2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil 2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

28.06.2013 Views

Mídia, Educação e Leitura sociais. As reflexões sobre as implicações formativas dos conteúdos da mídia televisiva estão baseadas nas concepções teóricas dos pensadores frankfurtianos Max Horkheimer e Theodor W. Adorno, especialmente as categorias de indústria cultura e semiformação (Halbibildung). A concepção de narrativa formulada por Walter Benjamin articula o eixo de análise sobre o empobrecimento das narrativas midiáticas. PALAVRAS-CHAVE: CONTRADIÇõES SOCIAIS, MÍDIA, PADRõES DE REPRESENTAÇÃO TÍTULO: CARÁTER FORMATIVO DA LINGUAGEM HUMANA: O ESTUDO DE UM ANÚNCIO PUBLICITÁRIO AUTOR(ES): GISELE RIZZON RESUMO: Segundo Vygostsky (1998), o ser humano se constitui por meio da linguagem. Bakhtin (2000), em seus estudos, considera que a linguagem humana é efetivada por meios de “enunciados”, sendo que estes são muito mais do que simplesmente signos lingüísticos, mas elementos portadores de significados, que se constituem no social, pela interação entre os sujeitos falantes. Tendo como âncora teórica reflexões desses autores, esta comunicação discute a complexidade da ação comunicativa, na medida em que ela não se restringe somente as categorias da linguagem falada ou escrita, mas a toda forma de interação humana, incluindo-se o campo da visualidade. Tais questões são discutidas, primeiro, por meio de reflexões que traduzem em que medida a linguagem está presente na vivência do ser humano, assim como a funcionalidade da linguagem em contextos sociais. Segundo, é abordada a importância que a ilustração, num texto impresso, desempenha para a comunicação humana. O ápice do texto está na análise de um anúncio publicitário, publicado em revista de circulação nacional. A partir desse anúncio, será explorado o significado da palavra escrita, assim como da imagem, conforme pressupostos teóricos construídos no decorrer do texto, discutindo a presença das duas linguagens como produtoras de sentido e de identidades sociais e, desse modo, como ações educativas. PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, AÇÃO COMUNICATIVA, ANÚNCIO PUBLICITÁRIO TÍTULO: A PRESENÇA DO ESCRITOR CRONISTA NA FORMAÇÃO DO JORNALISMO AUTOR(ES): GLAUCO RODRIGUES CORTEZ RESUMO: A riqueza da crônica na mídia do Brasil pode ser medida não só pela qualidade de seus escritores, mas também pela intensa discussão sobre sua natureza, características e classificação. Parte importante dessa discussão está justamente na sua inerente navegação entre o jornalismo e a literatura. Já durante a consolidação da presença da crônica dentro da imprensa começam a surgir as intermináveis tentativas de se entendê-la conceitualmente. Isso, longe de ser um problema, demonstra inequivocamente a sua complexidade, ou seja, que não estamos diante de uma questão de fácil compreensão. Daí pode-se levantar algumas questões como: é possível se pensar hoje que há algo de estranho na presença do escritor na imprensa? Com o distanciamento de linguagem entre jornalismo e literatura e todo o processo de industrialização e profissionalização da atividade da imprensa, que resultou no que se tem atualmente, qual a função que desempenha um escritor dentro do ofício dos jornalistas? As questões são importantes, mas é necessário, para pensá-las, reconhecer a relação histórica muito próxima entre jornalismo e literatura. Na tradição da crônica brasileira está a presença do escritor que utiliza sua capacidade de ofício para a análise e narrativa de acontecimentos cotidianos, discorrendo de forma lírica, humorística e com certa liberdade diante das padronizações da linguagem. Essa tradição começou no século XIX, na origem dos jornais brasileiros. Diante dessa discussão, este trabalho busca mostrar a importância para o jornalismo da presença do escritor dentro das redações, principalmente com a sua função de cronista. PALAVRAS-CHAVE: CRÔNICA, JORNALISMO, HISTÓRIA TÍTULO: LEITURAS SOBRE DIVERSIDADE, DIFERENÇA E INCLUSÃO NA HISTÓRIA DE KIRIKU E A FEITICEIRA. AUTOR(ES): GLORIA MARIA ANSELMO DE SOUZA RESUMO: Em um tempo presente, em que as diferentes linguagens adentram os cotidianos e que as aprendizagens mais e mais se constroem para além dos limites impostos pela educação formal institucionalizada, este trabalho, apresentado em forma de ensaio, procurar levantar indagações sobre as possíveis contribuições da história de Kiriku e a Feiticeira, apresentada em vídeo, para os processos de formação humana em suas multifacetadas possibilidades – educação escolar de crianças e jovens, formação de professores, fruição e lazer. Produzido a partir de um conto originário da África Ocidental, o vídeo aponta inúmeras possibilidades de leitura(s), por meio de pistas importantes que sinalizam para questões atuais como: valores civilizatórios, relações de poder, preconceitos, delineando várias táticas adotadas pelo pequeno Kiriku para superar as adversidades e restaurar a liberdade perdida por seus pares que residem na mesma comunidade. Um personagem de igual importância – a feiticeira Karabá – protagoniza com o pequeno menino uma intensa luta que tem como objetivo principal opressão e submissão dos habitantes do lugar. Poder? Submissão? Diferença? Tradição? Como tais conceitos urdem a trama, engendrando perdas, desencontros, desilusões, superações, esperanças? Esta é uma história que encanta diferentes gerações. Pode ser utilizada como possibilidade de fruição em contextos não formais ou, no cotidiano escolar, a partir do caráter pedagógico que traz consigo. É leve, sedutora e inteligente, desafiando a imaginação e os processos de criação de seus leitores. Afinal, o que mais podemos aprender com este instigante vídeo produzido por Michel Ocelot? PALAVRAS-CHAVE: LEITURA(S), DIVERSIDADE/DIFERENÇA, TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. 454

Mídia, Educação e Leitura SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 11 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 22 TÍTULO: A INTERTEXTUALIDADE COMO ESTRATÉGIA CRIATIVA: UMA LEITURA DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS AUTOR(ES): GRAZIELA FRAINER KNOLL RESUMO: Como prática de interação social midiatizada, a atividade publicitária produz discursos e se materializa em textos geralmente polissêmicos, cuja pluralidade de sentidos que ecoam tem como propósito persuadir seus leitores consumidores. Em vista disso, como estratégia criativa, faz-se o uso de textos verbais e/ou visuais constituintes de dada esfera cultural que sejam reconhecíveis para os leitores. Em outras palavras, a intertextualidade aparece, na propaganda, como recurso de linguagem, evidenciando o caráter multifacetado e dialógico do discurso. Entende-se que a leitura de textos midiáticos, como o anúncio publicitário impresso, objeto empírico que abre à investigação um vasto rol de fenômenos observáveis e opções de análise, é sempre produtiva. Além disso, a reflexão sobre o processo de criação verbal é de grande relevância para os estudos lingüísticos e, especificamente, enunciativos. Portanto, a presente pesquisa é um estudo da enunciação, com fundamentação teórico-metodológica no dialogismo de Bakhtin, concepção que serve de embasamento ao conceito da intertextiualidade, sendo esse último termo introduzido por Kristeva. Como objetivos propostos, busca-se verificar ocorrências lingüísticas e visuais em textos publicitários impressos ditos intertextuais, descrever possibilidades de intertextualidade em termos de processos (estilização, alusão, citação ou paródia) e refletir a respeito da intertextualidade como estratégia criativa na publicidade. Constata-se que, se por um lado a atividade publicitária produz elementos que, com o transcorrer do tempo, integram-se à cultura popular, por outro lado, ela incorpora e ressignifica elementos da própria cultura que a permeia. PALAVRAS-CHAVE: INTERTEXTUALIDADE, DIALOGISMO, PUBLICIDADE TÍTULO: LEITURAS SOBRE NEUROCIÊNCIAS NA MÍDIA: CONSIDERAÇõES PARA O ENSINO DE BIOLOGIA. AUTOR(ES): GUILHERME TRÓPIA BARRETO DE ANDRADE RESUMO: Com o propósito de compreender alguns dispositivos discursivos de textos midiáticos, este trabalho analisa as condições de produção de sentidos e possíveis leituras que são veiculadas sobre Neurociências na mídia. Tenho como objeto de análise um site, www.cerebronosso.bio.br, que tem o objetivo de divulgar ao público leigo pesquisas recentes sobre Neurociências e fazer discussões de como esses conhecimentos podem ser aplicados no cotidiano das pessoas. Esse site é desenvolvido desde 1999 pela professora Dra. Suzana Herculano-Houzel e sua equipe do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. A partir de referenciais da Análise do Discurso de linha francesa, analiso um texto disponível no tópico “Vida em Sociedade” da seção “Neurociência do cotidiano” quanto às relações de sentidos no discurso midiático com o discurso científico e do cotidiano; o efeito de exterioridade do discurso midiático; e as leituras possíveis sobre os sentidos das Neurociências no cotidiano pelo o que é dito e não-dito. A partir dessas análises, aponto algumas considerações sobre o que se tem veiculado sobre Neurociências nas aulas de Biologia da Educação Básica; contribuições e limites dos recursos midiáticos para a discussão das Neurociências no ensino de Biologia; importância de trabalhar a questão da leitura de textos veiculados na mídia Neurociências no ensino de Biologia, problematizando os possíveis efeitos esentidos e produzidos entre os sujeitos escolares e as mídias. PALAVRAS-CHAVE: DISCURSOS MIDIÁTICOS, NEUROCIÊNCIAS, ENSINO DE BIOLOGIA TÍTULO: LEITURA DE GÊNEROS DISCURSIVOS MULTIMODAIS EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA AUTOR(ES): HEITOR GRIBL RESUMO: Este trabalho visa apresentar as reflexões realizadas durante a pesquisa de mestrado sobre os limites e as fronteiras dos termos “multimodalidade“ e “multissemiose“ ao investigar materiais impressos em um enfoque enunciativo-discursivo sobre as propostas de leitura de textos verbais e não-verbais em Livros Didáticos de Língua Portuguesa que participaram da avaliação do PNLD/2008. A apresentação é baseada na pesquisa sob o título: “Atividades de Leitura de Textos em Gêneros Multi- e Intersemióticos em Livros Didáticos de Língua Portuguesa“. Consoante aos interesses da Linguística Aplicada, as questões investigadas neste trabalho estão relacionadas à seleção da coletânea de textos das coleções voltadas à comunidade escolar e à abordagem pedagógica que os LDP oferecem nas atividades de leitura de textos multi- e intersemióticos, além da investigação das diferentes estratégias didáticas oferecidas/favorecidas nas seções de leitura desses gêneros. Considerando que as coleções didáticas têm utilizado maior quantidade de imagens a partir dos avanços tecnológicos referentes aos recursos gráficos e seu barateamento na impressão em cores, é preciso investigar quais imagens têm sido escolhidas para compor a antologia de textos dos LDP e qual tem sido o uso didático destas imagens articuladas com o aprendizado de leitura. Sabe-se que o termo “multimodalidade“ está bastante difundido em trabalhos acadêmicos para referir-se aos estudos que envolvem textos verbais escritos e imagens, entretanto, o termo ainda carrega consigo a herança teórica da dicotomia entre modalidades (advindas da oral-escrita, por exemplo). No entanto, estabelecer relações de sentido entre dois ou mais sistemas sígnicos/simbólicos pode também ser tratado como multissemiose, como alguns trabalhos fazem (Xavier, 2004, por exemplo). Para definir, assim, quais semioses e quais linguagens estão envolvidas nas coletâneas de Livros Didáticos de Língua Portuguesa, cabe discutir os prefixos uni-, multi-, inter-, baseado na tese de Buzato (2007) e para discutir modalidade e semiose, baseio-me em Barthes (1961, 1964), Santaella (2001), Kress (2003) e Lemke (2002). PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, MULTIMODALIDADE, LIVRO DIDÁTICO 455

Mídia, Educação e <strong>Leitura</strong><br />

sociais. As reflexões sobre as implicações formativas <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s da mídia televisiva estão baseadas nas<br />

concepções teóricas <strong>do</strong>s pensa<strong>do</strong>res frankfurtianos Max Horkheimer e Theo<strong>do</strong>r W. A<strong>do</strong>rno, especialmente<br />

as categorias <strong>de</strong> indústria cultura e semiformação (Halbibildung). A concepção <strong>de</strong> narrativa formulada por<br />

Walter Benjamin articula o eixo <strong>de</strong> análise sobre o empobrecimento das narrativas midiáticas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CONTRADIÇõES SOCIAIS, MÍDIA, PADRõES DE REPRESENTAÇÃO<br />

TÍTULO: CARÁTER FORMATIVO DA LINGUAGEM HUMANA: O ESTUDO DE UM ANÚNCIO<br />

PUBLICITÁRIO<br />

AUTOR(ES): GISELE RIZZON<br />

RESUMO: Segun<strong>do</strong> Vygostsky (1998), o ser humano se constitui por meio da linguagem. Bakhtin (2000), em seus estu<strong>do</strong>s,<br />

consi<strong>de</strong>ra que a linguagem humana é efetivada por meios <strong>de</strong> “enuncia<strong>do</strong>s”, sen<strong>do</strong> que estes são muito mais <strong>do</strong> que<br />

simplesmente signos lingüísticos, mas elementos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s, que se constituem no social, pela interação<br />

entre os sujeitos falantes. Ten<strong>do</strong> como âncora teórica reflexões <strong>de</strong>sses autores, esta comunicação discute a complexida<strong>de</strong><br />

da ação comunicativa, na medida em que ela não se restringe somente as categorias da linguagem falada ou escrita, mas a<br />

toda forma <strong>de</strong> interação humana, incluin<strong>do</strong>-se o campo da visualida<strong>de</strong>. Tais questões são discutidas, primeiro, por meio <strong>de</strong><br />

reflexões que traduzem em que medida a linguagem está presente na vivência <strong>do</strong> ser humano, assim como a funcionalida<strong>de</strong><br />

da linguagem em contextos sociais. Segun<strong>do</strong>, é abordada a importância que a ilustração, num texto impresso, <strong>de</strong>sempenha<br />

para a comunicação humana. O ápice <strong>do</strong> texto está na análise <strong>de</strong> um anúncio publicitário, publica<strong>do</strong> em revista <strong>de</strong> circulação<br />

nacional. A partir <strong>de</strong>sse anúncio, será explora<strong>do</strong> o significa<strong>do</strong> da palavra escrita, assim como da imagem, conforme<br />

pressupostos teóricos construí<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> texto, discutin<strong>do</strong> a presença das duas linguagens como produtoras <strong>de</strong><br />

senti<strong>do</strong> e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais e, <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>, como ações educativas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, AÇÃO COMUNICATIVA, ANÚNCIO PUBLICITÁRIO<br />

TÍTULO: A PRESENÇA DO ESCRITOR CRONISTA NA FORMAÇÃO DO JORNALISMO<br />

AUTOR(ES): GLAUCO RODRIGUES CORTEZ<br />

RESUMO: A riqueza da crônica na mídia <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> po<strong>de</strong> ser medida não só pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus escritores, mas também<br />

pela intensa discussão sobre sua natureza, características e classificação. Parte importante <strong>de</strong>ssa discussão está justamente<br />

na sua inerente navegação entre o jornalismo e a literatura. Já durante a consolidação da presença da crônica <strong>de</strong>ntro da<br />

imprensa começam a surgir as intermináveis tentativas <strong>de</strong> se entendê-la conceitualmente. Isso, longe <strong>de</strong> ser um problema,<br />

<strong>de</strong>monstra inequivocamente a sua complexida<strong>de</strong>, ou seja, que não estamos diante <strong>de</strong> uma questão <strong>de</strong> fácil compreensão.<br />

Daí po<strong>de</strong>-se levantar algumas questões como: é possível se pensar hoje que há algo <strong>de</strong> estranho na presença <strong>do</strong> escritor<br />

na imprensa? Com o distanciamento <strong>de</strong> linguagem entre jornalismo e literatura e to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> industrialização e<br />

profissionalização da ativida<strong>de</strong> da imprensa, que resultou no que se tem atualmente, qual a função que <strong>de</strong>sempenha um escritor<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> ofício <strong>do</strong>s jornalistas? As questões são importantes, mas é necessário, para pensá-las, reconhecer a relação<br />

histórica muito próxima entre jornalismo e literatura. Na tradição da crônica brasileira está a presença <strong>do</strong> escritor que utiliza<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofício para a análise e narrativa <strong>de</strong> acontecimentos cotidianos, discorren<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma lírica, humorística e<br />

com certa liberda<strong>de</strong> diante das padronizações da linguagem. Essa tradição começou no século XIX, na origem <strong>do</strong>s jornais<br />

brasileiros. Diante <strong>de</strong>ssa discussão, este trabalho busca mostrar a importância para o jornalismo da presença <strong>do</strong> escritor<br />

<strong>de</strong>ntro das redações, principalmente com a sua função <strong>de</strong> cronista.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CRÔNICA, JORNALISMO, HISTÓRIA<br />

TÍTULO: LEITURAS SOBRE DIVERSIDADE, DIFERENÇA E INCLUSÃO NA HISTÓRIA DE KIRIKU<br />

E A FEITICEIRA.<br />

AUTOR(ES): GLORIA MARIA ANSELMO DE SOUZA<br />

RESUMO: Em um tempo presente, em que as diferentes linguagens a<strong>de</strong>ntram os cotidianos e que as aprendizagens mais<br />

e mais se constroem para além <strong>do</strong>s limites impostos pela educação formal institucionalizada, este trabalho, apresenta<strong>do</strong><br />

em forma <strong>de</strong> ensaio, procurar levantar indagações sobre as possíveis contribuições da história <strong>de</strong> Kiriku e a Feiticeira,<br />

apresentada em ví<strong>de</strong>o, para os processos <strong>de</strong> formação humana em suas multifacetadas possibilida<strong>de</strong>s – educação escolar <strong>de</strong><br />

crianças e jovens, formação <strong>de</strong> professores, fruição e lazer. Produzi<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> um conto originário da África Oci<strong>de</strong>ntal, o<br />

ví<strong>de</strong>o aponta inúmeras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura(s), por meio <strong>de</strong> pistas importantes que sinalizam para questões atuais como:<br />

valores civilizatórios, relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, preconceitos, <strong>de</strong>linean<strong>do</strong> várias táticas a<strong>do</strong>tadas pelo pequeno Kiriku para superar<br />

as adversida<strong>de</strong>s e restaurar a liberda<strong>de</strong> perdida por seus pares que resi<strong>de</strong>m na mesma comunida<strong>de</strong>. Um personagem <strong>de</strong> igual<br />

importância – a feiticeira Karabá – protagoniza com o pequeno menino uma intensa luta que tem como objetivo principal<br />

opressão e submissão <strong>do</strong>s habitantes <strong>do</strong> lugar. Po<strong>de</strong>r? Submissão? Diferença? Tradição? Como tais conceitos ur<strong>de</strong>m a<br />

trama, engendran<strong>do</strong> perdas, <strong>de</strong>sencontros, <strong>de</strong>silusões, superações, esperanças? Esta é uma história que encanta diferentes<br />

gerações. Po<strong>de</strong> ser utilizada como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fruição em contextos não formais ou, no cotidiano escolar, a partir <strong>do</strong><br />

caráter pedagógico que traz consigo. É leve, sedutora e inteligente, <strong>de</strong>safian<strong>do</strong> a imaginação e os processos <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

seus leitores. Afinal, o que mais po<strong>de</strong>mos apren<strong>de</strong>r com este instigante ví<strong>de</strong>o produzi<strong>do</strong> por Michel Ocelot?<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA(S), DIVERSIDADE/DIFERENÇA, TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.<br />

454

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!