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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

TÍTULO: LEITURA NA ESCOLA: UM MODO SÓCIO-INTERACIONISTA DE LER<br />

AUTOR(ES): MARIA DE FATIMA ALMEIDA<br />

RESUMO: O ensino e aprendizagem da leitura se acentuaram nos últimos anos. A ênfase maior tem si<strong>do</strong> na sala <strong>de</strong> aula,<br />

on<strong>de</strong> percebemos que as práticas pedagógicas revelam a importância da interação, na qual o sujeito po<strong>de</strong>rá exercer plenamente<br />

o papel <strong>de</strong> leitor crítico e reflexivo. A escola da atualida<strong>de</strong> necessita ser o lugar das interações, das inter-subjetivida<strong>de</strong>s e das<br />

construções <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto. Ler é um processo interativo e participativo, complexo e inacaba<strong>do</strong>, no qual o sujeito leitor estabelece<br />

uma relação com o texto e seu autor, produzin<strong>do</strong> outros senti<strong>do</strong>s. Propomo-nos mostrar as experiências com alunos<br />

da 4ª série <strong>de</strong> escolas públicas <strong>de</strong> João Pessoa, nas quais realizamos um projeto <strong>de</strong> melhoria da aprendizagem da leitura. O eixo<br />

teórico está pauta<strong>do</strong> nas teorias sócio-interacionistas <strong>de</strong> Bakhtin (1981) e <strong>de</strong> Almeida (2004) e nas teorias sobre o discurso. A<br />

meto<strong>do</strong>logia utilizada constitui-se <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> leitura em que são apresenta<strong>do</strong>s e li<strong>do</strong>s diversos gêneros discursivos. As análises<br />

mostram que as lacunas na formação <strong>do</strong> professor po<strong>de</strong>m interferir no ensino da leitura na escola. Os resulta<strong>do</strong>s mostram que<br />

ler e escrever são práticas relevantes para a formação da cidadania e para as mudanças sociais esperadas. As conclusões apontam<br />

que há diversos movimentos interpretativos entre os sujeitos que interagem no processo <strong>de</strong> construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> em<br />

sala <strong>de</strong> aula. Observamos que a aula é um espaço aberto capaz <strong>de</strong> propiciar várias estratégias <strong>de</strong> leitura atualizan<strong>do</strong> teorias mais<br />

recentes sobre linguagem, leitura e gênero. O ato <strong>de</strong> ler é um processo que requer leitores competentes. A leitura não é neutra<br />

nem é algo simbólico e solitário. Ler é a interação autor/leitor/texto e o sujeito/leitor interpreta ou lê o gênero atribuin<strong>do</strong> os<br />

senti<strong>do</strong>s possíveis. Ler é uma construção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> e a escola é o lugar das interações e <strong>do</strong>s diálogos entre sujeitos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, LEITURA, ENSINO<br />

TÍTULO: ENTRE PRÁTICAS DE ESCRITA E DE LEITURA: AS ESCRITURAS ORDINÁRIAS NO<br />

EPISTOLÁRIO PORTINARIANO<br />

AUTOR(ES): MARIA DE FÁTIMA FONTES PIAZZA<br />

RESUMO: A presente comunicação tem como objetivo perscrutar no epistolário portinariano - no que Jean Hébrard<br />

cunhou como as “escrituras ordinárias“ -, aí incluídas as cartas entre o pintor Cândi<strong>do</strong> Portinari (1903-1962) e sua irmã 19<br />

anos mais moça, Inês Portinari [Pinto <strong>de</strong> Carvalho] (1922). No conjunto epistolar, o que chamou atenção foi uma carta<br />

<strong>do</strong> pintor para sua irmã Inês, com papel timbra<strong>do</strong> da recém-fundada e efêmera Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral (UDF),<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, então capital da República, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1935 lecionava pintura mural e <strong>de</strong> cavalete no<br />

Instituto <strong>de</strong> Artes. Essa carta que compõe o epistolário <strong>do</strong> pintor permite vislumbrar o entrecruzamento <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong><br />

escrita e <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> uma jovem mora<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Brodósqui, no interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Também, permite perceber<br />

como se <strong>de</strong>senvolviam as relações <strong>de</strong> gênero nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XX e, consequentemente, os padrões <strong>de</strong><br />

comportamento e os códigos <strong>de</strong> conduta impostos à uma a<strong>do</strong>lescente interiorana no âmbito da cultura letrada. Algumas<br />

hipóteses <strong>de</strong>vem ser levantadas: Quais os livros que Inês lia? Por que o pintor <strong>de</strong> Brodósqui manifestou preocupação com a<br />

leitura das obras <strong>de</strong> Macha<strong>do</strong> <strong>de</strong> Assis? Ao que parece, o perigo estava na leitura <strong>de</strong> um romance por uma moça e no retiro<br />

da solidão, advém daí a sugestão <strong>do</strong> irmão, que a<strong>do</strong>ta a postura <strong>de</strong> um patriarca: “Você <strong>de</strong>ve ler em voz alta para ella [sua<br />

irmã Pellegrina Portinari, Tata] também, mas antes pergunta ao pae ou ao Zé o livro que serve“.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PRÁTICAS DE LEITURA, EPISTOLÁRIO, GÊNERO<br />

TÍTULO: ESCOLA, SEXUALIDADE E EXCLUSÃO: AS DIFERENÇAS EM DEBATE NOS SABERES EM<br />

EDUCAÇÃO<br />

AUTOR(ES): MARIA DE FÁTIMA SALUM MOREIRA, FABIO HENRIQUE GULO<br />

RESUMO: Esta pesquisa apresenta resulta<strong>do</strong>s parciais <strong>de</strong> investigação cujo objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> são discussões teóricas sobre<br />

sexualida<strong>de</strong> e suas relações com a educação escolar, presentes nas pesquisas em educação no <strong>Brasil</strong>. Objetiva-se compreen<strong>de</strong>r<br />

quais são os principais temas e questões discuti<strong>do</strong>s, bem como as diretrizes que apontam para o enfrentamento <strong>do</strong>s<br />

problemas <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s. Para isso, foram levanta<strong>do</strong>s os trabalhos <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, produzi<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> 2000 a<br />

2004, constantes na Base <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s “Ariadne”, <strong>de</strong>senvolvida pelo Grupo <strong>de</strong> Pesquisa EdGES, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação<br />

da USP. A base disponibilizou os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa que visou atualizar, sistematizar e difundir o conhecimento produzi<strong>do</strong>,<br />

no perío<strong>do</strong> entre 1990 e 2005, sobre gênero, mulheres e sexualida<strong>de</strong> na interface com a educação formal. Segue-se a<br />

abordagem sócio-histórica e da linguagem <strong>de</strong> Bakhtin (1990) e os procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos da “análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>”,<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por Bardin (1977). Os primeiros resulta<strong>do</strong>s, a serem apresenta<strong>do</strong>s nesta comunicação, originaram-se <strong>do</strong><br />

mapeamento e análise <strong>do</strong>s títulos, resumos e palavras-chave das 123 pesquisas que foram selecionadas na Base Ariadne.<br />

Espera-se que, com esta pesquisa, possamos obter os seguintes resulta<strong>do</strong>s: 1) contribuir para a discussão sobre as relações<br />

entre textos, leituras e po<strong>de</strong>r e 2) proporcionar subsídios para a problematização <strong>do</strong>s saberes em educação no que diz respeito<br />

ao mo<strong>do</strong> como as diferenças são abordadas e os mo<strong>de</strong>los fixos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> são questiona<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCOLA, SEXUALIDADE, SABERES ACADÊMICOS<br />

SESSÃO - PRÁTICAS DE LEITURA, GÊNERO E EXCLUSÃO 17<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação - FE - SALA: Sala <strong>de</strong> Defesa, Bloco C, 2º andar<br />

TÍTULO: LEITURAS DAS PROFESSORAS: UMA TRAJETÓRIA DE TRADIÇõES ORAIS<br />

AUTOR(ES): MARIA HELENA DA ROCHA BESNOSIK<br />

RESUMO: Este trabalho é um recorte <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> sobre a prática <strong>do</strong>s Círculos <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> realizadas com professoras<br />

que lecionam na zona rural <strong>de</strong> três municípios <strong>do</strong> interior da Bahia (Can<strong>de</strong>ias, Santanopólis, Antonio Car<strong>do</strong>so), cujo objetivo<br />

consistia em aproximá-las da leitura <strong>do</strong> texto literário. Da observação e análise <strong>do</strong>s quarenta e <strong>do</strong>is encontros <strong>de</strong>senvol-<br />

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