2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Linguagens em Educação Infantil como fonte de investigação planos, programas e projetos, a Revista Criança e entrevistas com profissionais que à época atuavam no Mobral. Qualquer sociedade atribui funções às instituições de educação e ensino. Não é diferente com a sociedade capitalista. Nessa, por ser dividida em classes sociais antagônicas, a camada dominante reserva-se o direito de interferir na distribuição do saber, destinando às camadas ditas subalternas a fatia de conhecimento que garanta aos primeiros, poder e riqueza. O Programa de Educação Pré-escolar implantado pelo Mobral tinha como público alvo as crianças de baixa renda na faixa etária de 4 a 6 anos de idade, portanto, nessa perspectiva indica-se o monitor que possuíam pouca ou nenhuma escolarização específica para o exercício do magistério para desenvolver as atividades junto às crianças. A formação adotada tem como parâmetro orientações bem detalhadas sobre o fazer pedagógico, mais precisamente como fazer. Tais indicadores integram a matriz teórica da pedagogia liberal tecnicista, que, aliás, predominou no período da ditadura militar e que no início dos anos 1980 começou a ser questionada. Tal pedagogia fundamenta-se no liberalismo que tem como princípios básicos: o individualismo, a liberdade, a propriedade e a democracia. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO, MONITOR, PEDAGOGIA TECNICISTA SESSÃO - LINGUAGENS EM EDUCAÇÃO INFANTIL 4 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Faculdade de Educação - FE - SALA: LL 02 TÍTULO: JOGOS DRAMÁTICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O TRABALHO DOCENTE: PROPOSTAS DE OFICINAS E PROTOCOLOS DE ATIVIDADES. AUTOR(ES): ANA PAULA CORDEIRO RESUMO: A presente pesquisa teve como objetivo analisar e avaliar a importância dos aspectos lúdicos ligados aos jogos dramáticos, à improvisação e ao movimento no processo de desenvolvimento da criança pré- escolar junto a professores de educação infantil da rede pública municipal, em formação inicial e continuada, da cidade de Marília- SP. Por meio de oficinas de jogos dramáticos e de avaliações escritas dos participantes, denominadas “protocolos de atividades“, avaliamos a importância do trabalho com a expressão dramática para o desenvolvimento dos processos criativos das crianças. Os professores participaram das oficinas de jogos dramáticos propostas, improvisaram e criaram cenas coletivas que foram apresentadas a todos. Elaboraram os protocolos de atividades e os apresentaram aos seus pares para discussão e análise do trabalho desenvolvido. Os protocolos tinham duas partes: uma descritiva, na qual as atividades eram apresentadas e comentadas e outra, mais subjetiva, na qual cada um poderia expressar sentimentos e emoções advindos do trabalho realizado de forma livre, criando textos, poemas, desenhos, colagens, etc. Desta forma, diferentes linguagens artísticas foram utilizadas nos momentos de avaliação das atividades desenvolvidas nas oficinas. Utilizamo-nos nesta pesquisa dos pressupostos metodológicos da pesquisa- ação. As anotações em diários de pesquisa relacionadas à observação sistemática e participante das oficinas, bem como os protocolos de atividades dos participantes, constituíram-se em nosso principal material de análise. Os resultados desta pesquisa indicam que as linguagens artísticas não são devidamente trabalhadas nos cursos de formação de professores, mas há, por parte destes profissionais, o desejo de conhecer mais sobre essas linguagens, principalmente a teatral, e avaliar os benefícios que o teatro, trabalhado por meio do jogo, pode trazer ao desenvolvimento infantil. PALAVRAS-CHAVE: JOGO DRAMÁTICO, CRIANÇA, EDUCAÇÃO INFANTIL TÍTULO: ARTE E CULTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL AUTOR(ES): ANA VOLUSIA VIEIRA DE ALMEIDA RODRIGUES SILVA , ÂNGELA CAROLINA GALLANI ZAIA, DÉBORA REGINA FARIA HONDA, MARIA JOANA DE OLIVEIRA SOUZA, ROSANA IZILDA CEOTTO DE SOUZA RESUMO: Arte e Cultura na Educação Infantil O contato com as diversas modalidades artísticas é de grande importância para o ser humano desde a infância. Através da produção artística compartilhamos a historia universal, a cultura, produzida pela humanidade através dos tempos. Num mundo pleno de imagens visuais que exige a formação de sujeitos capazes de ler e ter posturas críticas em relação ao que está ao seu redor, as crianças dos agrupamentos I e II do Cemei São Francisco de Assis foram incentivadas à descoberta desta forma de leitura: com figuras e não necessariamente com letras. O trabalho foi desenvolvido a partir do conto de histórias, exploração de imagens, observação e produção de obras de arte, com o objetivo de desenvolver a criatividade, estimular a sensibilidade estética e incentivar a leitura do mundo, apropriando–se, assim, da produção da cultura na qual está inserida. Quando a criança produz ou aprecia obras de arte desenvolve sua percepção e imaginação, dois recursos indispensáveis para compreender outras áreas do conhecimento Durante o projeto “Pintando o Sete”, foram apresentadas diferentes técnicas de desenho e pintura com o uso de diversos materiais que possibilitaram a criação. Desse modo, as atividades permitiram explorar as diferentes linguagens, a expressão, a comunicação de sentimentos, idéias, emoções e a interação entre todos. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO INFANTIL, LEITURA DE IMAGENS, CRIATIVIDADE TÍTULO: A HISTÓRIA QUE CONTEI:APRENDIZAGEM A PARTIR DO OLHAR INFANTIL AUTOR(ES): ANDREA EVARISTO MACEDO DE PAULO RESUMO: A história que contei: Aprendizagem a partir do olhar infantil. Andrea Evaristo Macedo de Paulo, cemei Amélio Rossin Campinas/SP Esta comunicação visa apresentar o trabalho desenvolvido em uma escola de educação infantil, com crianças de 5 e 6 anos. A partir da observação das crianças no espaço externo da escola, sobre possíveis animais presentes, realizou-se uma proposta pedagógica para o ano todo. Aqui observamos bichos conhecidos, aprendemos sobre eles e outros que geralmente não são citados no cotidiano escolar como flamingo, aleluia, entre outros. Um filhote de galinha japonesa também esteve presente “peludinho”. Realizamos a pesquisa,registramos,desenhamos, fizemos artesanato, 368

Linguagens em Educação Infantil cantamos,visitamos zoológico, confeccionamos um livro do A ao Z com muito conhecimento significativo. No decorrer dos estudos sobre os animais, criou-se um dado com imagens retiradas de revistas com personagens da literatura infantil: bruxa, fada, castelo e animais. Esse auxiliou na imaginação das crianças em criarem uma história. E o registro dessa história transformou-se em mais um livro: “A historia que contei”. Embasaram os nossos trabalhos, estudos histórico-culturais do desenvolvimento infantil (Smolka, Vigotisky, Marcelino) dando importância na interação do pensamento, no cognitivo e o lúdico, além de Reggio Emilia que valorizam as múltiplas linguagens dando ênfase na construção do aprendizado com significado. PALAVRAS-CHAVE: OLHAR DA CRIANÇA,HISTÓRIA, DADO,IMAGINAÇÃO,CRIANÇÃO, SIGNIFICADO,LIVRO TÍTULO: INFLUÊNCIA DA CORPOREIDADE NA CONSTRUÇÃO DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA DE CRIANÇAS NAS SÉRIES INICIAS. AUTOR(ES): ANDRESA CRISTINA DAMACENO LIBERALI RESUMO: A intenção desta pesquisa é mostrar a importância da corporeidade no processo de aquisição da leitura e escrita, pois se observa que a escola, ao tentar conter a expressividade do movimento infantil para manutenção da ordem e da disciplina, faz com que a criança passe a ver o ambiente escolar como um lugar castrador que não promove encontros de aprendizagem pela via da ludicidade e do movimento espontâneo. Contudo, trabalhar os esquemas corporais na infância é fundamental, considerando que não existe um ser que aprende cognitivamente e outro que age fisicamente. Pretende-se apresentar uma proposta de alfabetização lúdica e corporal, entendendo-se que alunos de séries iniciais são brincantes, ou seja, mormente lúdicos. Investigar qual o papel do corpo na educação infantil, quais suas interações com a aquisição da leitura e escrita, acreditando que a criança deva trabalhar sistematicamente o esquema corporal e suas implicações, poderá facilitar a decodificação dos símbolos, na leitura e na escrita, ou seja, com a intermediação do corpo, diminuindo conflitos com letras p/b, w/m, q/p, letras que gramaticalmente vem antes de p e b, números como, 6/9, 12/21, E/3, enfim, pretende-se apresentar opções metodológicas que poderão acrescentar no cotidiano do professor de sala de aula. Como metodologia, o estudo visa à observação de crianças de 6 anos de idade, onde far-se-á uma comparação entre duas escolas que abordam metodologias diferentes em seus processos de alfabetização infantil, ou seja, instituições que utilizam o jogo e o corpo, e uma outra escola que nega o movimento como meio de contribuição da construção do conhecimento. Pretendese concluir ao final dessa pesquisa que é relevante a presença dos esquemas corporais a partir do uso de atividades lúdicas no processo da construção do conhecimento de crianças de séries iniciais. PALAVRAS-CHAVE: CORPOREIDADE, CRIANÇA, LEITURA TÍTULO: O DIALOGISMO NA INSTALAÇÃO DA FUNÇÃO EPILINGUÍSTICA NA CRIANÇA AUTOR(ES): ANDRESSA CRISTINA COUTINHO BARBOZA RESUMO: Durante o processo de aquisição de linguagem, a criança exercita a construção de objetos lingüísticos cada vez mais complexos e faz hipóteses relativas à estrutura da língua. A ação do sujeito de retroagir sobre a própria linguagem é chamada por Franchi (1988, p. 36) de atividade epilinguística, compreendida como uma “prática que opera sobre a própria linguagem, compara as expressões, transforma-as, experimenta novos modos de construção canônicos ou não, brinca com a linguagem, investe as formas lingüísticas de novas significações”. A capacidade de exercer a atividade epilinguística instalase em um momento relativamente tardio da aquisição da linguagem, uma vez que é dependente da inserção da criança em uma comunidade linguística onde ela pode engajar-se em uma interação dialógica. Diante da importância dessa interação na etapa de aquisição da linguagem, pretendemos investigar como o adulto colabora com a instalação da função epilinguística na criança, por meio da análise de narrativas produzidas por crianças em situação de tutela, ou seja, em uma situação comunicativa mediada pelo adulto. O corpus desta pesquisa constitui-se de vinte e duas narrativas orais produzidas por crianças de cinco anos em situação de tutela (atividade mediada pelo adulto pesquisador), a partir do reconto de histórias infantis apenas ilustradas. Até o momento, pudemos verificar que a atividade epilinguística torna-se presente no texto oral infantil no momento em que a criança assume a posição de um locutor que concorda com a tarefa que lhe foi proposta pelo adulto e, colaborativamente, elabora estratégias de composição textual com o objetivo de garantir a compreensão do seu enunciatário. PALAVRAS-CHAVE: AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM, ATIVIDADE EPILINGUÍSTICA, TUTELA SESSÃO - LINGUAGENS EM EDUCAÇÃO INFANTIL 5 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Faculdade de Educação - FE - SALA: LL 08 TÍTULO: DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E O GOVERNAMENTO DA INFÂNCIA. AUTOR(ES): ANILDE TOMBOLATO TAVARES DA SILVA RESUMO: Esta comunicação visa compartilhar os resultados parciais de uma pesquisa em andamento realizada pelo GEPEI- Grupo de Estudos e pesquisas em Educação e Infância- intitulada “Infância, Experiência e Infantilização do Trabalho Docente” e pretende apontar alguns aspectos considerados fundamentais para poder pensar a função de educador de crianças pequenas na atualidade, que se apresenta tão conturbada. Dentre eles, o de refletir sobre os aspectos do trabalho cotidiano das escolas de Educação Infantil, principalmente no que se considera um processo de aprisionamento das crianças dentro destes espaços. São questões que envolvem as relações entre infância e poder, especialmente quando nos referimos às contradições presentes nos conceitos fabricados pelos discursos proferidos no âmbito do saber pedagógico e nas práticas produzidas no âmbito escolar. Partindo do pressuposto que as concepções sobre a infância são reflexos da sua realidade histórico-social e os discursos que se enunciam sobre ela têm orientado as práticas de atenção, de criação e 369

Linguagens em Educação Infantil<br />

cantamos,visitamos zoológico, confeccionamos um livro <strong>do</strong> A ao Z com muito conhecimento significativo. No <strong>de</strong>correr<br />

<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre os animais, criou-se um da<strong>do</strong> com imagens retiradas <strong>de</strong> revistas com personagens da literatura infantil:<br />

bruxa, fada, castelo e animais. Esse auxiliou na imaginação das crianças em criarem uma história. E o registro <strong>de</strong>ssa história<br />

transformou-se em mais um livro: “A historia que contei”. Embasaram os nossos trabalhos, estu<strong>do</strong>s histórico-culturais <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento infantil (Smolka, Vigotisky, Marcelino) dan<strong>do</strong> importância na interação <strong>do</strong> pensamento, no cognitivo e<br />

o lúdico, além <strong>de</strong> Reggio Emilia que valorizam as múltiplas linguagens dan<strong>do</strong> ênfase na construção <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> com<br />

significa<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: OLHAR DA CRIANÇA,HISTÓRIA, DADO,IMAGINAÇÃO,CRIANÇÃO, SIGNIFICADO,LIVRO<br />

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA CORPOREIDADE NA CONSTRUÇÃO DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM<br />

ORAL E ESCRITA DE CRIANÇAS NAS SÉRIES INICIAS.<br />

AUTOR(ES): ANDRESA CRISTINA DAMACENO LIBERALI<br />

RESUMO: A intenção <strong>de</strong>sta pesquisa é mostrar a importância da corporeida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> aquisição da leitura e<br />

escrita, pois se observa que a escola, ao tentar conter a expressivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> movimento infantil para manutenção da or<strong>de</strong>m e<br />

da disciplina, faz com que a criança passe a ver o ambiente escolar como um lugar castra<strong>do</strong>r que não promove encontros<br />

<strong>de</strong> aprendizagem pela via da ludicida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> movimento espontâneo. Contu<strong>do</strong>, trabalhar os esquemas corporais na infância<br />

é fundamental, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que não existe um ser que apren<strong>de</strong> cognitivamente e outro que age fisicamente. Preten<strong>de</strong>-se<br />

apresentar uma proposta <strong>de</strong> alfabetização lúdica e corporal, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se que alunos <strong>de</strong> séries iniciais são brincantes, ou<br />

seja, mormente lúdicos. Investigar qual o papel <strong>do</strong> corpo na educação infantil, quais suas interações com a aquisição da<br />

leitura e escrita, acreditan<strong>do</strong> que a criança <strong>de</strong>va trabalhar sistematicamente o esquema corporal e suas implicações, po<strong>de</strong>rá<br />

facilitar a <strong>de</strong>codificação <strong>do</strong>s símbolos, na leitura e na escrita, ou seja, com a intermediação <strong>do</strong> corpo, diminuin<strong>do</strong> conflitos<br />

com letras p/b, w/m, q/p, letras que gramaticalmente vem antes <strong>de</strong> p e b, números como, 6/9, 12/21, E/3, enfim,<br />

preten<strong>de</strong>-se apresentar opções meto<strong>do</strong>lógicas que po<strong>de</strong>rão acrescentar no cotidiano <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula. Como<br />

meto<strong>do</strong>logia, o estu<strong>do</strong> visa à observação <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> far-se-á uma comparação entre duas escolas<br />

que abordam meto<strong>do</strong>logias diferentes em seus processos <strong>de</strong> alfabetização infantil, ou seja, instituições que utilizam o jogo e<br />

o corpo, e uma outra escola que nega o movimento como meio <strong>de</strong> contribuição da construção <strong>do</strong> conhecimento. Preten<strong>de</strong>se<br />

concluir ao final <strong>de</strong>ssa pesquisa que é relevante a presença <strong>do</strong>s esquemas corporais a partir <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s lúdicas<br />

no processo da construção <strong>do</strong> conhecimento <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> séries iniciais.<br />

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TÍTULO: O DIALOGISMO NA INSTALAÇÃO DA FUNÇÃO EPILINGUÍSTICA NA CRIANÇA<br />

AUTOR(ES): ANDRESSA CRISTINA COUTINHO BARBOZA<br />

RESUMO: Durante o processo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> linguagem, a criança exercita a construção <strong>de</strong> objetos lingüísticos cada vez<br />

mais complexos e faz hipóteses relativas à estrutura da língua. A ação <strong>do</strong> sujeito <strong>de</strong> retroagir sobre a própria linguagem é<br />

chamada por Franchi (1988, p. 36) <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> epilinguística, compreendida como uma “prática que opera sobre a própria<br />

linguagem, compara as expressões, transforma-as, experimenta novos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> construção canônicos ou não, brinca com<br />

a linguagem, investe as formas lingüísticas <strong>de</strong> novas significações”. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercer a ativida<strong>de</strong> epilinguística instalase<br />

em um momento relativamente tardio da aquisição da linguagem, uma vez que é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da inserção da criança em<br />

uma comunida<strong>de</strong> linguística on<strong>de</strong> ela po<strong>de</strong> engajar-se em uma interação dialógica. Diante da importância <strong>de</strong>ssa interação<br />

na etapa <strong>de</strong> aquisição da linguagem, preten<strong>de</strong>mos investigar como o adulto colabora com a instalação da função epilinguística<br />

na criança, por meio da análise <strong>de</strong> narrativas produzidas por crianças em situação <strong>de</strong> tutela, ou seja, em uma situação<br />

comunicativa mediada pelo adulto. O corpus <strong>de</strong>sta pesquisa constitui-se <strong>de</strong> vinte e duas narrativas orais produzidas por<br />

crianças <strong>de</strong> cinco anos em situação <strong>de</strong> tutela (ativida<strong>de</strong> mediada pelo adulto pesquisa<strong>do</strong>r), a partir <strong>do</strong> reconto <strong>de</strong> histórias<br />

infantis apenas ilustradas. Até o momento, pu<strong>de</strong>mos verificar que a ativida<strong>de</strong> epilinguística torna-se presente no texto oral<br />

infantil no momento em que a criança assume a posição <strong>de</strong> um locutor que concorda com a tarefa que lhe foi proposta<br />

pelo adulto e, colaborativamente, elabora estratégias <strong>de</strong> composição textual com o objetivo <strong>de</strong> garantir a compreensão <strong>do</strong><br />

seu enunciatário.<br />

PALAVRAS-CHAVE: AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM, ATIVIDADE EPILINGUÍSTICA, TUTELA<br />

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DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação - FE - SALA: LL 08<br />

TÍTULO: DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E O GOVERNAMENTO DA INFÂNCIA.<br />

AUTOR(ES): ANILDE TOMBOLATO TAVARES DA SILVA<br />

RESUMO: Esta comunicação visa compartilhar os resulta<strong>do</strong>s parciais <strong>de</strong> uma pesquisa em andamento realizada pelo<br />

GEPEI- Grupo <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e pesquisas em Educação e Infância- intitulada “Infância, Experiência e Infantilização <strong>do</strong> Trabalho<br />

Docente” e preten<strong>de</strong> apontar alguns aspectos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fundamentais para po<strong>de</strong>r pensar a função <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> crianças pequenas na atualida<strong>de</strong>, que se apresenta tão conturbada. Dentre eles, o <strong>de</strong> refletir sobre os aspectos <strong>do</strong> trabalho<br />

cotidiano das escolas <strong>de</strong> Educação Infantil, principalmente no que se consi<strong>de</strong>ra um processo <strong>de</strong> aprisionamento das<br />

crianças <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stes espaços. São questões que envolvem as relações entre infância e po<strong>de</strong>r, especialmente quan<strong>do</strong> nos<br />

referimos às contradições presentes nos conceitos fabrica<strong>do</strong>s pelos discursos proferi<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> saber pedagógico<br />

e nas práticas produzidas no âmbito escolar. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> pressuposto que as concepções sobre a infância são reflexos da<br />

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