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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

TÍTULO: REFLEXõES SOBRE LEITURA E PRODUÇõES TEXTUAIS DE PROFESSORAS DE ENSINO<br />

FUNDAMENTAL<br />

AUTOR(ES): JULIANA CHRISTINA REZENDE DE SOUZA<br />

RESUMO: Este estu<strong>do</strong> procura analisar como a leitura po<strong>de</strong> influenciar as produções textuais <strong>de</strong> professoras <strong>do</strong> Ensino<br />

Fundamental. Temos como suporte os pressupostos teórico–meto<strong>do</strong>lógicos da Análise <strong>de</strong> Discurso <strong>de</strong> linha francesa, para<br />

discutir a interpretação e a assunção da autoria pelo professor e as implicações disto para o processo ensino-aprendizagem.<br />

Falamos <strong>de</strong> um sujeito-professor que, ao produzir um discurso, está inseri<strong>do</strong> num contexto que oferece <strong>de</strong>terminadas condições<br />

para que essa produção aconteça, incluin<strong>do</strong>-se as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, histórias <strong>de</strong> vida, aspectos da i<strong>de</strong>ologia <strong>do</strong>minante,<br />

práticas sociais letradas, o acesso <strong>de</strong>sse sujeito ao arquivo (PÊCHEUX, 1997) e a formação discursiva em que ele se<br />

insere. A meto<strong>do</strong>logia utilizada consiste da leitura, interpretação e discussão <strong>de</strong> textos li<strong>do</strong>s com professores, sujeitos <strong>de</strong>sta<br />

pesquisa, em 05 encontros. Os textos seleciona<strong>do</strong>s serviram <strong>de</strong> base para produções <strong>de</strong> textos dissertativo-argumentativos<br />

<strong>de</strong> 03 professoras <strong>do</strong> Ensino Fundamental, <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> Ribeirão Preto-SP. Consi<strong>de</strong>ramos, então, o professor historicamente<br />

discursiviza<strong>do</strong> como “<strong>de</strong>tentor <strong>do</strong> saber” e, a partir disso, preten<strong>de</strong>mos investigar, por meio da leitura e da escrita,<br />

como esse sujeito assume a posição sujeito-leitor e sujeito-autor ao produzir senti<strong>do</strong>s sobre sua área <strong>de</strong> atuação. Orlandi<br />

(1996) aponta que o discurso pedagógico funciona como sen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo autoritário, uma vez que, na escola, os senti<strong>do</strong>s<br />

mobiliza<strong>do</strong>s na leitura e interpretação são aqueles legitima<strong>do</strong>s pela classe <strong>do</strong>minante, permiti<strong>do</strong>s a circular e que não po<strong>de</strong>m<br />

ser disputa<strong>do</strong>s pelos interlocutores. A análise <strong>do</strong>s textos encontra-se em fase inicial e po<strong>de</strong>mos dizer que a escola, como<br />

instituição ligada à classe <strong>do</strong>minante, não privilegia a formação <strong>de</strong> autores, e que, mesmo com discursos diversos acerca<br />

da educação, no contexto escolar a pre<strong>do</strong>minância é a paráfrase <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong>, o que é diferente <strong>de</strong> historicizar, <strong>de</strong><br />

trabalhar com a polissemia, apagan<strong>do</strong> os possíveis gestos <strong>de</strong> interpretação e autoria <strong>do</strong>s sujeitos professor e aluno.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, DISCURSO, AUTORIA<br />

SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 14<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 34<br />

TÍTULO: OS POEMAS CLÁSSICOS COMO FENÔMENOS CULTURAIS ESTRUTURADORES DO<br />

ANTIGO CONCEITO GREGO EDUCACIONAL<br />

AUTOR(ES): JULIANA CRISTHINA FAIZANO MURARI , JOSÉ JOAQUIM PEREIRA MELO<br />

RESUMO: O presente trabalho <strong>de</strong>stina-se a <strong>de</strong>monstrar a importância da leitura <strong>do</strong>s poemas homéricos, Ilíada e Odisséia,<br />

para a compreensão <strong>do</strong> conceito grego <strong>de</strong> educação. À primeira vista, estas epopeias homéricas aparecem como contos<br />

fantásticos, <strong>de</strong>stituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> qualquer base histórica, mas, quan<strong>do</strong> se proce<strong>de</strong> a uma investigação mais aprofundada, percebese<br />

que elas são porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> certa racionalida<strong>de</strong>, cuja base são valores éticos, políticos e pedagógicos. No tratamento da<br />

questão, a preocupação maior é mostrar que, na antiguida<strong>de</strong> grega, a tradição poética era exemplifica<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> comportamentos<br />

e, fundan<strong>do</strong>-se como meio educa<strong>do</strong>r, instituía <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ser e viver. Aborda<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma perspectiva<br />

didático-pedagógica, é possível perceber que esses mitos homéricos tomavam a forma <strong>de</strong> personagens <strong>de</strong> extrema bravura,<br />

honestida<strong>de</strong>, sabe<strong>do</strong>ria e um eleva<strong>do</strong> senso <strong>de</strong> justiça. Heróis, como Aquiles, Ulisses e Heitor, converteram-se em mo<strong>de</strong>los<br />

a ser segui<strong>do</strong>s. Des<strong>de</strong> pequeno, o homem grego aristocrata aprendia a respeitar os <strong>de</strong>uses e a crer em seus mitos, particularmente<br />

naqueles conti<strong>do</strong>s na Ilíada e na Odisséia. Mesmo que fantásticos, eles eram utiliza<strong>do</strong>s para uma formação que lhe<br />

conferia o status <strong>de</strong> cidadão ético, justo e sábio. A leitura <strong>de</strong>sses clássicos na contemporaneida<strong>de</strong> revela os valores váli<strong>do</strong>s<br />

para a socieda<strong>de</strong> grega daquela época, elucida seus questionamentos e preocupações quanto ao fenômeno educativo. Ainda<br />

que se caracterizem pelo fantástico e imaginário, os poemas revelam muito da convivência social grega. A leitura <strong>de</strong>sses<br />

poemas, mais <strong>do</strong> que um entretenimento, <strong>de</strong>ve ser um meio para se chegar ao conhecimento da cultura que, dan<strong>do</strong> origem<br />

aos fundamentos da civilização oci<strong>de</strong>ntal, é uma herança que ainda se faz presente na atualida<strong>de</strong>. Em razão disso, consi<strong>de</strong>rase<br />

que as obras homéricas são <strong>do</strong>cumentos revela<strong>do</strong>res <strong>do</strong> pensamento grego arcaico. Por meio <strong>de</strong> sua leitura, é possível<br />

enten<strong>de</strong>r o mun<strong>do</strong> grego e sua cultura e esclarecer alguns <strong>de</strong> seus conceitos, especialmente o <strong>de</strong> educação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, POESIA CLASSICA, HOMERO<br />

TÍTULO: “REFLEXõES DE LEITURAS, USO DA PRÁTICA DIALÓGICA E O REGISTRO:<br />

FERRAMENTAS DA AÇÃO DO PEDAGOGO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS<br />

PROFESSORES DA ESCOLA PÚBLICA”.<br />

AUTOR(ES): KARYNE ALVES BAROLDI<br />

RESUMO: O trabalho apresenta o relato <strong>de</strong> experiência da ação <strong>do</strong> pedagogo na escola pública no município <strong>de</strong> Niterói e o processo <strong>de</strong><br />

formação continuada <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> com o coletivo <strong>de</strong> professores, utilizan<strong>do</strong> como ferramentas a leitura, a escrita, a reflexão e o diálogo<br />

em uma prática forma<strong>do</strong>ra. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> pedagogo é construída mediante sua atuação profissional, estu<strong>do</strong> e troca <strong>de</strong> experiências com<br />

outros pedagogos e professores, ten<strong>do</strong> como pilar esta mesma lógica( leitura/escrita). Assim, o exercício é duplo, <strong>de</strong> formar-se e possibilitar<br />

a formação, on<strong>de</strong> o exercício <strong>de</strong> ler, escrever, re-escrever e registrar são práticas cotidianas, cada professor se assume neste processo e busca<br />

romper com as armadilhas <strong>de</strong> sua própria formação. Os encontros <strong>de</strong> formação ocorrem semanalmente, são momentos <strong>de</strong> diálogos media<strong>do</strong>s<br />

pela Proposta da Re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Niterói, e aponta para uma nova concepção <strong>de</strong> educação, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o movimento <strong>de</strong><br />

construção como uma relação dialética, sen<strong>do</strong> individual e coletiva, humana, em ciclos e em constantes ritmos e conhecimentos. O exercício<br />

<strong>de</strong>sta prática reflexiva utilizan<strong>do</strong> a leitura e a escrita nos remete à constituição <strong>de</strong> formas diferenciadas e ousadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios, no exercício<br />

constante da ressignificação <strong>de</strong> novos conhecimentos, implican<strong>do</strong> diretamente na atuação <strong>do</strong>cente e na i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> profissional. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, o registro favorece a organização das análises realizadas, constituin<strong>do</strong>-se em memórias motiva<strong>do</strong>ras em busca <strong>de</strong> novos significa<strong>do</strong>s,<br />

explican<strong>do</strong>-se em si mesmo e na interação como o outro. Esses momentos <strong>de</strong> diálogo são media<strong>do</strong>s por autores como Perrenoud, Paulo Freire<br />

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