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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

com um total <strong>de</strong> 74 aulas, com carga horária <strong>de</strong> seis horas semanais. Além das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação, é instalada uma<br />

minibiblioteca no local para facilitar o acesso aos livros e estimular o empréstimo <strong>do</strong>miciliar. O projeto oferece cursos <strong>de</strong><br />

formação <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> leitura (coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res, media<strong>do</strong>res e apoia<strong>do</strong>res voluntários), com a realização <strong>de</strong> workshops, palestras,<br />

seminários e encontros mensais. Com meto<strong>do</strong>logia própria, <strong>de</strong>senvolvida pela Profª Drª Maria Antonieta da Cunha<br />

(UFMG), especialista em literatura, a Oficina é preparada para aten<strong>de</strong>r o público jovem e baseia-se, sobretu<strong>do</strong>, em questões<br />

instiga<strong>do</strong>ras, fazen<strong>do</strong> o leitor procurar respostas, ou novas perguntas, e discutir seus pontos <strong>de</strong> vista. Com temas atuais<br />

e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ao interesse da faixa etária propõem ativida<strong>de</strong>s a partir <strong>de</strong> textos diversos: contos, crônicas, poesia, música,<br />

fotografia, cartazes, teatro, charge, quadrinhos, entre outros. Cada aula parte <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate em torno <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tema,<br />

avança pelas etapas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos sobre o tema aborda<strong>do</strong>, discussão e reflexão <strong>do</strong>s textos li<strong>do</strong>s, produção escrita,<br />

divulgação da produção e avaliação <strong>do</strong> encontro, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as características <strong>do</strong> lugar on<strong>de</strong> ela acontece. Finalizan<strong>do</strong> a<br />

Oficina são produzi<strong>do</strong>s uma coletânea com textos <strong>do</strong>s jovens, uma esquete teatral e um jornal. Além <strong>de</strong> formar leitores, este<br />

projeto busca oferecer como ferramenta fundamental – essa condição nova <strong>de</strong> ler, compreen<strong>de</strong>r o senti<strong>do</strong>, tomar consciência<br />

para ampliar a sua concepção <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, expressar-se, apropriar-se e <strong>de</strong>senvolver conceitos como direitos sociais e<br />

cidadania e, a partir daí, criar condições para mudar a realida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA E ESCRITA, CIDADANIA, PROTAGONISMO SOCIAL<br />

TÍTULO: PRÁTICAS DE LEITURA EM AULAS DE PORTUGUÊS E O TRATAMENTO DAS QUESTõES<br />

RACIAIS E DE GÊNERO<br />

AUTOR(ES): ELÂNIA DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é discutir a relação entre a prática da leitura em uma sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> Português e a<br />

visibilida<strong>de</strong> ou não <strong>de</strong> categorias sociais <strong>de</strong> raça e <strong>de</strong> gênero na interação entre uma professora e seu grupo <strong>de</strong> alunos. O<br />

estu<strong>do</strong> integra uma pesquisa etnográfica <strong>de</strong>senvolvida ao longo <strong>de</strong> um ano, com 30 crianças, entre 8 e 10 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

uma escola pública <strong>de</strong> Belo Horizonte, Minas Gerais. A abordagem orienta-se pelos princípios da etnografia interacional,<br />

da antropologia cultural e da análise crítica <strong>do</strong> discurso. As análises foram <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> forma a respon<strong>de</strong>r às seguintes<br />

perguntas: Como foram <strong>de</strong>senvolvidas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura ? Os materiais utiliza<strong>do</strong>s nessas ativida<strong>de</strong>s já contemplavam<br />

as questões raciais e <strong>de</strong> gênero ou possibilitavam aos participantes refletirem sobre essas questões ? Questões raciais e <strong>de</strong><br />

gênero se tornaram presentes ou não nas interações entre a professora e as crianças, mediadas pelo material utiliza<strong>do</strong> na leitura?<br />

Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> mostram que, <strong>de</strong>ntre os processos que se tornaram visíveis nos eventos <strong>de</strong> leitura analisa<strong>do</strong>s,<br />

encontram-se as relações raciais e <strong>de</strong> gênero, tratadas <strong>de</strong> forma estereotipada. E, nesse senti<strong>do</strong>, nos chamam a atenção para<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observarmos, no trabalho que realizamos com a leitura em sala <strong>de</strong> aula, como as diversas questões ligadas<br />

às diferenças – tais como raça, gênero, entre outras, aparecem e se revelam nos discursos, e o papel que o professor exerce<br />

na <strong>de</strong>sconstrução ou não <strong>do</strong>s estereótipos circunscritos aos materiais <strong>de</strong> leitura.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA SALA DE AULA, (IN)VISIBILIDADE, RAÇA E GÊNERO<br />

TÍTULO: NO DISCURSO DOS ALUNOS - A LEITURA: UMA PRÁTICA ESCOLARIZADA<br />

AUTOR(ES): ELI REGINA NAGEL DOS SANTOS<br />

RESUMO: Esta investigação situa-se na área da Educação, é um recorte <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>, na qual, almeja-se: compreen<strong>de</strong>r<br />

os efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s em relação à leitura nos discursos <strong>do</strong>s alunos <strong>de</strong> 8a. série (nono ano). Para tanto,<br />

buscam-se fios teóricos que contemplam contribuições <strong>de</strong> áreas diferentes, como: Orlandi (1987; 2001), Perissé (2005),<br />

Chartier (1999). Des<strong>de</strong> mo<strong>do</strong>, optou-se por trabalhar com uma abordagem qualitativa <strong>de</strong> pesquisa, e para análise - guia<strong>do</strong>s<br />

pela teoria da Análise Discursiva. Para obter as formulações <strong>do</strong>s sujeitos foi realizada uma entrevista em grupo com três<br />

alunos <strong>de</strong> 8a. série, <strong>de</strong> uma escola da Re<strong>de</strong> Pública Municipal <strong>de</strong> Ilhota – SC. Porém, para este artigo, nos limitaremos a um<br />

recorte no discurso <strong>de</strong> um sujeito, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundar esta formulação. Desta forma, a partir <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s reconheceu-se nas formulações discursivas <strong>do</strong> sujeito: a leitura como uma prática escolarizada, utilizada<br />

para respon<strong>de</strong>r exercícios <strong>de</strong> livros. Subjacente a seu <strong>de</strong>poimento, o sujeito, retratou a necessida<strong>de</strong> da leitura, enquanto,<br />

prática social. Como também, <strong>de</strong>ixou entrever a carência <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição sobre: a importância, a utilida<strong>de</strong> da leitura no final<br />

<strong>do</strong> Ensino Fundamental, citan<strong>do</strong>-a, exclusivamente, como fonte <strong>de</strong> informação. Assim, po<strong>de</strong>mos dizer que: Ser leitor na<br />

escola po<strong>de</strong> ser mais <strong>do</strong> que participar <strong>de</strong> práticas escolarizadas, ou seja, adquirir/reter informação e realizar leituras mortas<br />

sem função e papel social. É oportunizar como fundamento para o aluno, a leitura <strong>de</strong>ntro das dimensões <strong>de</strong> Perissé (2005):<br />

ler para informar-se, para distrair-se, para refletir, para inspira-se, e nessas condições formar-se e transformar-se, enquanto<br />

cidadão, com voz e vez, <strong>de</strong>ntro da socieda<strong>de</strong> letrada <strong>de</strong> que participa.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, DISCURSO, ALUNO<br />

TÍTULO: LEITURAS DE PIETER BRUEGHEL: A ARTE DE CRIAR E TRANSVER O MUNDO<br />

AUTOR(ES): ELIANE APARECIDA BACOCINA<br />

RESUMO: A comunicação apresenta um recorte <strong>de</strong> dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> que propôs entrecruzar saberes <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res<br />

e educan<strong>do</strong>s que atuam e frequentam a Educação <strong>de</strong> Jovens e adultos, a partir <strong>de</strong> leituras <strong>de</strong> imagens em pintura.<br />

Com os educan<strong>do</strong>s, as imagens foram apresentadas em sala <strong>de</strong> aula, enquanto proposta meto<strong>do</strong>lógica. Com as professoras,<br />

em encontros <strong>de</strong> discussão e diálogo. Entre tais imagens, estavam duas obras <strong>de</strong> Pieter Brueghel: “Jogos Infantis“ e “Provérbios<br />

Flamengos“. É possível ver, pelas telas <strong>de</strong> Pieter Brueghel, por trás <strong>de</strong> um olho que vê e uma lembrança que revê,<br />

uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “ir além“ da realida<strong>de</strong> vivida - por que não dizer, <strong>de</strong> “transver o mun<strong>do</strong>“, como propõe o 17° COLE,<br />

por meio <strong>do</strong>s versos <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Barros. Procura-se refletir, a partir <strong>de</strong> aportes teóricos <strong>de</strong> autores como Ostrower e<br />

Vygotsky, sobre o processo <strong>de</strong> criação <strong>do</strong> pintor e o <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> quem contempla uma obra <strong>de</strong> arte. Como conceber o<br />

processo <strong>de</strong> criação? O que leva um artista que viveu no século XVI a retratar em suas telas imagens que levam o leitor a,<br />

ao mesmo tempo, ver, rever e transver conceitos e experiências? Sem a intenção <strong>de</strong> apresentar certezas, este trabalho aponta<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão sobre práticas <strong>de</strong> leitura , possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> invenção <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e ler.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PRÁTICAS DE LEITURA, ARTE, CRIAÇÃO<br />

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