28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Produção <strong>de</strong> Conhecimento, Saberes e Formação Docente<br />

TÍTULO: TRAMAS E TRILHAS DE EDUCADORAS POPULARES NA EXPERIÊNCIA DE ‘TRANSVER O<br />

MUNDO’: A RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA A PARTIR DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO POPULAR.<br />

AUTOR(ES): ANA MARIA DE CAMPOS, GRAZIELA GIUSTI PACHANE<br />

RESUMO: Esse trabalho tem como objetivo apresentar contribuições <strong>de</strong> uma experiência <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res<br />

populares e suas ações diárias para a superação <strong>do</strong>s problemas enfrenta<strong>do</strong>s na luta pela sobrevivência e no trabalho <strong>de</strong><br />

alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas, SP, durante os anos <strong>de</strong> 2003 e 2004. A relevância da experiência<br />

se manifesta através <strong>do</strong>s registros escritos elabora<strong>do</strong>s por educa<strong>do</strong>ras e educan<strong>do</strong>s em diferentes gêneros discursivos, como<br />

narrativas autobiográficas, poesias, diários e pequenas crônicas. Essas fontes expressam os potentes movimentos <strong>de</strong> recriação<br />

<strong>de</strong> saberes construí<strong>do</strong>s ao longo da vida em contextos sociais <strong>de</strong>sfavoráveis às práticas da leitura e da cultura escrita. As<br />

anotações reflexivas e autobiográficas, escritas pelas educa<strong>do</strong>ras a posteriori da experiência vivida, revelam a compreensão<br />

da história pessoal imbricada na história social <strong>do</strong>s sujeitos/objetos como uma maneira especial <strong>de</strong> “transver o mun<strong>do</strong>“. A<br />

atitu<strong>de</strong> autoral manifesta nos textos e nas opções <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ssas educa<strong>do</strong>ras sinalizam que a concepção emancipatória da<br />

produção <strong>do</strong> conhecimento experienciada na Educação Popular favorece o <strong>de</strong>senvolvimento da inteligência, das energias<br />

criativas e da solidarieda<strong>de</strong> para a superação <strong>do</strong>s estigmas e condicionamentos sociais. Por meio <strong>de</strong>sse trabalho acreditamos<br />

estar contribuin<strong>do</strong> com a circulação <strong>de</strong> um saber silencia<strong>do</strong> na cultura oficial e nos discursos acadêmicos tradicionais, trazen<strong>do</strong><br />

à luz outras versões para dialogar e problematizar os contextos sociais em que se dão as práticas educativas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, FORMAÇÃO DE EDUCADORES, EDUCAÇÃO POPULAR<br />

SESSÃO - PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO,<br />

SABERES E FORMAÇÃO DOCENTE 5<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instittuto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 03<br />

TÍTULO: CONHECIMENTO E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA<br />

LEITURA<br />

AUTOR(ES): ANNA MARIA LUNARDI PADILHA, MARTHA MARIA JOLY<br />

RESUMO: Como o professor trabalha a complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> processo educativo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> como significa sua prática,<br />

articulada com sua história <strong>de</strong> vida, formação, experiências como professor, seu posicionamento em relação à perspectiva<br />

assumida e <strong>de</strong> seu acesso aos conhecimentos produzi<strong>do</strong>s historicamente. Este texto focaliza a dinâmica escolar no processo<br />

<strong>de</strong> aquisição da leitura, assumin<strong>do</strong> que o papel da escola é ensinar, promoven<strong>do</strong> o acesso <strong>do</strong>s alunos aos bens culturais sistematiza<strong>do</strong>s.<br />

Ancoradas na perspectiva histórico-cultural <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano <strong>de</strong> Lev Vigotski, nos fundamentos<br />

da abordagem enunciativo-discursiva <strong>de</strong> Mikhail Bakhtin e manten<strong>do</strong> constante interlocução com outros autores que se<br />

aproximam <strong>de</strong>ssas perspectivas teóricas, estudamos a prática pedagógica <strong>de</strong> uma professora da segunda série <strong>do</strong> Ensino<br />

Fundamental, numa escola pública estadual, durante suas aulas <strong>de</strong> Língua Portuguesa, focalizan<strong>do</strong> as relações <strong>de</strong> ensino/<br />

aprendiza<strong>do</strong>, priorizan<strong>do</strong> os momentos da ação pedagógica em relação à leitura. As observações foram registradas em<br />

ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> campo, ví<strong>de</strong>ogravações, conversas e entrevistas com a professora da sala. Atentan<strong>do</strong> para os <strong>de</strong>talhes, optamos,<br />

para esse momento, por <strong>de</strong>stacar núcleos temáticos que possibilitassem i<strong>de</strong>ntificar e analisar como a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura é<br />

oferecida nas relações <strong>de</strong> ensino: modalida<strong>de</strong>s e mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> leitura; condução da prática da leitura pela professora e o processo<br />

<strong>de</strong> mediação como apropriação <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s. Foi possível i<strong>de</strong>ntificar fortes indícios <strong>de</strong> que a prática pedagógica<br />

<strong>de</strong>senvolvida pela professora e o seu trabalho com a presença constante <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> textos escritos possibilitaram avanços<br />

no aprendiza<strong>do</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento da leitura <strong>de</strong> seus alunos ten<strong>do</strong> como resulta<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s eles liam e produziam textos<br />

no início <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre letivo.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CONHECIMENTO, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, FORMAÇÃO DOCENTE<br />

TÍTULO: SERÁ UMA QUESTÃO DE LÓGICA? UM ESTUDO SOBRE AS PERCEPÇõES DE SABERES<br />

DOCENTES<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA CARVALHO NOGUEIRA, HELENA AMARAL DA FONTOURA<br />

RESUMO: Esta comunicação discute as lógicas que regulam as percepções <strong>de</strong> saberes <strong>do</strong>centes <strong>de</strong> graduan<strong>do</strong>s da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Professores da UERJ. Com base na etnografia, a pesquisa teve como corpus 96 alunos <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong><br />

Ensino. Utilizan<strong>do</strong> observação <strong>de</strong> aulas e questionários, constatamos que os licencian<strong>do</strong>s relatavam crenças ainda correntes<br />

em nossa socieda<strong>de</strong>, tais como as que evi<strong>de</strong>nciam que o professor <strong>de</strong>va ter habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “transmitir“ e “talento“ para<br />

extrair atenção. Por outro la<strong>do</strong>, notamos uma preocupação com um ensino para formar alunos ou professores mais críticos<br />

e produtores <strong>do</strong> conhecimento. Os graduan<strong>do</strong>s, mesmo quan<strong>do</strong> universitários com experiência <strong>de</strong> magistério, valorizavam<br />

principalmente características pessoais, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus alunos. Nos relatos <strong>de</strong> experiência apresenta<strong>do</strong>s, constatamos<br />

a importância <strong>do</strong> exemplo. Percebemos também uma série <strong>de</strong> palavras modaliza<strong>do</strong>ras no discurso <strong>do</strong>s licencian<strong>do</strong>s, como<br />

“talvez, <strong>de</strong>ve ser, acho” ou frases que minimizavam a credibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pensamento, como “No meu caso,<br />

com pouca experiência <strong>de</strong> magistério”, o que po<strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> com intuito <strong>de</strong> diminuir o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são das idéias que<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m. Uma possível explicação para isso estaria no fato <strong>de</strong>, como nos provoca Boaventura, ainda estarmos viven<strong>do</strong><br />

sob o paradigma <strong>do</strong>minante das ciências, em que pre<strong>do</strong>mina a lógica quantitativa e matemática. Em nossa pesquisa notamos<br />

oposições conceituais que parecem sugerir o tradicional <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> praticar, <strong>de</strong> fazer, e não <strong>de</strong> teorizar sobre a prática,<br />

como costuma acontecer em abordagens distanciadas das práticas profissionais. Acreditamos que a formação <strong>de</strong>va ser um<br />

processo que se constrói e se reconstrói constantemente, interativa e dinamicamente, num espaço em que haja lugar para o<br />

diálogo entre os professores com vistas ao compartilhamento e construção <strong>de</strong> saberes.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SABERES, FORMAÇÃO DOCENTE, PRÁTICAS DE ENSINO<br />

548

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!