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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Linguagens em Educação Infantil<br />

escrita. Vários exemplares <strong>de</strong>ssa tipologia textual dialogam com os diversos gêneros da cultura escrita e funcionam como<br />

matrizes que favorecerão, posteriormente, o momento da aprendizagem da leitura/escrita. Nossas pesquisas, apoiadas em<br />

teorias que buscam um diálogo entre as áreas da psicanálise, da linguística e da educação, observam vários casos em que o<br />

trabalho foca<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> uma expansão <strong>do</strong>s conceitos <strong>de</strong> língua e <strong>de</strong> escrita po<strong>de</strong> resultar em situações <strong>de</strong> aprendizagem<br />

mais significativas. O uso <strong>do</strong>s diversos gêneros da oralida<strong>de</strong> lúdico-poética, entretanto, não é novida<strong>de</strong>, principalmente na<br />

educação infantil. O que nos parece fundamental, porém, é a concepção <strong>de</strong> que tais jogos linguageiros operam a partir<br />

<strong>de</strong> estruturas <strong>do</strong> inconsciente, o que faz com que boa parte das crianças faça uso <strong>de</strong> tais jogos quase que naturalmente,<br />

aplican<strong>do</strong> na oralida<strong>de</strong> um saber linguístico fundamental para sua entrada na escrita. Esse saber, que implica uma produção<br />

escrita imaterial, sem registro gráfico, po<strong>de</strong> ser compreendi<strong>do</strong> como uma primeira situação <strong>de</strong> lida com os elementos<br />

fundamentais para a efetiva entrada na escrita/leitura. Nossa proposta, portanto, procura sugerir a criação <strong>de</strong> currículos<br />

e <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> ensino/aprendizagem que compreendam tais jogos linguageiros <strong>de</strong> forma orgânica, isto é, articulan<strong>do</strong><br />

momentos <strong>de</strong> uso da oralida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> contato sistemático com materiais <strong>de</strong> leitura (sobretu<strong>do</strong> literária), efetivan<strong>do</strong>, assim, um<br />

convívio mais complexo com as diversas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expressão da língua materna.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ORALIDADE, INCONSCIENTE, LEITURA<br />

TÍTULO: A BRINCADEIRA NA INTERAÇÃO ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS: VIVÊNCIAS DAS<br />

MONITORAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

AUTOR(ES): SILMARA HELENA ALVARES<br />

RESUMO: O presente trabalho é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma pesquisa realizada no ano <strong>de</strong> 2008 em uma creche da re<strong>de</strong> pública<br />

<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Campinas, feita como Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso da graduação em Pedagogia da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Educação da Unicamp. A pesquisa teve como objetivo observar as práticas das monitoras <strong>de</strong> educação infantil contratadas<br />

em caráter emergencial pela prefeitura sob o regime da CLT. Em meio a esta pesquisa, percebeu-se a brinca<strong>de</strong>ira como<br />

uma das diversas linguagens utilizadas pelas crianças pequenininhas, que ainda não se expressam através da linguagem oral<br />

e escrita. Essa forma <strong>de</strong> comunicação através das brinca<strong>de</strong>iras foi constatada não só na interação com as crianças, mas,<br />

também, com os adultos. As novas contratadas pelo governo municipal, sem experiência no trabalho com as crianças <strong>de</strong><br />

creche, viram nas brinca<strong>de</strong>iras uma nova forma <strong>de</strong> vivenciar o trabalho pedagógico, uma alternativa para quem nada conhecia<br />

sobre Educação Infantil. Através <strong>de</strong> minhas experiências como monitora <strong>de</strong> educação infantil <strong>do</strong> processo seletivo<br />

e das experiências vividas pelas minhas colegas constatatou-se o quanto o brincar é esqueci<strong>do</strong> pelos adultos quan<strong>do</strong> interagem<br />

com os pequeninos. Muitos profissionais <strong>do</strong>centes priorizam a interação feita entre as crianças e se esquecem que as<br />

brinca<strong>de</strong>iras entre crianças e adultos enriquecem o relacionamento entre ambos. “Uma atitu<strong>de</strong> muito disseminada entre os<br />

adultos é consi<strong>de</strong>rar com pequeno interesse o mun<strong>do</strong> da imaginação infantil, principalmente porque os próprios adultos<br />

subvalorizam sua imaginação” (GHEDINI, 1998, p.209) Portanto, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é ressaltar a importância da<br />

brinca<strong>de</strong>ira como linguagem e trazer à discussão a “dimensão brincalhona” citada nos trabalhos <strong>de</strong> Ghedini e tão esquecida<br />

por muitos <strong>do</strong>centes.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGENS INFANTIS, BRINCAR, CRECHE<br />

TÍTULO: EXPRESSIVIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA: ANÁLISE NA PERSPECTIVA WALLONIANA<br />

AUTOR(ES): SILVIA ADRIANA RODRIGUES<br />

RESUMO: O presente texto expõe os resulta<strong>do</strong>s da investigação acerca das manifestações afetivo/emocionais <strong>de</strong> crianças<br />

na primeira infância em contextos coletivos. Ten<strong>do</strong> como objeto as manifestações afetivo-emocionais nas interações<br />

criança-criança estabelecidas no contexto educativo e apoian<strong>do</strong>-se na teoria psicogenética walloniana, buscou-se examinar<br />

as interações criança-criança objetivan<strong>do</strong>: apreen<strong>de</strong>r os tipos <strong>de</strong> manifestações afetivo-emocionais individuais que ocorrem<br />

no contexto educativo, examinar os recursos expressivos utiliza<strong>do</strong>s nas interações, além <strong>de</strong> apontar e refletir sobre possíveis<br />

direções que propiciem um ambiente produtivo e satisfatório para o <strong>de</strong>senvolvimento da criança. O estu<strong>do</strong>, com nuances<br />

etnográficas, teve como participantes crianças na faixa etária entre um e três anos, <strong>de</strong> um agrupamento <strong>de</strong> berçário II <strong>de</strong><br />

uma instituição <strong>de</strong> educação infantil <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte-SP, on<strong>de</strong> foram realizadas observações assistemáticas no ano<br />

<strong>de</strong> 2008. Foram seleciona<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s 15 episódios interativos, nos quais se verificou a exuberância expressiva das crianças.<br />

Notou-se que os recursos expressivos que marcam o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> oposição ocorrem mais precocemente <strong>do</strong> que postula<br />

a teoria walloniana, confirman<strong>do</strong> que as características e os estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento importantes para a formação <strong>do</strong><br />

ser humano não são <strong>de</strong>marca<strong>do</strong>s pela ida<strong>de</strong> cronológica, mas pelas experiências vivenciadas individualmente. Foi possível<br />

ainda corroborar as teorias que apontam para o fato <strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento infantil se realizar nas interações,<br />

que objetivam não só a satisfação das necessida<strong>de</strong>s básicas, como também a construção <strong>de</strong> novas relações sociais, e que a<br />

interação criança-criança representa um espaço promotor <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, fortalecen<strong>do</strong> a idéia <strong>de</strong> que as crianças são<br />

interlocutoras ativas e protagonistas <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento. Assim, reitera-se o importante papel <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> pelas<br />

instituições <strong>de</strong> educação infantil no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantir que as interações em seu interior se pautem na qualida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong><br />

ampliar o horizonte da criança e levá-la a transcen<strong>de</strong>r sua subjetivida<strong>de</strong> e inserir-se no social.<br />

PALAVRAS-CHAVE: INTERAÇÃO CRIANÇA-CRIANÇA, MANIFESTAÇõES AFETIVAS, TEORIA WALLONIANA<br />

TÍTULO: MÚSICAS, CRIANÇAS E MULTIPLICIDADE DE SENTIDOS<br />

AUTOR(ES): SILVIA CORDEIRO NASSIF SCHROEDER, JORGE LUIZ SCHROEDER<br />

RESUMO: Esta pesquisa tem por objetivo investigar as relações <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> que as crianças pequenas constroem em<br />

relação às músicas. Para isto, partimos <strong>de</strong> duas premissas iniciais. Primeiro, tomamos a música como produção cultural, ou<br />

seja, consi<strong>de</strong>ramos que a música é, antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, um evento coletivo. Como consequência, consi<strong>de</strong>ramos que é necessário<br />

levar em conta os vários usos e funções, bem como os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perceber, interpretar e produzir músicas instala<strong>do</strong>s numa<br />

mesma coletivida<strong>de</strong>, seja ela uma socieda<strong>de</strong>, uma comunida<strong>de</strong>, um grupo ou uma classe <strong>de</strong> escola. Em segun<strong>do</strong> lugar,<br />

consi<strong>de</strong>ramos que existem várias imbricações que os senti<strong>do</strong>s musicais mantêm com outras linguagens, como é o caso<br />

da palavra, da imagem e <strong>do</strong>s movimentos, nas várias instâncias <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano (afetiva, motora, cognitiva).<br />

Com base nessas premissas, preten<strong>de</strong>mos investigar, numa primeira etapa da pesquisa <strong>de</strong> campo, como são esses varia<strong>do</strong>s<br />

senti<strong>do</strong>s musicais perpassa<strong>do</strong>s por trajetórias <strong>de</strong> produção e compreensão diferentes (preferências, gostos etc.) e, numa<br />

segunda etapa, tentaremos colecionar indícios <strong>de</strong> como os senti<strong>do</strong>s musicais vão sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>s pelas crianças pequenas<br />

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