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Villela CLBC et al. / Variações anatômicas dos seios paranasais para cirurgia endonasal, consideradas atualmente como de escolha para melhor avaliação das cavidades paranasais por apresentarem maior detalhamento das estruturas ósseas e do acometimento mucoso [1,2] . PRINCIPAIS VARIANTES ANATÔMICAS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA Célula da crista galli A pneumatização da crista galli, chamada de célula da crista galli, é decorrente exclusivamente do seio frontal, e não do etmoidal, ocorrendo como um divertículo 8 A B do seio frontal, acometendo 13% dos indivíduos adultos [1] . É importante seu conhecimento, pois o tratamento de um processo inflamatório deve ser direcionado para o seio frontal e não para o labirinto etmoidal. Diagnóstico diferencial deve ser feito com célula nasal (Fig. 1). Célula intersinus frontal Fig. 1 – TC com reconstrução coronal (A) evidenciando célula da crista galli (seta) [1] e célula nasal (B). A B A célula intersinus frontal é originária do seio frontal, sendo observada em aproximadamente 30% dos indivíduos, e é sede de processos inflamatórios e de mucocele (Fig. 2) [1] . Em 85% dos casos observa-se comunicação com o seio frontal [1] . Diagnóstico diferencial deve ser Fig. 2 – (A) Célula intersinus frontal em reconstrução coronal (seta). (B) Célula frontal em reconstrução coronal (seta). Rev Imagem (Online) 2011;33(1/2):7–14
feito com célula frontal, que é uma célula etmoidal anterior que se estende superiormente à célula de agger nasi e anteriormente ao recesso frontal. Célula etmoidal infraorbitária ou de Haller É uma célula etmoidal anterior extramural junto ao assoalho da órbita (Fig. 3) [3] . Pode estar presente em até A B Variações anatômicas dos seios paranasais / Villela CLBC et al. 45% da população [4] . Tem importância clínica devido à sua posição crítica, ao longo do infundíbulo e do seio maxilar, podendo causar compressão, dependendo do tamanho da célula e proximidade com o óstio do seio maxilar [1] . Além disso, evidência de sinais inflamatórios dentro da célula e a presença de contato mucoso devem ser avaliadas como predisponentes a sinusopatia (Fig. 4) [5] . Fig. 3 – (A) Reconstrução coronal de TC mostra células de Haller bilateralmente (setas), com espessamento mucoso associado, ocasionando estreitamento infundibular. Observa-se, também, desvio do septo nasal de convexidade à direita, opacificação das células etmoidais à esquerda e espessamento polipoide no seio maxilar esquerdo. (B) Em outro paciente, a reconstrução coronal evidencia células de Haller bilaterais (setas), maior à esquerda (seta), ocasionando estreitamento infundibular deste lado. A B Fig. 4 – (A) Reconstrução coronal evidenciando concha média bullosa à direita associada a bullite (seta branca). Nota-se, ainda, a presença de célula de Haller à direita (seta preta), também opacificada. (B) Reconstrução coronal mostra células de Haller opacificadas bilateralmente (setas), à direita com presença de mucocele. Rev Imagem (Online) 2011;33(1/2):7–14 9
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