28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

SESSÃO - PRÁTICAS DE LEITURA, GÊNERO E EXCLUSÃO 23<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: Telão<br />

TÍTULO: O SUJEITO MARCADO PELA IDEOLOGIA NO POEMA “ESCURA-AÇõES” DO POETA DAS<br />

MORENINHAS<br />

AUTOR(ES): SILVANE APARECIDA DE FREITAS, MICHELA MITIKO KATO MENESES DE SOUZA<br />

RESUMO: Este artigo tem como objetivo fazer uma leitura <strong>do</strong> poema “Escura-ações” <strong>do</strong> Poeta das Moreninhas, da<br />

Antologia Poética Afro Sulmatogrossense, cuja coletânea <strong>de</strong> poemas é intitulada Negras Raízes Pantaneiras, enfatizan<strong>do</strong><br />

a questão <strong>do</strong> sujeito regional marca<strong>do</strong> pela i<strong>de</strong>ologia que o permeia. O referencial teórico a ser utiliza<strong>do</strong> é a Análise <strong>do</strong><br />

Discurso <strong>de</strong> linha francesa, abordan<strong>do</strong> um sujeito social e histórico. Consi<strong>de</strong>ramos que o ser humano é constituí<strong>do</strong> pela<br />

linguagem/língua e esta linguagem provém <strong>de</strong> uma formação histórica <strong>do</strong> sujeito, que só faz senti<strong>do</strong> se interagida no<br />

mun<strong>do</strong> entre os indivíduos. Somos capazes <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r ou intuir diretamente a vida, mas seu senti<strong>do</strong> não po<strong>de</strong> captar-se<br />

nem expressar-se a não ser numa linguagem, seja ela qual for. (PRETI, 1987, 5). A linguagem é fundamentalmente dialógica<br />

e tem origem da oposição saussureana língua/fala, o que foi questionada no final da década <strong>de</strong> 20 (BAKHTIN, 1992).<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que um discurso não se constrói por si só, mas é atravessa<strong>do</strong> por um interdiscurso, o corpus a ser<br />

analisa<strong>do</strong> neste trabalho será o referi<strong>do</strong> poema, com o fito <strong>de</strong> interpretar a constituição <strong>do</strong>s sujeitos que formam o sujeito<br />

regional Afro Sulmatogrossense. Assim, verificou-se um sujeito que ora tem um discurso representativo <strong>de</strong> uma classe <strong>de</strong><br />

indivíduos, ora um discurso que imagina ser só seu, homogêneo, próprio <strong>do</strong> seu eu negro. Portanto, percebe-se que o contexto<br />

sócio-histórico faz com que este sujeito lute por ações afirmativas, cotas, leis vivas em um <strong>Brasil</strong> <strong>de</strong> reparações.<br />

PALAVRAS-CHAVE: DISCURSO, LEITURA, POEMA<br />

TÍTULO: LENDO E RECONSTRUINDO A IDENTIDADE: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO<br />

DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL AFRO-BRASILEIRA PARA OS ALUNOS DO ENSINO<br />

FUNDAMENTAL DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS<br />

AUTOR(ES): SILVANIA NÚBIA CHAGAS<br />

RESUMO: Reconhecer a diversida<strong>de</strong> cultural que permeia a cultura brasileira torna-se necessário para a formação <strong>do</strong><br />

cidadão. E uma das maneiras encontradas para preencher essa lacuna que a Educação ainda não conseguiu suprir junto<br />

a população afro-<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte é ouvir, contar, recriar, ressignificar e, <strong>de</strong> certa forma, resgatar as narrativas recriadas pelos<br />

povos africanos aqui no <strong>Brasil</strong>. Fala-se muito em diversida<strong>de</strong> cultural e nas comunida<strong>de</strong>s remanescentes <strong>de</strong> quilombos, que<br />

ao longo da trajetória <strong>do</strong> país, ficou à margem da socieda<strong>de</strong>, algo mais grave aconteceu que aju<strong>do</strong>u a contextualizar essa situação:<br />

essa população esqueceu ou nunca soube das histórias <strong>de</strong> seu povo, pois, ou os mais velhos morreram ou a Educação<br />

brasileira não registrou e, com isso, não conseguiu dar conta <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>manda. Um trabalho nessa perspectiva se faz necessário,<br />

não somente para a conscientização, mas também para a formação <strong>de</strong>ssa população enquanto cidadão brasileiro. O<br />

ensino da literatura infanto-juvenil afro-brasileira para os alunos <strong>do</strong> ensino fundamental das comunida<strong>de</strong>s remanescentes<br />

<strong>de</strong> quilombo propiciará a esse público o entendimento sobre a formação da cultura <strong>do</strong> nosso país, a mestiçagem e o que<br />

vem a ser esta “diferença“ tão propagada na atualida<strong>de</strong>. E com essa contribuiçao, a Educação brasileira, finalmente, po<strong>de</strong>rá<br />

atuar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os pressupostos que fazem parte da nossa cultura.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO, LITERATURA INFANTO-JUVENIL , LITERATURA AFRO-BRASILEIRA<br />

TÍTULO: GÊNERO, EDUCAÇÃO E DOCÊNCIA: PERCEPÇõES DE MULHERES E DE HOMENS<br />

SOBRE O MAGISTÉRIO PRIMÁRIO NO CONTEXTO DOS ANOS 1970<br />

AUTOR(ES): SILVIA REGINA MARQUES JARDIM<br />

RESUMO: Com base nos estu<strong>do</strong>s sobre gênero e educação, busca-se refletir sobre resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisa realizada com<br />

mulheres e homens que cursaram o antigo Curso Normal durante os anos 70, em Araraquara, interior paulista. Por meio<br />

<strong>de</strong> entrevistas realizadas com 12 mulheres e 6 homens que lecionaram nessa época, observamos diversos aspectos que<br />

permeavam a <strong>do</strong>cência. Destacamos nos discursos referências à profissão como “trabalho <strong>de</strong> mulher” <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a exigências,<br />

da profissão, <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s inerentes ao sexo feminino e a busca, pelos homens, <strong>de</strong> profissões mais rentáveis financeiramente.<br />

Ao visualizar a categoria gênero nos discursos, verificamos como se dá a constituição <strong>de</strong> indivíduos a partir <strong>de</strong><br />

expectativas que produzem formas <strong>de</strong> agir nas diferentes instâncias sociais. A ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong>cente é evi<strong>de</strong>nciada como uma<br />

ativida<strong>de</strong> provisória para os homens enquanto que, para as mulheres, ela se constitui como um instrumento <strong>de</strong> realização<br />

pessoal e <strong>de</strong> emancipação. Era um curso aceito e valoriza<strong>do</strong> socialmente para ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelas mulheres e que faz<br />

parte <strong>de</strong> gueto profissional liga<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong>s direcionadas ao cuida<strong>do</strong> (como enfermeira, secretária) e, o cuidar <strong>de</strong> outros é<br />

tarefa <strong>de</strong> mulheres. O estu<strong>do</strong> confirmou o que pesquisas sobre relações <strong>de</strong> gênero apontam: há muitos avanços no que diz<br />

respeito a práticas <strong>de</strong> exclusão sob a ótica <strong>de</strong> gênero, mas estão longe <strong>de</strong> serem superadas. Trazer à tona a categoria gênero<br />

nas pesquisas sobre educação contribui para abalar mecanismos sutis <strong>de</strong> discriminação e permite que práticas discursivas<br />

possam ser melhor analisadas, não apenas no que diz respeito às relações <strong>de</strong> gênero, mas sobre a diferença numa dimensão<br />

mais ampla.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GÊNERO, EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

TÍTULO: LEITURA EM SALA DE AULA - UM MESMO TEMA SOB A ÓTICA DE DIVERSOS GÊNEROS<br />

TEXTUAIS<br />

AUTOR(ES): SIMONE MÜLLER<br />

RESUMO: O homem é um ser inerentemente social. É através das relações que estabelece com o outro que se torna verda<strong>de</strong>iramente<br />

humano. Sabemos que a interação humana se dá por meio <strong>de</strong> textos, sejam eles orais ou escritos. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

esse aspecto, enten<strong>de</strong>mos que a escola <strong>de</strong>ve promover a aprendizagem significativa, através <strong>do</strong> ensino contextualiza<strong>do</strong>,<br />

537

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!