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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Literatura Infantil e Juvenil<br />

misterioso músico que livra a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hamelin <strong>de</strong> uma praga <strong>de</strong> ratos recorren<strong>do</strong> apenas ao som <strong>de</strong> sua flauta, mas, por<br />

não receber das autorida<strong>de</strong>s municipais o valor combina<strong>do</strong> pelo trabalho, com o som da mesma flauta enfeitiça todas as<br />

crianças da cida<strong>de</strong>, levan<strong>do</strong>-as para um lugar <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> nunca mais retornaram. Por meio <strong>de</strong> questionários,<br />

serão aborda<strong>do</strong>s o poema <strong>de</strong> Robert Browning, as adaptações <strong>de</strong> Paula Mastrobert e <strong>de</strong> Bráulio Tavares. O primeiro um<br />

poema narrativo feito pelo autor inglês, no século XIX, já as outras duas adaptações são contemporâneas e feitas por autores<br />

brasileiros. Essa análise procurará relacionar as preferências <strong>do</strong>s alunos às características estruturais das obras, buscan<strong>do</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>monstrar como os elementos como narra<strong>do</strong>r, espaço, tempo e personagens <strong>de</strong> cada obra contribuem<br />

para a manutenção ou dissipação <strong>do</strong> mistério, ambigüida<strong>de</strong> e suspense necessários ao interesse <strong>do</strong>s alunos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FLAUTISTA DE HAMELIN, RECEPÇÃO, LITERATURA INFANTIL<br />

TÍTULO: AS HISTÓRIAS INFANTIS DE MALBA TAHAN: UM CALEIDOSCÓPIO<br />

INTERDISCIPLINAR<br />

AUTOR(ES): JURACI CONCEIÇÃO DE FARIA<br />

RESUMO: O universo literário <strong>de</strong> Malba Tahan é um verda<strong>de</strong>iro calei<strong>do</strong>scópio e, como tal, a cada movimento <strong>de</strong> análise e<br />

compreensão <strong>de</strong> suas obras, uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos regulares vão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s e multiplica<strong>do</strong>s entre os espelhos da<br />

trajetória histórica <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> matemática, escritor e conferencista Júlio César <strong>de</strong> Mello e Souza (1895-1974). Buscan<strong>do</strong><br />

trazer à luz a interdisciplinarida<strong>de</strong> presente nas histórias infantis da coleção “Malba Tahan Conta Histórias“, publicadas<br />

pela Editora <strong>Brasil</strong>-América Ltda em 1968, redirecionamos nosso olhar para uma questão central <strong>de</strong> nossas pesquisas: em<br />

plena década <strong>de</strong> 60, seria a intenção <strong>de</strong> Malba Tahan contrapor-se ao momento educacional brasileiro, fortemente marca<strong>do</strong><br />

pela disciplinarida<strong>de</strong> e explorar distintas esferas <strong>do</strong> saber em suas histórias <strong>de</strong>stinadas ao público infantil? Ten<strong>do</strong> como<br />

fundamento teórico a prática educativa interdisciplinar <strong>de</strong> Ivani Fazenda, este artigo tem a intenção <strong>de</strong> apresentar uma breve<br />

história da vida <strong>do</strong> autor, contextualizar a literatura infantil <strong>de</strong> Malba Tahan, analisar o diálogo interdisciplinar presente<br />

nos seis volumes <strong>de</strong>sta coleção (A Girafa Castigada; O Rabi, o Cocheiro e os Anjos <strong>de</strong> Deus; A Pequenina Luz Azul; Os<br />

Sonhos <strong>do</strong> Lenha<strong>do</strong>r; O Tesouro <strong>de</strong> Bresa e A História da Onça que queria acordar ce<strong>do</strong>) e, quem sabe, apresentar algumas<br />

consi<strong>de</strong>rações para a prática <strong>de</strong> leitura e escrita das crianças <strong>do</strong> nosso tempo.<br />

PALAVRAS-CHAVE: MALBA TAHAN, LITERATURA INFANTIL, INTERDISCIPLINARIDADE<br />

TÍTULO: A OBRA DE JÚLIO VERNE: SUAS POSSIBILIDADES DE USO EM AULAS DE FÍSICA E A<br />

CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS PELOS ALUNOS<br />

AUTOR(ES): JÚLIO CÉSAR DAVID FERREIRA, PAULO CÉSAR DE ALMEIDA RABONI<br />

RESUMO: Este trabalho é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Iniciação Científica financiada pela FAPESP em<br />

2007. Buscamos uma aproximação entre <strong>do</strong>is campos <strong>do</strong> conhecimento que envolvem múltiplas formas <strong>de</strong> linguagem: a<br />

literatura <strong>de</strong> ficção científica e a física. Partimos <strong>do</strong> pressuposto <strong>de</strong> que to<strong>do</strong> professor é professor <strong>de</strong> leitura e, como <strong>de</strong>corrência,<br />

todas as formas <strong>de</strong> leitura se relacionam e criam entre si pontos <strong>de</strong> apoio para a construção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s. Assim,<br />

buscamos na obra <strong>de</strong> Julio Verne, elementos <strong>de</strong> aproximação com conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Física <strong>do</strong> ensino médio. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> um<br />

levantamento inicial <strong>do</strong>s materiais disponíveis aos alunos através das bibliotecas escolares, selecionamos títulos da obra <strong>de</strong><br />

Júlio Verne para uma análise posterior. Nos livros “A Volta ao Mun<strong>do</strong> em Oitenta Dias”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”,<br />

“Viagem ao Centro da Terra”, toman<strong>do</strong> Bakhtin como referencial <strong>de</strong> análise, encontramos em Júlio Verne o que <strong>de</strong>nominamos<br />

uma “didática das ciências”. As situações criadas por Verne envolvem conhecimentos científicos consolida<strong>do</strong>s que<br />

ele procura ensinar ao leitor, explican<strong>do</strong> com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento e estabelecen<strong>do</strong> relações entre os elementos presentes<br />

em cada episódio. Encontramos também a proximida<strong>de</strong> entre as situações <strong>de</strong>scritas pelo autor e os enuncia<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fenômenos<br />

físicos típicos <strong>de</strong> livros didáticos <strong>do</strong> ensino médio, com algumas diferenças: a assepsia que os livros didáticos fazem,<br />

simplifican<strong>do</strong> o texto para “facilitar” a aprendizagem, retira <strong>do</strong> texto elementos essenciais para sua compreensão; a ausência<br />

<strong>de</strong> um enre<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais elementos para a constituição <strong>do</strong> tema, restringin<strong>do</strong> as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão pelos<br />

alunos. Essas e outras diferenças, marcadas por elementos comuns, tornam promissora a aproximação entre a leitura <strong>de</strong><br />

ficção e o ensino <strong>de</strong> física, com o objetivo mais amplo <strong>de</strong> formar o leitor, papel central da escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: JULIO VERNE, CONCEITOS DE FÍSICA, CONTRUÇÃO DE SENTIDOS<br />

TÍTULO: LITERATURA INFANTIL E A NARRAÇÃO DE HISTÓRIAS: A CONSTITUIÇÃO DA<br />

CRIANÇA COMO NARRADORA<br />

AUTOR(ES): KARIN COZER DE CAMPOS<br />

RESUMO: Este trabalho discute a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> narração <strong>de</strong> histórias nos anos iniciais <strong>do</strong> Ensino Fundamental. Enfatizamos<br />

as significativas contribuições que a Literatura Infantil po<strong>de</strong> proporcionar às crianças, por meio das histórias, para<br />

incentivá-las, estimulá-las e torná-las crianças narra<strong>do</strong>ras. Nessa perspectiva, nosso objetivo é discutir sobre a narração <strong>de</strong><br />

histórias, para <strong>de</strong>senvolver as capacida<strong>de</strong>s orais das crianças e para a constituição da criança como narra<strong>do</strong>ra, partin<strong>do</strong><br />

tanto <strong>do</strong>s textos literários como das experiências vividas ou imaginadas. Isso tu<strong>do</strong> consiste no fato <strong>de</strong> que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contar histórias tem si<strong>do</strong> presença cotidiana na escola, sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> à esta ativida<strong>de</strong> o incentivo à imaginação e à leitura, a<br />

ampliação <strong>do</strong> repertório cultural das crianças, o <strong>de</strong>senvolvimento da oralida<strong>de</strong> e a criação <strong>de</strong> referenciais importantes ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

subjetivo da criança. Além disso, a possibilida<strong>de</strong> das crianças apren<strong>de</strong>rem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ce<strong>do</strong> a tecer narrativamente<br />

sua experiência e constituir-se como sujeito cultural (Girar<strong>de</strong>llo, 2003). Ou seja, por meio <strong>de</strong> histórias que são ouvidas, lidas<br />

ou contadas livremente, inspiradas na literatura ou nas experiências e vivências das crianças e ao mesmo tempo ser possível<br />

ouvir as suas próprias histórias. A fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver nosso trabalho, estão inseridas em nosso referencial teórico uma<br />

concepção <strong>de</strong> linguagem e ativida<strong>de</strong> humana com base na psicologia histórico-cultural <strong>de</strong> Vigotski e as contribuições <strong>de</strong><br />

Bakhtin para a compreensão da linguagem, em que a língua se manifesta pelo fenômeno da interação verbal. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

opta-se por estes teóricos pela contribuição teórico-meto<strong>do</strong>lógica à reflexão sobre a narração <strong>de</strong> histórias no contexto da<br />

linguagem da criança. Sobretu<strong>do</strong>, nossa compreensão da beleza implícita que existe ao narrar uma história, <strong>de</strong>clamar uma<br />

poesia, ler uma lenda ou uma fábula, as quais também compõem o mun<strong>do</strong> da linguagem e da arte, e ao mesmo tempo,<br />

ampliar a sensibilida<strong>de</strong> e o repertório cultural das crianças.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA INFANTIL, NARRAÇÃO DE HISTÓRIAS, LINGUAGEM ORAL<br />

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