2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil 2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

28.06.2013 Views

Pesquisas Sobre a Pesquisa da Leitura no Brasil SESSÃO - PESQUISAS SOBRE A PESQUISA DA LEITURA NO BRASIL 1 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Instittuto de Estudos da Linguagem - IEL - SALA: CL 15 TÍTULO: O ESPÍRITO SANTO LEITOR: LEITURA E RECEPÇÃO PENTECOSTAL DA BÍBLIA NO BRASIL AUTOR(ES): ANTONIO PAULO BENATTE RESUMO: As atitudes e práticas pentecostais diante da Bíblia estão expressas no artigo primeiro da Profissão de Fé das Assembléias de Deus; para além do posicionamento teológico-doutrinário de uma denominação específica, o documento ilustra as crenças do segmento religioso como um todo: “Nós cremos e aceitamos a Bíblia como a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, como sendo a revelação de Deus ao homem; ela é a regra de fé e conduta, infalível e perfeita, superior à consciência e à razão, sem contrariar nem ofender a mesma razão; é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” Para essas comunidades interpretativas, os textos bíblicos canônicos, de imediata inspiração divina, devem ser lidos com o mesmo Espírito com que foram escritos: o Espírito Santo de Deus. Um teólogo assembleiano explica que “A mente do homem precisa primeiro ser iluminada pelo Espírito de Deus, antes que possa interpretar, corretamente, ou entender, as Escrituras.” Do ponto de vista bíblico, “o conhecimento natural é algo que o homem pode adquirir por si mesmo”, como observa Nortroph Frye em O código dos códigos: a Bíblia e a literatura; em contraposição, o “entendimento espiritual”, de que fala o apóstolo Paulo em I Coríntios, 2.14, é um dom divino que supõe um contradom da parte humana: a santificação da pessoa. Com base em observação participante, coleta de depoimentos orais e pesquisa de arquivo em uma comunidade de fé, esta comunicação pretende esboçar respostas a uma questão aparentemente simples: como os pentecostais lêem a Bíblia e que significados atribuem às suas práticas de leitura? Para isso, a pesquisa busca articular teórica e metodologicamente os aportes da etnografia da leitura, da estética da recepção e da história cultural da leitura. PALAVRAS-CHAVE: BÍBLIA, PENTECOSTALISMO, LEITURA TÍTULO: BREVE HISTÓRIA DA LEITURA NO BRASIL: OS LIVROS, AS TENSõES E OS SABERES NA COLÔNIA (SÉC. XVIII) AUTOR(ES): CARMELICE AIRES PAIM DOS SANTOS RESUMO: Durante todo o Período Colonial, Estado e Igreja viam nas obras literárias uma ameaça à soberania do Império, visto que algumas dessas obras apresentavam temas que suscitavam questionamentos nocivos à estrutura da Metrópole. Sendo assim, desde o século XVI até meados do século XVIII, as obras devocionais e religiosas compunham, em sua maioria, o acervo das bibliotecas brasileiras. Entretanto, a partir do seculo XVIII, os livros sobre ciência e saberes profanos ganharam um espaço nas bibliotecas da América portuguesa e, com eles, as idéias que estimulavam as movimentações político-literárias que questionavam a Fé, a Lei e a ordem na Colônia - a exemplo das redes de sociabilidade construídas em torno da leitura de livros proibidos. Inserido neste universo teórico, o presente trabalho, que situa seu eixo organizacional nas transformações políticas e sociais ocorridas no Brasil do século XVIII, propõe-se a investigar a influência da literatura européia no cenário sociopolítico do Brasil colonial, visando os seguintes objetivos: a) observar a multiplicidade de funções atribuídas aos livros no século XVIII e, b) pontuar a ação das obras literárias como agentes modificadores dos costumes e das idéias políticas da Colônia. A pesquisa será organizada a partir da análise, de base interpretativa, de duas importantes obras da literatura brasileira que tratam da vida social e cultural do Brasil na época colonial: História da Vida Privada no Brasil, organizado por Fernando A. Novais e Formação do Brasil Colonial, de Arno Wehling. A escolha dessa temática justifica-se pelo fato da Literatura do século XVIII ter atuado como elemento capital para as transformações das estruturas sociais, política e cultural da Colônia e para os primeiros movimentos intelectuais que culminaram na independência do Brasil em relação à dominação portuguesa. PALAVRAS-CHAVE: BRASIL, COLÔNIA , LEITURA TÍTULO: LIVRO DIDÁTICO E ENSINO DE LITERATURA: O QUE DIZEM AS PESQUISAS DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO? AUTOR(ES): CELDON FRITZEN, DANIELLE AMANDA R. DA SILVA RESUMO: Com o intuito de melhor compreender a realidade do ensino de literatura no Brasil a partir da produção de conhecimento dos seus Programas de Pós-Graduação, desenvolvemos a pesquisa Uma análise do Banco de teses e dissertações da CAPES sobre o Ensino de Literatura. De um corpus com 107 resumos vinculados ao objeto proposto, num segundo momento, delimitamos como novo tema de investigação, pela presença significativa entre os resumos: as abordagens envolvendo o diálogo entre o livro didático e o texto literário. Para discutir como essa relação tem sido problematizada nos Programas de Pós-Graduação, a partir da análise do material, quatro categorias foram constituídas de forma a iluminar e pôr em discussão os problemas e encaminhamentos indicados para a efetivação do ensino de literatura: livro didático e didatização do texto literário; crítica à prática docente e ênfase do papel do professor na mediação da leitura; importância do contato do aluno com o texto literário; problemas de letramento. Entre os resultados obtidos, notamos que, não obstante o empenho do Governo Federal em otimizar o material disponibilizado aos alunos de escolas públicas, o livro didático é alvo de críticas por parte das pesquisas estudadas. A análise dos dados aponta para a importância do trabalho com textos autênticos, um modo de fugir das concepções redutoras de texto e de leitura não raramente encontradas no livro didático que acabariam por eliminar o prazer estético. Além disso, os estudos apontam para o fato de que o livro didático deixa de ser um instrumento de apoio ao trabalho docente para ser, por vezes, o único. Ainda, como consequência de lacunas deixadas durante o Ensino Fundamental, os problemas de letramento são discutidos por pesquisas realizadas em contexto de Ensino Médio, o que evidencia a necessidade de um trabalho mais efetivo nos primeiros anos da vida escolar dos sujeitos. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, LIVRO DIDÁTICO, PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO 490

Pesquisas Sobre a Pesquisa da Leitura no Brasil TÍTULO: LEITURA, NUMA PERSPECTIVA SOCIOCOGNITIVO INTERACIONAL. AUTOR(ES): ENILDA EUZÉBIO DA SILVA RESUMO: Esta comunicação objetiva abordar a leitura realizada na prática escolar nas escolas estaduais no município de Tangará da Serra, no estado de Mato Grosso. A reflexão que propomos fundamenta-se em uma perspectiva sociocognitivo interacional, pois acreditamos que as práticas para o trabalho com leitura fundamentadas em concepções formalistas e mecânicas, conforme vem sendo realizadas pela grande maioria das escolas deste município, constitui-se em decodificação do código linguístico, mesmo em anos/séries finais (conforme podemos observar através de pesquisa), além de causar desmotivação e desinteresse pelo ato de ler não conduz à aprendizagem escolar. Assim como Kleiman, acreditamos que a leitura “é um ato social, entre dois sujeitos - leitor e autor - que interagem entre si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente determinados”, o texto nessa concepção não é um produto pronto, acabado. Deste modo, pretendemos neste trabalho explicitar essa dimensão interacional da leitura, pois acreditamos que conhecendo-se as características e dimensões do ato de ler, menores serão as possibilidades de propormos tarefas que “trivializem” a atividade de leitura, ou que limitem o potencial dos nossos alunos, com isso acreditamos que iremos torná-los leitores competentes capazes de dar sentido ao texto, fazer inferências, detectar os implícitos, enfim de compreender aquilo que lê. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO, LEITURA, SOCIOCOGNITIVO INTERACIONAL TÍTULO: CIRCULAÇÃO DE ROMANCES NO SÉCULO XIX AUTOR(ES): GERMANA MARIA ARAÚJO SALES RESUMO: Os estudos em torno da História do livro e da leitura já comprovaram que a leitura de romances, de fato, constituiu uma atividade corriqueira nos anos oitocentos e essa prática se estendeu desde a cidade do Rio de Janeiro, sede do Império, onde circulavam publicações e autores de prestígio, até o Norte do Brasil, na capital da província do Pará, quando se comprova o movimento da leitura de romances em espaços, como Gabinetes e Bibliotecas públicas e a divulgação desse gênero nos periódicos locais – jornais e revistas -, fato que confirma o comércio livreiro na cidade e evidencia a existência de uma cultura letrada no período. Seguindo esse fio, nossa atenção se volta, neste momento para dois objetivos: indicar os reclames que anunciavam as publicações em prosa de ficção nas principais folhas diárias da Província, na segunda metade do século XIX, e, a partir do levantamento dos anúncios, relacionar aqueles mais recorrentes entre as notícias, como também arrolar os espaços onde essa leitura circulava verificando a possibilidade dessas obras anunciadas estarem presentes em seus catálogos. Diante dessas informações, pode-se construir um pequeno esboço da História do livro na Belém oitocentista, além de elencar uma lista de livros em prosa de ficção que fizeram parte da preferência dos leitores daquele período. PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA LEITURA, LEITURA DE RMANCES, SÉCULO XIX SESSÃO - PESQUISAS SOBRE A PESQUISA DA LEITURA NO BRASIL 2 DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 13 TÍTULO: CONTRIBUIÇõES LEXICAIS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA AUTOR(ES): LÚCIA HELENA FERREIRA LOPES, ADRIANA ALVES MORAES DE SOUZA RESUMO: Esta comunicação situa-se na área da Linguística Textual em interface com a da Lexicologia e objetiva apresentar uma estratégia de leitura que tenha como ponto de partida o domínio das formas da língua, os repertórios interpretativos, do aprendente, ou seja, os seus conhecimentos léxico-gramaticais, gêneros discursivos e tipologias textuais e como ponto de chegada a compreensão e a interpretação. Para este estudo, privilegiaremos o léxico compreendendo-o como um espaço que faculta o desenvolvimento das habilidades de leitura. Assim, ao elegermos o texto como unidade de ensino, compreendemos que ele se materializa pelos sinais gráficos da escrita: as palavras, “a arena onde se confrontam os velhos e novos sentidos” (Gusdorf, 1952); aqueles inscritos nas palavras-produto e sedimentados pelo uso nas páginas impressas dos dicionários e esses (re)construídos no processo interanimação das palavras-processo pelo ato da leitura significativa. Dessa feita, conforme postula Turazza (2002), as palavras-produto, ou seja, os vocábulos inscritos nos dicionários, mesmo desprovidos da realidade discursiva, ativam possíveis marcos de conhecimento. No entanto, é na transmudação do texto-produto em texto-processo, pela dinâmica da condensação e expansão dos sentidos, que o leitor cancela as texturas dos diferentes sentidos cristalizados pelo uso para redimensionar, (des)construir e (re)construir novos significados para o texto que se lê. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, LÉXICO, ENSINO-APRENDIZAGEM TÍTULO: COMPREENSÃO LEITORA: INVESTIGANDO PARA MELHOR INTERVIR AUTOR(ES): MARIA ALICE COELHO RESUMO: Com o objetivo de investigar a competência leitora de alunos de 3° anos de Ensino Fundamental, realizamos uma pesquisa com a utilização da Técnica Cloze (Cloze Procedure), criada em 1953 por Taylor, e avaliamos o desempenho dos alunos de acordo com.os índices descritos por Bormuth (1986). Interessa-nos saber, como escola, como lêem os alunos que concluem o 3° ano, pois tendo passado pelo processo de aprender a ler e escrever, tenham conseguido ir além da leitura de decodificação, alcançando o sentido do texto para poder resignificá-lo. Dos 129 alunos avaliados, 114 encontram-se no nível independente de leitura (aquele no qual o aluno pode ler com facilidade e fluência, com boa compreensão), 10 no nível de instrução (o aluno pode ler satisfatoriamente, sob a orientação ou apoio do professor) e 5 alunos no nível de frustração (a leitura se fragmenta, não há fluência, a compreensão e a memorização fraquejam). Numa primeira análise podemos 491

Pesquisas Sobre a Pesquisa da <strong>Leitura</strong> no <strong>Brasil</strong><br />

TÍTULO: LEITURA, NUMA PERSPECTIVA SOCIOCOGNITIVO INTERACIONAL.<br />

AUTOR(ES): ENILDA EUZÉBIO DA SILVA<br />

RESUMO: Esta comunicação objetiva abordar a leitura realizada na prática escolar nas escolas estaduais no município <strong>de</strong><br />

Tangará da Serra, no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mato Grosso. A reflexão que propomos fundamenta-se em uma perspectiva sociocognitivo<br />

interacional, pois acreditamos que as práticas para o trabalho com leitura fundamentadas em concepções formalistas e<br />

mecânicas, conforme vem sen<strong>do</strong> realizadas pela gran<strong>de</strong> maioria das escolas <strong>de</strong>ste município, constitui-se em <strong>de</strong>codificação<br />

<strong>do</strong> código linguístico, mesmo em anos/séries finais (conforme po<strong>de</strong>mos observar através <strong>de</strong> pesquisa), além <strong>de</strong> causar<br />

<strong>de</strong>smotivação e <strong>de</strong>sinteresse pelo ato <strong>de</strong> ler não conduz à aprendizagem escolar. Assim como Kleiman, acreditamos que a<br />

leitura “é um ato social, entre <strong>do</strong>is sujeitos - leitor e autor - que interagem entre si, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> a objetivos e necessida<strong>de</strong>s<br />

socialmente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s”, o texto nessa concepção não é um produto pronto, acaba<strong>do</strong>. Deste mo<strong>do</strong>, preten<strong>de</strong>mos neste<br />

trabalho explicitar essa dimensão interacional da leitura, pois acreditamos que conhecen<strong>do</strong>-se as características e dimensões<br />

<strong>do</strong> ato <strong>de</strong> ler, menores serão as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> propormos tarefas que “trivializem” a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura, ou que limitem<br />

o potencial <strong>do</strong>s nossos alunos, com isso acreditamos que iremos torná-los leitores competentes capazes <strong>de</strong> dar senti<strong>do</strong> ao<br />

texto, fazer inferências, <strong>de</strong>tectar os implícitos, enfim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r aquilo que lê.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO, LEITURA, SOCIOCOGNITIVO INTERACIONAL<br />

TÍTULO: CIRCULAÇÃO DE ROMANCES NO SÉCULO XIX<br />

AUTOR(ES): GERMANA MARIA ARAÚJO SALES<br />

RESUMO: Os estu<strong>do</strong>s em torno da História <strong>do</strong> livro e da leitura já comprovaram que a leitura <strong>de</strong> romances, <strong>de</strong> fato, constituiu<br />

uma ativida<strong>de</strong> corriqueira nos anos oitocentos e essa prática se esten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, se<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

Império, on<strong>de</strong> circulavam publicações e autores <strong>de</strong> prestígio, até o Norte <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, na capital da província <strong>do</strong> Pará, quan<strong>do</strong><br />

se comprova o movimento da leitura <strong>de</strong> romances em espaços, como Gabinetes e Bibliotecas públicas e a divulgação <strong>de</strong>sse<br />

gênero nos periódicos locais – jornais e revistas -, fato que confirma o comércio livreiro na cida<strong>de</strong> e evi<strong>de</strong>ncia a existência <strong>de</strong><br />

uma cultura letrada no perío<strong>do</strong>. Seguin<strong>do</strong> esse fio, nossa atenção se volta, neste momento para <strong>do</strong>is objetivos: indicar os reclames<br />

que anunciavam as publicações em prosa <strong>de</strong> ficção nas principais folhas diárias da Província, na segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

século XIX, e, a partir <strong>do</strong> levantamento <strong>do</strong>s anúncios, relacionar aqueles mais recorrentes entre as notícias, como também<br />

arrolar os espaços on<strong>de</strong> essa leitura circulava verifican<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas obras anunciadas estarem presentes em seus<br />

catálogos. Diante <strong>de</strong>ssas informações, po<strong>de</strong>-se construir um pequeno esboço da História <strong>do</strong> livro na Belém oitocentista,<br />

além <strong>de</strong> elencar uma lista <strong>de</strong> livros em prosa <strong>de</strong> ficção que fizeram parte da preferência <strong>do</strong>s leitores daquele perío<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA LEITURA, LEITURA DE RMANCES, SÉCULO XIX<br />

SESSÃO - PESQUISAS SOBRE A PESQUISA<br />

DA LEITURA NO BRASIL 2<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 13<br />

TÍTULO: CONTRIBUIÇõES LEXICAIS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA<br />

AUTOR(ES): LÚCIA HELENA FERREIRA LOPES, ADRIANA ALVES MORAES DE SOUZA<br />

RESUMO: Esta comunicação situa-se na área da Linguística Textual em interface com a da Lexicologia e objetiva<br />

apresentar uma estratégia <strong>de</strong> leitura que tenha como ponto <strong>de</strong> partida o <strong>do</strong>mínio das formas da língua, os repertórios interpretativos,<br />

<strong>do</strong> apren<strong>de</strong>nte, ou seja, os seus conhecimentos léxico-gramaticais, gêneros discursivos e tipologias textuais<br />

e como ponto <strong>de</strong> chegada a compreensão e a interpretação. Para este estu<strong>do</strong>, privilegiaremos o léxico compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-o<br />

como um espaço que faculta o <strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura. Assim, ao elegermos o texto como unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ensino, compreen<strong>de</strong>mos que ele se materializa pelos sinais gráficos da escrita: as palavras, “a arena on<strong>de</strong> se confrontam<br />

os velhos e novos senti<strong>do</strong>s” (Gus<strong>do</strong>rf, 1952); aqueles inscritos nas palavras-produto e sedimenta<strong>do</strong>s pelo uso nas<br />

páginas impressas <strong>do</strong>s dicionários e esses (re)construí<strong>do</strong>s no processo interanimação das palavras-processo pelo ato da<br />

leitura significativa. Dessa feita, conforme postula Turazza (2002), as palavras-produto, ou seja, os vocábulos inscritos<br />

nos dicionários, mesmo <strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong>s da realida<strong>de</strong> discursiva, ativam possíveis marcos <strong>de</strong> conhecimento. No entanto, é<br />

na transmudação <strong>do</strong> texto-produto em texto-processo, pela dinâmica da con<strong>de</strong>nsação e expansão <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s, que o<br />

leitor cancela as texturas <strong>do</strong>s diferentes senti<strong>do</strong>s cristaliza<strong>do</strong>s pelo uso para redimensionar, (<strong>de</strong>s)construir e (re)construir<br />

novos significa<strong>do</strong>s para o texto que se lê.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, LÉXICO, ENSINO-APRENDIZAGEM<br />

TÍTULO: COMPREENSÃO LEITORA: INVESTIGANDO PARA MELHOR INTERVIR<br />

AUTOR(ES): MARIA ALICE COELHO<br />

RESUMO: Com o objetivo <strong>de</strong> investigar a competência leitora <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> 3° anos <strong>de</strong> Ensino Fundamental, realizamos<br />

uma pesquisa com a utilização da Técnica Cloze (Cloze Procedure), criada em 1953 por Taylor, e avaliamos o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>do</strong>s alunos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com.os índices <strong>de</strong>scritos por Bormuth (1986). Interessa-nos saber, como escola, como lêem os alunos<br />

que concluem o 3° ano, pois ten<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> pelo processo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a ler e escrever, tenham consegui<strong>do</strong> ir além da leitura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>codificação, alcançan<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto para po<strong>de</strong>r resignificá-lo. Dos 129 alunos avalia<strong>do</strong>s, 114 encontram-se no<br />

nível in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> leitura (aquele no qual o aluno po<strong>de</strong> ler com facilida<strong>de</strong> e fluência, com boa compreensão), 10 no nível<br />

<strong>de</strong> instrução (o aluno po<strong>de</strong> ler satisfatoriamente, sob a orientação ou apoio <strong>do</strong> professor) e 5 alunos no nível <strong>de</strong> frustração<br />

(a leitura se fragmenta, não há fluência, a compreensão e a memorização fraquejam). Numa primeira análise po<strong>de</strong>mos<br />

491

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!