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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos<br />

e o <strong>do</strong>mínio patriarcal principalmente sobre as mulheres são aponta<strong>do</strong>s como motivos para a saída das jovens <strong>do</strong> meio rural e<br />

migração para as cida<strong>de</strong>s em busca <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e emprego (CASTRO, 2008). A educação po<strong>de</strong> nortear os rumos <strong>de</strong> uma<br />

socieda<strong>de</strong>, neste caso das relações estabelecidas no meio rural, on<strong>de</strong> muitas mudanças vêm ocorren<strong>do</strong> no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> família<br />

tradicional. O espaço escolar po<strong>de</strong>rá se configurar como um espaço <strong>de</strong> reprodução da <strong>do</strong>minação <strong>do</strong> homem sobre a mulher<br />

ou transmitir outros valores que influenciarão na mudança da tradicional relação entre estes sujeitos. A escola acaba inculcan<strong>do</strong><br />

valores, como por exemplo, o incentivo ao consumo que repercute no acesso as novida<strong>de</strong>s que facilitam o trabalho <strong>do</strong>méstico<br />

e transformam padrões <strong>de</strong> vida no campo (MEDEIROS, 2008). O que se preten<strong>de</strong> questionar é o peso da educação na emancipação<br />

das mulheres <strong>do</strong> campo. Até que ponto o acesso à educação torna as mulheres mais críticas sobre sua condição <strong>de</strong><br />

sujeito que tem direitos nega<strong>do</strong>s, como direito a terra, a saú<strong>de</strong>, a aposenta<strong>do</strong>ria, a salário-maternida<strong>de</strong>, a educação. Ou se esta<br />

consciência <strong>de</strong> sujeito subordina<strong>do</strong> acontece no cotidiano e a educação somente contribui para a manutenção da <strong>do</strong>minação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ASSENTAMENTOS RURAIS, EDUCAÇÃO POPULAR, GÊNERO<br />

SESSÃO - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 7<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 14<br />

TÍTULO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO E LEITURA NA EMPRESA<br />

AUTOR(ES): EGON DE OLIVEIRA RANGEL, ANA LUIZA MARCONDES GARCIA, MAURÍCIO<br />

ERNICA<br />

RESUMO: O trabalho expõe uma proposta <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> letramento e <strong>de</strong> leitura em contexto empresarial,<br />

nascida da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> uma empresa brasileira. Tal <strong>de</strong>manda ocorreu como um <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento da aplicação,<br />

na empresa, <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> conhecimentos sobre normas <strong>de</strong> segurança aplica<strong>do</strong> a funcionários. Diante <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

surpreen<strong>de</strong>ntemente negativos, os responsáveis chegaram à conclusão <strong>de</strong> que os funcionários, mais que <strong>de</strong>sconhecer normas<br />

básicas <strong>de</strong> segurança, não teriam <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a contento habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura requeridas para compreen<strong>de</strong>r os<br />

questionários utiliza<strong>do</strong>s como instrumentos <strong>do</strong> teste. Em consequência, suas respostas não testemunhariam a<strong>de</strong>quadamente<br />

o conhecimento ou o <strong>de</strong>sconhecimento das normas. Formulou-se assim um projeto <strong>de</strong> intervenção volta<strong>do</strong> para<br />

o letramento e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências leitoras <strong>de</strong> funcionários interessa<strong>do</strong>s em melhorar seu <strong>de</strong>sempenho<br />

em leitura e em aprofundar suas relações com o trabalho. Isso implica, certamente, o ensino <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s específicas,<br />

como i<strong>de</strong>ntificar informações explícitas, inferir informações implícitas, i<strong>de</strong>ntificar o objetivo <strong>de</strong> um texto, compreen<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>scrições, argumentos, explicações, instruções etc. Contu<strong>do</strong>, essas habilida<strong>de</strong>s só po<strong>de</strong>rão ser efetivas se se incorporarem<br />

às práticas cotidianas, respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a <strong>de</strong>mandas pessoais e cumprin<strong>do</strong> funções culturais, sociais e pessoais autênticas. O<br />

que se objetiva na proposta, portanto, são transformações pessoais vinculadas a transformações <strong>do</strong> próprio ambiente <strong>de</strong><br />

trabalho, em especial das formas <strong>de</strong> interação nesse contexto. As ativida<strong>de</strong>s propostas visam a promoção <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong><br />

funcionários a patamares superiores <strong>de</strong> letramento e <strong>de</strong> proficiência em leitura, o que implica um conjunto <strong>de</strong> iniciativas<br />

<strong>de</strong>stinadas a transformar o ambiente <strong>de</strong> trabalho numa espécie <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> leitora, <strong>de</strong>finida quer pelas relações pessoais<br />

<strong>de</strong> seus membros com a leitura, quer por suas <strong>de</strong>mandas comuns <strong>de</strong> leitura profissional. Em resumo, trata-se <strong>de</strong> expor um<br />

projeto específico para a formação <strong>de</strong> leitores em contexto <strong>de</strong> trabalho, formula<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>s pressupostos teóricos da<br />

área <strong>do</strong> letramento (Soares, 1998).<br />

PALAVRAS-CHAVE: LETRAMENTO, ADULTOS, EMPRESA<br />

TÍTULO: PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA EJA: O QUE ESPERAM OS ALUNOS? O QUE FAZEM<br />

OS PROFESSORES?<br />

AUTOR(ES): ELIANA BORGES CORREIA DE ALBUQUERQUE, JOSEMAR GUEDES FERREIRA<br />

RESUMO: A questão da alfabetização <strong>de</strong> adultos no <strong>Brasil</strong> é um problema complexo e exige muita atenção por parte <strong>de</strong><br />

diversos segmentos da socieda<strong>de</strong>. A Educação <strong>de</strong> pessoas Jovens e Adulta (EJA), nos últimos anos, vem sen<strong>do</strong> pensada <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> a consi<strong>de</strong>rar o aluno como um ser social que tem experiências diárias com o mun<strong>do</strong> letra<strong>do</strong>. Esta pesquisa correspon<strong>de</strong>u<br />

a um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso que buscou analisar a prática <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> uma professora da EJA e a relação <strong>de</strong>ssa prática com a<br />

aprendizagem <strong>do</strong>s alunos no que se refere à apropriação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> escrita alfabética. A pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvida em uma<br />

turma <strong>do</strong> módulo I (alfabetização) em uma escola da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Recife–PE. Quanto aos procedimentos<br />

meto<strong>do</strong>lógicos foram realizadas observações <strong>de</strong> aulas para caracterizar a prática <strong>de</strong> alfabetização da professora investigada,<br />

e entrevistas com um grupo <strong>de</strong> alunos para buscar perceber as expectativas <strong>de</strong>les em relação ao aprendiza<strong>do</strong> da leitura e da<br />

escrita. Para avaliação da aprendizagem <strong>do</strong>s alunos no que se refere à apropriação da escrita alfabética, eles foram solicita<strong>do</strong>s<br />

a realizar uma ativida<strong>de</strong> diagnóstica <strong>de</strong> dita<strong>do</strong> mu<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is momentos <strong>do</strong> ano letivo. A análise das observações revelou que<br />

a professora <strong>de</strong>senvolvia uma prática assistemática <strong>de</strong> alfabetização, que priorizava a expressão oral e a construção e cópia <strong>de</strong><br />

frases, e envolvia muito poucas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflexão sobre o nosso sistema <strong>de</strong> escrita. Com base na análise das entrevistas<br />

com os alunos e das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrita que fizeram, pô<strong>de</strong>-se perceber que as expectativas que eles tinham ao retornar à<br />

escola para apren<strong>de</strong>r a ler e escrever não foram confirmadas, uma vez que a maioria <strong>de</strong>les não progrediu significativamente na<br />

aprendizagem da leitura e da escrita, e alguns culpavam a si mesmo por tal “fracasso”.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALFABETIZAÇÃO, PRÁTICAS, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS<br />

TÍTULO: VARIANTES LINGUÍSTICAS EM CLASSES DA EJA: ALGUMAS REFLEXõES EM TORNO<br />

DA ATUAÇÃO DOCENTE<br />

AUTOR(ES): ERICA BASTOS DA SILVA<br />

RESUMO: A partir das percepções <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes da EJA, preten<strong>de</strong>-se fazer uma breve análise <strong>de</strong> como é tratada a questão<br />

das variantes linguísticas, ten<strong>do</strong> como campo empírico uma escola pública da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r. O estu<strong>do</strong> está<br />

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