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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

crônica e irreversível e o pai trabalha<strong>do</strong>r itinerante, ausente gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao trabalho – o que ocasionou<br />

intenso convívio com uma ca<strong>de</strong>la, que se tornou “mo<strong>de</strong>lo” <strong>de</strong> comportamento para os meninos. Ao serem encontra<strong>do</strong>s<br />

pelo Conselho Tutelar, Rubi e Diamante receberam os cuida<strong>do</strong>s necessários e foram encaminha<strong>do</strong>s a uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência<br />

à criança. Após um mês, tiveram contato com o contexto escolar e o confronto cultural foi inevitável, experiência<br />

esta que se tornou objeto <strong>de</strong> nossa pesquisa. A meto<strong>do</strong>logia utilizada foi a Pesquisa Qualitativa, por meio <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso.<br />

A análise baseou-se na interface entre Antropologia, Estu<strong>do</strong>s Filosóficos, Memória, Cultura Escolar pelo entendimento<br />

<strong>de</strong> que são importantes interlocutores para estu<strong>do</strong>s em educação, com o intuito <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r à seguinte questão: estaria<br />

a escola preparada para receber alunos com diferenças culturais tão acentuadas no contexto escolar? Ao iniciar a investigação<br />

<strong>de</strong>ssa história, pu<strong>de</strong>mos contar com duas fontes, a <strong>do</strong>cumental e a oral, as quais nos forneceram vestígios que nos<br />

auxiliaram a contá-la, apesar <strong>de</strong> suas lacunas, silêncios, ausências e exclusões. No presente texto, optamos pelo recorte <strong>do</strong>s<br />

conceitos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, inclusão e exclusão, inclusão e integração, ensino regular e ensino especial.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SOCIEDADE;, EDUCAÇÃO;, CULTURA.<br />

TÍTULO: COM CARINHO E COM PRESSA DE LER O RESTO. CARTAS DE UMA LEITORA DE<br />

PEDRO NAVA.<br />

AUTOR(ES): GREYCE KELY PIOVESAN<br />

RESUMO: Pedro Nava foi um memorialista consagra<strong>do</strong> entre as décadas <strong>de</strong> 70 e 80 <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>. Seus seis livros <strong>de</strong><br />

memórias lhe ren<strong>de</strong>ram reconhecimento nacional, entre os homens <strong>de</strong> letras e os leitores ordinários. No Arquivo-Museu<br />

<strong>de</strong> Literatura <strong>Brasil</strong>eira, encontramos um número expressivo <strong>de</strong> missivas que tiveram como assunto principal a obra naviana.<br />

São cerca <strong>de</strong> 400 remetentes tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> temas liga<strong>do</strong>s às letras. Este trabalho tem como fonte principal as cartas<br />

<strong>de</strong> uma leitora enviadas ao médico-memorialista Pedro Nava. São 13 epístolas remetidas entre 1978 e 1983. Estes escritos<br />

ordinários nos mostram um pouco da forma <strong>de</strong> ler e se apropriar <strong>de</strong>ssa leitora, além das relações travadas com o autor<br />

da obra, passan<strong>do</strong> <strong>do</strong> conhecimento público para relações pessoais e até afetivas. As cartas são capazes <strong>de</strong> apresentar um<br />

testemunho registra<strong>do</strong> no momento da leitura ou logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>la, dan<strong>do</strong> aos pesquisa<strong>do</strong>res a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualizar<br />

o relato sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r apenas <strong>do</strong>s <strong>de</strong>poimentos orais apoia<strong>do</strong>s na memória <strong>do</strong>s leitores, muitas vezes impossível <strong>de</strong> ser<br />

apreendi<strong>do</strong>. Essas missivas trazem a voz <strong>de</strong> uma mulher <strong>de</strong> classe média (como ela própria se <strong>de</strong>fine) que vivia longe <strong>do</strong>s<br />

gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> produção letrada <strong>do</strong> país mas que incluiu as memórias <strong>de</strong> Nava em seu cotidiano <strong>de</strong> uma maneira muito<br />

particular e íntima.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EPISTOLOGRAFIA, PEDRO NAVA, HISTÓRIA DA LEITURA<br />

SESSÃO - PRÁTICAS DE LEITURA, GÊNERO E EXCLUSÃO 10<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação - FE - SALA: Sala <strong>de</strong> Defesa, Bloco C, 2º andar<br />

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NAS PRÁTICAS<br />

PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA.<br />

AUTOR(ES): HILIANA ALVES DOS SANTOS NASCIMENTO<br />

RESUMO: Em consonância com as novas perspectivas teóricas <strong>de</strong> ensino da língua e as orientações <strong>do</strong>s Parâmetros<br />

Curriculares Nacionais e <strong>de</strong> outros renoma<strong>do</strong>s teóricos no que se refere à utilização <strong>do</strong>s Gêneros Textuais, investigamos a<br />

prática didática <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa. Optamos pela análise qualitativa, pautada na prática <strong>do</strong>cente articulada<br />

às correntes teóricas que permeiam o ensino <strong>de</strong> língua materna, constatada através <strong>de</strong> questionário aplica<strong>do</strong> a professores<br />

<strong>de</strong> Língua Portuguesa das re<strong>de</strong>s estadual, municipal e particular <strong>de</strong> ensino, visan<strong>do</strong> a uma reflexão sobre nossa prática diante<br />

das inovações. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> ser <strong>de</strong> extrema importância a utilização da diversida<strong>de</strong> textual nas salas <strong>de</strong> aula, para conexões<br />

entre as ativida<strong>de</strong>s discursivas propostas pela escola e a vida <strong>do</strong> aluno na socieda<strong>de</strong>, vê-se a utilização <strong>de</strong> gêneros textuais<br />

diversifica<strong>do</strong>s como uma forma <strong>de</strong> aproximar o discente das situações originais <strong>de</strong> produções <strong>de</strong> textos orais e escritos,<br />

contribuin<strong>do</strong> efetivamente para o aprendiza<strong>do</strong> significativo <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> leitura, produção e compreensão. Ao mesmo<br />

tempo, constata-se que ainda é tími<strong>do</strong> o conhecimento teórico relativo ao ensino com a utilização <strong>do</strong>s gêneros textuais, o<br />

que dificulta sua inserção nas práticas pedagógicas <strong>do</strong> professor em sala <strong>de</strong> aula, muito embora se reconheça que a leitura e<br />

a escrita são pontes incontestáveis para a construção <strong>do</strong> conhecimento. Neste trabalho, <strong>de</strong>staca-se a necessida<strong>de</strong> da inserção<br />

<strong>do</strong>s gêneros textuais nas aulas <strong>do</strong> Ensino Fundamental visan<strong>do</strong> a uma articulação com a prática social <strong>do</strong> aluno, <strong>de</strong> forma<br />

a alcançar resulta<strong>do</strong>s exitosos com relação à leitura <strong>de</strong>ntro e fora da escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GÊNEROS TEXTUAIS, LÍNGUA PORTUGUESA, PRÁTICA PEDAGÓGICA<br />

TÍTULO: HISTÓRIAS LEITORAS QUILOMBOLAS: QUANDO A IMAGINAÇÃO TRANSVÊ<br />

AUTOR(ES): ILMARA VALOIS BACELAR FIGUEIREDO COUTINHO<br />

RESUMO: O trabalho versa sobre histórias leitoras quilombolas lembradas e compartilhadas, durante uma pesquisa <strong>de</strong><br />

Mestra<strong>do</strong>, pelos mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Coqueiros, comunida<strong>de</strong> remanescente <strong>de</strong> quilombo situada na região <strong>de</strong> Mirangaba -BA, e<br />

tem por objetivo problematizar as intrincadas relações existentes entre leitura, memória e formação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Trata-se<br />

<strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> cunho etnográfico, ten<strong>do</strong> nas estrevistas <strong>de</strong>nominadas trajetórias <strong>de</strong> vida instrumento privilegia<strong>do</strong> para<br />

a construção <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s empíricos, que foram analisa<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s pressupostos da Análise <strong>de</strong> Discurso. Os gestos <strong>de</strong><br />

leituras teci<strong>do</strong>s durante a pesquisa foram concretiza<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ler o quilombo, em sua historicida<strong>de</strong> e contemporaneida<strong>de</strong>;<br />

ler a leitura, em seus <strong>de</strong>terminantes teóricos, principalmente no que tange aos aspectos sociais, culturais e políticos<br />

constitutivos; e ler a leitura <strong>do</strong> quilombo <strong>de</strong> Coqueiros, buscan<strong>do</strong> significar essa ação impreterivelmente ligada às práticas <strong>de</strong><br />

apo<strong>de</strong>ramento da escrita em uma comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> a prevalência <strong>do</strong> oral é marcante para os processos <strong>de</strong> construção <strong>do</strong>s<br />

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