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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Letramento e Alfabetização<br />

teracional e Análise da Conversação, pois essas concebem a linguagem como uma ativida<strong>de</strong> em processo, visan<strong>do</strong> à interação<br />

lingüística entre interlocutores. Isso pressupõe a existência <strong>de</strong> variadas condições <strong>de</strong> produção presentes e constitutivas<br />

<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> interação verbal nos mais varia<strong>do</strong>s contextos sociais: os sujeitos, os espaços, os objetivos e resulta<strong>do</strong>s da<br />

interlocução realizada, os tempos e mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua enunciação e a inter/relação <strong>do</strong>s sujeitos com outros contextos sociais e<br />

<strong>de</strong>sses contextos entre si. Os da<strong>do</strong>s foram coleta<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> princípios da Etnografia numa perspectiva interacional e se<br />

<strong>de</strong>ve, pois, a alguns fatores importantes: 1) necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apre(e)n<strong>de</strong>r, na interação entre alunos/professores, as concepções<br />

e práticas <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita <strong>de</strong> textos e quais materiais são utiliza<strong>do</strong>s na sala <strong>de</strong> aula; 2) busca por uma meto<strong>do</strong>logia<br />

<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s que pu<strong>de</strong>sse dialogar com as teorias lingüísticas que concebem a linguagem discursivamente; e,<br />

assim, 3) possibilitar uma análise <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> ensino e aprendizagem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no contexto da sala <strong>de</strong> aula.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LETRAMENTO(S), PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA ESCOLARES, INTERAÇÃO EM<br />

SALA DE AULA<br />

SESSÃO - LETRAMENTO E ALFABETIzAÇÃO 11<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação - FE - SALA: ED 07<br />

TÍTULO: A REESCRITA DE TEXTOS BÍBLICOS: LEITURA E LETRAMENTO<br />

AUTOR(ES): EDSEL RODRIGUES TELES<br />

RESUMO: O trabalho que apresento a seguir é parte <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> da minha pesquisa <strong>de</strong> Iniciação Científica (PIBIC/<br />

CNPq), que tem três objetivos principais: analisar a reescrita <strong>do</strong>s textos bíblicos que constam no Evangeliário, observar o<br />

impacto que ela tem no letramento <strong>de</strong> leitores da Bíblia e verificar como utilizar este material no ensino <strong>de</strong> língua portuguesa.<br />

A pesquisa surgiu com a percepção <strong>de</strong> que, atualmente, a Igreja Católica no <strong>Brasil</strong> faz uso <strong>de</strong> uma versão reescrita<br />

da Bíblia nas missas. Esta reescrita, baseada numa das edições da Bíblia (Ave-Maria) e reunida em <strong>do</strong>is livros (Lecionário e<br />

Evangeliário, <strong>do</strong>s quais escolhi o último para a pesquisa), traz estratégias que eu chamo <strong>de</strong> universalização e oralização <strong>do</strong>s<br />

textos bíblicos. Entretanto, aqueles que frequentam a missa levam a versão antiga da Bíblia. Monta-se, assim, uma situação<br />

curiosa <strong>de</strong> letramento: os fiéis leem uma versão e ouvem outra, a reescrita. Nesta apresentação, vou me <strong>de</strong>dicar à questão<br />

específica da reescrita <strong>do</strong>s textos. Procurarei respon<strong>de</strong>r às seguintes questões: quais são as alterações que acontecem na versão<br />

<strong>do</strong> Evangeliário? É possível estabelecer regras gerais que orientem essa reescrita? Que fatores motivam essas alterações?<br />

Quais são as imagens <strong>de</strong> texto e <strong>de</strong> leitor que se formam com essa reescrita? Levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração que o catolicismo<br />

e a Igreja, mesmo hoje, exercem significativa influência na população brasileira, o trabalho verifica em que medida essas<br />

alterações influenciam a percepção sobre texto <strong>do</strong>s católicos que vão à missa, como sua relação com a palavra escrita (e<br />

ouvida) é afetada, seu letramento, enfim.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LETRAMENTO, REESCRITA, LEITURA<br />

TÍTULO: LIBRAS; O SILÊNCIO QUE FALA.<br />

AUTOR(ES): EDUARDO DE CAMPOS GARCIA<br />

RESUMO: O estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> apresentar, por meio <strong>de</strong> análise bibliográfica, o mo<strong>do</strong> como o sur<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolve<br />

seu cognitivo. O trabalho se respalda numa visão sócio-antropológia procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconstruir a visão clínica que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

século XIX (congresso <strong>de</strong> Millão, on<strong>de</strong> ficou <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> que a língua <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong>veria ser proibida) imperou nas socieda<strong>de</strong>s.<br />

Para que a concepção sócio-antropológica seja compreendida, o estu<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> formação biológica da língua,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os aspectos construtores <strong>do</strong> sujeito que tem na LIBRAS sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> linguística. Dentro <strong>de</strong>ssa proposta<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> linguística, numa análise en<strong>do</strong>exogena da importância da lingua <strong>de</strong> sinais para o indivíduo sur<strong>do</strong>, o trabalho<br />

propõe uma intertextualização com as idéias <strong>de</strong> Wallon, Piaget, Merleau-Ponty, Lent, Morin, Saussure e La Taylle. Deste<br />

mo<strong>do</strong> se propõe a contemplar as estapas <strong>de</strong> letramento e alfabetização <strong>do</strong> sur<strong>do</strong>, observan<strong>do</strong> a importância da imagem<br />

na construção <strong>do</strong> signo mental <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s, e suas experiências cinésicas o que dá a LIBRAS e ao sur<strong>do</strong> uma característica<br />

linguística Visuoespacial. Segun<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s, mesmo o aprendiza<strong>do</strong> da segunda lingua <strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s (língua Portuguesa) se<br />

<strong>de</strong>senvolve com maior facilida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> o sur<strong>do</strong> é respeita<strong>do</strong> em seu potêncial linguístico; o fato é que o sinal é a língua<br />

<strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s, e o sur<strong>do</strong> apren<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> experiências visuais. No processo <strong>de</strong> escrita as construções elaboradas por meio<br />

<strong>do</strong>s sur<strong>do</strong>s terão um valor visual e não silábico sonoro.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CINÉSICA , SIGNO MENTAL, LIBRAS<br />

TÍTULO: A PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA AO FINAL DO ENSINO FUNDAMENTAL<br />

AUTOR(ES): ELAINE CRISTINA DE PAULA<br />

RESUMO: Esta comunicação preten<strong>de</strong> apresentar os resulta<strong>do</strong>s parciais <strong>de</strong> nossa pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senvolvida<br />

junto às escolas da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> ensino, em que investigamos a produção textual escrita <strong>de</strong> alunos ao final <strong>do</strong> Ensino<br />

Fundamental. Nosso interesse nasce <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que, no <strong>Brasil</strong>, novas visões sobre o ensino e o aprendiza<strong>do</strong> da língua escrita<br />

na escola vêm sen<strong>do</strong> propostas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 80, com a introdução <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre o letramento (Soares, Tfouni e<br />

Kleiman). Em consequência, para muitos surge a divisão <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> alfabetização (a apropriação <strong>do</strong> código escrito) e<br />

<strong>de</strong> letramento (o <strong>do</strong>mínio da escrita e da leitura volta<strong>do</strong> às práticas sociais). Entre as propostas educacionais em circulação,<br />

muitas se preten<strong>de</strong>m inova<strong>do</strong>ras e são validadas por <strong>do</strong>cumentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais, que para o<br />

ensino <strong>de</strong> língua materna sugerem o estu<strong>do</strong> por gêneros <strong>do</strong> discurso (Bakhtin). Assim, nos interrogamos por saber como,<br />

afinal, escrevem os alunos prestes a concluir o Ensino Fundamental. Em nossa pesquisa temos por objetivo conhecer<br />

os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stas propostas, pelo olhar mais apura<strong>do</strong> sobre o <strong>de</strong>sempenho em escrita <strong>do</strong>s alunos ao final <strong>do</strong> Ensino<br />

Fundamental, contrastan<strong>do</strong> gêneros escolares e gêneros não escolares, ten<strong>do</strong> também como foco as relações com o saber<br />

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