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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos<br />

ficativas no que diz respeito ao processo <strong>de</strong> formação tanto <strong>de</strong> professores quanto <strong>do</strong>s alunos, o presente estu<strong>do</strong> teve<br />

por objetivo refletir sobre a importância da afetivida<strong>de</strong> nas relações estabelecidas entre professores e alunos e os alunos<br />

entre si para a construção <strong>do</strong> conhecimento e emancipação <strong>do</strong>s sujeitos no Programa <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e adultos<br />

(PEJA) em um Ciep da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Os alunos geralmente são jovens e adultos que viven<strong>do</strong> num mun<strong>do</strong><br />

orquestra<strong>do</strong> pelo valor da leitura e da escrita acreditam que a escolarização po<strong>de</strong> instrumentalizá-los a preencher fichas,<br />

currículos, ler <strong>do</strong>cumentos, acessar e operar caixas eletrônicos em bancos. O <strong>do</strong>mínio da leitura e da escrita é visto como<br />

uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão social, <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ascensão social junto à família, ao espaço <strong>de</strong> trabalho,<br />

igreja e amigos. Esses homens e mulheres também se utilizam das “táticas <strong>do</strong>s praticantes” para dissimular seus não<br />

saberes. Assim, confiar, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> fiar, <strong>de</strong> tecer junto, representa um requisito fundamental nas relações estabelecidas<br />

em sala <strong>de</strong> aula e na escola. Reconhecer os alunos como porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> saberes, levá-los a compreen<strong>de</strong>r a multiplicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecimentos que possuem e a sua valida<strong>de</strong> para vida, assim como seus limites é <strong>de</strong> importância impar para as escolhas<br />

que são feitas no trabalho que se preten<strong>de</strong> emancipatório. Neste estu<strong>do</strong>, o afeto e a inteligência foram vistos pela<br />

ótica da comunicação, da ação <strong>do</strong>s indivíduos na construção <strong>de</strong> movimentos <strong>de</strong> interações que pu<strong>de</strong>ssem promover a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser mais da qual nos fala Paulo Freire.<br />

PALAVRAS-CHAVE: AFETIVIDADE, EMANCIPAÇÃO, AÇÃO PEDAGÓGICA<br />

TÍTULO: “MINHA VIDA DE ESTUDANTE“:SUJEITOS JOVENS E ADULTOS EM FORMAÇÃO<br />

AUTOR(ES): JANINE FONTES DE SOUZA, KÁTIA MARIA SANTOS MOTA<br />

RESUMO: A concepção aqui a<strong>do</strong>tada busca, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Freire, conceber o sujeito não como um “super sujeito”,<br />

tão pouco como um sujeito assujeita<strong>do</strong>, mas como um sujeito que, sen<strong>do</strong> um eu para-si, condição <strong>de</strong> formação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

subjetiva, é também um eu para-o-outro, condição <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong>ssa subjetivida<strong>de</strong> no plano relacional responsável/<br />

responsivo, que lhe dá senti<strong>do</strong>. No ato <strong>de</strong> estudar o aluno Jovem ou Adulto se <strong>de</strong>fronta com dificulda<strong>de</strong>s, obstáculos que<br />

precisa superar, e é nessa situação que ele apren<strong>de</strong>, vivencia junto ao professor e outros colegas suas aprendizagens, seus<br />

enfrentamentos na construção <strong>de</strong> sua própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. É indispensável o caráter <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong> consciências no ato da<br />

aprendizagem, porque a educação é um diálogo constante entre consciências, entre troca <strong>de</strong> saberes, configuran<strong>do</strong>-se em<br />

uma “dialética <strong>do</strong> conhecimento” no qual torna-se necessária uma reflexão coletiva. Nessa perspectiva, a escrita <strong>de</strong> narrativas<br />

(auto)biográficas coloca o sujeito em esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> reconstrução i<strong>de</strong>ntitária, uma vez que ele precisará selecionar, frente<br />

a tantos fragmentos, aqueles que serão capazes <strong>de</strong> lhe traduzir. Assim, em meio às suas memórias; lembranças e, consequentemente,<br />

esquecimentos, vai preenchen<strong>do</strong> os espaços vazios <strong>de</strong> sua existência, construin<strong>do</strong> a sua própria história num<br />

movimento complexo <strong>de</strong> apagamento e significação, uma vez que priorizará alguns aspectos <strong>de</strong> sua vida em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong><br />

outros, e no intento <strong>de</strong> se fazer existir constroi as imagens <strong>de</strong> si no discurso que lhe é próprio. Assim a escrita (auto)biográfica<br />

surge no cenário educacional <strong>de</strong> jovens e adultos como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o autoconhecimento <strong>do</strong>s sujeitos; o<br />

partilhar <strong>de</strong>ssas experiências <strong>de</strong> escrita estimula a prática da leitura reflexiva, enquanto fortalece os laços afetivos e culturais<br />

entre os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s no processo educativo, possibilitan<strong>do</strong> a construção <strong>de</strong> um ambiente integra<strong>do</strong>r que fomente a<br />

construção <strong>de</strong> experiências significativas para a aprendizagem.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA AUTOBIOGRÁFICA, IDENTIDADE, LEITURA REFLEXIVA<br />

TÍTULO: AS CONTRADIÇõES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS SOBRE A EDUCAÇÃO OFERECIDA NO<br />

SISTEMA PENITENCIÁRIO: APLICAÇõES, IMPLICAÇõES E CONCEITOS IMPORTANTES.<br />

AUTOR(ES): JEHU VIEIRA SERRADO JÚNIOR<br />

RESUMO: Este trabalho é parte <strong>de</strong> uma pesquisa mais ampla que vem sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

- Mestra<strong>do</strong> em Educação - FCT/UNESP, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte-SP, e tem como objetivo trazer à<br />

tona a discussão sobre as implicações teóricas e meto<strong>do</strong>lógicas <strong>do</strong> oferecimento da educação no sistema penitenciário.<br />

Neste aspecto, buscamos <strong>de</strong>monstrar que, apesar da boa vonta<strong>de</strong> em oferecer um ensino escolar regular como garantia e<br />

preservação <strong>do</strong> direito constitucional, existem outras implicações inerentes ao processo <strong>de</strong> (re)inserção social <strong>do</strong> preso que<br />

estão atreladas a questões que não são facilmente resolvidas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> aspectos embuti<strong>do</strong>s no bojo<br />

das instituições penais, e que, <strong>de</strong> certa forma, se contradizem o tempo to<strong>do</strong>, e que ainda precisam ser <strong>de</strong>senvolvidas teoricamente<br />

com mais afinco. Estas contradições serão importantes e nos farão perceber a especificida<strong>de</strong> absoluta que existe<br />

no oferecimento da EJA no interior <strong>do</strong> sistema prisional, pois o mo<strong>do</strong> em que esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino se realiza e se<br />

apresenta tem como finalida<strong>de</strong> assumida e instituída o caráter “civilizatório” <strong>do</strong> preso. Porém esta educação é oferecida em<br />

um ambiente anti-civilizatório. Nesta perspectiva, buscaremos neste texto iniciar a discussão a qual nos propomos em nossa<br />

pesquisa maior, on<strong>de</strong> visamos analisar: quais as contradições existentes entre a proposta <strong>de</strong> ensino (que se auto-intitulam,<br />

ou se preten<strong>de</strong>m, liberta<strong>do</strong>ra) e o mo<strong>do</strong> que este ensino é ofereci<strong>do</strong> no interior das penitenciárias <strong>de</strong> regime fecha<strong>do</strong>, que<br />

tem por característica ser instituições autoritárias, severas e disciplinares? Quais as possibilida<strong>de</strong>s eventuais? Quais as dificulda<strong>de</strong>s<br />

que aparecem e quais os limites que estão da<strong>do</strong>s a ela?<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, POLÍTICAS PÚBLICAS, SISTEMA PRISIONAL<br />

TÍTULO: EPISÓDIOS DE NUMERAMENTO: O ORAL E O ESCRITO NA APRENDIZAGEM<br />

MATEMÁTICA DE JOVENS E ADULTOS.<br />

AUTOR(ES): JOSÉ CARLOS MIGUEL<br />

RESUMO: O presente estu<strong>do</strong> resulta <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão que tem como tema<br />

central a formação <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res. Visa analisar processos heurísticos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por educan<strong>do</strong>s jovens e adultos para<br />

a apropriação <strong>de</strong> conceitos matemáticos. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> relatos orais situa<strong>do</strong>s no âmbito <strong>de</strong> situações didáticas vale-se da<br />

pesquisa colaborativa na tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como os educan<strong>do</strong>s da EJA abordam idéias matemáticas e os aspectos<br />

relativos à transição <strong>do</strong> oral para o escrito, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a aprendizagem matemática como um produto cultural e social.<br />

Um conceito resulta <strong>de</strong> três componentes básicas: o conjunto <strong>de</strong> situações que dão senti<strong>do</strong> ao conceito, os esquemas invariantes<br />

que o sujeito utiliza para tratar <strong>de</strong> tais situações e as formas linguísticas e não-linguísticas que permitem representar<br />

simbolicamente o conceito. É fato que a representação <strong>de</strong> um objeto abarca tanto a construção da representação como<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operar com ela, elaboran<strong>do</strong> transformações regidas pelas leis <strong>do</strong> registro no qual se representa. Essas<br />

transformações cumprem uma função na produção <strong>de</strong> novas relações e <strong>de</strong> novas significações para relações já conhecidas.<br />

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