2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Produção de Conhecimento, Saberes e Formação Docente SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 15 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instittuto de Estudos da Linguagem - IEL - SALA: CL 08 TÍTULO: REVENDO AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA FORMAÇÃO CONTINUADA: CONFRONTO E CONFLITO. AUTOR(ES): DANIELE MARQUES VIEIRA RESUMO: O foco dessa pesquisa é a prática docente em turmas de alfabetização que integram o primeiro ciclo dos anos iniciais do ensino fundamental em um município da região metropolitana de Curitiba (Paraná), durante o período de outubro de 2007 a março de 2009. Seu objetivo é compreender o processo de construção da prática docente do alfabetizador frente às necessidades do processo educativo, por meio das ações pedagógicas do programa de formação continuada. Contextualiza as demandas educacionais desse município e a constituição do referido programa na intencional integração da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental frente ao desafio de implantação do primeiro ano do ensino fundamental de nove anos de duração. Teoriza também o desenvolvimento de uma proposta metodológica realizada ao longo dessa formação continuada inspirada na pesquisa-laboratório, que se fundamenta nos pressupostos teórico-metodológicos do projeto de pesquisa permanente do curso de Pedagogia da Universidade Tuiuti do Paraná, “Alfabetização, Letramento e suas metodologias”. Tais pressupostos contemplam os princípios da proposta pedagógica do município, os quais se constituem parâmetros para as professoras direcionarem a sua prática e efetivarem o seu planejamento. A aplicação dos procedimentos previstos na proposta metodológica possibilitou às professoras ter acesso aos conhecimentos da turma acerca da escrita, assim como rever as práticas que representam métodos fechados de alfabetização em prol de práticas que propiciem atender à diversidade presente nesse processo. Nesse bojo, em que as professoras se confrontam com a sua prática e experimentam conflitos que podem gerar desconfiança e resistência, ou ainda, o prazer em descobrir novos caminhos, é possível identificar sob a luz da teoria da relação com o saber, preconizada por Bernard Charlot, o sujeito de saber que sobrepõe aos conhecimentos construídos coletivamente, práticas que solidificam a sua relação com o saber, sobre as quais a formação continuada deve se dedicar. PALAVRAS-CHAVE: SABERES, ALFABETIZAÇÃO, FORMAÇÃO CONTINUADA TÍTULO: RESIGNIFICANDO AS PRÁTICAS DE LEITURA: DOS LIVROS DIDÁTICOS A AÇÃO DOCENTE AUTOR(ES): DANIELLE DA MOTA BASTOS RESUMO: Sabemos que os livros didáticos são, na maioria das vezes, o único material de referência utilizado no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, determinando conteúdos e modos de ensino, além de constituírem-se, em muitos contextos, no único material de acesso ao conhecimento que dispõem professores e alunos (Cf. SILVA,1996; LAJOLO,1996). Assim, ter contado com livros didáticos de qualidade e, sobretudo, com teorias que auxiliem as práticas pedagógicas, não se limitando apenas às sugeridas por estes manuais, são imprescindíveis para promoção de uma pedagogia de formação de leitores críticos, reflexivos e produtores competentes de textos. Desta forma, visando contribuir nas discussões da melhoria da prática pedagógica do ensino de língua, tem este trabalho o objetivo de analisar e discutir duas atividades de leitura propostas por dois livros didáticos distintos, como também, no intuito de ampliar essas discussões, e a partir dessas análises, apresentar e refletir diferentes possibilidades que devem subsidiar a prática docente no ensino da leitura de tal modo que fuja do uso artificial da linguagem, possibilitando ao indivíduo ter acesso a diferentes informações e participar de eventos de letramento na sala de aula que ampliem sua participação na sociedade. Para tanto, iniciaremos com as análises das atividades sugeridas nos livros didáticos escolhidos, em seguida, baseados em referenciais teóricos desenvolvidos por Marcuschi (2008), Kleiman (2004), Silva (2004), Solé (1998), entre outros, faremos uma reflexão sobre o que ensinar, os objetivos do ensino de leitura, as concepções de leitura e suas implicações pedagógicas. Acreditamos que discussões como estas, podem promover a reflexão e possivelmente a superação dos baixíssimos resultados em leitura evidenciados, por exemplo, nas provas do SAEB e a modificação de práticas de leitura desvinculadas da realidade e que concebem a leitura como processo de decodificação ao invés de um processo de construção de sentido, uma atividade interativa. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LÍNGUA, PRÁTICAS DE LEITURA, FORMAÇÃO DOCENTE TÍTULO: É PRECISO TRANSVER O MUNDO: O DISCURSO FORMAL COMO IMOBILIZADOR DA TRANSFORMAÇÃO DO REAL AUTOR(ES): DANILO DI MANNO DE ALMEIDA, EDSON FASANO, MARIA LEILA ALVES RESUMO: No presente estudo investigamos a questão da formalização do discurso no âmbito escolar, em sua relação direta com as condições atuais da realidade brasileira. Iniciamos nossa investigação com a análise da problemática do filme Entre os muros da escola, dirigido por Laurent Cantet. Considerando as relações culturais e sociais conflituosas no referido filme, interessa-nos especificamente a retórica imaterial evidenciada nos atritos insuperáveis das partes envolvidas. Neste ponto, procuramos entender as implicações entre o desaparecimento da ação de sujeito histórico, reduzido a simples participante de seus processos, e uma prática pedagógica formal e burocrática que o educa ao longo de sua vida escolar. Em seguida, avançamos a discussão sobre a linguagem, destacando o processo alienante que ultrapassa o círculo escolar e nos remete a outros “muros invisíveis” constitutivos das relações humanas. Neste caso, evidencia-se no discurso vigente, um enfoque formal da cultura, uma retórica vazia, imaterial e imaterializante, que desenraiza as relações humanas de suas bases concretas. Predomina neste discurso um enfoque culturalista e social de situações institucionalmente e constituídas (a escola), De que estratégias poder-seia lançar mão contra a formalização do discurso, na esfera da produção do conhecimento escolar? Que lições se podem tirar das relações didáticas, sociais, culturais e humanas, trazidas pelo filme? É possível transver a realidade dentro dos muros da 564

Produção de Conhecimento, Saberes e Formação Docente escola? Como romper a invisibilidade dos muros? Que olhar seria preciso para enxergar o grande campo de invisibilidade dos múltiplos muros que nos ensinaram tal retórica e a formalidade? Como dizer outras palavras e encontrar outros sentidos? PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO ESCOLAR, OLHAR ESTÉTICO, RELAÇõES CULTURAIS TÍTULO: A INTERVENÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL COM PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO. AUTOR(ES): DEISE CRISTINA DE ARAUJO RESUMO: O presente trabalho socializa os resultados iniciais de pesquisa desenvolvida no Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia, História e Educação (GEPEFHE) junto à linha História da formação e do desenvolvimento profissional do pedagogo. Após a inserção da discussão da formação do pedagogo e também sua atuação como docente e não docente na educação formal elegeu-se como objeto sua possível atuação como docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na área de Educação Ambiental. Indaga-se como o pedagogo docente desenvolve projetos didáticos com a temática da Educação Ambiental com o objetivo de investigar se tal prática existe e como ela se desenvolve. Os métodos que serão utilizados para a obtenção dos dados se arrolarão em análises de projetos didáticos ambientais (que foram ou estão sendo desenvolvidos nas escolas mais especificamente no Ensino Fundamental), observação das aulas e entrevistas com os pedagogos docentes nos anos iniciais. Partimos da reflexão da questão ambiental analisada em sua dimensão pedagógica com o principal benefício de colaborar para o futuro do meio ambiente, por meio da formação de cidadãos críticos e conscientes que acerca do meio ambiente. Consideramos que os Parâmetros Curriculares Nacionais (Temas transversais: Meio Ambiente) são abordados na formação inicial do pedagogo, logo se pretende responder, na conclusão desta pesquisa às seguintes indagações: Os pedagogos docentes têm uma visão crítica referente à Educação Ambiental? Qual o julgamento dos alunos sobre a Educação Ambiental? Os possíveis projetos didáticos desenvolvidos pelos pedagogos conseguem constituir uma visão crítica nas crianças com relação à ação do homem no meio ambiente? PALAVRAS-CHAVE: PEDAGOGO DOCENTE, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PEDAGOGIA DE PROJETO TÍTULO: LEITURA SOBRE AS RELAÇõES ÉTNICO-RACIAIS EM SALA DE AULA AUTOR(ES): DELTON APARECIDO FELIPE RESUMO: A aprovação da Lei 10.639/2003 que outorga obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica demanda um repensar das ações pedagógicas no espaço escolar e no currículo. Essa Lei a combate as sub-representações e os estereótipos vividos pela população negra ao longo da história brasileira. O presente trabalho tem por objetivo problematizar a leitura que os professores e as professoras da educação básica fazem sobre os conflitos étnico-raciais nas salas de aulas. Para verificar como essas representações se manifestam nas escolas realizamos uma pesquisa-ação participativa oferecendo um curso de extensão destinado aos docentes da rede estadual de educação do município de Maringá, PR e região. Verificamos que as reflexões realizadas no decorrer do curso, levaram os docentes a problematizar os conceitos de raça, etnia, igualdade, diferença, cultura e conhecimento. As análises dos dados obtidos indicam que as discussões contribuíram para ampliar o conhecimento dos docentes sobre sua prática docente enquanto formadores de posicionamentos sociais; os professores e as professoras tiveram a oportunidade de repensar as suas subjetividades, posturas pessoais e os preconceitos historicamente assumidos. Concluímos que o curso possibilitou experimentar uma reflexão coletiva: para enfrentar aspectos conflitivos e tensões que se apresentam nas relações etnico-raciais em sala de aula, evidenciamos a necessidade de uma formação docente que permita aos professores e professoras desconstruir concepções e visões estereotipadas dos africanos e negros brasileiros construídas ao longo da história. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO ESCOLAR, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS , RELAÇõES ETNICO-RACIAIS SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 16 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Instittuto de Estudos da Linguagem - IEL - SALA: CL 08 TÍTULO: CONHECIMENTO, ALFABETIZAÇÃO E RELAÇõES DIALÓGICAS AUTOR(ES): DENISE LIMA TARDAN, KATIA FERREIRA MOREIRA RESUMO: Este artigo apresenta a experiência de um trabalho com projetos de pesquisa, vivenciado durante o ano de 2007, por duas professoras com turmas do primeiro Ciclo de Formação Continuada de uma escola pública do município do Rio de Janeiro. Unidas por um mesmo ideal - fazer da escola um espaço prazeroso, repleto de sentido, instigante, onde os sujeitos possam ressignificar sua relação com a escola e o conhecimento - as professoras optaram pelo trabalho com projetos de pesquisa para trilharem um caminho em busca da escola que desejavam. O trabalho modificou as relações sociais, alterando a relação das crianças com o conhecimento e, consequentemente, com o processo de alfabetização. É difícil aprender algo pelo qual não se tem interesse. O mundo está repleto de coisas que despertam a curiosidade das crianças, mas a escola acaba oferecendo um conhecimento pré-estabelecido, fragmentado e desvinculado da vida do aluno. Perguntar para as crianças o que gostariam de pesquisar e aprender foi uma prática estabelecida e que tornou-se um hábito em seu cotidiano. Ouví-las era fundamental para o desenvolvimento do trabalho. Motivadas pelo que pesquisavam sobre cobras, por exemplo,as crianças usavam a escrita para registrar um conhecimento vivo. A escrita aparecia por várias razões e diferentes funções, numa prática dialógica, discursiva e significativa. Os diferentes gêneros textuais lidos ou escritos durante o projeto emergiam de uma relação viva entre pessoas. Num intercâmbio de emoções e afetos, partilhando dúvidas e descobertas, trocando experiências, as professoras se tornaram pesquisadoras de novos conhecimentos e de sua própria prática. PALAVRAS-CHAVE: PROJETOS DE PESQUISA, RELAÇõES DIALÓGICAS, ALFABETIZAÇÃO 565

Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

escola? Como romper a invisibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s muros? Que olhar seria preciso para enxergar o gran<strong>de</strong> campo <strong>de</strong> invisibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

múltiplos muros que nos ensinaram tal retórica e a formalida<strong>de</strong>? Como dizer outras palavras e encontrar outros senti<strong>do</strong>s?<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO ESCOLAR, OLHAR ESTÉTICO, RELAÇõES CULTURAIS<br />

TÍTULO: A INTERVENÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO<br />

FUNDAMENTAL COM PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO.<br />

AUTOR(ES): DEISE CRISTINA DE ARAUJO<br />

RESUMO: O presente trabalho socializa os resulta<strong>do</strong>s iniciais <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvida no Grupo <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas<br />

em Filosofia, História e Educação (GEPEFHE) junto à linha História da formação e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissional <strong>do</strong><br />

pedagogo. Após a inserção da discussão da formação <strong>do</strong> pedagogo e também sua atuação como <strong>do</strong>cente e não <strong>do</strong>cente<br />

na educação formal elegeu-se como objeto sua possível atuação como <strong>do</strong>cente nos anos iniciais <strong>do</strong> Ensino Fundamental,<br />

na área <strong>de</strong> Educação Ambiental. Indaga-se como o pedagogo <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>senvolve projetos didáticos com a temática da<br />

Educação Ambiental com o objetivo <strong>de</strong> investigar se tal prática existe e como ela se <strong>de</strong>senvolve. Os méto<strong>do</strong>s que serão<br />

utiliza<strong>do</strong>s para a obtenção <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s se arrolarão em análises <strong>de</strong> projetos didáticos ambientais (que foram ou estão sen<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s nas escolas mais especificamente no Ensino Fundamental), observação das aulas e entrevistas com os<br />

pedagogos <strong>do</strong>centes nos anos iniciais. Partimos da reflexão da questão ambiental analisada em sua dimensão pedagógica<br />

com o principal benefício <strong>de</strong> colaborar para o futuro <strong>do</strong> meio ambiente, por meio da formação <strong>de</strong> cidadãos críticos e conscientes<br />

que acerca <strong>do</strong> meio ambiente. Consi<strong>de</strong>ramos que os Parâmetros Curriculares Nacionais (Temas transversais: Meio<br />

Ambiente) são aborda<strong>do</strong>s na formação inicial <strong>do</strong> pedagogo, logo se preten<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r, na conclusão <strong>de</strong>sta pesquisa às<br />

seguintes indagações: Os pedagogos <strong>do</strong>centes têm uma visão crítica referente à Educação Ambiental? Qual o julgamento<br />

<strong>do</strong>s alunos sobre a Educação Ambiental? Os possíveis projetos didáticos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelos pedagogos conseguem<br />

constituir uma visão crítica nas crianças com relação à ação <strong>do</strong> homem no meio ambiente?<br />

PALAVRAS-CHAVE: PEDAGOGO DOCENTE, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PEDAGOGIA DE PROJETO<br />

TÍTULO: LEITURA SOBRE AS RELAÇõES ÉTNICO-RACIAIS EM SALA DE AULA<br />

AUTOR(ES): DELTON APARECIDO FELIPE<br />

RESUMO: A aprovação da Lei 10.639/2003 que outorga obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino da história e cultura afro-brasileira<br />

e africana na educação básica <strong>de</strong>manda um repensar das ações pedagógicas no espaço escolar e no currículo. Essa Lei a<br />

combate as sub-representações e os estereótipos vivi<strong>do</strong>s pela população negra ao longo da história brasileira. O presente<br />

trabalho tem por objetivo problematizar a leitura que os professores e as professoras da educação básica fazem sobre os<br />

conflitos étnico-raciais nas salas <strong>de</strong> aulas. Para verificar como essas representações se manifestam nas escolas realizamos<br />

uma pesquisa-ação participativa oferecen<strong>do</strong> um curso <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> aos <strong>do</strong>centes da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> educação<br />

<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Maringá, PR e região. Verificamos que as reflexões realizadas no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> curso, levaram os <strong>do</strong>centes<br />

a problematizar os conceitos <strong>de</strong> raça, etnia, igualda<strong>de</strong>, diferença, cultura e conhecimento. As análises <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s<br />

indicam que as discussões contribuíram para ampliar o conhecimento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes sobre sua prática <strong>do</strong>cente enquanto<br />

forma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> posicionamentos sociais; os professores e as professoras tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repensar as suas subjetivida<strong>de</strong>s,<br />

posturas pessoais e os preconceitos historicamente assumi<strong>do</strong>s. Concluímos que o curso possibilitou experimentar<br />

uma reflexão coletiva: para enfrentar aspectos conflitivos e tensões que se apresentam nas relações etnico-raciais em sala<br />

<strong>de</strong> aula, evi<strong>de</strong>nciamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma formação <strong>do</strong>cente que permita aos professores e professoras <strong>de</strong>sconstruir<br />

concepções e visões estereotipadas <strong>do</strong>s africanos e negros brasileiros construídas ao longo da história.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO ESCOLAR, FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS , RELAÇõES<br />

ETNICO-RACIAIS<br />

SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO,<br />

SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 16<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Instittuto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 08<br />

TÍTULO: CONHECIMENTO, ALFABETIZAÇÃO E RELAÇõES DIALÓGICAS<br />

AUTOR(ES): DENISE LIMA TARDAN, KATIA FERREIRA MOREIRA<br />

RESUMO: Este artigo apresenta a experiência <strong>de</strong> um trabalho com projetos <strong>de</strong> pesquisa, vivencia<strong>do</strong> durante o ano <strong>de</strong><br />

2007, por duas professoras com turmas <strong>do</strong> primeiro Ciclo <strong>de</strong> Formação Continuada <strong>de</strong> uma escola pública <strong>do</strong> município<br />

<strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Unidas por um mesmo i<strong>de</strong>al - fazer da escola um espaço prazeroso, repleto <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, instigante, on<strong>de</strong><br />

os sujeitos possam ressignificar sua relação com a escola e o conhecimento - as professoras optaram pelo trabalho com<br />

projetos <strong>de</strong> pesquisa para trilharem um caminho em busca da escola que <strong>de</strong>sejavam. O trabalho modificou as relações sociais,<br />

alteran<strong>do</strong> a relação das crianças com o conhecimento e, consequentemente, com o processo <strong>de</strong> alfabetização. É difícil<br />

apren<strong>de</strong>r algo pelo qual não se tem interesse. O mun<strong>do</strong> está repleto <strong>de</strong> coisas que <strong>de</strong>spertam a curiosida<strong>de</strong> das crianças, mas<br />

a escola acaba oferecen<strong>do</strong> um conhecimento pré-estabeleci<strong>do</strong>, fragmenta<strong>do</strong> e <strong>de</strong>svincula<strong>do</strong> da vida <strong>do</strong> aluno. Perguntar<br />

para as crianças o que gostariam <strong>de</strong> pesquisar e apren<strong>de</strong>r foi uma prática estabelecida e que tornou-se um hábito em seu cotidiano.<br />

Ouví-las era fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> trabalho. Motivadas pelo que pesquisavam sobre cobras, por<br />

exemplo,as crianças usavam a escrita para registrar um conhecimento vivo. A escrita aparecia por várias razões e diferentes<br />

funções, numa prática dialógica, discursiva e significativa. Os diferentes gêneros textuais li<strong>do</strong>s ou escritos durante o projeto<br />

emergiam <strong>de</strong> uma relação viva entre pessoas. Num intercâmbio <strong>de</strong> emoções e afetos, partilhan<strong>do</strong> dúvidas e <strong>de</strong>scobertas,<br />

trocan<strong>do</strong> experiências, as professoras se tornaram pesquisa<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> novos conhecimentos e <strong>de</strong> sua própria prática.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PROJETOS DE PESQUISA, RELAÇõES DIALÓGICAS, ALFABETIZAÇÃO<br />

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