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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

étnico-cultural <strong>do</strong>s alunos. Consi<strong>de</strong>ra-se que o reconhecimento da origem étnica <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> <strong>de</strong>va ser o ponto <strong>de</strong> partida<br />

para a discussão sobre o preconceito e a intolerância que comprometem a aprendizagem <strong>do</strong> aluno-leitor. É preciso lembrar<br />

que ninguém nasce racista. O preconceito surge no convívio em família, na escola e na socieda<strong>de</strong>. Percebe-se ainda a influência<br />

da televisão que propaga idéias discriminatórias e valores distorci<strong>do</strong>s, mídia que a maioria da população tem acesso.<br />

Assim, preparar os alunos para o exercício da cidadania torna-se difícil se o preconceito encontra-se embuti<strong>do</strong> nos colegas<br />

<strong>de</strong> classe, nos pais <strong>do</strong>s colegas, e até mesmo no corpo <strong>do</strong>cente, já que a escola é um lugar <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>sse exercício.<br />

Para superar essa realida<strong>de</strong>, faz-se necessário <strong>de</strong>senvolver um plano <strong>de</strong> ação que contemple a inclusão <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s no acesso<br />

aos bens culturais e ao conhecimento. Por isso, este estu<strong>do</strong> propõe uma reflexão teórica sobre a leitura crítica proposta por<br />

Kleiman (2002), Smith (1999) e Freire (1996) como caminho nortea<strong>do</strong>r das ações educativas para a transformação <strong>de</strong>sta<br />

realida<strong>de</strong> e a implementação da Lei nº 10.639/2003.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, DIVERSIDADE CULTURAL, ENSINO<br />

TÍTULO: A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESANUMA<br />

PESPECTIVA DOS GÊNEROS<br />

AUTOR(ES): CINARA ALMEIDA BARCELOS<br />

RESUMO: O presente ensaio tem por objetivo apontar para a leitura <strong>de</strong> gêneros <strong>do</strong> discurso que se realiza na prática<br />

pedagógica <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa. O estu<strong>do</strong> será realiza<strong>do</strong> em escolas da re<strong>de</strong> pública, por meio <strong>de</strong> observação<br />

em sala <strong>de</strong> aula e entrevistas gravadas. Os teóricos Bakthin, Yygotsky, Dionio Paiva, Lajolo, Marcuschi, Maria Bezerra,<br />

Cagliari entre outros fundamentam a proposta <strong>do</strong> projeto. Para Bakhtin, to<strong>do</strong>s os textos que produzimos orais ou escritos,<br />

apresentam um conjunto <strong>de</strong> características relativamente estáveis, tenhamos ou não consciência <strong>de</strong>las. Essas características<br />

configuram diferentes gêneros textuais ou discursivos. Partin<strong>do</strong> da idéia <strong>de</strong> que a comunicação verbal só é possível por<br />

algum gênero textual. Essa posição a<strong>do</strong>tada pela maioria <strong>do</strong>s autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e<br />

enunciativos, e não em suas peculiarida<strong>de</strong>s formais. Segue a noção <strong>de</strong> língua como ativida<strong>de</strong> social, histórica e cognitiva e<br />

privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua. Nesse contexto teórico, a língua é<br />

tida como forma <strong>de</strong> ação-social e histórica que representa a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> indivíduo no seu meio social. Lev Vygostsky, na<br />

sua teoria sobre aquisição da linguagem, expõe “é através da linguagem que se constitui o pensamento <strong>do</strong> indivíduo”. Já que<br />

o papel da escola é, sobretu<strong>do</strong>, o <strong>de</strong> instruir, mais <strong>do</strong> que o <strong>de</strong> educar, no plano da linguagem, o ensino <strong>do</strong>s diversos gêneros<br />

textuais que socialmente circulam entre nós não somente amplia sobremaneira a competência lingüística e discursiva <strong>do</strong>s<br />

alunos, mas também lhes aponta inúmeras formas <strong>de</strong> participação social que ele, como cidadãos, po<strong>de</strong> ter, fazen<strong>do</strong> uso<br />

da linguagem. Portanto, acreditamos ser necessário i<strong>de</strong>ntificar que concepções <strong>de</strong> linguagem e <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>terminam as<br />

práticas pedagógicas <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa no cenário a qual me proponho investigar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, GÊNERO DO DISCURSO, PRÁTICA PEDAGÓGICA<br />

TÍTULO: A PRÁTICA DE LEITURA DE JOVENS UNIVERSITÁRIAS DO MOVIMENTO NEGRO<br />

ESTUDANTIL COMO ESTRATÉGIA DE INSURGÊNCIA E DE DESLOCAMENTO<br />

AUTOR(ES): CLAUDIA MIRANDA<br />

RESUMO: Este trabalho é sobre as práticas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> jovens universitárias <strong>do</strong> movimento negro estudantil, organizadas<br />

a partir da sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fortalecimento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s individuais e também como ativistas no espaço acadêmico.<br />

Com base no mo<strong>de</strong>lo analítico da pesquisa<strong>do</strong>ra indiana e feminista Gayatri Spivak sobre os dilemas da representação discuti<strong>do</strong>s<br />

entre mulheres ativistas, reconhecemos a centralida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> imagem e auto-imagem construí<strong>do</strong>s nas formas <strong>de</strong><br />

insurgir <strong>de</strong>ssas jovens estudantes. Suas práticas <strong>de</strong> leitura se chocam com a categoria <strong>de</strong> “subalterno (a)” presente no quadro<br />

analítico <strong>de</strong> Spivak. Há, segun<strong>do</strong> a autora, um tipo <strong>de</strong> representação que se dá por po<strong>de</strong>r, ou <strong>de</strong>legação a terceiros, como é<br />

o caso mais comum afetan<strong>do</strong> as mulheres. Nesta perspectiva, o grupo em questão a<strong>do</strong>ta uma dinâmica que visa “apren<strong>de</strong>r<br />

a ler na aca<strong>de</strong>mia” para alcançar o <strong>de</strong>slocamento in<strong>do</strong> da Periferia para o Centro fugin<strong>do</strong> da <strong>do</strong>minação masculina e experimentan<strong>do</strong><br />

a pertença em um campo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r novo como é o caso da universida<strong>de</strong>. Interessa-nos examinar as formas <strong>de</strong><br />

compreensão <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> “ler na aca<strong>de</strong>mia” e a idéia <strong>de</strong> insurgência consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a participação anterior <strong>de</strong>ssas estudantes<br />

em grupos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> heterogêneos bem como suas insatisfações.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA NA ACADEMIA, INSURGÊNCIA, UNIVERSITÁRIAS NEGRAS<br />

TÍTULO: UMA CARTA COM AMOR: PARA GOSTAR DE LER.<br />

AUTOR(ES): CLAUDIO RENATO MORAES DA SILVA<br />

RESUMO: Muito prazer, eu sou uma carta com amor. A literatura tem afirma<strong>do</strong> que o <strong>Brasil</strong> é um país que pouco lê,<br />

quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> a outros países e principalmente latinos. Esse projeto não tem a intenção <strong>de</strong> corroborar com estatística<br />

afirmativa ou não. Temos sim e, prioritariamente a intenção <strong>de</strong> convidar homens, mulheres e crianças a “namorar“ livros,<br />

a conhecer autores, a ter “experiências“ com os diferentes e diversos personangens que recheiam histórias <strong>de</strong> literaturas.<br />

Pois bem, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, geográficamente situada na costa sul <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, vocacionada para o mar e<br />

portuária, é o cenário <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa e extensão, ora apresenta<strong>do</strong>. Consta da ativida<strong>de</strong> uma meto<strong>do</strong>logia simples e<br />

carinhosa: a equipe escolheu 22 obras literárias da literatura brasileira e 22 familias da cida<strong>de</strong> e a cada 3 dias, essas famílias<br />

recebem um capítulo da obra que lhes foi <strong>de</strong>signada, com envelope resposta em todas as vezes, para encaminhar qualquer<br />

manifestação para a equipe que não é i<strong>de</strong>ntificada pessoalmente. Uma carta com amor: para gostar <strong>de</strong> ler, tem o objetivo<br />

<strong>de</strong> conquistar homens, mulheres e crianças, enamorá-los e tornan<strong>do</strong>-os namora<strong>do</strong>s <strong>de</strong> livros, incluin<strong>do</strong>-os, inserin<strong>do</strong>-os e<br />

fazen<strong>do</strong> uma gran<strong>de</strong> ciranda <strong>de</strong> leitores multiplica<strong>do</strong>res. A proposta final <strong>do</strong> projeto, para este ano, é o encontro <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os atores envolvi<strong>do</strong>s, principalmente as 22 famílias, em um sarau <strong>de</strong> poesias e RE-contação <strong>de</strong> histórias <strong>de</strong> literatura, personagens<br />

<strong>de</strong>sfian<strong>do</strong> palavras e histórias por bocas antes mudas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA, UMA CARTA COM AMOR, LEITORES<br />

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