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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

o objetivo <strong>de</strong> conferir cientificida<strong>de</strong>, uniformida<strong>de</strong> e eficiência ao ensino da leitura, nas primeiras décadas <strong>do</strong> século XX,<br />

ten<strong>do</strong> influencia<strong>do</strong> gerações <strong>de</strong> educa<strong>do</strong>res e alunos até, pelo menos, a década <strong>de</strong> 1950, no <strong>Brasil</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: THEODORO DE MORAES, MÉTODO ANALÍTICO PARA O ENSINO DA LEITURA, PESQUISA<br />

HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO<br />

TÍTULO: POLÍTICA DE PRODUÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO NO AMAZONAS NO FINAL DO SÉCULO<br />

XIX: O PATROCÍNIO E AS CONDIÇõES TÉCNICAS PARA SUA PRODUÇÃO<br />

AUTOR(ES): CARLOS HUMBERTO ALVES CORRÊA<br />

RESUMO: Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s por Escolano Benito (1997) e Choppin (2004) ajudam a reconhecer as especificida<strong>de</strong>s das<br />

etapas que marcam a vida <strong>de</strong> um livro escolar. Cada uma <strong>de</strong>ssas etapas po<strong>de</strong> ser tomada como uma porta <strong>de</strong> entrada para<br />

o exame isola<strong>do</strong> ou articula<strong>do</strong> <strong>de</strong> diferentes facetas <strong>de</strong> seu ciclo <strong>de</strong> vida (Darnton,1990). Em meio às inúmeras possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> investigação da história <strong>do</strong> livro didático, temos os estu<strong>do</strong>s que orientam seu foco <strong>de</strong> interesse para o segmento<br />

da produção <strong>de</strong>sse gênero <strong>de</strong> livro, analisan<strong>do</strong>, por exemplo, as dimensões autorais, técnicas e materiais que cercam a sua<br />

fabricação. Dentro <strong>de</strong>sta perspectiva, este trabalho realiza uma incursão sobre a produção <strong>de</strong> livros didáticos no Amazonas<br />

durante o final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> século XX, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no fomento <strong>de</strong>ssa produção e as<br />

condições técnicas instaladas em Manaus para a impressão <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impresso. Neste perío<strong>do</strong>, observou-se que<br />

a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> incentivo para publicação <strong>de</strong> obras didáticas implementadas pelos governantes locais e a mo<strong>de</strong>rnização<br />

<strong>do</strong> aparato tipográfico regionais ajudaram a impulsionar o segmento <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> livros didáticos no esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Amazonas. As correspondências da instrução pública, os regimentos e regulamentos escolares e o Diário Oficial <strong>do</strong><br />

Amazonas foram algumas das fontes privilegiadas para a realização <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DO LIVRO , LIVROS DIDÁTICOS, MANUAIS DIDÁTICOS<br />

TÍTULO: ENSINO DA ESCRITA NA ESCOLA PRIMÁRIA: CONTRASTANDO PROPOSIÇõES DE<br />

ORMINDA MARQUES NOS ANOS 30 E LIVROS DIDÁTICOS ATUAIS<br />

AUTOR(ES): CAROLINA MONTEIRO<br />

RESUMO: O trabalho se inscreve no âmbito <strong>de</strong> pesquisa que investiga a história das práticas <strong>de</strong> escrita na escola brasileira.<br />

Indaga acerca das mudanças e permanências no ensino da escrita na escola primária, em especial os exercícios <strong>de</strong> caligrafia. Para<br />

tanto, foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro “A Escrita na Escola Primária“, <strong>de</strong> Orminda Marques (1936), com a intenção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

os méto<strong>do</strong>s e as práticas <strong>de</strong> ensino da escrita na concepção da Escola Nova. Além disso, realizou-se um levantamento junto às<br />

principais editoras <strong>de</strong> livros didáticos a fim <strong>de</strong> localizar livros <strong>de</strong> caligrafia <strong>de</strong> uso na atualida<strong>de</strong>. Através da análise <strong>do</strong>s exercícios<br />

<strong>de</strong> caligrafia presentes nesses livros didáticos e das orientações pedagógicas apresentadas nos manuais <strong>de</strong> professor que os acompanham,<br />

o trabalho propõe-se a refletir acerca <strong>do</strong>s processos para o ensino da escrita, toman<strong>do</strong> por referência a divisão proposta<br />

por Orminda Marques, em quatro grupos principais, a saber: processos empíricos <strong>de</strong> cópia, processos basea<strong>do</strong>s na transferência<br />

da aprendizagem <strong>do</strong>s movimentos repeti<strong>do</strong>s na escrita, processos basea<strong>do</strong>s na eficácia <strong>de</strong> um tipo ou mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> letra e processos<br />

<strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong>s princípios gerais da psicologia da aprendizagem. A autora <strong>de</strong>staca a caligrafia muscular, pertencente ao último<br />

grupo, como sen<strong>do</strong> o processo mais apropria<strong>do</strong> para o ensino da escrita por aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> mais completo às exigências <strong>do</strong>s<br />

objetivos da escola, quais sejam: legibilida<strong>de</strong>, velocida<strong>de</strong>, uniformida<strong>de</strong> <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> das letras, apresentação clara e limpa e estilo<br />

pessoal na escrita. Neste processo estão inseridas práticas como a utilização <strong>de</strong> músicas e palmas para marcar o ritmo da escrita,<br />

além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos e rabiscos para <strong>de</strong>senvolvimento da habilida<strong>de</strong> motora. O estu<strong>do</strong> vem constatan<strong>do</strong> que tais proposições ainda<br />

se fazem presentes no ensino da escrita, especialmente no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> alfabetização nos anos iniciais da escolarização.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, ENSINO DA ESCRITA, CALIGRAFIA<br />

SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 6<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 35<br />

TÍTULO: GRACILIANO RAMOS, LEITOR DE GUIMARÃES ROSA<br />

AUTOR(ES): CÁSSIA DOS SANTOS<br />

RESUMO: Muito comum durante as décadas <strong>de</strong> 1930 e 1940, os concursos literários ajudaram a tornar conheci<strong>do</strong>s autores<br />

estreantes e a divulgar as obras <strong>de</strong> outros já consagra<strong>do</strong>s. Promovi<strong>do</strong>s pelas instituições mais variadas, como a Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Letras, editoras, periódicos e fundações, nem sempre os concursos concediam como prêmio somas em dinheiro,<br />

limitan<strong>do</strong>-se, muitas vezes, a somente publicar os textos premia<strong>do</strong>s. A <strong>de</strong>speito disso, eram bastante disputa<strong>do</strong>s, pois,<br />

em uma época em que a indústria editorial ainda estava se consolidan<strong>do</strong>, representavam a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> publicação para<br />

escritores que, <strong>de</strong> outro mo<strong>do</strong>, teriam que bancar <strong>do</strong> próprio bolso as <strong>de</strong>spesas para o lançamento <strong>de</strong> seus livros. No ano <strong>de</strong><br />

1938, Graciliano Ramos foi convida<strong>do</strong> pela Livraria José Olympio a compor o júri <strong>do</strong> concurso Humberto <strong>de</strong> Campos, que<br />

<strong>de</strong>veria laurear a melhor coletânea <strong>de</strong> contos inscrita no certame. Li<strong>do</strong>s os mais <strong>de</strong> cinquenta títulos recebi<strong>do</strong>s, a comissão<br />

julga<strong>do</strong>ra, formada ainda por outros quatro escritores, acabou se dividin<strong>do</strong>: Graciliano Ramos e Dias da Costa elegeram o<br />

livro “Maria perigosa“, <strong>do</strong> artista gráfico Luís Jardim; Marques Rebelo e Pru<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Moraes Neto escolheram o volume<br />

<strong>de</strong> um autor <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>, que se ocultava sob o pseudônimo <strong>de</strong> Viator. Chama<strong>do</strong> a dar o “voto <strong>de</strong> Minerva”, Peregrino<br />

Júnior pediu um prazo para reler as obras e, <strong>do</strong>is dias <strong>de</strong>pois, pronunciou-se em favor <strong>de</strong> “Maria perigosa“. O caso to<strong>do</strong><br />

talvez não assumisse maior importância, se o segun<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> não tivesse si<strong>do</strong> justamente João Guimarães Rosa, que<br />

havia concorri<strong>do</strong> com os originais que dariam origem a Sagarana. O concurso e seus <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos, que entraram para<br />

a história <strong>de</strong> nossa literatura, são revisita<strong>do</strong>s nessa comunicação, com a qual se preten<strong>de</strong>, ainda, investigar as razões que<br />

levaram Graciliano Ramos a preterir a obra <strong>de</strong> Guimarães Rosa.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GRACILIANO RAMOS, GUIMARÃES ROSA, LITERATURA BRASILEIRA<br />

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