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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Mídia, Educação e <strong>Leitura</strong><br />

formativo educacional. Parte-se <strong>de</strong> uma breve contextualização das propostas <strong>de</strong> análise calcadas na teoria crítica, afim <strong>de</strong><br />

que se alcance a necessária atualização <strong>do</strong>s conceitos frankfurtianos. Em seguida, o trabalho busca i<strong>de</strong>ntificar a transposição<br />

das categorias da indústria cultural e da razão instrumental para o processo formativo, buscan<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>nciar o processo <strong>de</strong><br />

subsunção das propostas <strong>de</strong> formação cultural ao padrão mercantiliza<strong>do</strong> da indústria cultural e educacional. O trabalhao<br />

busca, ainda, analisar em que medida esta subsunção provoca consequências às possibilida<strong>de</strong>s formativas, estéticas e emancipatórias,<br />

na medida em que imprime um formato <strong>de</strong> leitura racionaliza<strong>do</strong> e massifica<strong>do</strong>, próprio da lógica <strong>do</strong> “capital<br />

cultural“. Estaremos, portanto, por analisar a possível relação entre as atuais propostas formativas e os padrões <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong><br />

instrumental que <strong>de</strong>ram sustentação à industrialização <strong>do</strong>s bens culturais, e quais as conseqüências <strong>de</strong>sse cenário para<br />

as capacida<strong>de</strong>s e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura <strong>do</strong>s signos culturais, notadamente os audiovisuais. Buscaremos, assim, <strong>de</strong>purar a<br />

relação entre indústria cultural e a prática formativa, buscan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar as consequências da racionalização para as possibilda<strong>de</strong>s<br />

estéticas, <strong>de</strong> leitura e apreensão <strong>do</strong>s signos culturais.<br />

PALAVRAS-CHAVE: INDÚSTRIA CULTURAL, LEITURA FÍLMICA, ALFABETIZAÇÃO VISUAL<br />

TÍTULO: JUVENTUDE DE PERIFERIA, MÍDIA TELEVISIVA E LUTAS POR RECONHECIMENTO<br />

SOCIAL: TENSõES E APROXIMAÇõES.<br />

AUTOR(ES): FERNANDA CARLA DE CASTRO<br />

RESUMO: Esta pesquisa se situa no campo da mídia e da educação e investiga como a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> periferia se vê representada<br />

pela TV, analisan<strong>do</strong> <strong>de</strong> que forma jovens <strong>de</strong> camadas pobres <strong>de</strong> Belo Horizonte recebem quadros televisivos<br />

que tematizam a vida nas favelas e nos bairros periféricos. A partir <strong>de</strong> Minha Periferia e Central da Periferia, atrações<br />

exibidas pela TV Globo, preten<strong>de</strong>-se investigar que “leituras” os jovens fazem das produções, apresentadas por Regina<br />

Casé. A pesquisa está sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senhada com base nos discursos <strong>do</strong>s i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>res e na recepção das atrações. A análise da<br />

apropriação <strong>do</strong>s quadros televisivos está sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida a partir da realização <strong>de</strong> grupos focais com jovens <strong>de</strong> camadas<br />

pobres. Como referencial teórico, são utiliza<strong>do</strong>s alguns fundamentos da sociologia da juventu<strong>de</strong>, especialmente os estu<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> Pierre Bourdieu (1983) e Juarez Dayrell (2002). Para analisar as estratégias discursivas das produções, o trabalho se baseia<br />

em Umberto Eco (1979), Roger Chartier (1990) e Norman Fairclough (2001). A investigação sobre a recepção será feita a<br />

partir <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Michel <strong>de</strong> Certeau (1994) e Jésus Martín-Barbero (2002). O objetivo é checar se há uma sintonia entre<br />

a representação televisiva <strong>do</strong> jovem <strong>de</strong> periferia e a recepção que esse público faz <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> atração. Em um contexto<br />

mais amplo, a pesquisa tem a intenção <strong>de</strong> ampliar o <strong>de</strong>bate sobre as lutas i<strong>de</strong>ntitárias da juventu<strong>de</strong>, apontan<strong>do</strong> as formas<br />

como o jovem <strong>de</strong> camada pobre é trata<strong>do</strong> e as maneiras como ele gostaria <strong>de</strong> ser reconheci<strong>do</strong> socialmente.<br />

PALAVRAS-CHAVE: MÍDIA, EDUCAÇÃO, JUVENTUDE<br />

SESSÃO - MÍDIA, EDUCAÇÃO E LEITURA 10<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 17<br />

TÍTULO: ENSINO DE LEITURA E CIBERCULTURA: UMA UNIÃO NECESSÁRIA<br />

AUTOR(ES): FRANCIELA SILVA ZAMARIAM<br />

RESUMO: Uma pesquisa por amostragem, realizada com alunos da 8ª série <strong>de</strong> escolas estaduais (ZAMARIAM, 2008), revelou<br />

que o hábito e o gosto pela leitura praticamente não existem, não porque os jovens se <strong>de</strong>diquem totalmente ao computa<strong>do</strong>r<br />

e à Internet, mas porque o ensino <strong>de</strong> leitura é realiza<strong>do</strong>, no ambiente escolar, <strong>de</strong> forma obsoleta, distante da realida<strong>de</strong> discente<br />

e, consequentemente, <strong>de</strong>sestimulante. Por outro la<strong>do</strong>, uma pesquisa feita com professores da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> educação, através<br />

<strong>do</strong> Projeto Letramento Digital <strong>do</strong> Professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa (UEL, 2009), corroborou os resulta<strong>do</strong>s anteriores, pois<br />

os professores se mostraram usuários hábeis <strong>do</strong>s recursos tecnológicos, mas não a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong>stes recursos no exercício <strong>de</strong> sua<br />

profissão. Isso mostra que alunos e professores estão em <strong>de</strong>sarmonia e o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> tal fato só po<strong>de</strong> ser negativo. Neste contexto,<br />

em que a relação leitura/cibercultura é aparentemente incompatível, a proposta <strong>de</strong>sta comunicação é discutir algumas<br />

possibilida<strong>de</strong>s meto<strong>do</strong>lógicas que aproveitem a tecnologia <strong>do</strong> século XXI para o ensino da leitura, pois só a inserção da cibercultura<br />

na sala <strong>de</strong> aula po<strong>de</strong>rá ajudar o aluno a selecionar o que há <strong>de</strong> bom nas tecnologias, “projetan<strong>do</strong> o olhar <strong>do</strong> indivíduo<br />

para outra direção, mas sem lhe negar as linguagens que o estão ‘educan<strong>do</strong>’ fora <strong>do</strong> contexto escolar” (BRAGA, 2006).<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO, LEITURA, CIBERCULTURA<br />

TÍTULO: ESCOLA E TELEVISÃO: REFLEXõES SOBRE O PAPEL DAS NARRATIVAS NO PROCESSO<br />

FORMATIVO<br />

AUTOR(ES): FRANCIELE ALVES DA SILVA<br />

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a relação entre a produção cultural<br />

e a constituição <strong>do</strong> sujeito na contemporaneida<strong>de</strong>, a partir das influências das narrativas, tratadas aqui<br />

como instrumentos <strong>de</strong> formação social. Nossas análises buscam explicitar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se pensar sobre<br />

as narrativas contemporâneas, estritamente marcadas pela tecnologia e pelo consumo, que vem provocan<strong>do</strong><br />

profundas alterações nas diversas instâncias sociais e nas interações cotidianas. Serão utilizadas como ponto<br />

<strong>de</strong> partida, as contribuições <strong>de</strong>senvolvidas em uma pesquisa etnográfica realizada com o intuito <strong>de</strong> se verificar<br />

o impacto das representações televisivas no universo estudantil <strong>do</strong> ensino médio. A investigação e reflexão<br />

sobre os discursos existentes (narrativas) se mostram importantes para <strong>de</strong>monstrar como tais discursivida<strong>de</strong>s<br />

interferem na formação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e logo na constituição <strong>de</strong> hábitos sociológicos irracionais. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

tais narrativas geram a naturalização <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s sociais regressivos, caracteriza<strong>do</strong>s por estereótipos,<br />

pela repetitivida<strong>de</strong> autoritária, por um consumismo reifica<strong>do</strong> e pela passivida<strong>de</strong> diante das contradições<br />

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