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corografia brazilica, ou, relacào historico-geografica, do, reino do ...

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Jntroducyão. 33<br />

de numero d'Incligenas , que estavam nâ praia firme<br />

; <strong>ou</strong>tra no primeiro de May o ao pé d'luima<br />

grande Cruz , que na mesma manlian rinha si<strong>do</strong><br />

mandar quem mais antreles devagar ande , que tc<strong>do</strong>s §,er<br />

rom tornades aho dezejo de V. A. E pêra iso se alguém<br />

vier , nora leyxe ioguo de vyr clérigo pêra hos bautizar ;.<br />

perque ja emtam teerom mais conhcciniento da nosa Fee<br />

poios <strong>do</strong>tís degrada<strong>do</strong>s^ que aquy antreles íicain : hos qjsaea<br />

^ambos oje tambeem comungarain. Antre lo<strong>do</strong>s estes , que oje<br />

v^*ram , iiom veo mais que hiiuma mulher moça, ha quaat<br />

esteve sempre aa Misa : aaquaal deram huum pano coin qjie<br />

«e cobrise , e posaram lho dare<strong>do</strong>r de sy ; pêro aho sentat;<br />

íiom fazia memorea de ho muyto estender pêra se cobrir:<br />

asy. Senhor, que ha inocência desta jemte hee tal, que<br />

ha daDam nom seria mais quanta em vergonha. Ora veja<br />

V. A. quem em tal inocência vive , ensinan<strong>do</strong> lhe ho que<br />

pêra ha sua salyaçam pertence , se se converteraoni <strong>ou</strong> nom.<br />

Acaba<strong>do</strong> isto, fomos asy perante eles beijar ha Cruz, e:es-<br />

pedimonos , e vyemos comer, j,<br />

„ Creo, Senhor, qne com cstes d<strong>ou</strong>s degrada<strong>do</strong>s, que<br />

aquy íicam , ficam mais d<strong>ou</strong>s grumetes, que esta n<strong>ou</strong>te se<br />

sayram desta naao no esquife fugi<strong>do</strong>s , hos quaaes nom<br />

vyeiam mais, e creemos que ficarom aquy, perque de ma-<br />

'<br />

lihãa, prasen<strong>do</strong> a Deos , fazemos daquy nosa partida. 3;<br />

^ „ Esta Terra, Senhor, me parece , que da ponta , qtie<br />

mais estaa contra ho Sul , vymos ataa <strong>ou</strong>tra ponta , que<br />

contra ho norte vem , de que deste porto <strong>ou</strong>vemos vista ,<br />

será tamanha , que ayerá neela beem vinte <strong>ou</strong> viiitccinqtio<br />

legoas per costa : trás aho lomgo <strong>do</strong> mar em al^ifunias<br />

partes gramdes bateiras , delas vermelhas , e delas<br />

bramcas ; e ha terra percvma toda chaa , e muyto chea de<br />

gramdes arvore<strong>do</strong>s de poirta a pomta : hee toda praya parma<br />

muyto chaan , e muyto fremosa t polo sartaao nos pareceo<br />

<strong>do</strong>mar muyto gramde ; perque a estender olhos, nõm<br />

podíamos vecr senom terra, e arvore<strong>do</strong>s, que nos parecia<br />

inuy lomga terra. Neela ataa gora nom podemos saber se,<br />

:ga <strong>ou</strong>ro, nem prata, nem nhuuma c<strong>ou</strong>ssa de metal; nein.<br />

de ferro , nem Jho vymos : pêro ha terra em sv hee *de<br />

muyto boos aares , asy frios, e tempera<strong>do</strong>s coma 'hos djíntre<br />

Doiro, e Minho; perqwe neste tempo dagora asy hos<br />

achávamos coma hos dela ,• agoas sam mu^ns, imfimdas :<br />

era tal maneira hee graciosa , que qiieren<strong>do</strong>a aproveitar.<br />

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