28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos<br />

TÍTULO: LEITURA TERCEIRIZADA: REFLEXõES SOBRE ESTRATÉGIAS DE INTERAÇÃO COM O<br />

MUNDO LETRADO<br />

AUTOR(ES): PATRICIA CLAUDIA DA COSTA<br />

RESUMO: Como <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> escrita terceirizada, cunha<strong>do</strong> por Costa (2008) e Silva e Costa<br />

(2008), a presente comunicação buscará fundar os pilares teóricos da construção <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> leitura terceirizada,<br />

a partir da análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s numa pesquisa <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> realizada entre 2005 e 2008, que teve como objeto<br />

a motivação <strong>de</strong> pessoas i<strong>do</strong>sas para frequentar uma turma <strong>de</strong> alfabetização no Movimento <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos <strong>de</strong> Guarulhos (MOVA-Guarulhos). Por meio <strong>de</strong> narrativas autobiográficas, o estu<strong>do</strong> revelou, <strong>de</strong>ntre outros<br />

aspectos, que as alfabetizandas interagem com a língua escrita, mesmo em condição precária <strong>de</strong> letramento e inclusive<br />

em casos nos quais o “ser alfabetiza<strong>do</strong>“ ainda não é a condição <strong>do</strong> sujeito. Tal interação é obtida mediante o recurso<br />

da terceirização <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> ler e <strong>de</strong> escrever. Este texto aprofundará a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s referentes às variações <strong>de</strong>ste<br />

tipo <strong>de</strong> terceirização, assim como problematizará a importância <strong>do</strong> reconhecimento <strong>de</strong>sta estratégia, por parte <strong>do</strong>s<br />

alfabetiza<strong>do</strong>res, para o aprimoramento das meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> alfabetização utilizadas em nosso tempo. A base teórica<br />

para a elaboração <strong>de</strong>ste novo conceito está alicerçada na caracterização da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> líquida, tal como formulada<br />

por Bauman (1999, 2000, 2001, 2003), reforçada pelo conceito <strong>de</strong> estigma e suas consequentes implicações na representação<br />

<strong>do</strong> eu na vida cotidiana, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Goffman (1988, 2003), a fim <strong>de</strong> elucidar como o letramento <strong>de</strong><br />

jovens, adultos e i<strong>do</strong>sos tem se <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, conforme os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Tfouni (2004, 2006). Esse arcabouço também<br />

recebe a contribuição da psicanálise winnicottiana, expressa na teoria da transicionalida<strong>de</strong> (WINNICOTT; 1975,<br />

1999). Conclui-se, por ora, que a terceirização da escrita po<strong>de</strong> constituir-se como uma chave explicativa <strong>do</strong>s (<strong>de</strong>s)usos<br />

que jovens, adultos e i<strong>do</strong>sos, escolariza<strong>do</strong>s ou não, têm feito da língua escrita em seu cotidiano.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA TERCEIRIZADA, ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS, LETRAMENTO<br />

SESSÃO: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 22<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 12<br />

TÍTULO: PRATICAS SOCIAIS DE LEITURA E A CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS/SENTIDOS NA<br />

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS<br />

AUTOR(ES): PATRÍCIA GUIMARÃES VARGAS<br />

RESUMO: Esta comunicação visa refletir sobre os senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s que os alunos da Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos atribuem ao ato <strong>de</strong> ler: o que, como, para quem, quan<strong>do</strong> e on<strong>de</strong> leem, bem como quais os efeitos das práticas<br />

<strong>de</strong> leitura na construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses sujeitos. Preten<strong>de</strong>-se discutir, a partir <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso na perspectiva<br />

da etnografia interacional, como certas competências, preferências, comportamentos, mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ler produzi<strong>do</strong>s em<br />

outros âmbitos sociais são ressignifica<strong>do</strong>s e entrelaçam-se nas práticas <strong>de</strong> ensino da leitura. Essas questões fundamentam-se<br />

na compreensão <strong>de</strong> que nas interações sociais os indivíduos vão produzin<strong>do</strong> significa<strong>do</strong>s para os conhecimentos<br />

que constroem. Nessas relações, adquirem conhecimento valen<strong>do</strong>-se <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r próprios <strong>do</strong>s<br />

grupos sociais e familiares a que pertencem. A inclusão <strong>de</strong>sses significa<strong>do</strong>s nos processos <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />

bem como a exclusão <strong>de</strong>les, po<strong>de</strong>m ter influência no senti<strong>do</strong> que constroem sobre a escola, sobre o apren<strong>de</strong>r, sobre<br />

o ser alfabetiza<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, compreen<strong>de</strong>r essa construção requer conhecer suas histórias, suas interações e<br />

propósitos entre o individual e o coletivo, procuran<strong>do</strong> enten<strong>de</strong>r as ações, os conhecimentos e os objetos culturais<br />

construí<strong>do</strong>s e estabeleci<strong>do</strong>s em sala <strong>de</strong> aula, pois aspectos i<strong>de</strong>ntitários e epistêmicos se articulam e se relacionam<br />

na construção <strong>do</strong> saber. A análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta pesquisa fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Psicologia<br />

Sócio-histórica <strong>de</strong> Vygotsky, da Etnografia Interacional e <strong>de</strong> Paulo Freire e tem como referência a sala <strong>de</strong> aula como<br />

um to<strong>do</strong> e seis sujeitos em particular.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA, IDENTIDADES<br />

TÍTULO: LEITURAS NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS<br />

AUTOR(ES): PAULA ALVES DE AGUIAR<br />

RESUMO: Os alfabetizan<strong>do</strong>s que frequentam a educação <strong>de</strong> jovens e adultos (EJA) realizam leituras influencia<strong>do</strong>s<br />

pela história e pela cultura em que estão inseri<strong>do</strong>s. A socieda<strong>de</strong> grafocêntrica em que se vive, as práticas <strong>de</strong> leitura<br />

valorizadas em seu meio social e na instituição escolar são fatores fundamentais para se conhecer as leituras realizadas<br />

pelos adultos em processo <strong>de</strong> alfabetização. O presente texto analisa a partir da perspectiva histórico-cultural, as<br />

leituras feitas pelos alfabetizan<strong>do</strong>s da educação <strong>de</strong> jovens e adultos (EJA), visan<strong>do</strong> a esclarecer se o aprendiza<strong>do</strong> da<br />

leitura tem contribuí<strong>do</strong> para a inserção <strong>de</strong>sses alunos em um maior número <strong>de</strong> práticas letradas. Apresentar-se-á um<br />

recorte <strong>de</strong> pesquisa qualitativa, caracterizada como estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso, <strong>de</strong> cunho etnográfico, realizada com cinco alunos<br />

e um professor <strong>de</strong> uma turma <strong>do</strong> primeiro segmento (classe <strong>de</strong> alfabetização) da EJA da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Florianópolis,<br />

no ano <strong>de</strong> 2007. Dentre as principais referências teóricas utilizadas <strong>de</strong>stacam-se: Kleiman (2004), Soares<br />

M. (1998), Fischer (2007), Gee (2005), Dionísio (2007) e Vólvio (2007). Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstraram que a falta <strong>de</strong><br />

clareza sobre que prática <strong>de</strong> leitura realizar em sala <strong>de</strong> aula (plural ou individual) impediu a otimização das ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>senvolvidas, prevalecen<strong>do</strong> aquelas cujas concepções subjacentes se articulavam à cultura escolarizada,<br />

leitura individual, e oralização <strong>do</strong> texto escrito. Todavia percebeu-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho textual na turma<br />

pesquisada que convergisse para o letramento crítico <strong>do</strong>s alfabetizan<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> linguagem escrita<br />

se construíssem na prática <strong>de</strong> uso significativo da leitura.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, LEITURA, PRÁTICAS DE LETRAMENTO<br />

76

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!