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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

escritos em um padrão culto e com estilo pareci<strong>do</strong>, os <strong>de</strong>poimentos eram anualmente repeti<strong>do</strong>s e/ou reformula<strong>do</strong>s pelos<br />

editores. Entretanto, apesar <strong>de</strong>ssa intervenção, os testemunhais, como eram chama<strong>do</strong>s nos almanaques, são indícios importantes<br />

<strong>de</strong> apropriações <strong>de</strong> discursos e usos por uma parcela da população brasileira que po<strong>de</strong> ler os almanaques <strong>de</strong> farmácia<br />

regularmente por anos a fio. Em especial no que concerne à história da infância, a leitura <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>poimentos permite discutir<br />

padrões <strong>de</strong> robustez, <strong>do</strong>enças recorrentes, a relação fracasso escolar e fragilida<strong>de</strong> física, as relações entre farmacêuticos<br />

e laboratórios nas prescrições sobre os cuida<strong>do</strong>s com a saú<strong>de</strong> das crianças, entre outros aspectos. Analisar a trajetória <strong>de</strong><br />

Norma e Ruth, meninas <strong>de</strong> Santos Dumont, Minas Gerais, que na década <strong>de</strong> 1940 foram “garotas-propaganda” <strong>do</strong> tônico<br />

Capivarol, é um caminho, que, toman<strong>do</strong> como base os conceitos da micro-história e da história cultural, preten<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

representações em torno da saú<strong>de</strong> e da educação da infância nesse perío<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALMANAQUES DE FARMÁCIA , INFÂNCIA , HIGIENE<br />

TÍTULO: RASTREANDO VESTÍGIOS DA ATUAÇÃO DA PROFESSORA MARTHA ELIZABETH<br />

HAIRSTON NA CASA DA EDUCAÇÃO FEMININA EM RECIFE NO INÍCIO DO SÉCULO XX.<br />

AUTOR(ES): MARIA DE LOURDES PORFÍRIO RAMOS TRINDADE DOS ANJOS<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong> é analisar a atuação da missionária batista norte-americana Martha Elizabeth Hairston no<br />

Seminário <strong>de</strong> Educa<strong>do</strong>ras Cristãs (SEC),i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> a maneira como legitimou a expansão e implantou sua cultura e práticas<br />

escolares. O SEC é uma instituição protestante <strong>de</strong> confissão batista fundada em 1917 por missionários norte-americanos,<br />

em Recife, que através das décadas vem prestan<strong>do</strong> relevantes serviços na formação <strong>de</strong> professoras para atuarem nas escolas<br />

anexas às igrejas, como educa<strong>do</strong>ras religiosas, nas Casas Batista da Amiza<strong>de</strong>, como esposas <strong>de</strong> pastores e <strong>de</strong>dicar-se as missões<br />

nacionais e estrangeiras. Martha Hairston atuou como reitora no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1953 a 1980. As festas, a formatura, a disciplina,<br />

as normas, a cultura espiritual e o currículo foram elementos da cultura escolar pesquisa<strong>do</strong>s. A investigação recorreu à pesquisa<br />

bibliográfica e <strong>do</strong>cumental tais como:prospectos, livros <strong>de</strong> atas, jornais, livros, boletim informativo, dissertações, monografias<br />

e teses. O pensamento <strong>de</strong> Norbert Elias, Dominique Juliá, Viñao Frago, serviram como aportes teóricos da pesquisa e as<br />

categorias <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> civilização, arquitetura e cultura escolar. O resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho evi<strong>de</strong>ncia a construção <strong>de</strong><br />

um novo prédio, a fundação da Casa Batista da Amiza<strong>de</strong>, a preocupação com o analfabetismo, a aplicação <strong>de</strong> novas práticas<br />

escolares , a criação <strong>de</strong> novos cursos, as normas, a cultura espiritual e as festas escolares.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PROTESTANTE BATISTA, EDUCAÇÃO FEMININA, CULTURA<br />

ESCOLAR<br />

SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 18<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 22<br />

TÍTULO: FORMAÇÃO DO LEITOR: A ESCOLA CUMPRE A TAREFA?<br />

AUTOR(ES): MARIA HELENA BERTOLINI BEZERRA<br />

RESUMO: A presente comunicação é resulta<strong>do</strong> da pesquisa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> realizada na PUC, São Paulo, apresentada em<br />

2009, sobre a constituição <strong>do</strong> leitor a partir <strong>do</strong> espaço escolar. Mesmo haven<strong>do</strong> muitos estu<strong>do</strong>s apontan<strong>do</strong> importantes<br />

resulta<strong>do</strong>s sobre a relação escola e leitura, intentou-se, ainda, buscar nos espaços <strong>de</strong> realização das aulas, nos procedimentos<br />

e entendimentos <strong>do</strong>s professores <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> ensino fundamental da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> São Paulo, o que <strong>de</strong> fato<br />

acontece no cotidiano escolar em relação à formação <strong>do</strong> leitor. Trabalhou-se <strong>de</strong>ntro da perspectiva <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da Sociologia<br />

da Educação, em especial com o conceito <strong>de</strong> forma escolar <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Guy Vincent, Bernard Lahire e Thin e,<br />

ainda, com autores que trazem elementos sobre a história da leitura, intimamente liga<strong>do</strong>s aos estu<strong>do</strong>s educacionais como<br />

Bourdieu e Gimeno Sacristán. Dentre os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa, há evidências da formação insuficiente <strong>do</strong> leitor a partir <strong>do</strong><br />

espaço escolar, ten<strong>do</strong> em vista que as ações escolares em torno da leitura possuem aspectos pouco estimulantes, afastan<strong>do</strong><br />

o aluno da leitura ao invés <strong>de</strong> aproximá-lo. Contu<strong>do</strong>, a pesquisa aponta que os professores, ao serem questiona<strong>do</strong>s sobre o<br />

trabalho que realizam sobre leitura, não só admitem a tarefa <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> leitor como intrinsica à função <strong>do</strong>cente, como<br />

acreditam que o que fazem contribui para esta formação. Nas ações cotidianas <strong>do</strong>s professores em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> leitura,<br />

aparecem marcas muito nítidas <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> escolar <strong>de</strong> tratar não apenas a leitura, como as <strong>de</strong>mais áreas <strong>do</strong> conhecimento.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, a escrituração para tu<strong>do</strong> o que se faz, seja em sala <strong>de</strong> leitura ou em sala <strong>de</strong> aula, é entendi<strong>do</strong> como um mo<strong>do</strong><br />

particular <strong>de</strong> agir constituí<strong>do</strong> historicamente, ou seja, um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> agir marca<strong>do</strong> pela cultura escolar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCOLALIZAÇÃO, FORMA ESCOLAR, LEITURA<br />

TÍTULO: LENDO ALAGOINHAS ATRAVÉS DE TEXTOS LITERÁRIOS E INFORMATIVOS:<br />

REVIRANDO E REVIVENDO MEMÓRIAS<br />

AUTOR(ES): MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA SANTOS<br />

RESUMO: Estu<strong>do</strong>s contemporâneos apontam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos fundamenta<strong>do</strong>s na concepção histórico-cultural,<br />

que consi<strong>de</strong>ra como ponto <strong>de</strong> partida a dimensão dialógica da linguagem. Pautada nesse pressuposto, este estu<strong>do</strong><br />

consiste em uma extensão <strong>do</strong> projeto “História Literária Alagoinhense“ e se volta à prática <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos literários<br />

e informativos, cujo público-alvo integra associações <strong>de</strong> bairros <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Alagoinhas-Bahia. Ler a produção local<br />

proprciona a<strong>de</strong>ntrar nos meandros da cida<strong>de</strong> em décadas <strong>do</strong> século XX, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que fatos passa<strong>do</strong>s são significativos<br />

para a compreensão e interpretação da realida<strong>de</strong> local. Meto<strong>do</strong>logicamente, a extensão às associações <strong>de</strong> bairros é uma possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sistematização da leitura fora da escola, enfatizan<strong>do</strong> as tipologias textuais (informativas e literárias). Para isto,<br />

as situações <strong>de</strong> leituras partem <strong>de</strong> conhecimentos existentes e, também, são oferecidas condições <strong>de</strong> novas apropriações. A<br />

prática permite que as pessoas se percebam como interlocutoras <strong>de</strong>terminantes, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> acontecimentos físicos e po-<br />

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