2ª feira - Associação de Leitura do Brasil
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Literatura Infantil e Juvenil<br />
consista numa prática pedagógica inova<strong>do</strong>ra que promova a solução <strong>do</strong>s conflitos internos <strong>de</strong> quem ouve ou lê uma obra<br />
literária, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>stinada ao <strong>de</strong>senvolvimento e à formação <strong>do</strong> ser humano em sua totalida<strong>de</strong>. Destaca-se que a criança,<br />
assim como o jovem e o adulto, necessita superar, por meio <strong>de</strong> suas experiências pessoais, as dicotomias tais como mente e<br />
corpo, matéria e espírito, indivíduo e socieda<strong>de</strong>, natureza e cultura. E nessa perspectiva, faz-se necessário aban<strong>do</strong>nar idéias e<br />
práticas cristalizadas no cotidiano escolar, superadas por meio <strong>de</strong> uma prática pedagógica integra<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> saberes, visan<strong>do</strong> à expressão<br />
plena <strong>do</strong> ser humano. Nesse senti<strong>do</strong>, tem-se no contexto sócio-histórico o térreo fértil para a troca <strong>de</strong> valores culturais.<br />
Coelho corrobora, nesse senti<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> afirma em Papes (2008) que a autora “acaba por iluminar to<strong>do</strong> o invisível processo<br />
por meio <strong>do</strong> qual se formam as mentes no âmbito da socieda<strong>de</strong> [...]”, especialmente quan<strong>do</strong> esta se reporta às “urgências <strong>do</strong><br />
nosso tempo” em termos <strong>de</strong> “re<strong>de</strong>scoberta” (da literatura), da “<strong>de</strong>scoberta <strong>do</strong> eu”, da “conscientização” da “Nova Or<strong>de</strong>m” e<br />
da “a<strong>de</strong>quação” da “Nova Educação”, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, respectivamente, uma “Nova Utopia”.<br />
PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA, LEITURA E CONTAÇÃO, ATIVIDADE ESTÉTICA<br />
TÍTULO: LITERATURA, ELABORAÇÃO DE CONCEITOS E MEMÓRIA.<br />
AUTOR(ES): THAÍS LAGO<br />
RESUMO: A proposta que apresentamos neste projeto <strong>de</strong> pesquisa tem como objetivo o estu<strong>do</strong> teórico e empírico das<br />
relações entre literatura, elaboração <strong>de</strong> conceitos e memória. A pesquisa tem como fundamentação teórica a abordagem<br />
histórico-cultural, que tem na obra <strong>de</strong> Lev Vigotski seu maior aporte. Durante seu <strong>de</strong>senvolvimento, serão aprofundadas<br />
leituras correlatas a este referencial e às suas implicações nas pesquisas sobre as relações <strong>de</strong> ensino. Para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>do</strong> projeto temos como planejamento meto<strong>do</strong>lógico o registro em diário <strong>de</strong> campo e o ví<strong>de</strong>o com a gravação<br />
<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula. Pelo fato da presente proposta estar inserida em um projeto que é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> há vários<br />
anos em uma escola Municipal <strong>de</strong> Campinas temos, como espaço para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto, um ambiente<br />
escolar que já está inseri<strong>do</strong> na dinâmica <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> pesquisa que integra escola e universida<strong>de</strong>. Nesse senti<strong>do</strong>, este<br />
trabalho tem como objetivo o acompanhamento <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> crianças com ida<strong>de</strong>s entre 6 e 7 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, cursan<strong>do</strong><br />
o primeiro ano <strong>do</strong> Ensino Fundamental, durante as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura e produção <strong>de</strong> texto realizadas em sala<br />
<strong>de</strong> aula. Esse acompanhamento e registro irão compor nosso material empírico para as análises, nas quais buscamos<br />
a compreensão <strong>do</strong> mo<strong>do</strong>s pelo qual as crianças se envolvem nas ativida<strong>de</strong>s por meio da leitura e produção <strong>de</strong> texto e<br />
como reconhecem/estabelecem conceitos.<br />
PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA, ELABORAÇÃO DE CONCEITOS, MEMÓRIA<br />
TÍTULO: O LIVRO PARA CRIANÇAS E A EDUCAÇÃO POLÍTICA DOS SENTIDOS<br />
AUTOR(ES): THAÍS OTANI CIPOLINI<br />
RESUMO: Quem escreve narra no texto suas marcas vividas. O canhoto tomba a letra para um la<strong>do</strong>; o <strong>de</strong>stro, para outro.<br />
Quem tem pressa <strong>de</strong>ixa letras corridas, por vezes, imprecisas. O cego marca com o braile. A criança recém alfabetizada, ora<br />
marca com força, ora com leveza. Nossos traços po<strong>de</strong>m ser legíveis num momento, obscuros em outros. Marcamos também<br />
com nossas palavras. Palavras culturalmente aprendidas e apreendidas. Repetidas, repensadas, reelaboradas. Palavras<br />
imersas <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s, os quais ressignifacamos ao escrever. Segun<strong>do</strong> Ruth Rocha (1983), escrever não é algo inventa<strong>do</strong>,<br />
mas vivi<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> escrevemos, estamos contan<strong>do</strong> o que somos. Expomos <strong>de</strong> forma zelosa nossa mentalida<strong>de</strong>, nossas<br />
experiências forma<strong>do</strong>ras. Segun<strong>do</strong> Lajolo (2001), a representação literária imaginada pelo autor, nasce <strong>de</strong> sua experiência<br />
histórica e social. Assim, a escrita é algo que envolve mentalida<strong>de</strong>s, visões <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>. E a leitura? E o leitor que lê tais<br />
visões? O quê tem visto? Minha proposta é perceber na literatura para crianças <strong>de</strong> Ruth Rocha a forma pela qual a autora<br />
tem, ao longo <strong>de</strong> sua carreira, educa<strong>do</strong> seus leitores, quais visões <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> tem expressa<strong>do</strong> em suas obras e como, <strong>de</strong>ssa<br />
forma, tem educa<strong>do</strong> seus leitores segun<strong>do</strong> a perspectiva <strong>de</strong> educação política <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s, basean<strong>do</strong>-me nos estu<strong>do</strong>s historiográficos<br />
<strong>de</strong> Peter Gay (1988), para quem as sutilezas nos educam <strong>de</strong> uma maneira informal, imperceptível, mas muito<br />
marcante. Uma educação política <strong>de</strong> nossos senti<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> fruto das relações sociais, envolvidas num movimento entre<br />
racionalida<strong>de</strong>s e sensibilida<strong>de</strong>s, entre pessoa e pessoa.<br />
PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO POLÍTICA DOS SENTIDOS, RUTH ROCHA, HISTÓRIA CULTURAL<br />
SESSÃO - LITERATURA INFANTIL E JUVENIL 25<br />
DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />
LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF - SALA: FEF 05<br />
TÍTULO: TÉCNICAS TEATRAIS E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS:UMA BOA PARCERIA.<br />
AUTOR(ES): VALÉRIA SANTOS DA SILVA<br />
RESUMO: Muito se tem fala<strong>do</strong> na disseminação da “hora <strong>do</strong> conto“ nas escolas brasileiras, e, também, <strong>de</strong> que a leitura <strong>de</strong><br />
textos literários é importante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros anos <strong>de</strong> vida, mas será que realmente o professor e o conta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> histórias<br />
conseguem estabelecer um vínculo no qual a criança compreenda em to<strong>do</strong>s os aspectos o que o texto quer transmitir? No<br />
trabalho realiza<strong>do</strong> pelas alunas <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> pedagogia <strong>do</strong> CELLIJ (Centro <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> e Literatura Infantil e Juvenil)<br />
da FCT/UNESP, Campus <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte, é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> que antes <strong>de</strong> ler a criança tem contato com o universo da<br />
leitura, seja ao escutar os adultos contan<strong>do</strong> fatos ou simplesmente ao escutar histórias infantis contadas por seus pais. Partin<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>sse pressuposto, esse trabalho preten<strong>de</strong> resgatar a importância da oralida<strong>de</strong>, muitas vezes perdida ou até mesmo esquecida<br />
pelos conta<strong>do</strong>res e professores que reduzem a história a simples leitura <strong>de</strong> um texto. Ler não significa apenas <strong>de</strong>codificar ou<br />
<strong>de</strong>cifrar o código escrito, mas sim interpretar, narrar, vivenciar, estabelecen<strong>do</strong> um vínculo afetivo com o seu ouvinte tornan<strong>do</strong><br />
a história significativa para que seja possível preencher lacunas que possam surgir. Diante <strong>de</strong> tal fato é preciso que o narra<strong>do</strong>r<br />
se i<strong>de</strong>ntifique com o texto, o qual facilitará a interpretação e vivência <strong>do</strong>s personagens da trama, e tornar a contação mais<br />
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