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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Letramento e Alfabetização<br />

uma escola municipal <strong>de</strong> Cascavel-PR. A coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s envolveu a observação semanal, o acompanhamento das aulas,<br />

registro em ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> campo durante <strong>do</strong>is anos (novembro <strong>de</strong> 2003/2005) e observação esporádica, conversas informais,<br />

entrevistas (2006/2007). Para subsidiar o trabalho investigativo foram conduzidas reflexões sobre: o professor alfabetiza<strong>do</strong>r<br />

(Soares, 2004; Gue<strong>de</strong>s-Pinto, 2002); o tempo como or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e regula<strong>do</strong>r das ativida<strong>de</strong>s sociais (Elias, 1998); o ensino<br />

e as astúcias <strong>de</strong> uma professora para organizar, distribuir, enca<strong>de</strong>ar; ritmar e criar o tempo oportuno (Heller, 1992; Certeau,<br />

1994) e Vigostki (1994, 2000), para possibilitar a compreensão <strong>de</strong> apropriação e aprendiza<strong>do</strong>. O <strong>do</strong>cente trabalha <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma organização temporal e apren<strong>de</strong>r a relacionar-se com ela consiste em um <strong>do</strong>s elementos constitutivos <strong>de</strong> sua trajetória<br />

profissional. A professora em compromisso com os alunos sobre o ensino <strong>do</strong> conhecimento sistematiza<strong>do</strong>, <strong>de</strong>stina um<br />

tempo cronológico maior reinventan<strong>do</strong> formas <strong>de</strong> distribuição e enca<strong>de</strong>amento <strong>do</strong> tempo escolar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada aos<br />

seus objetivos e aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as características e heterogeneida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s alunos. O tempo “essa categoria abstrata em nós entranhada,<br />

se faz visível nas marcas (...) o tempo nos constitui” (Fontana, 2003) integra-se por mediação e apropriação à personalida<strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lan<strong>do</strong> complexos processos <strong>de</strong> sincronização, planejamento, mediação e encaixe temporal das ativida<strong>de</strong>s<br />

sociais. Assim na busca <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r alfabetiza<strong>do</strong>ras experientes indicamos que a a<strong>de</strong>são a “nova” uma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong><br />

alfabetização (ou a a<strong>de</strong>são a um novo discurso acadêmico sobre alfabetização e letramento) não significa, na prática, abrir<br />

mão <strong>de</strong> outra, elas convivem como não exclu<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mesma história <strong>de</strong> formação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALFABETIZAÇÃO, MEDIAÇÃO, TEMPO<br />

TÍTULO: DIFERENTES TEXTOS E (CON)TEXTOS NA ALFABETIZAÇÃO<br />

AUTOR(ES): FLÁVIA FERREIRA DE CASTILHO, VALÉRIA MONÇAO VASCONCELLOS<br />

RESUMO: Este trabalho busca refletir sobre a importância <strong>do</strong> gênero textual poesia na prática <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong>senvolvida,<br />

sobretu<strong>do</strong>, com crianças. Nas últimas décadas, com o avanço das pesquisas no campo da alfabetização/letramento,<br />

<strong>de</strong>scobrimos que a aprendizagem da língua não é uma questão <strong>de</strong> memória, mas <strong>de</strong> cognição e que a escrita é um objeto da<br />

cultura, e não um produto escolar. As contribuições oriundas <strong>do</strong> campo da psicologia, sobretu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Emilia Ferreiro, provocaram<br />

importantes mudanças paradigmáticas no campo da alfabetização, mas concordamos com Magda Soares quan<strong>do</strong><br />

afirma que, ao se privilegiar a faceta psicológica da alfabetização, obscureceu-se sua faceta lingüística – fonética e fonológica.<br />

Para Soares (2004) é preciso reinventar a alfabetização retoman<strong>do</strong> sua especificida<strong>de</strong> lingüística, sem que isso represente<br />

um retorno aos méto<strong>do</strong>s tradicionais, e <strong>de</strong>stacar a importância <strong>de</strong> que esta se <strong>de</strong>senvolva num contexto <strong>de</strong> letramento.<br />

Acreditamos que esta especificida<strong>de</strong> da alfabetização po<strong>de</strong> ser retomada/explorada com textos da cultura em que está<br />

inserida a criança, <strong>de</strong> varia<strong>do</strong>s gêneros, como as histórias infantis, lendas, parlendas, quadrinhas, histórias em quadrinhos<br />

<strong>de</strong>ntre outros e, <strong>de</strong>stacamos como fundamental, o trabalho com os textos que possibilitem a exploração das rimas. A partir<br />

<strong>de</strong>sta perspectiva objetivamos <strong>de</strong>senvolver em nossos alunos o gosto pela leitura e escrita em uma articulação dinâmica<br />

possibilitan<strong>do</strong>-os <strong>de</strong>scobrir não só as regras <strong>do</strong> funcionamento da escrita, mas sua função social.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, (CON) TEXTOS<br />

TÍTULO: LEITURA E LETRAMENTO NA ESCOLA: REFLEXõES E PROPOSTAS<br />

AUTOR(ES): FLÁVIA FERREIRA DE PAULA<br />

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir o ensino <strong>de</strong> leitura e letramento na escola com base no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> especialistas<br />

na área, tais como Azeve<strong>do</strong> (2004), Fernan<strong>de</strong>s (2007a, 2007b), Fiorin (2007), Freire (2000), Kato (1995), Kleiman<br />

(2002a, 2002b, 2005), Lajolo (2007), Leffa (1996), Scholze & Rosing (2007), Soares (2003, 2004), Solé (1998), entre outros.<br />

A pesquisa parte <strong>de</strong> uma reflexão sobre a importância <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> ler na socieda<strong>de</strong> atual e uma discussão sobre resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

importantes exames <strong>de</strong> proficiência (PISA, SAEB) e pesquisa (INAF) em Língua Portuguesa e leitura no <strong>Brasil</strong> nos últimos<br />

anos. Ao la<strong>do</strong> disso, são apresentadas algumas concepções <strong>de</strong> leitura e informações sobre pesquisa em leitura no <strong>Brasil</strong>. Em<br />

seguida, são aborda<strong>do</strong>s os conceitos <strong>de</strong> alfabetização e letramento, no que diz respeito ao que há <strong>de</strong> convergente e divergente<br />

nos <strong>do</strong>is processos. Também é discutida a importância <strong>do</strong>s media<strong>do</strong>res <strong>de</strong> leitura na formação <strong>de</strong> leitores, principalmente<br />

os papéis da escola e <strong>do</strong> professor nesse processo. São aponta<strong>do</strong>s, a seguir, problemas no ensino <strong>de</strong> leitura e letramento na<br />

escola, especialmente nas disciplinas <strong>de</strong> Língua Portuguesa e Literatura. Por último, são propostas formas <strong>de</strong> trabalho com<br />

a leitura na escola – a leitura literária, o ensino <strong>de</strong> língua portuguesa e <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> leitura – para que se formem leitores<br />

proficientes e se caminhe em direção ao letramento <strong>do</strong>s alunos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, LETRAMENTO, ESCOLA<br />

TÍTULO: CONCEPÇõES DE ALFABETIZAÇÃO E INFÂNCIA QUE PERMEARAM A PROPOSTA DE<br />

TRABALHO PARA CRIANÇAS DE SEIS ANOS NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL<br />

DE NOVE ANOS EM RIO GRANDE (RS)<br />

AUTOR(ES): GABRIELA NOGUEIRA, CAROLINE BRAGA MICHEL<br />

RESUMO: Esse trabalho faz parte <strong>de</strong> um amplo projeto <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> A implantação <strong>do</strong> ensino fundamental <strong>de</strong><br />

nove anos em municípios da Região Sul <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul (FaE/UFPel/CNPq). Nesta comunicação, especificamente,<br />

problematizamos as concepções <strong>de</strong> alfabetização e infância que permearam a proposta <strong>de</strong> trabalho para as crianças <strong>de</strong> seis<br />

anos na re<strong>de</strong> municipal da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> (RS), em 2006, ano da implementação <strong>do</strong> ensino fundamental <strong>de</strong> nove anos<br />

na localida<strong>de</strong>. Para tanto, analisamos os <strong>do</strong>cumentos disponibiliza<strong>do</strong>s pelo MEC, o Projeto <strong>de</strong> Curso <strong>de</strong> Capacitação para os<br />

professores <strong>do</strong> 1º ano, elabora<strong>do</strong> pela Assessora Pedagógica <strong>do</strong> município, os Planos <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> três escolas, o Diário <strong>de</strong><br />

Classe <strong>de</strong> uma professora <strong>de</strong> 1º ano e as entrevistas com a equipe pedagógica da SMEC-RG. Corroboraram para a análise os<br />

seguintes autores: FARIA (2005 e 2007), KRAMER (2002), SOARES (1998, 1999), FERREIRO e TEBEROSKY (1985),<br />

JUNQUEIRA FILHO (2003), SARMENTO (2003), entre outros. A partir das reflexões realizadas, consi<strong>de</strong>ramos que há<br />

consonância entre a proposta <strong>do</strong> MEC e <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Capacitação realiza<strong>do</strong> pela SMEC. Ambos sugerem uma reorganização<br />

da prática pedagógica enfocan<strong>do</strong> o letramento e a alfabetização em uma perspectiva lúdica e o respeito às características da<br />

infância no contexto escolar. Os Planos <strong>de</strong> Trabalho das três escolas, têm diferentes configurações, <strong>do</strong>is são organiza<strong>do</strong>s por<br />

objetivos e um por temáticas. Contu<strong>do</strong>, é possível perceber que todas as propostas privilegiam a alfabetização, a matemática e<br />

os aspectos comportamentais. Analisan<strong>do</strong> os registros no Diário <strong>de</strong> Classe, foi possível inferir sobre concepções <strong>de</strong> alfabetização<br />

e infância através <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> trabalho coletivo e interativo entre as crianças, <strong>de</strong>senvolvida no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 2006.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS, ALFABETIZAÇÃO, INFÂNCIA<br />

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