2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil 2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

28.06.2013 Views

Produção de Conhecimento, Saberes e Formação Docente nas instituições escolares. Concluímos que a não presença da teoria do Multiculturalismo (nos conteúdos, nas estratégias de ensino, de aprendizagem e de avaliação) contribuem para a manutenção das culturas denominadas hegemônicas nos currículos escolares. Assim, continuam silenciadas, estereotipadas ou deformadas as culturas dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, MULTICULTURALISMO, ENSINO-APRENDIZAGEM TÍTULO: REPRESENTAÇõES SOCIAIS DO SER PROFESSOR: PRIMEIRAS APROXIMAÇõES AUTOR(ES): PATRICIA IRENE DOS SANTOS, LAEDA BEZERRA MACHADO RESUMO: Este trabalho é um recorte de uma pesquisa em andamento no curso de Pós-Graduação em Educação da UFPE intitulada “Representações Sociais do Ser Professor: um olhar sobre a profissão“. O estudo analisa as representações sociais do “ser docente“ entre os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental do Município de Jaboatão dos Guararapes - PE e suas implicações para o exercício da profissão. O referencial orientador da investigação é a Teoria das Representações Sociais. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa da qual participaram 40 professores. Utilizamos como procedimentos de coleta entrevistas semi-estruturadas e narrativas. A Análise de Conteúdo orienta a interpretação dos dados. Os resultados, ainda que preliminares, apontam o “ser professor“ centrado nos aspectos: trato direto com os alunos reconhecimento, respeito, valorização profissional e melhores condições salariais. Essas primeiras aproximações com os dados nos dão indícios do campo representacional do ser professor. Um campo complexo permeado por diferentes elementos de suas subjetividades, reações e expectativas dos outros para com o seu trabalho. Este primeiro ensaio de análise deverá ser ainda maturado e ampliado em estudos de maior fôlego, capazes de aprofundarem com maior rigor os resultados aqui apresentados focalizando melhor essas representações sociais do “ser docente“ e suas implicações práticas. PALAVRAS-CHAVE: REPRESENTAÇõES SOCIAIS, PROFISSÃO, PROFESSOR TÍTULO: O ORIENTADOR PEDAGÓGICO E A RESPONSABILIDADE PELA FORMAÇÃO DOCENTE AUTOR(ES): PATRICIA REGINA INFANGER CAMPOS RESUMO: Esta comunicação baseia-se no trabalho pedagógico desenvolvido na EMEF “Júlio de Mesquita Filho“, de Campinas, na qual ocupo o lugar de orientadora pedagógica desde 2002, e que também é locus da pesquisa de mestrado que realizo da Faculdade de Educação da UNICAMP. Desde que assumi minhas funções, observei que a definição dos tempos e espaços escolares era constituída somente em meio às urgências desencadeadas pelas necessidades diárias do cotidiano escolar e das demandas externas. Situação que, além de gerar isolamentos entre os próprios docentes, contribuía para uma descontinuidade no trabalho pedagógico. Partindo do pressuposto de que aprendizagem acontece através da interação e da troca de experiências, e passando a encarar o cotidiano escolar por meio de suas potencialidades, uma outra organização dos tempos e espaços escolares foi tomando o lugar da estrutura escolar da urgência. A intencionalidade pedagógica na definição dos rumos da escola com vistas ao trabalho coletivo e à valorização dos saberes docentes produzidos por meio de experiências pessoais e profissionais modificou a organização da escola. As reuniões semanais de Trabalho Docente Coletivo desencadearam muitas leituras, trocas de informações e de saberes. Esse trabalho de formação centrada na escola e pautado no trabalho docente coletivo tem gerado mudanças: as reuniões semanais de Trabalho Docente têm como objetivo a discussão do cotidiano com vistas à formação profissional; as reuniões de conselho de classe têm a finalidade de analisar os percursos de aprendizagem de cada aluno e possibilitar sua continuidade. Em sala de aula, os professores se voltam para o desenvolvimento de atividades que sejam desafiadoras e possíveis para cada um dos alunos. Tentamos olhar para o que cada aluno sabe e precisa saber para continuar avançando em seus processos de aprendizagens. Enfim, uma outra escola, organizada por meio do trabalho coletivo e da formação centrada na escola. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DOCENTE, COTIDIANO ESCOLAR, ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 44 DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instittuto de Estudos da Linguagem - IEL - SALA: CL 02 TÍTULO: AS VOZES SOCAIS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES PROFISSIONAIS DE PROFESSORES: UM OLHAR SITUADO DAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO AUTOR(ES): PAULA BARACAT DE GRANDE RESUMO: Neste trabalho, analiso o processo de construção de identidades profissionais de professores em curso de formação continuada com base em suas filiações teóricas. Tenho por objetivo entender/explicar como a identidade profissional de professores em formação continuada é construída na intersecção de diferentes vozes sociais que emergem nos discursos que circulam nesse espaço de formação. Este trabalho é um recorte de minha pesquisa de mestrado, que está em andamento, orientada pela Profa. Dra. Angela Kleiman e financiada pela FAPESP, a qual se apoia na perspectiva sócio-cultural dos Estudos do Letramento (STREET, 1983; GEE, 2000; KLEIMAN, 1995, 2001), assumida pelo grupo Letramento do Professor, ao qual pertenço. Tal abordagem considera o letramento situado do professor, ou seja, entende que as práticas de leitura e escrita só fazem sentido se estudadas no contexto de sua situação, ou seja, levando-se em conta todos os elementos do cenário que compõem a situação comunicativa de leitura ou produção escrita, objeto da pesquisa (KLEIMAN e BORGES DA SILVA, 2008). Parto do pressuposto de que as práticas de letramento na formação acadêmica, seja inicial ou continuada, envolvem processos de cons- 610

Produção de Conhecimento, Saberes e Formação Docente trução identitária. A origem da pesquisa vem de minha participação, como pesquisadora, em cursos de formação continuada, em que diferentes saberes dos professores e conceitos que os informam, de fontes variadas, surgem, embatem-se, complementam-se, interpenetram-se, hibridizam-se. As análises, de enfoque discursivo, têm como um de seus propósitos repensar as práticas dos formadores de professores em função das discussões sobre a construção de identidades profissionais dos professores. O corpus da pesquisa, de caráter qualitativo interpretativista, engloba dados gerados em observação participante em um curso de formação continuada e entrevistas realizadas com professores participantes do curso. A análise a ser apresentada tem por base a concepção dialógica e social de linguagem do Círculo de Bakhtin. PALAVRAS-CHAVE: CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA, FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES, LETRAMENTO SITUADO TÍTULO: A EXPRESSÃO CORPORAL E A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL AUTOR(ES): PAULA CRISTINA DA COSTA SILVA RESUMO: Trata-se de um trabalho que busca discutir a expressão corporal como um dos elementos constitutivos de uma das formas de contar histórias e seu desenvolvimento em oficinas e cursos com curta duração ministrados aos professores da Educação Infantil e do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Por meio de dinâmicas em grupo que englobam a expressão corporal (CAFÉ, 2005), leituras de textos e reflexões acerca da importância do ato de contar histórias na escola, o Grupo Manauê – Contadores de Histórias, do qual a autora faz parte desde 1998, buscou sensibilizar os docentes visando estimular a prática cotidiana do contar histórias aos alunos. Ao longo de 2008, durante a observação de duas oficinas de quatro horas que envolveram professores de duas EMEIS e de dois cursos de curta duração, de dezesseis horas cada, os quais atenderam professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental e comunidade em geral, foi possível notar que ao contar histórias, valendo-se de expressões corporais, o público-ouvinte torna-se mais atento e participativo durante a narrativa. Foi percebido também que houve um interesse maior por parte do público (professores em sua maioria) em conhecer a obra contada estimulando o contato com os livros utilizados pelo contador de histórias. Diante disso, é possível pensar que o ouvir e contar histórias de forma prazerosa e lúdica ressaltando as entonações, gestos e pausas que o conto oferece em suas entrelinhas pode se constituir um caminho fecundo na formação de leitores e na prática pedagógica dos professore(a)s. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES, ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS, EXPRESSÃO CORPORAL TÍTULO: EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA: A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE CLASSE ESPECIAL AUTOR(ES): PAULA EDICLÉIA FRANÇA BACARO RESUMO: É indispensável a presença do computador em nossa sociedade e as influências diversas que exerce. Pesquisas têm demonstrado que o computador contribui no processo de ensino e de aprendizagem. Porém, o desafio do uso da informática educativa inclui vários fatores que influenciam seu uso: a implantação do computador nas escolas, a implementação de atividades e mudanças na prática pedagógica do professor. A dificuldade de seu uso não está apenas na falta de equipamentos nas escolas, há escolas que possuem equipamentos e não os utilizam corretamente por realizarem pesquisas de conteúdos sem discussões posteriores ou apenas para digitação de textos. Os alunos necessitam de desafios para se desenvolverem; é preciso que o professor compreenda a importância da formação no uso do computador para o desenvolvimento de seus alunos, além disso, o aluno que apresenta necessidades educacionais especiais exige prática pedagógica e metodologia diferenciada. Assim, foi organizada uma oficina de formação com a proposta de desenvolver estudo teórico e prático em ambiente informatizado envolvendo as professoras em situações de aprendizagem. Esta comunicação tem como objetivo apresentar a análise das ações desenvolvidas pelas professoras na oficina de formação e das atividades com seus alunos nos laboratórios de informática nas escolas onde atuavam. Os resultados mostraram a falta de conhecimento do professor e sua insegurança no uso do computador e as evidências enfatizam a necessidade da formação do professor estar vinculada à teoria e prática pedagógica. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DE PROFESSORES, INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO ESPECIAL TÍTULO: APRENDIZAGEM DA ATIVIDADE DE ORIENTAÇÃO DE ESTAGIÁRIOS E CONSTRUÇÃO DE SABERES DOCENTES AUTOR(ES): PAULA GAIDA WINCH RESUMO: Na história dos Cursos de Licenciatura (CL), observamos diversos estudos (PIMENTA, 2002; LEITE, 2006; LIMA, 2004, etc...) sobre o Estágio Curricular (EC) nesses cursos, com enfoque na sua organização, seu papel na formação da identidade profissional do futuro professor e suas possibilidades de auxiliar na articulação entre teoria e prática. Normativas legais para formação de professores, principalmente, Resoluções CNE/CP 01 e 02/2002, também enfatizam a importância do EC. Entretanto, levantamentos sobre temáticas recorrentes em pesquisas educacionais (BREZINSKI e GARRIDO, 2001; RAMALHO et al, 2002), apontam um número reduzido de pesquisas sobre o professor formador, incluindo o responsável pelo EC nos CL, o orientador. Assim, visamos, neste trabalho, aprofundar conhecimentos sobre o profissional orientador, em especial, sobre saberes docentes necessários para desenvolver a atividade de orientação e formas possíveis de aprendizagem desses saberes. Para isso, entrevistamos, mediante um roteiro estruturado, orientadores de 13 CL da Universidade Federal de Santa Maria. Dos 29 orientadores, entrevistamos 22 deles até o momento. Neste trabalho, utilizamos as informações obtidas em 16 entrevistas, as já transcritas e analisadas. Percebemos, nas falas desses profissionais, que há uma pluralidade de formas de aprendizagem da orientação: auto-formação (01); interação com Escolas de Educação Básica (03); interação com alunos estagiários (03); Interação entre os próprios orientadores (02); experiências vivenciadas durante atividade de orientação (07). Chamou-nos a atenção, o fato de a interação entre orientadores ser pouco mencionada como auxiliar na aprendizagem dessa atividade, visto a importância da socialização para a construção de saberes profissionais. (BERGER; LUCKMANN, 1985). De modo geral, entre os diversos saberes docentes, notamos maior valorização do saber experiencial (GAUTHIER et al, 1998), sendo a experiência, em alguns relatos, apontada como único ele- 611

Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

nas instituições escolares. Concluímos que a não presença da teoria <strong>do</strong> Multiculturalismo (nos conteú<strong>do</strong>s, nas estratégias<br />

<strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> avaliação) contribuem para a manutenção das culturas <strong>de</strong>nominadas hegemônicas nos<br />

currículos escolares. Assim, continuam silenciadas, estereotipadas ou <strong>de</strong>formadas as culturas <strong>do</strong>s grupos sociais minoritários<br />

e/ou marginaliza<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, MULTICULTURALISMO, ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

TÍTULO: REPRESENTAÇõES SOCIAIS DO SER PROFESSOR: PRIMEIRAS APROXIMAÇõES<br />

AUTOR(ES): PATRICIA IRENE DOS SANTOS, LAEDA BEZERRA MACHADO<br />

RESUMO: Este trabalho é um recorte <strong>de</strong> uma pesquisa em andamento no curso <strong>de</strong> Pós-Graduação em Educação da<br />

UFPE intitulada “Representações Sociais <strong>do</strong> Ser Professor: um olhar sobre a profissão“. O estu<strong>do</strong> analisa as representações<br />

sociais <strong>do</strong> “ser <strong>do</strong>cente“ entre os professores <strong>do</strong>s anos iniciais <strong>do</strong> Ensino Fundamental <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Jaboatão <strong>do</strong>s Guararapes<br />

- PE e suas implicações para o exercício da profissão. O referencial orienta<strong>do</strong>r da investigação é a Teoria das Representações<br />

Sociais. Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> natureza qualitativa da qual participaram 40 professores. Utilizamos como<br />

procedimentos <strong>de</strong> coleta entrevistas semi-estruturadas e narrativas. A Análise <strong>de</strong> Conteú<strong>do</strong> orienta a interpretação <strong>do</strong>s<br />

da<strong>do</strong>s. Os resulta<strong>do</strong>s, ainda que preliminares, apontam o “ser professor“ centra<strong>do</strong> nos aspectos: trato direto com os alunos<br />

reconhecimento, respeito, valorização profissional e melhores condições salariais. Essas primeiras aproximações com os<br />

da<strong>do</strong>s nos dão indícios <strong>do</strong> campo representacional <strong>do</strong> ser professor. Um campo complexo permea<strong>do</strong> por diferentes elementos<br />

<strong>de</strong> suas subjetivida<strong>de</strong>s, reações e expectativas <strong>do</strong>s outros para com o seu trabalho. Este primeiro ensaio <strong>de</strong> análise<br />

<strong>de</strong>verá ser ainda matura<strong>do</strong> e amplia<strong>do</strong> em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maior fôlego, capazes <strong>de</strong> aprofundarem com maior rigor os resulta<strong>do</strong>s<br />

aqui apresenta<strong>do</strong>s focalizan<strong>do</strong> melhor essas representações sociais <strong>do</strong> “ser <strong>do</strong>cente“ e suas implicações práticas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: REPRESENTAÇõES SOCIAIS, PROFISSÃO, PROFESSOR<br />

TÍTULO: O ORIENTADOR PEDAGÓGICO E A RESPONSABILIDADE PELA FORMAÇÃO<br />

DOCENTE<br />

AUTOR(ES): PATRICIA REGINA INFANGER CAMPOS<br />

RESUMO: Esta comunicação baseia-se no trabalho pedagógico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na EMEF “Júlio <strong>de</strong> Mesquita Filho“, <strong>de</strong><br />

Campinas, na qual ocupo o lugar <strong>de</strong> orienta<strong>do</strong>ra pedagógica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, e que também é locus da pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> que<br />

realizo da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação da UNICAMP. Des<strong>de</strong> que assumi minhas funções, observei que a <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s tempos<br />

e espaços escolares era constituída somente em meio às urgências <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas pelas necessida<strong>de</strong>s diárias <strong>do</strong> cotidiano<br />

escolar e das <strong>de</strong>mandas externas. Situação que, além <strong>de</strong> gerar isolamentos entre os próprios <strong>do</strong>centes, contribuía para uma<br />

<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> no trabalho pedagógico. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto <strong>de</strong> que aprendizagem acontece através da interação e da<br />

troca <strong>de</strong> experiências, e passan<strong>do</strong> a encarar o cotidiano escolar por meio <strong>de</strong> suas potencialida<strong>de</strong>s, uma outra organização<br />

<strong>do</strong>s tempos e espaços escolares foi toman<strong>do</strong> o lugar da estrutura escolar da urgência. A intencionalida<strong>de</strong> pedagógica na<br />

<strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s rumos da escola com vistas ao trabalho coletivo e à valorização <strong>do</strong>s saberes <strong>do</strong>centes produzi<strong>do</strong>s por meio<br />

<strong>de</strong> experiências pessoais e profissionais modificou a organização da escola. As reuniões semanais <strong>de</strong> Trabalho Docente<br />

Coletivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram muitas leituras, trocas <strong>de</strong> informações e <strong>de</strong> saberes. Esse trabalho <strong>de</strong> formação centrada na escola e<br />

pauta<strong>do</strong> no trabalho <strong>do</strong>cente coletivo tem gera<strong>do</strong> mudanças: as reuniões semanais <strong>de</strong> Trabalho Docente têm como objetivo<br />

a discussão <strong>do</strong> cotidiano com vistas à formação profissional; as reuniões <strong>de</strong> conselho <strong>de</strong> classe têm a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar<br />

os percursos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> cada aluno e possibilitar sua continuida<strong>de</strong>. Em sala <strong>de</strong> aula, os professores se voltam para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que sejam <strong>de</strong>safia<strong>do</strong>ras e possíveis para cada um <strong>do</strong>s alunos. Tentamos olhar para o que<br />

cada aluno sabe e precisa saber para continuar avançan<strong>do</strong> em seus processos <strong>de</strong> aprendizagens. Enfim, uma outra escola,<br />

organizada por meio <strong>do</strong> trabalho coletivo e da formação centrada na escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DOCENTE, COTIDIANO ESCOLAR, ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA<br />

SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO,<br />

SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 44<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instittuto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 02<br />

TÍTULO: AS VOZES SOCAIS NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES PROFISSIONAIS DE<br />

PROFESSORES: UM OLHAR SITUADO DAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO<br />

AUTOR(ES): PAULA BARACAT DE GRANDE<br />

RESUMO: Neste trabalho, analiso o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s profissionais <strong>de</strong> professores em curso<br />

<strong>de</strong> formação continuada com base em suas filiações teóricas. Tenho por objetivo enten<strong>de</strong>r/explicar como a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

profissional <strong>de</strong> professores em formação continuada é construída na intersecção <strong>de</strong> diferentes vozes sociais<br />

que emergem nos discursos que circulam nesse espaço <strong>de</strong> formação. Este trabalho é um recorte <strong>de</strong> minha pesquisa<br />

<strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>, que está em andamento, orientada pela Profa. Dra. Angela Kleiman e financiada pela FAPESP, a qual<br />

se apoia na perspectiva sócio-cultural <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Letramento (STREET, 1983; GEE, 2000; KLEIMAN, 1995,<br />

2001), assumida pelo grupo Letramento <strong>do</strong> Professor, ao qual pertenço. Tal abordagem consi<strong>de</strong>ra o letramento<br />

situa<strong>do</strong> <strong>do</strong> professor, ou seja, enten<strong>de</strong> que as práticas <strong>de</strong> leitura e escrita só fazem senti<strong>do</strong> se estudadas no contexto<br />

<strong>de</strong> sua situação, ou seja, levan<strong>do</strong>-se em conta to<strong>do</strong>s os elementos <strong>do</strong> cenário que compõem a situação comunicativa<br />

<strong>de</strong> leitura ou produção escrita, objeto da pesquisa (KLEIMAN e BORGES DA SILVA, 2008). Parto <strong>do</strong> pressuposto<br />

<strong>de</strong> que as práticas <strong>de</strong> letramento na formação acadêmica, seja inicial ou continuada, envolvem processos <strong>de</strong> cons-<br />

610

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!