérios<br />

de qualidade exigidos pela legislação brasileira.<br />

Para a mistura acerola e mel não se observou alterações<br />

físico-químicas significativas que pudessem comprometer<br />

a qualidade do mel após a adição do extrato de acerola.<br />

Levando-se em consideração a estabilidade da vitamina<br />

C no extrato de acerola adicionado ao mel e os principais<br />

parâmetros físico-químicos, a produção do composto de<br />

mel foi considerado exequível, tendo-se como vantagem<br />

adicional, além das propriedades intrínsecas dos componentes<br />

naturais, o potencial de produção de ambas as<br />

matérias-primas no local em estudo.<br />

AgRAdECImENtoS<br />

Ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., pelo financiamento<br />

do projeto. W.L.D. Martins e D. S. Albuquerque agradecem,<br />

respectivamente, ao CNPq, pela Bolsa de Apoio<br />

Técnico, e ao PIBIC/UFMA, pela bolsa de Iniciação Científica.<br />

REFERÊNCIAS<br />

SILVA, C. L., QUEIROZ, A. J. M., FIGUEIRÊDO, R. M. F.<br />

Caracterização físico-química de méis produzidos no Es-<br />

Sumário<br />

264 / 415


tado do Piauí para diferentes floradas. Revista Brasileira<br />

de Engenharia Agrícola e Ambiental, 8, 2/3, 260-265,<br />

2004.<br />

EVANGELISTA-RODRIGUES, A., SILVA, E. M. S., BE-<br />

SERRA, E. M. F., RODRIGUES, M. L. Análise físico-química<br />

dos méis das abelhas Apis mellifera e Melipona<br />

scutellaris produzidos em regiões distintas no Estado da<br />

Paraíba. Cienc. Rural. 35, 5, 1166-1171. 2005.<br />

CHAVES, M. C. V., GOUVEIA, J. P.G., ALMEIDA, F.<br />

A. C., LEITE, J. C. A., SILVA, F. L. H. Caracterização<br />

físico-química do suco da acerola. Revista de Biologia e<br />

Ciências da Terra, 4, 2, 2004.<br />

ARONSON, J. K. Forbidden fruit. Nature Medicine, v. 7,<br />

n. 1, p. 29-30, 2001.<br />

LIMA, R. S. Caracterização físíco-química da acerola e estudo<br />

da estabilidade da vitamina C nos extratos para uso<br />

em cosmetologia. 2003, (Monografia) – Curso de Química<br />

Industrial, Universidade Federal do Maranhão, 2003.<br />

BASU, T. K.; SCHORAH, C. J. Vitamin c in health and<br />

desease. Londres: AVI Pub. Co., 1982. 152 p.<br />

MOSER, U.; BENDICH, A. Vitamin C. In: MACHLIN. L. J.<br />

Handbook of vitamins. 2º ed. New York: Marcel Dekker<br />

Inc., 1991. p. 195-232.<br />

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria<br />

nº 41 de 14 de janeiro de 1998, anexo A. Regulamento<br />

técnico para rotulagem nutricional de alimentos<br />

embalados. República Federativa do Brasil, Brasília, DF,<br />

14 de janeiro de 1998. Disponível em: http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php<br />

Acesso em: 09<br />

abr. 2008.<br />

RIGHETTO, A. M. Caracterização físico-química e estabilidade<br />

de suco de acerola verde microencapsulado por<br />

atomização e liofilização. 2003. (Tese de Doutorado) – Faculdade<br />

de Engenharia de Alimentos. Universidade Estadual<br />

de Campinas, Campinas – SP, 2003, 178 p.<br />

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Insti-<br />

Sumário<br />

265 / 415


tuto Adolfo Lutz: métodos químicos e físicos para análise<br />

de alimentos. 3ª. ed. São Paulo: O Instituto, 1985. p.<br />

483.<br />

BRASIL, INSTRUÇÃO NORMATIVA N o. 11, de 20 de outubro<br />

de 2000. Disponível em http://e-legis.anvisa.gov.<br />

br/leisref/public/showAct.php?id= 12462&word=mel.<br />

Acesso em 23/11/2005.<br />

BRASIL, Portaria SIPA N o. 06 de 25 de Julho de 1985,<br />

Ministério da Agricultura, 1985.<br />

MOREIRA, R. F. A., MARIA, C. A. B. Glicídios no mel.<br />

Química Nova, v. 24, 4, 516 – 525, 2001.<br />

Daniel S. Albuquerque<br />

Graduado em Química industrial pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Teresa Cristina R. S. Franco<br />

Doutora em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e<br />

Diretora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Wanleysson L. D. Martins<br />

Especialista em Engenharia Ambiental pelo Centro Universitário do Maranhão.<br />

Sumário<br />

266 / 415


Conceito da Aeronave 2012<br />

pROJeTO<br />

AeRODeSIgN<br />

ueMA:<br />

<strong>MARANHÃO</strong><br />

AlçANDO<br />

MAIOReS<br />

vOOS<br />

O<br />

Projeto AeroDesign é um programa<br />

de fins educacionais realizado<br />

pela Society of Automotive<br />

Engineers (SAE BRASIL), através da<br />

Seção São José dos Campos – SP, tendo<br />

como principal objetivo proporcionar a<br />

difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimento<br />

de Engenharia Aeronáutica<br />

entre estudantes e futuros profissionais<br />

deste importante seguimento e modalidade<br />

vinculados às instituições de ensino<br />

superior em todo Brasil e pelo mundo,<br />

através de aplicações práticas e da<br />

competição entre equipes.<br />

O Projeto AeroDesign no Maranhão é<br />

um Projeto Especial do curso de Engenharia<br />

Mecânica da Universidade Estadual<br />

– UEMA que, nos últimos 10 (dez)<br />

anos, várias equipes de alunos representaram<br />

o Estado na Classe Regular (onde<br />

somente alunos de graduação podem<br />

participar), tendo a oportunidade de experimentar<br />

a prática de atividades concernentes<br />

ao projeto de aeronaves jun-<br />

Sumário<br />

267 / 415


to ao grande centro de referência nacional na área: o Departamento<br />

Central de Tecnologia Aeronáutica, onde encontram-se importantes<br />

órgãos e empresas, tais como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica),<br />

o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) e a EM-<br />

BRAER.<br />

A Competição SAE BRASIL AeroDesign tem o apoio institucional do<br />

Ministério da Educação, por alinhar-se e vir ao encontro de objetivos<br />

das políticas e diretrizes deste Ministério.<br />

hIStóRICo do mARANhão NA CompEtIção<br />

Z-01<br />

Z -02<br />

Sumário<br />

A competição SAE<br />

AeroDesign ocorre nos<br />

Estados Unidos desde<br />

1986, tendo sido concebida<br />

e realizada pela<br />

SAE International. A<br />

partir de 1999 esta competição<br />

passou a constar<br />

também no calendário<br />

de eventos estudantis<br />

da SAE BRASIL. Ao longo<br />

de todos esses anos<br />

de existência, o AeroDesign<br />

no Brasil tornou-se<br />

visivelmente um evento<br />

crescente em quantidade<br />

e qualidade dos projetos<br />

participantes.<br />

Aero UEMA – 2001/<br />

2002: Aero UEMA foi a<br />

primeira equipe do curso<br />

de Engenharia Mecânica<br />

da Universidade Estadual<br />

do Maranhão, sendo<br />

formada por 12 estudantes;<br />

268 / 415


Equipe Vortex – 2004:<br />

Devido à graduação dos<br />

integrantes do projeto,<br />

Z-03<br />

fez-se necessário a reorganização<br />

que fez surgir em<br />

2004 a Equipe Vortex, que<br />

participou da 6ª edição da<br />

competição. Nos proximos<br />

2 anos não houve condições<br />

para que o Projeto<br />

fosse desenvolvido.<br />

Equipe Zeus – 2007-<br />

2011: No ano de 2007, a<br />

equipe concluiu o projeto,<br />

porém não foi possível<br />

viajar devido a falta de<br />

recursos financeiros para<br />

custear a viagem, mas em<br />

2008 a Equipe Zeus Aero<br />

Design leva o nome da<br />

UEMA a participar pela 4ª<br />

vez da competição. Com<br />

o Z-01, obteve a 56ª colocação,<br />

na 10ª edição da<br />

competição;<br />

Em 2009, novamente a<br />

equipe Zeus Aero Design<br />

participou, agora com o<br />

aeromodelo Z-02, e obteve a 55ª colocação, na 11ª edição da competição;<br />

Em 2010, com a admissão de novos integrantes (8 acadêmicos viajaram<br />

para SJC) a Equipe passou por mudanças na organização das<br />

comissões de projeto, permitindo um salto para a 34ª posição no quadro<br />

geral, na 12ª Edição do SAE Brasil AeroDesign;<br />

Em 2011, dando continuidade ao trabalho diferenciado, a equipe<br />

apostou no aprofundamento na abordagem de Projetos Aeronáuticos<br />

e no uso de materiais compósitos e fabricação avançada, culminando<br />

na 17ª colocação geral da Competição, além do 1º lugar na Retirada de<br />

Athos 2011<br />

Sumário<br />

269 / 415


“Hoje entendemos o<br />

que motivou os primeiros<br />

estudantes da UEMA a<br />

ousarem instalar o Projeto<br />

SAE Brasil AeroDesign<br />

em nossa instituição:<br />

a necessidade do<br />

intercâmbio de informações<br />

e conhecimentos, a<br />

experiência de organizar<br />

e gerenciar grupos e<br />

projetos, além do ambiente<br />

de competição, fazem com<br />

que o AeroDesign seja um<br />

diferencial na formação do<br />

profissional que o mercado<br />

de trabalho procura”.<br />

João Luís de Meneses,<br />

estudante do 7º período<br />

Carga, com direito a menção honrosa;<br />

Equipe Zeus 2012<br />

Para este ano, graças ao respeito e<br />

o nível técnico que se alcançaram ao<br />

longo da evolução do projeto, os acadêmicos<br />

decidiram apostar na representação<br />

do Estado não somente na<br />

Classe Regular (constituída de 7 estudantes<br />

de graduação), mas também<br />

na Classe Advanced (4 estudantes),<br />

onde os requisitos do Regulamento<br />

de Competição são mais próximos<br />

daqueles encontrados na Regulamentação<br />

Aeronáutica, e os acadêmicos<br />

de graduação da UEMA estarão competindo<br />

diretamente com estudantes<br />

de pós-graduação nas áreas de Engenharia<br />

da Mobilidade.<br />

ImpoRtâNCIA do pRoJEto:<br />

vISão doS AluNoS<br />

Para o componente da equipe Zeus,<br />

João Wilker Barros, do 6ª período de<br />

Engenharia Mecânica, a Competição<br />

SAE BRASIL representa “um laboratório,<br />

onde temos a oportunidade de<br />

colocar em prática os conteúdos que<br />

aprendemos em sala de aula, bem<br />

como podemos alinhar desenvolvimento<br />

acadêmico com o tecnológico,<br />

tendo a pesquisa aeronáutica como<br />

foco. A UEMA também é engrandecida<br />

pela nossa participação no evento<br />

competitivo”, afirmou o estudante.<br />

Sumário<br />

270 / 415


Acadêmicos<br />

que já<br />

participaram<br />

do projeto<br />

vortex 2004<br />

Kátrine Evelen Carole da S. Sousa;<br />

Luciano Soares da Silva;<br />

Rosemile Mota Costa;<br />

Érico Araujo Noleto;<br />

Daniel Augusto do Carmo;<br />

Aldomir Nascimento de Oliveira;<br />

Assedino Pereira as Queiroga Neto;<br />

Deivison Lima da Silva;<br />

Dielson Silva Martins;<br />

Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;<br />

Flavio da Conceição Lima de Oliveira;<br />

Jaciara Pires Aguiar;<br />

Luana Maria Lima dos Santos;<br />

Maria Raimunda Rocha Gomes;<br />

Cassio Daniel Salomão Silva.<br />

Aero uEmA 2001-2002<br />

Carlos Cesar Silva Viegas;<br />

David Augusto Vieira Sousa;<br />

Diego Fernando de Araújo Costa;<br />

Dielson Silva Martins;<br />

Edson Ribamar Morais;<br />

Edvaldo Sousa de Oliveira Junior;<br />

Flavio Nunes Pereira;<br />

Franco Jefferds dos Santos Silva;<br />

Jaime Muniz Pinto Sobrinho;<br />

Jose de Ribamar Silva do Nascimento;<br />

Luciano Porto Bontempo;<br />

Tonnyfran Xavier de Araújo Sousa.<br />

Sumário<br />

Equipe Zeus 2008-2012<br />

Gyovanni Pinheiro Saraiva Coelho<br />

João Luís de Meneses Barros<br />

João Wilker Ribeiro Barros Lima<br />

Edilson Dantas Nóbrega<br />

Hércules Araújo Oliveira<br />

Thallys Anderson Machado Ferreira<br />

Carlos Henrique Cunha Caetano<br />

André Gustavo Amorim Nogueira<br />

Fernando Antonio Moreira Abreu<br />

Marco Antônio Lima Junior<br />

Ediharlly João Alves dos Santos<br />

Igor Fernandes Araújo<br />

Edilberto dos Anjos Teixeira<br />

Kátia Assunção<br />

Edgard Coelho Couto<br />

Luana Roberta<br />

271 / 415


Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Adalto Rodrigues gomes dos Santos Filho<br />

Possui graduação em Bacharelado Em Física pela Universidade de São<br />

Paulo (1991), mestrado em Física pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(1995) e doutorado em Física das Partículas Elementares e Campos<br />

pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é Professor<br />

Adjunto IV do Departamento de Física do Instituto Federal de<br />

Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). Tem atuado nos<br />

seguintes temas de pesquisa: teorias clássicas de gravidade; defeitos<br />

topológicos; branas em dimensões extras; aplicações de teoria de campos<br />

em óptica; violação da simetria de Lorentz. Desde março de 2010 é<br />

pesquisador nível 2 do CNPq.<br />

Aluísio Alves Cabral Júnior<br />

Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1990),<br />

mestre em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São<br />

Carlos (1995), doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade<br />

Federal de São Carlos (2000) e estágio de pós-doutorado na<br />

Universidade Federal de São Carlos (2006). Atualmente é professor associado<br />

do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />

(IFMA). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e<br />

Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: glass ceramics, glass-forming ability e thermal analysis.<br />

Atualmente, é revisor dos seguintes periódicos Journal of Non-<br />

-Crystalline Solids, Materials Research e Journal of the American Ceramic<br />

Societ; dentre outros.<br />

Sumário<br />

272 / 415


André mantegazza Camargo<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Possui graduação (concluído em março de 2007) e mestrado (concluído<br />

em julho de 2008) em Zootecnia pela UFRRJ. Atuou como professor titular<br />

do curso de graduação em Zootecnia da Faculdade de Imperatriz<br />

entre agosto de 2008 e março de 2009 e no departamento de compra<br />

de gado da Bertin S.A. entre abril de 2009 e janeiro de 2010. Desde<br />

fevereiro de 2010 é professor do ensino básico, técnico e tecnológico<br />

do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />

- Campus Codó onde já atuou como coordenador do curso de Licenciatura<br />

Plena em Ciências Agrárias entre os meses de agosto e dezembro<br />

de 2010. Em janeiro de 2011 assumiu a Chefia do Departamento de<br />

produção e pesquisa - DPP da mesma instituição, cargo que ocupa até<br />

a presente data.<br />

Andréia Freitas de oliveira<br />

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal<br />

Rural do Semiárido (2004) e mestrado em Mestrado Em Ciência Animal<br />

pela Universidade Federal Rural do Semi Árido (2008). Atualmente<br />

é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal<br />

do Maranhão, Campus São Raimundo das Mangabeiras. Tem experiência<br />

na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Patologia, Manejo<br />

e Sanidade de Animais de Laboratório, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: animais silvestres, Trypanosoma vivax, plantas medicinais.<br />

Sumário<br />

273 / 415


Andréia Serra galvão<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />

(2003) e Mestrado em Fitossanidade área Entomologia Agrícola<br />

pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2006) e Doutorado<br />

em Entomologia Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco<br />

(2009). Desenvolve trabalhos na área de Entomologia Agrícola,<br />

Acarologia Agrícola, Ecologia de ácaros e Controle Biólogico. Atualmente<br />

é professora efetiva do Instituto Federal do Maranhão onde leciona<br />

as disciplinas de Entomologia, Fitopatologia e Fruticultura.<br />

Antonio Ernandes macêdo paiva<br />

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1987), mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais<br />

pela Universidade Federal de São Carlos (1996) e doutorado em Ciência<br />

e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos<br />

(2002). Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação,<br />

Ciência e Tecnologia do Maranhão e Sub-Coordenador do Programa de<br />

Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Tem experiência na área<br />

de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais<br />

Cerâmicos, atuando principalmente nos seguintes temas: refratários,<br />

reologia, concretos, processamento e suspensões cerâmicas.<br />

Sumário<br />

274 / 415


déa Nunes Fernandes<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Graduada em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1988), Mestre em Educação Matemática pelo Programa de<br />

Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Rio Claro (2001). Doutora em<br />

Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista campus Rio<br />

Claro (2011). Membro do grupo de pesquisa “ História Oral e Educação<br />

Matemática”- GHOEM. Membro do Corpo de Assessores Científicos da<br />

Revista “Acta Tecnológica” do Instituto Federal de Educação, Ciência e<br />

Tecnologia do Maranhão- IFMA. Professora do 3º grau do Departamento<br />

de Matemática do IFMA. Tem experiência nas áreas Ciencias Exatas<br />

e da Terra , Ciências Humanas e Multidisciplinar com ênfase em Educação<br />

Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática,<br />

ensino,aprendizagem e formação de professores.<br />

Evaldinolia gilbertoni moreira<br />

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1996), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Computação<br />

Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2009). Atualmente<br />

é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação,<br />

com ênfase em GeoInformação, Metodologia e Técnicas da Computação,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: educação profisional,<br />

linguagem de programação, informática e curso tecnológico.<br />

Sumário<br />

275 / 415


Fábio henrique Silva Sales<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Graduado em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(UFMA). Mestrado e Doutorado em Física da Matéria Condensada<br />

pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professor<br />

Efetivo e Coordenador do Curso de Física Licenciatura do Departamento<br />

de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do<br />

Maranhão (IFMA), Campus Monte Castelo. Pesquisador do Grupo Teórico,<br />

cadastrado no CNPq, de Magnetismo e Materiais Magnéticos do<br />

Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN. Coordenador<br />

Regional pelo Estado do Maranhão da Olimpíada Brasileira de Física e<br />

da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas. Professor Coordenador<br />

da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Lider<br />

dos grupos de pesquisa, cadastrados no CNPq, de Iniciação Científica<br />

Junior, Ensino de Física do IIFMA e Estudo de Fases Magnéticas em<br />

nanoestruturas Terras-Raras. Consultor AH DOC de Bolsas de Iniciação<br />

Científica do IFMA. Avaliador de artigos científicos do VII Congresso<br />

de Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica<br />

(CONNEPI). Coordenador Operacional do Dinter da Matéria Condensada<br />

Gestão 2012, do IFMA com a UFC. Professor Jovem Cientista<br />

da FAPEMA. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em<br />

Engenharia de Materiais do IFMA.<br />

Sumário<br />

276 / 415


ginalber luiz de oliveira Serra<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1999), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (2001), doutorado (2005) e pós-doutorado<br />

(2005-2006) em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de<br />

Campinas. Atualmente é revisor dos seguintes periódicos: IEEE Transactions<br />

on Fuzzy Systems (1063-6706), IEEE Transactions on Neural<br />

Networks (1045-9227), IEEE Transactions on Systems Man and Cybernetics<br />

(0018-9472), International Journal of Systems and Control<br />

Engineering, Fuzzy Sets and Systems; membro da Working Group on<br />

Computers: World Scientific Engineering Academy Society, e professor<br />

adjunto I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão<br />

(IFMA). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com<br />

ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: sistemas nebulosos, identificação<br />

de sistemas, redes neurais, sistemas não-lineares no tempo<br />

discreto e algoritmos genéticos.<br />

Iêdo Alves de Souza<br />

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco<br />

(1986), mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos pela Universidade<br />

Federal da Paraíba-Campus de Campina Grande (1991) e<br />

doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de<br />

Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor adjunto do Instituto Federal<br />

de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Química, com ênfase em Cerâmica de eletrônica e estrutural,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: photoluminescence<br />

e pechini.<br />

Sumário<br />

277 / 415


Isabela vieira dos Santos mendonça<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Possui Mestrado em Biologia Vegetal (Universidade Federal de Pernambuco<br />

- 2006), área de concentração em ecologia e Graduação em Ciências<br />

Biológicas (Universidade Federal do Maranhão - 2004). Tem experiência<br />

em consultoria ambiental em área de manguezais assim como<br />

em gestão ambiental empresarial. Tem experiência no ensino superior<br />

(Profª Substituta em Fisiologia Animal no Curso de Ciencias Biológicas<br />

da UFMA - 2007 a 2008), médio e fundamental. Atualmente é Professora<br />

do Instituto Federal do Maranhão, onde ministra disciplinas nos níveis<br />

superior (Licenciatura em Biologia) e médio-técnico. Também lecionou<br />

disciplinas em cursos de pós-Graduação ( Saúde e Segurança do Trabalho,<br />

Saúde Ambiental) e tem experiência como consultora ambiental<br />

para o Sebrae-MA. Atua nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde Ambiental<br />

e Ecologia de manguezal. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em<br />

Gestão e Educação Ambiental (CNPq) e doutorando em Saúde Coletiva<br />

no Programa de Pós Graduação da UFMA<br />

Izabel Cristina da Silva Almeida Funo<br />

Possui graduação em Ciências Aquáticas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão/2004 (Bolsista CNPq), Mestrado em Recursos Pesqueiros<br />

e Aqüicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/2006<br />

(Bolsista FAPEMA) e curso de aperfeiçoamento na área de Cultivo de<br />

Moluscos Comerciales na Universidad Catolica del Norte - Chile/2006<br />

(Bolsista JICA). Doutoranda em Recurso Pesqueiro e Aquicultura pela<br />

UFRPE. Atualmente é professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico,<br />

do quadro permanente do Instituto Federal de Educação, Ciência<br />

e Tecnologia - Campus São Luís Maracanã. Na área de docência minis-<br />

Sumário<br />

278 / 415


Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

tra as disciplinas de Malacocultura, Introdução à Pesca e Aquicultura,<br />

Cultivo de peixes ornamentais e Aquicultura especial do Curso Técnico<br />

subsequente em Aquicultura . Tem experiência na coordenação de projetos<br />

na área de Cultivo de Moluscos e Educação Ambiental.<br />

Jean Robert pereira Rodrigues<br />

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1997), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />

Federal de Uberlândia (1999) e doutorado em Engenharia<br />

Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente<br />

é Professor adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor<br />

do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação,<br />

Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Engenharia de Fabricação e Materiais, com ênfase em Usinagem Não<br />

Tradicional e Convencional e Solidificação de Metais, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Eletroerosão, Torneamento , Furação e<br />

Solidificação de Ligas não-ferrosas.<br />

Jomar Sales vasconcelos<br />

Possui graduação em Engenahria Elétrica pela Universidade Federal<br />

da Paraíba (1986), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />

Federal da Paraíba (1990) e doutorado em Química pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004). Atualmente é professor<br />

associado I do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />

do Maranhão, Coordenador do NIT-IFMA, Coordenador Operacional<br />

do dinter IFMA/UFCG. Consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa<br />

ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Avaliador do Instituto<br />

Sumário<br />

279 / 415


Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixieira. Tem<br />

experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas<br />

de Energia Elétrica e Sistemas Embarcados e, na área de Química, com<br />

ênfase em Físico Química Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: microondas, filmes finos, cerâmicos e tratamento térmicos.<br />

Integrante do INCTMN. Tem 5 (cinco) solicitações de pedidos de<br />

patentes.<br />

José manuel Rivas mercury<br />

Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do<br />

Pará (1987), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />

do Pará (1995) e doutorado em Tendencias Act en Quím Analitica<br />

e Inorgánica - Universidad Autonoma de Madrid (2004). Pós-doutorado<br />

em Mineralogia Aplicada no Instituto de Geociências da UFPA (2010).<br />

Atualmente é professor de ensino medio e tecnologico do Instituto Federal<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais<br />

e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmicos, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: caracterizacao de materiais, lama vermelha, cerâmica<br />

vermelha, aluminatos de calcio e residuo de bauxita.<br />

Kleber Zuza Nóbrega<br />

Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal<br />

do Ceará (1999), mestrado em Engenharia Eletrica pela Universidade<br />

Federal do Ceará (2000) e doutorado em Engenharia Elétrica pela<br />

Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é Professor<br />

Adjunto IV do Instituto Federal do Maranhão, e atua como pesquisador<br />

colaborador da Universidade Federal do Paraná, UNICAMP e UFEs.<br />

Sumário<br />

280 / 415


Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletromagnetismo<br />

Computacional, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: propagação de ondas eletromagnéticas, métodos numéricos, comunicações<br />

ópticas e nanomagnetismo.<br />

luís presley Serejo dos Santos<br />

Professor Adjunto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia<br />

do Maranhão (IFMA), doutor em Química (área de concentração<br />

Físico-Química) pela Universidade Federal de São Carlos (2006), mestre<br />

em Ciências e Engenharia de Materiais pela USP-São Carlos (2002).<br />

Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica,<br />

com ênfase em Materiais Não-Metálicos, atuando principalmente nos<br />

seguintes áreas: Nanotecnologia, desenvolvimento de sínteses químicas,<br />

fotoluminescência, pigmentos inorgânicos, catálise heterogênea e<br />

Educação na modalidade a Distância. Membro fundador da Sociedade<br />

Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) e da Associação Brasileira<br />

de Análise Térmica e Calorimetria (ABRATEC). Pesquisador do Instituto<br />

Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia<br />

(INCTMN).<br />

Sumário<br />

281 / 415


marcelo moizinho oliveira<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal da<br />

Paraíba (1994), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade<br />

Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Ciências, área de Concentração<br />

Físico-Química, pela Universidade Federal de São Carlos (2002).<br />

Atualmente é professor associado I do Departamento Acadêmico de<br />

Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do<br />

Maranhão - Campus São Luís Monte Castelo e professor do Programa<br />

de Pós-Graduação de Engenharia de Materiais deste instituto. Tem<br />

experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Cerâmicos,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: varistores, SnO2<br />

e nanomateriais, possuindo também trabalhos na área de Educação<br />

Química. É também professor/pesquisador da Universidade Aberta do<br />

Brasil (UAB) pela Educação à Distância do Instituto. Recebeu o prêmio<br />

de melhor professor pesquisador do IFMA em 2011.<br />

maria das graças Sampaio Costa<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1989), graduação em Programa Especial de Formação Pedagógica<br />

de Docentes pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do<br />

Maranhão (1998), mestrado em Química Analítica pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (2002) e doutorado em Físico-Química pela Universidade<br />

Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2009). É professora<br />

do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de<br />

Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Tem experiência na área<br />

de Química de Materiais e Química Analítica.<br />

Sumário<br />

282 / 415


maria verônica meira de Andrade<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

É Zootecnista formada pela Universidade Federal da Paraíba (2002),<br />

Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2003-2005)<br />

e Doutorado em Zootecnia pelo Programa de Doutorado Intergrado em<br />

Zootecnia (PDIZ) UFPB/UFRPE/UFC (2005-2008). Atuou como Pesquisadora<br />

bolsista (PCI/MCT) no Instituto Nacional do Semiárido (INSA).<br />

Atualmente é professora do IFMA, Campus Caxias. Tem experiência na<br />

área de Forragicultura, atuando principalmente nas seguintes áreas:<br />

Caatinga, Plantas Nativas, Estrato Herbáceo da Caatinga, Avaliação de<br />

Forrageira, Dinâmica de Espécies Nativas e Produção e Conservação de<br />

Forragem.<br />

omar Andres Carmona Cortes<br />

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (jan/1997), mestrado em Ciências da Computação e<br />

Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (1999) e<br />

doutorado em Ciências da Computação e Matemática Computacional<br />

pela Universidade de São Paulo (2004). Atualmente é professor doutor<br />

do Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Maranhão<br />

(IFMA). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase<br />

em Computação Paralela Distribuída, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: computação móvel, algoritmos evolutivos, lógica nebulosa<br />

e informática na educação.<br />

Sumário<br />

283 / 415


Yrla Nívea oliveira pereira<br />

Pesquisadores<br />

do iFMa<br />

É Doutora em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia (RE-<br />

NORBIO). Possui Mestrado em Saúde e Ambiente (Universidade Federal<br />

do Maranhão - 2004) e Graduação em Ciências Habilitação em Biologia<br />

(Universidade Estadual do Maranhão - 2000). É professora do Instituto<br />

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Departamento<br />

de Biologia). Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase<br />

em Entomologia de insetos vetores de doenças tropicais, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Maranhão, Anofelinos e Malária, Aedes<br />

e Dengue, Leishmaniose e Lutzomyia, Produtos naturais.<br />

Sumário<br />

284 / 415


Adriana maria de Souza Zierer<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade<br />

Federal Fluminense (2004). Atualmente é Professor Adjunto III da<br />

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Professora Colaboradora<br />

do Mestrado em História Social (UFMA). Tem experiência na área<br />

de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Idade Média, Portugal, Ramon Llul,<br />

imaginário medieval, cavalaria, mulher medieval, viagens imaginárias<br />

e rei Artur. Desde 2005 coordena bianualmente os Encontros Internacionais<br />

de História Antiga e Medieval do Maranhão na UEMA. Participa<br />

de vários periódicos como as revistas Brathair, Mirabilia, Outros Tempos,<br />

Opsis e Angelus Novus. (História)<br />

Alan Kardec gomes pacheco Filho<br />

Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense<br />

(2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de História, com ênfase<br />

em História do centro sul maranhense, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: Sertão, Sul do Maranhão, navegação fluvial, história<br />

oral, Maranhão Republicano. (História)<br />

Alana lislea de Sousa<br />

Possui doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres<br />

pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade<br />

de São Paulo (1998). Atualmente é avaliador do Instituto Nacional de<br />

Estudos e Pesquisas Educacionais e Professor Adjunto IV da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, nas disciplinas de Anatomia. Tem expe-<br />

Sumário<br />

285 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

riência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em morfofisiologia<br />

veterinária de animais domésticos e silvestres, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: morfofisiologia reprodutiva de kinosternon scorpioides<br />

(jurará ou muçuã). Presidente do Comitê de Ética e Experimentação<br />

Animal do Curso de Medicina Veterinária da UEMA. Docente<br />

permanente do mestrado em Ciência Animal da UEMA. Presidente da<br />

Sociedade de Medicina Veterinária do Maranhão. Conselheira Efetiva<br />

do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão. Presidente<br />

da Comissão de Ética do CRMV-MA e Membro da Comissão de Ensino<br />

do CRMV-MA. (Veterinária)<br />

Alex oliveira de Souza<br />

Doutor em Planejamento do Espaço e Urbanismo pela Universidade<br />

Paris Est (2009). Atualmente é Chefe do Departamento de Arquitetura<br />

e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Técnicas<br />

de Análise e Avaliação Urbana e Regional, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: São Luís, espaços públicos, criação urbana e conservação<br />

integrada. (Arquitetura)<br />

Algemira de macedo mendes<br />

Possui doutorado sanduiche em Coimbra-PT (2005). Doutorado em Letras<br />

pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006).<br />

Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Feminina,<br />

História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

literatura brasileira, literatura piauiense, literatura e ensino. (Letras)<br />

Sumário<br />

286 / 415


Ana Clara gomes dos Santos<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária (Parasitologia Veterinária)<br />

pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 1999). Professora<br />

de Pós-Graduação em Ciência Animal (UEMA). Atualmente Bolsista<br />

de Fixação de Doutor, Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Parasitologia Veterinária, com ênfase em Entomologia,<br />

Acarologia e Helmintologia de animais de produção e companhia,<br />

e pesquisa com plantas para aplicação de remédios no controle<br />

de parasitoses de animais de produção. Consultora ad hoc aos projetos<br />

de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />

Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA). (Veterinária)<br />

Ana Lívia Bomfim Vieira<br />

Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio<br />

de Janeiro (2005), tendo realizado doutorado Sanduíche pela Université<br />

de Liège, Bélgica. É professora de História Antiga na Universidade<br />

Estadual do Maranhão e é uma das coordenadoras do grupo de pesquisa<br />

em História Antiga e Medieval. Tem experiência na área de História,<br />

Arqueologia e Antropologia, com ênfase em Historia Antiga Grega.<br />

(História)<br />

Ana lúcia Abreu Silva<br />

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.<br />

Professora Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão; Doutora<br />

em Ciências, área de concentração de Patologia. Professora dos programas<br />

de Pós-Graduação: Mestrado em Ciência Animal e Doutorado<br />

Sumário<br />

287 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

em rede RENORBIO – Rede Nordeste de Biotecnologia. (Veterinária)<br />

Ana maria Silva de Araújo<br />

Possui doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) pela Universidade<br />

Federal Rural do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professora Assistente<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral<br />

de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: absorção<br />

e metabolismo de nitrogênio em plantas, mineralização de carbono e<br />

nitrogênio no solo, enzimas envolvidas no metabolismo de nitrogênio,<br />

nutrição de plantas, arroz. (Agronomia)<br />

Andrea Christina gomes de Azevedo Cutrim<br />

Possui Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de Pernambuco,<br />

com área de concentração em Oceanografia. Tem prestado consultoria<br />

em ambientes aquáticos e trabalhado em projetos de pesquisa<br />

como REVIZEE, PIATAM Mar e PIATAM Oceano. Atualmente é Professora<br />

Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

em Botânica, com ênfase em Taxonomia e Ecologia Vegetal e Oceanografia,<br />

atuando principalmente nas seguintes áreas: fitoplâncton<br />

marinho e estuarino, diatomáceas, estuários, manguezais e educação<br />

ambiental. É Coordenadora Geral do Programa Darcy Ribeiro - programa<br />

de formação docente, priorizando as Ciências, em todo o estado do<br />

Maranhão. (Biologia)<br />

Sumário<br />

288 / 415


Andréa de Araújo<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Tem experiência<br />

na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

Maranhão, educação ambiental, fito plâncton, unidade de conservação<br />

e sensibilização ambiental. (Biologia)<br />

Antônia Alice Costa Rodrigues<br />

Possui doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de<br />

Pernambuco (2003). Atualmente é Professor Adjunto II. Tem experiência<br />

na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: fusarium oxysporum, mecanismos de<br />

defesa, indução de resistência. (Agronomia)<br />

Antônia Santos oliveira<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências<br />

Agrárias e Veterinária (2010). Atualmente é Professora Adjunto I da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Fisiologia<br />

Animal, com ênfase em Metabolismo energético, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: animal silvestre, fisiologia digestiva e<br />

fisiologia metabólica.Veterinária<br />

Antônio Francisco Fernandes de vasconcelos<br />

Professor Adjunto II de Química da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Atuando nas seguintes pesquisas: análise térmica, armazenamento de<br />

misturas de biodiesel, cálculo quântico computacional, construção de<br />

dispositivos educacionais com sucata eletrônica e material alternati-<br />

Sumário<br />

289 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

vo, inovação tecnológica, síntese de biocombustíveis, caracterização de<br />

óleos vegetais e biodiesel, qualidade de mel de abelhas nativas e óleo<br />

de copaíba. Doutor em Química Orgânica (concluído na UFPB, 2009),<br />

atualmente coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica da UEMA e<br />

atua como tutor supervisor nos cursos de Graduação e Especialização<br />

na área de Administração Pública. Integra a equipe de elaboração de<br />

material didático do Programa Darcy Ribeiro. (Química)<br />

Antônio luiz Alencar miranda<br />

Possui mestrado em Letras, Semiologia, pela Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (2001). Tem experiência na área de Lingüística e Letras,<br />

com ênfase em leitura, discurso, identidade, sujeito, letramento, prática<br />

discursiva e análise linguística, com disciplinas de Semiótica do<br />

Texto, Prática Interdisciplinar de Leitura e Escrita, Sintaxe, Semântica,<br />

Fonética/Fonologia na Graduação e Análise do Discurso, Semiótica e<br />

Aquisição da Linguagem, na Pós-Graduação. Orienta duas alunas de<br />

iniciação científica em Sociolinguística e Análise do Discurso, estudando<br />

atitudes, crenças, variação, mudança, discurso pedagógico, identidade<br />

e ideologia. Atualmente cursa doutorado em Linguística, pela<br />

UFRJ. (Letras)<br />

Ariadne Enes Rocha<br />

Possui doutorado em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(2011), com área de concentração em Ecologia e Meio Ambiente. Atualmente<br />

é Professora Assistente II do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade<br />

do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia<br />

Florestal, com ênfase em Silvicultura, atuando principalmente nos<br />

Sumário<br />

290 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

seguintes temas: agricultura familiar, mata ciliar, educação ambiental,<br />

composição florística, fitossociologia, ciclagem de nutrientes, indicadores<br />

de qualidade do ambiente, recuperação de áreas degradadas e produção<br />

de mudas de espécies florestais nativas. (Agronomia)<br />

Carlos Augusto Silva de Azevedo<br />

Possui Doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) no Instituto<br />

Nacional de Pesquisas da Amazônia (2009). Professor Adjunto I da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência em Entomologia,<br />

com ênfase em Ordem Megaloptera, atuando principalmente com estudos<br />

de Taxonomia, Biologia e Ecologia dessa ordem. (Biologia)<br />

Christian Jacques henri delon<br />

Possui doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação, Université<br />

Paul Verlaine-Metz (2007). Atualmente é Professor Titular, visitante<br />

estrangeiro, da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Ciência da Informação e da Comunicação, com ênfase<br />

na democratização da comunicação e as mídias livres e/ou comunitárias.<br />

Colabora como pesquisador associado no Centro de Pesquisa<br />

sobre as Mediações (Centre de Recherche sur les Médiations-CREM/<br />

CNRS França). É jornalista desde 1990 e fotógrafo. (Ciências Sociais)<br />

Christoph gehring<br />

Possui doutorado em Agronomia pela Universität Bonn (2003). Desde<br />

2004 é Professor/Pesquisador no Curso de Mestrado em Agroecologia<br />

da Universidade Estadual do Maranhão e Pesquisador Adjunto desde<br />

Sumário<br />

291 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

junho de 2011. Tem experiência nas áreas de Agronomia e Ecologia,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: rizipiscicultura na Baixada<br />

Maranhense; efeitos ecológicos e agronômicos da palmeira de babaçu;<br />

carbono preto em áreas frequentemente queimadas; potencial do<br />

carvão fino na olericultura; produção de mudas e arroz irrigado; emissão<br />

de gases efeito estufa; mapeamento e recuperação de mata ciliar;<br />

comparação de sistemas de uso/manejo da terra e indicadores ecológicos.<br />

(Agronomia)<br />

Cícero Costa quarto<br />

Professor Assistente II do curso de Engenharia da Computação da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Obteve o mestrado em Engenharia<br />

de Eletricidade, na área de Concentração Ciência da Computação, pela<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tópicos de pesquisa: Sistemas Colaborativos,<br />

Aprendizagem Colaborativa, Engenharia de Groupware e<br />

Educação a Distância. (Engenharia da Computação)<br />

Cláudia maria magalhães motta<br />

Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2008).<br />

(Letras)<br />

Claúdio Eduardo de Castro<br />

Possui mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina<br />

(2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />

Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: educa-<br />

Sumário<br />

292 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

ção ambiental, ecoturismo, manejo de unidades de conservação, educação<br />

e desenvolvimento e meio ambiente. (Geografia)<br />

Claudio luís Nina gomes<br />

Em 2004, iniciou carreira de Professor do Departamento de Clínicas<br />

Veterinárias (DCV) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEMA,<br />

onde leciona a disciplina de Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos.<br />

Em 2005, concluiu mestrado no curso de pós-graduação em Ciências<br />

da Saúde na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na área de<br />

Imunofisiologia. Em 2006, iniciou doutorado no Programa de Pós-Graduação<br />

em Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa<br />

(UFV), em Viçosa-MG, na área de Clínica e Cirurgia Veterinária, obtendo,<br />

em 2010, o título de Doctor Scientiae em Medicina Veterinária.<br />

(Veterinária)<br />

Cynthia Carvalho martins<br />

Possui doutorado em antropologia social pela Universidade Federal Fluminense<br />

(UFF). Atualmente é Professora da UEMA e Coordenadora do<br />

curso de especialização intitulado Sociologia das Interpretações do Maranhão:<br />

povos e comunidades tradicionais, desenvolvimento sustentável<br />

e grupos étnicos. Tem experiência em pesquisa de campo na área<br />

de Antropologia-Sociologia, com ênfase em antropologia dos grupos étnicos<br />

e movimentos sociais, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

movimentos sociais; territorialidade; metodologia da pesquisa em<br />

Ciências Sociais. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da<br />

Amazônia (PNCSA) e Grupo de Estudos Sócio Econômicos da Amazônia<br />

(GESEA). (Ciências Sociais)<br />

Sumário<br />

293 / 415


daniel praseres Chaves<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Médico Veterinário e Doutor em Medicina Veterinária UNESP/Jaboticabal<br />

(2009). Docente na UEMA. Experiência em diagnóstico laboratorial<br />

de Doenças Infecciosas, Metabólicas e Tóxicas dos animais. Membro<br />

efetivo das comissões de ensino e de ética do CRMV-MA; membro da câmara<br />

setorial para o desenvolvimento da cadeia produtiva de caprinos<br />

e ovinos da Secretaria de Agricultura do Estado do Maranhão. Docente<br />

do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Animal; Coordenador<br />

do Curso Técnico em Alimentos; Diretor do Núcleo de Biotecnologia do<br />

Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Maranhão;<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório de Bioprodutos Ltda.<br />

(Veterinária)<br />

débora martins Silva Santos<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal-SP, 2010). Atualmente<br />

é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Histologia e<br />

Medicina Veterinária Preventiva. (Biologia)<br />

deline maria Fonseca Assunção<br />

Possui mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará<br />

(2004). Atualmente é Professora Assistente IV da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase<br />

em Análise do Discurso e Linguística Textual. Doutoranda em Linguística<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Letras)<br />

Sumário<br />

294 / 415


diógenes buenos Aires de Carvalho<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do<br />

Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, Chefe do Departamento de Letras-<br />

-CESC/UEMA, e Líder do grupo de pesquisa Literatura, Leitura e Ensino<br />

(CNPq/UEMA). Professor Convidado do Mestrado em Letras da<br />

UFPI. Membro do Comitê Institucional de Pesquisa da UEMA. Membro<br />

do Conselho Editorial dos periódicos Cadernos de Aplicação/UFRGS,<br />

Pesquisa em Foco/UEMA e Signos/UNIVATES. Membro do GT Leitura<br />

e Literatura infantil e juvenil da ANPOLL. Pesquisador Associado da<br />

RELER/Cátedra Unesco de Leitura PUCRio. Tem experiência na área<br />

de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: estética da recepção, literatura infantil e juvenil, leitura<br />

literária, formação do leitor, ensino de literatura e história da literatura.<br />

(Letras)<br />

Eduardo Aurélio barros Aguiar<br />

Possui Doutorado em Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas) pela<br />

Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é Professor Adjunto da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

Civil, com ênfase em Estruturas, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: ligações viga-pilar, concreto pre-moldado, concreto<br />

armado, concreto protendido, análise estrutural. (Engenharia Civil)<br />

Elizabeth Nunes Fernandes<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1995), mestrado em Química Analítica pela Universidade<br />

Sumário<br />

295 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Federal do Maranhão (1998) e doutorado em Química Analítica pela<br />

Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é professor Adjunto<br />

da Universidade Estadual do Maranhão e técnico em laboratório<br />

da Universidade Federal do Maranhão, atuando junto ao Curso de<br />

Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Química, com<br />

ênfase em Análise em Fluxo e Eletroanalítica, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: multicomutação, espectrofotometria, quimiluminescência,<br />

reações enzimáticas, eletrodos quimicamente modificados.<br />

(Química)<br />

Elizabeth Sousa Abrantes<br />

Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense<br />

(2010). Atualmente é Professor Adjunto I do Departamento de História<br />

e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, Coordenadora do<br />

Grupo de Pesquisa Cultura e Sociedade Contemporânea e foi Diretora<br />

do Núcleo Regional da Associação Nacional de História (ANPUH-MA)<br />

no período de 2003 a 2005. Tem experiência na área de História, com<br />

ênfase em História do Brasil e do Maranhão, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: gênero, mulher, dote e educação, nos séculos XIX<br />

e XX. (História)<br />

Elizete Santos Abreu<br />

Possui mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos<br />

Sinos (2009). Professora da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: infância, brinquedo, gênero, étnico/racial e formação de professores.<br />

Sócia fundadora da Sociedade Negra Quilombola de Caxias/<br />

Sumário<br />

296 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

MA; atualmente é diretora do Centro de Estudos Superiores de Coelho<br />

Neto-CESCN/UEMA. (Educação)<br />

Elmary da Costa Fraga<br />

Possui doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade<br />

Federal do Pará (2005). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade<br />

Estadual do Maranhão e Diretor do Curso de Ciências do Centro<br />

de Estudos Superiores de Caxias (UEMA). Tem experiência na área de<br />

Genética, com ênfase em Genética de Populações e Sistemática Molecular,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: sequenciamento<br />

de genes mitocondriais e nuclear, sistemática molecular de peixes e<br />

genética de populações de insetos. (Biologia)<br />

Emanoel gomes de moura<br />

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq. Possui doutorado<br />

em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista<br />

Júlio de Mesquita Filho (1995). Atualmente é Professor Adjunto III<br />

da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Professor do Curso de<br />

Doutorado da Rede Bionorte; Professor do Programa de Pós- Graduação<br />

em Agroecologia da UEMA e do Programa de Pós-Graduação em Ciência<br />

Animal CCAA-UFMA. Atua como pesquisador na área de avaliação<br />

e melhoria dos indicadores de qualidade dos solos, com ênfase no<br />

aumento da disponibilidade e da eficiência do uso de nutrientes para o<br />

manejo sustentável dos agrossistemas tropicais. Coordena vários projetos<br />

de implantação e avaliação de agrossistemas que objetivam conceber<br />

alternativa para o manejo agroecológico de sistemas de produção<br />

familiar do trópico úmido. (Agronomia)<br />

Sumário<br />

297 / 415


Érico peixoto Araújo<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui mestrado em Engenharia na área de Controle de Processos e Manufaturas<br />

pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente<br />

é Professor Assistente VI da Universidade Estadual do Maranhão. Atua<br />

em pesquisas historiográficas sobre obras públicas e desenvolvimento<br />

das cidades, e, também, pesquisas na área da informática que envolvam<br />

a tecnologia BIM (Building Information Modeling) no processo de<br />

concepção de projetos. (Arquitetura)<br />

Ester Azevedo da Silva<br />

Possui doutorado em Agronomia/Entomologia pela Universidade Federal<br />

de Lavras. Atualmente leciona e pesquisa (Área: Acarologia) na<br />

Universidade Estadual do Maranhão. (Agronomia)<br />

Fabíola de Jesus Soares Santana<br />

Possui mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professora Assistente<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, língua<br />

e escrita. (Letras)<br />

Fabíola de oliveira Aguiar<br />

Arquiteta e Urbanista pela Universidade Estadual do Maranhão (1998)<br />

e mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos<br />

(2003). A partir de 2003 é Professora do Curso de Arquitetura e<br />

Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (onde, atualmente,<br />

está enquadrada na categoria de Professor Adjunto I). É doutora em<br />

Sumário<br />

298 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Engenharia de Transportes ( 2010) pela Escola de Engenharia de São<br />

Carlos, Universidade de São Paulo (EESC/USP). Realizou estágio no<br />

exterior, na Universidade do Minho, em Braga/Portugal (outubro 2008<br />

a fevereiro 2009), como parte do programa de Doutorado. Tem experiência<br />

na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em conforto<br />

ambiental e planejamento urbano e de transportes, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: avaliação de circulação, transporte público,<br />

mobilidade de pedestres, mobilidade urbana e acessibilidade. Está<br />

no cargo de Diretora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade<br />

Estadual do Maranhão desde janeiro de 2010. (Arquitetura)<br />

Fabrício de oliveira Reis<br />

Possui doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do<br />

Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2003-2007). Atuou como pesquisador<br />

com Bolsa de Pós-Doutorado na Universidade Federal do Espírito Santo<br />

(2007-2009). Atualmente é Professor Adjunto de Fisiologia Vegetal<br />

na Universidade Estadual do Maranhão e Coordenador do Programa<br />

de Pós-Graduação em Agroecologia. Tem experiência na área de Fisiologia<br />

Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: mamão,<br />

eucalipto, maracujá e milho, trocas gasosas, fluxo de seiva, eficiência<br />

fotoquímica, estresses abióticos e fisiologia pós-colheita. (Agronomia)<br />

Ferdinan Almeida melo<br />

Doutor em Patologia na área de Patologia Geral pela Universidade Federal<br />

de Minas Gerais-UFMG (2008). Atualmente é Professor Adjunto<br />

do Curso de Medicina Veterinária/Departamento de Patologia e Professor<br />

do Mestrado em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do<br />

Maranhão (UEMA), onde é responsável pela disciplina de Doenças In-<br />

Sumário<br />

299 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

fecciosas. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, Anatomia<br />

Patológica Animal, Patologia Geral, Doenças Infecciosas e Parasitárias.<br />

(Veterinária)<br />

Francisca helena muniz<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). É Professor<br />

Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão. Atua como consultor<br />

ad hoc nas revistas Pesquisa em Foco e Árvore, e na FAPEMA.<br />

Ensina e orienta na graduação, especialização e mestrado nas áreas de<br />

Ecologia, com ênfase em Estrutura e Dinâmica de Ecossistemas Terrestres<br />

e Educação Ambiental formal e não formal. (Biologia)<br />

Francisca Neide Costa<br />

possui doutorado em Medicina Veterinária Preventiva pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Jaboticabal, 2002). Atualmente<br />

é docente Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão/<br />

UEMA, responsável pelas disciplinas Ornitopatologia e Microbiologia<br />

de Produtos de Origem Animal, no curso de graduação em Medicina<br />

Veterinária e docente e orientadora do programa de mestrado em Medicina<br />

Veterinária, onde é responsável pelas disciplinas Epidemiologia<br />

e Controle das Enfermidades Veiculadas por Alimentos e Planejamento<br />

e Administração Sanitária. Atua na linha de pesquisa: Microbiologia e<br />

controle de qualidade dos alimentos de origem animal, com ênfase em<br />

Microrganismos indicadores (coliformes, bolores e leveduras, mesófilos<br />

e pscrotróficos), Salmonella, E.coli. Listeria, Sthaphylococcus e Aeromonas.<br />

(Veterinária)<br />

Sumário<br />

300 / 415


Francisco José Araújo<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita<br />

Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual<br />

do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando<br />

com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência,<br />

responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras<br />

rurais. (Ciências Sociais)<br />

Francisco José Araújo<br />

Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita<br />

Filho (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual<br />

do Maranhão e Professor do Centro Universitário do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, trabalhando<br />

com as seguintes temáticas: cultura política, Estado e poder, transparência,<br />

responsabilidade social, organizações sociais, comunidades negras<br />

rurais. (Educação)<br />

Francisco laurindo da Silva<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade<br />

Federal de Minas Gerais (2004). Tem experiência na área de<br />

Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: multiplicação intracelular, infecção, hospedeiro,<br />

fatores de virulência, paracoccidioides brasiliensis, virulência, e penicilliumsp,<br />

infecção, adesão. (Saúde)<br />

Sumário<br />

301 / 415


Francisco limeira de oliveira<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto<br />

Nacional de Pesquisas da Amazônia (2003). Atualmente é Professor Adjunto<br />

II da Universidade Estadual do Maranhão, Revisor de periódico<br />

da Acta Amazônica (Impresso) e da Revista Brasileira de Biociências<br />

(Impresso). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Taxonomia<br />

dos Grupos Recentes. Atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: insecta, diptera, tabanidae, mutuca, inseto praga e Maranhão.<br />

(Biologia)<br />

Francismar Rodrigues de Sousa<br />

Possui mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade<br />

Federal de Minas Gerais (1982). Atualmente é Professor Assistente<br />

da Universidade Federal do Maranhão e Professor Assistente da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em tratamentos térmicos<br />

dos aços, propriedades mecânicas dos metais e ligas, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: ensaios e seleção dos materiais,<br />

tratamentos térmicos dos aços, proteção anticorrosiva, gestão em segurança<br />

no trabalho, estatística descritiva, estação de trabalho e pintura<br />

industrial. (Engenharia Mecânica)<br />

gilson Soares da Silva<br />

Possui doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal<br />

de Viçosa (1988). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade<br />

Estadual do Maranhão e membro de corpo editorial da Summa<br />

Phytopathologica (Impresso). Tem experiência na área de Agronomia,<br />

Sumário<br />

302 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

com ênfase em Fitossanidade. Atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: crotalaria, nematoides, controle. (Agronomia)<br />

gonçalo mendes da Conceição<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ensino Superior<br />

do Piauí (1992), Graduação em Ciências pela Universidade Estadual<br />

Vale do Acaraú (1984), Mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade<br />

Federal de Pernambuco (2000) e Doutorado em Zootecnia pela<br />

UNESP/Jaboticabal (2012). Atualmente é Técnico de Nível Superior da<br />

Universidade Estadual do Piaui, lotado na Pro-Reitoria dos Cursos Sequencias,<br />

onde exerceu o cargo de Chefe de Coordenação dos Cursos<br />

Sequencias do Interior do Estado do Piaui. É Professor Assistente II<br />

da Universidade Estadual do Maranhão, lotado no Centro de Estudos<br />

Superiores de Caxias (CESC/UEMA). Foi Diretor do Curso de Ciências<br />

do CESC/UEMA, no Estado do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Biologia Geral, com ênfase em Botânica, Ecologia, Educação Ambiental,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Florísticos,<br />

Vegetação de Cerrado, Estudos Fitossociologicos. Desenvolve levantanetos<br />

florísticos com Pteridófitas, Briófitas, Fragmentação do Cerrado,<br />

Levantamento de Myrtaceae, Convolvulaceae, Bryofitas, Melastomataceae,<br />

Cypraceae, Etnobotanica, Forrageira Nativa do Cerrado, etc..<br />

(Biologia)<br />

Grete Soares Pflueger<br />

Doutora em Urbanismo pelo PROURB-UFRJ. Mestre em Desenvolvimento<br />

Urbano pelo MDU-UFPE. Professora Adjunta do curso de Arquitetura<br />

e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão, onde foi<br />

diretora de curso de arquitetura (2002-04) e Pró-reitora de extensão<br />

Sumário<br />

303 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

(2007-2010) e assessora. Pesquisadora da UEMA e FAPEMA, com ênfase<br />

nos seguintes temas: patrimônio histórico, arquitetura moderna,<br />

planejamento urbano, formação das cidades (São Luís e Alcântara ).<br />

Consultora Fapema, FINEP, PROEX e membro do IAB-MA e CREA-MA.<br />

(Arquitetura)<br />

guillaume Xavier Rousseau<br />

Possui doutorado em Biologia Vegetal pela Universite Laval (2005). Tem<br />

experiência na área de Biologia do Solo, com ênfase em indicadores da<br />

saúde do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: macrofauna,<br />

microbiologia, indicadores, sistemas agroflorestais, Amazônia,<br />

América Central. (Agronomia)<br />

hamilton pereira Santos<br />

Possui doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal Rural<br />

de Pernambuco. Professor Adjunto IV da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em<br />

Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Leucose Enzoótica Bovina, Brucelose, Tuberculose, Leptospirose,<br />

Diarréia Viral Bovina, Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Doenças<br />

Infecciosas da Reprodução de Ruminantes. (Veterinária)<br />

helciane de Fátima Abreu Araújo<br />

Possui doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará<br />

(2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em So-<br />

Sumário<br />

304 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

ciologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos<br />

sociais, babaçu, mulheres, educação e política. (Letras)<br />

helder moraes pereira<br />

Possui Doutorado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres<br />

pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Adjunto<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área<br />

de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Veterinária, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: Clínica Médica e Cirúrgica de Ruminantes<br />

Domésticos e Morfologia do fígado.(Veterinária)<br />

helidacy maria muniz Corrêa<br />

Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense<br />

(2011). É Professor Adjunto do Departamento de História e Geografia<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

História, especificamente em Historia do Brasil e Maranhão Colonial.<br />

Orienta pesquisas relacionadas às práticas políticas dos moradores do<br />

Estado do Maranhão e Grão-Pará no mundo luso-imperial, durante os<br />

séculos XVII e primeira metade do século XVIII. É líder do Núcleo de<br />

Documentação e Pesquisa sobre Maranhão e Grão-Pará e suas relações<br />

no mundo ibérico - MAREGRAM. Participa de projeto de pesquisa interinstitucional<br />

entre a UFRJ e EHESS. (História)<br />

hermeneilce Wasti Aires pereira Cunha<br />

Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />

(2003). Atualmente é Professora da Universidade Estadual do<br />

Sumário<br />

305 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />

Urbana. Faz Doutoramento pela UNESP (Presidente Prudente).<br />

Projeto de pesquisa contempla a acessibilidade da pessoa com deficiência<br />

na capital maranhense. (Geografia)<br />

Ilka márcia Ribeiro de Souza Serra<br />

Possui Doutorado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco<br />

(2003) e Doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural<br />

de Pernambuco (2006). Professora Assistente I de Microbiologia do Departamento<br />

de Química e Biologia (UEMA). Tem experiência na área de<br />

Agronomia e Biologia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: taxonomia e fisiologia de fungos, indução<br />

de resistência, doenças em flores tropicais e fruteiras tropicais e microbiologia<br />

geral. (Biologia)<br />

Ivaneide de oliveira Nascimento<br />

Possui mestrado em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />

(2009). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em<br />

Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: medicina<br />

alternativa, etnobotânica, princípios anti-impacto ambiental,<br />

botânica e meio ambiente. (Agronomia)<br />

Ivanildo Silva Abreu<br />

Possui doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />

Pará (2008). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em análi-<br />

Sumário<br />

306 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

se numérica, pesquisa operacional, sistemas inteligentes e técnicas de<br />

otimização para sistemas dinâmicos multivariáveis.<br />

(Engenharia da Computação)<br />

Jailson de macedo Sousa<br />

Possui mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Sócioambientais<br />

da Universidade Federal de Goiás (2005). Atualmente é Professor<br />

Assistente I do Centro de Estudos Superiores da Universidade Estadual<br />

do Maranhão-UEMA/CESI e do Centro de Ensino Médio Graça Aranha.<br />

Está vinculado ao Instituto de Geografia da Univesidade Federal<br />

de Uberlândia-IG/UFU (Programa de Pós-graduação em Geografia), desenvolvendo<br />

tese de doutoramento. Tem experiência na área de Geografia,<br />

com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: cidade e região; cidades médias; planejamento urbano<br />

e regional na Amazônia; educação geográfica e ensino de Geografia.<br />

(Geografia)<br />

João Coelho Silva Filho<br />

Doutor em Engenharia Elétrica/Telemática pela UNICAMP (2008). É<br />

professor do DEMATI-UEMA, onde é docente dos cursos de Matemática,<br />

Fisica e Engenharia e do Mestrado em Engenharia da Computação.<br />

Possui experiência em Matemática pura e aplicada nas áreas de Teoria<br />

dos Números, Álgebra, Teoria da Codificação e Educação Matemática.<br />

(Matemática)<br />

Sumário<br />

307 / 415


Joaquim teixeira lopes<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />

de Campinas (2004), Doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />

Federal de Uberlândia/MG. Atualmente é professor C3 do<br />

Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e Professor Adjunto<br />

IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Física e Engenharia Mecânica, com ênfase nos seguintes temas:<br />

física clássica, física moderna, coletor solar, energia alternativa,<br />

energia solar, laboratório de física e fogão solar. (Física)<br />

Joel manoel Alves Filho<br />

Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal<br />

de Santa Catarina (2002). Atualmente é Professor Adjunto da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

de Produção, com ênfase em Controle de Ruído e Vibração no<br />

Ambiente de Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

ruído industrial, comunitário e urbano. (Engenharia Mecânica)<br />

Jorge diniz de oliveira<br />

Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio<br />

de Mesquita Filho (2006). Atualmente é professor Ajunto II da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Química,<br />

com ênfase em Química Analítica e Ambiental, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: poluição e contaminação de sistemas aquáticos,<br />

despejos urbano, metais potencialmente tóxicos, biodisponibilidade de<br />

metais, especiação de metais, saneamento básico. (Química)<br />

Sumário<br />

308 / 415


José Antonio R. de Carvalho<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa<br />

Catarina (2001). Atualmente é Professor Assistente III da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase<br />

em Educação e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: religião afro-brasileira, gestão pública, espiritismo-Maranhão,<br />

discriminação, política cultural e gestão do patrimônio público.<br />

(Ciências Sociais)<br />

José Fábio França orlanda<br />

Possui doutorado em Química pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(2011). Atualmente é Professor da Universidade Estadual do Maranhão,<br />

Campus de Imperatriz, e Coordenador do Laboratório de Biotecnologia<br />

Ambiental (LABITEC). Tem experiência na área de Química, com ênfase<br />

em Química Analítica e Microbiologia Ambiental. (Química)<br />

José haroldo bandeira Sousa<br />

Possui mestrado em Ciência da Literatura (Teoria Literária) pela Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professor<br />

Titular - Unidade de Ensino Fundamental e Médio Barjonas Lobão - e<br />

Professor Assistente IV da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, ensino de<br />

línguas e linguística. (Letras)<br />

Sumário<br />

309 / 415


José henrique de paula borralho<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (2009). É Professor<br />

Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: identidade, intelectuais, tradição,<br />

historiografia, polítca-literatura, literatura e história, história e cinema,<br />

teorias da História. É Professor do quadro permanente do Programa<br />

de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sócio-Espacial e Regional<br />

da UEMA, Coordenador Operacional do Doutorado Inter institucional<br />

(DINTER) Novas Fronteiras em Ciências da Literatura entre a UFRJ e a<br />

UEMA. É Coordenador Geral da Revista Outros Tempos, Vice-Coordenador<br />

do NEMO (Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista). É<br />

autor das obras: Uma Athenas Equinocial: a literatura e a fundação de<br />

um Maranhão no império brasileiro (2010); Terra e Céu de Nostalgia:<br />

Tradição e identidade em São Luís do Maranhão. (História)<br />

José Ribamar da Silva Júnior<br />

Doutor em Medicina Veterinária com área de concentração em, Clínica<br />

Veterinária. É Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase<br />

em Anestesiologia Veterinária, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Anestesia Inalatória com Ventilação Controlada, Dor, Técnicas<br />

de NLA. (Veterinária)<br />

Sumário<br />

310 / 415


José Ribamar gusmão Araujo<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é Professor<br />

Adjunto do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Agronomia, com<br />

ênfase em Fruticultura, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

manejo cultural de plantas frutíferas, porta-enxertos, prospecção e domesticação<br />

de fruteiras nativas, propagação e produção de mudas frutíferas<br />

e sistemas agroecológicos de produção vegetal com ênfase para<br />

os componentes perenes. Atualmente, desenvolve projeto de inovações<br />

tecnológicas na cultura do abacaxi Turiaçu, nativo do Maranhão, e realiza<br />

pesquisa com manejo agroecológico de açaizeiros nativos do município<br />

de Alcântara e Pré-Amazônia Maranhense. (Agronomia)<br />

José Sampaio de mattos Junior<br />

Possui Doutorado em Geografia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia-FCT/UNESP,<br />

Campus de Presidente Prudente/SP. É Professor Adjunto<br />

do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual<br />

do Maranhão, trabalhando com as disciplinas Geografia Agrária e<br />

Geografia Regional no Curso de Graduação em Geografia. Professor e<br />

Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento<br />

Socioespacial e Regional, nível de Mestrado, da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. É coordenador do Grupo de Estudos de Dinâmica Territorial.<br />

Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia<br />

Agrária, Epistemologia da Geografia e Geografia Regional e trabalha<br />

nas linhas de pesquisas Região, Territorialidades e Movimentos Sociais<br />

e Políticas Públicas, Dinâmica Regional e Desenvolvimento Territorial.<br />

(Geografia)<br />

Sumário<br />

311 / 415


Joseane maia Santos Silva<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (2010). É<br />

Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e da rede pública<br />

estadual de ensino. Coordena o Comitê do PROLER, desde 1998,<br />

em Caxias-MA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura<br />

Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: leitura,<br />

literatura infanto-juvenil, literatura infantil, formação de leitores e<br />

poesia. (Letras)<br />

Joseneide teixeira Câmara<br />

Possui mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí<br />

(UFPI), Doutoranda de Medicina Tropical (UFG). Atualmente é Professora<br />

Assistente dos Cursos de Enfermagem e Medicina da Universidade<br />

Estadual do Maranhão (UEMA), Coordenadora Municipal do Controle<br />

de Infecções de Serviços Assistência à Saúde e Núcleo de Epidemiologia<br />

Hospitalar da Prefeitura de Caxias. Tem experiência na área de Enfermagem,<br />

com ênfase em Atenção Básica à Saúde e Vigilância Epidemiológica<br />

dos Serviços de Saúde, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: ações de enfermagem, educação em saúde, enfermagem na saúde<br />

da família, avaliação de serviços de saúde e vigilância epidemiológica<br />

das infecções dos serviços de saúde. (Saúde)<br />

Júlia Constança pereira Camelo<br />

Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do<br />

Pará (2010). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Estadual<br />

do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura<br />

popular, bumba meu boi, sociedade, literatura, ensino, pesquisa, coca-<br />

Sumário<br />

312 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

nha, apropriação, cultura popular e infância, trabalho, código.<br />

(História)<br />

leônidas Antônio Chow Castillo<br />

Possui mestrado em Master of Dairy Science pela University of Florida<br />

(1972). Professor Assistente I da Universidade Estadual do Maranhão<br />

e Diretor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com<br />

ênfase em Reprodução Animal. Atua principalmente nos seguintes temas:<br />

ciclo estral, sincronização, função endócrina, manejo reprodutivo.(Veterinária)<br />

lúcia maria Coelho Alves<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Adjunto<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Medicina Veterinária, com ênfase em Inspeção de Produtos de Origem<br />

Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: água de usos<br />

múltiplos, contaminação, saúde, poluição ambiental.(Veterinária)<br />

manoel de oliveira dantas<br />

Possui doutorado em Fisiologia Médica pela Universidade de Córdoba,<br />

Espanha (1992). Atualmente é Professor Adjunto concursado pela Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />

Veterinária, com ênfase em Eletrocardiografia Animal, atuando princi-<br />

Sumário<br />

313 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

palmente nas áreas de fisiologia hemática, bioquímica sanguínea e clínica<br />

médica. Foi professor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde<br />

da UFCG, antiga UFPB, lecionando os segmentos de Fisiologia Hemática<br />

e Gênese do Eletrocardiograma. Foi nomeado por quatro anos Professor<br />

Colaborador de Honra do Departamento de Biologia Animal da<br />

Universidade de Córdoba, Espanha. (Veterinária)<br />

marcelo Cheche galves<br />

Possui doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense<br />

(2010). Atualmente é Professor do Departamento de História e Geografia<br />

da Universidade Estadual do Maranhão, e Professor vinculado ao<br />

Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Socioespecial e Regional<br />

da mesma Universidade. Atua nas áreas de História da América e<br />

História do Maranhão, nos oitocentos. Orienta pesquisas sobre história<br />

política, com ênfase na circulação de ideias e de impressos. É Coordenador<br />

do Núcleo de Estudos sobre o Maranhão Oitocentista (NEMO)<br />

e Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Oitocentos (UFF).<br />

(História)<br />

márcia tereza Campos marques<br />

Possui doutorado em Urbanismo pela Universidade Federal do Estado<br />

do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Atua principalmente nas seguintes áreas:<br />

arquitetura e patrimônio histórico. (Arquitetura)<br />

Sumário<br />

314 / 415


maria Célia pires Costa<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui doutorado em Química pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(1988). Diretora da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso<br />

Ciência (SP, 2004-2007), Diretora Científica da FAPEMA - Fundação<br />

de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão, de 1991-1993, Secretária<br />

de Educação de São Luís, de 1997-1998. É Professora Adjunto<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência nas áreas de<br />

Polímeros, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Formação de Estruturas<br />

Dissipativas e Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: mel, geoprópolis e propólis, colágeno, auto-organização,<br />

babaçu, adsorção, pedra preta da África (carvão animal) e ensino de<br />

química. (Química)<br />

maria Claudene barros<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Pará (2004). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual<br />

do Maranhão no Centro de Estudos Superiores de Caxias. Tem experiência<br />

na área de Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: sistemática molecular animal, filogenia<br />

animal, genética de população. Desempenha projeto relacionado<br />

com tucunarés, aedes aegypti e bacia do rio Itapecuru. (Biologia)<br />

maria Cristiane pestana Chaves miranda<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica<br />

Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-FCAV-Jaboticabal,<br />

2010). Atualmente é professora Adjunto I da Universidade Estadual<br />

do Maranhão (UEMA). (Veterinária)<br />

Sumário<br />

315 / 415


maria de Fátima Salgado<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui Doutorado em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (2009).<br />

Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Física, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: oxidação em altas temperaturas, teatro científico.<br />

(Física)<br />

maria do Socorro Costa oliveira braga<br />

Possui doutorado em Patologia Animal pela Universidade Estadual Paulista<br />

Júlio de Mesquita Filho (2010). Atualmente é Professor Titular da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />

Veterinária, com ênfase em Imunologia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Mycoplasma sp, Felídeos, Neospora Caninum,<br />

Toxoplasma gondii.(Veterinária)<br />

maria goretti Cavalcante de Carvalho<br />

Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(2003). Atualmente é Professor Assistente I, dedicação exclusiva, do<br />

Departamento de Educação e Filosofia; Membro do Conselho de Centro<br />

de Educação, Ciências Exatas e Naturais da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa sobre disciplinas da<br />

licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa: saberes e<br />

práticas na formação docente-USP/UFMA. Tem experiência na área de<br />

Educação, com ênfase em Fundamentos Educacionais. Exerce o cargo<br />

de Gestora do Curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. (Educação)<br />

Sumário<br />

316 / 415


maria José Neló<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica<br />

de São Paulo (2011), Professor Adjunto em Linguística, Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Área de concentração de pesquisa: discurso<br />

e discursividade numa perspectiva de ensino-aprendizagem de língua<br />

materna e língua portuguesa, variante brasileira, para estrangeiros,<br />

bem como o tratamento sobre construção e produção do humor.<br />

(Letras)<br />

maria José pinheiro Corrêa<br />

Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente é Professora<br />

Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Morfologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

absorção de macronutrientes, gergelim. (Agronomia)<br />

maria José quaresma vale<br />

Possui mestrado em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (2001). Atualmente é Professor Assistente da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, regime parcial da Faculdade Atenas Maranhense<br />

e Professora da Secretaria de Estado da Educação, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, texto-fábula,<br />

coesão, literatura de cordel e leitura infantil. (Letras)<br />

maria José Rabelo Aroucha<br />

Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

317 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Atualmente é Professora do Departamento de Educação e Filosofia da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação,<br />

com ênfase em Didática, Psicologia da Educação e Metodologia<br />

do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atua principalmente<br />

nos seguintes temas: educação, ensino, aprendizagem, metodologia,<br />

inclusão e trabalho. (Educação)<br />

maria Rosângela malheiros Silva<br />

Possui doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Atualmente é Professor<br />

Adjunto II da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: biologia e ecologia de plantas daninhas.<br />

(Agronomia)<br />

maria teresinha de medeiros Coelho<br />

Possui mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal<br />

de Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente I da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

Civil, com ênfase em Geotécnica, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: drenagem urbana, gestão urbana. (Engenharia Civil)<br />

maria tereza de Alencar<br />

Possui mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1999). Atualmente é Professora Assistente dos cursos de<br />

Sumário<br />

318 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Geografia da Universidade Estadual do Piauí e Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Doutora em Geografia pela UFS (2010). Tem experiência<br />

na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária e Regional,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: ruralidade, políticas públicas,<br />

território, semiárido, espaço rural e pesquisa. Professora Permanente<br />

do Mestrado em Geografia pela UFPI. Coordenadora do Subprojeto<br />

PIBD Geografia UESPI 2011-2013. (Geografia)<br />

mariângela Santana guimarães Santos<br />

Mestre em Educação pela UFPI. Tem experiência na área de Educação,<br />

com ênfase em Educação. Professora em faculdades privadas. A linha<br />

de pesquisa em que desenvolve projetos educacionais é Prática Pedagógica,<br />

Formação de Professores, Docência Superior e Avaliação Educacional.<br />

Desenvolve trabalhos de consultoria em instituições de ensino<br />

superior. (Educação)<br />

marluce Wall de Carvalho venâncio<br />

Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de<br />

Pernambuco (2002). Atualmente é Professora Assistente III da Universidade<br />

Estadual do Maranhão e doutoranda em Urbanismo no PROURB/<br />

FAU-UFRJ. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com<br />

ênfase em História da Cidade e do Urbanismo, História e Teoria da Arquitetura,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: conservação<br />

urbana, teorias do urbanismo, história da cidade e história do urbanismo.<br />

(Arquitetura)<br />

Sumário<br />

319 / 415


maura Célia Cunha e Silva<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui mestrado em Química pela Universidade Federal do Piauí (2006).<br />

Atualmente é professora da Universidade Estadual do Maranhão. (Química)<br />

mauro guterres barbosa<br />

Possui mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade<br />

Federal do Pará (2008). Atualmente é Professor Assistente II da<br />

Universidade Estadual do Maranhão, Professor de Matemática do Ensino<br />

Médio da Secretaria de Estado da Educação e Professor Colaborador<br />

II da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em<br />

Ensino-Aprendizagem. Atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

educação matemática, formação de professores, ensino fundamental.<br />

(Matemática)<br />

milson Silva monteiro<br />

Possui mestrado em Engenharia de Eletricidade pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (2002). Tem experiência na área de Ciência da Computação,<br />

com ênfase em teoria de grafos, algoritmos paralelos e distribuídos,<br />

inteligência artificial distribuída e complexidade de algoritmos.<br />

(Engenharia da Computação)<br />

paulo henrique Aragão Catunda<br />

É Doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte<br />

Fluminense Darcy Ribeiro (2007). Tem experiência na área de Agrono-<br />

Sumário<br />

320 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

mia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: abacaxizeiro, aclimatização, brassinosteroides, substratos.<br />

(Biologia)<br />

Porfirio Candanedo Guerra<br />

Possui doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é Pró-reitor de Pesquisa<br />

e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Radiologia<br />

de Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: leptospirose,<br />

asinino, cão, radiologia e ultrassonografia. (Veterinária)<br />

Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta<br />

É Doutora em Biotecnologia, Mestre em Sustentabilidade de Ecossistemas,<br />

Graduada em Biologia e em Educação Artística/Artes Plásticas.<br />

Atualmente faz pós-doutorado em Modelagem de Sistemas Biológicos<br />

(biomarcadores) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).<br />

Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em estudos ecológicos<br />

de ambientes aquáticos, biomarcadores em peixes e educação ambiental.<br />

(Biologia)<br />

Raimunda Nonata Santos de lemos<br />

Possui doutorado em Agronomia (Proteção de Plantas) pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é<br />

Professora Adjunta IV do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade<br />

da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Sumário<br />

321 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Agronomia, com ênfase em Manejo Integrado de Pragas, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: controle biológico, controle alternativo<br />

de pragas e bioecologia - lagarta-do-cartucho, mosca-branca, mosca-<br />

-negra-dos-citros. (Agronomia)<br />

Ricardo de macedo Chaves<br />

Possui doutorado em Ciência Veterinária pela Universidade Federal<br />

Rural de Pernambuco (2010). Atualmente é professor Adjunto I da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina<br />

Veterinária, com ênfase em Fisiopatologia da Reprodução Animal, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: manejo reprodutivo, inseminação<br />

artificial e andrológico de bovinos, caprinos e ovinos.(Veterinária)<br />

Rita de maria Seabra Nogueira de Candanedo guerra<br />

Possui doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz<br />

(2002). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com<br />

ênfase em Acarologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

entomologia e acarologia, vetores transmissores de doenças. (Veterinária)<br />

Ronaldo dos Santos barbosa<br />

Possui mestrado em Geografia pelo Programa de Pesquisa e Pós-Graduação<br />

em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade<br />

Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia Física<br />

e Prática de Ensino em Geografia Física e Cartografia, com ênfase<br />

Sumário<br />

322 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

em Hidrogeografia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacia<br />

hidrográfica, impactos ambientais, educação ambiental e cartografia<br />

escolar. Professor Assistente I do Departamento de História e Geografia<br />

do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Professor Substituto do Curso Interdisciplinar em<br />

Ciências Humanas, Licenciatura, da Universidade Federal do Maranhão,<br />

Campus de Imperatriz. (Geografia)<br />

Rosirene martins lima<br />

Possui doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade<br />

Federal do Paraná (2007). Tem experiência na área de Geografia,<br />

com ênfase em cidade, urbanização e meio ambiente. Ciências Sociais<br />

Rossane Cardoso Carvalho<br />

Possui doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade<br />

de Brasília (2007). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas: ergonomia,<br />

gestão ambiental, gestão do uso da água, gestão de resíduos<br />

sólidos na indústria, desenvolvimento sustentável. Ocupa o cargo de<br />

Assistente do Centro de Ciências Tecnológicas da UEMA desde março<br />

de 2011. Atua na área de gestão ambiental em cursos de pós-graduação<br />

em São Luís/ MA. (Engenharia Mecânica)<br />

Rudson Almeida de oliveira<br />

O Professor Dr. Rudson Almeida de Oliveira tem experiência na área<br />

de Medicina Veterinária, com ênfase nos seguintes temas: Semiologia,<br />

Sumário<br />

323 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Clínica Médica de Animais Domésticos, Microbiologia e Imunologia Veterinária,<br />

Doenças Infecciosas e Parasitárias, Estatística Experimental<br />

e Metodologia Científica. (Veterinária)<br />

Sandra borges da Silva<br />

Possui doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal<br />

Rural do Rio de Janeiro (2006). Tem experiência na área de Medicina<br />

Veterinária, com ênfase em Doenças Parasitárias de Animais, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: imunologia de invertebrados,<br />

controle biológico e ecologia parasitária. Professora Auxiliar de Parasitologia<br />

Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA.<br />

(Veterinária)<br />

Solange Santana guimarães morais<br />

Possui mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de<br />

Pernambuco (2002). Atualmente é Professor Assistente II do Centro de<br />

Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura. (Letras)<br />

Sônia maria Nogueira<br />

Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica<br />

de São Paulo (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, no Centro de Estudos Superiores de<br />

Imperatriz/MA; Professor Titular - Complexo E. Ensino Caminho do<br />

Futuro; Parecerista de revistas científicas especializadas; Pesquisadora<br />

do Grupo de Pesquisa Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP)<br />

Sumário<br />

324 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

do IP-PUC/SP do Núcleo de Estudos em Línguas, Literaturas e Cinema<br />

(NELLCINE); Autora de artigos em anais nacionais e internacionais, revistas<br />

especializadas e capítulos de livros. Tem experiência na área de<br />

Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: língua portuguesa, historiografia lingüística, ensino e<br />

gramaticografia maranhense. (Letras)<br />

tereza Cristina mena barreto de Azevedo<br />

Atualmente é aluna do Doutorado em Linguística (UFRJ). Possui graduação<br />

em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1993), graduação em Licenciatura Plena em História<br />

pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e mestrado em Letras<br />

(Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />

(2001). É Professora Titular do Centro Universitário do Maranhão, desenvolve<br />

serviços na Fundação Municipal de Cultura de São Luís, Professora<br />

Assistente III da Universidade Estadual do Maranhão e técnica<br />

em atividades culturais no Museu Histórico e Artístico do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem, comunicação,<br />

museu, intertextualidade e interdiscursividade. (Letras)<br />

valéria Cristina Soares pinheiro<br />

Possui doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto<br />

Nacional de Pesquisas da Amazônia (2005). Atualmente é colaboradora<br />

e consulltora ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />

Científico e Tecnológico do Maranhão, Professor Adjunto III da<br />

Universidade Estadual do Maranhão UEMA), credenciada no Programa<br />

de Pós-Graduação em Saúde Materno Infantil - Mestrado Acadêmico da<br />

Sumário<br />

325 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Universidade Federal do Maranhão e Coordenador Operacional do Dinter<br />

em Medicina Tropical da UFG/UEMA/UESPI/UFMA. Coordena o<br />

Laboratório de Entomologia Médica (LABEM) no Campus da UEMA em<br />

Caxias, onde desenvolve pesquisas com doenças tropicais transmitidas<br />

por vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: dengue, malária,<br />

leishmanioses, vetores, dinâmica de transmissão e medidas de<br />

controle. (Saúde)<br />

vera lúcia bezerra Santos<br />

Doutoranda em Administração pela FGV/EBAPE. Professora da Universidade<br />

Estadual do Maranhão, do departamento de Ciências Sociais.<br />

Coordena o Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP-UEMA),<br />

vinculado ao DCS/CCSA/UEMA. Linha de pesquisa voltada para área<br />

de segurança pública, poder, polícia, políticas de segurança pública e<br />

administração pública. (Ciências Sociais)<br />

vera lúcia Neves dias<br />

Possui doutorado em Ciências pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(2009), com área de concentração em Química Analítica. Atualmente é<br />

Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Química, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: hortaliças, polpas de frutas, plantas medicinais e óleos e essências.<br />

(Química)<br />

Sumário<br />

326 / 415


vivian Aranha Saboia<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Doutora em Sociologia/Políticas Públicas pelo CNRS/Universidade Paris<br />

VIII e UFMA (2006). Atua principalmente nos seguintes temas: políticas<br />

de emprego, desenvolvimento socioeconômico, gênero. É docente<br />

na Universidade Estadual do Maranhão e no Programa de Pós-Graduação<br />

em Desenvolvimento Sócioespacial e Regional/Uema. (Ciências<br />

Sociais)<br />

Walter Canales Sant’Ana<br />

Possui doutorado em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica<br />

da Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é Professor Adjunto<br />

I pelo Departamento de Expressões Gráficas e Transportes da<br />

Universidade Estadual do Maranhão. É coordenador da Rede Asfalto.<br />

Tem experiência na área de Infraestrutura Viária, com ênfase em Pavimentação,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: misturas asfálticas<br />

e estabilização de solos. (Engenharia Civil)<br />

Welberth Santos Ferreira<br />

Atualmente é Doutor em Física pela Universidade do Porto. Tem experiência<br />

na área de Física Experimental, com ênfase em Prop. Óticas<br />

e Espectrosc. da Matéria Condensada; Outras Interações da Matéria<br />

com Radiação e Partícula, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

semicondutores, pontos quânticos, espectroscopia vibracional em<br />

manganitas, materiais multiferroicos e acoplamento magnetoeléctrico.<br />

(Física)<br />

Sumário<br />

327 / 415


Wellinton de Assunção<br />

Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

Possui mestrado-profissionalizante em Engenharia Mecânica pela Universidade<br />

Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professor Assistente<br />

III da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gerência de Produção.<br />

Atuando principalmente nos seguintes temas: análise de valor,<br />

qualidade, produtividade. (Engenharia Mecânica)<br />

William da Silva Cardoso<br />

Possui doutorado em Química Inorgânica pela Universidade Estadual<br />

de Campinas (2005). Trabalhou como pesquisador visitante do Departamento<br />

de Química da Universidade Federal do Maranhão (2007). Atualmente<br />

é Professor de Química Inorgânica da Universidade Estadual<br />

do Maranhão. Tem experiência em síntese inorgânica, com ênfase em<br />

sensores eletroquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

desenvolvimento de novos materiais, óxidos mistos, óxido de estanho<br />

via sol-gel para aplicações como eletrodos quimicamente modificados.<br />

(Química)<br />

Wilson Araújo da Silva<br />

Possui doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade<br />

Federal Rural do Rio de Janeiro (2007). Tem experiência na área de Engenharia<br />

Agrícola e Agronomia, com ênfase em Irrigação e Drenagem,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: atividades de extensão,<br />

SIG, desenho e projeto auxiliado por computador (CAD ), produção vegetal,<br />

coeficiente de cultivo, manejo e conservação do Solo e da água,<br />

agricultura irrigada e lâmina de irrigação, agrometeorologia, fruticultu-<br />

Sumário<br />

328 / 415


Pesquisadores<br />

da ueMa<br />

ra, cana-de-açúcar e paisagismo. Atualmente está concursado na Universidade<br />

Estadual do Maranhão como Professor Adjunto I na área de<br />

Irrigação e Drenagem. Diretor do Curso de Agronomia da UEMA/CESI.<br />

Diretor pró-têmpore do Curso de Engenharia Florestal da UEMA-CESI<br />

e Coordenador do Curso de Especialização em Geoprocessamento Aplicado<br />

ao Planejamento Agrícola e Ambiental. (Agronomia)<br />

Zafira da Silva de Almeida<br />

Possui Doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Pará/Museu<br />

Emílio Goeldi (2009). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Zoologia,<br />

com ênfase no grupo de peixes, atuando em Gestão e Dinâmica Populacional<br />

de Recursos Pesqueiros. Principais temas: gestão de recursos<br />

pesqueiros, Maranhão, alimentação, reprodução, elasmobrânquios e<br />

educação ambiental. (Biologia)<br />

Zulene muniz barbosa<br />

Doutora em Ciências Sociais - Política pela Pontifícia Universidade Católica<br />

de São Paulo-PUCSP (2002). Professora Adjunta II do Departamento<br />

de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão,<br />

exerce atualmente a coordenação do Programa de Pós-Graduação em<br />

Desenvolvimento Socioespacial e Regional . Tem experiência na área da<br />

Ciência Política, com ênfase em Teoria Política e Sociologia do Trabalho<br />

e pesquisa os seguintes temas: Estado, política de desenvolvimento,<br />

trabalho e movimento sociais. (Ciências Sociais)<br />

Sumário<br />

329 / 415


Adalgisa de Souza paiva Ferreira<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1983), doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de<br />

São Paulo (2002) e residência-médica pelo Instituto de Assistência Médica<br />

ao Servidor Público Estadual (1987). Atualmente é Professor Adjunto<br />

da Universidade Federal do Maranhão, do Governo do Estado do<br />

Maranhão, Revisor de periódico da Brazilian Journal of Medical and<br />

Biological Research, Médico do Ministério da Saúde, orientador da Rede<br />

Nordeste em Biotecnologia, Revisor de periódico da Clinics (USP. Impresso)<br />

e Revisor de periódico da Journal of Clinical Transplantation.<br />

Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica.<br />

Atuando principalmente nos seguintes temas: gastro.<br />

Adeílton pereira maciel<br />

Graduado em Química Industrial e mestre em Química pela Universidade<br />

Federal da Paraíba, doutor em Química pela Universidade Federal<br />

de São Carlos, Especialista em Educação a Distância. Atualmente<br />

é professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Química, com ênfase em Físico-Química, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: sensores, catalisadores, biocombustíveis,<br />

ambiental e educação a distância.<br />

Adelaide Ferreira Coutinho<br />

Graduada em Pedagogia (1982), Licenciada em Educação Artística<br />

(1999), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (1996) e Mestra<br />

em Educação (1998) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutora<br />

Sumário<br />

330 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005).<br />

Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação II e do<br />

Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão. Coordena<br />

o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA,<br />

no Maranhão, pela parceria UFMA/MST/ASSEMA/CCN/ACONERUQ.<br />

Coordena o Curso de Pedagogia da Terra-UFMA. Exerce docência nas<br />

disciplinas Política e Planejamento Educacional, História da Educação<br />

e Educação do Campo. Realiza estudos e pesquisas vinculadas ao<br />

NEPHECC e ao Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da<br />

UFMA, concentradas em Política Educacional e Financiamento, Movimentos<br />

Sociais e Educação do Campo, Estado e terceiro setor.<br />

Adenilde Ribeiro Nascimento<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1980), mestrado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade<br />

Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciências dos Alimentos<br />

pela Universidade Federal de Lavras (2004). Atualmente é professor<br />

adjunto IV, com as seguintes disciplinas: Introdução à Microbiologia,<br />

Microbiologia de Alimentos e Microbiologia Aquática. É coordenadora<br />

do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água (PCQA/<br />

UFMA). Linhas de Pesquisa - Microbiologia de Alimentos - Segurança<br />

Alimentar e Microbiologia Ambiental - Pesquisa sobre a contaminação<br />

das águas e areias das praias.<br />

Adenilson oliveira dos Santos<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina<br />

(1999), mestrado em Física, UNICAMP (2002) e doutorado em Ciên-<br />

Sumário<br />

331 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

cias, UNICAMP (2006). Pós-Doutorado em Física pela UNICAMP (2006-<br />

2008). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do<br />

Maranhão, assessor ad hoc do CNPq, FAPEMA e FAPESPA, usuário do<br />

Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), membro permanente<br />

do programa de pós graduação (Mestrado e Doutorado) em Física<br />

da UFMA. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física<br />

da Matéria Condensada, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

Difração de Raios-X, Método de Rietveld, Difração Múltipla de Raios-X,<br />

Radiação Sincrotron, Materias Ferroelétricos e Ferromagnéticos.<br />

Adriana de Fátima vasconcelos pereira<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1994), especialização em Periodontia pela Unicastelo-CE (1997),<br />

mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração em Periodontia<br />

pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e doutorado<br />

em Odontologia com área de concentração em Materiais Dentários pela<br />

Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é professora adjunto da<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Odontologia,<br />

com ênfase em Periodontia, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: tratamento periodontal, diagnóstico e fatores de risco.<br />

Alcione miranda dos Santos<br />

Graduada em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco<br />

(1991), mestrado em Estatística pela Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro (1996) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é professora adjunta<br />

do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do<br />

Sumário<br />

332 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Maranhão, na qual vem desenvolvento atividades de pesquisas em Modelos<br />

Estatísticos aplicados, Epidemiologia, Redes Neurais Artificiais,<br />

Análise de Sobrevivência e Inferência Bayesiana.<br />

Aldalea lopes brandes marques<br />

Possui graduação em Química Industrial (UFMA, 1978), mestrado em<br />

Química Analítica (IQSC-USP, 1988), doutorado em Química Analítica<br />

(IQSC-USP, 1991) e pós-doutorado em eletrocatálise aplicada a célula a<br />

combustíveis (Toronto, 1994). Atualmente é professora titular da Universidade<br />

Federal do Maranhão, desde 1998. Tem experiência na áreas<br />

de Química Eletroanalítica, Eletrocatálise, Metododolia Analítica (espectroscopia<br />

e eletroquímica) para metais. Tem atuado no desenvolvimento<br />

e aplicação de métodos analíticos para metais a nível de traços,<br />

aplicados a estudos de poluição e toxicologia; métodos eletroanalíticos<br />

aplicados a diferentes matrizes de petróleo, combustíveis e biocombustíveis;<br />

estudos envolvendo eletrocatálise por complexos metálicos,<br />

inclusive usando nanomateriais, aplicados a células a combustíveis;<br />

Formação de recursos humanos (cursos de extensão, ensino médio<br />

e pós-graduação, na área de biocombustíveis, petróleo e gás natural.<br />

Principais temas de atuação no contexto das publicações: metais-traço,<br />

eletrocatálise, combustíveis, eletrodo de grafite, espectrofotometria<br />

e voltametria de redissolução.<br />

Alexandre César muniz de oliveira<br />

Graduado em Ciência da Computação (1992) e mestre em Engenharia<br />

de Eletricidade (1997) pela Universidade Federal do Maranhão. Doutor<br />

em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espa-<br />

Sumário<br />

333 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

ciais (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />

do Maranhão, atuando na área de Computação, com ênfase em pesquisa<br />

operacional, otimização discreta e contínua, metaheurísticas de<br />

busca, algoritmos paralelos e reconhecimento de padrões.<br />

Alexandre Fernandes Corrêa<br />

Bacharel em Ciências Sociais: Antropologia na Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (1986), Mestre em Antropologia Cultural na Universidade<br />

Federal de Pernambuco (1993), Doutor em Ciências Sociais (Antropologia)<br />

na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001) e Pós-<br />

-doutorado em Antropologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />

(2006). Segundo Pós-Doutorado em Antropologia (UERJ-2009). Atualmente<br />

é professor Associado III da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Experiência na área de Antropologia Urbana e Sociologia da Cultura,<br />

atuando nas seguintes áreas: Patrimônio Cultural, Memórias Sociais,<br />

Novos Patrimônios, Simbolismo e Imaginário, Arte e Literatura. Membro<br />

do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFMA).<br />

Líder do Grupo de Pesquisas e Estudos Culturais (CRISOL). Membro<br />

do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (2008-9). Membro da<br />

Diretoria da Federação Nacional de Sociólogos (2009-2012).<br />

Alexandre guida Navarro<br />

Possui graduação em História (1997); mestrado em Arqueologia pela<br />

Universidade de São Paulo (2001); Doutorado em Antropologia com ênfase<br />

em Arqueologia pela Universidad Nacional Autónoma de México<br />

(2007), com estágio em Arqueologia da Paisagem no Laboratório de Paleoambiente,<br />

Patrimônio e Paisagem do Instituto de Estudios Gallegos<br />

Sumário<br />

334 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Padre Sarmiento, Universidad de Santiago de Compostela, Espanha<br />

(2005) e Pós-Doutorado em Arqueologia Histórica no Núcleo de Estudos<br />

Estratégicos da UNICAMP. Realiza pesquisas na Mesoamérica, sendo<br />

especialista na cultura Maia, com ênfase em cultura material, formação<br />

do Estado na Mesoamérica, guerra, iconografia, religião e epigrafia.<br />

Participou de escavaçoes arqueológicas no sítio de Santa Cruz de Atizapán,<br />

no altiplano mexicano, e que possuía vínculos com a cidade de<br />

Teotihuacán. Também participou de escavações arqueológicas em sua<br />

área de maior interesse, a Maia, nos sítios de Chichén Itzá, Calakmul<br />

e Ilha Cerritos (porto de Chichén Itzá durante Clássico Terminal, ca.<br />

800-1050 d.C.). Atualmente continua participando dos projetos arqueológicos<br />

Chichén Itzá e Ilha Cerritos, sendo que coordena um projeto de<br />

escavação na região citada.<br />

Allan Kardec duailibe barros Filho<br />

Possui graduação em Engenharia Eletrica pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1991), mestrado em Information Engineering - Toyohashi<br />

University of Technology (1995) e doutorado em Information Engineering<br />

pela Universidade de Nagoya (1998). Tem pós-doutorado pelo RI-<br />

KEN (The Institute of Physics and Chemistry), Japão. Atualmente é<br />

professor associado da Universidade Federal do Maranhão, orienta(ou)<br />

vários alunos em nível de mestrado e doutorado, inclusive na Rede<br />

Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). Tem vários projetos de pesquisas<br />

em diversas áreas do domínio da energia e engenharia elétrica,<br />

incluindo um PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência).<br />

É consultor da CAPES assim como editor associado da Signal Processing,<br />

além de servir como revisor de vários periódicos e conferências<br />

de referência internacional. Já ocupou cargos de pró-reitor, diretor de<br />

Sumário<br />

335 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

pesquisa e hoje é diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural<br />

e Biocombustíveis (ANP).<br />

Ana Emília Figueiredo de oliveira<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense<br />

(UFF), especializaçao em Radiologia Odontológica e Endodontia pela<br />

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestrado e Doutorado<br />

em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(UNICAMP) e Pós-Doutorado/Professora Visitante pela Universidade da<br />

Carolina do Norte/Chapel Hill-EUA. É Professora Adjunto da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Atua principalmente nos seguintes temas:<br />

modelos tridimensionais, cone-beam CT, repercussões das alterações<br />

bucais sobre a saúde da mulher, controle de qualidade radiográfico e<br />

prevenção das doenças cárie, periodontal e periodontite apical crônica.<br />

Ana hélia de lima Sardinha<br />

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão e<br />

doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Ministerio de Educación del<br />

Instituto Central Ciências Pedagógicas com título revalidado pela Universidade<br />

Federal de Santa Catarina. Seis especializações cursadas:<br />

Metodologia do Ensino Superior, UTI para Enfermeiros, Enfermagem<br />

do Trabalho, Enfermagem Obstétrica, Administração Hospitalar e Nutrição<br />

e aperfeiçoamento em O Processo de Cuidar do Idoso pela Universidade<br />

de São Paulo. Atualmente é professora Adjunta do Curso de<br />

Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Docente do Quadro<br />

de Mestrado em Saúde e Ambiente e Enfermagem da UFMA. Líder<br />

do grupo de Pesquisa Educação e Cuidado em Enfermagem: um enfo-<br />

Sumário<br />

336 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

que sobre a Saúde do Idoso (NUPECE). Tem experiência na área de Enfermagem,<br />

com ênfase em Enfermagem Geronto Geriátrica e Educação.<br />

Atuando principalmente nos seguintes temas: Metodologia do Ensino,<br />

Educação em saúde, Enfermagem, saúde do idoso e cuidador familiar.<br />

Anselmo Cardoso de paiva<br />

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Civil - Estruturas pela<br />

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993) e doutorado<br />

em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro<br />

(2001). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal<br />

do Maranhão. Sendo coordenador do Núcleo de Computação Aplicada<br />

NCA-UFMA. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com<br />

ênfase em Processamento Gráfico (Graphics), atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Realidade Virtual, Computação Gráfica, GIS, Processamento<br />

de Imagens Médicas e Visualização Volumétrica.<br />

Antônio Augusto moura da Silva<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1984), Mestrado (1990) e Doutorado (1997) em Medicina Preventiva<br />

pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São<br />

Paulo. Realizou pós-doutorado em Epidemiologia Perinatal na National<br />

Perinatal Epidemiology Unit, Universidade de Oxford, 2003. Atualmente<br />

é docente associado III da Universidade Federal do Maranhão.<br />

É editor associado dos Cadernos de Saúde Pública, editor assistente<br />

de Epidemiologia da revista Ciência & Saúde Coletiva e editor de seção<br />

da Revista Brasileira de Epidemiologia. É membro da Comissão de<br />

Sumário<br />

337 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Epidemiologia da Abrasco. É revisor de 14 periódicos, dentre os quais:<br />

Revista de Saúde Pública, BMC Public Health, Paediatric and Perinatal<br />

Epidemiology, Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, American<br />

Journal of Epidemiology, Social Science & Medicine, PLOS One, Pediatrics,<br />

Brazilian Journal of Medical and Biological Research e Cadernos<br />

de Saúde Pública. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase<br />

em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

baixo peso ao nascer, mortalidade infantil, prematuridade, cesariana e<br />

obesidade. Atualmente coordena o segundo estudo de coorte perinatal<br />

de São Luís (estudo BRISA), iniciado em 2009, com o objetivo de estudar<br />

novos fatores de risco para nascimento pré-termo.<br />

Antônio Carlos da Silva Ramos<br />

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Norte (1992), mestrado em Engenharia Química pela<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1995) e doutorado em<br />

Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2001).<br />

Atualmente é professor/pesquisador da Universidade Federal de Pelotas<br />

(UFPel). Tem experiência na área de Engenharia Química, com<br />

ênfase em Processos Orgânicos, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: asfaltenos, petróleo, adsorção, aditivos e inibidores.<br />

Antônio Carlos leal de Castro<br />

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1977) , especialização em Oceonografia pela Universidade<br />

de São Paulo (1984) , mestrado em Ciências da Engenharia<br />

Ambiental pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em Ciên-<br />

Sumário<br />

338 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

cias da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1994) .<br />

Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Maranhão e<br />

Revisor de periódico do Boletim do Laboratório de Hidrobiologia. Tem<br />

experiência na área de Ecologia , com ênfase em Ecologia Aplicada.<br />

Atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, comunidade,<br />

PEIXES.<br />

Antônio Carlos Romão borges<br />

Concluiu graduação em Farmácia (1988) pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (UFMA), mestrado (1992) e doutorado (2000) em Farmacologia<br />

pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é professor<br />

Associado no Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF-UFMA) e<br />

nos Programas de Pós-Graduação: Ciências da Saúde (PPGCS-UFMA)<br />

e Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (PPGB-RENORBIO).<br />

Atua na área de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica, com ênfase na<br />

investigação de atividades biológicas de produtos naturais, com potencialidades<br />

de aplicação, principalmente como hipotensor e/ou anti-<br />

-hipertensivo. Além disso, é representante Estadual (Coordenador do<br />

Ponto Focal-Maranhão) do PPGB-RENORBIO. Gerado pelo Sistema Interlattes<br />

CV-Resumé em 02/08/2006 e atualizado pelo pesquisador<br />

em 18/11/2011.<br />

Antônio Cordeiro Feitosa<br />

Possui graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1978), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (2003), especialização em Geografia<br />

Aplicada ao Planejamento e Desenvolvimento pela Universidade Fede-<br />

Sumário<br />

339 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

ral do Maranhão (1982), especialização em Curso de Especialização em<br />

Metodologia do Ensino pela Universidade Federal do Maranhão (1981),<br />

especialização em Sensoriamento Remoto, Pincípios e Interpretação,<br />

pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984),<br />

mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de<br />

Mesquita Filho (1990) e doutorado em Geografia pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Atualmente é Professor<br />

Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Processos geomorfológicos, Zona Costeira,<br />

Maranhão.<br />

Antônio luiz Amaral pereira<br />

Possui Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1980), Especialização em Periodontia pela Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro (1981), Especialização em Imunologia pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (1989), Mestrado em Odontologia (Periodontia)<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e Doutorado<br />

em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />

(2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Tem experiência na área acadêmica e administrativa. Vem<br />

exercendo desde 2007 o cargo de Pró-Reitor de Extensão da UFMA. Na<br />

pesquisa, atua principalmente nos seguintes temas: doença periodontal<br />

(epidemiologia, aspectos imunológoicos e microbiológicos), doença<br />

periodontal associada a doenças sistêmicas, câncer oral.<br />

Antônio paulino de Sousa<br />

Sumário<br />

340 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Filosofia pelo CEARP (1987), graduação em Ciências<br />

Sociais - Institut Catholique de Paris (1995), mestrado em Ciências<br />

Sociais - Institut Catholique de Paris (1996), doutorado em Sociologia<br />

- Universite de Paris VII (2002) e doutorado em Ciências Sociais<br />

- Institut Catholique de Paris (2002). Atualmente é professor da Universidade<br />

Federal do Maranhão, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: educação, sociologia econômica e a trajetória social do conceito<br />

de Habitus em Pierre Bourdieu. Na Pós-Graduação leciona a disciplina<br />

Teoria das Ciências Sociais.<br />

Antônio Rafael da Silva<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro (1968), mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias)<br />

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975) e doutorado em<br />

Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro (1985). É Professor Titular da Universidade Federal<br />

do Maranhão, exercendo as atividades de professor na disciplina de<br />

Doenças Infecciosas e Parasitárias no curso de graduação em Medicina<br />

desde 1969. Coordena o Centro de Referência em Doenças Infecciosas<br />

e Parasitárias, do Depto. de Patologia (UFMA), onde exerce atividades<br />

de ensino, pesquisa e extensão. Professor Permanente do Programa<br />

de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde desenvolve atividades<br />

acadêmicas nas disciplinas Grandes Endemias e Seminários de Pesquisa<br />

(nesta última como coordenador). Tem experiência na área de<br />

Medicina, com ênfase em Doenças Infecciosas e Parasitárias, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, clínica, diagnóstico<br />

e tratamento de malária, hanseníase, leishmanioses visceral e tegumentar<br />

e micoses profundas. É membro da Sociedade Brasileira para<br />

Sumário<br />

341 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

o Progresso da Ciência e da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.<br />

É ocupante da cadeira nº 14 da academia Vitoriense/Arariense de Letras,<br />

da qual exerce, a partir de 30 de janeiro de 2010, a Presidência.<br />

Areolino de Almeida Neto<br />

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Aeronáutica e Mecânica<br />

pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (1998) e doutorado em<br />

Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica/Universität<br />

Hannover (2003). Atualmente é professor adjunto<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

Elétrica e Mecatrônica, com ênfase em Controle de Processos<br />

Eletrônicos, Retroalimentação, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: controle neural, aprendizado por reforço, estruturas flexíveis,<br />

controle digital, controle de processos, robótica móvel (planejamento de<br />

trajetórias) e robótica em geral.<br />

Aristófanes Corrêa Silva<br />

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1995), mestrado em Engenharia de Eletricidade pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1997) e doutorado em Informática<br />

pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente<br />

é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Processamento<br />

Gráfico (Graphics), atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: imagens médicas, recuperação de imagens e imagens biométricas.<br />

Sumário<br />

342 / 415


Arlene de Jesus mendes Caldas<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1978), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1998) e Doutorado em Patologia Humana pela Universidade<br />

Federal da Bahia (2004). Atualmente, Professor Associado I<br />

do Departamento de Enfermagem/UFMA, Docente do Quadro Permamente<br />

do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado e<br />

Doutorado) e de Enfermagem (Mestrado), Bolsita de Produtividade em<br />

Pesquisa da FAPEMA, Coordenadora da Comissão do HUUFMA, membro<br />

do Comitê do Centro de Pesquisa Clinica (CEPEC)-HUUFMA, Membro<br />

da Associação Brasileira de Enfermagem e da Sociedade Brasileira<br />

de Medicina Tropical, Chefe do Departamento de Enfermagem/UFMA,<br />

Editora Cientifica da Revista Pesquisa em Saúde do Hospital Universitário/UFMA.<br />

Líder do grupo de Pesquisa- Epidemiologia das Doenças<br />

Transmissíveis com enfâse nas linhas de pesquisas: Leishmaniose,<br />

Hanseníase, Dengue e Tuberculose.<br />

Auro Atsushi tanaka<br />

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal<br />

de São Carlos (1977), mestrado em Química (Físico-Química) pela<br />

Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Graduate Studies in<br />

Chemistry pela Case Western Reserve University (1986), pós-doutorado<br />

pela Laboratoire de Chimie 1 Electrochimie Et Interactions Université<br />

de Poitier (1992) e pós-doutorado pela Case Center For Electrochemical<br />

Sciences (1989) . Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal<br />

do Maranhão, Membro de corpo editorial do Publicatio UEPG. Ciências<br />

Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Engenharia, Membro de<br />

Sumário<br />

343 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

corpo editorial da Brazilian Journal of Analytical Chemistry e Membro<br />

de corpo editorial da International Journal of Electrochemistry. Tem<br />

experiência na área de Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: oxygen, Macrocycle, Phtalocyanine,<br />

Porphyrin.<br />

Azizedite guedes gonçalves<br />

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1978) , especialização em Bioquímica pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1979) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia)<br />

pela Universidade de São Paulo (1996) . Atualmente é Professor<br />

Adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Microbiologia , com ênfase em Microbiologia Aplicada. Atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: Escherichia coli, Padrão de adesão<br />

localizada, Escherichia coli O119 serotypes.<br />

benjamin Alvino de mesquita<br />

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />

do Ceará (1976), mestrado em Desenvolvimento Agrícola pela Universidade<br />

Federal Rural do Rio de Janeiro (1982) e Doutorado em Políticas<br />

Públicas pela UFMA e em Geografie, Amenegement et urbanism pela<br />

Sorbonne Nouvelle/Paris III (2006). Atualmente é professor adjunto IV<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Economia, com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento e política<br />

agrícola, agroextrativismo, desenvolvimento regional, agronegócio e<br />

agricultura familiar, meio ambiente, povos e comunidades tradicionais.<br />

Sumário<br />

344 / 415


uno braga benatti<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(2001), mestrado (2005) e doutorado (2007) em Clínica Odontológica<br />

com ênfase em Periodontia pela Universidade Estadual de<br />

Campinas . Atualmente é professor de Periodontia na graduação e do<br />

programa de mestrado em Odontologia na pós-graduação da Universidade<br />

Federal do Maranhão (UFMA), com linha de pesquisa em patogênese,<br />

fatores de risco e modulação da resposta do hospedeiro em<br />

pacientes periodontais. Tem experiência na área de Odontologia, com<br />

ênfase em Clínica Odontológica, atuando principalmente nas áreas de<br />

Periodontia e Implantodontia.<br />

Carlos benedito Rodrigues da Silva<br />

Possui Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de<br />

Campinas (1978), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade<br />

Estadual de Campinas (1992) e Doutorado em Ciências Sociais pela<br />

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é coordenador<br />

do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA e professor<br />

Associado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, do<br />

Departamento de Sociologia e Antroplogia da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em<br />

Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: diversidade cultural, relações étnico-raciais e<br />

ação afirmativa. É Presidente do Centro de Estudos do Caribe no Brasil<br />

e Coordenador Geral da Associação Maranhense de Pesquisas Afro-<br />

-Brasileiras.<br />

Sumário<br />

345 / 415


Carlos martínez Ruiz<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas - Universidade de Barcelona<br />

(1989) e doutorado em Ciências Biológicas: Biologia Animal I (Zoologia)<br />

- Universidade de Barcelona (1998). Atualmente é professor adjunto no<br />

Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />

experiência nas áreas de Ecologia e Zoologia, com ênfase em Ecologia<br />

de Aves, atuando principalmente nos seguintes temas: Nycticorax nycticorax,<br />

Nyctanassa violacea, Eudocimus ruber, Egretta spp., ecologia<br />

trófica e reprodutiva de aves de manguezal, ecologia de aves marinhas,<br />

ornitofauna (com ênfase em comunidades de aves amazônicas), mastofauna<br />

e conservação de fauna.<br />

Carlos William de Araújo paschoal<br />

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />

do Ceará (1995), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará<br />

(1998) e doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará<br />

(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Prop.<br />

Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras Inter. da Mat. com Rad.<br />

e Part., atuando principalmente nos seguintes temas: espectroscopia<br />

vibracional e de impedância de materiais e simulação estática de sólidos<br />

dielétricos. Atualmente é Diretor do Departamento de Pesquisa da<br />

Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do<br />

Maranhão.<br />

Sumário<br />

346 / 415


Cecília Cláudia Costa Ribeiro<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1993), mestrado em Odontopediatria pela Universidade Federal<br />

de Santa Catarina (1998) e doutorado em Odontologia, área de Cariologia,<br />

pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é<br />

professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Odontologia, com ênfase em Odontopediatria, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: prevenção da cárie dental e saúde<br />

coletiva. Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em<br />

Odontologia (Mestrado) e Saúde Coletiva (Mestrado e Doutorado).<br />

César Augusto<br />

Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1988), mestrado em Ciência da Informação pela Pontifícia<br />

Universidade Católica de Campinas (1993) e doutorado e pós-doutorado<br />

em Educação pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é<br />

professor associado III da Universidade Federal do Maranhão, atuando<br />

no Programa de pós-graduação em Educação e História e no Departamento<br />

de Biblioteconomia. Coordenador do Núcleo de Estudos e Documentação<br />

em História da Educação e Práticas Leitoras - NEDHEL.<br />

Desenvolve pesquisas na área da história da educação, da leitura e das<br />

bibliotecas com privilégio ao século XIX. Pesquisador produtividade do<br />

CNPq.<br />

Sumário<br />

347 / 415


Cícero Wellington brito bezerra<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1992), mestrado em Química Analítica pelo Instituto de Química<br />

de São Carlos (1995) e doutorado em Físico-Química pelo Instituto<br />

de Química de São Carlos (1999) e pós-doutorado pelo Institute for<br />

Fuel Cell Innovation-CAN (2008). Atualmente é professor associado da<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química<br />

Inorgânica, com ênfase em Campos de Coordenação, mas também<br />

atua nas áreas de adsorção, remoção de metais e corantes, química de<br />

aguardentes (tiquira), colágenos e peixes.<br />

Cláudia maria Coelho Alves<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1982), especialização em Periodontia pela UFRJ, mestrado<br />

em Odontologia (Periodontia) pela Universidade de São Paulo (1995) e<br />

doutorado em Odontologia (Dentística) pela Universidade de São Paulo<br />

(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação<br />

Científica (PIBIC) da Universidade Federal do Maranhão no período de<br />

2003 a 2007. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em<br />

Dentística e Periodontia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

prevalência de doenças periodontais, intervenções em Saúde Bucal e<br />

materiais odontológicos e suas propriedades.<br />

Sumário<br />

348 / 415


Cláudio urbano bittencourt pinheiro<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Maranhão<br />

(1980), mestrado em Biologia - City University of New York (1996)<br />

e doutorado em Biologia - City University of New York (1997). Atualmente<br />

é Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão e<br />

coordenador regional do Grupo Etnobotânico Latino Americano. Tem<br />

experiência na área de Agronomia, com ênfase em Uso, Manejo e Conservacão<br />

de Recursos Vegetais, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Maranhão, etnobotânica, botânica econômica, Baixada Maranhense<br />

e babaçu. Estudioso da flora brasileira e em particular da<br />

maranhense, tem se dedicado profissionalmente ao estudo da Botânica,<br />

mais particularmente à Etnobotânica e à Botânica Econômica. Em<br />

2007, foi contemplado com a Medalha de Mérito Etnobotânico J. W.<br />

Harshberger, outorgado pela Academia Nacional de Botânica da Índia,<br />

pela sua contribuição à Etnobotânica. Em 2008 recebeu da Assembléia<br />

Legislativa do Estado do Maranhão a Medalha Manoel Beckman, em<br />

reconhecimento aos seus estudos sobre as plantas maranhenses. Em<br />

2009, foi contemplado com o primeiro lugar no Prêmio FAPEMA, Categoria<br />

Pesquisador Sênior, pelos resultados de seus estudos com matas<br />

ciliares no Maranhão.<br />

Cláudio Zannoni<br />

Possui graduação em História Bacharelado pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1995), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Sociologia<br />

pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002).<br />

Atualmente é editor chefe da revista Cadernos de Pesquisa da Univer-<br />

Sumário<br />

349 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

sidade Federal do Maranhão, professor Associado do Departamento de<br />

Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão e Professor<br />

Regular do Mestrado em Saúde e Ambiente. Tem experiência na<br />

área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: ciências humanas, povos indígenas<br />

do Maranhão, tenetehara e índios do Brasil. Coordenador do Grupo de<br />

Pesquisa: “A contracultura dos anos de 1960 aos dias atuais”, onde<br />

atua na área de Rock e Contracultura.<br />

darlon martins lima<br />

Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista,<br />

Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela Faculdade<br />

de Odontologia de Araraquara - Universidade Estadual Paulista Júlio<br />

de Mesquita Filho - UNESP. Professor Adjunto I das Disciplinas de Dentística<br />

do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão<br />

- UFMA. Atua na Graduação e na Pós-graduação do Curso de Mestrado<br />

em Odontologia da UFMA.<br />

david lima Azevedo<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1990), mestrado em Física pelo IFGW-UNICAMP (1997) e doutorado<br />

em Física pelo IFGW-UNICAMP (2001). Atualmente é professor da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física,<br />

com ênfase em simulações em dinâmica molecular, cálculos ab-inito,<br />

processos de Colisão e Interações de Átomos e Moléculas, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: estrutura eletrônica de clusters,<br />

polímeros, nanotubos.<br />

Sumário<br />

350 / 415


denilson moreira Santos<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1990) , graduação em Física (Licenciatura Plena) pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1990) , especialização em Engenharia<br />

Clínica pela Universidade Federal do Maranhão (2010) , mestrado<br />

em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de<br />

São Carlos (1999) e doutorado em Química pela Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) . Atualmente é Professor Assistente<br />

da Universidade Federal do Maranhão e Livre da Universidade<br />

Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de<br />

Materiais e Metalúrgica. Atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

cerâmica, PZT, estrutura e propriedade elétrica, propriedades piezoelétricas.<br />

denise Fernandes Coutinho moraes<br />

Possui graduação em Farmácia, com habilitação em Bioquímica pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1994), especialização em Fitoquímica<br />

pela Universidade Federal do Maranhão (1996), mestrado em Saúde<br />

e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (1999) e doutorado<br />

em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal<br />

da Paraíba (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade<br />

Federal do Maranhão, ministrando na graduação a disciplina de Farmacognosia<br />

II. Tem experiência na área de Farmacognosia, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: anatomia vegetal, estudo fitoquímico,<br />

controle de qualidade, avaliação de atividades biológicas in vitro,<br />

levantamentos etnobotânicos e bancos de dados.<br />

Sumário<br />

351 / 415


denivaldo Cicero pavão lopes<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui doutorado em Informática pela Universidade de Nantes, França<br />

(2005), mestrado em Engenharia de Eletricidade (área: Ciência da<br />

Computação) pela UFMA (2001) e bacharelado em Engenharia Elétrica<br />

pela UFMA (1999). Sua produção bibliográfica é diversificada, contendo<br />

artigos publicados em jornais internacionais, artigos em conferências<br />

e workshops nacionais e internacionais. Participa como coordenador<br />

ou pesquisador de projetos de pesquisa científica ou pesquisa e inovação<br />

tecnológica fiinanciados por órgãos de fomento a pesquisa como<br />

CNPq, FINEP e FAPEMA. Participou/participa de projetos de Pesquisa<br />

e Desenvolvimento (P&D) nos moldes da Agência Nacional de Energia<br />

Elétrica (ANEEL). Atuou/atua como revisor Ad hoc de revistas e jornais<br />

como IEEE Computer Magazine (ISSN 0018-9162), IEEE Distributed<br />

System Online (ISSN 1541-4922), Revista de Gestão da Tecnologia e<br />

Sistemas de Informação (ISSN: 1807-1775), Journal of Systems and<br />

Software (ISSN: 0164-1212). É revisor permanente do Journal of Secure<br />

Software and Engineering (ISSN: 1947-3036). É membro do comitê<br />

de programa de eventos científicos como Simpósio Brasileiro de<br />

Sistemas de Informação (SBSI), International Conference on Software<br />

Engineering Theory and Practice, Workshop on Future Trends of<br />

Model-Driven Development (FTMDD), Workshop on Recent Trends in<br />

SOA Based Information Systems (RTSOABIS) e Workshop on Mobile,<br />

Wireless & Networks Security (MWNS). Depois de agosto de 2008, é<br />

professor adjunto da UFMA, onde é professor colaborador do Programa<br />

de Pós-Graduação em Engenharia de Eletricidade (PPGEE), na área de<br />

Ciência da Computação. Coordena o Laboratório de Engenharia de Software<br />

e Rede de Computadores (LESERC) da UFMA. Orienta alunos de<br />

iniciação científica e alunos de mestrado. É membro do Comitê Científico<br />

do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC<br />

Sumário<br />

352 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

da UFMA. É membro fundador da Academia Maranhense de Ciências<br />

(AMC). Seus temas de pesquisa envolvem Engenharia Dirigida por Modelos,<br />

Serviços Web, Segurança e Telemedicina.<br />

dorlene maria Cardoso de Aquino<br />

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão,<br />

especialização em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde<br />

Pública da FIOCRUZ-RJ, mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade<br />

Federal do Maranhão e doutorado em Patologia Humana pela<br />

Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor de 3.º grau -<br />

adjunto II, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal<br />

do Maranhão. Docente do quadro permanente do Programa de Pós-<br />

-Graduação em Saúde Materno-Infantil (Mestrado) e do Mestrado em<br />

Enfermagem. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa<br />

do HUUFMA. Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da<br />

Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Tem experiência na área de<br />

Enfermagem em Doenças Transmissíveis, com ênfase em hanseníase e<br />

leishmaniose. Membro do Núcleo de Pesquisa Epidemiologia das Doenças<br />

Transmissíveis.<br />

dorval do Nascimento<br />

Possui doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande<br />

do Sul (2006). Realizou estágio de doutorado na École des Hautes Études<br />

en Sciences Sociales-EHESS-Paris (2004-2005). Professor Adjunto<br />

do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão<br />

(UFMA). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em His-<br />

Sumário<br />

353 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

tória (UFMA). Atua na área de História, trabalhando com os seguintes<br />

temas: Intelectuais, Sociabilidades e História Intelectual; Relações Étnicas<br />

e Etnicidade.<br />

Eder Nascimento Silva<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(2003), mestrado (2005) e doutorado (2008) em Física pela Universidade<br />

Federal do Ceará. Atualmente é professor adjunto I da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Na pós-graduação em Física da UFMA é membro<br />

permanente e membro do colegiado.Tem experiência na área de Física,<br />

com ênfase em Prop. Óticas e Espectrosc. da Mat. Condens; Outras<br />

Inter. da Mat. com Rad. e Part.,atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: espalhamento Raman, espectroscopia no infravermelho, dinâmica<br />

de rede, espectroscopia de impedância.<br />

Edmar pereira marques<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1978), especialização em Química de Alimentos (1979), mestrado<br />

em Química (Química Analítica- IQSC) pela Universidade de São<br />

Paulo (1988) e doutorado em Química Analítica pelo Instituto de Física<br />

e Química de São Carlos-USP(1991), pós-doutorado na universidade de<br />

York (Canadá, 1993-1994). Atualmente é professor titular da Universidade<br />

Federal do Maranhão, onde ministra as disciplinas Físico-química<br />

e Química Analítica. Atua em pesquisa na área de eletroanalítica, com<br />

ênfase em metodologia analítica e eletrodos quimicamente modificados.<br />

Sumário<br />

354 / 415


Elba gomide mochel<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas<br />

Gerais (1968), Mestrado em Enfermagem Obstétrica pela Escola Paulista<br />

de Medicina (1988) e Doutorado em Enfermagem pela Escola Paulista<br />

de Medicina, UNIFESP (1995). Atualmente é Professora Associada<br />

III da Universidade Federal do Maranhão, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: saúde da mulher, enfermagem no ciclo gravídico<br />

puerperal, hipertensão arterial, obesidade, prevenção de câncer, qualidade<br />

de vida e tanatologia.<br />

Eliana tavares dos Reis<br />

Possui Graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul (1999), Mestrado em Ciência Política<br />

pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), Estágio Doutoral<br />

em Ciências Sociais - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales<br />

(2002) e Estágio Doutoral em Sociologia Política - Paris I - Panthéon<br />

de la Sorbonne (2006). É Doutora em Ciência Política pela Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente atua como professora e<br />

pesquisadora do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa<br />

de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase<br />

em Ciência Política e Sociologia Política. Trabalha em investigações sobre<br />

elites culturais, engajamentos e íntervenção política.<br />

Sumário<br />

355 / 415


Elizabeth maria beserra Coelho<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui doutorado em Sociologia (1999) e mestrado em Antropologia<br />

Social (1989). Professora associado III da Universidade Federal do Maranhão,<br />

atuando no Departamento de Sociologia e Antropologia. Tem<br />

experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: políticas indigenistas de saúde, terra e educação, relações<br />

interétnicas e etnologia indígena. É autora dos livros: Cultura e<br />

Sobrevivência dos Índios no Maranhão (1987), A Política Indigenista no<br />

Maranhão Provincial (1999), Territórios em Confronto: a dinâmica da<br />

disputa pela terra entre índios e brancos no Maranhão (2002), Estado<br />

multicultural e politicas indigenistas (2008).<br />

Eloísa da graça do Rosário gonçalves<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1986), residência médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias, mestrado<br />

em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz , RJ (1995),<br />

e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, RJ<br />

(2001). Atualmente é professora adjunta IV da Universidade Federal<br />

do Maranhão, com dedicação exclusiva. Ministra a disciplina de Parasitologia<br />

para os cursos de graduação em Medicina, Farmácia, Enfermagem<br />

e Odontologia desde julho de 2002. É professora permanente<br />

do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, onde coordena<br />

a disciplina Grandes Endemias. Integra a equipe do Centro de Referência<br />

em Doenças Infecciosas e Parasitárias, da UFMA, onde exerce<br />

atividades de pesquisa, ensino e extensão. Atua na linha de pesquisa<br />

“Epidemiologia e controle de doenças endêmicas: malária, leishmanioses,<br />

hanseníase”. Integra a equipe do projeto Buriticupu Saudável. Tem<br />

Sumário<br />

356 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

experiência na área de Medicina, com ênfase em doenças infecciosas e<br />

parasitárias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia,<br />

Maranhão, malária, hanseníase, calazar, Buriticupu, São Luís e<br />

Ilha de São Luís.<br />

Erika bárbara Abreu Fonseca thomaz<br />

Possui Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de<br />

Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2007), Mestrado em<br />

Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (2000). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento<br />

de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão, vinculada<br />

aos Programas de Pós-Graduação (strictu sensu) em Saúde Coletiva<br />

da UFMA, em Odontologia (strictu sensu) da UFMA e da Rede Nordestina<br />

de Mestrado Profissionalizante em Saúde da Família (RENASF/<br />

FioCruz). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em<br />

Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde coletiva,<br />

epidemiologia, saúde bucal coletiva, maloclusão, câncer bucal,<br />

epidemiologia das doenças bucais.<br />

Fernanda Ferreira lopes<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1992), mestrado em Clínica Odontológica com área de concentração<br />

em Periodontia pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e<br />

doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande<br />

do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />

do Maranhão.Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase<br />

Sumário<br />

357 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

em Semiologia, Patologia Oral e Periodontia, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: câncer oral, manifestações orais de doenças sistêmicas,<br />

doença periodontal (fatores de risco), doença periodontal associada<br />

a doenças sistêmicas.<br />

Fernando Carvalho Silva<br />

Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1984), mestrado em Química pela Universidade Federal de São Carlos<br />

(1989) e doutorado em Química pela Universidade Federal de Minas<br />

Gerais (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Química, com ênfase em<br />

Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: microemulsões<br />

combustíveis, biodiesel, derivados de petróleo, sensores,<br />

desenvolvimento de métodos de análises, cromatografia, catálise e monitoramento<br />

ambiental.<br />

Fernando lamy Filho<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio<br />

de Janeiro (1982), mestrado (1995) e doutorado (2001) em Saúde da<br />

Criança e da Mulher - IFF pela Fundação Oswaldo Cruz . Atualmente é<br />

médico do Ministério da Saúde e professor associado da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Atua também como professor e orientador dos<br />

programas de pós-graduação estrito senso, nível mestrado e doutorado,<br />

“Saúde Coletiva” e “Saúde Materno-Infantil” da Universidade Federal<br />

do Maranhão, nas disciplinas Metodologia de Pesquisa e Epidemiologia.Tem<br />

experiência na área de Medicina, com ênfase em Neonatologia<br />

e Perinatologia, com linhas de pesquisa nos seguintes temas: Avaliação<br />

Sumário<br />

358 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

de Programas e Serviços de Saúde; Baixo peso ao nascer, prematuridade<br />

e crescimento intra-uterino e seu impacto na morbidade; Magnitude,<br />

tendências e fatores associados às mortalidades neonatal e perinatal.<br />

Flávia maria mendonça do Amaral<br />

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1984), mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1999) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos<br />

Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é<br />

professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Farmácia, com ênfase em Plantas Medicinais, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: controle de qualidade, fitoquímica,<br />

análises fitoquímicas e farmacognosia.<br />

Flávia Raquel Fernandes do Nascimento<br />

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1992). Durante a graduação foi bolsista PET/CAPES. Fez<br />

especialização em Imunologia, sendo bolsista do CNPq. Fez mestrado e<br />

doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo, sob orientação<br />

do Prof. Dr. Momtchilo Russo, tendo sido bolsista da CAPES e<br />

FAPESP, respectivamente. Obteve o título de doutor em 2001. Foi bolsista<br />

recém-doutor do CNPq de 2001 até 2003. Atualmente é Professor<br />

Adjunto IV do Departamento de Patologia da UFMA, ministrando as<br />

disciplinas Imunologia, Imunobiologia, Parasitologia e Relação Agente-<br />

-Hospedeiro e Meio Ambiente. É professora orientadora do Curso de<br />

Sumário<br />

359 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Especialização em Imunologia (UFMA), do Mestrado em Biodiversidade<br />

e Conservação (UFMA). É orientadora e coordenadora do Programa de<br />

Pós-Graduação em Ciências da Saúde (UFMA). É membro permanente,<br />

desde 2006, do Doutorado em Biotecnologia (RENORBIO). É co-orientadora<br />

no DINTER (UFMA/UERJ) em Fisiopatologia Clínica e Experimental.<br />

É membro do Comitê de Ética para o Uso de Animais da UFMA.<br />

Foi Diretora do Biotério Central da UFMA de 2007 a 2009.Atualmente<br />

desenvolve projetos em duas linhas gerais: 1 - o estudo da atividade<br />

imunomodulatória de produtos naturais (extratos e frações de espécies<br />

vegetais, produtos de abelhas nativas, lectinas, saliva de flebotomíneos<br />

e venenos de escorpião), focando nas ações anti-inflamatória, anti-<br />

-tumoral e anti-parasitária; 2 - o estudo da leishmaniose, focando na<br />

avaliação profilática e terapêutica na leishmaniose visceral canina e na<br />

leishmaniose murina.<br />

Flávio bezerra de Farias<br />

Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1976). Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (1976). Especialização em Economia do Desenvolvimento<br />

pela Universidade Panthéon-Sorbonne (1979). Doutorado<br />

de Terceiro Ciclo em Economia e Gestão pela Universidade de Amiens<br />

(1981). Doutorado de Estado em Economia pela Universidade Paris-<br />

-Nord (1988). Realizou três pós-doutorados na França: Universidade<br />

Paris-Nord (1996); Universidade Paris-Nord (2002); Universidade Sorbonne-Nouvelle<br />

(2011). Realizou três visitas de Professor-Pesquisador<br />

na Universidade Paris-Nord (2004; 2010; 2011). Professor Associado 3<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência nas áreas de<br />

Economia e Ciência Política, com ênfase em Estrutura e Transforma-<br />

Sumário<br />

360 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

ção do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado,<br />

globalização, crise e regulação. Atua nos Programas de Pós-Graduação<br />

do Centro de Ciências Sociais da UFMA. Publicou os livros seguintes,<br />

na Cortez Editora de São Paulo: O Estado capitalista contemporâneo<br />

(2000); A globalização e o Estado cosmopolita (2001); Filosofia política<br />

da América (2004). Foi co-autor dos livros seguintes, sob a direção de<br />

Marcos Costa Lima: O lugar da América do Sul na nova ordem mundial<br />

(Cortez, São Paulo, 2001); Dinâmica do capitalismo pós-guerra-fria<br />

(UNESP, São Paulo, 2008). Ex-Presidente da Associação de Professores<br />

da UFMA (1989-1993).<br />

Francisca georgina macêdo de Sousa<br />

Enfermeira, Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1982),<br />

Especialização em Enfermagem Pediátrica e Puericultura pela UFMA,<br />

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2003).<br />

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina<br />

na área de concentração Filosofia, Saúde e Sociedade. Doutorado Sandwich<br />

pela Escola Superior de Enfermagem do Porto – Portugal. Enfermeira<br />

assistencial – Secretaria Municipal de Saúde. Professora Adjunta<br />

I da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Mestrado<br />

Acadêmico em Enfermagem da UFMA. Experiência na área de Enfermagem,<br />

com ênfase em Enfermagem Pediátrica, atuando como pesquisadora<br />

nas seguintes temáticas: saúde da criança, cuidado à criança<br />

com doença crônica, cuidado centrado na família, cuidado de enfermagem,<br />

enfermagem e saúde da criança, sistemas de cuidados.<br />

Sumário<br />

361 / 415


Francisco José da Silva e Silva<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

FRANCISCO SILVA é professor Associado do Departamento de Informática<br />

da UFMA, onde atua no curso de graduação em Ciência da Computação<br />

e nos programas de pós-graduação stricto-sensu em Engenharia<br />

de Eletricidade e Ciência da Computação. É graduado em Ciência da<br />

Computação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990),<br />

mestre em Engenharia de Eletricidade, área de concentração em Ciência<br />

da Computação pela UFMA (1997) e doutor em Ciência da Computação<br />

pelo Instituto de Matemática e Estatística da USP, 2003. Sua área de<br />

pesquisa compreende os sistemas computacionais distribuídos, com<br />

ênfase em computação móvel, em grade e nas nuvens. É membro da<br />

Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e da ACM (Association for<br />

Computing Machinery) e tem atuado como membro do comitê de programa<br />

de importantes conferências nacionais e internacionais, como o<br />

Simpósio Brasileiro de Computação Ubíqua e Pervasiva (SBCUP), o International<br />

Conference on Grid computing, High-performance and Distributed<br />

Applications (GADA) e o Workshop on Adaptive and Reflective<br />

Middleware (ARM). É também coordenador do Laboratório de Sistemas<br />

Distribuídos (LSD) da UFMA.<br />

gilda vasconcellos de Andrade<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual<br />

de Campinas (1982), mestrado (1987) e doutorado (1995) em Ecologia<br />

pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado em Ecologia<br />

e Conservação pela Universidade da Flórida (2007). Admitida por concurso<br />

público em 1988 na Universidade Federal do Maranhão, onde<br />

atualmente é professora associada. Ministra disciplinas e é professora<br />

Sumário<br />

362 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

orientadora no Programa de Mestrado em Biodiversidade e Conservação,<br />

reconhecido pela CAPES. Tem experiência na área de Ecologia e<br />

Zoologia, com ênfase em Ecologia e Conservação, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Padrões de Diversidade, História de Vida,<br />

Ecologia e Conservação de Vertebrados, com ênfase em Anfíbios (adultos<br />

e girinos), Ecologia e História Natural de anfíbios, lagartos e serpentes,<br />

Taxonomia de anfíbios e squamatas e Citogenética de anfíbios.<br />

gilvanda Silva Nunes<br />

Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA,<br />

1986). Mestre em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa<br />

(UFV, 1991). Doutora em Química pelo IQ/UNESP-Araraquara,SP<br />

(1999), doutorado sanduíche no Depto de Química Ambiental do CID/<br />

CSIC, Barcelona, Espanha (1997-1998). Pós-Doutora em Ecotoxicologia<br />

pela Universidade de Perpignan Via Domitia (UPVD, França, 2003-<br />

2004). Professora concursada (área de Química Analítica) no Depto. de<br />

Química da UFV (1991-1994). Atualmente é Professor Associado II do<br />

Depto. de Tecnologia Química da UFMA. Desenvolve pesquisas com ênfase<br />

em Análise de Traços e Química Ambiental e orienta estudantes de<br />

mestrado nos seguintes programas de pós-graduação: Química, Saúde<br />

e Ambiente, Sustentabilidade de Ecossistemas, Biodiversidade e Conservação<br />

e Energia e Ambiente, todos da UFMA. É colaboradora (docente<br />

e orientadora) dos cursos de especialização “Lato Sensu” em Educação<br />

Ambiental e Gestão Participativa de Recursos Hídricos (IFMA), Segurança<br />

do Trabalho (Faculdade Athenas Maranhense - FAMA) e MBA em<br />

Gestão Ambiental (Excellence - Escola de Negócios). Foi Coordenadora<br />

do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Gestão Ambiental nas Empresas”<br />

(Convênio UFMA/SEBRAE, 2001-2003). Foi Diretora do Centro<br />

Sumário<br />

363 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

de Ciências Agrárias e Ambientais (Campus IV- UFMA , Chapadinha-<br />

-MA, 2006-2007). Foi Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de<br />

Projetos de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-<br />

-Graduação da UFMA (NUDEPRO/PPPG/UFMA, 2009-2010). Atualmente,<br />

é Diretora do Departamento de Apoio a Projetos de Inovação e<br />

Gestão de Serviços Tecnológicos (DAPI/PPPG/UFMA).<br />

hildo Antônio dos Santos Silva<br />

Graduado em Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Química<br />

pela Universidade Federal do Piauí (1994). Doutorado direto em<br />

Química Análica no Instituto de Química de São Carlos - IQSC/USP<br />

(2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão<br />

(UFMA). Trabalha na área de Química de coordenação e química<br />

de interface.<br />

horácio Antunes de Sant’Ana Júnior<br />

Possui graduação em Ciências Sociais (1986) e mestrado em Educação<br />

Escolar Brasileira (1993) pela Universidade Federal de Goiás, e doutorado<br />

em Ciências Humanas - Sociologia - pela Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro (2002). Atualmente atua na Universidade Federal<br />

do Maranhão (UFMA) como professor adjunto IV do Departamento de<br />

Sociologia e Antropologia (DESOC); Vice-Coordenador do Programa de<br />

Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc); professor permanente<br />

dos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e em<br />

Políticas Públicas (PGPP); e líder do Grupo de Estudos: Desenvolvimento,<br />

Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), registrado no Diretório<br />

dos Grupos de Pesquisa do CNPq. É bolsista de Produtividade da Fun-<br />

Sumário<br />

364 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

dação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />

do Maranhão (FAPEMA). Tem experiência na área de Sociologia,<br />

com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: modernidade, desenvolvimento, projetos de desenvolvimento,<br />

meio ambiente, conflitos socioambientais.<br />

Igor gastal grill<br />

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul (1996), graduação em Bacharelado<br />

em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul<br />

(1995), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Sul (1999), doutorado em Ciências Sociais (Sanduíche) -<br />

École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e doutorado em<br />

Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003).<br />

Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais<br />

da UFMA desde 2006 e é o atual coordenador do PPGCSoc. Trabalha<br />

em pesquisas que examinam os processos, condicionantes e lógicas<br />

de seleção de elites.<br />

Ilse gomes Silva<br />

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1985) , especialização em Ciências Políticas pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (1987) , mestrado em Políticas Públicas pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (1996) e doutorado em Ciências Sociais<br />

pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente<br />

é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, Membro de<br />

Sumário<br />

365 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

corpo editorial da Lutas Sociais (PUCSP) e Membro de corpo editorial<br />

da Lutas Sociais (PUC-SP). Tem experiência na área de Ciência Política,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: Movimentos sociais,<br />

Políticas públicas, Política de Saúde, Participação popular, Reforma do<br />

Estado.<br />

Isabel Ibarra Cabrera<br />

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1995)<br />

e Doutorado em História Contemporânea-Universidad Complutense de<br />

Madrid (2000). Atualmente é professora Associada I da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem realizado estudos sobre migração, memória<br />

e identidade. Participa do Conselho Editorial das revistas Brasileira do<br />

Caribe e Inter-ação (Goiânia) . Tem organizado varios congressos de<br />

história oral no estado de Goiás e foi diretora regional Centro Oeste da<br />

Associação Brasileira de História Oral de 2002- 2006. Tem experiência<br />

nas áreas de História Contemporânea, com ênfase em Cuba. Tem<br />

desenvolvido pesquisas sobre os seguintes temas: história oral, Cuba,<br />

Caribe, universidade.<br />

Isaura letícia tavares palmeira Rolim<br />

Possui graduação em Enfermagem (2002), mestrado (2005) e doutorado<br />

(2008) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora<br />

Adjunto II da Universidade Federal do Maranhão, onde ensina na graduação<br />

e pós-graduação, na Residência Multiprofissional e no Mestrado<br />

Acadêmico de Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem,<br />

com ênfase em Enfermagem médico-cirúrgica, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: cuidado de enfermagem, diagnóstico de enferma-<br />

Sumário<br />

366 / 415


gem e educação em saúde.<br />

István van deursen varga<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1983),<br />

Mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de<br />

São Paulo (1995), Doutorado (2002) e pós-doutorado (2003) em Saúde<br />

Pública pela Universidade de São Paulo. Coordenador da Comissão<br />

Executiva e Presidente da II Conferência Nacional de Saúde para os Povos<br />

Indígenas (1993). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação<br />

em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)<br />

entre outubro/2003 e abril/2009, e do Núcleo de Extensão e Pesquisa<br />

com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas<br />

(NuRuNI) do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da<br />

UFMA. Atualmente é Professor Adjunto do Depto. de Sociologia e Antropologia<br />

da UFMA; Coordenador do Curso de Especialização em Saúde<br />

da Mulher Negra; integrante do Corpo Editorial da Revista de Direito<br />

Sanitário da Universidade de São Paulo. Tem formação e experiência<br />

profissional no campo da Saúde Coletiva, e, em suas produções, pesquisas<br />

e projetos de extensão, tem abordado principalmente os seguintes<br />

temas: autodeterminação dos povos indígenas, territorialidade e saúde<br />

em comunidades tradicionais, política indigenista, controle social no<br />

Sistema Único de Saúde, política de saúde para os povos indígenas, política<br />

de saúde para a população negra, políticas de saúde para comunidades<br />

rurais, atenção às DST em comunidades indígenas, atenção às<br />

DST para a população negra, controle da malária e das DST/Aids.<br />

Sumário<br />

367 / 415


Ivone garros Rosa<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Graduada em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão,<br />

Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do<br />

Paraná, Doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará<br />

. Atualmente é Associado I da Universidade Federal do Maranhão. É<br />

professora permanente e orientadora do Programa de Pós-Graduação<br />

de Saúde e Ambiente da UFMA. Tem experiência na área de Bioquímica,<br />

com ênfase em Glicídeos e Proteínas, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: Esquistossomose, produtos naturais (carboidratos,<br />

lectinas e qualidade de mel de abelhas), obtenção de gomas vegetais e<br />

aplicação na biotecnologia.<br />

Ivone lima Santana<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão,<br />

Mestrado em Reabilitação Oral pela Universidade Estadual Paulista<br />

Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Araraquara), Doutorado em Materiais<br />

Dentários pela Universidade de São Paulo-USP e Pós-Doutorado<br />

na Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. Atualmente é<br />

Professora Adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando com<br />

ênfase em Prótese e Materiais Dentários, principalmente nas seguintes<br />

linhas: análise térmica de compósitos, preparos dentários, resina<br />

composta, disfunção temporomandibular e biofilmes dentais. É líder<br />

do grupo de pesquisa Odontologia Reabilitadora do Centro de Ciências<br />

da Saúde da UFMA, junto ao CNPq (constituído em 2002). Faz parte do<br />

Programa de Pós-Graduação em Odontologia-PPGO, da Universidade<br />

Federal do Maranhão.<br />

Sumário<br />

368 / 415


Jerias Alves batista<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Graduado em Física pela Universidade Federal do Maranhão (1994),<br />

mestre em Física pela Universidade Estadual de Campinas (1996),<br />

doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas (2001), pós-<br />

-doutor em Física pela Universidade de Toronto, Canadá (2002 e 2003)<br />

e pós-doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará (2008 e<br />

2009). É professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem<br />

experiência na área de Física da Matéria Condensada, com ênfase em<br />

propriedades térmicas e eletrônicas de semicondutores. Tem experiência<br />

na área das espectroscopias Raman e de Fotoluminescência em<br />

nanotubos de carbono e grafeno.<br />

Joana Aparecida Coutinho<br />

Graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica<br />

de São Paulo (1987), mestrado em Ciências Sociais - Sociologia Política<br />

- pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado<br />

em Ciências Sociais - Política - pela Pontifícia Universidade Católica de<br />

São Paulo (2004). Atualmente é professora Adjunta III na Universidade<br />

Federal do Maranhão. Coordena o Observatório de Políticas Públicas e<br />

Lutas Sociais, vinculado ao Programa de Políticas Públicas, e também<br />

o Grupo de Estudos e Pesquisa de Política, Ideologias e Lutas Sociais.<br />

É pesquisadora do Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais.<br />

Tem experiência na área de Ciências Sociais com ênfase em Ciência<br />

Política, atuando principalmente nos seguintes temas: ongs, movimentos<br />

sociais, sociedade civil, estado, ideologias, classes sociais e lutas de<br />

classes.<br />

Sumário<br />

369 / 415


João batista Santos garcia<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão-<br />

-UFMA (1990), especialização em Anestesiologia e doutorado em Medicina<br />

na área de Dor pela Universidade Federal de São Paulo (2000).<br />

Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão,<br />

das diciplinas de Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos. É membro<br />

ativo da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (da qual foi Diretor<br />

Científico no biênio 2007-2008, Vice-Presidente 2009-2010 e atual<br />

Presidente 2011-2012) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. É<br />

professor de pós-graduação da UFMA, na qual oferece disciplina de<br />

Fundamentos em Dor e Cuidados Paliativos. Coordena a Liga de Dor<br />

do Maranhão, um projeto de extensão da UFMA, que agrega vários profissionais<br />

e alunos, que além do objetivo de ensino presta atendimento<br />

de pacientes com dor no Hospital Universitário da UFMA e no Instituto<br />

de Oncologia do Maranhão.Tem experiência na área de Medicina, com<br />

ênfase em Tratamento da Dor Aguda e Crônica, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: dor aguda e crônica: dor pós-operatória, dor<br />

oncológica, analgesia preemptiva, dor neuropática, dor miofascial, etc;<br />

tratamento da dor e anlagésicos: opióides, antagonistas de receptor<br />

NMDA(cetamina), anticonvulsivantes, etc; cuidados paliativos.<br />

João Claudino tavares<br />

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />

da Paraíba (1991), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela<br />

Universidade Federal da Paraíba (1995) e doutorado em Geografia pela<br />

Universidade Federal de Santa Catarina (2008). Atualmente é professor<br />

permanente do mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico da<br />

Sumário<br />

370 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Universidade Federal do Maranhão e professor Adjunto IV do Departamento<br />

de Economia da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Economia, com ênfase em Economia Geral, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: economia regional e urbana,<br />

economia do trabalho, economia informal, transição social, alternativas<br />

de reprodução, profissões e alternativas de reprodução da força de<br />

trabalho. Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marx-Engels<br />

(NEME).<br />

João viana da Fonseca Neto<br />

É Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Possui graduação<br />

em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(1982), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal<br />

da Paraíba (1986) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />

Estadual de Campinas (2000). Desenvolveu projetos de P&D em<br />

Modelagem e Controle para Indústria de Alumínio do Maranhão (ALU-<br />

MAR) e Sistemas Inteligentes para Tomada de Decisão para Descarga<br />

e Estocagem de Minérios (CVRD). Atualmente desenvolve pesquisa em<br />

Inteligência Computacional com enfoque na fusão neuro-genétio-fuzzy<br />

para determinação e seleção de controladores ótimos do tipo LQG/LTR<br />

para sistemas MIMO. Também desenvolve métodos bayesianos para o<br />

treinamento de Recorrência de Riccati em Filtros Estocásticos do tipo<br />

Kalman Padrão. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com<br />

ênfase em Controle de Processos Eletrônicos, Retroalimentação, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: modelos baeados em inteligência<br />

artificial para sistemas industriais, algoritmos genéticos, sintonia<br />

de controladres PID, medição indireta via Filtragem de Kalman, solução<br />

neuronal da equação algébrica de Riccarti e recuperação inteligente da<br />

Sumário<br />

371 / 415


malha de controle LQR.<br />

Johnni langer<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui Doutorado em História (UFPR, 2001) e Pós-Doutorado em História<br />

Medieval pela USP (2006-2007). Atua principalmente nos seguintes<br />

temas: história e cultura dos vikings, guerra e conflito na Escandinávia<br />

Medieval, sagas islandesas, história e literatura nórdica, história<br />

do paganismo escandinavo, cultura material e arqueologia do medievo.<br />

Publicou em revistas acadêmicas da Suécia, Inglaterra, França, Portugal,<br />

Argentina e em dezenas de periódicos brasileiros. É coordenador<br />

do NEVE-NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS (www.<br />

nevevikings.tk). Atualmente é professor adjunto em História Medieval<br />

no curso de graduação em História e membro permanente do Mestrado<br />

em História Social (Capes 3) da UFMA. Todos os seus estudos em Escandinávia<br />

Medieval estão disponiveis em http://ufma.academia.edu/<br />

JohnniLanger/Papers.<br />

Jorge luiz Silva Nunes<br />

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(2000), mestre em Oceanografia pela Universidade Federal de<br />

Pernambuco (2003) e doutor em Oceanografia pela Universidade Federal<br />

de Pernambuco (2008). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Atua no curso de graduação em Ciências<br />

Biológicas, no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade<br />

e Conservação, no Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente<br />

e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Representante<br />

da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e<br />

Sumário<br />

372 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Tecnológico do Maranhão na região de Chapadinha. Área de atuação<br />

correspondente à ecologia marinha, biologia marinha e sistemática de<br />

peixes.<br />

José Albuquerque de Figueiredo Neto<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba<br />

(1987), residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FMUSP;<br />

residência em Cardiologia no Instituto do Coração da FMUSP; Especialização<br />

em Métodos Gráficos pelo Instituto do Coração da FMUSP;<br />

Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (2002). Especialista<br />

em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; Especialista<br />

em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia<br />

Intensiva; Especialista em Hipertensão Arterial pela Sociedae Brasileira<br />

de Hipertensão Arterial; Especialista em Ecocardiografia pela Sociedade<br />

Brasileira de Cardiologia. Atualmente é professor adjunto de Cardiologia<br />

da Universidade Federal do Maranhão, professor de História<br />

da Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do<br />

Conselho Regional de Medicina do Maranhão. Tem experiência na área<br />

de Medicina, com ênfase em Cardiologia, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e saúde<br />

da mulher.<br />

José de Ribamar Sá Silva<br />

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1990), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1994), mestre em Economia Rural<br />

[C. Grande] pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutor em<br />

Sumário<br />

373 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (2007). Professor<br />

Associado, Departamento de Economia, Universidade Federal<br />

do Maranhão. Tem experiência de pesquisa, ensino e gestão nas áreas<br />

de Economia, Políticas Públicas e Educação do Campo, com ênfase<br />

em Economia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento socioeconômico,<br />

economia maranhense, assentamentos de reforma agrária e formação<br />

da sociedade brasileira.<br />

José Ferreira Costa<br />

Mestrado em Clinica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(FOP-UNICAMP/2000) e Doutorado em Odontologia (Materiais<br />

Dentários) pela Universidade de São Paulo (FO-USP/2005). Especialista<br />

em Saúde Pública (UNAERP), Dentística e Odontologia do Trabalho<br />

(CFO). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do<br />

Maranhão e técnico do Ministério da Saúde. Tem experiência na área<br />

de Odontologia, com ênfase em Dentística, Materiais Dentários e Odontologia<br />

Legal.<br />

José lúcio Alves Silveira<br />

Possui doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco<br />

(2004). É professor do Mestrado em Desenvolvimento Socioeconômico<br />

e do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal<br />

do Maranhão (UFMA). Tem experiência nas áreas de Microeconomia,<br />

Macroeconomia e Economia do Setor Público. Atualmente está pesquisando<br />

sobre o processo de renegociação das dívidas estaduais (Lei<br />

9.496/1997) e suas repercussões sobre a receita orçamentária do Es-<br />

Sumário<br />

374 / 415


tado do Maranhão entre 1995 e 2010.<br />

José manuel macário Rebêlo<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1986). Fez mestrado em Entomologia em 1990 pela Faculdade<br />

de Fiolosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Obteve o<br />

título de Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) em 1993, pela Universidade<br />

Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor<br />

titular da Universidade Federal do Maranhão. É orientador nos<br />

Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biodiversidade<br />

e Conservação. Apresenta conhecimento em taxonomia de abelhas.<br />

Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia<br />

de Vetores, atuando principalmente nos seguintes temas: Lutzomyia e<br />

Leishmaniose, Anopheles e Malária, Triatomíneos e Doença de Chagas,<br />

Aedes e Dengue.<br />

José menezes gomes<br />

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal<br />

de Mato Grosso (1986), mestrado em Economia Rural [C. Grande] pela<br />

Universidade Federal da Paraíba (1991) e doutorado em História Econômica<br />

pela Universidade de São Paulo (2005). Atualmente é Professor<br />

Associado I da Universidade Federal do Maranhão no Programa de Pós-<br />

-graduação Desenvolvimento Socioeconômico e no Programa de Pós-<br />

-graduação em Políticas Públicas. Atua na área de Teoria Econômica<br />

com ênfase em Economia Política especialmente nos seguintes temas:<br />

crise capitalista, imperialismo, fundos de pensão, políticas públicas e<br />

lutas de classes.<br />

Sumário<br />

375 / 415


José policarpo Costa Neto<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará<br />

(1967) , especialização em Programação Agrícola pelo Comissão Econômica<br />

Para a América Latina Instituto Latino Americano de Plan (1969)<br />

, mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará<br />

(1973) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade<br />

de São Paulo (1990) . Atualmente é Adjunto 1 da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ecologia , com<br />

ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Limnologia, Tanques de Cultivo de Peixes, Ecotecnologia,<br />

Conteúdo de Calor em Tanques de Aquicultura, Balanço Térmico<br />

em Tanques de Aquicultura e Peixes.<br />

José Roberto de oliveira bauer<br />

Cursou a Graduação na Universidade Estácio de Sá (RJ); na Universidade<br />

de São Paulo (FO/USP) cursou o Mestrado em Materiais Dentário<br />

em 2004 e o Doutorado em 2007. Foi professor na Universidade Nove<br />

de Julho (UNINOVE/SP) e fez parte de Grupo GEO na Universidade<br />

Bandeirantes (GEO/UNIBAN). Hoje atua como Professor Adjunto II na<br />

Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em disciplinas do curso de<br />

graduação e pós-graduação (Mestrado), com temas relacionados com<br />

aplicação clínica dos Materiais Dentários e ocupa o cargo de Chefe do<br />

Departamento de Odontologia I. Coordena o primeiro Banco de Dentes<br />

Humanos no estado do Maranhão (BDH/UFMA). Publicou mais de 20<br />

artigos completos em periódicos e 50 resumos em anais e periódicos nacionais<br />

e internacionais. Participou em mais de 30 eventos científicos.<br />

Orientou 2 dissertações e 5 discentes em iniciação científica. Orienta<br />

Sumário<br />

376 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

1 mestrando e 6 bolsistas de IC. Tem atuação em projetos de pesquisa<br />

financiados por agências de fomento nacionais (CNPq, Capes e Finep) e<br />

regionais (Fapema e Fapesp), com a colaboração de dezenas de co-autores<br />

de IES (UEPG e FO/USP). É revisor de periódicos nacionais (RGO<br />

e Materials Research) e internacionais (Biomedical Materials, Materials<br />

Science & Engineering. A, Structural Materials: Properties and Micro,<br />

International Journal of Dentistry e European Journal of Orthodontics).<br />

É consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />

Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Tem<br />

experiência na área de Odontologia, com ênfase na área de técnicas de<br />

fundição, ligas básicas, materias usados na colagem de brackets e adesão<br />

a dentina e longevidade da adesão.<br />

Josefa batista lopes<br />

É Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica<br />

do Rio de Janeiro (1979) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia<br />

Universidade Católica de São Paulo (1998), com estágio em pesquisa<br />

(“bolsa sanduíche” CAPES) no Instituto Gramsci de Roma. Foi Presidente<br />

da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social<br />

- ABEPSS (1981-1983, à época ABESS), Presidente da Asociación<br />

Latino-americana de Escuelas de Trabajo Social e do Centro Latino-<br />

-americano de Trabajo Social - CELATS (1986-1989); foi membro da<br />

Diretoria Executiva da ABEPSS, biênio 2007/2008, exercendo o cargo<br />

de Coordenadora Nacional de Pós-Graduação; foi representante do<br />

Brasil na Asociación Latino-americana de Enseñanza e Investigación<br />

en Trabajo Social - ALAEITS (2006-2009). É professora aposentada da<br />

Universidade Federal do Maranhão, onde ingressou por concurso pú-<br />

Sumário<br />

377 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

blico em 1971, e foi coordenadora do Curso de Graduação em Serviço<br />

Social. É vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas<br />

da UFMA, no qual exerceu a função de Coordenadora no biênio<br />

2006/2007. Atua nas áreas de Serviço Social e de Políticas Públicas,<br />

com ênfase em: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do<br />

Serviço Social; Questões de Método; Questão Social; Relação Estado e<br />

Sociedade Civil; América Latina e Lutas Sociais.<br />

larissa Nascimento barreto<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1990), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília<br />

(1993) e doutorado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de<br />

Pesquisas da Amazônia (1999). Atualmente está cursando pos-doc em<br />

Ecologia da Paisagem e Modelagem da Dinâmica da Paisagem pela Universidade<br />

de Wageningen, na Holanda, com bolsa da Capes de 2007-<br />

2008. É professora adjunto da Universidade Federal do Maranhão desde<br />

2002 e foi professora visitante de 1999-2002. Tem experiência na<br />

área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: conservação, cerrado, biodiversidade,<br />

ecologia de tartarugas, ecologia da paisagem, modelagem da dinâmica<br />

da paisagem.<br />

lívio martins Costa Junior<br />

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual<br />

do Maranhão (2001), mestrado em Parasitologia pela Universidade<br />

Federal de Minas Gerais (2003), doutorado Sanduiche na Universitat<br />

Munchen (Ludwig-Maximilians) (2005) e Doutorado em Parasitologia<br />

Sumário<br />

378 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é Professor<br />

Adjunto I do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Parasitologia,<br />

com ênfase em Entomologia e Protozoologia de Parasitos, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: Biologia e Controle de Ixodídeos e<br />

Helmintos, e Epidemiologia, Diagnóstico e controle de Hemoparasitos.<br />

lourdes de maria leitão Nunes Rocha<br />

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1980), Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1998) e Doutorado em Políticas Públicas pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (2005). Primeira Secretária da Secretaria de<br />

Estado da Mulher do Maranhão no período de janeiro de 2007 a abril<br />

de de 2009.Professora adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Relações de Gênero,<br />

Étnico-Raciais, Geracional, Mulheres e Feminismos – GERAMUS. Tem<br />

experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social da<br />

Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social,<br />

organização, movimentos sociais, gênero, feminismo, violência de<br />

gênero, violência doméstica e ética profissional. Autora do livro Casas-<br />

-Abrigo no Enfrentamento da Violência de Gênero (Editora Veras, 2007).<br />

luciane maria oliveira brito<br />

Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado<br />

e Doutorado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro. Professora Associado III do Departamento de Medicina III da<br />

Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Vice-Coordenadora do Pro-<br />

Sumário<br />

379 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

grama de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da UFMA. Membro<br />

Titular da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e<br />

Colposcopia e Presidente do Capítulo do Maranhão. Membro Titular da<br />

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-<br />

BRASGO). Membro fundador da Academia Maranhense de Ciências,<br />

Acadêmica Titular da Academia Maranhense de Medicina, Consultora<br />

ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico<br />

e Tecnológico do Maranhão, Conselheira Titular do Conselho Regional<br />

de Medicina do Maranhão. Coordenadora do Banco de Tumores<br />

e DNA do Maranhão. Área de Atuação: HPV, Ginecologia Oncológica,<br />

Climatério e Menopausa.<br />

luiz Antônio de Souza Ribeiro<br />

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1990), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade<br />

Federal da Paraíba (1994) e doutorado em Engenharia Elétrica pela<br />

Universidade Federal da Paraíba (1998). Atualmente é professor adjunto<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área<br />

de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica Industrial, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: ac drives, induction motors, acionamentos<br />

estáticos, parameter estimation e estimaçãoo; acionamento<br />

estático; máquina indução.<br />

luiz Edmundo bastos Soledade<br />

É professor adjunto, nível inicial, da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Atua como professor de Química, no campus de Pinheiro, no Curso de<br />

Licenciatura de Ciências Naturais. Possui graduação em Engenharia<br />

Sumário<br />

380 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado<br />

em Ciência dos Combustíveis pela The Pennsylvania State University ,<br />

USA (1976) e doutorado em Química pela Universidade Federal de São<br />

Carlos (2003). Tem experiência na área de Química do Estado Sólido,<br />

com ênfase em Propriedades Ópticas e Espectroscópicas da Matéria<br />

Condensada. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: carvão,<br />

coque, gerenciamento de energia, combustíveis renováveis, catalisadores,<br />

biodiesel, pigmentos e fotoluminescência.<br />

luzeli moreira da Silva<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina<br />

(2001), mestrado em Física (2003) e doutorado em Ciências (2006) pela<br />

Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Pós-doutorado em Física<br />

na UNICAMP (2007-08). Atualmente é professora adjunto I e membro<br />

da pós-graduação em Física da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria<br />

Condensada, atuando principalmente com os seguintes temas: propriedades<br />

magnéticas, materiais magnetocalóricos, calorimetria, sistemas<br />

fortemente correlacionados e epr.<br />

lyndon de Araújo Santos<br />

Possui Graduação em História, Licenciatura, pela UNESP (1992), Mestrado<br />

em Ciências da Religião pela UNESP (1995) e Doutorado em História<br />

pela UNESP (2005). Professor Adjunto III do Depto. de História e<br />

Diretor do Centro de Ciências Humanas da UFMA (2006-2011). Tem<br />

experiência nas áreas de História e Ciências Sociais, com ênfase nos<br />

estudos do campo religioso brasileiro, atuando principalmente nos se-<br />

Sumário<br />

381 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

guintes temas: história das religiões e religiosidades, história cultural,<br />

protestantismo, catolicismo, teoria da história. Foi presidente da<br />

ABHR-Associação Brasileira de História das Religiões nos anos de 2006<br />

a 2011. Integra o quadro de pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação<br />

em História e de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA,<br />

Coordena o GPHR-Grupo de Pesquisa História e Religião.<br />

manoel messias Ferreira Junior<br />

Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Estadual<br />

de Campinas (1993), mestrado em Física pela Universidade Estadual<br />

de Campinas (1995) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro<br />

de Pesquisas Físicas (2001). Atualmente é professor Associado I da<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Física<br />

das Partículas Elementares e Campos, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: teorias com violação da simetria de Lorentz, modelo<br />

padrão estendido com violação de Lorentz, sistemas de baixa dimensão<br />

(sistemas planares), eletrodinâmica planar e aspectos topológicos,<br />

defeitos topológicos. Orienta atualmente dissertações de Mestrado em<br />

tópicos relacionados às linhas acima, buscando temas que proporcionem<br />

formação básica ao aluno e impliquem na produção de 1 artigo<br />

internacional indexado (qualis A). Desde 2006, finalizou orientação de<br />

8 dissertações de Mestrado, associadas à produção de 12 artigos internacionais,<br />

concebidos e produzidos in locus (na UFMA). Atualmente,<br />

coordena um Projeto PRONEX que congrega as atividades do Grupo de<br />

Física de Partículas e Campos da UFMA no Estado. É o atual coordenador<br />

do Programa de Pós-graduação em Física da UFMA.<br />

Sumário<br />

382 / 415


manuel Alfredo Araújo medeiros<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1987), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade<br />

Federal do Pará (1994) e doutorado em Geociências pela Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor adjunto<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Zoologia, com ênfase em Paleontologia de Vertebrados, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Formação Alcântara, Cenomaniano,<br />

Albiano e Cretáceo.<br />

manuel dos Santos Faria<br />

Possui mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro<br />

(1976), doutorado sanduiche em Endocrinologia pela Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro e Universidade de Londres (1994). Atualmente<br />

é Professor Associado da Disciplina de Endocrinologia da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase<br />

em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

Hipófise, Hipertiroidismo, Osteoporose, Diabetes e Obesidade.<br />

marcelo domingos Sampaio Carneiro<br />

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal<br />

Rural da Amazônia (1986), graduação em Ciências Sociais pela Universidade<br />

Federal do Pará (1992), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento<br />

pela Universidade Federal do Pará (1994), doutorado em<br />

Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado<br />

em Doutorado Sandwich - Ecole des Hautes Etudes en Sciences<br />

Sumário<br />

383 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Sociales (2003). Atualmente é professor adjunto 3 da Universidade Federal<br />

do Maranhão. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase<br />

em Sociologia Rural, Sociologia Econômica, Sociologia do Trabalho e<br />

Sociologia do Meio Ambiente.<br />

márcia manir miguel Feitosa<br />

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(1984), mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade<br />

de São Paulo (1992) e doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela<br />

Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é Professora Associada<br />

nível III da Universidade Federal do Maranhão. Membro efetivo do<br />

corpo docente do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Cultura<br />

e Sociedade da UFMA. Coordenadora Operacional do DINTER em Linguística<br />

e Língua Portuguesa em convênio com a UNESP de Araraquara.<br />

Ex-Presidente da ABRAPLIP (Associação Brasileira de Professores<br />

de Literatura Portuguesa) na gestão 2010-2011. Tem experiência na<br />

área de Letras, com ênfase em Outras Literaturas Vernáculas, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: teoria da percepção da paisagem,<br />

literatura portuguesa e africana de língua portuguesa, cultura e identidade.<br />

márcia maria Corrêa Rêgo<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia<br />

pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Atualmente é membro do corpo docente<br />

permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação<br />

da Universidade Federal do Maranhão. É professora associada<br />

Sumário<br />

384 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

do Departamento de Biologia da UFMA. Pesquisadora da FAPEMA (Bolsa<br />

Produtividade). Coordena e orienta diversos projetos no Lea- Laboratório<br />

de Estudos sobre Abelhas DEBIO-UFMA em parcerias também<br />

com outros pesquisadores do Museu Goeldi , EMBRAPA-Belém Oriental<br />

e Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de<br />

Ecologia de abelhas, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: sistemática, biologia<br />

da polinização, nidificação e meliponicultura.<br />

marco valério Jansen Cutrim<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1987), mestrado em Botânica pela Universidade Federal<br />

Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica)<br />

pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é professor<br />

associado da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Botânica, com ênfase em Botânica Aquática, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: ambientes marinhos e estuarinos, fitoplancton,<br />

indicadores biológicos e monitoramento ambiental.<br />

maria bethânia da Costa Chein<br />

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil.<br />

Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho. Especialista<br />

em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da UFRJ. Especialista em<br />

Oncologia Clínico-Cirúrgica pelo INCA-UFF. Mestre em Medicina Ginecologia<br />

pela UFRJ. Doutora em Medicina Mastologia pela UNIFESP.<br />

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil<br />

da UFMA. Membro Fundador da Academia Maranhense de Ciên-<br />

Sumário<br />

385 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

cias. Coordena as Disciplinas de Ginecologia na Graduação em Medicina<br />

e Epidemiologia na Pós-Graduação (PPGSMIN). Consultora adhoc<br />

do PIBIC-UFMA-CNPq, FAPEMA e DECIT-MS. Membro com Título da<br />

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FE-<br />

BRASGO), Sociedade Brasileira de Mastologia, Associação Brasileira de<br />

Genitoscopia. Áreas de Atuação: Saúde da Mulher. Mastologia. Ginecologia.<br />

Obstetrícia.<br />

maria Carmen Fontoura Nogueira da Cruz<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1986), mestrado em Patologia Oral pela Universidade Federal do<br />

Rio Grande do Norte (1996) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor<br />

adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Odontologia, com ênfase em Patologia Oral, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: câncer de boca e manifestações orais de<br />

doenças sistêmicas.<br />

maria da guia da Silva<br />

Maria da Guia possui graduação(1978) e mestrado(1983) em Engenharia<br />

Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Engenharia<br />

Elétrica pela University Of Manchester Institute Of Science<br />

And Technology-UMIST (1993). Atualmente é professor associado da<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia<br />

Elétrica, com ênfase em Geração, Transmissão e Distribuição<br />

de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: confiabilidade<br />

e qualidade de energia e métodos probabilísticos aplicados a<br />

Sumário<br />

386 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

sistemas de potência. Orienta Mestrado e Doutorado. Além das atividades<br />

de ensino, pesquisa e orientação, tem experiência de administração<br />

na UFMA, como coordenadora do curso de graduação em Engenharia<br />

Elétrica, coordenadora do programa de pós-graduação em Engenharia<br />

de Eletricidade e como diretora do departamento de pós-graduação da<br />

UFMA.<br />

maría del Rosario girardi gutiérrez<br />

Doutor em Informática, Universidade de Genebra, Suíça, 1996. Mestre<br />

em Ciência da Computação, UFRGS, Brasil, 1991. Engenheiro de Sistemas<br />

em Computação, UdelaR, Uruguai, 1982. Professor Associado<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Atua como docente, pesquisador<br />

e orientador no Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica<br />

e no Curso de Graduação em Ciência da Computação. Suas áreas de<br />

especialização são Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Engenharia<br />

da Informação.<br />

maria do desterro Soares brandão Nascimento<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1977), mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de<br />

Goiás (1986) e doutorado em Medicina pela Universidade Federal de<br />

São Paulo (1996). Atualmente é professora do curso de doutorado da<br />

Rede Nordeste de Biotecnologia, vice-coordenadora do Dinter UERJ-<br />

-UFMA, consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico<br />

e Tecnológico, consultora da Fundação de Amparo à Pesquisa e<br />

ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e<br />

Confreira da Academia Maranhense de Ciências, estatutária-docente<br />

Sumário<br />

387 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

do Hospital Universitário da UFMA, sócia da Sociedade Brasileira de<br />

Oncologia Clínica, bolsista de pós-doutorado - Programa Nacional de<br />

Cooperação Acadêmica, membro da Sociedade Brasileira de Medicina<br />

Tropical, membro do comitê de Micologia Clínica da Sociedade Brasileira<br />

de Infectologia, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia,<br />

vice-presidente do capítulo do Maranhão da Sociedade Brasileira de<br />

Citopatologia, sócia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência<br />

- São Paulo, II secretária da Academia Maranhense de Medicina,<br />

professora adjunto da Universidade Estadual do Maranhão e professor<br />

adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Medicina, com ênfase nos seguintes temas: doenças infecciosas<br />

e parasitárias; cancerologia (oncologia); ensino em saúde; gestão; e<br />

auditoria em saúde.<br />

maria do Rosário da Silva Ramos Costa<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1979), mestrado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade<br />

Federal de São Paulo (1995) e doutorado em Medicina (Pneumologia)<br />

pela Universidade Federal de São Paulo (2002). Atualmente é professor<br />

Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão e chefe do Departamento<br />

de Medicina I da UFMA. Presidente da Associação Maranhense<br />

de Pneumologia e Cirurgia Torácica. Coordenadora do DINTER com a<br />

UERJ. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pneumologia,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: asma, tuberculose<br />

e bronquiectasia. Em asma: programa de educação, qualidade de vida,<br />

asthma education, análise crítica de atendimento médico, pico de fluxo<br />

expiratório, asma e controle ambiental. Em tuberculose: cursos de capacitação<br />

para profissionais da saúde, fatores de adesão, diagnóstico e<br />

Sumário<br />

388 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

tratamento. Em Bronquiectasia: diagnóstico diferencial, hiperresponsividade<br />

na bronquiectasia. Coordenadora do Programa de Assistência<br />

ao Paciente Asmático.<br />

maria Izabel barboza de morais oliveira<br />

Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Oeste do<br />

Paraná (2000), Mestrado em História Social pela Universidade Federal<br />

Fluminense (2003), Doutorado em História Cultural pela Universidade<br />

de Brasília (2009). Lecionou na Universidade Estadual de Goiás e<br />

na Universidade Luterana do Brasil/ULBRA (GO). Atualmente é professora<br />

adjunta do Departamento de História da Universidade Federal<br />

do Maranhão/UFMA. É professora permanente do Programa de Pós-<br />

-Graduação em História da UFMA. Atua na área de História. Trabalha<br />

com os temas: História intelectual, história das ideias políticas, poder<br />

e sociabilidades, espelhos de príncipes, soberania, guerra e paz.<br />

maria Nilce de Sousa Ribeiro<br />

Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal<br />

do Pará (1973), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de<br />

São Paulo (1979) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade<br />

de São Paulo (1983). Atualmente é Professora Associada I da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência em Quimica de Produtos<br />

Naturais, atuando nos temas: metabólitos secundários bioativos de<br />

plantas medicinais e produtos de abelhas sem ferrão.<br />

Sumário<br />

389 / 415


maria ozanira da Silva e Silva<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Maria Ozanira da Silva e Silva possui graduação em Serviço Social<br />

pela Universidade Federal do Maranhão (1966), cursou Master of Social<br />

Work pela Western Michigan University (1976), mestrado em Serviço<br />

Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1980) e<br />

doutorado em Serviço Social, com área de concentração em Política Social,<br />

pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Desenvolveu<br />

estágio pós-doutoral no Núcleo de Estudo de Políticas Públicas<br />

da Universidade de Campinas (1995-1996). Atualmente é professora<br />

do Departamento de Serviço Social; coordenadora e professora do Programa<br />

de Pós-Graduação em Políticas Publicas (www.pgpp.ufma.br); é<br />

coordenadora do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas<br />

Direcionadas à Pobreza - GAEPP (www.gaepp.ufma.br) na Universidade<br />

Federal do Maranhão. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do<br />

CNPq nível 1A. Membro do Corpo Editorial de 8 Revistas de abrangência<br />

nacional e internacional. Foi representante adjunto na Área de Serviço<br />

Social na CAPES nos períodos 2001-2004 e 2005-2007; membro<br />

do Comitê de Assessoramento de Psicologia e Serviço Social no CNPq<br />

no período 2003/2005 e voltou a ser membro titular do mesmo Comitê<br />

com mandato de 07/2008 a 06/2011. Até fevereiro de 2012, publicou<br />

40 artigos em periódicos especializados nacionais e internacionais<br />

e 52 trabalhos completos em anais de eventos científicos nacionais e<br />

internacionais. Possui 35 capítulos de livros; 10 livros textos integrais<br />

e 12 livros organizados ou coordenados publicados. Orientou 15 dissertações<br />

de mestrado e co-orintou 01; orientou 10 teses de doutorado<br />

e co-orientou 02, na área de Políticas Públicas. Entre 1991 a 2010<br />

coordenou 17 projetos de pesquisa. Atualmente coordena 03 projetos<br />

Sumário<br />

390 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

de pesquisa.Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase<br />

em Avaliação de Políticas e Programas Sociais, atuando principalmente<br />

nos seguintes temas: Pobreza, Políticas Sociais, com destaque à Política<br />

de Assistência Social e Programas de Transferência de Renda.<br />

marilene oliveira da Rocha borges<br />

Marilene Oliveira da Rocha Borges concluiu o doutorado em Farmacologia<br />

pela Universidade Federal de São Paulo em 2000. Atualmente<br />

é Professora Associada da Universidade Federal do Maranhão. Publicou<br />

15 artigos em periódicos especializados e 64 trabalhos em anais<br />

de eventos. Participou do desenvolvimento de 50 produtos tecnológicos.<br />

Orientou 14 dissertações de mestrado e co-orientou 2, além de ter<br />

orientado 10 trabalhos de iniciação científica e 15 trabalhos de conclusão<br />

de curso nas áreas de Farmácia, Farmacologia, Medicina e Bioquímica.<br />

Recebeu prêmio José Ribeiro do Vale da Sociedade Brasileira de<br />

Farmacologia e Terapêutica Experimental, Prêmio FAPEMA, categoria<br />

Jovem Cientista-Orientadora, e prêmios no SEMIC/UFMA. Atualmente<br />

é Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas e Vice-coordenadora<br />

do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Atua na área<br />

de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia de Produtos Naturais.<br />

Em suas atividades profissionais interagiu com 61 colaboradores em<br />

co-autorias de trabalhos científicos.<br />

marilete geralda da Silva<br />

Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Norte-Mineira de Ensino<br />

Superior, atual Universidade Estadual de Montes Claros (1982),<br />

Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2002)<br />

Sumário<br />

391 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

e Doutorado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará<br />

(2007). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Educação<br />

II e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Participa do Grupo de Pesquisa em Educação<br />

Especial deste programa. Atua, principalmente, nos seguintes temas:<br />

As teorias psicológicas do desenvolvimento e aprendizagem; Psicanálise<br />

e Educação; Orientação a pais e professores de alunos do atendimento<br />

educacional especializado.<br />

marina maciel Abreu<br />

É graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1970), Mestra em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica<br />

do Rio de Janeiro (1977) e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia<br />

Universidade Católica de São Paulo (2001). Foi membro da diretoria da<br />

Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS,<br />

exercendo o cargo de Presidente no período 2007-2008, de Coordenadora<br />

Nacional de Pós-Graduação em 2005-2006 e Vice-Presidente Regional<br />

Norte em 1985-1986. Ingressou como docente na Universidade<br />

Federal do Maranhão em 1971, vinculada ao Departamento de Serviço<br />

Social e exerceu a função de Coordenadora do Curso de Graduação em<br />

Serviço Social no período 1988/1989. Atualmente é professora aposentada,<br />

com vinculação ao Programa de Pós-Graduação em Políticas<br />

Públicas da Universidade Federal do Maranhão e pesquisadora do Grupo<br />

de Estudos, Pesquisa e Debates em Serviço Social e Movimento Social<br />

-GSERMS. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase<br />

em Fundamentos Históricos e Teórico-metodológicos do Serviço Social,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: Serviço Social, relação<br />

estado e sociedade civil, trabalho e lutas sociais.<br />

Sumário<br />

392 / 415


marlus pinheiro Rolemberg<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Norte (1995) , mestrado em Engenharia Química pela<br />

Universidade Estadual de Campinas (1998) , doutorado em Engenharia<br />

Química pela Universidade Estadual de Campinas (2002) , pós-doutorado<br />

pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e curso-técnico-<br />

-profissionalizante em Curso Técnico em Geologia pela Escola Técnica<br />

Federal do Rio Grande do Norte (1988) . Atualmente é Professor Adjunto<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Química, com ênfase em Físico-Química. Atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: Equilíbrio sólido-líquido, Triglicerídeos, Óleos graxos,<br />

DSC.<br />

marta Célia dantas Silva<br />

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2F, Produtividade<br />

em Pesquisa do CNPq - nível 2F. Graduação em Licenciatura em Química,<br />

Universidade Federal da Paraíba (1996), mestrado em Química<br />

pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e doutorado em Química,<br />

Universidade Federal da Paraíba (2005). Pós-doutorado, Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Norte (2006). Atualmente é professor adjunto<br />

nível II do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia da Universidade<br />

Federal do Maranhão, atuando também como colaboradora e pesquisadora<br />

da Universidade Federal da Paraíba. Membro permanente<br />

do Programa de Pós-graduação em Energia e Ambiente da UFMA. Tem<br />

experiência na área de Química, com ênfase em Análise Térmica, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: cinética, corante natural de<br />

urucum, biocombustíveis e aditivos.<br />

Sumário<br />

393 / 415


maxwell mariano de barros<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Matemática (Licenciatura) pela Universidade Federal<br />

de Alagoas (1985), mestrado em Matemática pela Universidade<br />

Federal do Ceará (1989) e doutorado em Matemática pela Universidade<br />

de São Paulo (1998). Atualmente é professor associado da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Matemática,<br />

com ênfase em Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: subvariedades tipo-espaço em formas espacias semi-<br />

-Riemannianas, subvaridades em variedades com estrutura de contato<br />

e subvariedades Pseudo-parallelas.<br />

Natalino Salgado Filho<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1973), mestrado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade Federal<br />

de São Paulo (1987) e doutorado em Medicina (Nefrologia) pela Universidade<br />

Federal de São Paulo (1994). Atualmente é professor associado<br />

da Universidade Federal do Maranhão, vice-presidente da Sociedade<br />

Brasileira de Nefrologia, presidente da comissão - Ass. Nacional dos Dirigentes<br />

das Instituições Federais de Ensino Superior, membro efetivo<br />

- Kidney International Society e membro efetivo da Sociedade Brasileira<br />

de História da Medicina. Tem experiência na área de Medicina, com<br />

ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hipertensão<br />

arterial, nefropatia, diabetes, envolvimento renal e diabetes<br />

mellitus.<br />

Sumário<br />

394 / 415


Ney de barros bello Filho<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1990), mestrado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco<br />

(2000) e doutorado em Direito Ambiental pela Universidade Federal<br />

de Santa Catarina (2006), com pesquisa elaborada na Universidade<br />

de Coimbra, Portugal, e na Universitá Degli Studi di Lecce, Itália. Pós-<br />

-doutorado em Direito Constitucional pela PUC-RS. Atualmente é Juiz<br />

Federal no Maranhão, é integrante do Conselho Editorial das Revista<br />

Brasileira de Direito Ambiental e Revista de Direito Ambiental, é professor<br />

adjunto da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na<br />

área de Direito Público, com ênfase em Direito Constitucional e Direito<br />

Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: direito ambiental,<br />

direito constitucional, direito constitucional ambiental e responsabilidade<br />

penal ambiental. Possui diversas obras publicadas.<br />

Nivaldo magalhães piorski<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1991), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela<br />

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997) e doutorado<br />

em Genética e Evolução pela Universidade Federal de São Carlos<br />

(2010). Atualmente é consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa<br />

e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professor adjunto<br />

III da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área<br />

de Zoologia, com ênfase em Sistemática dos Peixes de Água Doce, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: morfometria multivariada,<br />

neotropical, ictiofauna, ecomorfologia e taxonomia.<br />

Sumário<br />

395 / 415


orlando Jorge martins torres<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(UFMA-1987), Mestrado em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal<br />

do Paraná (UFPR-1994), Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade<br />

Federal do Paraná (UFPR-1997) e Livre-Docência em Clínica<br />

Cirúrgica pela Universidade Federal do Ceará (UFC-2000). Estágio em<br />

Cirurgia de Hérnia no Shouldice Institute (Canadá-1999). Estágio em<br />

Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no Memorial Sloan-Kettering Cancer<br />

Center (New York - USA - 2000). Estágio em Transplante de Fígado no<br />

Thomas Starzl Liver Transplantation (University of Pittsburgh Medical<br />

Center - USA - 2005). Estágio em Cirurgia do Fígado e Vias Biliares no<br />

MD Anderson Cancer Center (Houston - Texas - USA - 2010). Atualmente<br />

é Professor Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência em Cirurgia do Aparelho<br />

Digestivo, atuando principalmente nos seguintes temas: Câncer<br />

do Aparelho Digestivo, Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas,<br />

Videolaparoscopia.<br />

osvaldo Ronald Saavedra mendez<br />

Osvaldo Ronald Saavedra Mendez concluiu o doutorado em Engenharia<br />

Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 1993. Atualmente<br />

é professor titular da Universidade Federal do Maranhão. É co-fundador<br />

do programa de Pós-Graduação de Engenharia de Eletricidade da<br />

UFMA, fundador do Núcleo de Energias Alternativas da UFMA, coordenou<br />

a fundação do Instituto de Energia Elétrica na UFMA. Coordenou<br />

e/ou participou em mais de 20 projetos de pesquisa e de desenvolvimento,<br />

de colaboração nacional e internacional, e de pesquisa aplicada.<br />

Sumário<br />

396 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Foi presidente do VII SBAI/IEEE-LARS, coordenador local SBRN 2004,<br />

coordenador local do 2004 IEEE MLSP e membro frequente de comitês<br />

de congressos nacionais e internacionais. Foi Coordenador da Região<br />

nordeste da Sociedade Brasileira de Automática e membro do Conselho<br />

Superior dessa Sociedade por dois períodos. Atualmente ocupa o cargo<br />

de vice-presidente da SBA pelo biênio 2010-2012 e membro da Comissão<br />

de Área-Engenharias IV- CAPES. É membro do comitê editorial de<br />

várias revistas, revisor de vários periódicos, membro da SBA e IEEE.<br />

Seus interesses abrangem operação de sistemas de potência em ambiente<br />

competitivo, serviços ancilares e energias renováveis.<br />

patrícia maia Correia de Albuquerque<br />

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1986), Mestrado (1990) e Doutorado (1998) em Entomologia<br />

pela FFCL-USP Ribeirão Preto. Realizou estágio pós doutoral no Museu<br />

de História Natural da Universidade de Oxford, Inglaterra (2002-2003),<br />

em Biologia da Nidificação de Abelhas. Atualmente é membro do corpo<br />

docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade<br />

e Conservação da Universidade Federal do Maranhão. É professor Associado<br />

II do Departamento de Biologia da UFMA. Tem experiência na<br />

área de Ecologia, com ênfase em Estrutura de Comunidades Apícolas<br />

e Florísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: apoidea,<br />

abelhas, sistemática, biologia da polinização, nidificação e meliponicultura.<br />

Sumário<br />

397 / 415


paulo Fernandes Keller<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Professor Adjunto II do Departamento de Sociologia e Antropologia e do<br />

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade<br />

Federal do Maranhão (UFMA), onde atua na Linha de Pesquisa:<br />

Relações de Produção e Ação Coletiva. Colíder do Grupo de Estudos e<br />

Pesquisas “Trabalho e Sociedade” do PPGCSOC/UFMA. Bacharel em<br />

Ciências Sociais (1993), Mestre em Sociologia (1996) e Doutor em Ciências<br />

Humanas - Sociologia (2004) - pela Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro, com Dissertação e Tese nas subáreas Sociologia da Indústria<br />

e Sociologia do Trabalho. Pós-Doutor Júnior pela Universidade de Brasilia<br />

(2005/06), com atividades de pesquisa nas subáreas Sociologia do<br />

Trabalho e Sociologia Econômica.<br />

Regina Célia de Sousa<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1988), mestrado em Física pela Universidade Federal do Ceará (1991)<br />

e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade<br />

Federal de São Carlos (1996). Atualmente é associado I da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais<br />

e Metalúrgica, com ênfase em Caracterização Microestrutural,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização metalográfica,<br />

aços microligados, aços inoxidáveis, recristalização secundária<br />

e sensitização.<br />

Sumário<br />

398 / 415


Roberto batista de lima<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Química (bacharelado) pela Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Norte (2001), Mestrado em Físico-Química pela<br />

Universidade de São Paulo (2003) e Doutorado em Físico-Química pela<br />

Universidade de São Paulo (2006). Tem experiência na área de Química,<br />

com ênfase em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Eletrocatálise, Eletroxidação de pequenas moléculas (álcoois,<br />

aldeídos, ácidos carboxílicos), Espectroscopia Vibracional (FTIRAS,<br />

SEIRAS) aplicada a estudos de sistemas eletroquímicos e superfícies<br />

metálicas monocristalinas. Realizou pós-doutoramento no Grupo de<br />

Eletroquímica do Instituto de Química de São Carlos da USP com enfase<br />

em sistemas complexos e dinâmica não linear. Atualmente é Professor<br />

Adjunto na Universidade Federal do Maranhão.<br />

Roberto Sigfrido gallegos olea<br />

Possui Graduação em Químico Laboratorista pela Universidade de Tarapacá<br />

(1979), Mestrado em Química Orgânica pela Universidade de<br />

São Paulo (1990) e Doutorado em Química Orgânica pela Universidade<br />

de São Paulo (1995). Realizou um Pós-Doutoramento em Química de<br />

Produtos Naturais no Instituto de Química da UNESP entre os anos de<br />

2004 e 2005. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal<br />

do Maranhão. Desenvolve atividades docentes em Química Orgânica<br />

e de pesquisa em Química dos Produtos Naturais, atuando principalmente<br />

na linha de pesquisa: Química e Farmacologia de espécies vegetais<br />

do Estado do Maranhão.<br />

Sumário<br />

399 / 415


Rodolfo Alván Casana Sifuentes<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Física - Universidad Nacional de Ingeniería (1992),<br />

mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1997) e<br />

doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (2000).<br />

Tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas<br />

e Campos, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos<br />

bidimensionais, quebra da simetria de Lorentz e CPT, teoria de<br />

campos à temperatura finita e teoria de campos em espaços curvos.<br />

Rosane Nassar meireles guerra<br />

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula<br />

(1980), Mestrado em Patologia Experimental pela Universidade Federal<br />

Fluminense (1988) e Doutorado em Imunologia pela Universidade de<br />

São Paulo (1996). Pós-doutorado (2007) no Centro de Pesquisa Gonçalo<br />

Moniz - FIOCRUZ. Funções atuais: professora Associada II da Universidade<br />

Federal do Maranhão e Diretora-Presidente da Fundação de<br />

Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico do<br />

Maranhão - FAPEMA. Área de atuação: Imunologia com enfoque nos<br />

seguintes temas: efeito de plantas medicinais sobre o sistema imune;<br />

autoimunidade e imunidade oral.<br />

Salviana de maria pastor Santos<br />

Possui graduação em Serviço Social, mestrado e doutorado em Políticas<br />

Públicas pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Fez doutorado<br />

sanduiche na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É<br />

Professora Associada III com exercício no Departamento de Serviço So-<br />

Sumário<br />

400 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

cial e no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA.<br />

Neste último, foi eleita Coordenadora para o biênio 2012-2013. É pesquisadora,<br />

bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2,<br />

membro do Grupo de Avaliação e Estudos da Pobreza e das Políticas<br />

Direcionadas à Pobreza-GAEPP. Tem experiência em avaliação de políticas<br />

públicas, particularmente nos campos da pobreza, assistência<br />

social, saúde e educação profissional.<br />

Sandra maria Nascimento Sousa<br />

Possui Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica<br />

de São Paulo (2000). Atualmente é Professora Associada 2 da<br />

Universidade Federal do Maranhão. Tem experiências na área de Sociologia<br />

e Antropologia, atuando principalmente na produção de conhecimento<br />

relativo aos seguintes temas: gênero e sexualidade, relações<br />

de gênero, memória e identidade, desigualdades sociais e cultura<br />

histórica. Atualmente ministra aulas e orienta trabalhos de alunos da<br />

Graduação e Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Mestrado Interdisciplinar<br />

Cultura e Sociedade. Coordena Grupo de Estudos e Pesquisas<br />

na temática destacada.<br />

Sergio Figueiredo Ferretti<br />

SERGIO FIGUEIREDO FERRETTI, graduado em História (UB/UFRJ -<br />

1962) e Museologia (MHN/ Uni Rio - 1962), Mestre em Ciências Sociais<br />

- Antropologia (UFRN - 1983) e Doutor em Ciências - Antropologia Social<br />

(USP - 1991). Professor Emérito da Universidade Federal do Ma-<br />

Sumário<br />

401 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

ranhão, tendo sido Coordenador da Graduação em Ciências Sociais e<br />

dos Mestrados em Políticas Públicas e em Ciências Socias. Áreas preferenciais<br />

de pesquisa e orientação: religiões afro-brasileiras, tambor de<br />

mina, Casa das Minas, cultura popular, tambor de crioula e sincretismo.<br />

É autor de artigos em periódicos científicos, capítulos de livros e<br />

livros. Membro de conselhos editoriais de vários periódicos científicos.<br />

Membro da Comissão Maranhense de Folclore.<br />

Silma Regina Ferreira pereira<br />

Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela<br />

Universidade Federal do Maranhão (1987), mestrado em Genética pela<br />

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990), doutorado<br />

em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade de São Paulo<br />

(2000) e atualmente realizando Pós-doutoramento em Georgetown<br />

University Medical Center, em Washington DC, EUA. É professora Associada<br />

II do Departamento de Biologia da Universidade Federal do<br />

Maranhão, ministrando a disciplina de Genética na graduação para os<br />

cursos de Ciências Biológicas e Medicina. Professora permanente do<br />

Mestrado em Biodiversidade e Conservação e do Mestrado em Ciências<br />

da Saúde da UFMA. Com experiência na área de Genética, com ênfase<br />

em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: citogenética humana, genética de doenças infecciosas e parasitárias<br />

e mutagênese.<br />

Silvana maria moura da Silva<br />

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do<br />

Maranhão (1987), mestrado em Educação Especial (Educação do Indi-<br />

Sumário<br />

402 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

víduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1994). Doutorado<br />

em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas<br />

(1998). Pós-Doutorado pelo Departamento de Psicologia da Universidade<br />

Federal de São Carlos (2009). Professora Associada Nível III do<br />

Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão<br />

(UFMA). Professora e Orientadora nos Mestrados em Educação e<br />

Saúde Materno Infantil da UFMA. Coordenadora do Grupo de Pesquisa<br />

em Educação Especial do Mestrado em Educação da UFMA. Coordenadora<br />

Geral do Centro de execelência do Paradesporto da UFMA. Tem<br />

experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física<br />

Adaptada, atuando principalmente nos seguintes temas: brinquedoteca,<br />

Educação Física Hospitalar (Terapia para Enfermos Especiais),<br />

Educação Física Adaptada, primeira infância, estimulação precoce,<br />

crianças e deficiência visual.<br />

Silvano Alves bezerra da Silva<br />

Possui graduação em Educação Artística pela Universidade Federal da<br />

Paraíba (1984), mestrado em Ciência da Informação pela Universidade<br />

Federal da Paraíba (1998) e doutorado em Ciências da Comunicação<br />

pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Atualmente é<br />

professor do Curso de Comunicação Social e também do Programa de<br />

Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Mestrado - PGCULT) da Universidade<br />

Federal do Maranhão. É também diretor da TV UFMA. Tem<br />

experiência na área de Comunicação, com ênfase em Estética e Linguagem,<br />

atuando principalmente nos seguintes temas: processos estéticos<br />

através da mídia, estética e funcionamento discursivo, jornalismo, persuasão<br />

e retórica.<br />

Sumário<br />

403 / 415


Silvete Coradi guerini<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />

(1995), mestrado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />

(2000) e doutorado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria<br />

(2004). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Exatas e da Terra, com<br />

ênfase em estados eletrônicos, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: dft, ab initio, bn, propriedades eletrônicas e nanotubes.<br />

Sirlane Aparecida Abreu Santana<br />

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1991), mestrado em Química Inorgânica pela Universidade<br />

Federal do Ceará (1998), doutorado em Química Analítica pelo<br />

Instituto de Química de São Carlos-Universidade de São Paulo (2003)<br />

e Pós-Doutorado pelo Instituto de Química da Universidade Estadual<br />

de Campinas (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Química, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: adsorção e química de meio ambiente.<br />

Sirliane de Souza paiva<br />

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1989), Mestrado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1997)<br />

e Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001);<br />

Pós-Doutora em Enfermagem EEUSP (2008). Atualmente é Asssociada<br />

I da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de<br />

Sumário<br />

404 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Emergência e<br />

Processo Ensino-Aprendizagem em Enfermagem. Atualmente participa<br />

do Grupo de Habilidades Psicomotoras para o cuidado, cadastrado no<br />

CNPq.<br />

Soraia de Fátima Carvalho Souza<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1988), especialização em Endodontia pelo Centro Técnico Aeroespacial<br />

/Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo(1991),<br />

Mestrado em Clínica Odontológica com Concentração em Endodontia<br />

pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado em Odontologia<br />

(Materiais Dentários) pela Universidade de São Paulo (2007).<br />

Realizou estágio Pós-Doutoral durante 12 meses no Departamento de<br />

Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo<br />

sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio Carlos Bombana (2008). Atualmente<br />

é Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Pesquisadora vinculada ao Programa de Pós-graduação em Odontologia<br />

(PPGO). Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Endodontia<br />

e Materiais Dentários, atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: alterações bucais relacionadas às doenças sistêmicas (Anemia<br />

Falciforme), Epidemiologia, diagnóstico e tratamento dos traumatismos<br />

dentários, efetividade das medicações intracanal, propriedades físicas<br />

e mecânicas dos materiais de obturação endodôntica e propriedades<br />

mecânicas da dentina radicular.<br />

Sumário<br />

405 / 415


telma bonifácio dos Santos Reinaldo<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1980) e doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de<br />

Ciências Pedagógicas - Universidade de Havana - Cuba (2005). Título<br />

de Doutora reconhecido no Brasil pela UNB. Atualmente é professor<br />

titular da Universidade Federal do Maranhão e Consultora Pedagógia<br />

do Programa de Qualificação de Docentes da Universidade Estadual<br />

do Maranhão-UEMA. Desenvolve atividades didático-pedagógicas em<br />

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: ensino de história; parâmetros curriculares; livro didático;<br />

estutura e funcionamento da educação básica e do ensino superior,<br />

competências e habilidades na formação de professores; reforma<br />

curricular; formação docente, pesquisa e extensão. Ensino de História<br />

do Brasil, da América e Metodologia da Pesquisa, Novas Tecnologias da<br />

Educação, História da África, Gestão, Supervisão e Orientação Escolar<br />

e Educação Comparada.<br />

teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco<br />

Atuação em Química Analítica Ambiental com ênfase no desenvolvimento<br />

e aplicação de metodologias analíticas para determinação de<br />

contaminantes orgânicos em diversas matrizes. Graduada em Química<br />

Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (1984), com mestrado<br />

em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade<br />

Católica do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Química<br />

pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999).<br />

É professor adjunto IV e diretora do Departamento de Pós-Graduação<br />

da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente realiza estudos en-<br />

Sumário<br />

406 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

volvendo mel de abelhas (controle de qualidade e desenvolvimento de<br />

produtos de valor agregado) e contaminantes de ambientes marinhos<br />

(tintas antiincrustantes).<br />

valdinar Sousa Ribeiro<br />

Valdinar Sousa Ribeiro concluiu o doutorado em Medicina, em Ribeirão<br />

Preto, pela Universidade de São Paulo, em 2003. Atualmente é professor<br />

adjunto da Universidade Federal do Maranhão, com atuação no<br />

ensino da graduação em Pediatria e da pós-graduação em Saúde-Coletiva.<br />

Consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado<br />

do Maranhão–FAPEMA. Atua na área de Medicina, com ênfase<br />

em Saúde Materno-Infantil e Epidemiologia. Em seu currículo Lattes,<br />

os termos mais frequentes na contextualização da produção científica,<br />

tecnológica e artístico-cultural são: Epidemiologia, Saúde Perinatal,<br />

Saúde Materno-Infantil, Mortalidade Infantil e Neonatal, Baixo Peso, e<br />

Prematuridade em estudos populacionais, Saúde Coletiva, Assistência<br />

Pré-Natal, Saúde Pública.<br />

valério monteiro Neto<br />

Possui graduação em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal<br />

do Maranhão (1988), doutorado em Ciências (Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro)<br />

pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado<br />

em Microbiologia pela University of Arizona (EUA). Atualmente é<br />

professor titular do Centro Universitário do Maranhão. Tem experiência<br />

na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Médica, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: patogenicidade bacteriana,<br />

microbiologia oral e bioprospecção de produtos com atividade antimicrobiana.<br />

Sumário<br />

407 / 415


vanda maria Ferreira Simões<br />

Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

Médica graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1981), com<br />

Residência Médica em Pediatria pelo Instituto Nacional de Assistência<br />

Médica e Previdência Social – INAMPS (1984), com Titulo de Especialização<br />

em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mestrado<br />

em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão –<br />

UFMA (2001). Doutorado em Medicina, área de concentração em Saúde<br />

da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão<br />

Preto – USP. Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão.<br />

Participa do quadro permanente de professores da Pós-Graduação em<br />

Saúde Coletiva e na Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Pediatria, com<br />

ênfase em Neonatologia e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos<br />

seguintes temas: crescimento e desenvolvimento, estudos de coorte e<br />

doenças crônicas não-transmissíveis, saúde da criança e do adolescente,<br />

recém-nascido de risco, prematuridade, baixo peso ao nascer,<br />

mortalidade infantil. Atualmente faz parte da equipe de coordenação<br />

do segundo estudo de coorte perinatal de São Luís (BRISA), iniciado em<br />

2009, que tem como objetivo principal estudar novos fatores etiológicos<br />

para nascimento pré-termo.<br />

vanessa Camila da Silva<br />

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Estadual Paulista<br />

Júlio de Mesquita Filho (1999), Especialização (2001), Mestrado (2004)<br />

e Doutorado (2008) em Odontologia (Periodontia) [Araraquara] pela<br />

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é<br />

professora de Anestesiologia e Cirurgia Bucal no curso de Odontologia<br />

Sumário<br />

408 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Tem experiência na área<br />

de Odontologia, com ênfase em Periodontia e Cirurgia.<br />

vicente leonardo paucar Casas<br />

Bacharel e Engenheiro Eletricista pela Universidad Nacional del Centro<br />

del Perú-UNCP, Mestre em Engenharia Elétrica pela Pontificia Universidad<br />

Católica de Chile-PUC-CL (1989) e Doutor em Engenharia Elétrica<br />

pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1998). Ex-<br />

-Professor Titular da Universidad Nacional de Ingeniería-UNI, FIEE.<br />

Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-<br />

-UFMA, Departamento de Engenharia de Eletricidade. Sua experiência<br />

profissional e acadêmica inclui a realização de consultorias, projetos<br />

de pesquisa (P&D) e publicações de artigos científicos. Suas atividades<br />

incluem o desenvolvimento de metodologias e software de análise<br />

para a operação e planejamento de sistemas de energia elétrica (SEE),<br />

simulação e gestão de mercados elétricos competitivos, aplicações de<br />

inteligência artificial e realidade virtual em SEE e centros de controle,<br />

e segurança dinâmica de sistemas interligados. É Senior Member do<br />

IEEE.<br />

victor Elias mouchrek Filho<br />

Graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1994), Especialização em Magistério Superior pela Universidade<br />

Federal do Maranhão (2003), Mestrado em Química Analítica pela<br />

Universidade de São Paulo (1997) e Doutorado em Química Analítica<br />

pela Universidade de São Paulo (2000). Ex-Chefe do Departamento de<br />

Tecnologia Química-UFMA (2002 a 2005). Atualmente é Professor As-<br />

Sumário<br />

409 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

sociado II do Departamento de Tecnologia Química, da Pós-Graduação<br />

em Química (Mestrado) e Sub-Coordenador do Programa de Controle<br />

de Qualidade de Alimentos e Águas-PCQA da Universidade Federal do<br />

Maranhão, Consultor Técnico do Centro de Pesquisa e Processamento<br />

de Alimento-CEPPA da Universidade Federal do Paraná, Assessor<br />

Científico do MACKPESQUISA do Instituto Presbiteriano Mackenzie e<br />

consultor ad hoc da Universidade Estadual do Maranhão e da Universidade<br />

Federal do Maranhão. Orientador credenciado no Programa de<br />

Pós-Graduação em Química (Doutorado) da Universidade Federal da<br />

Paraíba. Tem experiência nas áreas de Química e Alimentos, com ênfase<br />

em Óleos Essenciais e Análises de Alimentos.<br />

vinícius José da Silva Nina<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1993), doutorado em Medicina (Cirurgia Torácica e Cardiovascular) pela<br />

Universidade de São Paulo (2003) e especialização em Cirurgia Cárdio-<br />

-Torácica na Universidade do Alabama (EUA) e no The Prince Charles<br />

Hospital (Austrália). É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia<br />

Cardiovascular/AMB e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira<br />

de Cardiologia do Maranhão. Atualmente é Professor Adjunto do Curso<br />

de Medicina e Diretor Geral do Hospital Universitário da Universidade<br />

Federal do Maranhão e Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular.<br />

Professor dos Mestrados em Saúde Materno-Infantil e Ciências da<br />

Saúde da Universidade Federal do Maranhão, e do Curso de Medicina<br />

do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA). Cirurgião e Chefe<br />

do Serviço de Cirurgia Cardíaca do UDI Hospital. Tem experiência<br />

na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Cardiovascular, atuando<br />

principalmente nos seguintes temas: cirurgia cardíaca, resultados,<br />

Sumário<br />

410 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

transplante cardíaco, cardiopatias congênitas, cardiopatias valvares e<br />

doença coronariana.<br />

Wildoberto batista gurgel<br />

(AYALA GURGEL) nasceu em Alexandria-RN, em 07.08.1971. É Bacharel<br />

em Filosofia (1997), Mestre em Filosofia (2001), ambos pela Universidade<br />

Federal da Paraíba (UFPB), e Doutor em Políticas Públicas<br />

(2008) pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a tese<br />

Direitos Sociais dos Moribundos, premiada pela Capes com Menção<br />

Honrosa na Edição 2010 do Prêmio Capes de Teses. Atualmente cursa<br />

Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LABORO), é<br />

professor da UFMA e desenvolve pesquisas na área de políticas públicas<br />

voltadas para a morte-morrer e na área de saúde coletiva, na área<br />

de saúde mental. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em<br />

Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. É membro da Academia<br />

Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), da Liga Acadêmica de Tanatologia<br />

(THANATOS) e da Association for the Advancement of Philosophy<br />

& Psychiatry (AAPA). Autor de artigos na área, dentre os quais se destacam<br />

seus trabalhos sobre a impossibilidade de uma moral privada, a<br />

mercantilização da morte-morrer e a relação dialética entre as formas-<br />

-de-Estado e as formas-de-Morte.<br />

Zair Abdelouahab<br />

Possui graduação em Ciência da Computação pela University Of Setif<br />

(1985) , mestrado em Computing Science pela University Of Glasgow<br />

(1988) e doutorado em Computer Studies pela University Of Lee-<br />

Sumário<br />

411 / 415


Pesquisadores<br />

da uFMa<br />

ds (1993) . Atualmente é professor titular da Universidade Federal do<br />

Maranhão. Tem experiência na área de Ciência da Computação , com<br />

ênfase em Sistemas de Computação. Atuando principalmente nos seguintes<br />

temas: Orientação a Objeto, Linguagens de programação, Programação<br />

Concorrente e Paralela, Arquiteturas Paralelas.<br />

Zeni Carvalho lamy<br />

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão<br />

(1982), Residência Médica em Pediatria (1985), Título de Especialista<br />

em Pediatria com habilitação em Neonatologia pela Sociedade Brasileira<br />

de Pediatria, mestrado em Saúde da Criança (1995) e doutorado em<br />

Saúde da Criança e da Mulher (2000), ambos pelo Instituto Fernandes<br />

Figueira - Fiocruz. Professora Adjunta do Departamento de Saúde<br />

Pública da UFMA, com inserção nos Programas de Pós-Graduação em<br />

Saúde Coletiva e em Saúde Materno Infantil. Consultora ad hoc da FA-<br />

PEMA. Consultora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento<br />

Materno do Ministério da Saúde. Experiência na área de Medicina, com<br />

ênfase em Saúde Coletiva e em Saúde Materno-Infantil.<br />

Sumário<br />

412 / 415


Editor: Jorge Murad<br />

Edição: Instituto <strong>Geia</strong><br />

Gerente Executiva: Josilene Maia<br />

Editoração Eletrônica: Aline Durans<br />

Capa e Vídeo: Farol Digital<br />

Fotografia: Albani Ramos e Wagner Moreira<br />

Desenvolvedor Web: Helder Maia<br />

Colaboradores: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento<br />

Científico e Tecnológico do Maranhão, Instituto Federal<br />

de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Sebastião<br />

Moreira Duarte, Senai/MA, Universidade Estadual do Maranhão<br />

e Universidade Federal do Maranhão.<br />

<strong>Plural</strong> é uma publicação bimensal editada pelo Instituto <strong>Geia</strong>,<br />

localizada na Av. Cel.Colares Moreira, nº 1, Q. 121, sala 102,<br />

São Luís–MA CEP 65.075-440 Fonefax: +55 98 3227 6655.<br />

contato@geiaplural.org.br<br />

www.geiaplural.org.br<br />

ISSN: 2238-4413<br />

Sumário<br />

EXPEDIENTE<br />

As opiniões e conceitos emitidos pelos autores são de exclusiva<br />

responsabilidade dos mesmos, não refletindo a opinião da revista<br />

nem do Instituto <strong>Geia</strong>. Sua publicação tem o propósito de estimular<br />

o debate e refletir as diversas opiniões do pensamento atual.<br />

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EMPRESAS ASSOCIADAS<br />

Agropecuária e Industrial Serra Grande<br />

Alpha Máquinas e Veículos do Nordeste<br />

ALUMAR<br />

Atlântica Serviços Gerais<br />

Bel Sul Administração e Participações<br />

CEMAR - Companhia Energética do Maranhão<br />

CIGLA - Cia. Ind. Galletti de Laminados<br />

Ducol Engenharia<br />

Grupo Mateus<br />

Lojas Gabryella<br />

Mardisa Veículos<br />

Moinhos Cruzeiro do Sul<br />

Niágara Empreendimentos<br />

Oi<br />

Rápido London<br />

SempreVerde<br />

Televisão Mirante<br />

UDI Hospital<br />

VALE<br />

Sumário<br />

414 / 415


Sumário<br />

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