28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

TÍTULO: TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL: PRESSUPOSTOS PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DA<br />

PRÁTICA NO TRABALHO COM A LINGUAGEM ESCRITA<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA SOUZA BRITO<br />

RESUMO: O presente projeto <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong> representa inquietações sobre as práticas relacionadas com a<br />

linguagem escrita no interior da escola. Decorrida quase uma década <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong>cente no ensino fundamental, percebo<br />

que o trabalho com a linguagem escrita está atrela<strong>do</strong> a uma teoria empirista, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os fenômenos complexos<br />

da ativida<strong>de</strong> humana. Essa prática é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma trajetória na história da educação brasileira que, por longos anos, se<br />

fundamentou na concepção <strong>de</strong> que cada indivíduo ao nascer já possuía um conjunto <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s, caben<strong>do</strong><br />

à escola apenas a facilitação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas qualida<strong>de</strong>s naturais. Mesmo diante <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> formação inicial e <strong>de</strong><br />

toda reflexão nele instaurada, a prática pedagógica, por vezes, não se (re)constrói. Este fato tem relação com a formação<br />

<strong>de</strong> conceitos e concepções <strong>do</strong> indivíduo sobre homem, educação e <strong>de</strong>senvolvimento. De acor<strong>do</strong> com os pressupostos da<br />

teoria <strong>de</strong> Vygotsky, as funções psíquicas humanas, como a linguagem oral, o pensamento, a memória, o controle da própria<br />

conduta, a linguagem escrita, não são <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> maneira espontânea. Nesse senti<strong>do</strong>, a ação <strong>do</strong> educa<strong>do</strong>r é <strong>de</strong> suma<br />

importância para dirigir intencionalmente o processo educativo e oportunizar condições para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas<br />

funções humanas. Assim, no lugar <strong>de</strong> exercícios mecânicos relacionadas a letras e sílabas, há <strong>de</strong> se pensar no trabalho com<br />

textos utiliza<strong>do</strong>s socialmente, enfatizan<strong>do</strong> a função social <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> ler e escrever. Atualmente, no cargo <strong>de</strong> orienta<strong>do</strong>ra<br />

pedagógica na re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Sorocaba, percebo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir sobre tais pesquisas, estu<strong>do</strong>s e concepções.<br />

O objetivo é buscar a (re)construção da prática pedagógica, no trabalho com a linguagem escrita, utilizan<strong>do</strong> como<br />

pressuposto a teoria histórico-cultural. Para tanto, a ação estará focada nos HTPs, garantin<strong>do</strong> que o mesmo seja espaço <strong>de</strong><br />

formação <strong>do</strong>cente, através e estu<strong>do</strong>, reflexão e análise da prática.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DOCENTE, TEORIA HISTÓRICO CULTURAL, LEITURA E ESCRITA<br />

TÍTULO: OS SINAIS DE PONTUAÇÃO E O LIVRO DIDÁTICO: (DES)CONSTRUINDO PERSPECTIVAS<br />

AUTOR(ES): ANDERSON CRISTIANO DA SILVA<br />

RESUMO: O presente trabalho objetivou problematizar a maneira como os sinais <strong>de</strong> pontuação são aborda<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um livro didático <strong>de</strong> Ensino Fundamental. No que tange ao tema <strong>de</strong>ssa pesquisa, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que a pontuação<br />

materializa-se junto aos signos linguísticos, corroboran<strong>do</strong> para a constituição <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s. Pareceu-nos relevante a<br />

reflexão <strong>de</strong>ste assunto, ten<strong>do</strong> em vista sua importância na leitura e, também, pela pouca importância dada a este recurso<br />

textual. Dessa forma, este trabalho pautou-se pela discussão <strong>do</strong>s sinais <strong>de</strong> pontuação no contexto da contemporaneida<strong>de</strong><br />

(entendida também como pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>). Particularmente, a investigação abor<strong>do</strong>u o assunto em um livro didático <strong>de</strong><br />

5ª série, apoian<strong>do</strong>-se na perspectiva discursivo-<strong>de</strong>sconstrutivista, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> arcabouço teórico da Análise <strong>do</strong> Discurso <strong>de</strong><br />

linha francesa. À guisa <strong>de</strong> conclusão, verificamos que o ensino da pontuação continua veicula<strong>do</strong> a prescrições <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

sintática, o que po<strong>de</strong> provocar um efeito negativo, ten<strong>do</strong> em vista que se os educan<strong>do</strong>s não estiverem familiariza<strong>do</strong>s com<br />

certos conceitos, não po<strong>de</strong>rão apreen<strong>de</strong>r corretamente o uso e importância das pontuações. Como resulta<strong>do</strong> parcial <strong>de</strong>sta<br />

investigação, observamos que a ação <strong>do</strong>s sinais <strong>de</strong> pontuação também acaba contribuin<strong>do</strong> para revelar traços <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong><br />

no discurso, constituin<strong>do</strong>-se como elementos dinâmicos que (d)enunciam as várias vozes que compõe a materialida<strong>de</strong><br />

linguística. Com isto, espera-se ressaltar o uso da pontuação por caminhos que evoquem a questão <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>. Nesta<br />

perspectiva, almeja-se atingir os (futuros) <strong>do</strong>centes, para que estes possam trabalhar os matizes que os sinais <strong>de</strong> pontuação<br />

exercem no texto escrito.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PONTUAÇÃO, LIVRO DIDÁTICO, DISCURSO<br />

TÍTULO: PROJETO AÇAÍ: UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA EM<br />

RONDÔNIA<br />

AUTOR(ES): ANDREIA MARIA PEREIRA, EDINEIA APARECIDA ISIDORO, JANIA MARIA DE<br />

PAULA<br />

RESUMO: O Projeto Açaí Magistério Indígena <strong>de</strong> Rondônia instituí<strong>do</strong> pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> através <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>creto nº 8516 <strong>de</strong> 1998, foi resulta<strong>do</strong> da luta <strong>do</strong> movimento indígena por uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nas suas<br />

comunida<strong>de</strong>s. O projeto se <strong>de</strong>senvolveu ao longo <strong>de</strong> seis anos (1998-2004), executa<strong>do</strong> em <strong>de</strong>z etapas presenciais<br />

e uma intitulada Açaí nas al<strong>de</strong>ias que aconteceu nas várias localida<strong>de</strong>s com a participação das respectivas comunida<strong>de</strong>s.<br />

Uma das principais características <strong>do</strong> projeto foi aten<strong>de</strong>r uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> linguística e cultural;<br />

participaram 126 professores, pertencentes a aproximadamente 53 etnias e falantes <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 23 línguas. Por ser<br />

uma experiência inédita o projeto pedagógico <strong>do</strong> curso foi construí<strong>do</strong> no processo, cujos ajustes foram realiza<strong>do</strong>s<br />

no <strong>de</strong>correr da caminhada com as contribuições, diretas ou indiretas, <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes, discentes e entida<strong>de</strong>s parceiras.<br />

Nas etapas finais <strong>do</strong> Projeto foi possível perceber que temas trabalha<strong>do</strong>s, tais como interculturalida<strong>de</strong>, políticas<br />

linguísticas, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, alterida<strong>de</strong>, entre outros, gradativamente, promoveram mudanças no discurso e prática na<br />

maior parte <strong>do</strong>s cursistas professores que <strong>de</strong>monstraram maior consciência da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valorização das<br />

culturas e línguas próprias. A fala <strong>do</strong> cursista professor Arman<strong>do</strong> Jaboti, durante a aula <strong>de</strong> Práticas <strong>de</strong> Ensino, na<br />

VII etapa <strong>do</strong> curso registrada pela SEDUC (2002 p. 06), confirma tal afirmação. “Antes <strong>do</strong> Açaí eu não sabia que<br />

nossa cultura tinha valor, hoje sei que tem valor para to<strong>do</strong>s os povos indígenas, para nosso país e para a humanida<strong>de</strong>,<br />

sei também que ensino não é mo<strong>de</strong>lo, ensino é construção”. É necessário que experiências como o Projeto<br />

Açaí se efetivem em Rondônia enquanto política pública <strong>de</strong>stinada a assistir um seguimento populacional que cada<br />

vez mais busca garantir seus direitos à educação intercultural e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> através da valorização das culturas e<br />

línguas próprias e o acesso aos conhecimentos universais.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PROJETO AÇAÍ, EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA, INTERCULTURALIDADE<br />

549

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!