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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

<strong>do</strong>s seus alunos e <strong>de</strong> sua situação <strong>de</strong> ensino. Os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s partem <strong>de</strong> auto-avaliações <strong>do</strong>s discentes e <strong>de</strong> questionamentos<br />

feitos aos seus <strong>do</strong>centes antes, durante e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> projeto realiza<strong>do</strong>. No início <strong>do</strong> ano letivo, foi aplica<strong>do</strong> uma prova<br />

diagnóstica para saber quais conteú<strong>do</strong>s os alunos <strong>do</strong>minam ou não, ou até para traçar futuras estratégias <strong>de</strong> ação. Havia<br />

um alvoroço e falas comuns, como “eles não sabem nada“ ou “temos que revisar a matéria toda?“. Após o levantamento<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, fomos surpreendi<strong>do</strong>s com os resulta<strong>do</strong>s não tão <strong>de</strong>sastrosos e, assim, foram ouvidas novas e admiradas falas.<br />

Então, seguin<strong>do</strong> com uma proposta mais inova<strong>do</strong>ra, provocamos os alunos a se auto-avaliar e acompanhar seu processo<br />

<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento, enquanto criávamos instrumentos para saber como os professores diagnosticavam as<br />

turmas. Para uma eficaz pesquisa, o trabalho foi realiza<strong>do</strong> paralelamente em duas escolas, uma na Zona Sul da capital <strong>do</strong><br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro e outra no interior <strong>de</strong> Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Tal pesquisa e prática servem, contu<strong>do</strong>, para<br />

que repensemos a situação atual da educação pública, <strong>de</strong> nossa prática <strong>do</strong>cente e, principalmente, nosso olhar sobre nossos<br />

educan<strong>do</strong>s e as ações antecipadas que tomamos equivocadamente, sem correta avaliação <strong>de</strong>sses sujeitos da educação<br />

durante to<strong>do</strong> o processo.<br />

PALAVRAS-CHAVE: DISCURSO, EDUCAÇÃO PÚBLICA, AUTO-AVALIAÇÃO<br />

TÍTULO: A ESCRITA COMO DISPOSITIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

AUTOR(ES): VALESKA FORTES DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: A escrita se configura como um dispositivo <strong>de</strong> formação e autoformação no espaço formativo da educação.<br />

Nas pesquisas que temos realiza<strong>do</strong> com professores na formação inicial realizada no espaço da universida<strong>de</strong> e fora <strong>de</strong>le<br />

operamos com a escrita como uma ferramenta que coloca os sujeitos implica<strong>do</strong>s como “pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> si”. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

a investigação inicia com um processo <strong>de</strong> aproximação das representações e <strong>do</strong>s saberes construí<strong>do</strong>s nas suas trajetórias<br />

<strong>de</strong> vida, e se esten<strong>de</strong> a um processo <strong>de</strong> autoconhecimento e <strong>de</strong> autoformação. Ten<strong>do</strong> como referência <strong>do</strong>is conceitos<br />

opera<strong>do</strong>res, toma<strong>do</strong>s das reflexões <strong>de</strong> Michel Foucault (1995), o “cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong> si” e “as tecnologias <strong>de</strong> si”, trazemos para o<br />

território da narrativa, toman<strong>do</strong>-a como um dispositivo no qual o sujeito, provoca<strong>do</strong> / implica<strong>do</strong> por um outro, se coloca<br />

num processo <strong>de</strong> experimentação <strong>de</strong> si. A memória, tomada por nós como trabalho, é acionada no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> reconstruir<br />

imagens, acontecimentos e experiências produtoras <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> à pessoa que se dispõe ao exercício da “escrita <strong>de</strong> si”. Operamos<br />

também com a memória–esquecimento <strong>de</strong> Nietzsche, na produção da narrativa como uma forma <strong>de</strong> “cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

si”. O esquecimento que se configura como necessida<strong>de</strong> para dar vazão a outras formas <strong>de</strong> vida. Nos referimos, quan<strong>do</strong><br />

falamos <strong>de</strong> um sujeito, para além e muito longe <strong>de</strong> um sujeito unitário, mas próximo <strong>de</strong> um sujeito que se constitui através<br />

<strong>de</strong> práticas discursivas, práticas essas sempre constituídas pelas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Pensan<strong>do</strong> na possibilida<strong>de</strong> da experiência<br />

ética e estética – colocan<strong>do</strong> a vida como “obra <strong>de</strong> arte” (Nietzsche), a escrita <strong>de</strong> si é uma experiência na qual o sujeito, a<br />

partir <strong>de</strong> uma máxima: “ocupa-te <strong>de</strong> ti mesmo”, através <strong>de</strong> um movimento que o coloca na construção/ <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong><br />

acontecimentos, imagens e representações, po<strong>de</strong> produzir a invenção <strong>de</strong> si.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, DISPOSITIVO, FORMAÇÃO DOCENTE<br />

TÍTULO: DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLEXõES SOBRE A CIDADANIA<br />

DE PROFESSORAS E PROFESSORES.<br />

AUTOR(ES): VALÉRIA PALL ORIANI<br />

RESUMO: Neste texto apresentam-se resulta<strong>do</strong>s parciais <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> em Educação (Bolsa CNPq) que tem<br />

como objetivo analisar a relação entre a compreensão <strong>de</strong> direitos humanos e <strong>de</strong> cidadania <strong>de</strong> professores e professoras <strong>de</strong><br />

Educação Infantil, bem como suas práticas pedagógicas a respeito da temática. Para seu <strong>de</strong>senvolvimento, vem sen<strong>do</strong> realizada<br />

pesquisa <strong>de</strong> campo em duas escolas <strong>de</strong> Educação Infantil da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília/SP, nas quais estão sen<strong>do</strong> observadas<br />

as práticas pedagógicas <strong>de</strong> um professor e <strong>de</strong> uma professora <strong>de</strong> cada escola; posteriormente serão realizadas entrevistas.<br />

Essa pesquisa foi proposta como continuida<strong>de</strong> à pesquisa <strong>de</strong> Iniciação Científica (FAPESP) que teve como objetivo compreen<strong>de</strong>r<br />

as práticas pedagógicas <strong>do</strong> ensino <strong>do</strong>s direitos humanos e da cidadania em duas escolas <strong>de</strong> Educação Infantil, uma<br />

municipal e outra particular da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marília/SP, realizada mediante os procedimentos <strong>de</strong> observação das rotinas e das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> cotidiano escolar e aplicação <strong>de</strong> questionários. A análise das observações <strong>do</strong> cotidiano escolar e das respostas<br />

obtidas por meio <strong>do</strong> questionário permitiu problematizar, <strong>de</strong>ntre outros aspectos, que a utilização ou não das temáticas direitos<br />

humanos e cidadania por parte das professoras estava relacionada principalmente ao seu posicionamento político. Os<br />

comportamentos e as atitu<strong>de</strong>s das professoras pesquisadas indicavam que suas ações se pautavam em noções <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s,<br />

proteção e afetuosida<strong>de</strong>, como se fosse uma segunda mãe. Este comportamento influencia sua noção <strong>de</strong> cidadania para as<br />

mulheres, estimulan<strong>do</strong> a passivida<strong>de</strong> e o esquecimento <strong>do</strong> papel político da professora. A feminização <strong>do</strong>cente, principalmente<br />

na Educação Infantil, traz resquícios <strong>de</strong> uma perspectiva histórica, segun<strong>do</strong> a qual o magistério foi concedi<strong>do</strong> como<br />

uma das primeiras profissões das mulheres <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às características femininas próximas às <strong>de</strong> mãe, restringin<strong>do</strong> a presença<br />

masculina nesse nível <strong>de</strong> ensino e comprometen<strong>do</strong> a visão <strong>de</strong> cidadania.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CIDADANIA, GÊNERO, EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

TÍTULO: “TODO MUNDO SOMOS AMIGOS...”: DESVELANDO AS RELAÇõES ATRAVÉS DA<br />

LITERATURA INFANTIL.<br />

AUTOR(ES): VANDA JEANE FERREIRA FREIRE, IVONE MARTINS DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: A literatura infantil é um instrumento importante no <strong>de</strong>senvolvimento da criança uma vez que lhe possibilita<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento da imaginação, bem como <strong>de</strong> um complexo processo <strong>de</strong> diferenciação entre o real e o imaginário. O<br />

ato <strong>de</strong> ler, contar histórias e mesmo <strong>de</strong> ouvi-las, ativa na criança uma complexa ativida<strong>de</strong> mental. Conhecer a forma como<br />

a criança é afetada pelas histórias, pelas narrativas, a maneira como, em seu <strong>de</strong>senvolvimento, realida<strong>de</strong> e fantasia vão se<br />

(con)fundin<strong>do</strong>, seja na vida <strong>do</strong>s personagens ou mesmo em sua própria vida, é fundamental para uma prática educativa<br />

comprometida com o <strong>de</strong>senvolvimento pleno <strong>de</strong> suas potencialida<strong>de</strong>s. Levar as crianças a conhecerem os afetos presentes<br />

em suas relações com os outros e até mesmo em relação a elas próprias, pelos caminhos da literatura infantil, po<strong>de</strong> se<br />

apresentar como um caminho instigante para <strong>de</strong>senvolver essa prática educativa. Neste trabalho objetivamos analisar os<br />

aspectos afetivos que se <strong>de</strong>stacam na relação da criança com as histórias infantis e sua relevância para a constituição <strong>de</strong>sses<br />

sujeitos. Os da<strong>do</strong>s analisa<strong>do</strong>s são parte <strong>de</strong> uma pesquisa realizada com uma turma <strong>de</strong> educação infantil com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 4 anos.<br />

Realizamos rodas <strong>de</strong> leitura com as crianças em um trabalho conjunto com a professora. A análise <strong>do</strong> material coleta<strong>do</strong><br />

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