2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Linguagens em Educação Infantil não trabalhamos apenas com a formação das crianças, mas também com a formação diária dos adultos que lidam com elas. Falar sobre o trabalho na Educação Infantil é um tanto instigante já que ao mesmo tempo trabalhamos com várias frentes, com vários objetivos. A Educação Infantil nos permite transitar pelas várias linguagens em um espaço muito curto de tempo. Pretendo falar sob o trabalho com o letramento das crianças pequenas, de como as vejo se apropriando da leitura de mundo, de como desde o berçário são leitores das situações que nós adultos preparamos para elas. Acredito na criação do hábito de leitura que podemos desenvolver desde o desprender-se das fraldas -quando as crianças levam seu livro para ler no penico- até o desenvolvimento da pseudo leitura nas crianças maiores quando “leem“ para seus pares e professores a história contada pelo adulto ou as dramatizam através de objetos ou fantoches para seus colegas. Essa construção acontece diariamente, e é pensada pelo adulto, desde a preparação do ambiente, do trabalho com a rotina, das atividades livres e dirigidas, do uso do banheiro e do parque, penso que a sala de aula deve ser um ambiente acolhedor, estimulador e enriquecedor das relações e interações, deve estimular a autonomia, o brincar, e proporcionar situações de prazer para as crianças. Pensar no espaço para as crianças pequenas é pensar no como elas leem o mundo a sua volta e como constroem o conhecimento. PRADO, Patrícia ABRAMOWICZ,Anete WAJSKOP, GISELA DEHEIZELIN,Monique BOSCO,Zelma R. PALAVRAS-CHAVE: LETRAMENTO, LEITURA DE MUNDO, INTERAÇÃO TÍTULO: BRINCADEIRA DE CRIANÇA: COMO É BOM FAZER DE CONTA, VERTER, SUBVERTER E VIRAR DO AVESSO. AUTOR(ES): MARIANGELA ALMEIDA DE FARIA RESUMO: O eixo principal deste trabalho fundamenta-se em trazer à luz algumas considerações acerca da brincadeira de faz-de-conta no desenvolvimento integral das crianças pequenas. Buscou-se direcionar a brincadeira de faz-de-conta como uma atividade fundamental para o desenvolvimento do ser em desenvolvimento. Percebemos que a maneira como uma criança brinca reflete sua forma de pensar, falar, agir e sentir. O objetivo principal da pesquisa foi compreender o papel da brincadeira de faz-de-conta no desenvolvimento das crianças pequenas, bem como a ocorrência de apropriação de situações, eventos e papéis num contexto de educação infantil. Procuramos analisar os dados com base em dois focos. São eles: apropriação de papéis sociais e estratégias de resolução de conflitos. O primeiro girou em torno dos papéis familiares nos quais as crianças trazem tanto suas experiências cotidianas vivenciadas nos seus grupos sociais, quanto suas ideias, expectativas e concepções sobre a forma como as pessoas, objetos e as ações se relacionam nesses grupos. Esses conhecimentos sociais integram-se as ações construídas e estruturadas na brincadeira de faz-de-conta sendo configurada e reconhecida pelas crianças e seus pares através da linguagem, gestos, comportamentos, cenários, artefatos, vestimentas, etc. A brincadeira de faz-de-conta possibilita às crianças apropriarem-se progressivamente do comportamento humano, no sentido de exercer esses comportamentos sociais. Elas assumem papéis referentes às posições sociais existentes na sociedade por meio da observação e da experiência interativa com o mundo dos adultos produzindo novos significados num processo interativosimbólico, de acordo com o que Corsaro (2005) chamou de reprodução interpretativa. Portanto, ao encenarem situações na brincadeira, elas interpretam-nas de forma que essas situações sejam reconfiguradas e transformadas “nas e pelas interações com seus pares e através de seus modos próprios de compreensão do mundo”. Borba (2005, p.138). O eixo central dos resultados é a diferença entre o mundo real e o mundo imaginário da brincadeira de faz-de-conta. PALAVRAS-CHAVE: BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA, CRIANÇAS PEQUENAS, DESENVOLVIMENTO TÍTULO: A MÍDIA COMO UMA DAS LINGUAGENS QUE (CON)FORMAM UMA INFÂNCIA PÓS- MODERNA QUE VAI À ESCOLA NO INÍCIO DO SÉCULO XXI AUTOR(ES): MARIANGELA MOMO RESUMO: Este estudo, de inspiração etnográfica, inscreve-se em uma pesquisa de maior amplitude, desenvolvida no campo dos Estudos Culturais, que buscou realizar uma das leituras possíveis sobre a infância contemporânea em escolas da rede pública municipal da cidade de Porto Alegre, RS, que possuíam turmas de educação infantil, evidenciando como a infância tem sido produzida, formatada e fabricada pela mídia e pelo consumo. Devido à centralidade que a mídia vem assumindo na vida dos infantis, o estudo foi realizado com o intuito de apreender a linguagem midiática presente no interior das escolas pesquisadas e refletir sobre como essa linguagem opera na conformação de determinados modos de ser criança em tempos contemporâneos. Foi possível perceber que a linguagem midiática – principalmente a televisiva – é intensamente visual configurando uma “gramática” possível de ser aprendida por crianças ainda muito pequenas. Tal linguagem se ocupa em tornar marcas e ícones infantis desconhecidos em objetos de desejo global, como o Homem-Aranha e a Barbie, compondo uma cultura amplamente aceita e compartilhada. Além disso, as crianças pareciam viver no interior das escolas o que Beatiz Sarlo denomina de “estado televisivo”. Tal estado, no caso das crianças pesquisadas inclui, além da ausência de silêncio e da ininterrupta movimentação, falar constantemente de programas televisivos, cantar e dançar os últimos lançamentos de músicas, agir com brinquedos amplamente divulgados pela mídia e se “transformar” em personagens da mídia televisiva e cinematográfica adotando, inclusive, o vocabulário próprio de alguns personagens. Penso que isso nos remete para crianças que operam ativamente sobre a linguagem midiática e, nessa ação, produzem determinadas verdades sobre si mesmas, sobre a infância e sobre os modos de ser criança em tempos contemporâneos. PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM MIDIÁTICA, INFÂNCIA PÓS-MODERNA E MÍDIA, EDUCAÇÃO INFANTIL E INFÂNCIA CONTEMPORÂNEA TÍTULO: ASSEMBLÉIA : RECURSO PARA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL AUTOR(ES): MARISLEI ZAREMBA MARTINS RESUMO: A assembléia é um importante recurso utilizado no espaço da educação infantil, a qual faz parte da rotina diária de alunos e professores. Esse espaço é também reconhecido como momento precioso em que será organizada a proposta do dia com a participação e envolvimento de todas as crianças. Esse espaço oportuniza às crianças expressarem livremente suas idéias e opiniões, relatando as novidades de seu cotidiano, discutindo as questões relacionadas à disciplina do grupo no aspecto individual e coletivo.Tendo como objetivo o desenvolvimento da oralidade, pois, durante a assembléia as crianças desenvolvem a oralidade aprendendo a ouvir e a respeitar a opinião dos colegas e estabelecendo vínculos com os mesmos. A duração da assembléia pode variar de 10 a 30 minutos aproximadamente, conforme o envolvimento das crianças em 390

Linguagens em Educação Infantil torno do assunto e a faixa etária do grupo, as crianças ficam dispostas em semi-círculo onde são trabalhados oralmente os cartazes específicos, como por exemplo: chamada, calendário, tempo, quanto somos, parabéns, etc... Este trabalho é organizado e orientado pela Coordenação de Educação Infantil do município de Ponta Grossa para todos os centros municipais de educação infantil. Com isso, os resultados obtidos no desenvolvimento da linguagem oral estão associados também às práticas realizadas no momento da rotina da instituição. PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, PEDAGOGIA FREINET, CRIANÇAS TÍTULO: A PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA VIVÊNCIA COTIDIANA AUTOR(ES): MARTA RAQUEL DE ARAÚJO LIMA, GILMARA KATAUCHI RESUMO: A partir de uma situação vivenciada no parque, de uma creche da Rede Municipal do Interior Paulista, nasceu o ‘Projeto Jardim’, através da interlocução entre as crianças de 3 a 4 anos e as professoras de duas turmas. A ideia inicial era a de cuidar do espaço do parque, limpando e fazendo um jardim. Em nossas conversas, acabou surgindo a discussão de que ‘todo jardim tem uma casa’, e ‘toda casa tem um jardim’. Assim, lembramos da história ‘As Três Partes’, na qual, no final, uma casa ganha um jardim. Concomitantemente, tivemos na escola uma passeata do Meio Ambiente, que fazia parte do projeto pedagógico da Unidade. Assim, trabalhamos com materiais reutilizáveis e recicláveis, o que deu origem e sentido à construção de uma casa com caixas de leite longa vida, parte essencial de nossa História. O projeto, como um todo, trabalhou com a preservação da natureza e do meio em que vivemos, do cuidado e da atenção necessários para podermos ter uma vida e um espaço mais agradáveis à nossa sobrevivência. A confecção da casa foi o produto final do Projeto, e levantou três pontos relevantes para observação e discussão: o espaço que uma produção tridimensional tem nas Unidades Escolares de Educação Infantil, a visão que os outros profissionais que trabalham na escola têm sobre um trabalho desta natureza, e, por fim, a repercussão que o trabalho teve no contexto social das crianças e no cotidiano do bairro, da comunidade e das famílias em que nela se inserem. PALAVRAS-CHAVE: VALORIZAÇÃO DA CRIANÇA, ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, PRESERVAÇÃO DA NATUREZA SESSÃO - LINGUAGENS EM EDUCAÇÃO INFANTIL 19 DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Faculdade de Educação - FE - SALA: LL 02 TÍTULO: A LINGUAGEM DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS AUTOR(ES): MARTA REGINA FURLAN DE OLIVEIRA RESUMO: O presente ensaio teórico é conseqüência da inquietação enquanto pesquisadora da infância e, por acreditar que a criança deve ser valorizada em sua subjetividade, é que se justifica essa reflexão. Tem como objetivo analisar a linguagem do brincar na educação infantil tecendo um olhar para a criança deficiente enquanto sujeito único que lê e vê o mundo de maneira individual e singular. Além disso, não menos importante, analisar como a prática de mediação do professor de educação infantil enquanto mediador na constituição da individualidade da criança através da linguagem do brincar, contribuindo para o processo de formação do pensamento e aprendizagem das crianças. Sabe-se, contudo, que o maior compromisso nesse trabalho não restringe necessariamente a aquisição do brinquedo ou jogo mais sofisticado, tão pouco, essa aquisição precisa ser através de um alto investimento financeiro. Destarte, a maior contribuição nessa temática consiste na metodologia de trabalho e no processo de interação durante o momento do brincar: o diálogo, a relação afetiva entre crianças e criança e educador, o compromisso ético e pedagógico do professor para a aprendizagem da criança com necessidades educativas especiais, a valorização do aluno enquanto ser único, singular que tem uma subjetividade e que expressa ao seu modo todas as leituras do mundo. O desafio colocado é pensar na aprendizagem por meio de jogos e brincadeiras a fim de contribuir para o desenvolvimento integral da criança com necessidades educativas especiais, tendo como objetivo maior a busca de uma melhor formação nos aspectos: sociais, afetivos, físicos, psicomotores e cognitivos. PALAVRAS-CHAVE: BRINCAR, CRIANÇA , EDUCAÇÃO ESPECIAL TÍTULO: “A EXPRESSÃO RETA NÃO SONHA”: A INFÂNCIA NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS DA TURMA DA MÔNICA AUTOR(ES): MARTA REGINA PAULO DA SILVA RESUMO: Este trabalho, de natureza teórica, é parte da pesquisa de doutorado, em andamento, intitulada, até este momento, “As crianças em... culturas infantis e histórias em quadrinhos: as relações de gênero nos quadrinhos da Turma da Mônica”. Inspirado no poema “As lições de R.Q.” de Manoel de Barros, pretende “transver” as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica no intuito de problematizar a concepção de infância presente nas mesmas, visto ser esta uma das poucas, senão únicas, histórias em quadrinhos presentes no cotidiano das escolas de educação infantil, justificada tal presença pelas professoras por essas histórias apresentarem conteúdos próximos à realidade das crianças brasileiras. Demonstra, a partir de um diálogo com autores como Walter Benjamim, Willian Corsaro, Paulo Freire, Giorgio Agamben, Waldomiro Vergueiro, entre outros(as), como os quadrinhos da Turma da Mônica retratam personagens e temas que desconsideram as particularidades locais e regionais e, com isto, as diferentes infâncias e suas produções culturais, imprimindo certo modelo do que é ser menino e menina em nossa sociedade. Conclui com a necessidade de “enxada às costas cavar achadouros de infâncias” junto à e com as crianças a fim de compreender como estas se apropriam, interpretam e recriam os conteúdos destas histórias constituindo assim suas próprias culturas. PALAVRAS-CHAVE: CULTURAS INFANTIS, HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, EDUCAÇÃO INFANTIL 391

Linguagens em Educação Infantil<br />

torno <strong>do</strong> assunto e a faixa etária <strong>do</strong> grupo, as crianças ficam dispostas em semi-círculo on<strong>de</strong> são trabalha<strong>do</strong>s oralmente os<br />

cartazes específicos, como por exemplo: chamada, calendário, tempo, quanto somos, parabéns, etc... Este trabalho é organiza<strong>do</strong><br />

e orienta<strong>do</strong> pela Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Educação Infantil <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Ponta Grossa para to<strong>do</strong>s os centros municipais<br />

<strong>de</strong> educação infantil. Com isso, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento da linguagem oral estão associa<strong>do</strong>s também às<br />

práticas realizadas no momento da rotina da instituição.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, PEDAGOGIA FREINET, CRIANÇAS<br />

TÍTULO: A PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA VIVÊNCIA COTIDIANA<br />

AUTOR(ES): MARTA RAQUEL DE ARAÚJO LIMA, GILMARA KATAUCHI<br />

RESUMO: A partir <strong>de</strong> uma situação vivenciada no parque, <strong>de</strong> uma creche da Re<strong>de</strong> Municipal <strong>do</strong> Interior Paulista, nasceu<br />

o ‘Projeto Jardim’, através da interlocução entre as crianças <strong>de</strong> 3 a 4 anos e as professoras <strong>de</strong> duas turmas. A i<strong>de</strong>ia inicial<br />

era a <strong>de</strong> cuidar <strong>do</strong> espaço <strong>do</strong> parque, limpan<strong>do</strong> e fazen<strong>do</strong> um jardim. Em nossas conversas, acabou surgin<strong>do</strong> a discussão<br />

<strong>de</strong> que ‘to<strong>do</strong> jardim tem uma casa’, e ‘toda casa tem um jardim’. Assim, lembramos da história ‘As Três Partes’, na qual, no<br />

final, uma casa ganha um jardim. Concomitantemente, tivemos na escola uma passeata <strong>do</strong> Meio Ambiente, que fazia parte<br />

<strong>do</strong> projeto pedagógico da Unida<strong>de</strong>. Assim, trabalhamos com materiais reutilizáveis e recicláveis, o que <strong>de</strong>u origem e senti<strong>do</strong><br />

à construção <strong>de</strong> uma casa com caixas <strong>de</strong> leite longa vida, parte essencial <strong>de</strong> nossa História. O projeto, como um to<strong>do</strong>, trabalhou<br />

com a preservação da natureza e <strong>do</strong> meio em que vivemos, <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> e da atenção necessários para po<strong>de</strong>rmos ter<br />

uma vida e um espaço mais agradáveis à nossa sobrevivência. A confecção da casa foi o produto final <strong>do</strong> Projeto, e levantou<br />

três pontos relevantes para observação e discussão: o espaço que uma produção tridimensional tem nas Unida<strong>de</strong>s Escolares<br />

<strong>de</strong> Educação Infantil, a visão que os outros profissionais que trabalham na escola têm sobre um trabalho <strong>de</strong>sta natureza, e,<br />

por fim, a repercussão que o trabalho teve no contexto social das crianças e no cotidiano <strong>do</strong> bairro, da comunida<strong>de</strong> e das<br />

famílias em que nela se inserem.<br />

PALAVRAS-CHAVE: VALORIZAÇÃO DA CRIANÇA, ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL, PRESERVAÇÃO DA<br />

NATUREZA<br />

SESSÃO - LINGUAGENS EM EDUCAÇÃO INFANTIL 19<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação - FE - SALA: LL 02<br />

TÍTULO: A LINGUAGEM DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A SUBJETIVIDADE DA<br />

CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS<br />

AUTOR(ES): MARTA REGINA FURLAN DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: O presente ensaio teórico é conseqüência da inquietação enquanto pesquisa<strong>do</strong>ra da infância e, por acreditar<br />

que a criança <strong>de</strong>ve ser valorizada em sua subjetivida<strong>de</strong>, é que se justifica essa reflexão. Tem como objetivo analisar a linguagem<br />

<strong>do</strong> brincar na educação infantil tecen<strong>do</strong> um olhar para a criança <strong>de</strong>ficiente enquanto sujeito único que lê e vê o mun<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> maneira individual e singular. Além disso, não menos importante, analisar como a prática <strong>de</strong> mediação <strong>do</strong> professor<br />

<strong>de</strong> educação infantil enquanto media<strong>do</strong>r na constituição da individualida<strong>de</strong> da criança através da linguagem <strong>do</strong> brincar,<br />

contribuin<strong>do</strong> para o processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> pensamento e aprendizagem das crianças. Sabe-se, contu<strong>do</strong>, que o maior<br />

compromisso nesse trabalho não restringe necessariamente a aquisição <strong>do</strong> brinque<strong>do</strong> ou jogo mais sofistica<strong>do</strong>, tão pouco,<br />

essa aquisição precisa ser através <strong>de</strong> um alto investimento financeiro. Destarte, a maior contribuição nessa temática consiste<br />

na meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> trabalho e no processo <strong>de</strong> interação durante o momento <strong>do</strong> brincar: o diálogo, a relação afetiva entre<br />

crianças e criança e educa<strong>do</strong>r, o compromisso ético e pedagógico <strong>do</strong> professor para a aprendizagem da criança com necessida<strong>de</strong>s<br />

educativas especiais, a valorização <strong>do</strong> aluno enquanto ser único, singular que tem uma subjetivida<strong>de</strong> e que expressa<br />

ao seu mo<strong>do</strong> todas as leituras <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O <strong>de</strong>safio coloca<strong>do</strong> é pensar na aprendizagem por meio <strong>de</strong> jogos e brinca<strong>de</strong>iras a<br />

fim <strong>de</strong> contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento integral da criança com necessida<strong>de</strong>s educativas especiais, ten<strong>do</strong> como objetivo<br />

maior a busca <strong>de</strong> uma melhor formação nos aspectos: sociais, afetivos, físicos, psicomotores e cognitivos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: BRINCAR, CRIANÇA , EDUCAÇÃO ESPECIAL<br />

TÍTULO: “A EXPRESSÃO RETA NÃO SONHA”: A INFÂNCIA NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS<br />

DA TURMA DA MÔNICA<br />

AUTOR(ES): MARTA REGINA PAULO DA SILVA<br />

RESUMO: Este trabalho, <strong>de</strong> natureza teórica, é parte da pesquisa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, em andamento, intitulada, até este momento,<br />

“As crianças em... culturas infantis e histórias em quadrinhos: as relações <strong>de</strong> gênero nos quadrinhos da Turma da<br />

Mônica”. Inspira<strong>do</strong> no poema “As lições <strong>de</strong> R.Q.” <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Barros, preten<strong>de</strong> “transver” as histórias em quadrinhos da<br />

Turma da Mônica no intuito <strong>de</strong> problematizar a concepção <strong>de</strong> infância presente nas mesmas, visto ser esta uma das poucas,<br />

senão únicas, histórias em quadrinhos presentes no cotidiano das escolas <strong>de</strong> educação infantil, justificada tal presença<br />

pelas professoras por essas histórias apresentarem conteú<strong>do</strong>s próximos à realida<strong>de</strong> das crianças brasileiras. Demonstra, a<br />

partir <strong>de</strong> um diálogo com autores como Walter Benjamim, Willian Corsaro, Paulo Freire, Giorgio Agamben, Wal<strong>do</strong>miro<br />

Vergueiro, entre outros(as), como os quadrinhos da Turma da Mônica retratam personagens e temas que <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ram as<br />

particularida<strong>de</strong>s locais e regionais e, com isto, as diferentes infâncias e suas produções culturais, imprimin<strong>do</strong> certo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>do</strong> que é ser menino e menina em nossa socieda<strong>de</strong>. Conclui com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “enxada às costas cavar acha<strong>do</strong>uros <strong>de</strong><br />

infâncias” junto à e com as crianças a fim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como estas se apropriam, interpretam e recriam os conteú<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>stas histórias constituin<strong>do</strong> assim suas próprias culturas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CULTURAS INFANTIS, HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

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