2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil 2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

28.06.2013 Views

Mídia, Educação e Leitura SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 17 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 15 TÍTULO: A EDUCAÇÃO ESTÉTICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O LABORATÓRIO DE IMAGEM CINEMA PARAÍSO AUTOR(ES): KELLY CRISTINA RUSSO DE SOUZA, DANIELA NUNES ARAUJO RESUMO: Este trabalho tem por objetivo apresentar a experiência formativa do Laboratório de Audiovisual Cinema Paraíso, especialmente voltado para introduzir a linguagem imagética no âmbito da formação de professores de uma universidade pública e a possibilidade de uma educação estética. A proposta atende quatro linhas de atuação: a inclusão do cinema como uma expressão cultural com o objetivo de desenvolver o gosto pela arte; a produção dedeo como instrumento de produção e socialização de conhecimentos; a leitura da imagem e a abordagem crítica sobre os meios audiovisuais, com a discussão e análise de conteúdos e de seus diferentes códigos comunicacionais. Nesta comunicação, apresentamos dados coletados através de questionários e entrevistas realizadas a alunos da faculdade de formação de professores que participaram das atividades desenvolvidas neste primeiro ano do projeto, entre elas, as mostras semanais de cinema e a primeira oficina de produção dedeo. Ambas são relativas às duas primeiras linhas de atuação do projeto e pretendemos, a partir da análise sobre essa experiência formativa, expor alguns indícios sobre as possibilidades do desenvolvimento de uma formação estética voltada para os cursos de formação de professores, além de discutir o papel da tecnologia no processo de mediação da construção das subjetividades contemporâneas e do próprio modelo formativo educacional. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO ESTÉTICA, CINEMA, MÍDIA EDUCAÇÃO TÍTULO: COMPREENSÃO, CIRCULAÇÃO E ELABORAÇÃO DE TEXTOS A PARTIR DE LEITURAS MIDIÁTICAS AUTOR(ES): LAIARA PERIN RESUMO: Este trabalho é resultado da pesquisa “Leitura e circulação de textos midiáticos por alunos de escola pública”, que foi desenvolvida durante o ano de 2008, cujo propósito fundamental é o de mapear como ocorre a circulação e a apropriação da imprensa escrita nas escolas da rede Pública do Estado de São Paulo. Nessa frente, durante o ano letivo de 2008, alunos eram acompanhados regularmente. A princípio, buscávamos observar como esses alunos enfrentavam a leitura do jornal, ou seja, como entendiam a imprensa escrita. A partir dessas respostas, elaborou-se subsídios pedagógicos alternativos, com o intuito de despertar o interesse dos alunos por textos midiáticos como um todo, fugindo da leitura descompromissada ou somente de aspectos que acreditavam serem mais interessantes. Em uma terceira etapa, buscamos rastrear como os alunos entendiam e opinavam sobre a reportagem. Nesse período, buscou-se não apenas ouvi-los, e sim que eles criassem textos a partir do que haviam lido. Com isso, o projeto veio enfrentar a idéia tão divulgada em materiais didáticos relacionados ao ensino de técnicas textuais como narrativas, descrições, dentre outras. Essas técnicas, na grande maioria dos materiais didáticos, aparecem auxiliadas por excertos textuais diversificados, que servem para nortear o rumo que o aluno deve seguir na elaboração de um texto com a técnica ensinada. Referido projeto buscou entender como esse processo de questionamento era desenvolvido, mas de uma forma diferenciada da oferecida nos livros didáticos em geral, pois partia-se não mais de trechos textuais, mas sim de textos integrais do jornal de maior circulação no estado de São Paulo: Folha de S. Paulo. Através desses textos ,que poderiam ser lidos diariamente pelos alunos, notávamos como eles percebiam os fatos noticiosos, como eles reagiam e se realmente conseguiam opinar, ou seja, se conseguiam acompanhar o desenrolar de um determinado caso e expressar opiniões sobre o mesmo. PALAVRAS-CHAVE: JORNAL, LEITURA, OPINIÃO TÍTULO: DIÁLOGOS DE MÍDIA & EDUCAÇÃO – PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL AUTOR(ES): LAURA SELIGMAN, VALQUIRIA MICHELA JOHN RESUMO: As transformações que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - NTIC, impuseram à sociedade ainda parecem distantes das práticas escolares. Ancorados em um mundo livresco e afastados dos paradigmas tecnológicos, os currículos escolares, bem como seus planos de ensino, preferem ignorar a influência da tecnologia na vida de toda a sua comunidade escolar. A oferta de material de apoio para o preparo de aulas que orientem o professor a Educar para os Meios e o seu treinamento para esta prática foram os objetivos das ações de extensão que o grupo de pesquisa Monitor de Mídia do curso de jornalismo da Univali manteve entre 2007 e 2008. A edição de dez e-cadernos sobre a necessidade de educar para a mídia e sobre as características de oito tipos delas, além de sugestões de ações e exercícios a serem levados às salas de aula, se complementou com treinamentos de formação continuada de professores na região, no intuito de levar à comunidade em que a universidade está inserida, um pouco do conhecimento que ela ajuda a construir. Ler criticamente a mídia e capacitar a comunidade para interferir em seu conteúdo são objetivos que podem ser alcançados com a formação para a leitura crítica da mídia. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO PARA OS MEIOS , NTIC, LEITURA E TECNOLOGIA TÍTULO: EDUCAÇÃO, NOVAS MÍDIAS E ZONAS INTERSTICIAIS: POSSIBILIDADES DE TRANSVER O MUNDO ATRAVÉS DO COTIDIANO ESCOLAR AUTOR(ES): LEANDRO PETARNELLA, ELIETE JUSSARA NOGUEIRA, MARIA LUCIA DE AMORIM SOARES RESUMO: Partindo do olhar sobre a evolução das mídias e sua íntima relação com as metamorfoses sociais, este trabalho tem por objetivo rever as formas nas quais se estabelecem a simbiose entre as novas mídias, a sociedade e a educação formal no cotidiano escolar. Para tanto, lembra como a convergência das mídias e das tecnologias a partir dos anos 50 e 60, gestou uma cultura midiática através da hibridização de ambos em dados digitais. Transvendo o pensar, desvela como a respectiva 464

Mídia, Educação e Leitura convergência em dados digitais faz das mídias não mais a tecnologia responsável pela distribuição e exposição do objeto, mas sim a cavidade onde se alicerçam as relações sociais. Delineado pelo conceito de rizoma, trabalhado por Deleuze & Guatari, pelo conceito de dromocracia cibercultural, explorado por Trivinho e o conceito de zonas intersticiais esboçado por Santaella, discorre sobre as formas pelas quais os meios tecnológicos constituem a sociedade contemporânea. Revela, também, como as céleres transformações tecnológicas se traduzem numa dromocracia cibercultural – a exclusão pelo não acompanhamento da evolução tecnológica. Os conceitos dos referenciais acima elencados criam o arcabouço vital para a conclusão deste trabalho: a inscrição das novas mídias no cotidiano escolar se traduz em uma competência pedagógica e é a partir desta competência que os alunos desenvolverão a capacidade de transver o mundo e suas relações sociais. Ainda: é o desenvolvimento de práticas sociais críticas e reflexivas, por parte dos sujeitos da educação formal, o grande desafio da educação hodierna, uma vez que a inscrição das novas mídias em outros espaços sociais já são incorporadas e atualizadas nas céleres mutações sociais. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, NOVAS MÍDIAS, ZONAS INTERSTICIAIS TÍTULO: O TRABALHO ESTRATÉGICO COM A LINGUAGEM EM UMA PROPAGANDA AUTOR(ES): LEONICE APARECIDA BRAGA HÚNGARO RESUMO: Partindo do princípio de que a plasticidade da linguagem permite que ela se adapte aos diferentes objetivos dos locutores, e que a mídia impressa, principalmente a propaganda, exige uma elaboração especial da linguagem para atingir o(s) objetivos desejado(s), buscamos, neste artigo, evidenciar as estratégias linguísticas, a posição dos locutores, os interlocutores virtuais, os interlocutores reais bem como compreender os efeitos de sentidos sutilmente sinalizados na materialidade linguística utilizados pela indústria Gradiente como recurso para divulgar e vender seu produto. Sob a luz da linguística textual e partindo de uma leitura que não exclui outras possibilidades, visto que, o duplo sentido é da natureza da linguagem midiática, utilizamos como objeto de análise uma propaganda da referida indústria, a qual fez parte de uma campanha publicitária que antecedeu o período natalino do ano 2000, época em que foi veiculada na revista Veja dos últimos meses do mesmo ano. O resultado da pesquisa revela a tentativa da empresa de, por meio da linguagem verbal e não verbal, seduzir, persuadir e ampliar seu público alvo. Entretanto, o suporte de veiculação, revista Veja, e a própria descrição do produto delimitam o perfil do consumidor potencial, uma vez que o produto é destinado a um público mais seleto, ou com maior poder aquisitivo, tal qual é o publico consumidor da própria revista Veja. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PROPAGANDA , PERSUASÃO SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 18 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 16 TÍTULO: INTERTEXTUALIDADE INTERGÊNEROS NA PUBLICIDADE AUTOR(ES): LILIAN DE PINHO BOTELHO RESUMO: INTERTEXTUALIDADE INTERGÊNEROS NA PUBLICIDADE Lilian de Pinho BOTELHO PUC/ SP Resumo Existem diversos gêneros textuais que perpassam o nosso cotidiano, inclusive aqueles que compõem os gêneros do domínio publicitário, pois estão ligados às práticas comunicativas e ao poder de persuadir, ou seja, perceber de que modo a escolha de um repertório lingüístico e sua organização dentro do texto podem atingir o leitor. Podemos elencar alguns aspectos no sentido de objetivar a pesquisa em questão, uma vez que o leitor/escritor pode selecionar seu repertório lingüístico a partir de sua intencionalidade ou, ainda, perceber que os aspectos dos gêneros textuais são fatores a serem levados em consideração durante a produção. Para a pesquisa, foram selecionadas quatro campanhas publicitárias de diferentes empresas, na intenção de que o leitor perceba a seleção léxica e a intertextualidade escolhidas para o trabalho. As análises foram feitas a partir do contexto da propaganda e do vocabulário de cada uma delas. É importante perceber, de acordo com Marcuschi (2005), que os gêneros textuais são rotinas sociais do nosso dia-a-dia, de modo a considerá-los como parte do meio social e reflexo dos indivíduos de cada época, pois todo gênero surge e se molda ao momento no qual está inserido. Com essa visão, a intertextualidade intergêneros é algo que vem a acrescentar às diversas facetas dos gêneros textuais, que adéquam ou se utilizam de outros modelos de gêneros para atingirem a leitura/intencionalidade desejada com cada um. PALAVRAS-CHAVE: GÊNEROS , INTERTEXTUALIDADE , INTENCIONALIDADE TÍTULO: A TRANSCODIFICAÇÃO DO AUTO DA COMPADECIDA TEATRO PARA A TV E O CINEMA AUTOR(ES): LILIAN DE SANT’ANNA MAIA RESUMO: Partindo dos estudos mais recentes, assentados na teoria norte-americana a respeito da literatura comparada, pautado no entrecruzamento da literatura como sistemas semiológicos diversos, tais como o cinema, a pintura, o jornalismo, a arquitetura urbana, a televisão, dentre outros, pretende-se travar um diálogo sobre a transcodificação da literatura, sob o gênero de peça teatral, e a transcodificação dela para a televisão e para o cinema. O objeto de discussão será o filme “O auto de compadecida” de Ariano Suassuna. Nesta proposta, será relevante abordar alguns aspectos relacionados ao discurso, uma vez que, tanto a obra quanto a modalidade cinematográfica e televisiva, versam sobre a construção da imagem a partir do discurso. Para tanto, as teorias de Foucault, Pêcheux, Orlandi, Nagamine, serão imprescindíveis. Outras teorias comporão este artigo. Uma delas é a de Brecht, que versa sobre o teatro. Serão discutidos aqui outros meios de comunicação de massa, assim como a televisão, que fazem parte da cultura do povo brasileiro. Como cada público recebe a arte, de que forma funcionam as indústrias de comunicação de massa e a visibilidade dada a cada uma das transcodificação, ora apresentada. O Auto da Compadecida, estudado sobre as três “transmutações” técnicas, não fará qualquer abordagem hierárquica da obra transposta para outras modalidades, mas contemplará o poder que a arte possui em ser transcodificada sem perder o seu valor de mercado, muito embora possa perder a sua essência quando é vista apenas como mercadoria, contudo, ganha mais visibilidade. Assim, o texto teatral, modalidade que difere bastante da televisiva e cinematográfica, 465

Mídia, Educação e <strong>Leitura</strong><br />

convergência em da<strong>do</strong>s digitais faz das mídias não mais a tecnologia responsável pela distribuição e exposição <strong>do</strong> objeto, mas<br />

sim a cavida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se alicerçam as relações sociais. Delinea<strong>do</strong> pelo conceito <strong>de</strong> rizoma, trabalha<strong>do</strong> por Deleuze & Guatari,<br />

pelo conceito <strong>de</strong> dromocracia cibercultural, explora<strong>do</strong> por Trivinho e o conceito <strong>de</strong> zonas intersticiais esboça<strong>do</strong> por Santaella,<br />

discorre sobre as formas pelas quais os meios tecnológicos constituem a socieda<strong>de</strong> contemporânea. Revela, também, como as<br />

céleres transformações tecnológicas se traduzem numa dromocracia cibercultural – a exclusão pelo não acompanhamento da<br />

evolução tecnológica. Os conceitos <strong>do</strong>s referenciais acima elenca<strong>do</strong>s criam o arcabouço vital para a conclusão <strong>de</strong>ste trabalho:<br />

a inscrição das novas mídias no cotidiano escolar se traduz em uma competência pedagógica e é a partir <strong>de</strong>sta competência<br />

que os alunos <strong>de</strong>senvolverão a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transver o mun<strong>do</strong> e suas relações sociais. Ainda: é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> práticas<br />

sociais críticas e reflexivas, por parte <strong>do</strong>s sujeitos da educação formal, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio da educação hodierna, uma vez que a<br />

inscrição das novas mídias em outros espaços sociais já são incorporadas e atualizadas nas céleres mutações sociais.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, NOVAS MÍDIAS, ZONAS INTERSTICIAIS<br />

TÍTULO: O TRABALHO ESTRATÉGICO COM A LINGUAGEM EM UMA PROPAGANDA<br />

AUTOR(ES): LEONICE APARECIDA BRAGA HÚNGARO<br />

RESUMO: Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que a plasticida<strong>de</strong> da linguagem permite que ela se adapte aos diferentes objetivos<br />

<strong>do</strong>s locutores, e que a mídia impressa, principalmente a propaganda, exige uma elaboração especial da linguagem para<br />

atingir o(s) objetivos <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>(s), buscamos, neste artigo, evi<strong>de</strong>nciar as estratégias linguísticas, a posição <strong>do</strong>s locutores, os<br />

interlocutores virtuais, os interlocutores reais bem como compreen<strong>de</strong>r os efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s sutilmente sinaliza<strong>do</strong>s na<br />

materialida<strong>de</strong> linguística utiliza<strong>do</strong>s pela indústria Gradiente como recurso para divulgar e ven<strong>de</strong>r seu produto. Sob a luz da<br />

linguística textual e partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma leitura que não exclui outras possibilida<strong>de</strong>s, visto que, o duplo senti<strong>do</strong> é da natureza<br />

da linguagem midiática, utilizamos como objeto <strong>de</strong> análise uma propaganda da referida indústria, a qual fez parte <strong>de</strong> uma<br />

campanha publicitária que antece<strong>de</strong>u o perío<strong>do</strong> natalino <strong>do</strong> ano 2000, época em que foi veiculada na revista Veja <strong>do</strong>s últimos<br />

meses <strong>do</strong> mesmo ano. O resulta<strong>do</strong> da pesquisa revela a tentativa da empresa <strong>de</strong>, por meio da linguagem verbal e não<br />

verbal, seduzir, persuadir e ampliar seu público alvo. Entretanto, o suporte <strong>de</strong> veiculação, revista Veja, e a própria <strong>de</strong>scrição<br />

<strong>do</strong> produto <strong>de</strong>limitam o perfil <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r potencial, uma vez que o produto é <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a um público mais seleto, ou<br />

com maior po<strong>de</strong>r aquisitivo, tal qual é o publico consumi<strong>do</strong>r da própria revista Veja.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PROPAGANDA , PERSUASÃO<br />

SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 18<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 16<br />

TÍTULO: INTERTEXTUALIDADE INTERGÊNEROS NA PUBLICIDADE<br />

AUTOR(ES): LILIAN DE PINHO BOTELHO<br />

RESUMO: INTERTEXTUALIDADE INTERGÊNEROS NA PUBLICIDADE Lilian <strong>de</strong> Pinho BOTELHO PUC/<br />

SP Resumo Existem diversos gêneros textuais que perpassam o nosso cotidiano, inclusive aqueles que compõem os gêneros<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio publicitário, pois estão liga<strong>do</strong>s às práticas comunicativas e ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> persuadir, ou seja, perceber <strong>de</strong> que<br />

mo<strong>do</strong> a escolha <strong>de</strong> um repertório lingüístico e sua organização <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> texto po<strong>de</strong>m atingir o leitor. Po<strong>de</strong>mos elencar<br />

alguns aspectos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> objetivar a pesquisa em questão, uma vez que o leitor/escritor po<strong>de</strong> selecionar seu repertório<br />

lingüístico a partir <strong>de</strong> sua intencionalida<strong>de</strong> ou, ainda, perceber que os aspectos <strong>do</strong>s gêneros textuais são fatores a serem leva<strong>do</strong>s<br />

em consi<strong>de</strong>ração durante a produção. Para a pesquisa, foram selecionadas quatro campanhas publicitárias <strong>de</strong> diferentes<br />

empresas, na intenção <strong>de</strong> que o leitor perceba a seleção léxica e a intertextualida<strong>de</strong> escolhidas para o trabalho. As análises<br />

foram feitas a partir <strong>do</strong> contexto da propaganda e <strong>do</strong> vocabulário <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las. É importante perceber, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

Marcuschi (2005), que os gêneros textuais são rotinas sociais <strong>do</strong> nosso dia-a-dia, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a consi<strong>de</strong>rá-los como parte <strong>do</strong><br />

meio social e reflexo <strong>do</strong>s indivíduos <strong>de</strong> cada época, pois to<strong>do</strong> gênero surge e se molda ao momento no qual está inseri<strong>do</strong>.<br />

Com essa visão, a intertextualida<strong>de</strong> intergêneros é algo que vem a acrescentar às diversas facetas <strong>do</strong>s gêneros textuais, que<br />

adéquam ou se utilizam <strong>de</strong> outros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gêneros para atingirem a leitura/intencionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada com cada um.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GÊNEROS , INTERTEXTUALIDADE , INTENCIONALIDADE<br />

TÍTULO: A TRANSCODIFICAÇÃO DO AUTO DA COMPADECIDA TEATRO PARA A TV E O CINEMA<br />

AUTOR(ES): LILIAN DE SANT’ANNA MAIA<br />

RESUMO: Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s mais recentes, assenta<strong>do</strong>s na teoria norte-americana a respeito da literatura comparada,<br />

pauta<strong>do</strong> no entrecruzamento da literatura como sistemas semiológicos diversos, tais como o cinema, a pintura, o jornalismo,<br />

a arquitetura urbana, a televisão, <strong>de</strong>ntre outros, preten<strong>de</strong>-se travar um diálogo sobre a transcodificação da literatura,<br />

sob o gênero <strong>de</strong> peça teatral, e a transcodificação <strong>de</strong>la para a televisão e para o cinema. O objeto <strong>de</strong> discussão será o filme<br />

“O auto <strong>de</strong> compa<strong>de</strong>cida” <strong>de</strong> Ariano Suassuna. Nesta proposta, será relevante abordar alguns aspectos relaciona<strong>do</strong>s ao<br />

discurso, uma vez que, tanto a obra quanto a modalida<strong>de</strong> cinematográfica e televisiva, versam sobre a construção da imagem<br />

a partir <strong>do</strong> discurso. Para tanto, as teorias <strong>de</strong> Foucault, Pêcheux, Orlandi, Nagamine, serão imprescindíveis. Outras<br />

teorias comporão este artigo. Uma <strong>de</strong>las é a <strong>de</strong> Brecht, que versa sobre o teatro. Serão discuti<strong>do</strong>s aqui outros meios <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong> massa, assim como a televisão, que fazem parte da cultura <strong>do</strong> povo brasileiro. Como cada público recebe a<br />

arte, <strong>de</strong> que forma funcionam as indústrias <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa e a visibilida<strong>de</strong> dada a cada uma das transcodificação,<br />

ora apresentada. O Auto da Compa<strong>de</strong>cida, estuda<strong>do</strong> sobre as três “transmutações” técnicas, não fará qualquer abordagem<br />

hierárquica da obra transposta para outras modalida<strong>de</strong>s, mas contemplará o po<strong>de</strong>r que a arte possui em ser transcodificada<br />

sem per<strong>de</strong>r o seu valor <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, muito embora possa per<strong>de</strong>r a sua essência quan<strong>do</strong> é vista apenas como merca<strong>do</strong>ria,<br />

contu<strong>do</strong>, ganha mais visibilida<strong>de</strong>. Assim, o texto teatral, modalida<strong>de</strong> que difere bastante da televisiva e cinematográfica,<br />

465

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!