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A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO INCLUSÃO SOCIAL.<<strong>br</strong> />

Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho” Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências e<<strong>br</strong> />

Técnologia – Departamento <strong>de</strong> Educação - Cléria Custódio Gonçalves e Maria<<strong>br</strong> />

Peregrina <strong>de</strong> Fátima Rotta Furlanetti, cleria.pedago@gmail.com;<<strong>br</strong> />

<strong>fatimarotta@fct</strong>.<strong>unesp</strong>.<strong>br</strong> .<<strong>br</strong> />

INTRODUÇÃO:<<strong>br</strong> />

Este trabalho se refere ao Programa <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos –<<strong>br</strong> />

PEJA, inicia<strong>do</strong> em a<strong>br</strong>il <strong>de</strong> 2007, no bairro Cambucy, da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />

Pru<strong>de</strong>nte, comunida<strong>de</strong> na qual a maioria <strong>do</strong>s indivíduos tem na coleta <strong>de</strong> materiais<<strong>br</strong> />

recicláveis <strong>do</strong> lixão <strong>do</strong> município seu meio <strong>de</strong> subsistência. A turma é formada em<<strong>br</strong> />

suas maioria por mulheres que tem como emprego o trabalho <strong>do</strong>méstico, cujos<<strong>br</strong> />

mari<strong>do</strong>s trabalham no lixão da cida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Estas pessoas buscam na alfabetização uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ascensão<<strong>br</strong> />

social e melhor salários, entretanto a maior preocupação é po<strong>de</strong>r educar e<<strong>br</strong> />

acompanhar seus filhos nas ativida<strong>de</strong>s escolares, para que, segun<strong>do</strong> elas, não<<strong>br</strong> />

passem pelas dificulda<strong>de</strong>s que passaram.<<strong>br</strong> />

Um <strong>do</strong>s homens que em sua profissão inicial era pedreiro, hoje precisa<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evier <strong>do</strong> lixão porque tem problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação ao cal, utiliza<strong>do</strong> na<<strong>br</strong> />

construção civil, e está na sala <strong>de</strong> aula para conhecer os direitos e os caminhos<<strong>br</strong> />

para uma aposenta<strong>do</strong>ria por invali<strong>de</strong>z.<<strong>br</strong> />

Pessoas que <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> sua dificulda<strong>de</strong> e/ou falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s não se<<strong>br</strong> />

utilizaram <strong>do</strong> direito à instrução no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua juventu<strong>de</strong>. Melhor dizen<strong>do</strong>, para<<strong>br</strong> />

os quais esta falhou, sim porque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito tempo a dualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino nos<<strong>br</strong> />

mostra a cruel realida<strong>de</strong> na qual a classe trabalha<strong>do</strong>ra se encontra, on<strong>de</strong> os poucos<<strong>br</strong> />

alfabetiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem se limitar aos trabalhos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s inferiores, e os não<<strong>br</strong> />

alfabetiza<strong>do</strong>s assim se encontram <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> uma segregação velada, uma armadilha.<<strong>br</strong> />

Apresentou-se uma educação dita para to<strong>do</strong>s, mas que não estava em to<strong>do</strong>s os<<strong>br</strong> />

locais necessários, não se realizava em to<strong>do</strong>s os horários necessários e nunca<<strong>br</strong> />

condizia com a realida<strong>de</strong> necessária, ou seja, mais uma armadilha colocada on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

os que caem muitas vezes não se percebem disto.<<strong>br</strong> />

Para FURLANETTI (2001) a alfabetização seria:<<strong>br</strong> />

...direito <strong>do</strong> cidadão. Direito que está se tornan<strong>do</strong> cada vez<<strong>br</strong> />

mais extensivo, pois hoje já a<strong>br</strong>ange aqueles que estavam<<strong>br</strong> />

priva<strong>do</strong>s como os não proprietários, as mulheres, os<<strong>br</strong> />

po<strong>br</strong>es e que estão ten<strong>do</strong> acesso às escolas. Quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

aceitamos esses alunos no ensino fundamental,<<strong>br</strong> />

aceitamos pelo discurso <strong>do</strong> direito humano...(2001,<<strong>br</strong> />

pág.13)<<strong>br</strong> />

1


A EDUCAÇÃO COMO UM DOS FATORES DA INCLUSÃO<<strong>br</strong> />

Como no mito <strong>de</strong> Procusto, da mitologia grega, que conta que ele era o<<strong>br</strong> />

soberano <strong>de</strong> um pequeno reino que se situava no caminho para a Grécia, on<strong>de</strong> os<<strong>br</strong> />

viajantes se hospedavam freqüentemente. Nesse reino, os hóspe<strong>de</strong>s eram sagra<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

e recebi<strong>do</strong>s como príncipes, tu<strong>do</strong> era feito visan<strong>do</strong> seu bem estar. O rei, ansioso em<<strong>br</strong> />

agradar seus hóspe<strong>de</strong>s resolveu criar uma cama perfeita, on<strong>de</strong> o visitante po<strong>de</strong>ria<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scansar e se refazer das agruras da viagem. Depois <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> rigorosos estu<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

e experimentos, o rei julgou ter chega<strong>do</strong> às medidas e proporções i<strong>de</strong>ais, e<<strong>br</strong> />

concebeu um leito, on<strong>de</strong> um homem i<strong>de</strong>al estaria encaixa<strong>do</strong> em perfeita "harmonia".<<strong>br</strong> />

À noite, quan<strong>do</strong> um hospe<strong>de</strong> ia <strong>de</strong>itar-se, Procusto or<strong>de</strong>nava que seus serviçais<<strong>br</strong> />

"auxiliassem" o mesmo à a<strong>de</strong>quar-se ao leito, estican<strong>do</strong>-o ou cortan<strong>do</strong> os "excessos"<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> seu corpo, e infelizmente, poucos so<strong>br</strong>eviviam à sua hospitalida<strong>de</strong> e boas<<strong>br</strong> />

intenções.<<strong>br</strong> />

Da mesma forma ocorria, e ocorre muitas vezes ainda na educação. Estas<<strong>br</strong> />

pessoas foram cortadas das salas <strong>de</strong> aula, muitas vezes sem nem mesmo terem<<strong>br</strong> />

chega<strong>do</strong> a elas, e atualmente estão sen<strong>do</strong> excluí<strong>do</strong>s por não se encaixarem nos<<strong>br</strong> />

padrões. Ao observar a postura <strong>de</strong>stas pessoas também é possível averiguar que<<strong>br</strong> />

suas crenças na i<strong>de</strong>ologia opressora esta <strong>de</strong> tal maneira cristalizada, que elas<<strong>br</strong> />

mesmas se oprimem, sen<strong>do</strong> necessário que se libertem. Mas há também o me<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ssa liberda<strong>de</strong>, camufla<strong>do</strong> e não admiti<strong>do</strong>, haven<strong>do</strong> uma sectarização castra<strong>do</strong>ra,<<strong>br</strong> />

que não permite que percebam a dinâmica da realida<strong>de</strong>, ou se a percebem, isto se<<strong>br</strong> />

dá <strong>de</strong> forma equivocada, fechan<strong>do</strong>-se à sua verda<strong>de</strong>, chegan<strong>do</strong> a uma negação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

si mesmo. Não que estes não se saibam oprimi<strong>do</strong>s, mas seu conhecimento está<<strong>br</strong> />

prejudica<strong>do</strong>, equivoca<strong>do</strong> quanto à realida<strong>de</strong> que os cerca <strong>de</strong> forma i<strong>de</strong>ológica, como<<strong>br</strong> />

consta FREIRE (1980).<<strong>br</strong> />

Em suas consi<strong>de</strong>rações FREIRE (1987), afirma que essa consciência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

liberda<strong>de</strong> não se cria no isolamento da mente e sim na convivência comum, o que<<strong>br</strong> />

permitirá a comunicação, fator essencial, pois é a partir da palavra que se apresenta<<strong>br</strong> />

quem se é, não a palavra repetida, mas a “dizer sua palavra”, cria<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> cultura e<<strong>br</strong> />

da realida<strong>de</strong> intima <strong>de</strong>stas pessoas.<<strong>br</strong> />

Assim, corrobora para esta reflexão ALVES (2000):<<strong>br</strong> />

“(...) A reflexão implica a imersão consciente <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

homem no mun<strong>do</strong> da experiência um mun<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

carrega<strong>do</strong> <strong>de</strong> conotações, valores, intercâmbios<<strong>br</strong> />

simbólicos, correspondências afetivas, interesses<<strong>br</strong> />

sociais e cenários políticos.” ( pág.32)<<strong>br</strong> />

Observa-se nas discussões em sala <strong>de</strong> aula que as pessoas estão se ven<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

como problema ao <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir que nada sabem so<strong>br</strong>e si, e se inquietam por querer<<strong>br</strong> />

saber mais. E nesse reconhecimento <strong>de</strong> seu pouco saber <strong>de</strong> si fazem uma busca<<strong>br</strong> />

por respostas que <strong>de</strong>pois os levarão a novas perguntas.<<strong>br</strong> />

2


Atualmente, estas pessoas segregadas buscam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong>s uma nova oportunida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> possam ser instruí<strong>do</strong>s e alfabetiza<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

para esta realida<strong>de</strong> que lhes é apresentada, buscan<strong>do</strong> uma inclusão, nesta<<strong>br</strong> />

socieda<strong>de</strong> que os segregou, neste momento priorizam o PEJA (Projeto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos/PROEX).<<strong>br</strong> />

Em seus relatos eles narram a exclusão diária, suas dificulda<strong>de</strong>s na<<strong>br</strong> />

convivência por não saberem tomar um ônibus, por não saber ler a<<strong>br</strong> />

correspondência, por não po<strong>de</strong>rem se sentar à mesa com os filhos e ajudarem na<<strong>br</strong> />

lição, ou simplesmente ler um bom livro, e sempre se lamentam das possibilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> trabalhos perdi<strong>do</strong>s, acreditam que se soubessem ler po<strong>de</strong>riam ter melhores<<strong>br</strong> />

empregos, escrever uma carta e tantas outras coisas mais.<<strong>br</strong> />

Os jovens e adultos trabalha<strong>do</strong>res lutam para superar<<strong>br</strong> />

suas condições precárias <strong>de</strong> vida (moradia, saú<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

transporte, alimentação e etc.) que estão na raiz <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

problema <strong>do</strong> analfabetismo. O <strong>de</strong>semprego, os baixos<<strong>br</strong> />

salários e as péssimas condições <strong>de</strong> vida comprometem o<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos. (Ga<strong>do</strong>tti,<<strong>br</strong> />

2001, pág.31)<<strong>br</strong> />

O PEJA, busca a inclusão <strong>de</strong>stas pessoas não somente pela<<strong>br</strong> />

instrução/letramento, mas pela conscientização <strong>de</strong> estar no mun<strong>do</strong>, através <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

visão crítica <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> possam não somente serem incluí<strong>do</strong>s na socieda<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

mas que possam agir <strong>de</strong> forma consciente e ativa po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> re<strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir-se através<<strong>br</strong> />

da retomada reflexiva <strong>do</strong> próprio processo em que vai se <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>in<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

movimentan<strong>do</strong> e manifestan<strong>do</strong> sua conscientização. Para assim se <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>irem<<strong>br</strong> />

como cidadãos, com direitos garanti<strong>do</strong>s, e não apenas pessoas necessitadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

carida<strong>de</strong> como acreditam ser.<<strong>br</strong> />

“Os homens enquanto “seres-em-situação”<<strong>br</strong> />

encontram-se submersos em condições, espaço<<strong>br</strong> />

temporais que influem neles e nas quais eles<<strong>br</strong> />

igualmente influem” (Freire, 1980, pág. 33)<<strong>br</strong> />

Ao observar os seres-em-situação, po<strong>de</strong>-se notar que essas pessoas em sua<<strong>br</strong> />

maioria se encontram perdidas na realida<strong>de</strong> que vivem, sentem, choram, se<<strong>br</strong> />

indignam com as situações vividas, mas se conformam por acreditarem que não<<strong>br</strong> />

merecem nada mais além disso.<<strong>br</strong> />

Assim, intenta-se que eles sensibilizem-se para esta realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma forma<<strong>br</strong> />

que se percebam opressores <strong>de</strong> si mesmos, e busquem a libertação <strong>de</strong> conceitos e<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ologias castra<strong>do</strong>ras, visto que o maior obstáculo a transpor são eles mesmos,<<strong>br</strong> />

que limitam-se em crenças <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong>, e, esta é uma relação entre opressores<<strong>br</strong> />

e oprimi<strong>do</strong>s, isto é, o opressor <strong>de</strong>sestabiliza o oprimi<strong>do</strong> para que ele se sinta<<strong>br</strong> />

incapaz, para que cada vez mais possa oprimir, como <strong>de</strong>staca FREIRE (1980).<<strong>br</strong> />

3


São na verda<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> uma capacida<strong>de</strong> infinita, que na maioria das<<strong>br</strong> />

vezes tem muito mais a nos oferecer <strong>do</strong> que nós a elas, entretanto como estão<<strong>br</strong> />

numa situação on<strong>de</strong> se sentem inferiores e não merece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> seus direitos faz-se<<strong>br</strong> />

necessário que tenham uma visão crítica <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que vivem, procuran<strong>do</strong> na<<strong>br</strong> />

vocação <strong>do</strong> homem em ser homem o estimulo à reflexão que os <strong>de</strong>safiem a<<strong>br</strong> />

atuarem, a se encontrar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, assim quanto mais refletirem e<<strong>br</strong> />

atuarem so<strong>br</strong>e esta realida<strong>de</strong> mais aptos estarão a atuar na socieda<strong>de</strong> que vivem.<<strong>br</strong> />

Compree<strong>de</strong>mos que, junto a esta reflexão essas pessoas encontram a<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> libertarem-se da opressão na qual se encontram, ao se<<strong>br</strong> />

perceberem oprimi<strong>do</strong>s, mas com potencial para a mudança, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua vocação<<strong>br</strong> />

para serem livres, que necessita apenas <strong>de</strong> um direcionamento para que se<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolva um novo movimento intimo que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ará o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mudança e<<strong>br</strong> />

manutenção da liberda<strong>de</strong>, com indica<strong>do</strong> por Freire (1980).<<strong>br</strong> />

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO<<strong>br</strong> />

Buscan<strong>do</strong> uma meto<strong>do</strong>logia diferenciada daquela na qual eles foram<<strong>br</strong> />

excluí<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ixa-se os mol<strong>de</strong>s conteudistas, tradicionalistas e mecânicos que na<<strong>br</strong> />

maioria das vezes apenas reproduz analfabetos funcionais, objetivan<strong>do</strong> que estas<<strong>br</strong> />

pessoas consigam através da realida<strong>de</strong> que vivem não apenas instruir-se, mas<<strong>br</strong> />

educar-se na busca <strong>de</strong> um novo movimento pessoal.<<strong>br</strong> />

Este projeto, a exemplo <strong>de</strong> Paulo Freire, busca uma pedagogia humanista e<<strong>br</strong> />

liberta<strong>do</strong>ra, se dividin<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is momentos distintos, o primeiro, on<strong>de</strong> se faz a<<strong>br</strong> />

sondagem so<strong>br</strong>e a realida<strong>de</strong> na qual essas pessoas vivem, e os oprimi<strong>do</strong>s vão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>svelan<strong>do</strong> a realida<strong>de</strong> opressora em que vivem, comprometen<strong>do</strong>-se com a<<strong>br</strong> />

transformação; o segun<strong>do</strong>, em que, transformada a realida<strong>de</strong> opressora, esta <strong>de</strong>ixa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ser a pedagogia <strong>do</strong> oprimi<strong>do</strong> e passa a ser a pedagogia <strong>do</strong>s homens em<<strong>br</strong> />

constante processo <strong>de</strong> libertação.<<strong>br</strong> />

O trabalho encontra-se ainda no primeiro momento, com encontros que<<strong>br</strong> />

ocorrem três vezes por semana, o circulo <strong>de</strong> cultura esta finalizan<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

sondagem que se realiza através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que buscavam <strong>de</strong>svelar a historia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vida <strong>do</strong>s participantes, sua realida<strong>de</strong>, dificulda<strong>de</strong>s e sonhos.<<strong>br</strong> />

“Eu teria que partir das massas, mesmo. E não <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

mim. Teria <strong>de</strong> partir <strong>do</strong> seu universo, <strong>do</strong>s seus<<strong>br</strong> />

sonhos e não <strong>do</strong>s meus, apenas, mesmo que com<<strong>br</strong> />

elas eu procurasse chegar a outros sonhos”. (Freire,<<strong>br</strong> />

2000, pág.52)<<strong>br</strong> />

Neste processo inicial procura-se <strong>de</strong>senvolver um vinculo <strong>de</strong> confiança, para<<strong>br</strong> />

que a resistência quanto ao aprendiza<strong>do</strong> e reconhecimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

seja diminuída, visto que <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ida<strong>de</strong> avançada muitos <strong>de</strong>les, mesmo ten<strong>do</strong> ti<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

a iniciativa <strong>de</strong> buscar o projeto, se frustram por este ser um processo em longo<<strong>br</strong> />

4


prazo, então, busca-se uma forma para suprir as expectativas mais imediatas, como<<strong>br</strong> />

a escrita <strong>do</strong> próprio nome, o nome <strong>do</strong> ônibus para chegar à própria casa, etc., e aos<<strong>br</strong> />

poucos introduz-se os temas gera<strong>do</strong>s que eles mesmos trazem ao apresentarem<<strong>br</strong> />

sua realida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Como observa Furlanetti (2001) o <strong>de</strong>safio da sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> jovens e adultos<<strong>br</strong> />

é tratar a língua escrita em sua função social <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> as competências<<strong>br</strong> />

necessárias para que o educan<strong>do</strong> possa viver cotidianamente no mun<strong>do</strong> letra<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

sem se sentir discrimina<strong>do</strong>, com condições <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os discursos da elite<<strong>br</strong> />

com atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soberania e in<strong>de</strong>pendência.<<strong>br</strong> />

Ribeiro (2001) esclarece que os educan<strong>do</strong>s com baixo nível <strong>de</strong> alfabetismo<<strong>br</strong> />

possuem atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso pragmático da linguagem escrita. Assim, po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

compreen<strong>de</strong>r que os alfabetizan<strong>do</strong>s em fase inicial procuram a escola para<<strong>br</strong> />

apren<strong>de</strong>r a ler e escrever cartas pessoais, ler a bíblia – como acompanhamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cultos religiosos, e complementa a autora que esse <strong>do</strong>mínio da escrita é <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

componente fortemente afetivo.<<strong>br</strong> />

Assim, inicialmente trabalha-se com o nome <strong>de</strong> cada um, on<strong>de</strong> entram em<<strong>br</strong> />

contato com a forma escrita, que alguns <strong>de</strong>sconhecem, e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

construir novas palavras que partam <strong>de</strong> algo que tenha significa<strong>do</strong> para eles<<strong>br</strong> />

(participantes), eles mesmos, com suas histórias e experiências, marcas vivas da<<strong>br</strong> />

história, para irem assim perceben<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> esquema utiliza<strong>do</strong> na construção <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

palavras.<<strong>br</strong> />

Este é um momento precioso, o educa<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve estar atento ao diálogo<<strong>br</strong> />

que emerge na sala <strong>de</strong> aula, ele enquanto o que sabe escrever <strong>de</strong>ve registrar cada<<strong>br</strong> />

história <strong>de</strong> seus alunos para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> preparar por escrito e preferencialmente<<strong>br</strong> />

digita<strong>do</strong> entregar a cada um a sua história registrada no papel, como um presente.<<strong>br</strong> />

Desta forma estamos viabilizan<strong>do</strong> a história <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>ntro da função social da<<strong>br</strong> />

escrita que é a função mnemônica, por que está escrito, é o registro que a memória<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> esquecer, é o <strong>do</strong>cumento primeiro <strong>de</strong> seu aluno, como observa<<strong>br</strong> />

FURLANETTI(2001)<<strong>br</strong> />

O que possibilita a busca <strong>de</strong> outros temas relaciona<strong>do</strong>s ao cotidiano <strong>de</strong>les,<<strong>br</strong> />

outras palavras a serem <strong>de</strong>svendadas que “puxam” discussões so<strong>br</strong>e temas <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />

realida<strong>de</strong>. Através da leitura <strong>de</strong> textos em grupo, on<strong>de</strong> eles trazem sua opinião,<<strong>br</strong> />

buscam mais informações so<strong>br</strong>e os fatos e <strong>de</strong>pois reestruturam sua opinião,<<strong>br</strong> />

juntamente com ativida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> possam <strong>de</strong>senvolver a escrita <strong>de</strong> uma forma que<<strong>br</strong> />

isto tenha um significa<strong>do</strong> real.<<strong>br</strong> />

É preciso <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s seres<<strong>br</strong> />

humanos <strong>de</strong>, individual e coletivamente, se<<strong>br</strong> />

libertarem, ao mesmo tempo, <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

sectárias e da lógica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e organizarem sua<<strong>br</strong> />

experiência. (GIORGI,C. A. G. di, 1992, pág.32)<<strong>br</strong> />

5


Neste movimento <strong>de</strong> grupo os alunos se permitem compartilhar experiências<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> vida e dificulda<strong>de</strong>s, que proporcionam um vinculo afetivo que geralmente é um<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s estímulos para aprendizagem.<<strong>br</strong> />

O que exige <strong>do</strong> professor certa sensibilida<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s alunos,<<strong>br</strong> />

envolven<strong>do</strong>-se com eles sem o distanciamento que o tradicionalismo propõe na<<strong>br</strong> />

relação professor/aluno, colocan<strong>do</strong>-se como igual, uma pessoa que busca ser<<strong>br</strong> />

melhor, que admite suas dificulda<strong>de</strong>s e pe<strong>de</strong> ajuda, para que juntos construam uma<<strong>br</strong> />

nova realida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> quem tem maior facilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> e utilizan<strong>do</strong>-se da<<strong>br</strong> />

solidarieda<strong>de</strong>, auxilia os que tem maior dificulda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> o professor se coloca na<<strong>br</strong> />

posição <strong>de</strong> aprendiz como eles, compartilhan<strong>do</strong> conhecimentos e experiências,<<strong>br</strong> />

aceitan<strong>do</strong> suas dificulda<strong>de</strong>s e buscan<strong>do</strong> alternativas.<<strong>br</strong> />

“...que como velhas árvores viveram o que ninguém<<strong>br</strong> />

mais viveu, e que com seus galhos em silêncio<<strong>br</strong> />

dizem tu<strong>do</strong> o que há para ser dito, o que faz com<<strong>br</strong> />

que jamais esqueçamos sua som<strong>br</strong>a” (ALVES,<<strong>br</strong> />

2000, pág.26).<<strong>br</strong> />

Seguin<strong>do</strong> esse processo, o próximo momento se constituirá em dar<<strong>br</strong> />

continuida<strong>de</strong> na alfabetização, mas dan<strong>do</strong> maior ênfase no <strong>de</strong>senvolvimento da<<strong>br</strong> />

criticida<strong>de</strong>, para que estes possam se ver como cidadãos que são, buscan<strong>do</strong> uma<<strong>br</strong> />

ação ativa na socieda<strong>de</strong> que vivem, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> formas <strong>de</strong> expressarem suas<<strong>br</strong> />

opiniões <strong>de</strong> maneira coesa e que possam atingir seus objetivos <strong>de</strong> mudar o meio<<strong>br</strong> />

que vivem, seja a sua rua, seu bairro e/ou comunida<strong>de</strong>, mas que possam perceber<<strong>br</strong> />

seu valor. Isto através <strong>de</strong> discussões embasadas em pesquisas realizadas em<<strong>br</strong> />

conjunto e individualmente que reforcem a diversida<strong>de</strong> das discussões<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvidas no circulo <strong>de</strong> cultura, mas também na participação em palestras,<<strong>br</strong> />

conferências e etc, o que possibilitará um entrosamento com outros a fins na busca<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> conhecimento, aumentan<strong>do</strong> a auto-estima e o sentimento <strong>de</strong> inclusão na<<strong>br</strong> />

socieda<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Propõe-se nesse momento o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma mudança <strong>de</strong> postura,<<strong>br</strong> />

estimulan<strong>do</strong>-os a uma ação consciente, on<strong>de</strong> livres da opressão possam manter a<<strong>br</strong> />

liberda<strong>de</strong> conquistada, lutan<strong>do</strong> para que eles mesmos não se tornem opressores,<<strong>br</strong> />

ven<strong>do</strong> a educação e a liberda<strong>de</strong> como processo continuo.<<strong>br</strong> />

Segun<strong>do</strong> FREIRE (1980), a conscientização nos convida a assumir uma nova<<strong>br</strong> />

postura, uma postura utópica frente ao mun<strong>do</strong>, que implica que as pessoas<<strong>br</strong> />

assumam o papel <strong>de</strong> sujeito histórico que fazem e refazem o mun<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

necessário um ato <strong>de</strong> ação-reflexão, crian<strong>do</strong> sua existência com o material que a<<strong>br</strong> />

vida oferece. Quan<strong>do</strong> se chega a conscientização e <strong>de</strong>ixa-se <strong>de</strong> ser utópico correse<<strong>br</strong> />

o risco <strong>de</strong> tornar-se burocratiza<strong>do</strong>, o que é um perigo que <strong>de</strong>ve ser entendi<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

como uma tarefa <strong>de</strong> permanente transformação.<<strong>br</strong> />

“...é o sujeito que ganha consciência política. Não<<strong>br</strong> />

o que repete em memória mecanizada um<<strong>br</strong> />

6


discurso <strong>do</strong> outro mas o que começou a ganhar a<<strong>br</strong> />

clarida<strong>de</strong> na leitura <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>...” (Freire, 2000,<<strong>br</strong> />

pág.61)<<strong>br</strong> />

Outro fator <strong>de</strong> crucial importância tem si<strong>do</strong> os momentos <strong>de</strong> reunião com os<<strong>br</strong> />

outros educa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Peja, com os quais as discussões tem mostra<strong>do</strong> que as<<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong>s são as mesmas, o que nos traz certa tranqüilida<strong>de</strong> ao ouvir os relatos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> experiência que contribuem para que juntos possamos buscar soluções, <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />

da prática/observação, on<strong>de</strong> reavalia-se nossa postura <strong>de</strong> aprendizes junto aos<<strong>br</strong> />

educan<strong>do</strong>s, on<strong>de</strong> se tenta resgatar as informações adquiridas na universida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

para concilia-las com a prática. Esse movimento, que se dá na forma <strong>de</strong> HTPC, nos<<strong>br</strong> />

permite uma reflexão so<strong>br</strong>e a preparação das aulas, a reorganização <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

conteú<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> material e das ativida<strong>de</strong>s. Em grupo e sob a supervisão <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

orienta<strong>do</strong>ra, com muito mais experiência quanto ao PEJA, nos direcionan<strong>do</strong> as<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação junto ao grupo, utilizan<strong>do</strong> <strong>do</strong> diálogo que permite escutar e<<strong>br</strong> />

observar nossa ação em sala, com confiança e sensibilida<strong>de</strong> que são cruciais em<<strong>br</strong> />

um educa<strong>do</strong>r.<<strong>br</strong> />

“Em relação ao que pensam os alunos e monitores<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o analfabetismo, so<strong>br</strong>e as causas que levam os<<strong>br</strong> />

alunos a procurarem as salas <strong>de</strong> alfabetização,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>mos afirmar que estão “coladas” nas falas <strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

alunos.” (FURLANETTI, 2001, pág. 2001)<<strong>br</strong> />

CONSIDERAÇÕES:<<strong>br</strong> />

“Como apren<strong>de</strong>r a discutir e a <strong>de</strong>bater com uma<<strong>br</strong> />

educação que impõe?” (Freire, 1987, pág.96).<<strong>br</strong> />

No momento a pesquisa ainda se encontra no inicio <strong>do</strong> processo, tentan<strong>do</strong> o<<strong>br</strong> />

fortalecimento <strong>do</strong> vinculo afetivo e da confiança, assim um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<<strong>br</strong> />

ainda é a cristalização <strong>de</strong> idéias, on<strong>de</strong> os educan<strong>do</strong>s buscam uma alfabetização<<strong>br</strong> />

nos mol<strong>de</strong>s tradicionais, esperan<strong>do</strong> respostas prontas como no méto<strong>do</strong> sob o qual<<strong>br</strong> />

foram excluí<strong>do</strong>s, pedin<strong>do</strong> até mesmo o uso <strong>de</strong> cartilhas.<<strong>br</strong> />

Mas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s estímulos da<strong>do</strong>s como respostas a esta busca eles têm se<<strong>br</strong> />

mostra<strong>do</strong> mais flexíveis, permitin<strong>do</strong>-se mais, expressan<strong>do</strong> suas opiniões e<<strong>br</strong> />

aceitan<strong>do</strong> o fato <strong>de</strong> este ser um processo a longo prazo, como afirma Freire (1969,<<strong>br</strong> />

pág.97) este <strong>de</strong>ve ser um processo no qual se trabalhe em conjunto,<<strong>br</strong> />

compartilhan<strong>do</strong> idéias, discutin<strong>do</strong> temas, um movimento <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são conjunta na<<strong>br</strong> />

busca <strong>de</strong> um pensar autêntico, num esforço <strong>de</strong> recriação e procura, o que exige<<strong>br</strong> />

reinvenção.<<strong>br</strong> />

Neste momento <strong>de</strong> finalização da sondagem, a pesquisa passará para o<<strong>br</strong> />

ponto <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> mais da<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> entrevistas e ativida<strong>de</strong>s que<<strong>br</strong> />

apresentem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta em seu caráter sistemático, visto que este<<strong>br</strong> />

projeto se iniciou há apenas três meses intenta-se que no ano <strong>de</strong> 2008 seja<<strong>br</strong> />

7


possível averiguar resulta<strong>do</strong>s mais concretos. Sen<strong>do</strong> to<strong>do</strong> este processo um gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aprendiza<strong>do</strong>, e como Freire (1987):<<strong>br</strong> />

Referência Bibliográfica:<<strong>br</strong> />

“A educação é um ato <strong>de</strong> amor, por isso, um ato <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

coragem. Não po<strong>de</strong> temer o <strong>de</strong>bate. A análise da<<strong>br</strong> />

realida<strong>de</strong>. Não po<strong>de</strong> fugir a discussão cria<strong>do</strong>ra...”<<strong>br</strong> />

(pág.96).<<strong>br</strong> />

• ALVES, R. – Conversas com quem gosta <strong>de</strong> Ensinar. Campinas, SP, Papirus,<<strong>br</strong> />

2000<<strong>br</strong> />

• BRANDÃO, C. R. – O que é o Méto<strong>do</strong> Paulo Freire, 14º ed. São Paulo,<<strong>br</strong> />

editora <strong>Brasil</strong>iense, 1988<<strong>br</strong> />

• CURY, Dr.Augusto Jorge – Inteligência Multifocal. São Paulo, Cultrix, 2004<<strong>br</strong> />

• GADOTTI, M.; RAMÃO, J. E. – Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos: Teoria Pratica<<strong>br</strong> />

e Proposta. 4º ed. São Paulo, Cortez, 2001.<<strong>br</strong> />

• GIORGI, C. A. G. di – Utopia e Educação Popular: o paradigma da educação<<strong>br</strong> />

popular e a escola publica, um encontro necessário. 1992. 174 f. Tese<<strong>br</strong> />

(Doutora<strong>do</strong> em Educação) Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo.<<strong>br</strong> />

• FREIRE, P. – Conscientização: Teoria e Pratica da Libertação, uma<<strong>br</strong> />

Introdução ao Pensamento <strong>de</strong> Paulo Freire. 3º ed. São Paulo, Moraes, 1980<<strong>br</strong> />

• FREIRE, P. – Educação como Pratica da Liberda<strong>de</strong>, 14º ed.<<strong>br</strong> />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra,1983<<strong>br</strong> />

• FREIRE, P. – Pedagogia <strong>do</strong> Oprimi<strong>do</strong>, 17º ed.<<strong>br</strong> />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra, 1987<<strong>br</strong> />

• FREIRE, P. – Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática<<strong>br</strong> />

educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996<<strong>br</strong> />

• FURLANETTI, M. P. <strong>de</strong> F. R. – Formação <strong>de</strong> Professores Alfabetiza<strong>do</strong>res <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Jovens e Adultos: O Educa<strong>do</strong>r Popular. 2001. 266 f. Tese (Doutora<strong>do</strong> em<<strong>br</strong> />

Educação) – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência e Filosofia, Universida<strong>de</strong> Estadual<<strong>br</strong> />

Paulista, Marília.<<strong>br</strong> />

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• RIBEIRO, Vera Mazagão (org) Por mais e melhores Leitores: Uma<<strong>br</strong> />

Introdução, in: LETRAMENTO NO BRASIL Ação Educativa, São Paulo, 2001.<<strong>br</strong> />

• SIGNORELLI, É. C. – O Mito <strong>de</strong> Procusto. Revista Integra – ed. Dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

2005. Disponível em www.revistaintegra.com.<strong>br</strong> Acesso em: 28 jun. 2007.<<strong>br</strong> />

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