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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

<strong>de</strong> consciência que envolve a explicação e justificativa <strong>do</strong>s sujeitos sobre o seu conceito com base em outras perspectivas.<br />

Tomou-se como fonte <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s as verbalizações <strong>do</strong>s professores e das professoras antes, durante e <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

intervenção pedagógica. Caracterizamos esta análise como uma pesquisa-ação participativa, ao consi<strong>de</strong>rar a pesquisa um<br />

instrumento <strong>de</strong> “(re)construção” <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista ético, bem como um instrumento privilegia<strong>do</strong> para<br />

a realização <strong>de</strong> investigações sobre a escola e a prática <strong>do</strong>cente por meio <strong>de</strong> problematizações. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste artigo<br />

apontaram um movimento <strong>de</strong> opiniões e <strong>de</strong>finições <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> gênero apresenta<strong>do</strong> pelos/as professores/as após o<br />

processo <strong>de</strong> intervenção pedagógica. Esse movimento evi<strong>de</strong>nciou abertura à compreensão <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> gênero diferente<br />

das representações iniciais <strong>do</strong>s sujeitos. Consi<strong>de</strong>ramos que tais resulta<strong>do</strong>s revelam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maiores discussões<br />

sobre o gênero no ambiente escolar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO ESCOLAR, GÊNERO, FORMAÇÃO DOCENTE<br />

TÍTULO: A CONDIÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE RISCO NO BRASIL:<br />

UMA LEITURA HISTÓRICO-LEGISLATIVA<br />

AUTOR(ES): FERNANDA BOMBARDA<br />

RESUMO: A questão da condição das crianças e a<strong>do</strong>lescentes em situação <strong>de</strong> risco sempre esteve presente na socieda<strong>de</strong><br />

brasileira. Des<strong>de</strong> a colonização aos dias <strong>de</strong> hoje, é <strong>de</strong> fácil percepção as transformações que ocorreram no mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> olhar<br />

para esse problema. No perío<strong>do</strong> da colonização começou-se a perceber um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> crianças aban<strong>do</strong>nadas. Essas<br />

crianças, geralmente fruto <strong>de</strong> uma relação fora <strong>do</strong> casamento, eram <strong>de</strong>ixadas na rua. A colônia não contava com nenhum<br />

tipo <strong>de</strong> lei, <strong>de</strong>ssa forma, não po<strong>de</strong>ria modificar essa situação, que cada vez mais se agravava. Com o passar <strong>do</strong> tempo e o<br />

aumento <strong>do</strong>s problemas, foram se instituin<strong>do</strong> leis no território colonial e aos poucos, as crianças e os a<strong>do</strong>lescentes foram<br />

reconheci<strong>do</strong>s como pessoas em situação <strong>de</strong> risco. Com a transformação da socieda<strong>de</strong>, as leis que versavam sobre as crianças<br />

e os a<strong>do</strong>lescentes em situação <strong>de</strong> risco também acompanharam essas mudanças, partimos <strong>de</strong> leis que tinham um caráter<br />

meramente assistencialista e disciplina<strong>do</strong>r, para leis que apontam as crianças e a<strong>do</strong>lescentes como seres em formação. Neste<br />

artigo, buscamos compreen<strong>de</strong>r através <strong>do</strong>s processos históricos e legislativos a transformação da condição da criança e <strong>do</strong><br />

a<strong>do</strong>lescente em situação <strong>de</strong> risco no <strong>Brasil</strong>, através <strong>do</strong> tempo. Por meio da leitura das leis e <strong>do</strong>s processos históricos, ocorri<strong>do</strong>s<br />

no país, <strong>do</strong> <strong>de</strong>scobrimento a lei 8.069, <strong>de</strong> 1990 (Estatuto da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente), apontamos quais foram algumas<br />

das mudanças que ocorreram na condição legal das crianças e a<strong>do</strong>lescentes em situação <strong>de</strong> risco no <strong>Brasil</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA HISTÓRICO-LEGISLATIVA, CRIANÇA E ADOLESCENTES, SITUAÇÃO DE RISCO<br />

TÍTULO: LEITURAS DE PROFESSORAS ALFABETIZADORAS: MEMÓRIAS E PRÁTICAS<br />

PEDAGÓGICAS ESCOLARES<br />

AUTOR(ES): FILOMENA ELAINE PAIVA ASSOLINI, GISLAINE GASPARIN NOBILE<br />

RESUMO: Neste trabalho, apresentamos um recorte <strong>de</strong> uma ampla pesquisa que investigou a relação que trinta professoras<br />

alfabetiza<strong>do</strong>ras estabeleceram com a leitura, ao longo <strong>de</strong> suas vidas. Com base na Análise <strong>do</strong> Discurso <strong>de</strong> “linha”<br />

francesa (<strong>do</strong>ravante AD), na abordagem Sócio-Histórica <strong>do</strong> Letramento e nas contribuições <strong>de</strong> Chartier, buscamos saber se<br />

e como tais relações repercutem em suas práticas pedagógicas escolares. Dentre outros, o conceito <strong>de</strong> memória discursiva<br />

proposto pela AD foi por nós mobiliza<strong>do</strong>, para analisarmos os ecos das vivências e experiências com a leitura nos fazeres<br />

pedagógicos <strong>de</strong> professoras alfabetiza<strong>do</strong>ras. Sen<strong>do</strong> trabalhada pela noção <strong>de</strong> interdiscurso, como propõe Orlandi (2006),<br />

memória discursiva po<strong>de</strong> ser entendida como sen<strong>do</strong> “algo que fala antes em outro lugar e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente”. Nosso<br />

corpus foi constituí<strong>do</strong> por narrativas e <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> trinta professoras alfabetiza<strong>do</strong>ras que ministram aulas para os anos<br />

iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental, em diferentes cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo-SP-<strong>Brasil</strong>. Integram também nosso<br />

corpus, registros escritos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> observações <strong>de</strong> aulas ministradas por essas educa<strong>do</strong>ras. Os materiais didáticos<br />

por elas utiliza<strong>do</strong>s para o preparo <strong>de</strong> suas aulas também fazem parte <strong>de</strong> nosso corpus. A partir <strong>de</strong>sse amplo espaço discursivo<br />

(Maingueneau,1984), selecionamos alguns recortes discursivos <strong>de</strong> referência, SDR, Courtine (1982), que constituem os<br />

recortes analisa<strong>do</strong>s. Nossas análises apontam que sujeitos-professores cujas memórias discursivas vinculam afetos positivos<br />

às suas experiências com a leitura buscam <strong>de</strong>senvolver práticas pedagógicas escolares que possibilitam aos educan<strong>do</strong>s pelos<br />

quais são responsáveis ocupar a posição <strong>de</strong> sujeitos que produzem senti<strong>do</strong>s. Por outro la<strong>do</strong>, vivências e experiências com a<br />

leitura associadas ao <strong>de</strong>sprazer, à interdição, à obrigatorieda<strong>de</strong> e às situações pífias, quan<strong>do</strong> não ressignificadas, contribuem<br />

para com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> sujeito professor com formações discursivas nas quais pre<strong>do</strong>minam características <strong>do</strong> discurso<br />

pedagógico escolar tradicional.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PROFESSORAS ALFABETIZADORAS, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS<br />

TÍTULO: A LEITURA DE QUADRINHOS (HQS): UMA BOA VIA PARA A AFETAÇÃO POLÍTICA DO<br />

JOVEM ESTUDANTE?<br />

AUTOR(ES): FLAMÍNIA MANZANO MOREIRA LODOVICI<br />

RESUMO: Dizer da leitura <strong>de</strong> histórias em quadrinhos (HQs) na escola <strong>de</strong> primeiro e segun<strong>do</strong> graus não parece nada<br />

novo, já que os professores vêm-se valen<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse procedimento há tempos, seja interpretan<strong>do</strong> com seus alunos uma tira, seja<br />

promoven<strong>do</strong> a leitura <strong>de</strong> toda uma historinha. Tal ativida<strong>de</strong>, por outro la<strong>do</strong>, po<strong>de</strong> tornar-se uma via bastante produtiva na<br />

formação <strong>do</strong> jovem, especialmente o <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> grau, se possível for a análise <strong>de</strong> personagens <strong>de</strong> caráter político, cuja sugestão<br />

aqui inci<strong>de</strong> em Ubal<strong>do</strong>, o Paranóico, cria<strong>do</strong> por Henfil e Tarik <strong>de</strong> Souza, para a revista IstoË, nos anos <strong>de</strong> 1964 a 1985. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, o objetivo é focar um personagem <strong>de</strong> quadrinhos cujos traços permitam uma efetiva análise da complementarida<strong>de</strong><br />

verbal e não-verbal presente em eus processos constitutivos, além da recuperação <strong>do</strong>s aspectos i<strong>de</strong>ológicos que permeiam<br />

ambas as linguagens e que trazem afeta<strong>do</strong>res efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> aos leitores. Justamente para que o jovem estudante se dê conta<br />

<strong>do</strong> que é ser um sujeito político; que ele próprio, ainda que não o admita, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer política no dia-a-dia (no senti<strong>do</strong><br />

brechtiniano); que o jovem ganhe luci<strong>de</strong>z e compreensão sobre um triste perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> nossa história ainda não problematiza<strong>do</strong><br />

à altura <strong>de</strong> sua real complexida<strong>de</strong> e que nos convoca insistentemente a obstar qualquer tentativa <strong>de</strong> sua repetição; que o jovem<br />

possa, enfim, enten<strong>de</strong>r e reconhecer que fazer política po<strong>de</strong> ser forma digna <strong>de</strong> exercer a cidadania.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA DE QUADRINHOS, LINGUAGEM DAS HQS, LEITURA DO POLÍTICO NA<br />

SOCIEDADE<br />

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