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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

criada em São Paulo pela lei <strong>de</strong> 1846 e o segun<strong>do</strong>, a um tipo <strong>de</strong> formação pela prática, implementa<strong>do</strong> pelo regulamento <strong>de</strong><br />

1857, promulga<strong>do</strong> na já Província <strong>do</strong> Paraná, preterin<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo da escola normal. Tratava-se <strong>de</strong> uma preparação para o<br />

exercício da profissão realizada no interior das próprias escolas, através <strong>do</strong> recrutamento <strong>de</strong> alunos com bom rendimento<br />

que se tornavam professores adjuntos (monitores) e após alguns anos <strong>de</strong> experiência e exames eram provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>finitivamente.<br />

Para tanto, valho-me da <strong>do</strong>cumentação localizada nos Arquivos Públicos (São Paulo, Curitiba, Paranaguá e Castro)<br />

como legislação, relatórios <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> província, ofícios <strong>de</strong> professores e inspetores, provas <strong>de</strong> concurso, <strong>de</strong>ntre<br />

outros. Na presente comunicação apresento um recorte <strong>de</strong>sta investigação discorren<strong>do</strong> sobre como a legislação provincial<br />

<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> prescreveu mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> formação <strong>do</strong>cente para o professor responsável pela tarefa <strong>de</strong> introduzir os alunos <strong>do</strong><br />

século XIX ao universo da leitura e da escrita. Ao mesmo tempo sinalizo como os mestres <strong>de</strong> primeiras letras foram se<br />

aproprian<strong>do</strong> <strong>de</strong> tais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> formação e traduzin<strong>do</strong>-os em fazeres cotidianos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES, INSTRUÇÃO PRIMÁRIA , SÉCULO XIX<br />

TÍTULO: A LEITURA NO DESENHO ANIMADO “A BELA E A FERA”: INCENTIVO OU ESTRATÉGIA<br />

MERCADOLÓGICA?<br />

AUTOR(ES): FATIMA MARIA NEVES, FRANCIELE BENTO, LILIANA MEN<br />

RESUMO: Esta comunicação tem por objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> a literatura infantil, especificamente, o gênero Conto <strong>de</strong> Fadas,<br />

quan<strong>do</strong> é apropria<strong>do</strong> e encena<strong>do</strong> pelo cinema <strong>de</strong> animação. Neste espaço <strong>de</strong> confluência entre a literatura e o cinema, estabelecemos<br />

como objetivo <strong>de</strong>screver e analisar a utilização da leitura <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho anima<strong>do</strong> “A Bela e a Fera”. Intencionamos<br />

i<strong>de</strong>ntificar as relações produzidas pela mídia cinematográfica que se utiliza <strong>do</strong> Conto <strong>de</strong> Fadas e da animação clássica no<br />

interior das práticas escolares estabelecidas nos processos <strong>de</strong> escolarização nas séries iniciais <strong>do</strong> Ensino Fundamental. A fonte<br />

utilizada foi, portanto, o <strong>de</strong>senho anima<strong>do</strong> “A Bela e a Fera”, produzi<strong>do</strong> pelos Estúdios Walt Disney, em 1991 e sua re-edição<br />

em 2001. Os procedimentos teórico-meto<strong>do</strong>lógicos foram ampara<strong>do</strong>s em autores que ampliaram a noção <strong>de</strong> FONTE, no<br />

campo da Educação, renovan<strong>do</strong> as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s que envolvem a Literatura, a História, a Mídia e a Educação. O<br />

construto teórico também se amparou em autores que se inserem no campo da Cultura Escolar e da Construção Coorporativa<br />

da Infância. Dentre os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>staca-se a diferença <strong>de</strong> tratamento da<strong>do</strong> a leitura nas duas versões <strong>de</strong> “A Bela e a<br />

Fera”. Enten<strong>de</strong>mos que a leitura utilizada como instrumento para a humanização da Fera, na versão <strong>de</strong> 2001, foi utilizada mais<br />

como estratégia merca<strong>do</strong>lógica e menos como um ato <strong>de</strong> incentivo a leitura. A nosso ver, cabe aos profissionais da educação<br />

reconhecer tais mecanismos e repensar a utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos anima<strong>do</strong>s em sua prática pedagógica para que as estratégias <strong>de</strong><br />

merca<strong>do</strong> visan<strong>do</strong> a construção da infância consumi<strong>do</strong>ra não sejam incentivadas no interior da escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, MÍDIA E CONSUMO INFANTIL<br />

TÍTULO: LEITURA: UMA PRÁTICA CULTURAL A SER DESMISTIFICADA<br />

AUTOR(ES): FLÁVIA HELOÍSA UNBEHAUM FERRAZ<br />

RESUMO: Em interessante pesquisa qualitativa com professores e alunos brasileiros transformada em livro há alguns<br />

anos (“Literatura/ Ensino: uma problemática”, 1992), a pesquisa<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Educação Maria Thereza Fraga Rocco compartilha<br />

preocupações, percepções e possíveis caminhos a serem toma<strong>do</strong>s no ensino <strong>de</strong> literatura. Tais preocupações pouco<br />

mudaram nos últimos anos. Entendida por muitos professores e pesquisa<strong>do</strong>res como veículo essencial para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da imaginação cria<strong>do</strong>ra e também como instrumento <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento crítico social. Atualmente a literatura<br />

per<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua “aura” <strong>de</strong> importância e seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> envolvimento prazeroso para outros meios que tomam a matriz da<br />

literatura – o texto – como base <strong>de</strong> suas construções, como o cinema e a televisão. Numa época <strong>de</strong> pre<strong>do</strong>mínio da imagem e<br />

da conseqüente velocida<strong>de</strong> das informações, as possibilida<strong>de</strong>s representativas das palavras parecem enigmas <strong>de</strong>snecessários<br />

aos olhos <strong>de</strong> jovens leitores. A imposição <strong>de</strong> leitura das obras canônicas, bem como das análises estruturais po<strong>de</strong>m afastar<br />

o prazer da leitura. Sen<strong>do</strong> assim, to<strong>do</strong>s que lidam com o ensino <strong>de</strong> literatura se <strong>de</strong>param constantemente com questões que<br />

se alternam em como, para que e por que ensinar literatura. A resistência pré-a<strong>do</strong>lescente e a<strong>do</strong>lescente ao aprendiza<strong>do</strong> da<br />

literatura está ligada não só a uma predisposição notadamente questiona<strong>do</strong>ra inerente à estas faixas etárias, mas também<br />

diz respeito a to<strong>do</strong> um contexto social formula<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senrolar da história, nos quais estes aprendizes estão inseri<strong>do</strong>s.<br />

Sain<strong>do</strong> um pouco <strong>do</strong>s <strong>do</strong>mínios da área <strong>de</strong> Ensino e Psicologia, buscamos em pesquisa<strong>do</strong>res da História e da Literatura<br />

como Bordieu, Jauss, Costa Lima e outros, algumas observações que possam nortear o ensino <strong>de</strong> literatura na atualida<strong>de</strong>,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a essencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inverter o direcionamento <strong>do</strong> ensino: <strong>de</strong>spertar primeiramente o gosto pela leitura, para<br />

só então provocar, <strong>de</strong> forma conseqüentemente natural, o espírito crítico.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA, ENSINO, RECEPÇÃO<br />

TÍTULO: R. R. DORDAL E C. A. GOMES CARDIM E O ENSINO DA LEITURA PELO MÉTODO<br />

ANALÍTICO<br />

AUTOR(ES): FRANCIELE RUIZ PASQUIM<br />

RESUMO: Apresentam-se, nesta comunicação, resulta<strong>do</strong>s parciais <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Porgrama <strong>de</strong> Iniciação Científica (Bolsa Pibic/CNPq/Unesp),<br />

vinculada às linhas <strong>de</strong> pesquisa: “Alfabetização” e “Ensino <strong>de</strong> língua portuguesa” <strong>do</strong> Gphellb – Grupo <strong>de</strong><br />

pesquisa “História <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> língua e literatura no <strong>Brasil</strong>”e <strong>do</strong> Piphellb- Projeto Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pesquisa “História <strong>do</strong> ensino<br />

<strong>de</strong> língua e literatura no <strong>Brasil</strong>“, ambos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s por Maria <strong>do</strong> Rosário Longo Mortatti. Com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para<br />

a produção <strong>de</strong> uma história <strong>do</strong> ensino e compreensão <strong>de</strong> um importante momento na história <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> leitura e escrita no<br />

<strong>Brasil</strong>, focaliza-se a produção escrita <strong>de</strong> e sobre os professores Ramon Roca Dordal (1854-1938) e Carlos Alberto Gomes Cardim<br />

(1875-1938), ambos forma<strong>do</strong>s pela Escola Normal <strong>de</strong> São Paulo, respectivamente em 1889 e 1894, com intensa atuação no<br />

magistério público paulista, nas décadas iniciais <strong>do</strong> século XX. Mediante abordagem histórica centrada em pesquisa <strong>do</strong>cumental<br />

e bibliográfica, <strong>de</strong>senvolvida por meio da utilização <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> localização, recuperação, reunião, seleção e or<strong>de</strong>nação<br />

<strong>de</strong> fontes <strong>do</strong>cumentais, foi possível reunir, até o momento, mais <strong>de</strong> 70 referências <strong>de</strong> textos escritos por esses <strong>do</strong>is professores e<br />

<strong>de</strong> textos que contêm menções a sua atuação e produção didática. A análise preliminar <strong>de</strong>ssas referências tem contribuí<strong>do</strong> para a<br />

compreensão: tanto <strong>de</strong> aspectos relevantes da atuação profissional <strong>de</strong>sses professores, em especial <strong>de</strong> Cartilha Mo<strong>de</strong>rna (1902),<br />

<strong>de</strong> Dordal, e Cartilha Infantil (1908), <strong>de</strong> Gomes Cardim, ambas baseadas no méto<strong>do</strong> analítico para o ensino da leitura; quanto da<br />

importância <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> pesquisa na etapa inicial <strong>de</strong> pesquisas históricas em educação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: MÉTODO ANALÍTICO, ENSINO DA LEITURA, PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO<br />

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