Comunidades de prática Rev Fev11 - Artigo Científico
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tipos “o quê?”, “por quê?” e “como?”, além <strong>de</strong> analisar pequenas amostras para<br />
enten<strong>de</strong>r as coisas, sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoiar-se em estatísticas;<br />
• quanto aos objetivos específicos: é exploratório-explicativa, pois preten<strong>de</strong>-se<br />
buscar maior familiarida<strong>de</strong> com o problema, além <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os motivos que<br />
<strong>de</strong>terminaram a ocorrência <strong>de</strong> um fenômeno ou contribuíram para tanto;<br />
• quanto ao <strong>de</strong>lineamento: documental, bibliográfica e estudo <strong>de</strong> caso. É<br />
documental pois utiliza como fonte primária os documentos disponíveis nos<br />
sites das organizações. É bibliográfica, porque se baseia na revisão sistemática<br />
da literatura para fundamentar a pesquisa e justificar seus resultados. É estudo<br />
<strong>de</strong> caso porque é um modo <strong>de</strong> pesquisa empírica que investiga em uma<br />
organização específica os fenômenos contemporâneos em seu ambiente real.<br />
2.2. <strong>Comunida<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>prática</strong><br />
2.2.1. Origem e Conceito<br />
O conceito <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>prática</strong> foi <strong>de</strong>senvolvida originalmente por Lave<br />
e Wenger (1991) apud (Roberts, 2006; Ribeiro, Kimble e Cairns, 2010) em um estudo <strong>de</strong><br />
aprendizagem situada, com fito na compreensão e estudo <strong>de</strong> como as pessoas naturalmente<br />
trabalham juntas (Wenger, 1998; Brown, 1995) constataram neste primeiros estudos que<br />
aquisição do conhecimento ocorre enquanto um processo social on<strong>de</strong> as pessoas po<strong>de</strong>m<br />
participar do processo <strong>de</strong> aprendizagem comuns a diferentes níveis, quer sejam iniciantes ou<br />
que <strong>de</strong>tenham certa antiguida<strong>de</strong> e autorida<strong>de</strong> no grupo, logo temos que uma das características<br />
centrais das CoP’s é vê-la enquanto meio <strong>de</strong> aquisição do conhecimento ou <strong>de</strong> aprendizagem,<br />
que ten<strong>de</strong> a aproximar o recém-chegado (participação periférica) a uma plena participação na<br />
comunida<strong>de</strong> em que apren<strong>de</strong>r com os outros é um continuo, a este processo Lave e Wenger<br />
<strong>de</strong>ram o nome <strong>de</strong> participação periférica legítima (LPP) (Roberts, 2006), conceito que foi<br />
abandonado pelos autores em 1998.<br />
Com o <strong>de</strong>correr do tempo a noção <strong>de</strong> CoP’s acabou por ser ampliada vindo a<br />
abranger um leque diversificado <strong>de</strong> grupos, equipes <strong>de</strong> projetos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos funcionais<br />
(Robert, 2006) permeando também, além do meio empresarial o acadêmico (Kulkarni,<br />
Stough, Haynes, 2000), incluindo neste viés empresas públicas e privadas, bem como<br />
organizações não governamentais.<br />
Com o crescente processo <strong>de</strong> globalização, a intensificação da concorrência por<br />
assim dizer impeliram inúmeras organizações a se interessarem pelas CoP’s a partir da<br />
i<strong>de</strong>ntificação e cultivo <strong>de</strong> tais grupos, uma vez que se po<strong>de</strong> vislumbrar nestes uma base <strong>de</strong><br />
conhecimentos para criar novas tecnologias, processos, produtos e serviços (KULKARNI,<br />
STOUGH, HAYNES, 2000).