28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Educação, Políticas Públicas e Pessoas com Deficiência<br />

quebra <strong>de</strong> alguns preconceitos e paradigmas já ultrapassa<strong>do</strong>s. Em segun<strong>do</strong> lugar, é importante enten<strong>de</strong>r que, apesar <strong>de</strong> alguns<br />

<strong>do</strong>s nossos processos <strong>de</strong> referenciação (como o uso <strong>do</strong>s pronomes, por exemplo) também existirem em língua <strong>de</strong> sinais, há<br />

inúmeros recursos <strong>de</strong> coesão que existem em português, mas não na língua <strong>de</strong> sinais e vice-versa. Com base em minha experiência<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos em sala <strong>de</strong> aula composta apenas por alunos sur<strong>do</strong>s, no Instituto Nacional <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Sur<strong>do</strong>s, no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, preten<strong>do</strong>, com este trabalho, <strong>de</strong>senvolver um estu<strong>do</strong> inicial sobre os processos <strong>de</strong> referenciação que há na Língua<br />

<strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Sinais (LIBRAS), suas semelhanças e diferenças em relação às estratégias <strong>de</strong> referenciação que temos em Língua<br />

Portuguesa. O principal objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é, <strong>de</strong> alguma forma, fornecer subsídios para <strong>de</strong>mais professores <strong>de</strong> Português<br />

que se <strong>de</strong>parem com uma questão recorrente e tão sem resposta: como ensinar Português para sur<strong>do</strong>s?<br />

PALAVRAS-CHAVE: SURDEZ, REFERENCIAÇÃO, ENSINO<br />

SESSÃO - EDUCAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS<br />

E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 3<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Convenções - AUDITÓRIO: 3<br />

TÍTULO: O DESCOMPASSO NA ESCRITA DO SURDO<br />

AUTOR(ES): CONCEIÇÃO MARIA MARINHO DOS SANTOS<br />

RESUMO: As questões que envolvem a problemática da aprendizagem da língua portuguesa escrita pelo sur<strong>do</strong> têm<br />

si<strong>do</strong> motivo <strong>de</strong> preocupação <strong>de</strong> vários pesquisa<strong>do</strong>res da área da sur<strong>de</strong>z e educação. Estes trabalhos têm alimenta<strong>do</strong> esse<br />

<strong>de</strong>bate, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que apesar <strong>do</strong>s avanços significativos, ainda provoca inúmeros questionamentos que apontam para<br />

as questões sobre o <strong>de</strong>scompasso existente na apropriação da língua portuguesa escrita pelo sur<strong>do</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ste artigo<br />

é refletir sobre a apropriação da língua escrita pelo sur<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista que esse processo é extremamente complexo, já<br />

que as crianças surdas, <strong>de</strong> famílias ouvintes, não têm no seu convívio social o acesso a linguagem oral, dificultan<strong>do</strong> assim<br />

a realização das práticas sociais; ou seja, o sur<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> chega à escola, geralmente não apresenta uma língua na qual ele<br />

possa se basear para apren<strong>de</strong>r a língua portuguesa escrita, diferente das crianças ouvintes que possuem a influência da<br />

comunicação oral existente em sua língua materna. Por esse motivo, o sur<strong>do</strong> apresenta um atraso em seu <strong>de</strong>sempenho<br />

linguístico escrito, principalmente nas produções textuais. As dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escritas se esten<strong>de</strong>m também as situações <strong>de</strong><br />

compreensão <strong>de</strong> leitura, nas quais eles usam mecanismos que se constitui como ferramentas cruciais para a aprendizagem<br />

da língua portuguesa escrita. Po<strong>de</strong>mos assim dizer que é notório que a prática educacional ainda é exclu<strong>de</strong>nte nas diversas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino da língua portuguesa escrita. Dessa forma, os sur<strong>do</strong>s constituem-se um público mais prejudica<strong>do</strong>,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as suas necessida<strong>de</strong>s específicas que são complexas e ainda ignoradas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, SURDO, LINGUA PORTUGUESA<br />

TÍTULO: O ACOLHIMENTO CONTROLA E O CAOS É DEMOCRÁTICO? A DIFÍCIL “TAREFA” DE<br />

SONHAR COM OUTRA ESCOLA.<br />

AUTOR(ES): CRISTIANE CORREIA TAVEIRA<br />

RESUMO: Construiu-se o objeto <strong>de</strong>sta pesquisa no campo das representações sociais. As hipóteses em relação aos tipos<br />

<strong>de</strong> escolas acolhe<strong>do</strong>ras e caóticas surgiram a partir <strong>de</strong> falas em que as escolas menores po<strong>de</strong>riam facilitar o acolhimento <strong>do</strong>s<br />

alunos com <strong>de</strong>ficiência, manifesta na preferência <strong>de</strong> pais e professores ao sugerirem ambientes inclusivos. Generalizavamse<br />

nos discursos que as maiores escolas têm fama pior, em termos <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> no educar e no cuidar. As análises<br />

abrangem as redações produzidas por alunos <strong>de</strong> duas escolas, permitin<strong>do</strong> apreen<strong>de</strong>r a força das imagens e das práticas<br />

sociais que circulam em instituições e grupos. As redações na escola <strong>do</strong> tipo acolhe<strong>do</strong>ra partiram <strong>do</strong> texto “Flavia – flavia,<br />

a professora ao contrário” (Macha<strong>do</strong>,1984), utiliza<strong>do</strong> para que alunos imaginassem uma escola ao contrário. Os alunos não<br />

romperam, em suas redações, com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escola que vivenciam, trazen<strong>do</strong> as condições <strong>de</strong> aprisionamento que se<br />

exprime na metáfora o aluno “encarteira<strong>do</strong>”. A escola ao contrário é a <strong>de</strong>monstração daquilo que o aluno acredita que o<br />

professor aceite como <strong>de</strong>sejável: o silêncio. A redação “O Ambiente Zen”, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, antes <strong>de</strong> entrar na escola, teriam que<br />

tomar um calmante para tirar o estresse e “É preciso se acostumar com a escola” ilustram estas percepções. O contraste<br />

ocorre na escola caótica on<strong>de</strong> alunos precisaram pensar numa máquina que vai melhorar o mun<strong>do</strong>. Contra o instituí<strong>do</strong><br />

surgem redações como “Celebrita”, que se constitui numa máquina <strong>de</strong> trocar cérebros <strong>do</strong>s alunos, e a redação “ Máquina<br />

força X”, criada para melhorar a mentalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores. As escolas buscam afirmar a clientela a qual se <strong>de</strong>stinam e a<br />

consolidar a perspectiva <strong>de</strong> educação inclusiva a qual estabelecem. O aluno precisa mostrar-se o mais próximo possível da<br />

normalida<strong>de</strong> exigida, <strong>do</strong> padrão <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelos professores e a instituição, mesmo que não possa aten<strong>de</strong>r<br />

ao estabeleci<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALUNO COM DEFICIÊNCIA, EDUCAÇÃO INCLUSIVA, REPRESENTAÇõES SOCIAIS<br />

TÍTULO: GESTÃO EDUCACIONAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REFLEXOS DESSAS CONCEPÇõES<br />

NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.<br />

AUTOR(ES): CRISTIANE LAZZERI<br />

RESUMO: O presente trabalho é resulta<strong>do</strong> da apreciação <strong>de</strong> uma das categorias <strong>de</strong> análise estudadas na minha monografia<br />

<strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Especialização em Gestão Educacional. Para realizar esse estu<strong>do</strong> procurei refletir a respeito<br />

das repercussões da atual proposta <strong>de</strong> gestão educacional no ambiente escolar. Este texto preten<strong>de</strong> discutir os reflexos<br />

<strong>de</strong>sta nova organização escolar no i<strong>de</strong>ário <strong>do</strong>s gestores educacionais, aqui entendi<strong>do</strong>s como to<strong>do</strong>s aqueles que compõem a<br />

comunida<strong>de</strong> escolar, bem como a perspectiva da educação inclusiva. A partir da década <strong>de</strong> 90, muitas transformações vêm<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!