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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

municipais, professores e pesquisa<strong>do</strong>res, liga<strong>do</strong>s à re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> que a entrada “precoce” da criança no Ensino<br />

Fundamental po<strong>de</strong>rá trazer prejuízos significativos para a mesma. Partimos da hipótese inicial <strong>de</strong> que esse discurso está<br />

assenta<strong>do</strong> em concepções <strong>de</strong> escola, infância e alfabetização que precisam ser superadas para que essa política educacional<br />

implantada obrigatoriamente, no <strong>Brasil</strong>, a partir <strong>de</strong> 2006, se efetive como instrumento legítimo <strong>de</strong> cidadania. A inclusão<br />

<strong>de</strong>ssas crianças está a exigir da escola repensar as suas dimensões política, administrativa e pedagógica. Na dimensão política<br />

a educação é entendida como direito social e pressuposto básico para o exercício <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os outros direitos (CURY, 2002).<br />

Dessa forma, essa política exige <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res, gestores e pesquisa<strong>do</strong>res a reflexão sobre a importância da ação escolar<br />

para as crianças das classes populares, que historicamente, não tiveram o direito <strong>de</strong> iniciar a sua escolarização mais ce<strong>do</strong>.<br />

Na dimensão administrativa os gestores municipais precisam dispen<strong>de</strong>r recursos financeiros para investir na formação<br />

continuada <strong>do</strong>s professores, fazer aquisição <strong>de</strong> mobiliário e materiais pedagógicos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s às crianças <strong>de</strong> seis anos. O<br />

trabalho pedagógico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> nas escolas precisa ultrapassar a crença <strong>de</strong> que para apren<strong>de</strong>r a ler e a escrever a criança<br />

<strong>de</strong>ve já ter <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> certas capacida<strong>de</strong>s. Essa crença alimenta uma idéia <strong>de</strong> que existe uma ida<strong>de</strong> certa para o início da<br />

aprendizagem da leitura e da escrita.<br />

PALAVRAS-CHAVE: POLÍTICA EDUCACIONAL, INFÂNCIA, ALFABETIZAÇÃO<br />

TÍTULO: “A PEDAGOGIA DO CATECISMO” E A “NOVA PEDAGOGIA DO CATECISMO” DO<br />

MONSENHOR ÁLVARO NEGROMONTE: LIÇõES CATÓLICAS PASSADAS EM REVISTA<br />

AUTOR(ES): EVELYN DE ALMEIDA ORLANDO<br />

RESUMO: Este artigo tem em vista analisar em uma perspectiva histórica comparativa, uma das principais obras <strong>do</strong> Monsenhor<br />

Álvaro Negromonte: “A Pedagogia <strong>do</strong> Catecismo”. Este livro, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao curso normal, tinha o objetivo <strong>de</strong> servir<br />

<strong>de</strong> orientação prática ao ensino <strong>de</strong> catecismo. Por se tratar <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> diretriz pedagógica, esse manual reflete as bases<br />

da pedagogia catequética proposta pelo autor em um contexto <strong>de</strong> renovação <strong>do</strong> ensino religioso, articuladas ao diálogo com a<br />

Psicologia e as teses escolanovistas na qual a aprendizagem ocorria através <strong>de</strong> situações concretas e dinâmicas. Tal concepção<br />

trouxe à lume um conjunto <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m meto<strong>do</strong>lógica e conceitual que sugeririam programas pauta<strong>do</strong>s na ativida<strong>de</strong><br />

como méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensino, os jogos, os exercícios físicos, as excursões, as visitas aos museus e uma série <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s,<br />

como recursos didáticos e auxiliares <strong>de</strong> ensino indispensáveis para a aprendizagem efetiva e, consequentemente, para o êxito<br />

da escola mo<strong>de</strong>rna. Esses enuncia<strong>do</strong>s foram largamente utiliza<strong>do</strong>s pelo religioso nesse manual, ao que associou ainda a importância<br />

da tradição como elemento fundamental para o sucesso <strong>de</strong> sua proposta. A tradição seria a responsável por manter os<br />

princípios que caracterizam a base <strong>do</strong> ensino religioso e a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> por a<strong>de</strong>quá-los às necessida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> vigente.<br />

Publicada inicialmente em 1937, a obra foi reeditada várias vezes e em 1964, seu autor a passou em revista, o que culminou em<br />

um texto novo, entendi<strong>do</strong> por ele como mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para o momento, intitula<strong>do</strong> “Nova Pedagogia <strong>do</strong> Catecismo”, publica<strong>do</strong><br />

somente em 1965, após seu falecimento. Essas duas obras constituem portanto, as principais fontes para essa análise. Esses<br />

livros, sobretu<strong>do</strong> o primeiro, serviram não só como livros didáticos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s às normalistas, mas como livros <strong>de</strong> leitura que<br />

<strong>de</strong>veriam servir <strong>de</strong> guia e orientação para todas as suas dúvidas pedagógicas na condução da sua trajetória profissional.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMPRESSOS, EDUCAÇÃO, IGREJA CATÓLICA<br />

SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 10<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 22<br />

TÍTULO: CONSIDERAÇõES ACERCA DO PAPEL DO LEITOR PARA A FORMA ROMANCESCA NO<br />

PERÍODO FORMATIVO (1843-1880)<br />

AUTOR(ES): EWERTON DE SÁ KAVISKI<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é tentar sugerir alguns aspectos da construção <strong>do</strong> leitor como categoria textual<br />

nos romance <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> formativo brasileiro (<strong>de</strong> 1843 a 1880) e suas possíveis conseqüências para a fatura das obras. Para<br />

tanto, contemplaremos a relação que esta categoria textual estabelece com a função i<strong>de</strong>ológica e a função social <strong>do</strong>s romances<br />

neste perío<strong>do</strong>, bem como com a figura <strong>do</strong> narra<strong>do</strong>r. Não per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong> vista que o problema <strong>de</strong> primeiro plano <strong>de</strong>stes<br />

romances foi o da representação da matéria nacional, <strong>do</strong>is pontos <strong>de</strong> inflexão nortearão o mapeamento aqui proposto: a<br />

influência <strong>do</strong> leitor pressuposto pelo narra<strong>do</strong>r e o papel <strong>do</strong> público leitor no processo <strong>de</strong> representação literária da matéria<br />

que garantia nossa nacionalida<strong>de</strong> – a cor local. Entre o que o narra<strong>do</strong>r assume ser seu público e o que realmente seria seu<br />

público, <strong>de</strong>stacaremos, como, em nosso sistema literário, a forma romanesca foi afetada em termos <strong>de</strong> fatura por este<br />

<strong>de</strong>sconcerto <strong>de</strong> público-alvo. Ainda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta perspectiva, vale ressaltar que, ao tratar da i<strong>de</strong>ologia que permeia as obras,<br />

as categorias “leitor“ e “narra<strong>do</strong>r“ terão um tratamento dialético: <strong>de</strong>vem ser entendi<strong>do</strong>s como ancora<strong>do</strong>s na realida<strong>de</strong>,<br />

embora sejam elaboração textual. Daí um movimento duplo <strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro e <strong>do</strong> fora: a análise vai para além <strong>do</strong> texto, embora<br />

se subordine a este.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITOR, PERÍODO FORMATIVO, PROSA DE FICÇÃO BRASILEIRA<br />

TÍTULO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PRIMEIRAS LETRAS NO “PARANÁ“<br />

OITOCENTISTA.<br />

AUTOR(ES): FABIANA GARCIA MUNHOZ<br />

RESUMO: Esta comunicação integra pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> em andamento na área <strong>de</strong> História da Educação. Tem como<br />

tema a formação <strong>do</strong>cente e as práticas <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> primeiras letras, entre as décadas <strong>de</strong> 1830 e 1860, no território da 5ª<br />

Comarca da Província <strong>de</strong> São Paulo. A Comarca foi emancipada em 1853, constituin<strong>do</strong> a Província <strong>do</strong> Paraná. O interesse é<br />

acompanhar a concorrência entre <strong>do</strong>is mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores. O primeiro está relaciona<strong>do</strong> à Escola Normal,<br />

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