Teoremas Fundamentais dos Espaços de Banach

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29.06.2013 Views

é contínua, segue a função composta é contínua. prY ◦ (prX) −1 = f Observação Dados os espaços de Banach X e Y , para demonstrar que o gráfico Gf da aplicação linear f : X → Y é fechado, é suficiente verificar que, dada uma sequência {xn} ∈ X tal que xn → 0 e f(xn) → y então y = 0. De fato: Como Gf ⊂ Gf , resta demonstrar que Gf ⊂ Gf . Assim, dado (α, β) ∈ Gf existe uma sequência (zn, f(zn)) ∈ Gf tal que (zn, f(zn)) → (α, β), então e zn − α → 0 f(zn − α) = f(zn) − f(α) → β − f(α) Por hipótese temos que β − f(α) = 0, logo β = f(α), ou seja, (α, β) ∈ Gf e então Gf ⊂ Gf . Antes de enunciar o Teorema de Hahn-Banach, considere o seguinte lema: Definição Seja X um espaço vetorial e p : X → R uma aplicação satisfazendo as seguintes propriedades (i) para todo x, y ∈ X, p(x + y) ≤ p(x) + p(y) (ii) para o escalar λ ≥ 0 e x ∈ X, p(λx) = λp(x) Diz-se então que p é um funcional sublinear. Lema 0.2 Seja S um subespaço próprio do espaço vetorial real X (isto é, S = {0} e S = X) e seja x0 ∈ X − S. Considere o subespaço gerado N = [S ∪ {x0}] e suponha que f seja um funcional linear definido em S e p seja um funcional sublinear definido em X, além disso f(x) ≤ p(x) ∀x ∈ S . Então f pode ser extendido a um funcional linear F (F |S = f) definido em N tal que F (x) ≤ p(x) ∀x ∈ N . Demonstração Como f(x) ≤ p(x) em S, dados x1, x2 ∈ S Logo f(x1 − x2) = f(x1) − f(x2) ≤ p(x1 − x2) = p(x1 + x0 − x2 − x0) ≤ p(x1 + x0) + p(−x2 − x0) . −p(−x2 − x0) − f(x2) ≤ p(x1 + x0) − f(x1) . (∗) Supondo que x1 esteja fixado e x2 seja arbitrário, segue que o conjunto de números reais {−p(−x2 − x0) − f(x2) / x2 ∈ S} 6

é limitado superiormente, logo possui supremo. Seja então Analogamente podemos garantir a existência de De (*) e então existe c0 ∈ R tal que Seja agora y ∈ S qualquer, logo Como x0 ∈ S, dado x ∈ N a = sup{−p(−x2 − x0) − f(x2) / x2 ∈ S}. b = inf{p(x1 + x0) − f(x1) / x1 ∈ S} a ≤ b a ≤ c0 ≤ b . −p(−y − x0) − f(y) ≤ p(y + x0) − f(y) . (∗∗) x = y + λx0 sendo o escalar λ e o elemento y ∈ S unicamente determinados. Devido a unicidade desta representação, a aplicação F : N → R tal que F (y + λx0) = f(y) + λc0 está bem definida, além disso, F é um funcional linear. De fato: (i) dado o escalar β e y + λx0 ∈ N, F (β(y + λx0)) = F (βy + βλx0) = f(βy) + (λβ)c0 = β(f(y) + λc0) = βF (y + λx0) (ii) dados y1 + λ1x0, y2 + λ2x0 ∈ N F ((y1 + λ1x0) + (y2 + λ2x0)) = F (y1 + y2 + (λ1 + λ2)x0) = f(y1 + y2) + (λ1 + λ2)c0 = f(y1) + λ1c0 + f(y2) + λ2c0 = F (y1 + λ1x0) + F (y2 + λ2x0) e então F é um funcional linear. Além disso, dado y ∈ S isto é, F é extensão de f. Resta mostrar que F (y) = F (y + 0x0) = f(y) + 0c0 = f(y) F (x) ≤ p(x) ∀x ∈ N. Para tal é considerado três casos. Dado x ∈ N, x = y + λx0 (y ∈ S) sendo λ = 0, λ > 0 ou λ < 0 : (1) λ = 0. Neste caso F (x) = F (y + 0x0) = f(y) ≤ p(y) = p(x). (2) λ > 0. De (**), trocando y por y λ tem-se c0 ≤ p( y λ + x0) − f( y ) . λ 7

é contínua, segue a função composta<br />

é contínua.<br />

prY ◦ (prX) −1 = f<br />

Observação Da<strong>dos</strong> os espaços <strong>de</strong> <strong>Banach</strong> X e Y , para <strong>de</strong>monstrar que o gráfico Gf da aplicação linear<br />

f : X → Y é fechado, é suficiente verificar que, dada uma sequência {xn} ∈ X tal que<br />

xn → 0 e f(xn) → y<br />

então y = 0. De fato:<br />

Como Gf ⊂ Gf , resta <strong>de</strong>monstrar que Gf ⊂ Gf . Assim, dado (α, β) ∈ Gf existe uma sequência<br />

(zn, f(zn)) ∈ Gf tal que (zn, f(zn)) → (α, β), então<br />

e<br />

zn − α → 0<br />

f(zn − α) = f(zn) − f(α) → β − f(α)<br />

Por hipótese temos que β − f(α) = 0, logo β = f(α), ou seja, (α, β) ∈ Gf e então Gf ⊂ Gf .<br />

Antes <strong>de</strong> enunciar o Teorema <strong>de</strong> Hahn-<strong>Banach</strong>, consi<strong>de</strong>re o seguinte lema:<br />

Definição Seja X um espaço vetorial e p : X → R uma aplicação satisfazendo as seguintes proprieda<strong>de</strong>s<br />

(i) para todo x, y ∈ X, p(x + y) ≤ p(x) + p(y)<br />

(ii) para o escalar λ ≥ 0 e x ∈ X, p(λx) = λp(x)<br />

Diz-se então que p é um funcional sublinear.<br />

Lema 0.2 Seja S um subespaço próprio do espaço vetorial real X (isto é, S = {0} e S = X) e seja<br />

x0 ∈ X − S. Consi<strong>de</strong>re o subespaço gerado<br />

N = [S ∪ {x0}]<br />

e suponha que f seja um funcional linear <strong>de</strong>finido em S e p seja um funcional sublinear <strong>de</strong>finido em X,<br />

além disso<br />

f(x) ≤ p(x) ∀x ∈ S .<br />

Então f po<strong>de</strong> ser extendido a um funcional linear F (F |S = f) <strong>de</strong>finido em N tal que<br />

F (x) ≤ p(x) ∀x ∈ N .<br />

Demonstração Como f(x) ≤ p(x) em S, da<strong>dos</strong> x1, x2 ∈ S<br />

Logo<br />

f(x1 − x2) = f(x1) − f(x2) ≤ p(x1 − x2) = p(x1 + x0 − x2 − x0) ≤ p(x1 + x0) + p(−x2 − x0) .<br />

−p(−x2 − x0) − f(x2) ≤ p(x1 + x0) − f(x1) . (∗)<br />

Supondo que x1 esteja fixado e x2 seja arbitrário, segue que o conjunto <strong>de</strong> números reais<br />

{−p(−x2 − x0) − f(x2) / x2 ∈ S}<br />

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