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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

TÍTULO: A LEITURA DA MÚSICA E A PESSOA IDOSA: AVENTURA SONORA PARA A VIDA<br />

AUTOR(ES): PEDRO LODOVICI NETO<br />

RESUMO: “O mais importante e bonito, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram<br />

terminadas...mas que elas vão sempre mudan<strong>do</strong>. Afinam ou <strong>de</strong>safinam. Verda<strong>de</strong> maior. É o que a vida me ensinou.” É<br />

assim que a gran<strong>de</strong> alma musical <strong>de</strong> Guimarães Rosa se manifesta em Gran<strong>de</strong> Sertão e Veredas, dizen<strong>do</strong> como ninguém <strong>do</strong><br />

essencial da vida humana: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pessoa <strong>de</strong>, a qualquer tempo, po<strong>de</strong>r encontrar seu lugar na socieda<strong>de</strong>. Vida<br />

humana que, se se aventurar pela leitura da música - assim evi<strong>de</strong>nciam os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta pesquisa antropológico-gerontológica<br />

da música - seguramente se manterá resiliente diante das <strong>de</strong>sventuras da vida, não se <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> afetar subjetivamente<br />

nem pelas marcas que lhe são impressas no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> tempo. Para uma leitura i<strong>de</strong>ologicamente a<strong>de</strong>quada das relações<br />

<strong>do</strong> homem com a música, primeiramente foi preciso saber das modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura tradicionalmente feitas da música. A<br />

partir daí, as perguntas a que buscamos resposta em pesquisa empírica: o que <strong>de</strong> diferencial ou <strong>de</strong> misterioso tem a música<br />

em termos <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> benéficos aos interlocutores, e que po<strong>de</strong>mos recuperar da leitura da música pelos i<strong>do</strong>sos<br />

e/ou junto aos i<strong>do</strong>sos? Que nos dizem as falas <strong>de</strong>sses musicistas-i<strong>do</strong>sos da capital paulistana, entrevista<strong>do</strong>s e filma<strong>do</strong>s em<br />

<strong>do</strong>cumentário, que fazem <strong>de</strong>la um uso profissional no merca<strong>do</strong>, e/ou ama<strong>do</strong>r e/ou <strong>de</strong> lazer?<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA DA MÚSICA, PESSOA IDOSA, MÚSICA NA VELHICE<br />

SESSÃO - PRÁTICAS DE LEITURA, GÊNERO E EXCLUSÃO 20<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Biblioteca Central da Unicamp - BC - SALA: Auditorio<br />

TÍTULO: A ARTICULAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE DISCURSO PRESENTES EM “SANTINHOS<br />

POLÍTICOS”<br />

AUTOR(ES): PRISCILA LOPES VIANA<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>ste artigo é analisar como se dá a articulação entre os tipos <strong>de</strong> discurso presentes em quatro<br />

exemplares <strong>do</strong> gênero textual “santinho político”. Para isso, utilizamos o aparato teórico-meto<strong>do</strong>lógico <strong>de</strong> Bronckart<br />

(1999), que admite duas modalida<strong>de</strong>s gerais <strong>de</strong> articulação entre tipos <strong>de</strong> discurso presentes em um mesmo texto. Uma<br />

<strong>de</strong>las é a “articulação por encaixamento”, pela qual os tipos <strong>de</strong> discurso permanecem <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s e or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s, ou seja,<br />

observa-se que há diversas marcas linguísticas explicitan<strong>do</strong> a relação <strong>de</strong> subordinação <strong>de</strong> um tipo ao outro pre<strong>do</strong>minante.<br />

A outra modalida<strong>de</strong> é a “articulação por fusão”, pela qual os tipos <strong>de</strong> discurso associam-se uns aos outros, em modalida<strong>de</strong>s<br />

variáveis. A análise das operações constitutivas <strong>do</strong>s mun<strong>do</strong>s discursivos <strong>de</strong>monstra que os textos <strong>do</strong>s “santinhos” (1) e<br />

(2) criam tanto o mun<strong>do</strong> discursivo “Mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Expor autônomo” bem como o “Mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Narrar autônomo”, o que<br />

nos sugere textos constituí<strong>do</strong>s pela fusão entre o “discurso teórico” e a “narração”. Percebe-se que, ao mesmo tempo em<br />

que há segmentos expon<strong>do</strong> <strong>de</strong>talhes sobre situações que envolvem as vidas profissionais e/ou pessoais <strong>do</strong>s candidatos,<br />

há abordagens <strong>de</strong> acontecimentos que recobram seus passa<strong>do</strong>s. Linguisticamente, essa fusão po<strong>de</strong> ser percebida, por<br />

exemplo, pelas marcas entrecruzadas <strong>de</strong> subsistemas <strong>de</strong> tempos da narração com organiza<strong>do</strong>res textuais <strong>de</strong> valor lógicoargumentativo<br />

próprios <strong>do</strong> discurso teórico. Em relação aos “santinhos” (3) e (4) constatou-se que apresentam, sobretu<strong>do</strong>,<br />

o tipo discurso interativo. Contu<strong>do</strong>, estão presentes, também, segmentos que criam um mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> narrar, isto é, segmentos<br />

<strong>do</strong> tipo relato interativo. Vale salientar que, sen<strong>do</strong> o gênero “santinho político” pertencente à modalida<strong>de</strong> escrita, esses <strong>do</strong>is<br />

tipos <strong>de</strong> discurso, por serem primordialmente da modalida<strong>de</strong> oral, são concebi<strong>do</strong>s – por Bronckart (1999) – em textos<br />

escritos como “secundários” ou “monologa<strong>do</strong>s”. Assim, verifica-se que os “santinhos” supracita<strong>do</strong>s trazem segmentos <strong>de</strong><br />

relatos interativos secundários encaixa<strong>do</strong>s no discurso interativo secundário.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SANTINHO POLÍTICO, INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO, TIPO DE DISCURSO<br />

TÍTULO: PARA UM OLHAR FEMININO DA HISTÓRIA: O CASO DE A MULHER QUE ESCREVEU A<br />

BÍBLIA DE MOACYR SCLIAR<br />

AUTOR(ES): RAFAELLA BERTO PUCCA<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é analisar o romance A mulher que escreveu a Bíblia, <strong>de</strong> Moacyr Scliar, a partir da<br />

perspectiva <strong>de</strong> revisão histórica pretendida pela obra, que reconta sob uma outra visão (o olhar feminino) episódios <strong>do</strong><br />

primeiro texto canônico: A Sagrada Escritura. Para tanto, o enfoque estará no olhar da narra<strong>do</strong>ra e protagonista, ou seja,<br />

o olhar ex-cêntrico <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por Linda Hutcheon (o das margens, fora <strong>do</strong>s centros produtores <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>), tentan<strong>do</strong><br />

mostrar que ao dar a voz a uma mulher para narrar a trajetória da humanida<strong>de</strong>, pautan<strong>do</strong>-se na versão bíblica, o escritor<br />

gaúcho nos mostra que a posição <strong>do</strong> discurso é uma questão <strong>de</strong> perspectiva, e não um da<strong>do</strong> natural, conforme propõe a<br />

historigrafia tradicional. Percebemos, portanto, que ao criar tal inversão, <strong>de</strong>sconstruin<strong>do</strong> um discurso tipicamente patriarcal<br />

para retomá-lo a partir <strong>do</strong> olhar feminino, o autor <strong>de</strong> Sonhos Tropicais apresenta uma reflexão sobre como tem si<strong>do</strong> composta<br />

a nossa História (ou nossa historiografia), isto é, elaborada <strong>de</strong> maneira exclu<strong>de</strong>nte e unilateral, pautada unicamente na<br />

versão <strong>do</strong>s vence<strong>do</strong>res (ou heróis) na disputa pelo po<strong>de</strong>r da palavra, ou seja, trata-se apenas da versão <strong>do</strong> homem (e nunca<br />

da mulher), sen<strong>do</strong> este branco (e não <strong>de</strong> outra etnia) e oci<strong>de</strong>ntal.<br />

PALAVRAS-CHAVE: RELEITURA HISTÓRICA, LITERATURA CONTEMPORÂNEA, OLHAR EX-CÊNTRICO<br />

TÍTULO: ALTERNATIVAS APRESENTADAS PELOS PROFESSORES PARA O TRABALHO COM A<br />

LEITURA EM SALA DE AULA<br />

AUTOR(ES): RAQUEL MONTEIRO DA SILVA FREITAS<br />

RESUMO: Essa comunicação objetiva apresentar da<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s ao plano <strong>de</strong> trabalho Práticas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> professor<br />

que está inseri<strong>do</strong> no projeto Práticas escolares <strong>de</strong> leitura e discursos sobre a leitura, coor<strong>de</strong>nada pela Professora Doutora<br />

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