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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

moodle. Tal experiência é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um curso a distância promovi<strong>do</strong> no ano <strong>de</strong> 2008 pela Secretaria <strong>de</strong> Educação <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> da Bahia, cujo objetivo foi promover uma qualificação <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> ensino médio e fundamental, da re<strong>de</strong><br />

pública estadual, para a utilização <strong>de</strong> uma prática educativa voltada para as questões <strong>de</strong> gênero e sexualida<strong>de</strong>. Como coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra,<br />

consultora e tutora <strong>do</strong> curso, bem como estudiosas na área, focamos nossa análise nas seguintes questões: quais<br />

as concepções sobre gênero e sexualida<strong>de</strong> expressas pelos educa<strong>do</strong>res envolvi<strong>do</strong>s no curso? Quais as possíveis práticas<br />

empreendidas nesta perspectiva? Realizamos a leitura das narrativas escritas das interações nos fóruns e as consequentes<br />

mediações no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> visibilizar as i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s produzidas pelo currículo e evi<strong>de</strong>nciar as culturas nele silenciadas, bem<br />

como refletir sobre o papel da escola rumo à educação anti-sexista, especialmente no que diz respeito à revisão apurada<br />

das ativida<strong>de</strong>s, brinca<strong>de</strong>iras, i<strong>de</strong>ologias presente nos livros didáticos, nos discursos, nas normas disciplinares, nos programas<br />

curriculares e nos valores morais estabeleci<strong>do</strong>s. Depreen<strong>de</strong>mos, com esta experiência, que avançamos na reflexão e no interesse<br />

<strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res em praticar ações positivas face ao tema. A<strong>de</strong>mais, é salutar constatar que mesmo ten<strong>do</strong> vivencia<strong>do</strong><br />

um currículo acadêmico formal que não aborda as questões <strong>de</strong> gênero e sexualida<strong>de</strong> como objeto <strong>de</strong> análise nas disciplinas<br />

ou como discussão transversal, os educa<strong>do</strong>res foram capazes <strong>de</strong> discutir, hipotetizar, ensaiar concepções e práticas significativas<br />

sobre gênero e sexualida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> todas as opressões e estereótipos sexistas vivencia<strong>do</strong>s nas itinerâncias <strong>do</strong>s<br />

currículos cultural, acadêmico e escolar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DOCENTE, GÊNERO, SEXUALIDADE<br />

TÍTULO: A LINGUAGEM DA ARTE NA FORMAÇÃO O EDUCADOR.<br />

AUTOR(ES): TATYANE ANDRADE ALMEIDA<br />

RESUMO: No mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong> em que vivemos, presenciamos o avanço das tecnologias e a difusão da informação<br />

e da imagem em larga escala, que frequentemente, ao invés <strong>de</strong> promover a <strong>de</strong>mocratização <strong>do</strong> conhecimento, têm si<strong>do</strong><br />

usadas como mecanismos <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação i<strong>de</strong>ológica canalizada para o consumo. Trata-se <strong>de</strong> uma perspectiva que ten<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>svalorizar a subjetivida<strong>de</strong> humana, a fim <strong>de</strong> promover uma homogeneização das formas <strong>de</strong> pensar e da concepção <strong>de</strong><br />

mun<strong>do</strong>. A consequência disso é a massificação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da vida e o surgimento <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> monótona e preconceituosa<br />

com o que lhe é diferente. Entretanto, contrarian<strong>do</strong> essa tendência, persiste a capacida<strong>de</strong> cria<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> homem, a<br />

mesma que o possibilitou criar e diversificar as formas <strong>de</strong> viver e que se manifesta na constante reinvenção das linguagens.<br />

Daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover uma formação que possibilite aos educa<strong>do</strong>res (e educan<strong>do</strong>s) realizar uma leitura crítica,<br />

sensível e criativa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em que vivemos, ressignifican<strong>do</strong>-o e, ao mesmo tempo, favorecen<strong>do</strong> a apreensão e a utilização<br />

eficiente das fontes <strong>de</strong> conhecimento proporcionadas pelo avanço das múltiplas tecnologias. Essa leitura se torna efetiva<br />

a partir da ampliação <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> inteligência, que rompe com a supervalorização <strong>de</strong> uma racionalida<strong>de</strong> instrumental e<br />

abre espaço para o <strong>de</strong>senvolvimento da totalida<strong>de</strong> das capacida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s humanas. É nessa dimensão que encontramos<br />

a arte enquanto campo da expressão singular, capaz <strong>de</strong> escapar <strong>do</strong>s limites <strong>de</strong>ssa massificação, <strong>de</strong> articular saberes<br />

e <strong>de</strong> contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento intelectual, afetivo e social <strong>do</strong> cidadão tornan<strong>do</strong>-o apto a intervir <strong>de</strong> forma crítica<br />

e sensível no mun<strong>do</strong> que o cerca. Neste trabalho procuramos refletir sobre os resulta<strong>do</strong>s das disciplinas <strong>de</strong> arte no nosso<br />

curso <strong>de</strong> pedagogia, proposta curricular recente que vem ao encontro <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>mandas para possibilitar ao educa<strong>do</strong>r atuar<br />

<strong>de</strong> forma sensível e criativa, ajustan<strong>do</strong> suas práticas pedagógicas a essas novas realida<strong>de</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DOCENTE, ARTE LINGUAGEM, LEITURA E CRIATIVIDADE<br />

TÍTULO: ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA<br />

COM GÊNEROS TEXTUAIS<br />

AUTOR(ES): TÂNIA GUEDES MAGALHÃES, LAURA SILVEIRA BOTELHO<br />

RESUMO: Este trabalho apresenta resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvida numa escola municipal da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora/<br />

MG, intitulada “Reestruturação <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> LP: práticas pedagógicas com gêneros textuais”. Vinculada à tradição qualitativa,<br />

optamos pela “pesquisa colaborativa” (KEMMIS & MCTAGGART, 1988; IBIAPINA, 2008) que se caracteriza por<br />

ser <strong>de</strong>senvolvida por pesquisa<strong>do</strong>r externo ao ambiente escolar, auxilian<strong>do</strong> os profissionais da escola selecionada; ser colaborativa,<br />

visto que o pesquisa<strong>do</strong>r está inseri<strong>do</strong> no contexto a ser pesquisa<strong>do</strong>; e ter objetivos <strong>de</strong> mudanças, com intervenção<br />

na realida<strong>de</strong>. Para esses autores, a motivação inicial para <strong>de</strong>senvolver a pesquisa é mudar o sistema, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> e compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

os fenômenos apenas numa etapa inicial. Nosso trabalho centra-se no ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa. A partir da<br />

constatação <strong>de</strong> que os professores <strong>de</strong>monstram falta <strong>de</strong> embasamento teórico sobre temas basilares ao ensino <strong>de</strong> Língua<br />

Portuguesa (CYRANKA et al, 2006), excluin<strong>do</strong> a natureza interacional da língua, buscamos <strong>de</strong>senvolver essa pesquisa para<br />

não só avaliar os entraves escolares relativos ao ensino <strong>de</strong> linguagem, como construir coletivamente um Programa (GOU-<br />

LART, 1999) para a disciplina, baseada em gêneros textuais (DOLZ e SCHNEUWLY, 2004; MARCUSCHI, 2003). Desse<br />

mo<strong>do</strong>, utilizamos 15 sessões reflexivas para tratar <strong>de</strong> aspectos fundamentais ao ensino, como as concepções <strong>de</strong> linguagem,<br />

o trabalho com gêneros orais e escritos, o ensino da teoria gramatical, o aprendiza<strong>do</strong> da leitura etc. Assim, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong><br />

uma nova prática em sala <strong>de</strong> aula, o corpo <strong>do</strong>cente pô<strong>de</strong> conhecer, aplicar e escolher os gêneros textuais mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s<br />

aos 9 anos <strong>do</strong> Ensino Fundamental na elaboração <strong>do</strong> Programa. Nesse senti<strong>do</strong>, a pesquisa <strong>de</strong>monstrou que embasamento<br />

teórico, diretrizes curriculares bem <strong>de</strong>finidas e integração <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes são necessários para um <strong>de</strong>sempenho em sala <strong>de</strong><br />

aula mais seguro, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um acompanhamento em serviço mais efetivo, com vistas<br />

a uma atuação profícua em sala <strong>de</strong> aula.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LINGUAGEM, GÊNEROS TEXTUAIS, FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

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