Comunidades de prática Rev Fev11 - Artigo Científico
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que, via <strong>de</strong> regra, são constitutivas <strong>de</strong> "imperceptíveis", variadas e finas granulações <strong>de</strong> difícil<br />
apreensão ou mapeamento através <strong>de</strong> processos formais ou convencionais.<br />
O que temos a partir <strong>de</strong>sta condição, como bem salienta a literatura, é que o<br />
conhecimento compõe uma "entida<strong>de</strong> mutável e complexa", porém que po<strong>de</strong> ser possuído e<br />
negociados (Bell 1973, 1978; Nonaka & Takeuchi, 1994 apud Hayes, Walsham, 2001), neste<br />
mote as CoP’s acabam por angariar notável <strong>de</strong>staque posto que as pessoas assumem, nos dias<br />
atuais, um rol crescente <strong>de</strong> tarefas e ativida<strong>de</strong>s complexas, as quais exigem o diálogo, a<br />
experimentação e a troca continua <strong>de</strong> experiências com outras pessoas (Brown, 1995; Allee,<br />
2000), o ten<strong>de</strong> também a propiciar paralelamente e <strong>de</strong> forma inconteste o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
conjunto <strong>de</strong> novas e melhores <strong>prática</strong>s (Brown, 1995), possibilitando ver e perceber o<br />
conhecimento coletivo como um série <strong>de</strong> <strong>prática</strong>s interligadas (Wenger, 1996) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>terminado contexto sócio-econômico, político e cultural, uma vez que trabalhar o<br />
conhecimento é um processo ativo assim somos forçosamente compelidos a acolher a<br />
premissa <strong>de</strong> que não é possível saber sem fazer e ao fazer, necessariamente apren<strong>de</strong>mos neste<br />
ínterim as CoP’s comportam um diferencial por porque tecem a organização em torno <strong>de</strong><br />
competências sem prejuízo das estruturas funcionais (Ridge Kent, 2004).<br />
As CoP’s são particularmente relevantes para a Gestão do Conhecimento, numa<br />
premissa elementar por gerar uma interface extremamente interessante entre a própria Gestão<br />
do Conhecimento e o trabalho colaborativo distribuído, e por apresentar as organizações uma<br />
oportunida<strong>de</strong> ímpar no que tange a captação do fluxo, não só <strong>de</strong> soluções criativas, mas<br />
também <strong>de</strong> inovações radicais através <strong>de</strong> sua existência (Bond, 2006 apud Plessis, 2008).<br />
As tentativas <strong>de</strong> gerir o conhecimento humano e organizacional, têm gradativamente<br />
reconhecido que tanto um quanto outro permanecem firmemente enraizado em indivíduos e<br />
grupos e, consequentemente, para serem bem sucedidas tais iniciativas <strong>de</strong> gestão são<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes tanto do Sistema <strong>de</strong> Informação quanto do comportamento das pessoas que<br />
trabalham <strong>de</strong>ntro da organização (Hildreth e Kimble, 2002; Bourdon & Kimble, 2008 apud<br />
Ribeiro, Chris e Paulo, 2010). Em mesmo sentido alguns estudiosos ten<strong>de</strong>m a ratificar a<br />
premissa <strong>de</strong> que CoP’s compõem mecanismos através dos quais o conhecimento é mantido,<br />
transferido e criado (Brown e Duguid, 1991; Lave e Wenger, 1991; Wenger, 1998 apud<br />
Robert, 1996), tornando-se cada vez mais necessário e influente <strong>de</strong>ntro da literatura e <strong>prática</strong>s<br />
<strong>de</strong> gestão (Robert, 1996).<br />
O que temos a partir <strong>de</strong>ste contexto é o reconhecimento e crescente estudo com vista<br />
a compreen<strong>de</strong>r como as relações e interações sociais alavancam a criação e incorporação <strong>de</strong><br />
conhecimentos relevantes para as organizações através da CoP’s, uma vez que recentes