2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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28.06.2013 Views

Literatura Infantil e Juvenil a produção de uma história do ensino de Língua e Literatura no Brasil e, também, para a compreensão de um importante momento na história do ensino da literatura infantil e formação de professores, focaliza-se a proposta para esse ensino apresentada pela professora baiana Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1915-2008) em “Compêndio de literatura infantil: para o 3º ano normal“, cuja 1ª edição foi publicada pela Companhia Editora Nacional (SP), em 1959. Mediante abordagem histórica, centrada em pesquisa documental e bibliográfica, desenvolvida por meio da utilização de procedimentos de localização, recuperação, reunião, seleção e ordenação, vem-se analisando a configuração textual do Compêndio, que consiste em enfocar os diferentes aspectos constitutivos de seu sentido. A análise preliminar dos resultados obtidos até o momento tem propiciado constatar que o Compêndio em análise, foi o primeiro do gênero publicado em língua portuguesa e nele se encontra um conjunto de saberes relativos à literatura infantil considerados necessários para a formação do professor primário e que foram sendo gradativamente estruturados, de acordo com os programas oficiais de ensino, contribuindo para a constituição da literatura infantil como disciplina dos cursos de formação de professores primários no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: BÁRBARA VASCONCELOS DE CARVALHO, ENSINO DE LITERATURA INFANTIL, PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO TÍTULO: NOVOS AUTORES PARA JOVENS LEITORES: TENDÊNCIAS DA LITERATURA JUVENIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA AUTOR(ES): GABRIELA FERNANDA CÉ LUFT RESUMO: A partir da análise de narrativas que compõem o panorama mais recente da produção literária para jovens no Brasil, este trabalho tem por objetivo investigar o estatuto da literatura juvenil brasileira, no sentido de compreender as suas configurações estéticas e delinear o imaginário presente nas obras literárias, com vistas a contribuir para os estudos críticos e teóricos do gênero. Assim, com o intuito de dar sentido a uma produção literária contemporânea que cobra novas respostas interpretativas e sobre a qual não se tem, ainda, avaliações mais abalizadas, exatamente por datar de pouco tempo, mas que apresenta relação intrínseca com o cenário nacional diverso e fragmentário da literatura brasileira contemporânea, surpreendendo pelo trato literário, serão examinadas obras juvenis publicadas nos últimos oito anos, através das quais podemos distinguir, no mínimo, três vertentes temáticas distintas: o realismo suburbano, através da obra “O pequeno fascista“, de Fernando Bonassi; o realismo mágico, através de “Luna Clara & Apolo Onze“, de Adriana Falcão e o realismo cotidiano, através de “A distância das coisas“, de Flávio Carneiro. Trata-se de narrativas que propõem modos de ler mais afinados com uma concepção de leitura que ultrapassa o simples entretenimento da indústria cultural, ou ainda o cumprimento de meros exercícios escolares, sendo capazes de oferecer uma contribuição de peso para a formação de leitores num país de tradição iletrada. PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA JUVENIL CONTEMPORÂNEA, LEITURA, LEITOR SESSÃO - LITERATURA INFANTIL E JUVENIL 11 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Faculdade de Educação Física - FEF - SALA: FEF 02 TÍTULO: AUTOBIOGRAFIA OU FICCIONALIZAÇÃO? UM ESTUDO DA OBRA FAZENDO ANA PAZ DE LYGIA BOJUNGA NUNES AUTOR(ES): GERLANE ROBERTO DE OLIVEIRA RESUMO: Desde a década de 70, Lygia Bojunga Nunes ocupa um espaço diferencial no cenário da literatura infantojuvenil brasileira e internacional. A autora foi a primeira a receber, pelo conjunto de sua obra, fora do eixo Europa-Estados Unidos, a medalha Hans Cristian Andersen (1982), prêmio considerado o Nobel de literatura infanto-juvenil. Ao trabalhar, mais profundamente, a sua produção literária percebemos que houve mudanças significativas em seu projeto de escrita com relação a elementos que transitavam entre sua biografia e sua ficção. Considerando que as discussões entre vida e obra são complexas e que vêm ganhando espaço na Teoria da Literatura nas últimas décadas, trazendo de volta o debate sobre o retorno do autor, levantamos a hipótese de que as fronteiras entre a biografia e a ficção de Lygia Bojunga Nunes são bastante tênues. Este estudo pretende discutir passagens que marcam a presença da autora em suas narrativas de teor ficcional e, para tanto, utilizamos o conceito de biografema, proposto por Roland Barthes (1975), no qual teoriza o biográfico a partir de um olhar fragmentado e ficcionalizado do sujeito. Das obras da autora procedemos a um recorte do qual selecionamos o livro: Fazendo Ana Paz (1991) que nos parece suficiente para discutir a presença da autora em sua obra e como se processa a sua “ficcionalização“. Esta proposta parece-nos relevante para os estudos da literatura infanto-juvenil pela reflexão que incita, qual seja, refletir a presença do sujeito autor nas obras destinadas ao público infantil e as formas de consagração de sua imagem no meio intelectual e cultural. PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA INFANTO-JUVENIL , AUTORIA, FICÇÃO TÍTULO: CONTA QUE TE CONTO AUTOR(ES): GILMARA MENDES GOULART DE MELLO RESUMO: Esta é uma pesquisa que acontece desde 2005. Quando nasce o desejo de semear a leitura para todas as idades, principalmente abrindo um espaço para que a criança–adolescente pudesse ser o “ator principal” desse processo. Nesse sentido, surge a necessidade de formar e transformar essa criança-adolescente num leitor contaminado pela leitura e literatura. Sabe-se que a arte de ouvir histórias é milenar. Escrever histórias é a forma que as pessoas encontram para registrar da memória aquilo que para sempre ficará. Contar o que encanta é um meio de sensibilizar todo e qualquer público que está à sua volta. Pensando nisso é que desta pesquisa–busca nasce o Projeto: CONTA QUE TE CONTO – Oficina para ler, escrever e contar histórias. Este projeto compreende: promover ações capazes de formar pessoas habilitadas em selecionar obras literárias de qualidade, escrever histórias populares e contar de coração histórias para os mais diversificados especta- 416

Literatura Infantil e Juvenil dores. Esse projeto acontece com oficinas, as quais compreendem as comunidades pública e privada. O público alvo varia dos quatro aos cinqüenta e seis anos de idade. Além dos estudos, pesquisas, coletas de dados, os participantes das oficinas promovem Movimentos Literários pelo município e região e contribuem para a Formação de Educadores, em parcerias de Feiras de Livros, Secretarias Municipais de Educação e Fundação Cultural. Ler, contar e escrever histórias enriquece a alma, abre caminhos e transforma a realidade. PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, LEITURA , CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS TÍTULO: AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA PRÁTICA DOCENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL AUTOR(ES): GILVANIA FRANCISCA ALVES RESUMO: O presente trabalho tem como foco um importante aspecto do processo de ensino da leitura: as estratégias de compreensão leitora utilizadas pelas crianças e como estas são trabalhadas em sala de aula. A discussão gira em torno das estratégias de leitura na prática docente de educação infantil. A importância da temática, leitura para a produção científica e para a Educação Infantil, materializa-se na possibilidade desse trabalho iniciar, nessa etapa de ensino, assim como na perspectiva reflexiva sobre o ensino-aprendizagem da leitura e na preocupação com o intercâmbio e a discussão entre os docentes para a importância da linguagem no desenvolvimento da aprendizagem da criança. A base do referencial teórico é a socio-interacionista de leitura enquanto construção de sentido e significado interativo do sujeito com o texto. Desse modo, fomos buscar as contribuições desses autores: Terzi (1995), Colomer e Camps (2002), com o significado e sentido da leitura, em Leal e Melo (2002), a reflexão sobre a compreensão leitora, em Solé (1998), suas assertivas a respeito das estratégias de leitura e em Teberosky e Colomer (2003), os desafios voltados para o ensino-aprendizagem da leitura. Abordaremos, nesse estudo, a história da educação infantil, trazendo um breve histórico, bem como a repercussão dessa história no contexto social brasileiro e, de modo particular, no estado de Pernambuco. Como forma de aprofundamento das questões sobre as práticas docentes da leitura buscará, também, contextualizar esse ensino-aprendizagem, apresentando os modelos e concepções do que é ler e o que são as estratégias de leitura, além de apontar os desafios para ensinar a ler na Educação Infantil. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, ESTRATÉGIAS DE LEITURA, EDUCAÇÃO INFANTIL TÍTULO: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE NARRATIVAS VISUAIS E A CONSTITUIÇÃO DE LEITORES. AUTOR(ES): HANNA TALITA GONÇALVES PEREIRA DE ARAÚJO RESUMO: Esta pesquisa visa uma aproximação com o processo criativo de artistas ilustradores de livros somente com imagens, sem o texto, no sentido de compreender os modos de sua produção poética e criativa da narrativa visual. Os livros de imagem sem texto são aqueles em que a narrativa é construída na sequência das ilustrações, visando, geralmente, o público infantil. A leitura de imagem está atrelada à ideia de fácil leitura e que, portanto, até uma criança pequena pode fazer a leitura. Entretanto, a leitura da imagem, ao contrário do que se imagina, está associada ao complexo desenvolvimento cognitivo por parte da criança. Não entendemos que o livro de imagem seja destinado somente para aqueles que não dominam o uso da palavra escrita. Pelo contrário, a construção de práticas de leituras de imagem, isoladas ou em sequência narrativa, assim como a construção de práticas de leitura de textos escritos, ampliam significativamente nossa capacidade de escrita e imaginação, fazendo com que a qualidade da leitura, que se expande a cada passar de olhos, se desenvolva de forma exponencial. Para o desenvolvimento desta pesquisa, escolhemos três renomados e premiados artistas na categoria livro de imagem, cujos processos criativos de construção narrativa serão o objeto do estudo. A abordagem da psicologia que fundamenta a pesquisa é a sociocultural (tendo Lev S. Vygotsky, como principal expoente), com apoio das contribuições de Fayga Ostrower, no campo das artes visuais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, filmadas em vídeo e transcritas. Também foram estudadas as sequências narrativas das ilustrações de obras selecionadas de e por cada artista, com o intuito de apreender diferenças e especificidades da narração nas modalidades escrita e pictórica. PALAVRAS-CHAVE: PROCESSO DE CRIAÇÃO, LIVRO DE IMAGEM, NARRATIVAS VISUAIS TÍTULO: LEITURA LITERÁRIA E O ESPAÇO ESCOLAR AUTOR(ES): INGRID DA SILVA RICOMINI RESUMO: Este texto é resultado da minha participação como pesquisadora do Programa de Iniciação Científica, no projeto intitulado: “Literatura na escola. Espaços e contextos: A realidade brasileira e portuguesa”, que teve como objetivo principal analisar e reavaliar críticamente as políticas de investimento em programas de fomento à leitura. Desse modo, ao longo da minha participação no projeto de pesquisa, nasceram inúmeras questões articuladas à necessidade de estudar a formação de leitores qualitativamente melhores, partindo desses pressupostos, esta comunicação apresenta a análise dos resultados obtidos na pesquisa, a partir da leitura de duas obras literárias por uma turma de alunos da 4ª série do ensino fundamental, da rede pública de ensino de uma cidade de médio porte do Oeste Paulista. Entre outros aspectos, observei a participação das crianças e considerei as suas impressões, os seus comentários e demais desdobramentos obtidos com a leitura de dois gêneros literários da literatura brasileira, propostos pela investigação: “A bolsa amarela“ (2007), de Lygia Bojunga Nunes e “Meu nome é cachorro“ (2006), de Ricardo Azevedo. Desse modo, com base na pesquisa de campo realizada, fundamentada nos princípios metodológicos da pesquisa colaborativa, exponho os resultados obtidos considerando as relações e as impressões dos alunos quando em contato com as obras literárias e, também, apresento o resultado da análise da configuração textual dessas duas obras, no intento de melhor entender os aspectos que os constituem como gênero literário importante da literatura infanto-juvenil brasileira e os motivos que os fizeram ser preferidos ou não pelas crianças. Como objetivo, destaco a necessidade de propiciar novas formas do aluno se relacionar com a leitura literária no cotidiano escolar, compreendendo-a como um recurso, “vivo e dinâmico” que, destituído da intenção imediata de transmissão de informações, de conteúdo, propicia ao leitor o desenvolvimento de habilidades especificamente humanas, disso a importância de iniciá-lo como prática social na escola. PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA INFANTIL E JUVENIL, FORMAÇÃO DE LEITORES, CRIAÇÃO DE NECESSIDADES 417

Literatura Infantil e Juvenil<br />

<strong>do</strong>res. Esse projeto acontece com oficinas, as quais compreen<strong>de</strong>m as comunida<strong>de</strong>s pública e privada. O público alvo varia<br />

<strong>do</strong>s quatro aos cinqüenta e seis anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Além <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, pesquisas, coletas <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, os participantes das oficinas<br />

promovem Movimentos Literários pelo município e região e contribuem para a Formação <strong>de</strong> Educa<strong>do</strong>res, em parcerias <strong>de</strong><br />

Feiras <strong>de</strong> Livros, Secretarias Municipais <strong>de</strong> Educação e Fundação Cultural. Ler, contar e escrever histórias enriquece a alma,<br />

abre caminhos e transforma a realida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, LEITURA , CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS<br />

TÍTULO: AS ESTRATÉGIAS DE LEITURA NA PRÁTICA DOCENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

AUTOR(ES): GILVANIA FRANCISCA ALVES<br />

RESUMO: O presente trabalho tem como foco um importante aspecto <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> ensino da leitura: as estratégias<br />

<strong>de</strong> compreensão leitora utilizadas pelas crianças e como estas são trabalhadas em sala <strong>de</strong> aula. A discussão gira em torno<br />

das estratégias <strong>de</strong> leitura na prática <strong>do</strong>cente <strong>de</strong> educação infantil. A importância da temática, leitura para a produção científica<br />

e para a Educação Infantil, materializa-se na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse trabalho iniciar, nessa etapa <strong>de</strong> ensino, assim como<br />

na perspectiva reflexiva sobre o ensino-aprendizagem da leitura e na preocupação com o intercâmbio e a discussão entre<br />

os <strong>do</strong>centes para a importância da linguagem no <strong>de</strong>senvolvimento da aprendizagem da criança. A base <strong>do</strong> referencial<br />

teórico é a socio-interacionista <strong>de</strong> leitura enquanto construção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> e significa<strong>do</strong> interativo <strong>do</strong> sujeito com o texto.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, fomos buscar as contribuições <strong>de</strong>sses autores: Terzi (1995), Colomer e Camps (2002), com o significa<strong>do</strong> e<br />

senti<strong>do</strong> da leitura, em Leal e Melo (2002), a reflexão sobre a compreensão leitora, em Solé (1998), suas assertivas a respeito<br />

das estratégias <strong>de</strong> leitura e em Teberosky e Colomer (2003), os <strong>de</strong>safios volta<strong>do</strong>s para o ensino-aprendizagem da leitura.<br />

Abordaremos, nesse estu<strong>do</strong>, a história da educação infantil, trazen<strong>do</strong> um breve histórico, bem como a repercussão <strong>de</strong>ssa<br />

história no contexto social brasileiro e, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> particular, no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco. Como forma <strong>de</strong> aprofundamento<br />

das questões sobre as práticas <strong>do</strong>centes da leitura buscará, também, contextualizar esse ensino-aprendizagem, apresentan<strong>do</strong><br />

os mo<strong>de</strong>los e concepções <strong>do</strong> que é ler e o que são as estratégias <strong>de</strong> leitura, além <strong>de</strong> apontar os <strong>de</strong>safios para ensinar a ler<br />

na Educação Infantil.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, ESTRATÉGIAS DE LEITURA, EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

TÍTULO: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE NARRATIVAS VISUAIS E A CONSTITUIÇÃO DE<br />

LEITORES.<br />

AUTOR(ES): HANNA TALITA GONÇALVES PEREIRA DE ARAÚJO<br />

RESUMO: Esta pesquisa visa uma aproximação com o processo criativo <strong>de</strong> artistas ilustra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> livros somente com<br />

imagens, sem o texto, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua produção poética e criativa da narrativa visual. Os<br />

livros <strong>de</strong> imagem sem texto são aqueles em que a narrativa é construída na sequência das ilustrações, visan<strong>do</strong>, geralmente,<br />

o público infantil. A leitura <strong>de</strong> imagem está atrelada à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fácil leitura e que, portanto, até uma criança pequena po<strong>de</strong><br />

fazer a leitura. Entretanto, a leitura da imagem, ao contrário <strong>do</strong> que se imagina, está associada ao complexo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

cognitivo por parte da criança. Não enten<strong>de</strong>mos que o livro <strong>de</strong> imagem seja <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> somente para aqueles que não<br />

<strong>do</strong>minam o uso da palavra escrita. Pelo contrário, a construção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> leituras <strong>de</strong> imagem, isoladas ou em sequência<br />

narrativa, assim como a construção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos escritos, ampliam significativamente nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escrita e imaginação, fazen<strong>do</strong> com que a qualida<strong>de</strong> da leitura, que se expan<strong>de</strong> a cada passar <strong>de</strong> olhos, se <strong>de</strong>senvolva <strong>de</strong> forma<br />

exponencial. Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisa, escolhemos três renoma<strong>do</strong>s e premia<strong>do</strong>s artistas na categoria livro<br />

<strong>de</strong> imagem, cujos processos criativos <strong>de</strong> construção narrativa serão o objeto <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. A abordagem da psicologia que<br />

fundamenta a pesquisa é a sociocultural (ten<strong>do</strong> Lev S. Vygotsky, como principal expoente), com apoio das contribuições <strong>de</strong><br />

Fayga Ostrower, no campo das artes visuais. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong> entrevistas semi-estruturadas, filmadas<br />

em ví<strong>de</strong>o e transcritas. Também foram estudadas as sequências narrativas das ilustrações <strong>de</strong> obras selecionadas <strong>de</strong> e por<br />

cada artista, com o intuito <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r diferenças e especificida<strong>de</strong>s da narração nas modalida<strong>de</strong>s escrita e pictórica.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PROCESSO DE CRIAÇÃO, LIVRO DE IMAGEM, NARRATIVAS VISUAIS<br />

TÍTULO: LEITURA LITERÁRIA E O ESPAÇO ESCOLAR<br />

AUTOR(ES): INGRID DA SILVA RICOMINI<br />

RESUMO: Este texto é resulta<strong>do</strong> da minha participação como pesquisa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Iniciação Científica, no<br />

projeto intitula<strong>do</strong>: “Literatura na escola. Espaços e contextos: A realida<strong>de</strong> brasileira e portuguesa”, que teve como objetivo<br />

principal analisar e reavaliar críticamente as políticas <strong>de</strong> investimento em programas <strong>de</strong> fomento à leitura. Desse mo<strong>do</strong>, ao<br />

longo da minha participação no projeto <strong>de</strong> pesquisa, nasceram inúmeras questões articuladas à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar a<br />

formação <strong>de</strong> leitores qualitativamente melhores, partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sses pressupostos, esta comunicação apresenta a análise <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na pesquisa, a partir da leitura <strong>de</strong> duas obras literárias por uma turma <strong>de</strong> alunos da 4ª série <strong>do</strong> ensino<br />

fundamental, da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> médio porte <strong>do</strong> Oeste Paulista. Entre outros aspectos, observei<br />

a participação das crianças e consi<strong>de</strong>rei as suas impressões, os seus comentários e <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos obti<strong>do</strong>s com<br />

a leitura <strong>de</strong> <strong>do</strong>is gêneros literários da literatura brasileira, propostos pela investigação: “A bolsa amarela“ (2007), <strong>de</strong> Lygia<br />

Bojunga Nunes e “Meu nome é cachorro“ (2006), <strong>de</strong> Ricar<strong>do</strong> Azeve<strong>do</strong>. Desse mo<strong>do</strong>, com base na pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

realizada, fundamentada nos princípios meto<strong>do</strong>lógicos da pesquisa colaborativa, exponho os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

as relações e as impressões <strong>do</strong>s alunos quan<strong>do</strong> em contato com as obras literárias e, também, apresento o resulta<strong>do</strong><br />

da análise da configuração textual <strong>de</strong>ssas duas obras, no intento <strong>de</strong> melhor enten<strong>de</strong>r os aspectos que os constituem como<br />

gênero literário importante da literatura infanto-juvenil brasileira e os motivos que os fizeram ser preferi<strong>do</strong>s ou não pelas<br />

crianças. Como objetivo, <strong>de</strong>staco a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propiciar novas formas <strong>do</strong> aluno se relacionar com a leitura literária no<br />

cotidiano escolar, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-a como um recurso, “vivo e dinâmico” que, <strong>de</strong>stituí<strong>do</strong> da intenção imediata <strong>de</strong> transmissão<br />

<strong>de</strong> informações, <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>, propicia ao leitor o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s especificamente humanas, disso<br />

a importância <strong>de</strong> iniciá-lo como prática social na escola.<br />

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