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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Literatura Infantil e Juvenil<br />

mente experiencial e formativa, que se alimenta <strong>de</strong> problemáticas humanas e se constitui como campo <strong>de</strong> experimentação<br />

<strong>do</strong>s leitores, auxilian<strong>do</strong>-os a vivenciar e compreen<strong>de</strong>r sua realida<strong>de</strong> emocional, através <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e externalização.<br />

Assim, a experiência estética propicia no leitor o auto-conhecimento, amplian<strong>do</strong> a percepção sobre sua realida<strong>de</strong><br />

interior e exterior, bem como oferecen<strong>do</strong>-lhe capital emocional. Os aprendizes se apropriam das experiências vivenciadas<br />

no plano ficcional, torna<strong>do</strong>-as parte da constituição <strong>de</strong> seu ser. Respalda-se, meto<strong>do</strong>logicamente, nos princípios <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> caso, elegen<strong>do</strong> como corpus a sala <strong>de</strong> educação infantil, localizada no município <strong>de</strong> Natal, RN. Fundamenta-se nos<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Amarilha (1997/ 2006), Bettelheim (2004), Damásio (2005), Eco (1994), Gesell (1993), Held (1980), Huizinga<br />

(1993), Jersild (1973), Stierle (1979), Yunes (2003), entre outros. Sua relevância consiste em oferecer subsídios ao trabalho<br />

pedagógico com a leitura <strong>de</strong> literatura infantil nas séries iniciais. Permite aos educa<strong>do</strong>res conciliar os objetivos propostos<br />

nos <strong>do</strong>cumentos que regem a educação infantil e que orientam para a implementação <strong>de</strong> situações que permitam a livre<br />

expressão emocional das crianças, com a construção <strong>de</strong> uma pedagogia das emoções.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA INFANTIL, DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL, FORMAÇÃO DO LEITOR<br />

TÍTULO: SHERAZADE LOBATIANA DO ENSINO: UM ESTUDO SOBRE A FIGURA DE DONA<br />

BENTA COMO CONTADORA/MEDIADORA DE HISTÓRIAS EM “DOM QUIXOTE DAS CRIANÇAS“<br />

E EM “PETER PAN, HISTÓRIA DO MENINO QUE NÃO QUERIA CRESCER, CO<br />

AUTOR(ES): PATRÍCIA APARECIDA BERALDO ROMANO<br />

RESUMO: No universo infantil lobatiano, a figura <strong>de</strong> Dona Benta é uma espécie <strong>de</strong> media<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> leitura entre o texto literário<br />

clássico, muitas vezes, não <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> às crianças e o jovem leitor, no caso, os picapauzinhos. Sempre preocupa<strong>do</strong> com<br />

a linguagem e o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s livros <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s às crianças, Monteiro Lobato faz <strong>de</strong>ssa senhora uma espécie <strong>de</strong> “Sheraza<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Aprendiza<strong>do</strong>“: alguém que sabe, conhece, é capaz <strong>de</strong> instigar a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus ouvintes, <strong>de</strong> lhes <strong>de</strong>spertar o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> ouvir e, também, <strong>de</strong> lidar com esse <strong>de</strong>sejo <strong>do</strong> ouvinte. A partir disso, preten<strong>de</strong>-se discutir, nesse trabalho, a constituição<br />

<strong>de</strong> Dona Benta como essa figura feminina que carrega na voz/palavra a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seduzir o jovem ouvinte/leitor, <strong>de</strong><br />

transformá-lo num futuro leitor em potencial. Essa discussão se dará a partir <strong>de</strong> “Dom Quixote das Crianças“ e <strong>de</strong> “Peter<br />

Pan, a história <strong>do</strong> menino que não queria crescer, contada por Dona Benta“, duas obras lobatianas em que a figura da<br />

avó Benta <strong>de</strong>monstra claramente a preocupação com um ouvinte/futuro leitor <strong>do</strong> texto literário. Além disso, preten<strong>de</strong>-se<br />

também questionar on<strong>de</strong> estão, hoje, as Donas Bentas/Sheraza<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ensino, tanto na questão narra<strong>do</strong>ras/leitoras orais <strong>de</strong><br />

textos para alunos quanto figuras conscientes e preocupadas com a formação <strong>de</strong> futuros leitores. Teria o professor assumi<strong>do</strong><br />

esse papel? Seria o professor não apenas leitor <strong>de</strong> Lobato , mas também profissional preocupa<strong>do</strong> em ser media<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

leitura nos primeiros anos <strong>de</strong> formação escolar da criança?, futuro leitor em potencial?<br />

PALAVRAS-CHAVE: DONA BENTA, CONTADORA DE HISTÓRIAS, JOVEM LEITOR<br />

SESSÃO - LITERATURA INFANTIL E JUVENIL 20<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF - SALA: FEF 02<br />

TÍTULO: MONTEIRO LOBATO EM HQ: NOVAS FORMAS DE LER A LIJ NA<br />

CONTEMPORANEIDADE<br />

AUTOR(ES): PATRÍCIA KÁTIA DA COSTA PINA<br />

RESUMO: A presente proposta <strong>de</strong> Comunicação Oral reflete sobre os <strong>de</strong>safios que cercam a leitura <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> literatura<br />

para crianças e jovens na contemporaneida<strong>de</strong>, associan<strong>do</strong>-a às práticas escolares, em face das novas, diferentes e sedutoras<br />

mídias que nos cercam, a partir da comparação entre a edição <strong>de</strong> Dom Quixote das crianças, <strong>de</strong> Monteiro Lobato e a<br />

edição em quadrinhos <strong>de</strong>ssa obra, elabora<strong>do</strong>s pela equipe da Editora Globo. A preocupação <strong>de</strong>ste trabalho é o lugar que o<br />

texto literário ocupa no cotidiano <strong>de</strong> jovens e adultos hoje, bem como as estratégias autorais, editoriais e/ou <strong>do</strong>centes para<br />

torná-lo prazeroso e competitivo, em relação aos games, à TV, ao cinema etc. O objetivo, aqui, é investigar como a leitura<br />

<strong>do</strong> texto literário, publica<strong>do</strong> em outras formas <strong>de</strong> mídia, enfatiza o lúdico, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> funcionar como forma <strong>de</strong> apreensão <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> e construção simbólica <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Para tanto, discutir-se-ão as teorias <strong>de</strong> Scholes, Iser, Huizinga, bem como as<br />

afirmações <strong>de</strong> Yunes, Pondé, Lajolo, entre outros, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>finir o ato da leitura como ação lúdica, como jogo, que<br />

envolve uma interação autor/editor-texto/imagem-leitor e que prevê inúmeras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mediação. Como resulta<strong>do</strong>,<br />

preten<strong>do</strong> provocar um fecun<strong>do</strong> <strong>de</strong>bate sobre as múltiplas maneiras <strong>de</strong> levar o texto literário ao leitor, <strong>de</strong>ssacralizan<strong>do</strong> o<br />

livro e realocan<strong>do</strong> mídias historicamente pouco conceituadas, como os quadrinhos. Dessa forma, ampliam-se os conceitos<br />

<strong>de</strong> leitura, <strong>de</strong> literatura e <strong>de</strong> cultura, uma vez que são toma<strong>do</strong>s em constante interação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LIJ, LEITURA, HQ<br />

TÍTULO: OLHARES PLURAIS: UMA LEITURA DO DIÁRIO DE MINHA VIDA DE MENINA, DE<br />

HELENA MORLEY<br />

AUTOR(ES): PENHA LUCILDA DE SOUZA SILVESTRE<br />

RESUMO: De um mo<strong>do</strong> geral, os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s pela crítica literária brasileira sobre o diário “Minha vida <strong>de</strong> menina“<br />

(1942), <strong>de</strong> Helena Morley, <strong>de</strong>monstram a carência <strong>de</strong> pesquisas, visto que há alguns trabalhos monográficos, dissertações e<br />

uma tese. Em 1997, Roberto Schwarz publica o ensaio intitula<strong>do</strong> “Duas meninas“. Neste estu<strong>do</strong> realiza uma provocação ao<br />

tecer reflexões sobre Capitu, personagem machadiana e Helena, personagem <strong>de</strong> Morley, ambas complexas. Schwarz aponta<br />

o valor artístico e estético que compõem a obra em questão. Vale assinalar que o diário foi escrito no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong><br />

entre os anos <strong>de</strong> 1893-1895, quan<strong>do</strong> Helena tinha treze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Ela foi motivada pelo pai, protestante eclético, para<br />

exercitar o hábito <strong>de</strong> escrever, uma vez que, além <strong>de</strong> registrar os acontecimentos pelos quais a família vivenciava, o professor<br />

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