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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Mídia, Educação e <strong>Leitura</strong><br />

Escolhemos como perío<strong>do</strong> para a realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> a década <strong>de</strong> 1990, on<strong>de</strong> as ações <strong>de</strong> divulgação científica tornaram-se<br />

mais intensas na expansão das publicações <strong>de</strong> seções <strong>de</strong> jornais voltadas para a divulgação da ciência. Os jornais são os <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> circulação nacional que possuem seções <strong>de</strong>dicadas à divulgação científica, bem como seu correspon<strong>de</strong>nte na WEB. São<br />

eles Folha <strong>de</strong> São Paulo e O Globo e seus respectivos portais. Paralelamente ao levantamento empírico estamos realizan<strong>do</strong> o<br />

estu<strong>do</strong> teórico sobre os temas: mídias; linguagem; imagem; leitura; retórica; divulgação científica; narrativa.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGENS, EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, JORNAIS<br />

TÍTULO: A TIPOLOGIA TEXTUAL DA CRÔNICA DE NOTÍCIA<br />

AUTOR(ES): MILTON GABRIEL JUNIOR, MYLENE ABUD SANTORO<br />

RESUMO: Esta comunicação está situada nas áreas da Análise Crítica <strong>do</strong> Discurso e da Lingüística Textual, e tem por<br />

tema analisar a opinião <strong>do</strong> cronista diante <strong>do</strong> fato noticioso, levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração os critérios que constroem o texto<br />

dissertativo, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> verificar se o cronista procura criar similitu<strong>de</strong> ou dissimilitu<strong>de</strong> com a empresa jornal e quais estratégias<br />

argumentativas o cronista utiliza para criar a opinião. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pela análise <strong>de</strong>sta crônica <strong>de</strong>monstram<br />

que a crônica <strong>de</strong> notícia é construída através <strong>de</strong> um para<strong>do</strong>xo entre a opinião jornalística x a opinião <strong>do</strong> cronista; sen<strong>do</strong><br />

que na crônica <strong>de</strong> notícia as expressões argumentativas são legitimadas por provas <strong>do</strong> Marco das Cognições Sociais. A<br />

estratégia argumentativa é a ferramenta para apresentar reforço / provas no que se refere tanto ao evento noticioso, quanto<br />

ao cotidiano. Após a análise da crônica <strong>de</strong> notícia, verificou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r nossos conhecimentos lexicais,<br />

<strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, para efetivar a passagem da <strong>de</strong>codificação para compreensão e interpretação, a qual é construída através <strong>de</strong> um<br />

para<strong>do</strong>xo entre a opinião jornalística x a opinião <strong>do</strong> cronista. A focalização jornalística procura nortear seus textos <strong>de</strong> forma<br />

a representar o evento noticioso, enquanto a focalização <strong>do</strong> cronista se inicia a partir <strong>do</strong>s eventos noticia<strong>do</strong>s, buscan<strong>do</strong><br />

orientar o leitor a um novo ponto <strong>de</strong> vista, revelan<strong>do</strong> um outro ângulo, ainda não observa<strong>do</strong> pelo leitor; leituras <strong>de</strong> mun<strong>do</strong><br />

possíveis <strong>de</strong> coexistir com o ângulo inicial e levan<strong>do</strong> a reflexão <strong>de</strong> ambos os mun<strong>do</strong>s cria<strong>do</strong>s. Neste instante, com o auxílio<br />

<strong>de</strong> estruturas textuais comparativas, o cronista consegue fazer com que a noticia (Inusita<strong>do</strong>) se transforme em cotidiano<br />

(Usual), forman<strong>do</strong> sua opinião sobre os fatos por ele narra<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LÉXICO, INTERPRETAÇÃO, DISCURSO<br />

TÍTULO: A FOTOGRAFIA EM CAPAS DE REVISTA E A CONSTITUIÇÃO DE SENTIDO<br />

AUTOR(ES): MIRIAM BAUAB PUZZO<br />

RESUMO: As capas <strong>de</strong> revista informativa tem na fotografia o eixo central como atrativo para o leitor. A cada dia as<br />

fotos ganham em qualida<strong>de</strong> ao mesmo tempo que passam por um processo <strong>de</strong> elaboração cujo objetivo é criar impacto<br />

e seduzir o leitor. A função das capas como invólucro das informações contidas no interior <strong>do</strong> semanário é trazer as<br />

manchetes principais <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> impactante, cujo intuito é a promoção <strong>de</strong> venda. Aliadas às manchetes, as fotos compõem<br />

um to<strong>do</strong> enunciativo significante, que antecipa não apenas a informação, mas também a interpretação <strong>do</strong>s fatos, sob o<br />

viés da empresa. Ten<strong>do</strong> em vista esse aspecto, o objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é discutir os significa<strong>do</strong>s implícitos <strong>de</strong> que a<br />

foto participa como integrante <strong>de</strong>sse gênero. A teoria <strong>de</strong> apoio para a discussão das fotos como integrantes <strong>do</strong> enuncia<strong>do</strong><br />

concreto é a discursivo enunciativa na perspectiva bakhtiniana, expressa em Estética da criação verbal (BAKHTIN, 2003),<br />

bem como obras que interpretam a fotografia como representação <strong>do</strong> real, entre elas Sobre fotografia (SONTAG, 2007),<br />

Realida<strong>de</strong>s e ficções na trama fotográfica (KOSSOY, 2002) e Fotografia digital <strong>de</strong> personas (FREEMAN, 2005). Para cumprir<br />

tal proposta serão analisadas as capas da revista Veja que apresentam fotos <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte Lula, tratadas pelo sistema<br />

<strong>de</strong> Photoshop. Tais fotos integram os enuncia<strong>do</strong>s concretos das capas referentes às ed. 1913 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2005; ed.<br />

1918 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2005 e ed. 2056 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008. As fotos dialogam não só com os outros elementos que<br />

compõem o enuncia<strong>do</strong>, mas também com o instante sócio histórico, expressan<strong>do</strong> a opinião da empresa. Conclui-se que <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> indireto as fotos sinalizam uma perspectiva interpretativa antecipan<strong>do</strong> as informações das reportagens internas, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> a formar a opinião prévia <strong>do</strong> leitor.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CAPAS DE REVISTA, FOTOGRAFIA, OPINIÃO<br />

SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 24<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 13<br />

TÍTULO: DISCURSO, LEITURA, IMAGEM<br />

AUTOR(ES): NÁDEA REGINA GASPAR<br />

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo compreen<strong>de</strong>r as possíveis relações existentes entre a escrita das cartas que<br />

também foram retratadas nos quadros <strong>do</strong> pintor Vincent Van Gogh. Para tanto, recorremos às cartas que o pintor holandês<br />

escreveu durante a sua vida, principalmente às enviadas ao seu irmão Theo, e resultou em um livro intitula<strong>do</strong> “Cartas a<br />

Theo” (1991). Nelas, o pintor buscou <strong>de</strong>screver, via comunicação verbal da vida cotidiana, aspectos da sua vida, <strong>do</strong> seu trabalho<br />

como artista, imprimin<strong>do</strong>, também na escrita, sua visão <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>. Porém, o que nos interessa nestas cartas é buscar<br />

alguns enuncia<strong>do</strong>s escritos, portanto, na forma <strong>de</strong> palavras, e encontrá-los nas imagens <strong>do</strong>s quadros pinta<strong>do</strong>s pelo artista,<br />

na tentativa <strong>de</strong> encontrar relações entre as palavras e as imagens. Meto<strong>do</strong>logicamente, buscou-se subsídio em “Estética da<br />

criação verbal” <strong>de</strong> Mikhail Bakhtin (1997), ten<strong>do</strong> em vista <strong>do</strong>is princípios <strong>de</strong>sse autor: “enuncia<strong>do</strong>” e “gêneros discursivos”.<br />

Bakhtin distingue os “gêneros” entre “primários” e “secundários”. Como exemplo <strong>de</strong> “gêneros primários” tem-se: o diálogo<br />

entre as pessoas, as cartas, nos dias atuais os e-mails, blogs, etc. Os “gêneros” são <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s por esse autor como<br />

“primários”, porque surgem <strong>de</strong> uma comunicação verbal espontânea. Já os “gêneros secundários”, resultam <strong>de</strong> circunstâncias<br />

<strong>de</strong> uma comunicação mais complexa, como os textos literários, os científicos, os culturais, etc. Contu<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong><br />

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