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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong>, Gênero e Exclusão<br />

que atuassem voluntária e profissionalmente como um grupo organiza<strong>do</strong> que realiza ativida<strong>de</strong>s diversas, inclusive <strong>de</strong> leitura.<br />

A pesquisa qualitativa empregou os seguintes instrumentos: entrevistas individuais com três mães, três professoras e três<br />

meninas <strong>do</strong>wn; entrevista coletiva com um grupo <strong>de</strong> mães; observações formais e informais <strong>de</strong> atendimentos fonoaudiológico,<br />

fisioterapêutico e pedagógico. A análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ve contemplar a linguagem como objeto <strong>de</strong> análise neste estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> caráter etnográfico, linguagem que se materializa nos discursos que fazem as mulheres sobre suas práticas <strong>de</strong> leitura, nas<br />

imagens e nos relatos utiliza<strong>do</strong>s como fontes bibliográficas. Os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s sobre maneiras <strong>de</strong> ler, suportes e gêneros<br />

textuais, objetivos, espaços (família, escola e igreja), usos e acessos das leitoras à leitura estão sen<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s às imagens<br />

<strong>de</strong> leitoras na pintura, relatos autobiográficos e alguns da<strong>do</strong>s quantitativos sobre leitura <strong>de</strong> mulheres. O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve apontar<br />

possíveis implicações pedagógicas para a leitura em ambientes escolares, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o papel fundamental das mulheres<br />

como media<strong>do</strong>ras na formação <strong>de</strong> novos leitores. As primeiras análises evi<strong>de</strong>nciam práticas culturais <strong>de</strong> leitura que revelam<br />

permanências e mudanças, semelhanças e diferenças, rupturas e continuida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maneiras <strong>de</strong> ler das leitoras <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong><br />

em relaçào às leitoras <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>. As principais referências teóricas são: Certeau (2008), Chartier (1996, 1999, 2004); Perrot<br />

(2005, 2007); Bakhtin (1992), Vygotsky (1997); Foucambert (1994, 1998): Lacerda (200, 2003); Bosi (1977).<br />

PALAVRAS-CHAVE: PRÁTICAS DE LEITURA, MULHERES, FORMAÇÃO DOCENTE<br />

TÍTULO: COMO TRABALHAR A CULTURA E OS VALORES DOS AFRICANOS E AFRODESCENDENTES<br />

NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA?<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA DE LIMA, DENISE MARIA MARGONARI<br />

RESUMO: Esta comunicação é baseada em uma proposta <strong>de</strong> um mini-curso realizada como ativida<strong>de</strong> prática (Estágio<br />

Supervisiona<strong>do</strong> <strong>de</strong> Língua Portuguesa I) <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Carlos. O mini-curso, intitula<strong>do</strong><br />

“A cultura e os valores <strong>do</strong>s africanos e afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes na literatura africana <strong>de</strong> Língua Portuguesa”, foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

com os alunos <strong>do</strong> 9º ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental <strong>de</strong> uma escola particular <strong>de</strong> Rio Claro, durante o ano <strong>de</strong> 2008. Nesse<br />

mini-curso foram abordadas questões relacionadas à história e cultura africanas a partir <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> escritores africanos <strong>de</strong><br />

Língua Portugesa, em uma tentativa <strong>de</strong> apresentar e sensibilizar os alunos quanto aos valores <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>s pelos povos africanos<br />

e afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, conscientizan<strong>do</strong>-os <strong>de</strong> que a socieda<strong>de</strong> é formada por pessoas pertencentes a grupos étnico-raciais<br />

distintos, que possuem cultura e histórias próprias, igualmente valiosas, assim como apontam as Diretrizes Curriculares<br />

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino <strong>de</strong> História e Cultura Afro-<strong>Brasil</strong>eira e Africana<br />

(2005). Por meio <strong>do</strong> trabalho com a teoria das Inteligências Múltiplas e os Pontos <strong>de</strong> Entrada, <strong>do</strong> psicólogo norte-americano<br />

Howard Gardner, foram exploradas as diversas inteligências <strong>do</strong>s alunos. O trabalho também contou com a colaboração<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais professores <strong>de</strong> Português da escola, além <strong>do</strong>s professores <strong>de</strong> História, Geografia, Ciências, Educação Religiosa<br />

e Filosofia. Nesta comunicação preten<strong>de</strong>mos apresentar algumas das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, bem como os resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s, que refletem que os estudantes mostraram-se interessa<strong>do</strong>s nas discussões, revelan<strong>do</strong> um amadurecimento muito<br />

maior <strong>do</strong> que o espera<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA AFRICANA, INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS, PROPOSTA DE MINI-CURSO<br />

TÍTULO: QUESTõES SOBRE A LEITURA EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM - AVA<br />

AUTOR(ES): ANAIR VALÊNIA MARTINS DIAS<br />

RESUMO: Em um contexto escolar, ou fora <strong>de</strong>le, as ações <strong>do</strong> ser humano são permeadas por ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> linguagem<br />

que resultam, quase sempre, em processos <strong>de</strong> interação verbal. No ambiente educacional, os alunos lêem, escrevem,<br />

comunicam-se com colegas e professores, apresentam seminários, brincam, <strong>de</strong>ntre outras ativida<strong>de</strong>s em que se utilizam,<br />

necessariamente, <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e interação com o outro que faz parte <strong>de</strong> seu convívio. Esse processo<br />

<strong>de</strong> interação realiza-se por meio <strong>de</strong> enuncia<strong>do</strong>s que, por sua vez, organizam-se em gêneros <strong>do</strong> discurso que permeiam todas<br />

as formas <strong>de</strong> comunicação <strong>do</strong>s seres humanos (BAKHTIN, 2000). Nesse contexto, o propósito <strong>de</strong>ste trabalho é refletir<br />

sobre algumas questões referentes ao ensino da leitura e da escrita <strong>do</strong> gênero discursivo autobiografia em ambiente virtual<br />

<strong>de</strong> aprendizagem – AVA. Ao pensarmos a autobiografia como um gênero discursivo a ser li<strong>do</strong> e produzi<strong>do</strong> em ambiente<br />

virtual, <strong>de</strong>stacamos as questões referentes à inter-relação existente entre a ficção e a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s fatos narra<strong>do</strong>s e a escrita<br />

sobre si mesmo, o que acaba por conduzir o sujeito a um espaço em que se constitui, ao mesmo tempo, como autor, narra<strong>do</strong>r,<br />

leitor e protagonista <strong>de</strong> sua produção escrita. Em uma autobiografia, o sujeito tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se re-significar e<br />

<strong>de</strong> re-significar a sua experiência <strong>de</strong> vida, trazen<strong>do</strong> elementos que, <strong>de</strong> alguma forma, são relevantes para a sua constituição<br />

pois, segun<strong>do</strong> Philippe Lejeune (2005), uma autobiografia é um relato retrospectivo em prosa que uma pessoa real faz <strong>de</strong><br />

sua própria existência enfatizan<strong>do</strong> sua vida individual e mais particularmente a história <strong>de</strong> sua personalida<strong>de</strong>. Assim, o ensino<br />

<strong>de</strong> leitura e escrita <strong>do</strong> gênero autobiografia em ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem, a nosso ver, alcança uma dimensão<br />

que possibilita maior interação e reflexão sobre os textos li<strong>do</strong>s e produzi<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: AUTOBIOGRAFIA, GÊNERO DISCURSIVO, AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM<br />

TÍTULO: O DESAFIO DO GOSTO: PRÁTICAS DE LEITURA, CÂNONE E EXCLUSÃO<br />

AUTOR(ES): ANDERSON FRANCISCO RIBEIRO<br />

RESUMO: Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as perspectivas <strong>de</strong> abordagem das práticas culturais <strong>de</strong> leitura, concebe-se a relação entre os<br />

gostos <strong>de</strong> classes, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pelas discussões sobre “gosto“ por Pierre Bourdieu, as práticas culturais por Roger Chartier e<br />

as práticas ordinárias <strong>de</strong> Michel <strong>de</strong> Certeau, sen<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscar compreen<strong>de</strong>r a relação entre leitura e gosto,<br />

on<strong>de</strong> certas literaturas são excluídas por não estarem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> cânones pré-<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. Quem diz o que é e o<br />

que não é literatura? Como po<strong>de</strong>mos perceber, leituras como HQs, revistas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tiragem sobre moda, fotonovelas,<br />

pornografia, mas consi<strong>de</strong>radas sem conteú<strong>do</strong>, para pessoas com inteligência limitada. Discussão que abordaremos através<br />

<strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> práticas ordinárias, “anti-disciplina”, como <strong>de</strong>fine Certeau. Isso perpassa pela distinção entre as propostas<br />

relativas aos gostos <strong>de</strong> “classes“, e sua <strong>de</strong>finição, a partir <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> divergências teóricas. Apresentaremos a partir <strong>de</strong><br />

Pierre Boudieu em seus estu<strong>do</strong>s sobre a relação <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> “campo“, “habitus“ e “capital cultural“, as possibilida<strong>de</strong>s<br />

para <strong>de</strong>finir o nosso trabalho <strong>de</strong>sta linha tênue entre o cânone e a exclusão. Isso nos traz indagações sobre a relação <strong>de</strong><br />

gosto <strong>de</strong> “classes”, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> as propostas para este conceito, entre “cultura letrada” e “cultura popular”, ainda aberto para<br />

novas abordagens.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PRÁTICA DE LEITURA, CÂNONE LITERÁRIO, EXCLUSÃO<br />

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