28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos<br />

diferentes gêneros se baseia no conceito <strong>de</strong> Letramento aborda<strong>do</strong> por Magda Soares, assim como na teoria <strong>de</strong> Análise<br />

<strong>do</strong> Discurso construída por Bakhtin, ambos fundamentais na revisão das práticas pedagógicas que têm como foco a<br />

leitura e a escrita. O trabalho com tal gênero textual consi<strong>de</strong>ra as necessida<strong>de</strong>s e interesses <strong>do</strong>s estudantes, bem como<br />

o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. No que diz respeito ao enfrentamento da questão mencionada, esse<br />

texto busca também refletir sobre a utilização <strong>do</strong> gênero narrativo como pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> para o estu<strong>do</strong> da gramática<br />

da língua portuguesa, assim como problematizar os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> construir novas práticas leitoras e escritoras com<br />

jovens e adultos, ressignifican<strong>do</strong> suas experiências e potencializan<strong>do</strong> situações <strong>de</strong> leitura e escrita, contribuin<strong>do</strong> assim<br />

para a ampliação <strong>de</strong> seus repertórios e sua maior inserção na cultura letrada. Buscan<strong>do</strong> assumir uma postura dialógica,<br />

o trabalho tenciona assim, compartilhar a experiência <strong>de</strong>senvolvida com alunos jovens e adultos que estudavam numa<br />

escola municipal <strong>de</strong> Niterói, no ano <strong>de</strong> 2008.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, LETRAMENTO, GÊNEROS TEXTUAIS<br />

TÍTULO: HISTÓRIAS DE LEITURA DE MULHERES NEGRAS DA EJA<br />

AUTOR(ES): LEIDINALVA AMORIM SANTANA DAS MERCÊS<br />

RESUMO: O artigo visa apresentar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma pesquisa realizada em Salva<strong>do</strong>r, no Colégio Polivalente <strong>do</strong><br />

Cabula, <strong>de</strong> 2006 a 2008, durante a minha participação no mestra<strong>do</strong> em Educação e Contemporaneida<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia – UNEB. A investigação focalizou um estu<strong>do</strong> sobre as práticas culturais <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

mulheres negras da Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos – EJA, <strong>de</strong> escolas públicas, levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração as condições<br />

sócio-econômicas precárias em que estas mulheres têm esta<strong>do</strong> inseridas. Na socieda<strong>de</strong> brasileira, ainda hoje, existe a idéia<br />

<strong>de</strong> que as pessoas das classes populares, como as que cursam a EJA, não têm a leitura <strong>de</strong> impressos como objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo,<br />

<strong>de</strong> interesse ou <strong>de</strong> motivação. Como professora <strong>de</strong> Língua Portuguesa e <strong>de</strong> Língua Inglesa da EJA, tenho compartilha<strong>do</strong><br />

experiências que contrapõem este pensamento. No processo <strong>de</strong> avaliação da minha prática pedagógica, já há algum tempo,<br />

tenho observa<strong>do</strong> as falas e atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s estudantes, principalmente quan<strong>do</strong> conversamos sobre leitura e escrita. Ouvin<strong>do</strong> os<br />

educan<strong>do</strong>s, tenho aprendi<strong>do</strong> muito. Por conta disso, com o objetivo <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o contexto contemporâneo brasileiro,<br />

em que estão inseridas as minhas alunas, realizei uma pesquisa qualitativa, <strong>de</strong> caráter exploratório. Para a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

foram realiza<strong>do</strong>s encontros para leituras <strong>de</strong> textos literários, com a intenção <strong>de</strong> evocar lembranças <strong>de</strong> vários perío<strong>do</strong>s da<br />

vida <strong>de</strong> diferentes gerações <strong>de</strong> mulheres, com ida<strong>de</strong>s entre vinte e sessenta anos. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>nciaram<br />

que, embora estas mulheres tenham participa<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversos processos <strong>de</strong> exclusão, elas têm articula<strong>do</strong> táticas que têm<br />

possibilita<strong>do</strong> a consecução <strong>de</strong> seus objetivos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DE LEITURA, MULHERES NEGRAS, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS<br />

TÍTULO: ATIVIDADES DE LEITURA NA EJA E NO PROEJA EM ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO<br />

FORMAL<br />

AUTOR(ES): LEIZIMAR GONÇALVES DA COSTA E SILVA<br />

RESUMO: Faz-se necessário planejar e promover ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura para a EJA e para o PROEJA que ultrapassem<br />

os limites da sala <strong>de</strong> aula, possibilitan<strong>do</strong> ao educan<strong>do</strong> a construção <strong>de</strong> conhecimentos a partir da troca <strong>de</strong><br />

experiências e da vivência em espaços <strong>de</strong> educação não formal. Segun<strong>do</strong> Gohn (2006:28-30), na educação não formal<br />

apren<strong>de</strong>-se “no mun<strong>do</strong> da vida”, a partir da troca <strong>de</strong> “experiências, principalmente em espaços e ações coletivas<br />

cotidianas”; em locais <strong>de</strong> “processos interativos intencionais”. A finalida<strong>de</strong> “é abrir janelas <strong>de</strong> conhecimento sobre<br />

o mun<strong>do</strong> que circunda os indivíduos e suas relações sociais.” Ela “prepara os cidadãos, educa o ser humano para a<br />

civilida<strong>de</strong>, em oposição à barbárie, ao egoísmo, individualismo etc.” Sen<strong>do</strong> assim, propiciar aos jovens e adultos a<br />

vivência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> em espaços <strong>de</strong> educação não formal, ten<strong>do</strong> em vista a promoção da Linguagem, da Ciência e da<br />

Tecnologia, alia-se ao entendimento <strong>de</strong> que a aprendizagem <strong>de</strong>va ampliar os saberes, permitin<strong>do</strong> a estes estudantes a<br />

interação com os bens culturais produzi<strong>do</strong>s pelo homem, bem com a interação com os varia<strong>do</strong>s recursos tecnológicos<br />

disponibiliza<strong>do</strong>s em espaços culturais e <strong>de</strong> divulgação científica. Além disso, pecebe-se que a transformação que<br />

se dá neste jovem ou adulto a partir da construção <strong>do</strong> conhecimento que tais ativida<strong>de</strong>s proporcionam, altera a sua<br />

maneira <strong>de</strong> se relacionar não apenas com os nossos bens culturais, mas também com o conhecimento sistematiza<strong>do</strong>,<br />

aumentan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma, a auto-estima. Esta comunicação objetiva, portanto, relatar as experiências vividas em<br />

espaços <strong>de</strong> educação não formal com os alunos <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Instalação e Manutenção <strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>res - PROEJA<br />

- <strong>do</strong> CEFET Química <strong>de</strong> Nilópolis, atual Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Nilópolis –<br />

IFRJ-, nos anos <strong>de</strong> 2007-2008, e também socializar os projetos elabora<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por esses alunos a partir<br />

<strong>de</strong> tais experiências.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EJA/PROEJA, LEITURA, ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL/APRENDIZAGEM<br />

TÍTULO: LINGUAGENS, SENTIMENTOS E SINGULARIDADES QUE ENVOLVEM O COTIDIANO<br />

DA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: O QUE NOS CONTAM OS ALFABETIZADORES?<br />

AUTOR(ES): LEOMÁRCIA CAFFÉ DE OLIVEIRA UZÊDA, IRANI RODRIGUES MENEZES<br />

RESUMO: O presente trabalho, fruto <strong>de</strong> uma experiência com formação <strong>de</strong> alfabetiza<strong>do</strong>res/as realizada em parceria<br />

com uma universida<strong>de</strong> pública <strong>do</strong> semi-ári<strong>do</strong> baiano, busca problematizar e sinalizar as diferentes e importantes<br />

linguagens, sentimentos, bem como as singularida<strong>de</strong>s e subjetivida<strong>de</strong>s que envolvem o cotidiano <strong>de</strong> classes <strong>de</strong> alfabetização<br />

<strong>de</strong> jovens e adultos. Apresenta uma reflexão acerca da importância das relações interpessoais existentes nesse<br />

ambiente, da necessida<strong>de</strong> da escuta e olhar sensíveis <strong>do</strong>s alfabetiza<strong>do</strong>res para as histórias <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> tantos alfabetizan<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> que além <strong>de</strong> exercerem a mediação <strong>do</strong> processo da aquisição da leitura e escrita, lidam também<br />

com as narrativas pessoais, <strong>de</strong>safios e, principalmente, com os sonhos, expectativas <strong>do</strong>s mesmos, que atribuem a esse<br />

momento - alfabetização - um significa<strong>do</strong> que vezes não validamos, percebemos. O diálogo, exposição participada,<br />

relatos <strong>de</strong> experiências e oficinas temático-pedagógicas fizeram parte <strong>do</strong> caminho meto<strong>do</strong>lógico nos encontros <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s<br />

a formação, objetivan<strong>do</strong> <strong>de</strong>smistificar a idéia <strong>de</strong> alfabetização relacionada apenas a aquisição <strong>do</strong> código escrito,<br />

apontan<strong>do</strong> a importância da mesma enquanto uma política pública que possibilite através da leitura e escrita garantia<br />

da cidadania, entre outras conquistas, aos sujeitos envolvi<strong>do</strong>s nesse processo. Ainda que as condições <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong> sobrevivência e recursos didáticos sejam precárias, entre outros obstáculos, que influenciam diretamente na ação<br />

66

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!