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Villela CLBC et al. / Variações anatômicas dos seios paranasais
A B
Fig. 9 – (A) Corte axial de TC mostra pneumatização de células etmoidais posteriores dilatadas bilateralmente – células de Onodi (setas).
(B) Corte axial de TC evidencia células de Onodi bilateralmente, com opacificação à esquerda (setas).
semilunar, podendo causar compressão dessas estruturas,
com prejuízo da drenagem do seio maxilar e das
células etmoidais anteriores (Fig. 10) [1,3] .
Bulla unciforme
O processo unciforme pode ser pneumatizado, conhecido
como bulla unciforme, sendo uma variação rara,
descrita entre 0,4% e 5% dos indivíduos (Fig. 11). A dilatação
desta estrutura pode causar estreitamento do infundíbulo,
levando a distúrbios na drenagem do seio
maxilar [3] . Pode simular uma concha bullosa ou uma bulla
etmoidal globosa.
Seio maxiloetmoidal
É a variação de uma célula etmoidal posterior que se
estende para a porção apical do seio maxilar, com drenagem
para o meato nasal superior (Fig. 12). Pode ser septada,
uni ou bilateral, com ocorrência de 0,7% a 2%, segundo
diferentes estudos [1,13] . É importante seu conhecimento,
para diferenciá-la de outras alterações, como o
seio maxilar septado e a célula de Haller [3] . A distinção é
feita, basicamente, pelo padrão de drenagem. Ao contrário
do seio maxiloetmoidal, tanto os compartimentos do
seio maxilar septado quanto da célula de Haller drenam
para o meato médio. Pode estar associada a outras variações,
como hipoplasia do seio maxilar [1] . A maior importância
desta variante consiste na avaliação pré-operatória
da cirurgia endoscópica, com objetivo de evitar perda da
orientação anatômica durante o procedimento [13,14] .
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Fig. 10 – Reconstrução coronal de TC evidencia bulla etmoidal dilatada
à direita (seta) estreitando o hiato semilunar. Observa-se ainda,
nesta reconstrução, concha bullosa à esquerda (estrela).
Hipoplasia do seio maxilar
Hipoplasia do seio maxilar pode ser uni ou bilateral,
ocorrendo em 1,7% e 7,2% da população, respectivamente
(Fig. 13) [1] . Pode ser confundida com sinusopatia
crônica e apresentar associação com alterações do
processo unciforme, levando a prejuízo da drenagem do
meato médio. A identificação desta condição no pré-ope-
Rev Imagem (Online) 2011;33(1/2):7–14