2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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28.06.2013 Views

Mídia, Educação e Leitura TÍTULO: REPRESENTAÇõES IDENTITÁRIAS NA PROPAGANDA: O EROTISMO COMO PRODUTOR DE SENTIDOS. AUTOR(ES): HELIO DE OLIVEIRA RESUMO: Para o analista de discurso, “transver o mundo” significa estar atento às formas com que o homem, através da linguagem, cria representações de si mesmo, do mundo e do outro, produzindo efeitos de sentido. Considerando-se a propaganda – enquanto construção lingüística – como uma das formas em que essas representações estão inseridas, e levando-se em conta o erotismo como produtor de sentidos, o presente trabalho analisa peças publicitárias veiculadas em revistas nacionais nos anos de 2006-2008, em especial, as de forte apelo erótico. Adotando como teoria de apoio a Análise de Discurso de linha franco-brasileira, questiona como representações identitárias são construídas nessas propagandas. São operados na pesquisa os conceitos de formação discursiva e ideológica, discurso, sujeito e identidades, as relações do dito com o não-dito, além de, conjuntamente, a análise da parte não-verbal – as fotos e as ilustrações – que comumente compõem as peças publicitárias e a articulação entre as partes não-verbal e verbal. Segundo a teoria intersemiótica de Maingueneau (1984), a prática discursiva não integra apenas enunciados, podendo integrar também diversos domínios semióticos, tais como fotos, quadros, obras musicais etc. É, também, tarefa do analista realizar leituras críticas e reflexivas que não reduzam o discurso a análises de aspectos puramente lingüísticos nem o dissolvam em considerações ideológicas. PALAVRAS-CHAVE: PROPAGANDA, IDENTIDADE, ANÁLISE DE DISCURSO TÍTULO: VÍDEOS@JUVENTUDES.BR: VÍDEOS E JOVENS EM CENA AUTOR(ES): HELOISA HELENA OLIVEIRA DE MAGALHÃES COUTO RESUMO: O horizonte das investigações que empreendo é a constituição de novas maneiras de aprender e de conviver vis-à-vis à constituição de um mundo digital e ao fomento da cultura da convergência. Duas questões guiam a exploração: pensar a produção cultural audiovisual e pensar novos modos de produção e de transmissão do saber. Acreditamos que a mudança tecnológica tem papel significativo na mudança cultural, mas não cremos em determinismo tecnológico. Um primeiro fio articulou, em pesquisa qualitativa, vídeos disponibilizados no YouTube e as práticas culturais dos jovens e arquitetou uma ponte com a educação. Partimos do princípio de que os jovens e suas produções são interdependentes, refletem uma visão de mundo. Essa experimentação estética, muitas vezes precária, inacabada, é lugar de constituição de subjetividade, mas é tomada, também, para a narratividade do contemporâneo. A condição juvenil tem especificidades próprias do momento histórico em que se constitui. A inovação tecnológica tem aproximado jovens de mundos distintos (Novaes, 2006), ampliado possibilidades de comunicação, de criação, de escolhas, também para aquele que vive em tempo de decisões para o futuro e de construção de identidades. Muitos jovens, mas não todos, porque são muitas as juventudes, parecem bastante ocupados em seu tempo livre como produtores de bens culturais. Com a contribuição de teóricos e a partir da análise de sites, dedeos e entrevistas, entendemos que os vídeos compartilhados têm sido usados como facilitadores de trocas, como uma forma de comunicação. E não são ignorados. Até porque interagir é ser capaz de produzir seus próprios sentidos e significados, é ser também co-autor. Somente assumindo um uso crítico e criativo dos meios e tecnologias audiovisuais e telemáticos é que a escola pode hoje interessar a juventude. O que está em jogo é uma nova sensibilidade produzida a partir da operação, interação e conexão midiática (Barbero, 2006). PALAVRAS-CHAVE: VÍDEO, INTERNET, JUVENTUDE SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 12 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 13 TÍTULO: “UM ESPECTRO RONDA A ESCOLA - O ESPECTRO DA BANDA LARGA...“ AUTOR(ES): HENRIQUE GARCIA SOBREIRA, FELYPE LOPES BASTOS, JAIRO VANUCI FREITAS FILHO, PAULA ANDREA MORRONE ARAGÃO DE MOURA, RODRIGO MESQUITA DA SILVA RESUMO: Desde 2007 uma nova questão foi introduzida na pesquisa “Formação de Professores: para onde vamos?”: o grande número de estudantes de Pedagogia que chegava à Universidade com habilidades em informática, em navegação na internet e na geração de material audiovisual. Essa demanda exigiu que novos temas se associassem aos estudos sobre auto-reflexão como processo de formação que estavam sendo exercitados. O passo que está sendo dado na pesquisa diz respeito às possibilidades da utilização dos equipamentos de gravação e de transmissão de sinais de áudio e dedeo por meio da internet como alternativas de Formação, a partir do contexto determinado pelo “acesso de massa” a novos modos de produção, gravação e transmissão de conteúdo audiovisual. As atividades e os resultados da pesquisa revelam uma série de efeitos subjetivos entre os “habitantes” desses cursos que passam ao largo da pesquisa nesse campo. Utilizamos esses efeitos subjetivos (ou de subjetivação) como fonte para o estudo de elementos a serem introduzidos no processo de auto-reflexão sobre as experiências escolares pretéritas de escolarização (forma de currículo alternativo da educação do educador). Há, em curso, aceleradas mudanças no tecido social, determinadas pela disseminação do acesso às tecnologias de comunicação. Se há poucos anos o discurso sobre “exclusão digital” ainda fazia sentido, hoje nos deparamos com uma realidade mais complexa, mais contraditória. Um mais distribuídos “bens” da atualidade passou a ser a “capacidade de download” (esfera do consumo). Mas parte da oferta (blogsfera, MySpace, Twiter etc.) sugere que a demanda dos que almejam emancipação pode ser o desenvolvimento da “capacidade de upload”. A responsabilidade por “resolver” tal situação não pode ser atribuída exclusivamente à escola, à educação escolar e ao professor. Mas esses lugares e pessoas precisam investir na criação de novas formas de leitura e de escritura dessa realidade. PALAVRAS-CHAVE: MIDIAS DIGITAIS, TV POR IP, FORMAÇÃO DE PROFESSORES 456

Mídia, Educação e Leitura TÍTULO: DISCURSOS DE ASTROBOY: DISCURSOS DE ASTROBOY: MEMÓRIA E CORPO INORGÂNICO AUTOR(ES): HERTEZ WENDEL DE CAMARGO, CELSO MOREIRA DE MATTOS RESUMO: A proposta deste artigo é analisar como o desenho animado Astroboy pode ser utilizado em sala de aula. Para isto, partiu-se de um referencial teórico sobre mídia e educação, com ênfase no poder de sedução da linguagem televisual e da nova cultura oral. O desenho animado pode ser visto de diversas formas: como artes visuais, sua estética e técnica podem ser o mote para uma aula sobre a história da arte. Como produto cultural, sua interfaces com a literatura, o cinema e as histórias em quadrinhos fornecem um rico material a ser explorado na área de mídia-educação. No caso de Astroboy, este trabalho propõe uma leitura sobre memória, tecnologia e o pós-orgânico como uma das formas de uso deste desenho com recurso pedagógico para discutir temas relevantes e presentes na sociedade contemporânea. É importante ressaltar que este desenho, como qualquer outro produto midiático, permite várias leituras. Entretanto, nossa proposta é fazer uma análise destacando aspectos discursivos de Astroboy que consideramos pertinentes a uma época em que a tecnociência ganha espaço na mídia e exerce fascínio sobre os jovens. A escolha do desenho animado se justifica por ser um dos produtos da cultura pouco valorizados pelos educadores, apesar de estar muito presente na televisão e na vida cotidiana especialmente das crianças. Outro objetivo deste estudo é mostrar que por trás da aparente inocência do desenho animado podem-se esconder questionamentos que desafiam a nossa compreensão do mundo. É a partir desta e de outras leituras que vamos possibilitar uma visão mais crítica e educativa dos produtos midiáticos. PALAVRAS-CHAVE: DESENHO ANIMADO, EDUCAÇÃO, MÍDIA TÍTULO: OS SIGNIFICADOS DO TERMO TECNOLOGIA NOS PCNEM AUTOR(ES): ISABEL CRISTINA DOS SANTOS ROSSINI RESUMO: Este trabalho se insere na pesquisa Os significados do termo tecnologia nos PCNEM (Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio), desenvolvido na Unesp de Rio Claro sob orientação da Professora Doutora Márcia Reami Pechula. Nas primeiras leituras desse documento, já foi possível apontar alguns indícios dos pressupostos presentes de maneira intrínseca ao termo tecnologia nos PCEM, tais como a técnica, a linguagem e características socioculturais. Investigando alguns desses significados pertinentes, foi possível assemelhar o termo tecnologia dos PCNEM ao que muitos autores chamam de midiatização ou médium, ou seja, predicados da linguagem inseridos na mídia. Isso foi possível porque para alguns autores (Sodré, 2002, Silverstone, 2002, Santaella, 1996, Belloni, 2001) existe a idéia de que mídia não é só a técnica, ou instrumento, mas que ela acopla essa definição técnica ao campo comunicacional, pois a mídia foi e é produzida socialmente e, assim, não é considerada, por esses autores, apenas como uma visão técnica. Essa diferenciação da técnica pode ser percebida nos PCNEM de ciências humanas, quando os elaboradores desse documento propõem o questionamento do uso da tecnologia, suas implicações na sociedade, sua interferência no ensino e suas conseqüências para o grupo humano que vive num meio permeado pelas tecnologias. Dessa maneira, a presente pesquisa se propõe a procurar os fundamentos epistemológicos de um termo como a tecnologia, baseando-se nas propostas e significados intrínsecos aos PCNEM. PALAVRAS-CHAVE: MÍDIA, TECNOLOGIA, PCNEM TÍTULO: NAVEGAR NOS MARES DA BLOGOSFERA É PRECISO: TEXTOS, CONTEXTOS E INTERTEXTOS DO USO DE BLOGUES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES AUTOR(ES): IVANILDO AMARO DE ARAUJO RESUMO: Os avanços tecnológicos que vivenciamos neste século XXI impõem uma serie de exigências para a educação e, mais detidamente, para a formação de professores, tendo em vista que se faz necessário que o docente as domine e as utilize com a intenção de ampliar o arcabouço de recursos linguísticos e cognitivos rumo ao desenvolvimento das aprendizagens dos alunos. Muitos acreditavam que a inserção de novas tecnologias reduziria os processos de leitura e escrita. Temos visto, entretanto, um movimento contrário. Elas invadem nosso cotidiano e, mesmo que ainda não estejam plenamente presentes em nossas escolas públicas, é crucial que nossos professores sejam formados para lidar com essas inovações tecnológicas. O objetivo da comunicação é apresentar uma experiência de formação de professores da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, unidade da UERJ em Duque de Caxias-RJ, no contexto da disciplina Tendências Atuais do Ensino de Língua Portuguesa em que o blog está sendo utilizado com o objetivo de levar os graduandos do curso de Pedagogia a manusear múltiplas ferramentas tecnológicas, proporcionando a expressão linguagens diferenciadas e a evidência de aprendizagens múltiplas; relacionar a integração entre teoria e prática no âmbito do ensino da língua materna; evidenciar processos de aprendizagem relativos aos conhecimentos específicos da disciplina Tendências Atuais do Ensino de Língua Portuguesa–Educação Infantil; sistematizar as produções para evidenciar os progressos nas aprendizagens, articulada com a prática cotidiana da escola. No contexto da sociedade da informação, torna-se relevante formar os professores para que possam dominar as novas tecnologias da informação e comunicação, ou seja, as mídias, a fim de utilizá-las na escola de forma criativa, crítica e competente. Este texto objetiva, portanto, refletir sobre as inter-relações entre formação de professores e as mídias, por meio da utilização dos blogs, discutindo seus textos, contextos e intertextos no mundo da blogosfera. PALAVRAS-CHAVE: TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES, MÍDIAS TÍTULO: LEITURA LITERÁRIA E JORNALÍSTICA NO PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DO LEITOR AUTOR(ES): IVANIR MACIEL ORTIZ RESUMO: Este texto se propõe a analisar o processo de constituição do leitor na relação com a leitura literária “As aventuras de Pinóquio” e a leitura de charges sobre fatos políticos. A leitura de um capítulo da história por dia revelou que a recepção e escuta dos alunos surpreendia, o que provavelmente foi possibilitado pela riqueza textual da narrativa literária. Durante a leitura do livro, o “Jornal de Santa Catarina”, disponível ao público leitor do Estado, publicou uma charge com o personagem Pinóquio. Foi proposto aos alunos a leitura da imagem esboçada na charge para que estabelecessem possíveis relações com o texto literário. Motivados com a leitura da realidade, entremeada com a leitura do texto, os alunos se sentiram mobilizados a objetivar artisticamente suas reflexões: criaram charges e textos que justificavam a própria criação. 457

Mídia, Educação e <strong>Leitura</strong><br />

TÍTULO: REPRESENTAÇõES IDENTITÁRIAS NA PROPAGANDA: O EROTISMO COMO PRODUTOR<br />

DE SENTIDOS.<br />

AUTOR(ES): HELIO DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: Para o analista <strong>de</strong> discurso, “transver o mun<strong>do</strong>” significa estar atento às formas com que o homem, através<br />

da linguagem, cria representações <strong>de</strong> si mesmo, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e <strong>do</strong> outro, produzin<strong>do</strong> efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se<br />

a propaganda – enquanto construção lingüística – como uma das formas em que essas representações estão inseridas, e<br />

levan<strong>do</strong>-se em conta o erotismo como produtor <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s, o presente trabalho analisa peças publicitárias veiculadas em<br />

revistas nacionais nos anos <strong>de</strong> 2006-2008, em especial, as <strong>de</strong> forte apelo erótico. A<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> como teoria <strong>de</strong> apoio a Análise<br />

<strong>de</strong> Discurso <strong>de</strong> linha franco-brasileira, questiona como representações i<strong>de</strong>ntitárias são construídas nessas propagandas. São<br />

opera<strong>do</strong>s na pesquisa os conceitos <strong>de</strong> formação discursiva e i<strong>de</strong>ológica, discurso, sujeito e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, as relações <strong>do</strong> dito<br />

com o não-dito, além <strong>de</strong>, conjuntamente, a análise da parte não-verbal – as fotos e as ilustrações – que comumente compõem<br />

as peças publicitárias e a articulação entre as partes não-verbal e verbal. Segun<strong>do</strong> a teoria intersemiótica <strong>de</strong> Maingueneau<br />

(1984), a prática discursiva não integra apenas enuncia<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> integrar também diversos <strong>do</strong>mínios semióticos,<br />

tais como fotos, quadros, obras musicais etc. É, também, tarefa <strong>do</strong> analista realizar leituras críticas e reflexivas que não<br />

reduzam o discurso a análises <strong>de</strong> aspectos puramente lingüísticos nem o dissolvam em consi<strong>de</strong>rações i<strong>de</strong>ológicas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PROPAGANDA, IDENTIDADE, ANÁLISE DE DISCURSO<br />

TÍTULO: VÍDEOS@JUVENTUDES.BR: VÍDEOS E JOVENS EM CENA<br />

AUTOR(ES): HELOISA HELENA OLIVEIRA DE MAGALHÃES COUTO<br />

RESUMO: O horizonte das investigações que empreen<strong>do</strong> é a constituição <strong>de</strong> novas maneiras <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> conviver<br />

vis-à-vis à constituição <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> digital e ao fomento da cultura da convergência. Duas questões guiam a exploração:<br />

pensar a produção cultural audiovisual e pensar novos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> transmissão <strong>do</strong> saber. Acreditamos que<br />

a mudança tecnológica tem papel significativo na mudança cultural, mas não cremos em <strong>de</strong>terminismo tecnológico. Um<br />

primeiro fio articulou, em pesquisa qualitativa, ví<strong>de</strong>os disponibiliza<strong>do</strong>s no YouTube e as práticas culturais <strong>do</strong>s jovens e<br />

arquitetou uma ponte com a educação. Partimos <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que os jovens e suas produções são inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

refletem uma visão <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>. Essa experimentação estética, muitas vezes precária, inacabada, é lugar <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong><br />

subjetivida<strong>de</strong>, mas é tomada, também, para a narrativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> contemporâneo. A condição juvenil tem especificida<strong>de</strong>s<br />

próprias <strong>do</strong> momento histórico em que se constitui. A inovação tecnológica tem aproxima<strong>do</strong> jovens <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>s distintos<br />

(Novaes, 2006), amplia<strong>do</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, <strong>de</strong> criação, <strong>de</strong> escolhas, também para aquele que vive em tempo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões para o futuro e <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Muitos jovens, mas não to<strong>do</strong>s, porque são muitas as juventu<strong>de</strong>s,<br />

parecem bastante ocupa<strong>do</strong>s em seu tempo livre como produtores <strong>de</strong> bens culturais. Com a contribuição <strong>de</strong> teóricos e a<br />

partir da análise <strong>de</strong> sites, <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os e entrevistas, enten<strong>de</strong>mos que os ví<strong>de</strong>os compartilha<strong>do</strong>s têm si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong>s como facilita<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> trocas, como uma forma <strong>de</strong> comunicação. E não são ignora<strong>do</strong>s. Até porque interagir é ser capaz <strong>de</strong> produzir<br />

seus próprios senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s, é ser também co-autor. Somente assumin<strong>do</strong> um uso crítico e criativo <strong>do</strong>s meios e<br />

tecnologias audiovisuais e telemáticos é que a escola po<strong>de</strong> hoje interessar a juventu<strong>de</strong>. O que está em jogo é uma nova<br />

sensibilida<strong>de</strong> produzida a partir da operação, interação e conexão midiática (Barbero, 2006).<br />

PALAVRAS-CHAVE: VÍDEO, INTERNET, JUVENTUDE<br />

SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 12<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 13<br />

TÍTULO: “UM ESPECTRO RONDA A ESCOLA - O ESPECTRO DA BANDA LARGA...“<br />

AUTOR(ES): HENRIQUE GARCIA SOBREIRA, FELYPE LOPES BASTOS, JAIRO VANUCI FREITAS<br />

FILHO, PAULA ANDREA MORRONE ARAGÃO DE MOURA, RODRIGO MESQUITA DA SILVA<br />

RESUMO: Des<strong>de</strong> 2007 uma nova questão foi introduzida na pesquisa “Formação <strong>de</strong> Professores: para on<strong>de</strong> vamos?”: o<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Pedagogia que chegava à Universida<strong>de</strong> com habilida<strong>de</strong>s em informática, em navegação<br />

na internet e na geração <strong>de</strong> material audiovisual. Essa <strong>de</strong>manda exigiu que novos temas se associassem aos estu<strong>do</strong>s sobre<br />

auto-reflexão como processo <strong>de</strong> formação que estavam sen<strong>do</strong> exercita<strong>do</strong>s. O passo que está sen<strong>do</strong> da<strong>do</strong> na pesquisa diz<br />

respeito às possibilida<strong>de</strong>s da utilização <strong>do</strong>s equipamentos <strong>de</strong> gravação e <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> áudio e <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o por<br />

meio da internet como alternativas <strong>de</strong> Formação, a partir <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pelo “acesso <strong>de</strong> massa” a novos mo<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> produção, gravação e transmissão <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> audiovisual. As ativida<strong>de</strong>s e os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa revelam uma<br />

série <strong>de</strong> efeitos subjetivos entre os “habitantes” <strong>de</strong>sses cursos que passam ao largo da pesquisa nesse campo. Utilizamos<br />

esses efeitos subjetivos (ou <strong>de</strong> subjetivação) como fonte para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> elementos a serem introduzi<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong><br />

auto-reflexão sobre as experiências escolares pretéritas <strong>de</strong> escolarização (forma <strong>de</strong> currículo alternativo da educação <strong>do</strong><br />

educa<strong>do</strong>r). Há, em curso, aceleradas mudanças no teci<strong>do</strong> social, <strong>de</strong>terminadas pela disseminação <strong>do</strong> acesso às tecnologias<br />

<strong>de</strong> comunicação. Se há poucos anos o discurso sobre “exclusão digital” ainda fazia senti<strong>do</strong>, hoje nos <strong>de</strong>paramos com uma<br />

realida<strong>de</strong> mais complexa, mais contraditória. Um mais distribuí<strong>do</strong>s “bens” da atualida<strong>de</strong> passou a ser a “capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>wnload” (esfera <strong>do</strong> consumo). Mas parte da oferta (blogsfera, MySpace, Twiter etc.) sugere que a <strong>de</strong>manda <strong>do</strong>s que almejam<br />

emancipação po<strong>de</strong> ser o <strong>de</strong>senvolvimento da “capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> upload”. A responsabilida<strong>de</strong> por “resolver” tal situação<br />

não po<strong>de</strong> ser atribuída exclusivamente à escola, à educação escolar e ao professor. Mas esses lugares e pessoas precisam<br />

investir na criação <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escritura <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: MIDIAS DIGITAIS, TV POR IP, FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

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